Estudo
Uma infeção anterior de Covid-19 pode não conferir proteção a longo prazo contra a doença, especialmente quando se trata de...

Os dados do estudo PITCH, financiado pelo Reino Unido, sugerem que a resposta imune após a infeção natural pode variar entre indivíduos, seis meses após a infeção.

Segundo os investigadores estas descobertas, que ainda não foram revistas por pares, reforçam a necessidade de todos serem vacinados para a máxima proteção contra a Covid-19, uma vez que as vacinas geram uma resposta imunitária maior do que a infeção natural.

Naquele que se pensa ser um dos estudos mais aprofundados da memória imunitária até à data, os investigadores analisaram como o sistema imunitário responde à Covid-19 em 78 profissionais de saúde que eram sintomáticos ou assintomáticos.

Outros oito doentes que sofreram de doença severa foram incluídos para comparação. As amostras de sangue foram recolhidas mensalmente até seis meses após a infeção para examinar diferentes elementos da resposta imunitária, incluindo anticorpos, bem como a resposta celular.

A equipa descobriu que indivíduos que mostravam pouca ou nenhuma evidência de memória imunitária à Covid-19 aos seis meses após a infeção não foram capazes de neutralizar as variantes Alpha e Beta, elevando a possibilidade de que a infeção anterior não fornece proteção suficiente para prevenir a reinfeção por estas estirpes.

 

 

 

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A Coenzima Q10 é um composto natural semelhante a uma vitamina que auxilia o organismo em diversas f

Atua como antioxidante (combate os radicais livres), participa na produção de energia celular e pode auxiliar na prevenção de algumas patologias.

A coenzima Q10 está envolvida na:

  • Produção e renovação da energia celular;
  • Proteção celular contra agressões de radicais livres (pela ação antioxidante)

É sintetizada pelo nosso corpo até aos 20-30 anos, sendo que após esta faixa etária a produção endógena tende a diminuir devido ao processo natural de envelhecimento.

Além de ser produzida pelo organismo, pode ser obtida através da ingestão de alimentos, tais como: frutas e legumes (verdes – espinafres, brócolos, abacate), carne (vísceras), peixe (sardinha, arenque, salmão), amendoim, nozes, soja (óleo de soja, grão).

Devemos privilegiar sempre a alimentação, no entanto como a absorção de coenzima Q10 não é elevada, a toma de suplementação adequada e consciente pode fazer a diferença na saúde e bem-estar!

Algumas indicações:

  • Fornece energia (fadiga, fraqueza);
  • Aumento da capacidade de esforço (atletas /desportistas)
  • A coenzima Q10 ajuda a melhorar o desempenho, diminuindo o stress oxidativo nas células e melhorando as funções mitocondriais. Além disso, a suplementação com coQ10 pode ajudar a aumentar a potência durante o exercício e reduzir a fadiga, o que pode melhorar o desempenho do exercício.
  • Ação na prevenção / diminuição de lesões;
  • No envelhecimento, a coenzima Q10, também tem demonstrado ser bastante importante.

Pele (e outras estruturas)

A coQ10 sendo um antioxidante presente nas células protege as estruturas (como a pele, espermatozoides, DNA) de danos oxidativos.

A coQ10 também pode ser aplicada diretamente na pele (creme) ajudando a reduzir os danos oxidativos causados pelos raios UV e até diminuir a profundidade das rugas.

Outras patologias:

Vários estudos mostram que os níveis de coQ10 são significativamente baixos em pessoas com patologias especificas. De destacar as patologias cardíacas:

Foi sugerido que a síntese limitada de coenzima Q10 pode desempenhar um papel efetivo na etiologia da doença cardíaca e a sua suplementação torna-se eficaz na miocardiopatia e insuficiência cardíaca.

Estudos indicam que o tratamento com coQ10 ajuda a restaurar níveis ótimos de produção de energia, reduzir danos oxidativos e melhorar a função cardíaca, o que pode auxiliar no tratamento de insuficiência cardíaca.

A suplementação de coenzima Q10 é bastante segura e não compromete a produção endógena.

Principais indicações:

  • Fadiga e cansaço
  • Aumento do rendimento (atletas/desportistas)
  • Protetor cardiovascular

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha de consciencialização para a prevenção das lesões da coluna
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) vai promover uma campanha de consciencialização para a...

“Com esta iniciativa queremos alertar os mais jovens para os riscos que correm quando dão mergulhos, tanto nas piscinas como nas praias, em águas pouco profundas, e que podem provocar lesões permanentes na coluna”, explica o ortopedista Nuno Neves, presidente da SPPCV.

“Há saltos que podem mudar a tua vida. Protege a tua coluna!” é o mote desta campanha que vai estar disponível nas redes sociais, durante a época balnear deste ano.

As lesões na coluna derivadas de mergulhos ocorrem geralmente quando a cabeça bate no solo ou numa rocha. Além da baixa profundidade do local ou dos comportamentos de risco, estes acidentes podem estar relacionados com uma postura incorreta durante a execução do mergulho. Para prevenir as lesões na coluna recomenda-se que verifique sempre a profundidade da água antes de mergulhar e mantenha-se sempre dentro da zona supervisionada. Deve evitar-se mergulhar sob o efeito de bebidas alcoólicas.

Os sinais e sintomas de lesão na coluna incluem: dor no local lesionado eventualmente com irradiação aos membros superiores, náuseas, cefaleias ou tonturas, fraqueza ou incapacidade em mover os braços ou pernas; formigueiro ou dormência nos membros e na área abaixo da lesão, estado de consciência alterado, dificuldades respiratórias, perda do controle da bexiga ou do intestino...

Se presenciar um acidente e suspeitar de uma lesão da coluna deve contactar de imediato o 112 e chamar uma ambulância. Não deve mover a pessoa, uma vez que qualquer movimento numa coluna já danificada pode causar danos permanentes.

