Guilherme Macedo é também Presidente indigitado da Organização Mundial de Gastrenterologia
Guilherme Macedo é o novo Presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia. O mandato será de dois anos na sociedade que...

Guilherme Macedo reside no Porto e é diretor do Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar Universitário de São João, um dos 23 centros de referência da Organização Mundial congénere. É Professor Catedrático Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) onde fez a sua licenciatura. Durante a sua formação estagiou na Alemanha, França e Estados Unidos da América.

Coincidentemente é Presidente indigitado da Organização Mundial de Gastrenterologia (WGO, na sigla inglesa) e Chairman da Fundação da WGO, Coorganizador do Dia Mundial da Saúde Digestiva 2021. Foi Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado e da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva. Ocupou vários cargos de chefia em diferentes unidades de saúde, públicas e privadas.

Em 2015, foi distinguido com o Prémio Internacional de Liderança pelo Colégio Americano de Gastrenterologia. Tem cerca de 350 artigos científicos publicados em revistas indexadas. Como investigador clínico, desenvolve as suas principais áreas de interesse na expansão da tecnologia endoscópica e nos múltiplos agentes que interferem com a saúde do fígado.

“Os próximos dois anos representam uma fase particularmente desafiante. A pandemia obrigou-nos a reorganizar a prestação de cuidados e a redefinir prioridades. Esta será uma oportunidade de os sistemas de saúde público e privado reanalisarem a prestação de cuidados e equilibrarem a resposta à população, investindo e amplificando a prevenção e a promoção de estilos de vida saudáveis” esclarece Guilherme Macedo e acrescenta que “é urgente recuperar as perdas que a pandemia nos trouxe e as carências que nos foi revelando. É imperioso reformular, reestruturar e olhar para o futuro com planos bem traçados, e propósitos claros”.

Para este biénio, Guilherme Macedo revela que a sua direção vai apostar nas áreas da humanização, investigação, da ciência e da formação, “não apenas dos sócios da SPG, mas também promover a toda a população, o aumento do nível de conhecimento na prevenção, diagnóstico, tratamento e a literacia acerca das doenças do aparelho digestivo em Portugal”.

 

A depressão pode atingir qualquer um
A Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), a...

Para Beatriz Lourenço, médica psiquiatra e vice-presidente da associação de doentes, Manifestamente - “A depressão é uma doença que pode atingir qualquer pessoa ao longo da sua vida.  Não é um sinal de debilidade nem de fraqueza psicológica ou emocional. Como em outras doenças, existe tratamento clínico para a depressão e, com a terapia adequada, muitas pessoas ultrapassam a doença sem voltar a ter recaídas para que isto aconteça, é muito importante que a pessoa sinta que as suas queixas são ouvidas e valorizadas. O respeito e a empatia pelo seu sofrimento são a maior ajuda, para que tenha motivação e energia necessária para procurar ajuda médica, essencial para o sucesso do tratamento”.

“A depressão é um dos problemas de saúde com mais incidência no mundo afetando cerca de 350 milhões de pessoas. Portugal não é exceção, cerca de 700 mil pessoas vivem com sintomas depressivos. Sabemos que a medicina geral e familiar é a porta de entrada para o tratamento destes doentes, que devem ver o médico de família como a solução para um tratamento mais célere e um acompanhamento precoce”, explica Nuno Jacinto, Presidente da APMGF.

“Um dos principais obstáculos para o tratamento da doença é a falta de diagnóstico atempado e de tratamento adequado, facto que se deve à parca procura de ajuda especializada, escassez de respostas dos Cuidados de Saúde Mental de proximidade e ao desconhecimento de que a depressão tem cura e deve ser tratada pela medicina geral e familiar sempre que possível ou nos Serviços de Psiquiatria e Saúde Mental. Para que a população tenha esta consciência é necessário aumentar a literacia relacionada com a doença e implementar e desenvolver, as Equipas Locais de Saúde Mental, proporcionando cuidados especializados de proximidade e em tempo útil.”, refere Joaquina Castelão, Presidente da Direção da Familiarmente.

Maria João Heitor, presidente da SPPSM explica “segundo o relatório Saúde Mental em Tempos de Pandemia divulgado em janeiro deste ano, 27% dos inquiridos indicaram ter sintomas moderados a graves de ansiedade e 26% sintomas de depressão. Estes valores são preocupantes, tendo em conta que Portugal é o segundo país da Europa com as taxas de prevalência mais elevadas em doenças psiquiátricas”.

A campanha lançada no dia 14 de junho, decorre até ao mês de outubro. O humorista António Raminhos associa-se a esta causa para alertar a população para os sintomas e desmistificar a procura de ajuda médica e acesso ao tratamento adequado à situação da pessoa e, esbater a discriminação social a que estão votadas as pessoas que sofrem da doença. A campanha “Depressão sem Rodeios” engloba um conjunto de ações de divulgação, desde um website especialmente criado para a campanha, um Vox POP, spots de vídeo nos cinemas e na televisão, um ciclo semanal de podcasts, mini curtas-metragens, mupis e distribuição de flyers em locais públicos.

Sara Barros, Country Manager da farmacêutica Lundbeck refere “Com esta campanha reforçamos o compromisso da Lundbeck na recuperação da saúde do cérebro, desta vez através de uma campanha para a população com uma mensagem fundamental: a depressão é uma doença e tem cura, mas é necessário consultar um médico”.

Webinar
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai organizar mais um webinar LadoaLado.Com com a temática...

Perante o cenário de pandemia, os profissionais de saúde (e as instituições) tiveram de se reorganizar para “combater um inimigo comum”. Desde março de 2020 que, diariamente, nos chegam notícias sobre vários contextos de prestação de cuidados, as dificuldades sentidas pelos profissionais do terreno, os planos definidos pelas diferentes organizações no âmbito do combate e controlo da Pandemia e, inevitavelmente, identificamo-nos com uma ou com outra situação.

“Acreditamos que conversar (embora que informalmente) sobre episódios significativos permite uma partilha de experiências, emoções (e frustrações). Permite atribuir um significado ao vivenciado, identificar pessoas e estratégias essenciais no processo e, quem sabe, ajudar a encontrar novas formas de gerir os problemas”, revela em comunicado a SRCentro.

Assim, neste webinar, enfermeiros de diferentes contextos irão partilhar as “suas histórias”, a forma como têm desenvolvido a sua prática profissional no contexto de pandemia, em articulação com a sua vida pessoal, familiar e social.

Óscar Norelho, Enfermeiro Diretor na Santa Casa da Misericórdia de Aveiro; Cristina Santos, Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária no ACES do Pinhal Litoral e Vogal do Conselho Jurisdicional da SRCentro; Pedro Ferreira, Enfermeiro no Centro Hospitalar e Universitário da Cova da Beira (CHUCB) e no UK - National Health System; Célia Simões, Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação e atual vereadora da Solidariedade e Ação Social, Saúde, Gestão Administrativa e Notariado e Qualidade e Certificação na Câmara Municipal de Cantanhede; Marcos Gonçalves, Enfermeiro no Serviço Urgência do CHUCB e Bertina Rocha, Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, são convidados a partilharem o seu testemunho.

Luís Lopes, Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica no INEM da Região Centro e Vogal do Conselho Fiscal Regional da SRCentro, será o responsável pela moderação deste painel. A atividade está aberta a enfermeiros e estudantes de enfermagem com interesse na área, atribuindo 0,35 Créditos de Desenvolvimento Profissional.

A inscrição gratuita, mas obrigatória no Balcão Único AQUI

Estudo
A Fundação “la Caixa”, em colaboração com o BPI, e a Nova SBE, lançam o Relatório “Acesso a cuidados de saúde – As escolhas dos...

O acesso adequado a cuidados de saúde, em tempo útil, por parte da população que deles tem necessidade é um dos objetivos centrais dos sistemas de saúde e está expresso quer na Constituição, quer na Lei de Bases da Saúde. Contudo, sabe-se pouco sobre o cidadão e as suas decisões de quando e como contactar o sistema de saúde quando se sente doente, antes de iniciar o seu percurso dentro do sistema de saúde público ou privado. Compreender o que fazem quando se sentem doentes é essencial para avaliar em que medida o acesso efetivo a cuidados de saúde em Portugal dá, ou não, expressão prática aos preceitos constitucionais. O documento agora apresentado permite também conhecer mais sobre o que não passa pelo sistema de saúde e o que não está registado no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Nas conclusões constata-se que, apesar de existirem desigualdades socioeconómicas na doença, o acesso ao sistema de saúde é similar para toda a população, tendo a decisão de primeiro contacto poucas barreiras de acesso. Sublinha-se, aliás, a perceção dos entrevistados é de que o acesso ao sistema de saúde melhorou, em geral, de 2015 até 2020.

De acordo com a informação recolhida, não houve uma “fuga” do SNS para o sector privado, mas sim uma reconfiguração dentro de cada sector nos últimos anos. Na decisão de primeiro contacto com o sistema de saúde, o SNS é a escolha maioritária em todos os grupos socioeconómicos. A opção pelo privado está concentrada nas classes socioeconómicas mais elevadas. Em 2020, a “fuga” foi das urgências hospitalares, públicas e privadas, para outro ponto de contacto dentro do mesmo sector. A proporção de pessoas que referiu a urgência hospitalar como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde caiu de 41,1% em 2019 para 32,2% em 2020 no sector público, e de 5% para 2,1% no sector privado.

Entre as principais dificuldades financeiras de acesso identificadas pelos inquiridos encontram-se os custos de medicamentos. Ainda assim, houve melhorias substanciais nos últimos anos. A proporção de pessoas que deixou de comprar os medicamentos que necessitava, pelo menos uma vez num ano, passou de 10,7% para 5,4% entre 2017 e 2020. Contudo, há desigualdades socioeconómicas relevantes: esta proporção foi de 2% nos dois anos para a classe socioeconómica mais elevada e passou de 11% para 15% na classe socioeconómica mais baixa. Evolução similar, embora com valores mais baixos, surgiu na medida “deixar de ir a uma consulta ou exame por falta de dinheiro”, com um crescimento de 7% em 2017 para 10% em 2019, na classe socioeconómica mais baixa. O valor médio esconde evoluções desiguais. A principal despesa de quem vai ao Serviço Nacional de Saúde com um episódio de doença inesperado está na comparticipação dos medicamentos prescritos.

Outro dos pontos percecionados é a predominância da automedicação. Cerca de 10% dos inquiridos, quando se sentem doentes, optam por não contactar o sistema de saúde, e destes, 63% escolheram automedicar-se.

Em 2020, há duas novas “barreiras de acesso” identificadas: o receio de ir ao sistema de saúde por causa da COVID-19, referida por 15% das pessoas, e o cancelamento de um agendamento por iniciativa do prestador, referido por 20% dos entrevistados. Os mais idosos e as classes socioeconómicas mais baixas indicaram maior receio. Os cancelamentos por iniciativa do prestador afetaram igualmente todas as classes socioeconómicas. Os mais idosos, tendo mais consultas marcadas, foram também mais afetados. Apesar do receio que se gerou, continua a existir confiança nos serviços de saúde, sendo que os que mais se isolaram durante a pandemia não têm mais receio de ir ao sistema de saúde.

Três em cada quatro pessoas sente que foi tratada com dignidade, compaixão e respeito no sistema de saúde. Apesar de um valor global de 76,6%, em 2020, de pessoas que referiram terem sido bem tratadas, há diferenças associadas ao nível de escolaridade: de 80% das pessoas com ensino básico para 72% para quem alcançou o ensino superior. Estes valores são mais baixos do que noutros países. Avaliações similares em Inglaterra apresentam valores acima de 80% e perto de 90% para serviços de saúde específicos.