 

Situação Epidemiológica
Segundo dados da Direção Geral da Saúde, nas últimas 24 horas, houve duas mortes associadas à Covid-19 e 1233 novos casos...

De acordo com o documento, foram diagnosticados 1233 novos casos de Covid-19 em Portugal. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 808 novos casos e a região norte 196. Desde ontem foram diagnosticados mais 81 na região Centro, 47 no Alentejo e 73 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 12 infeções e 20 nos Açores.

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Norte foram as únicas a assinalar uma morte cada.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 367 doentes internados, mais 13 que ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos contam com mais cinco doente, estando agora 88 pessoas na UCI.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 662 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 817.754 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 26.817 casos, mais 569 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.445 contactos, estando agora 33.732 pessoas em vigilância.

 

Webinar promovido pela Universidade de Coimbra
“O Impacto da COVID-19 nas IPSS: Lições para o futuro” é o tema de um webinar que vai decorrer na próxima segunda-feira, dia 21...

Promovido pela Universidade de Coimbra (UC), através do Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research (CIBIT) e do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), em colaboração com parceiros de IPSS, este webinar pretende contribuir para o desenvolvimento de respostas na comunidade, na «sequência do impacto que o confinamento teve nas respostas sociais, com consequências profundas nos cidadãos com necessidades especiais», afirma o neurocientista da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Miguel Castelo-Branco.

“Pretendemos ajudar a delinear caminhos para o futuro, através do contributo dos diversos parceiros com responsabilidade social. Em particular serão discutidas as possibilidades que as novas tecnologias trazem para melhorar as respostas que podem ser disponibilizadas às IPSS”, adianta.

A iniciativa realiza-se no âmbito dos projetos de investigação COVMIND – centrado no impacto da Covid-19 na saúde mental e na identificação de novas estratégias de intervenção – e COVDATA – focado em ciência dos dados e no acompanhamento através de plataformas remotas de monitorização e tele-reabilitação em contexto da pandemia, ambos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e coordenados por Miguel Castelo-Branco.

O webinar pode ser acompanhado através do link: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/85976301522 e o programa está disponível em: https://www.uc.pt/en/uid/cibit/ScienceSociety/WebinarCovMind.

 

Relatório
A 15ª edição do relatório anual Global Peace Index (GPI) revela que o nível médio de tranquilidade global se deteriorou pela...

Segundo os dados hoje divulgados, no geral, a Islândia continua a ser o país mais pacífico do mundo, posição que ocupa desde 2008. No topo deste índice está ainda a Nova Zelândia, Dinamarca, Portugal e Eslovénia. O Afeganistão continua a ser o país menos pacífico do mundo pelo quarto ano consecutivo, seguido do Iémen, Síria, Sudão do Sul e Iraque. Oito dos dez países no topo da GPI estão localizados na Europa. Esta é a maior fatia dos países europeus a figurar no top 10 da lista da história do índice.

A maior melhoria da tranquilidade ocorreu na região do Médio Oriente e norte de África (MENA), que registaram reduções significativas nos conflitos; no entanto, continua a ser a região menos pacífica do mundo. O Iraque registou a segunda maior melhoria a nível mundial depois da Ucrânia. O Burkina Faso sofreu a maior deterioração de qualquer país do mundo, caindo 13 lugares.

Os indicadores que registaram maiores deteriorações no GPI de 2021 foram: despesas militares (105 países), importações de armas (90 países), instabilidade política (46 países) e manifestações violentas (25 países). Os seguintes indicadores foram os que registaram mais melhorias: terrorismo (115 países), conflitos internos (21 países) e mortes por conflitos internos (33 países).

Segundo Steve Killelea, Fundador & Executive Chairman do IEP, “a pandemia COVID-19 acelerou mudanças na tranquilidade global. Embora tenha havido uma queda do nível de conflito e terrorismo em 2020, a instabilidade política e as manifestações violentas aumentaram. As consequências económicas da pandemia criarão ainda mais incerteza, especialmente para os países que estavam em dificuldades antes da pandemia."

Agitação Civil e COVID-19

Alimentada pela pandemia, a principal tendência negativa deste ano é o aumento global da agitação civil.

A maior deterioração regional da paz ocorreu na América do Norte, devido ao aumento dos níveis de instabilidade política, homicídios e manifestações violentas. Eventos como o assalto ao edifício do Capitólio e os protestos generalizados nos Estados Unidos em apoio ao movimento Black Lives Matter aumentaram a agitação civil, a instabilidade política e a intensidade dos conflitos internos em 2020.

À medida que grande parte do mundo entrava em confinamento, o nível total de agitação política e civil subiu. Entre janeiro de 2020 e abril de 2021, registaram-se mais de 5.000 eventos violentos relacionados com pandemias.

Durante a pandemia, os países com níveis mais elevados de tranquilidade tinham economias mais resilientes.

A recuperação pós-pandemia completa não será rápida ou fácil. É também provável que seja desigual, e os países com situações fiscais débeis terão mais dificuldades do que outros. Guiné Equatorial, Serra Leoa e Laos estão entre os países considerados como tendo maior risco de grandes quedas de tranquilidade.

Embora a Europa tenha sofrido uma série de manifestações de protesto no ano passado, a região continua a ser a mais pacífica do mundo; no entanto, a instabilidade política aumentou em todo o continente, juntamente com indicadores-chave da militarização, incluindo despesas militares, importações de armas e capacidades nucleares e pesadas de armas.

Militarização e terrorismo

A militarização global aumentou nos últimos dois anos, com mais países a aumentarem as despesas militares e a taxa de pessoal dos serviços armados. Trata-se de uma inversão da tendência da década anterior, em que 105 países tinham melhorado, enquanto 57 se deterioraram. Os EUA, a China, a Alemanha e a Coreia do Sul registaram os maiores aumentos nas despesas militares dos últimos dois anos.