Os dados do Relatório “Acesso aos cuidados de saúde – As escolhas dos cidadãos 2020” foram recolhidos pela empresa GfK, entre os dias 23 de Maio e 30 de Junho de 2020, através de inquérito elaborado pela equipa de investigação do Nova SBE Health Economics and Management Knowledge Centre, tendo como universo indivíduos com 15 ou mais anos de idade, residentes em Portugal Continental, numa amostra representativa constituída por 1271 entrevistas.

Descubra os benefícios
Respeita o meio ambiente, é fácil de utilizar e perfeito para todos os tipos de cabelo (e também par

O champô sólido é uma revolução no cuidado capilar e terá grande destaque este Verão. O seu formato de “barra” fá-lo parecer um sabonete, mas o que será que faz dele tão popular e um dos produtos mais procurados nos últimos meses? A Mifarma by Atida, empresa online de produtos de farmácia e parafarmácia, indica-lhe todos os benefícios do champô sólido.

Múltiplos benefícios num só produto

Dois dos aspetos que tornaram o champô sólido num dos produtos mais desejados são os seus ingredientes naturais e a sua durabilidade. Por outro lado, tal como indicam muitos dos clientes da Mifarma by Atida, a possibilidade de levá-lo numa viagem sem pensar nas restrições da embalagem faz com que seja uma opção muito apetecível para as férias de Verão.

Mas as vantagens deste tipo de champô são muitas e inegáveis:             

É uma opção que respeita o meio ambiente. As suas embalagens são recicláveis, evitam o plástico e ocupam menos volume. Como consequência, reduzem as emissões de CO2. “100 gramas de champô sólido equivalem a 3 embalagens de champô líquido. Além disso, não tem um impacto negativo na natureza, pois as águas da lavagem são biodegradáveis,” acrescenta Reme Navarro, Farmacêutica e Business Strategy Director da Atida.

Geralmente são formulados com ingredientes menos agressivos. Como resultado, a sua utilização permite ter um cabelo mais saudável e ajuda-nos a recuperar o seu equilíbrio natural, podendo ajudar a prevenir a dermatite seborreica, a caspa ou a comichão.

Práticos? Sim! Podem ser utilizados de forma segura e mantêm o cabelo limpo durante mais tempo. Como não ocupam muito espaço, podem ser levados em qualquer viagem (incluindo de avião!) e também podem ser utilizados no corpo. Uma barra de champô sólido pode durar até 80 lavagens, o que é muito económico. A forma de o aplicar é também muito simples: pode molhar o cabelo ou simplesmente humedecê-lo e deslizar a barra sobre o mesmo várias vezes. Uma vez aplicado, basta massajar das raízes até às pontas e enxaguar.”

São geralmente elaborados com óleos orgânicos. Isto confere-lhes um aroma diferente e natural que dura mais tempo no cabelo.

Normais, secos, oleosos... uma opção para todos os tipos de cabelo

Também os champôs sólidos apresentam opções adaptadas às necessidades de cada tipo de cabelo:

Cabelos normais: podem utilizar champô sólido com amaciador elaborado com ingredientes naturais. Habitualmente os seus ingredientes incluem óleo de abissínia, que confere uma hidratação extra ao cabelo. Também é perfeito para reparar as pontas espigadas, deixando o cabelo com um aspeto luminoso e brilhante.

Cabelos e couro cabeludo secos: podem tirar partido do facto de os champôs sólidos não conterem produtos químicos. Assim, são frequentemente adequados para pessoas que têm couro cabelo seco, irritado ou mesmo que sofrem de dermatite seborreica.

Cabelos oleosos e frágeis: cabelos com problemas de queda podem ser lavados com champôs sólidos que contêm na sua composição minerais como zinco e ferro e vitaminas como E e B. Há também outras opções com coenzima Q10 e grãos de arroz. Graças a todos estes ingredientes, a fibra capilar é reforçada e o cabelo torna-se mais saudável e com mais volume.

“Há já algum tempo que temos vindo a assistir ao regresso dos cosméticos naturais, e isto é algo que também temos notado na procura dos clientes Mifarma by Atida. No caso do champô sólido, pelas suas características é um dos produtos mais solicitados e sobre o qual os clientes colocam mais questões. Encorajamos todos a experimentar esta opção natural, fácil e agradável de utilizar; não se vão arrepender,” afirma Reme Navarro.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Além de reforço da formação em suporte básico de vida
A Deputada Cristina Rodrigues submeteu uma iniciativa que recomenda ao Governo que proceda à instalação de desfibrilhadores...

A paragem cardiorrespiratória constitui uma das principais causas de morte na Europa e nos Estados Unidos da América. De acordo com dados do INEM divulgados em 2017, esta afeta entre 55 a 113 pessoas por cada 100 000 habitantes, estimando-se que existam entre 350 000 a 700 000 indivíduos afetados por ano na Europa.

De acordo com o “manual de suporte básico de vida – Adulto”, da autoria do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica e do Departamento de Formação em Emergência Médica, é “fundamental a intervenção rápida de quem presencia uma PCR, com base em procedimentos específicos e devidamente enquadrados pela designada Cadeia de Sobrevivência. A Cadeia de Sobrevivência interliga os diferentes elos, que se assumem como vitais, para o sucesso da reanimação: ligar 112, Reanimar, Desfibrilhar e Estabilizar.”, atendendo a que “os procedimentos preconizados, quando devidamente executados, permitem diminuir substancialmente os índices de morbilidade e mortalidade associados à PCR e aumentar, de forma significativa, a probabilidade de sobrevivência da vítima.”.

De facto, o INEM chama a atenção para o facto de o atraso na desfibrilhação poder comprometer a vida de uma vítima em paragem cardiorrespiratória, na medida em que cada minuto de atraso na desfibrilhação reduz a probabilidade de sobrevivência entre 10 a 12%, sendo que nos casos em que o suporte básico de vida é realizado, o declínio da taxa de sobrevivência é mais gradual (3-4%).

Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, o cérebro apenas sobrevive 3 a 5 minutos sem oxigénio. Por isso, a reanimação cardiorrespiratória de alta qualidade aumenta em 2.72 vezes a probabilidade de sobrevivência do doente sem sequelas neurológicas.

De acordo com dados divulgados em 2018, em Portugal ocorrem cerca de 10 mil casos de paragem cardiorrespiratória por ano. Dados disponibilizados pelo INEM revelam que apenas 3% das vítimas sobrevive e que em cerca de 60% dos casos não é realizada qualquer manobra de reanimação no local até à chegada de ajuda médica. 

“Estes dados demonstram bem as lacunas do sistema de socorro pré-hospitalar. Por isso, a sociedade civil tem alertado para a necessidade de priorizar o tema da prevenção da morte súbita e de adoptar medidas que contrariem estes números.”, refere Cristina Rodrigues.

Sobre esta matéria, foi já criada uma petição que solicita a existência de desfibrilhadores automáticos externos (DAE) nos recintos desportivos e escolas.

De acordo com o texto da petição, “a maioria dos recintos desportivos e das escolas não possuem um desfibrilhador automático externo (DAE), existindo apenas 367 aparelhos em recintos desportivos e apenas 2% das escolas (129 das 5909) têm um”.

Sabemos que Portugal tem dado passos importantes em matéria de saúde cardiovascular. Contudo, no que diz respeito à prevenção da morte súbita ainda há muito a fazer, dado que a prática fica ainda aquém do desejado e da legislação em vigor.

“Infelizmente, continuam a morrer demasiadas pessoas em Portugal de paragem cardiorrespiratória porque os cidadãos não conhecem os sinais, não sabem como actuar ou porque o local onde esta ocorre não dispõe de desfibrilhador. Em consequência, ser ou não reanimado depende do facto de existir no local um desfibrilhador automático externo e da presença de alguém com formação para o utilizar. Mas este tem de ser um direito de todos e não apenas de alguns.”, conclui a parlamentar.

Por todas estas razões, Cristina Rodrigues recomenda ao Governo que proceda à instalação de desfibrilhadores automáticos externos (DAE) em todos os recintos desportivos e estabelecimentos de ensino; reforce a formação dos professores e pessoal de apoio educativo em suporte básico de vida e desfibrilhação automática externa; e introduza o ensino de suporte básico de vida no currículo escolar dos alunos do 1.º, 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e do secundário. Defende, ainda, a implementação de campanhas de literacia em saúde que promovam a importância de todos os cidadãos estarem aptos a saber aplicar suporte básico de vida e a manusear um desfibrilhador automático externo. Por fim, a parlamentar considera importante que o Governo ouça os profissionais do sector, para aferir do cumprimento da legislação e, caso se mostre necessário, proceder à revisão do Decreto-Lei n.º 188/2009, de 12 de Agosto.

Iniciativa “Fast Heroes 112”
Campanha educativa conta com ajuda das escolas para transformar os mais novos nos super-heróis lá de casa.

Focadas em transformar os mais pequenos nos super-heróis lá de casa, mais de 50 escolas portuguesas já decidiram abraçar a iniciativa “Fast Heroes 112”. A campanha educativa tem como objetivo primordial ensinar crianças do primeiro ciclo do ensino básico a identificarem os principais sintomas do Acidente Vascular Cerebral (AVC), ajudando a salvar as vidas dos seus familiares, nomeadamente os avós. 

“É muito bom ver que o esforço que temos feito no lançamento desta campanha em Portugal está a dar frutos e que as escolas portuguesas concordam com a importância desta grande missão”, afirma Jan Van Der Merwe, responsável pela campanha FAST Heroes. 

A iniciativa Fast Heroes tem como principal foco educar as crianças entre os 5 e os 9 anos em relação aos principais sintomas de AVC e à necessidade de agir de forma correta e rápida. As crianças têm como missão passar esta aprendizagem a dois avós ou membros da família acima dos 70 anos, uma vez que este é o grupo etário mais afetado pelo AVC, sendo esta uma missão que levam muito a sério. Ao fazer isto, é possível fazer com que estas competências que salvam vidas cheguem até às pessoas que mais precisam delas (os avós), e quem melhor para transmitir a mensagem do que aqueles que mais os amam (os seus netos). Desta forma, ajudam a prevenir que os doentes de AVC cheguem demasiado tarde ao hospital.  

“Com a chegada atempada ao hospital, é possível evitar consequências mais graves. No entanto, muitos doentes não sabem identificar os sintomas de um AVC ou não os consideram suficientemente graves para chamarem uma ambulância, sendo que a janela temporal que garante a eficácia dos principais tratamentos dura apenas algumas horas”, alerta José Castro Lopes, médico neurologista e Presidente da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC. 

Como tal, esta campanha tem a “Grande Missão” de recrutar um milhão de crianças de todo o mundo para que estas aprendam mais sobre o AVC e ajudem a salvar os seus avós. Através de recursos educacionais divertidos, envolventes e interativos, as crianças adquirem assim competências práticas para salvar vidas, enquanto desenvolvem a importância da empatia e do amor e se divertem.  

Além da educação dos seus avós para este problema, pretende-se que os outros membros da família, especialmente os pais, também aprendam mais sobre o AVC, uma vez que estarão também expostos à campanha através dos materiais e das histórias que as crianças trazem da escola. Este é um alvo secundário importante, uma vez que 90% das pessoas que sofrem um AVC pedem primeiro conselhos a outras pessoas, maioritariamente a familiares. “Todos sabemos que as crianças gostam de aprender e ensinar quem as rodeia. Com as atividades que propomos, o objetivo passa por aproveitar esse mesmo entusiamo para salvaguardar a vida de todos”, acrescenta Jan Van Der Merwe. 