O número de mortos para o terrorismo continua a diminuir, com o total de mortes por terrorismo a cair nos últimos seis anos consecutivos. Os dados preliminares relativos a 2020 sugerem que menos de 10.000 mortes foram causadas pelo terrorismo.

Apesar do número total de mortes relacionadas com conflitos ter diminuído desde 2014, o número de conflitos a nível global aumentou 88% desde 2010. No entanto, novos conflitos estão a surgir, com a África subsariana a representar mais de 65% dos conflitos violentos totais no GPI de 2021. Os dados preliminares sugerem que esta tendência é suscetível de continuar.

Globalmente, o impacto económico da violência em 2020 subiu ligeiramente para 14,96 biliões de dólares - ou 11,6% do PIB mundial - devido ao aumento da despesa militar global, que aumentou 3,7%. Isto equivale a 1.942 dólares para cada pessoa no planeta.

Thomas Morgan, Diretor Associado de Investigação, afirma que "a violência é uma ameaça muito real e significativa para muitas pessoas em todo o mundo. Mais de 60% das pessoas em todo o mundo estão preocupadas em ser vítimas de crimes violentos. No entanto, apesar do grande medo da violência, a maioria das pessoas sente que o mundo está a ficar mais seguro. Quase 75% das pessoas em todo o mundo sentiram que o mundo era tão seguro ou seguro do que há 5 anos."

Violência e segurança

A violência continua a ser uma questão premente para muitas pessoas a nível mundial e é apontada como o maior risco para a segurança diária em quase um terço dos países. Mais de metade da população do Afeganistão, Brasil, África do Sul, México e República Dominicana relatou a violência como o maior risco para a sua segurança no seu dia-a-dia.

Apesar disso, alguns indicadores de violência registaram melhorias significativas desde o início do índice, incluindo a perceção da criminalidade que melhorou em 86 países. 123 países viram a sua taxa de homicídios diminuir desde 2008 e pessoas de 84 países declararam que se sentem mais seguras a caminhar sozinhas. Mesmo com estas melhorias, os dados revelaram que as mulheres têm 5% mais medo da violência do que os homens, enquanto alguns países têm diferenças extremas. Em Portugal, 23% das mulheres têm mais medo da violência do que os homens.

Há três tipos de certificados
Os primeiros certificados de vacinação começaram a ser emitidos ontem, em Portugal. Desde hoje, é possível obter três tipos de...

Para obter o Certificado, basta aceder ao portal do SNS 24, seguir as instruções e escolher o tipo de certificado que pretende. Após validação do pedido, o documento é disponibilizado no portal ou pode ser enviado, posteriormente, para o email indicado, sem quaisquer custos associados. Para melhorar a aceitação transfronteiriça, é redigido em português e em inglês.

Segundo a informação avançada por fontes oficiais, em breve, também será possível obter os certificados noutras plataformas, bem como aceder ao certificado de testes moleculares rápidos.

Quanto ao sistema de verificação do Certificado Digital, através de uma aplicação móvel de leitura, este encontra-se em fase final de testes-piloto e de interoperabilidade com os sistemas dos restantes da União Europeia.

Segundo o Regulamento Europeu do Certificado Digital, os sistemas europeus de verificação devem estar todos em vigor a partir do dia 1 de julho.

 

 

 

Investigação permite identificar doentes com lúpus em remissão
Diogo Jesus, assistente hospitalar de Reumatologia do Centro Hospitalar de Leiria, foi premiado com o seu trabalho de...

De acordo com o centro hospitalar, a investigação de Diogo Jesus versa sobre o Lúpus Eritematoso Sistémico (LES), uma doença reumática inflamatória, multissistémica que pode envolver todos os sistemas de órgãos, e cujo tratamento deve ser ajustado de acordo com a intensidade de atividade da doença e ter como objetivo a remissão.

Segundo o CHL, atualmente, as definições de remissão e de atividade de doença são maioritariamente baseadas no Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index 2000 (SLEDAI-2K), o índice de atividade mais utilizado na prática clínica e ensaios clínicos. No entanto, acrescenta em nota de imprensa, “o SLEDAI-2K apresenta limitações importantes: não inclui manifestações clínicas relevantes como o envolvimento pulmonar, gastrointestinal ou a anemia hemolítica, e os seus itens são pontuados de forma dicotómica, como presentes/ausentes, não permitindo avaliar melhorias ou agravamentos parciais dentro de cada item”

“Recentemente, o nosso grupo de trabalho desenvolveu e publicou um novo índice de avaliação da atividade do lúpus, o SLE-DAS (Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Score), que demonstrou maior acuidade na mensuração da atividade do LES e maior sensibilidade para detetar variações de atividade comparativamente ao SLEDAI-2K”, explica Diogo Jesus, também doutorando em Medicina pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior.

O reumatologista do CHL destaca ainda que, “no trabalho agora premiado, demonstrámos que o SLE-DAS tem uma elevada performance para identificar doentes com lúpus em remissão e nas diferentes categorias de atividade de doença. Estes resultados são muito relevantes, uma vez que indicam que o SLE-DAS é uma ferramenta útil para orientar o tratamento dos doentes com lúpus na prática clínica diária, pode ajudar na identificação de candidatos para ensaios clínicos, e poderá melhorar as medidas de outcome dos ensaios clínicos.”

 

Primeira edição do prémio promovido pela Ordem dos Médicos e pela Fundação BIAL
O júri do Prémio Maria de Sousa recebeu 84 candidaturas na primeira edição deste galardão, promovido pela Ordem dos Médicos e...