Para o fazer, a iniciativa foca-se em três super-heróis aposentados que têm um superpoder que ajuda a recordar os sintomas mais comuns do AVC, os 3 F’s: Francisco (Face), Fernando (Força), Fátima (Fala). Além destes, Tomás (Tempo) ensina a acionar de imediato o 112 aquando dos primeiros sintomas.  

Desenvolvida em parceria com o Departamento de Políticas Educativas e Sociais da Universidade da Macedónia, a iniciativa conta com o apoio da Direção-Geral da Educação (DGE), da Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC) e da Organização Mundial do AVC (WSO). Para participar na campanha, basta ir ao website em www.fastheroes.com e registar-se como Embaixador FAST Heroes. 

 

Equipa da Universidade de Coimbra
Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC) realizou um estudo com pacientes portugueses que sofrem de apraxia ideomotora, uma...

A apraxia ideomotora caracteriza-se pela dificuldade em executar os movimentos necessários para manipular objetos assim como pela dificuldade em pensar sobre quais os movimentos associados à manipulação do objeto, apesar de não existirem dificuldades visuais ou músculo-esqueléticas.

O estudo, já publicado na revista científica Cortex, foi realizado com dois pacientes, uma mulher e um homem, ambos com 59 anos de idade, que demonstram diferentes dificuldades sobre a manipulação de objetos, que até então nunca havia sido reportado pela comunidade científica. Os pacientes foram desafiados a demonstrar como se usam vários objetos através da gesticulação e identificar quais se manipulam de forma semelhante.

Segundo Daniela Valério, primeira autora do artigo científico, «a paciente LS consegue simular que escreve num computador, mas não nos sabe dizer se este movimento é mais parecido com tocar piano ou com usar uma chave de fendas. Por outro lado, o paciente FP identifica facilmente esta semelhança e consegue descrever os movimentos necessários para usar os objetos, mas é incapaz de gesticular os movimentos».

Estas diferenças, explica a investigadora da UC, «devem-se a lesões em áreas diferentes do cérebro, causadas nestes pacientes pelo início de uma demência e por uma síndrome de vasoconstrição cerebral reversível», sublinhando que «foi a primeira vez que se verificou uma dissociação entre pensar sobre a manipulação de objetos e executar esses movimentos, o que nos demonstra que provavelmente estas habilidades estão representadas em redes neuronais distintas».

Por seu lado, Jorge Almeida, investigador coordenador e diretor do Proaction Lab, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), salienta que «a impossibilidade de usar qualquer objeto no nosso quotidiano é uma dificuldade difícil de imaginar. Quanto mais soubermos sobre como o cérebro organiza informação, mais perto estaremos de providenciar tratamentos para condições tão incapacitantes como a apraxia ideomotora».

Os resultados obtidos no estudo, conclui Daniela Valério, mostram que «as tarefas de pantomima e pensar sobre a ação estão dependentes de diferentes mecanismos cerebrais. Por isso, quando se avalia pacientes apráxicos ou quando se estuda a manipulação de objetos, usar uma ou outra tarefa não é redundante, como se pensava até então. Assim, esta descoberta poderá impactar a interpretação de muitos estudos».

O artigo científico, intitulado “Knowing how to do it or doing it? A double dissociation between tool-gesture production and tool-gesture knowledge”, está disponível:  aqui.

Vacinação: Fundação Portuguesa do Pulmão apela
Segundo os últimos dados do INE, em 2019, a Pneumonia matou 4700 pessoas no nosso país. Uma média diária de 13 mortes que...

A vacinação é considerada o maior avanço da medicina moderna e uma das formas mais seguras, mais eficazes e menos dispendiosas de prevenir doenças infeciosas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, evita quatro mortes por minuto, o equivalente a 5.760 mortes por dia em todo o mundo, e previne doenças tão distintas como difteria, sarampo, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola ou tétano.

“O ano que passou mostrou-nos a importância de prevenirmos o que já nos é possível, e de protegermos com particular atenção os que se encontram mais vulneráveis”, começa José Alves, Presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão. “Para estas pessoas, doenças como a Pneumonia continuam a representar um risco acrescido de morte, de sequelas ou de uma recuperação muito complicada.”, continua.

O contexto atual mostra-nos que devemos apostar na prevenção da Pneumonia e de outras doenças passíveis de vacinação. Ao recorrermos à imunização, estamos a reduzir a carga da doença e a contribuir para o aumento da esperança média de vida: para além de reforçarmos o sistema imunitário e a saúde individual, estamos a beneficiar saúde pública e a contribuir para a redução do número de internamentos e de mortes.

A procura da vacinação caiu nos últimos meses, um fenómeno a que a FPP tem assistido com bastante preocupação, sobretudo agora que entramos nos meses mais quentes. “Mesmo perante os apelos à imunização, estas doenças continuam a matar todos os dias. Há casos ao longo de todo o ano, mesmo no verão, período em que tendemos a preocuparmo-nos menos. Nada mais errado. A maioria dos casos pode ser evitada, seja em que altura do ano for. No caso da Pneumonia, basta uma única dose. Para quê adiar, sobretudo quando sabemos que a administração da vacina antipneumocócica não tem qualquer incompatibilidade com a vacina contra a Covid-19? Estas vacinas podem ser feitas em paralelo, bastando para isso fazer um intervalo de duas semanas entre elas, de acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde para as várias vacinas contra a Covid-19”, conclui José Alves.

A Pneumonia não é um exclusivo do tempo frio. Tal como nos anos anteriores, em 2019 registaram-se casos ao longo de todo o ano: mesmo em meses quentes como julho e agosto, morreram mais de 500 pessoas por Pneumonia no nosso País. Uma média de 8 mortes por dia, só nestas 8 semanas. No total dos 365 dias do ano, a Pneumonia matou 4700 pessoas, o que eleva a média diária para 13.

Não podemos, por isso, baixar a guarda, mesmo com a subida das temperaturas. Devemos preveni-la sempre, com particular atenção aos grupos de risco. Crianças e maiores de 65 anos, a par de adultos com doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC e outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais, entre outros. A vacina antipneumocócica é recomendada pela Direção-Geral da Saúde e já está em PNV para as crianças e para os grupos considerados de maior risco, mas a sua eficácia está comprovada em todas as faixas etárias.

Fontes:

  • Norma 011/2015 da Direção-Geral da Saúde
  • Norma 021/2020 da Direção-Geral da Saúde
  • Norma 001/2021 da Direção-Geral da Saúde
  • Norma 003/2021 da Direção-Geral da Saúde
  • Norma 004/2021 da Direção-Geral da Saúde
Com a participação de Pedro Abrunhosa entre os convidados especiais
O GPSummit decorre já nos dias 17 e 18 de junho, lança um jogo para consolidar aprendizagens e conta com apoios fora de série.

É já nos próximos dias 17 e 18 de junho de 2021 que irá decorrer a 1.ª edição do Global Physician Summit - Family Medicine Edition, a conferência virtual que pretende capacitar os Médicos de Família em três vertentes fundamentais do seu trabalho – clínica, gestão e visão, com um programa rico em temas atuais de aplicabilidade imediata. Concebido por Médicos de Família para Médicos de Família, este evento vai contar, não só com a presença de oradores reconhecidos em várias áreas da Saúde, mas também com participações inspiradoras, como a do músico e autor, Pedro Abrunhosa. E se aprender é bom, fazê-lo de forma dinâmica e divertida é ainda melhor. Nesse sentido, a Organização criou o GPQuiz, um jogo para consolidar conhecimentos, que dá prémios a todos os participantes que obtenham aproveitamento. O evento conta com o apoio da Presidência da República, da Ordem dos Médicos e é ainda acreditado internacionalmente. Razões de sobra para fazer parte do GPSummit, cujas inscrições estão ainda abertas.

“Temos a certeza que será inesquecível, não só pela qualidade, como também pela inovação que traz à formação médica contínua”. Esta é a opinião partilhada pelos três elementos da equipa organizadora, Inês Campos Costa, Nuno Capela e Tiago Taveira-Gomes, relativamente ao GPSummit, cujo mote é “Vem inspirar o futuro!”.

Neste sentido, a organização do GPSummit preparou uma sessão diferente, conduzida por uma figura pública externa à Medicina, com a missão de inspirar os participantes a cultivar o desenvolvimento pessoal e profissional. Falamos de Pedro Abrunhosa, músico e autor, que irá fechar o evento com chave de ouro e ativar o motor da mudança com o tema “Arte e Ciência, busca permanente”.

Além desta surpresa, e na senda da inovação, a primeira edição do GPSummit contará com um jogo didático, o GPQuiz, baseado em questões de escolha múltipla para ajudar na consolidação de conhecimentos entre os participantes. É também necessário completar desafios escondidos nas sessões, na exposição científica e na exposição técnica. Este esforço será recompensado com prémios, apoiados pelos parceiros do evento, para todos os participantes que obtenham aproveitamento no jogo.

Segundo a organização, o GPSummit diferencia-se pela curadoria do programa, oradores e acompanhamento próximo e profissionalizado da preparação de palestras. “Esta iniciativa permitirá aos colegas refinar competências ao longo da carreira profissional de um modo leve, informal e divertido, nas três grandes vertentes que pautam o trabalho da Medicina Geral e Familiar – a clínica, a gestão e a visão holística”, afirma Tiago Taveira-Gomes, acrescentando que o GPSummit pode ser encarado como uma formação “complementar às demais iniciativas pensadas para os médicos de família”.

Também Inês Campos Costa acredita que “um evento de referência na área da Medicina Familiar tinha de abordar temas técnicos, mas também temas relacionais, sociais e de gestão”. Por isso mesmo, o programa foi construído de forma muito alargada e criativa, incluindo desde conferências sobre temas clínicos – insuficiência cardíaca, lesões ortopédicas, interações farmacológicas, doença renal crónica e diabetes ou depressão – até intervenções dedicadas a temas mais práticos do dia-a-dia do médico de família, como a criação de um processo assistencial integrado, a organização de uma pasta partilhada, a comunicação e a inteligência emocional em ambiente de consulta.

“Perante um volume de informação que cresce continuamente”, diz Nuno Capela que “o GP Summit constitui uma ferramenta que ajuda os clínicos no processo de atualização de conhecimentos, pois os conteúdos são abordados de forma a ir ao encontro das necessidades dos MF e são entregues de uma forma objetiva e prática, para que possam ser exequíveis e impactantes”.

Igualmente merecedor de destaque, por um lado, o programa de treino digital informal, preparado para utilização pós-conferência, com o objetivo de se aplicar o que foi apreendido e de se consolidar conhecimentos; e por outro lado, a apresentação de trabalhos em diferido, no formato póster ou vídeo, disponíveis 24/7 e com a possibilidade de interação entre colegas. Falamos não apenas de trabalhos com teor clínico e científico, mas também projetos e ideias inovadoras que pretendam solucionar os desafios da saúde.

As inscrições para o GPSummit continuam abertas. Para registo ou consulta de mais informações, basta aceder ao website do evento em https://www.gpsummit.pt.

Mais de 42 mil idosos vivem sozinhos
Evento digital decorre no âmbito do Dia Mundial da Consciencialização da Violência Contra a Pessoa Idosa, 15 de junho, pelas...

O isolamento social é uma realidade que atinge mais de 42 mil idosos em Portugal. A situação pandémica veio agravar este cenário, tanto nos meios rurais, como em meios urbanos. Para abordar esta realidade, para sensibilizar a sociedade para a mudança de comportamentos que ajudem a combater esta problemática e, também, para dar voz a quem já trabalha no terreno, realiza-se, amanhã (15de junho), o Webinar “Solidão e Isolamento dos Idosos – Presente e Futuro”. O evento é digital e gratuito e decorre no âmbito do Dia Mundial da Consciencialização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Um debate urgente que dará voz à análise, visão e experiência de vários especialistas da Área Social e da Psicologia em Portugal.  