Entre os candidatos estão jovens médicos e investigadores portugueses de universidades, centros de investigação e hospitais nacionais e internacionais, incluindo portugueses com atividade profissional no estrangeiro. As temáticas dos projetos a concurso abrangem diversas áreas das Ciências da Saúde, destacando-se trabalhos nas diferentes dimensões terapêuticas e de investigação do cancro, doenças do sistema nervoso central e cardiometabólicas.

O presidente do júri, Rui Costa, neurocientista e professor de Neurociência e Neurologia na Columbia University, nos EUA, revela que "É um sinal de esperança enorme este prémio receber 84 candidaturas na primeira edição. São 84 jovens promissores que querem fazer investigação, incluindo um estágio num centro de excelência, e esta é uma grande homenagem a Maria de Sousa, que sempre defendeu que estes jovens tivessem a possibilidade de realizar os seus sonhos.”

Para além de Rui Costa, o júri é composto por investigadores que foram muito próximos de Maria de Sousa: Maria do Carmo Fonseca, presidente do Instituto de Medicina Molecular (iMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Graça Porto, diretora do grupo de investigação sobre a biologia do ferro do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, Miguel Castelo-Branco, diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) da Universidade de Coimbra, e Joana Palha, vice-presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho.

O júri vai agora iniciar a avaliação dos projetos, estando a cerimónia de entrega da primeira edição do Prémio Maria de Sousa prevista para o mês de novembro de 2021.

Aquando do anúncio da abertura de candidaturas ao Prémio Maria de Sousa, em novembro de 2020, Luís Portela, Presidente da Fundação BIAL, evidenciava que “Ao premiar jovens investigadores estamos a perpetuar o trabalho único de Maria de Sousa, que sempre procurou criar condições para que os jovens cientistas pudessem concretizar os seus percursos científicos.”

Também nessa altura, Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, destacava que “Maria de Sousa desbravou caminho e demonstrou a importância da associação da clínica à investigação, sem nunca perder a capacidade de envolver os mais jovens e sem esquecer a importância da ética e do humanismo.”

O Prémio Maria de Sousa, com um valor até 25 mil euros, pretende galardoar jovens investigadores científicos portugueses, até aos 35 anos, em projetos de investigação na área das Ciências da Saúde, incluindo um estágio num centro internacional de excelência.

 

Opinião
Após a II Grande Guerra, em 1945, a lotação dos hospitais americanos tornou necessário criar uma alt

Na Europa, esta realidade surge em França, em 1957, no Assistance Publique – Hôpitaux de Paris, seguindo-se a Suíça, a Alemanha, o Reino Unido, Espanha, entre outros. Em Portugal, o Serviço de Medicina Interna do Hospital Garcia de Orta, implementou a primeira Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) de doentes agudos em Portugal em 2015.

Os avanços na ciência e tecnologia têm permitido inovar exponencialmente na Medicina. Atualmente, existem formas de detetar doenças em estadios precoces e assistimos a novas formas de tratamento, numa tentativa de prevenir o desenvolvimento e controlar as manifestações de determinadas patologias, mas também atrasar a progressão das doenças, melhorando o prognóstico e aumentando a sobrevida.

Como consequência direta deste fenómeno, a população apresenta-se mais envelhecida, vivendo mais anos com doenças crónicas, verificando-se uma maior necessidade de cuidados médicos. A multimorbilidade associa-se a um maior número de hospitalizações e complicações nosocomiais, institucionalizações, polimedicação e efeitos adversos medicamentosos, assim como perdas de capacidade funcional e qualidade de vida e aumentos da mortalidade e da taxa de utilização dos recursos médicos, verificando-se um aumento importante dos custos associados aos cuidados de saúde.

A longo prazo, esta situação tornar-se-á insustentável pela saturação dos serviços de saúde e assim urge a reformulação da prestação de cuidados de saúde de nível hospitalar. A Hospitalização Domiciliária apresenta-se como uma alternativa segura e eficaz. Centrada no doente e nas famílias/cuidadores, trata-se de um modelo de assistência hospitalar que se caracteriza pela prestação de cuidados no domicílio a doentes agudos, cujas condições bio-psico-sociais o permitam.

A equipa médica e de enfermagem assegura visitas presenciais diárias com médico e enfermeiro e permite-se acompanhar as necessidades do internamento 24 horas por dia, 7 dias por semana – tal é possível não apenas através da existência de um contacto telefónico, mas também por projetos de telemonitorização.

O internamento feito através da UHD obedece a critérios objetivos que passam pela avaliação de condições clínicas, sociais e geográficas de cada doente, sendo a admissão voluntária. Os doentes podem ser referenciados diretamente através dos serviços de atendimento urgente, mas também do internamento e da consulta. Após o contacto, a equipa da UHD avaliará o doente e articulará sempre com o médico assistente desde o momento da referenciação, passando pelo internamento e articulando seguimento após a alta. Do ponto de vista clínico, entre alguns dos diagnósticos elegíveis para a Hospitalização Domiciliária podem estar: insuficiência cardíaca; as infeções respiratórias, urinárias, da pele e tecidos moles; infeções desenvolvidas na sequência de colocação de material protésico; antecipação de alta hospitalar convencional para doentes cirúrgicos, por exemplo, de Neurocirurgia, Ortopedia e Cirurgia Geral, podendo o internamento ser completado em casa dos doentes.

Todos os doentes devem ter um plano de tratamento individualizado que contempla acompanhamento diário e presencial de uma equipa de médicos e enfermeiros, numa equivalência total de cuidados face ao internamento a que o doente estaria sujeito num hospital, com ganhos de saúde evidentes para o doente e reforço de conhecimentos em saúde para os cuidadores e/ou familiares.