Sendo Portugal um país fortemente envelhecido, marcado pelo forte isolamento social desta faixa etária da população, torna-se fundamental encontrar formas de combate a este flagelo. Este foi o ponto de partida para a Asserbiz - uma entidade que coloca a tecnologia ao serviço dos eventos -, decidir promover um evento digital, cuja dimensão e alcance permitissem aprofundar este tema da forma mais abrangente possível, envolvendo agentes sociais e pessoas de todo o país para uma consciência de trabalho coletivo. Com este propósito, a Asserbiz lançou ainda o microsite: https://vamosacabarcomasolidaoeisolamento.pt/

De acordo com a organização do evento, os objetivos do webinar são: mostrar o contexto da realidade no interior e em cada zona geográfica, bem como, as suas as consequências sociais e económicas; abordar as ações já levadas a cabo junto da população idosa; partilhar melhorias e sugestões para o futuro. Para o efeito, o evento contará com a intervenção de vários oradores e organizações especializados na área Social, com testemunhos de técnicos de ação social, psicólogos, entre outros profissionais que acompanham de perto casos de idosos que vivem em profunda solidão e isolamento. 

Os dados do último balanço da Operação Censos Sénior 2020 revelam que: o isolamento é uma realidade que atinge mais de 42 mil idosos em Portugal, com o distrito de Vila Real a concentrar o maior número de casos. Com o objetivo de identificar a população idosa, que vive sozinha, isolada, ou sozinha e isolada, a operação sinalizou 42.439 idosos a viver sozinhos ou em situação de vulnerabilidade nos 18 distritos do país. Lisboa, com 767 sinalizados, e Porto, com 857, são, por outro lado, os distritos do país em que se registaram menos idosos em situação de vulnerabilidade. 

Para Nuno Seleiro, representante da Asserbiz e coordenador da organização e produção do evento: “Este webinar é uma oportunidade para sensibilizar a comunidade para a importância do trabalho coletivo no combate a este flagelo que existe, não só, em contexto rural, como também, em contexto urbano. Esperamos alcançar uma grande parte da população e chegar a todo o país, de forma a debatermos e transmitirmos globalmente novas estratégias e formas de atuar em situações de solidão e isolamento nos idosos. Encaramos ainda a realização deste webinar como uma oportunidade de mostrar que o digital pode aproximar, pode permitir que participantes de todo o país (e não só), possam debater ideias e soluções sobre este tema tão pertinente. O isolamento e a solidão também são formas de violência.” 

Margarida Conde, responsável pela organização do webinar, espera que o evento permita ampliar a mensagem da importância de cuidar da terceira idade e muscular as medidas de proteção: “Esperamos robustecer a consciencialização da sociedade em geral, para a necessidade de reforçar a atenção, a preocupação e a solidariedade para com os idosos nesta situação.”

Residente na aldeia de Cortes, no concelho de Góis, - aldeia constituída por uma população fortemente envelhecida - Margarida Conde afinou a sua sensibilidade para a problemática através de um projeto académico que desenvolveu, onde realizou várias entrevistas a idosos, de forma a documentar a partilha de histórias, vivências, experiências e saberes da sua aldeia. “Os saberes dos idosos são provas vivas das riquezas e das vivências dos nossos antepassados que devem perpetuar no tempo, são parte da história de um povo. É um dever, de todos nós, cuidar e proteger os nossos idosos”, sublinha.  

A participação no Webinar “Solidão e Isolamento dos Idosos – Presente e Futuro” é gratuita e aberta ao público em geral. Atualmente, o webinar já conta já com mais de 200 participantes inscritos, de todas as regiões de Portugal Continental e ilhas. O evento realiza-se dia 15 de junho, às 16h00, é 100% online e será emitido um certificado de participação. 

Tópicos a abordar no evento:

– Os fatores de risco comuns para os tipos de isolamento e solidão;

– O isolamento e a solidão dos idosos antes e depois da pandemia COVID-19;

– O isolamento e a solidão no meio rural e no meio urbano; 

– Como pode a sociedade ajudar a combater o isolamento social e a solidão?

– O isolamento e a solidão no Futuro.

Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica
Para assinalar o Dia Mundial da Esclerose Lateral Amiotrófica, a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA)...

"Ao longo do tempo, identificámos que os doentes e as famílias manifestam uma necessidade de informação, relativamente à investigação em curso e aos projetos inovadores no sentido de proporcionar mais e melhor qualidade de vida e mais sobrevida aos doentes. Sentimos necessidade de poder transmitir aos doentes e suas famílias que há Esperança na ELA. A falta de informação fidedigna, lava muitas vezes à procura de fontes menos fiáveis e gera expectativas que terminam muitas vezes com sentimentos de grande frustração”, afirma Teresa Moreira, Diretora Executiva da APELA.

Paralelamente, será também lançada a iniciativa de sensibilização “A ELA não pára, nós também não. Ajude-nos a continuar a dar luta”, sendo que a Associação irá também juntar-se à iniciativa do movimento “Luta Mundial contra a ELA”: “Ergue a tua voz pela ELA”, contando com profissionais de saúde e “Eu tenho ELA, faça valer a pena”, contando com doentes com ELA.

“Atentos ao Futuro”

No primeiro painel, serão abordados temas como: quais os estudos estão a ser atualmente desenvolvidos; existe investimento e investigação suficiente na ELA; onde podem os doentes ELA procurar informação fidedigna; podemos falar em inovação na ELA; que cuidados/ respostas há para disponibilizar a estes doentes de forma a melhorar a sua qualidade de vida ou como podemos “olhar” para o futuro?