A Medicina Interna, como especialidade generalista, holística e hospitalar, ganha aqui um papel-chave no seguimento destes doentes durante o internamento. Desde novembro de 2015 a dezembro de 2020, o Serviço Nacional de Saúde português deu início à atividade de 32 UHD. Esta é também uma realidade do setor privado de saúde com a abertura da UHD da CUF a 1 de junho de 2020.

A realização do I Congresso Nacional de Hospitalização Domiciliária, nos próximos dias 18 e 19 de junho no Porto, iniciativa do Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) é um marco de relevo na partilha, inovação e formação nesta área cada vez mais essencial do sistema de saúde nacional.

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Sessão online
A Maratona da Saúde (www.maratonadasaude.pt) vai realizar o 4º Evento no âmbito da iniciativa “Encontros de Esperança”, apoiada...

De acordo com a organização, os “Encontros de Esperança” têm como missão “promover interação a nível nacional entre a sociedade civil, pacientes, cuidadores e seus representantes, médicos, estudantes e os cientistas premiados pela Maratona da Saúde e financiados com os donativos dos portugueses”.

O projeto, financiado através do Concurso “Comunicar Saúde” lançado pela Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, tem como objetivo melhorar a comunicação da informação médica e de promover a literacia em saúde dos cidadãos, contando com a participação do dISPAr Teatro e da Ilustradora Isa Silva.

Ao todo vão-se realizar 5 "Encontros de Esperança", no âmbito das Edições da Maratona da Saúde, dedicados ao Cancro, Diabetes, Doenças Neurodegenerativas, Doenças Cardiovasculares e Doenças Autoimunes e Alergias.

O 4º destes encontros, dedicado às Doenças Cardiovasculares, decorre já no dia 22 de junho às 17H, via zoom. O encontro é aberto a todos mediante inscrição.

“Esta pretende ser uma iniciativa com carácter informal, onde será proporcionado um ambiente de esperança com base na investigação biomédica desenvolvida pelos nossos cientistas”, revela a organização em comunicado. Do programa constam visitas virtuais aos laboratórios de investigação dos premiados da Maratona da Saúde na área das doenças cardiovasculares, um Speed-dating com cientistas, uma ação dinamizada pelo dISPAr Teatro e Sketchnoting pela ilustradora Isa Silva.

Ainda no âmbito dos “Encontros de Esperança” a Maratona da Saúde abriu o canal “Esperança em Linha” onde podem ser esclarecidas dúvidas sobre estes temas por um especialista.

 

Resultados de ensaio clínico
O sangue do cordão umbilical expandido em laboratório revelou potencial para curar anemia falciforme em crianças, de acordo com...

A anemia falciforme é uma doença hereditária que se caracteriza pela alteração do formato dos glóbulos vermelhos para a forma de foice, e conduz a múltiplos problemas de saúde, crises dolorosas e mortalidade precoce. Todos os anos, aproximadamente 300 mil crianças nascem com anemia falcifome, em todo o mundo. Apesar de a incidência ter vindo a aumentar na Europa e nos EUA, a anemia falciforme continua a ser mais prevalente em países africanos e na Índia.

De acordo com Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “o sangue do cordão umbilical é uma fonte de células estaminais atrativa para transplante, devido à sua acessibilidade e à possibilidade de serem permitidas algumas discrepâncias de compatibilidade entre dador e doente”. “A utilização de sangue do cordão umbilical expandido, que resulta da multiplicação das células estaminais em laboratório, antes do transplante, é uma das estratégias emergentes neste campo da medicina que promete trazer benefício para os doentes, como podemos verificar neste estudo”, explica.

Neste estudo preliminar, foram envolvidas 16 crianças, dos 3 aos 17 anos, com anemia falciforme grave, elegíveis para transplante. Tratando-se de um estudo piloto, numa primeira fase, 13 crianças foram transplantadas com um produto de sangue do cordão umbilical expandido em laboratório, designado Omidubicel, em conjunto com sangue do cordão umbilical não expandido. Posteriormente, três crianças foram transplantadas apenas com Omidubicel.

Os resultados mostram que os transplantes de sangue do cordão umbilical expandido resultaram na rápida reconstituição do sistema imunitário em todos os doentes, um fator determinante para a sobrevivência, que se manteve em 88%. Globalmente, 81% dos doentes com anemia falciforme grave sobreviveram, com reconstituição imunológica derivada das células do sangue do cordão umbilical, tendo ficado, assim, livres da doença e de todas as suas manifestações.

Os autores do estudo sublinham que, apesar da elevada taxa de doença do enxerto contra o hospedeiro verificada, foi possível solucionar esta complicação através dos tratamentos administrados. No entanto, em futuros estudos, outras medidas devem ser consideradas de forma a reduzir a incidência desta situação no período pós-transplante.

 

Recomendações para todas as idades
Os pés são os componentes finais dos membros inferiores e, por isso, são responsáveis pela sustentaç

Ao serem os constituintes do corpo humano que estabelecem diretamente o contacto com o solo, os pés oferecem estabilidade, suportam as agressões do terreno e absorvem os impactos quando caminhamos, corremos ou saltamos. Neste sentido, é fácil de percebermos a importância de protegermos os nossos pés, sendo esta a principal função do calçado.

Com a missão de preservar a integridade dos pés, os sapatos devem oferecer conforto e um bom suporte (com apoio na zona do arco do pé), proteger os pés dos fatores ambientais, evitar a sua exposição a riscos, como objetos pontiagudos e superfícies desconfortáveis, proporcionar uma boa tração, ajudando a prevenir as quedas, e amortecer os impactos dos pés com o solo.

Contrariamente a isso, o calçado pode funcionar como um agente agressor, pois optar por uns sapatos com as características erradas pode prejudicar a saúde e o desempenho do pé. Isto porque a utilização de calçado inadequado contribui para o surgimento de desconforto e dores, bem como para o desenvolvimento de lesões e deformidades nos pés, podendo, consequentemente, surgir problemas nos joelhos, ancas e costas.

Recomendações comuns para todas as idades

Para prevenir problemas podológicos, o sapato deverá ser adaptado à morfologia e tamanho do pé, uma vez que a utilização de calçado apertado, além do surgimento de dores, pode causar bolhas, calosidades, unhas encravadas e joanetes, tal como outros problemas a longo prazo. Particularmente no caso das crianças, dado que os seus pés estão em contínuo desenvolvimento e são frágeis, é de extrema importância que os pais verifiquem regularmente se o calçado se ajusta corretamente ao comprimento e à largura do pé, e que dispõe de espaço suficiente para que a criança possa mexer todos os dedos livremente.

Neste sentido, e tendo em conta que o volume do pé se altera ao longo do dia, saiba que o calçado deve ser comprado ao final da tarde, altura em que os pés estão inchados. Os nossos pés também não permanecem imóveis dentro do calçado, pelo que, para acompanhar o seu deslocamento ao caminhar, deverá existir uma margem de cerca de um centímetro, entre a ponta do calçado e a ponta do dedo grande. Já os sapatos excessivamente largos são um fator de risco para alterações ao nível da musculatura do pé e também causam desconforto, sendo que, devido à combinação entre pressão e fricção, podem levar igualmente ao surgimento de bolhas.

Para evitar as bolhas e calosidades, os materiais flexíveis e maleáveis devem ser a primeira escolha, assim como os materiais respiráveis que, por permitirem a ventilação do pé, deixando o ar circular e contribuindo para a absorção e evaporação da transpiração, ajudam a evitar o surgimento de micoses. Disso é exemplo o calçado em pele.

No respeitante à altura do calçado, esta não deve ultrapassar os quatro centímetros, de modo a evitar o risco acrescido de entorses, joanetes e inflamações, bem como a adoção de uma posição pouco natural do pé e alterações ao nível da postura, o que contribui para as dores nas costas.

Que características deve ter o calçado das crianças?

O pé infantil está em contínuo desenvolvimento musculosquelético e, por isso, a utilização de calçado adequado é fundamental para evitar impactos significativos para a saúde das crianças, que vão desde as reações cutâneas até às alterações estruturais, comprometendo a forma e a funcionalidade do pé. Além da comodidade, existem outros fatores que deve ter em conta:

  • A sola deverá ser resistente e flexível, de modo a permitir a mobilidade do pé, antiderrapante e relativamente fina, sem perder a capacidade de amortecer o impacto dos pés com o solo;
  • O sapato deverá ainda comportar os dedos na sua posição natural;
  • Para uma maior estabilidade do pé, o calçado da criança deverá possuir reforço na zona do calcanhar e os atacadores devem estar sempre bem apertados;
  • Os sapatos devem ficar abaixo dos tornozelos;
  • O calçado deve possuir apoio lateral.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo de investigadores da Escola de Medicina da UMinho
Segundo uma equipa de investigadores do ICVS da Escola de Medicina da Universidade do Minho, liderada por Ana Santos Pereira e...

O estudo analisou, entre 2008 e 2017, mais de 20 mil sequências de HIV em processo de tratamento antirretroviral no Brasil, país com mais pessoas infetadas por HIV na América do Sul.

“A terapia antirretroviral quando tem sucesso aumenta em grande medida a esperança média e a qualidade de vida das pessoas infetadas e impede a transmissão. A emergência de mutações no HIV causadoras de resistência a vários fármacos utilizados na terapia antirretroviral é preocupante porque limita as opções de tratamento” afirma Nuno Osório.

“O Tenofovir é um dos fármacos mais usados neste momento no Brasil. Ao contrário de outros países em que se testa, em todas as pessoas diagnosticadas, a presença de mutações de resistência no HIV, no Brasil tal só acontece em alguns casos o que contribuiu para casos de falência terapêutica e agravamento do problema da resistência”, conclui Nuno Osório.

Os dados foram recentemente publicados na revista MDPI e podem ser consultados aqui: https://www.mdpi.com/1422-0067/22/10/5304

 

“A excelência da Optometria portuguesa é uma vez mais reconhecida"
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de nomear Raúl de Sousa, Optometrista e Presidente da Associação de Profissionais...

Segundo Raúl de Sousa, presidente da APLO: “A excelência da Optometria portuguesa é uma vez mais reconhecida e chamada a prestar serviço em defesa da saúde da visão mundial, apesar de o Estado Português persistir no não reconhecimento e no não aproveitamento destes profissionais.”

“Para assegurar acesso universal aos cuidados para a saúde da visão, é preciso garantir cuidados de proximidade e na comunidade, através de força de trabalho bem planeada e organizada com oftalmologistas, optometristas e ortoptistas em trabalho de equipa multidisciplinar e distribuídos pelos vários níveis de cuidados do SNS. Não é tolerável que Portugal continue a ignorar as recomendações da Organização Mundial de Saúde, as resoluções da Assembleia da República e o fracasso das experiências passadas com recuperação de listas de espera e não implemente as melhores práticas já conhecidas e evidenciadas” conclui Raúl de Sousa.

Raúl de Sousa já tinha sido nomeado, no ano passado, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), perito para o grupo de trabalho de desenvolvimento de intervenções para o erro refrativo desta organização e, para o painel de peritos em dispositivos médicos para a área da oftalmologia da Comissão Europeia (CE).

 

Comunicação eficaz, informada e transparente com impacto na confiança da opinião pública
O estudo internacional "Trust in COVID-19 Vaccines", realizado por uma multinacional de Media Intelligence presente...

Em dezembro, ficou claro que os líderes políticos, auxiliados pelos media, iriam liderar a promoção da toma da vacina. O seu nível de influência criou a oportunidade de fazer uma diferença significativa na necessidade de minimizar a hesitação da toma da vacina. Enquanto nos Estados Unidos da América os jornalistas eram mais propensos a recorrer aos comentários das empresas farmacêuticas, na França e na Alemanha (assim como em Portugal) a primeira escolha foram as autoridades governamentais e de saúde.

Grande parte da desinformação na Europa girou em torno de preocupações relacionadas com a vacina AstraZeneca e supostos coágulos sanguíneos fatais. A pesquisa da CARMA indica que a confiança na vacina AstraZeneca diminuiu significativamente de dezembro a março, coincidindo com uma vastidão de declarações de líderes políticos europeus e profissionais de saúde pública, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron, que rotulou a vacina como "quase ineficaz acima dos 65 anos".

Mais de 40% das manchetes usaram linguagem emotiva em França e na Alemanha, com artigos sobre AstraZeneca e Pfizer respondendo por 70% das manchetes emotivas. A maioria dessas manchetes mais sensacionalistas foram publicadas em França.

Em Portugal 89% das manchetes foram factuais e 11% mais emotivas e sensacionalistas.

O impacto no comportamento do público é claro, com comentários sobre os potenciais efeitos colaterais correspondentes às crescentes preocupações das populações europeias sobre as vacinas. Enquanto a desconfiança francesa em relação à AstraZeneca atingiu 61% em março, mensagens positivas e sentimento de orgulho nacional na Grã-Bretanha fizeram registar níveis de desconfiança de apenas 9%. O relatório explica que o comportamento emotivo dos governos de toda a Europa, mais negativo em França comparado com a favorabilidade positiva na Grã-Bretanha, está relacionado com a confiança e com a aceitação das vacinas.

Os dados de pesquisa do Google contam a mesma história, pois apesar de as pesquisas no Reino Unido por coágulos sanguíneos, trombose e mortes atingirem o pico em linha com a cobertura negativa dos media (da mesma forma que aconteceu em França e na Alemanha), a confiança geral e a aceitação da vacina permaneceram maiores.

“A confiança é crítica para o processo de aceitação da toma da vacina COVID-19 e a confiança por sua vez, é impulsionada pela clareza, consistência e certeza dos governos, ou pela falta das mesmas. Este estudo internacional da CARMA identifica o quanto as ações e comunicações de líderes políticos e porta-vozes são importantes, e como errar pode ter consequências significativas. Para além disso, este estudo demonstra que a desinformação não existe apenas nos cantos mais obscuros da esfera social e digital, reafirmando o papel fundamental que têm os nossos líderes e governantes. A forma como os governos e a sua liderança se comportam e comunicam tem um impacto significativo na opinião pública e no comportamento dos cidadãos. Nesta análise são identificados os fatores que podem ter contribuído para a confiança pública na vacinação, bem como o desempenho dos media comparando os tópicos e questões que motivaram a cobertura dos meios de comunicação social. Uma comunicação eficaz, informada e transparente nunca foi tão importante - a confiança demora muito a ser ganha, mas pode ser destruída em momentos”, comentou Luís Garcia, Managing Director da CARMA em Portugal

Sessão online é gratuita e certificada
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) vai realizar a 5.ª Reunião Portugal - Brasil de Hérnia Parede Abdominal,...

“Esta reunião tem como objetivo o debate e a troca de experiências entre cirurgiões de hérnia da parede abdominal de Portugal e do Brasil, tirando também partido do facto de em ambos os países se falar português. Pretendemos abordar todos os passos de eTEP, entre outras especificidades”, explica Carlos Magalhães.

No decorrer da Reunião, os especialistas Rockson Liu, dos Estados Unidos da América, vai abordar a temática “Tips and tricks”; Eva Barbosa, de Portugal, vai falar sobre “Anatomia Retromuscular”; Heitor Santos, do Brasil, vai estar responsável pelo tema “eTep passo a passo”; Artur Flores, de Portugal, pelo “Como eu faço: vídeo”; e Alexander Morrell, do Brasil, vai focar as “Complicações mais frequentes”.

A moderação do evento está a cargo dos especialistas Maurício Azevedo, do Brasil, e Luís Madureira, de Portugal. Para assistir inscreva-se em https://diventos.eventkey.pt/geral/detalheeventos.aspx?cod=331.

 

Tratamento estético
O Radiesse é um preenchimento injetável composto por microesferas de hidroxiapatita de cálcio, com e

Por mais impercetível que seja, o processo de envelhecimento inicia-se por volta dos 25 anos de idade. A partir desta fase, a produção de colagénio começa a diminuir. Ao ser aplicado, o Radiesse, atua diretamente nas células que produzem colagénio e elastina, melhorando a qualidade da pele e devolvendo firmeza e tensão. O efeito ocorre gradualmente à medida que o colagénio vai sendo produzido. A eficácia máxima do tratamento é observável ao final de 2 meses, podendo durar até 2 anos.

As suas indicações são diversas por ser um produto versátil e, como tal, também as técnicas variam.

Na minha prática clínica os tratamentos que executo e que mais satisfação trazem aos pacientes são os seguintes:

  • Rejuvenescimento facial completo conhecido como Lifting Líquido com o objetivo de devolver firmeza, tratar a flacidez e melhorar os contornos do rosto;
  • Rejuvenescimento do pescoço com melhoria da firmeza e das rugas horizontais características desta região;
  • Rejuvenescimento das mãos com melhoria da aparência envelhecida caracterizada por vasos e tendões mais salientes.

Relativamente aos protocolos de tratamentos aconselho realizar sessões de manutenção após 18 a 24 meses em pacientes com idade inferior a 40. Em pacientes com idade superior a 40 e que, como tal, o processo de renovação da pele é mais lento, deve ser realizada uma segunda sessão de estimulação adicional passados 3 a 4 meses.

Este tratamento minimamente invasivo caracteriza-se por ser executado com relativa rapidez em consultório (em média demora 30 minutos) e ser praticamente indolor devido a ser utilizada uma agulha muito fina juntamente com anestesia.

Em suma, os resultados com Radiesse permitem preservar a naturalidade do rosto ao mesmo tempo que devolvem um aspeto mais jovem e sem rugas.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
A maioria dos portugueses (73,2%) considera que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem respondido de forma eficaz à pandemia de...

O índice que avalia a sustentabilidade do SNS registou uma descida dos 101.7 para os 83.9 pontos devido ao efeito da pandemia. Para esta queda no indicador contribuiu a diminuição na atividade (-9,8%), o aumento da despesa (7%) e a diminuição da qualidade técnica (-3,1%). Contudo, o estudo estima que sem o efeito da Covid-19 o índice de sustentabilidade registaria o valor mais elevado desde a sua criação, em 2014: 103.6 pontos.

“Em 2020 houve uma queda muito acentuada de atividade nos hospitais, com a pandemia a consumir muitos recursos e a gerar despesa adicional. Algo inevitável e que naturalmente se reflete na queda do índice de sustentabilidade. Como aspeto positivo, de realçar a redução do deficit (-15%) mesmo neste contexto difícil e o aumento da qualidade percecionada do SNS”, explica Pedro Simões Coelho, professor da NOVA IMS e coordenador principal do projeto Índice de Saúde Sustentável.  

Durante a pandemia, a satisfação e confiança dos portugueses no SNS aumentou em todos os parâmetros avaliados. É no internamento que os utentes manifestam maior satisfação e confiança (87.0 e 87.3 pontos, respetivamente, numa escala de 0 a 100), mas foi no atendimento de urgência que se registou o maior aumento (+2.6 pontos na satisfação e +5.3 pontos na confiança).

O estudo calculou também o impacto do SNS no absentismo laboral e na produtividade dos utentes em 2020. Em média, os portugueses faltaram 7,4 dias ao trabalho, o que resultou num prejuízo de 2,8 mil milhões de euros. No entanto, a prestação de cuidados de saúde através do SNS permitiu evitar a ausência laboral de 2,9 dias, representando uma poupança de mil milhões de euros. Também foi analisada a redução na produtividade tendo em consideração situações de doença que poderão ter influenciado o desempenho de uma pessoa num dia normal de trabalho. Por motivos de saúde terá existido uma perda de produtividade equivalente a 15,8 dias de trabalho, o que se traduz num prejuízo de 6 mil milhões de euros. Porém, conclui-se também que o SNS permitiu evitar outros 9,9 dias de trabalho perdidos em produtividade, resultando numa poupança de 3,5 mil milhões de euros.

Totalizando o impacto no absentismo laboral e o impacto na produtividade, o SNS permitiu uma poupança de 4,5 mil milhões de euros. Considerando o impacto dessa poupança por via dos salários e a relação entre a produtividade/remuneração do trabalho (valores referência do INE), é possível concluir que os cuidados prestados pelo SNS permitiram um retorno para a economia que ronda os 6,8 mil milhões de euros, o valor mais alto registado nos últimos anos. “Através destes dados pode-se concluir que, mesmo em plena crise pandémica e apesar da queda da atividade assistencial e consequente  queda no índice de sustentabilidade, o SNS continuou a oferecer um forte contributo para a economia nacional”, realça Pedro Simões Coelho.

Quando se analisam os determinantes da satisfação do utente, a qualidade dos profissionais de saúde continua a ser identificada como o ponto mais forte do SNS e um ponto que deve continuar a ser valorizado. Por outro lado, a facilidade de acesso aos cuidados e os tempos de espera entre a marcação e a realização de atos médicos são duas áreas prioritárias de atuação.

Iniciada em 2014, a parceria entre a biofarmacêutica AbbVie e a NOVA IMS resultou na criação do primeiro índice capaz de quantificar a sustentabilidade do SNS, através da análise de dimensões como a atividade, a despesa, a dívida e a qualidade (técnica e percecionada). O estudo “Índice de Saúde Sustentável” procura ainda compreender os contributos económicos e não económicos do SNS, conhecer o impacto dos custos de utilização do sistema no nível de utilização do mesmo e identificar pontos fortes e fracos do SNS, bem como possíveis áreas prioritárias de atuação.

Organizada pela Escola Superior de Biotecnologia
Do prado ao prato. O caminho parece simples, mas implica um conjunto de processos que gera uma grande quantidade de dados – o...

É para responder a estas e a outras questões que a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto organiza o seu evento anual, Innovation Day 2021, este ano integrado na comemoração do 30º aniversário do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica. Em formato online, via zoom, o evento realiza-se já no próximo dia 23 de junho às 14h30.

Investigadores da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, da Universidade de Atenas (Grécia) e da Cornel University (USA), em conjunto com empresas como a SONAE MC e UnifAI Technology, vão debater os desafios que se colocam na gestão de dados quando falamos em sistemas alimentares. O fim último é o de melhorar a qualidade, segurança e sustentabilidade dos alimentos, algo que apenas acontece se se conseguirem introduzir melhorias no processo. Apesar do potencial reconhecimento e dos exemplos de sucesso de aplicação na cadeia de abastecimento de alimentos, o uso de Big Data em sistemas alimentares ainda está numa fase de crescimento inicial.

Através do Innovation Day 2021, os investigadores da Escola Superior de Biotecnologia pretendem promover a partilha de conhecimento entre todos os stakeholders e destacar os trabalhos de investigação em diversas áreas. O tema principal da edição deste ano é “Big Data em Sistemas Alimentares: Desafios e Perspetivas”.

O evento é gratuito e as inscrições para poder assistir podem ser feitas aqui.

 

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