Contaremos com as presenças e contributos do Prof. Doutor Mamede de Carvalho, Presidente do Conselho Científico da Apela que abordará questões relacionadas com os diferentes tipos de investigação em curso, do Dr. Miguel Gonçalves, que irá falar sobre a importância de terapias e cuidados inovadores, e também da Dra. Vanessa Mendes, profissional de Medicina Geral Familiar, que nos falará da importância de estar alerta para uma referenciação atempada assim como um acompanhamento mais humanizado quer ao doente quer ao cuidador.

No segundo painel, partilha-se, em conversa informal, o trabalho desenvolvido pelas organizações presentes: A Apela, a APN e Associação brasileira Pró-Cura da ELA. O tema será a “importância do trabalho das Associações na trajetória da procura de soluções” para os doentes com ELA e seus cuidadores, tanto a nível nacional como internacional (Brasil). Saber o que se faz e como se faz além-fronteiras e entre portas. Pretende-se igualmente identificar as necessidades e constrangimentos comuns nas diferentes realidades e contextos, chegando em conjunto, através de sinergias e parcerias, a respostas mais adequadas aos doentes com ELA e cuidadores.

Contaremos com as presenças da Diretora Executiva da APELA, Teresa Moreira, que irá apresentar o trabalho desenvolvido pela APELA enquanto organização que dá respostas aos doentes com ELA e seus cuidadores em Portugal. A Associação PRÓ-CURA da ELA,  do Brasil, estará representada por Lina Pádua, que dará a perspetiva da realidade vivida atualmente neste país e também da APN, Associação Portuguesa Neuromusculares, que apresentará o trabalho desenvolvido na associação, assim como a implementação e importância do Centro de Apoio à Vida Independente (CAVI), que apoia alguns dos doentes com ELA em colaboração com a APELA.

A sessão será transmitida via streaming na página de Facebook da Associação e as inscrições para assistir a esta podem ser realizadas aqui.

A APELA lança ainda a iniciativa de sensibilização, que tem como objetivo alertar a nossa sociedade e também angariar donativos para continuar a dar luta à ELA e assim apoiar os cerca de 300 doentes que a APELA acompanha continuadamente com terapia da fala, fisioterapia, apoio social, consultas de nutrição e banco de produtos de apoio. Sensibilizar para a ELA é importante, mas agir é fundamental, bem como o envolvimento de toda a comunidade. O dia vai ser assinalado com o lema “A ELA não pára, nós também não. Ajude-nos a continuar a dar luta”.

Paralelamente e no seguimento do Dia Mundial da Esclerose Lateral Amiotrófica a APELA irá aderir ainda à iniciativa “Ergue a tua voz pela ELA”, reunindo uma série de vídeos com testemunhos de pessoas diagnosticadas com ELA, sob o mote “Eu tenho ELA, faça valer a pena”. Esta campanha realiza-se no âmbito do movimento LUTA MUNDIAL CONTRA A ELA e irá passar nas páginas de Facebook e Instagram da APELA no dia da efeméride, dia 21 de junho. 

Estudo
O estudo “A Saúde dos Portugueses: um BI em nome próprio", retrato sociológico sobre a saúde em Portugal, revelou, entre...

A investigação teve a coordenação da Return On Ideas e o acompanhamento da Professora Doutora Maria do Céu Machado, Presidente do Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos, Professora Catedrática Jubilada da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e ex-Presidente do Infarmed.

No que diz respeito ao esforço que os portugueses aplicam para serem mais saudáveis, 23% dos inquiridos revelam que gostariam de se esforçar mais para ser “saudável ou mais saudável”, enquanto 25% diz que “já faz o esforço possível”. Metade dos inquiridos (50%) apesar de reconhecerem ter “vontade de fazer um maior esforço”, consideram-no difícil.           

A inercia (52%) é o grande responsável por não existir maior esforço. 28% dos inquiridos referem também ter falta de tempo para cuidar de si próprio. Outra das grandes causas é a dificuldade em reconhecer e quantificar os ganhos de bem-estar associados a uma melhoria dos comportamentos saudáveis.

A saúde como valor cultural que regula comportamentos, ideia que nos últimos anos tem feito parte de campanhas institucionais de prevenção e educação sociais, está a interiorizada. No presente estudo, apenas 13% dos portugueses inquiridos consideram que vivemos numa sociedade que exagera na pressão para se ser saudável; 38,5% considera que, não obstante o excesso, é natural que se promova demasiadamente o ser saudável; 25% dos inquiridos consideram a pressão adequada e importante e 20% que se deveriam promover ainda mais o ser saudável.

Apesar de conscientes da importância de trabalhar para a manutenção ou melhoria do seu estado de saúde, os portugueses reservam a maior potência de esforço, ou seja, um maior empenho para ser mais saudável, para o momento em que se sentem na iminência de a perder. A potência é relativamente baixa nos mais novos e vai aumentando com o avanço da idade, até ser agudizada por volta dos 65 anos. Numa sociedade onde o envelhecimento e os anos com saúde e qualidade de vida na população sénior são um tema, o estudo deixa a sugestão de se trabalhar para que a potenciação possa começar mais cedo.

 

Webinar “Primeiros passos para codificar na Saúde”
A GS1 Portugal, organização neutra, sem fins lucrativos e responsável pela implementação de standards para a promoção de uma...

Com duração de uma hora, das 10h e as 11h, esta ação formativa tem como principal propósito a divulgação dos vários requisitos legais para a rastreabilidade de produtos do setor da Saúde e as respostas de que a GS1 Portugal dispõe para os satisfazer.

O webinar abordará quatro grandes vertentes: requisitos legais para a codificação de produtos de Saúde; identificação e captação de produtos; identificação única de medicamentos e dispositivos médicos e, por fim, as alterações registadas nos requisitos legais com impacto na eficiência das empresas com intervenção no setor.

Esta ação formativa dará aos participantes uma melhor perceção dos benefícios da implementação dos standards GS1, nomeadamente na eficácia das operações logísticas e respetiva rastreabilidade, acrescentando valor às suas atividades.

Dado o atual contexto pandémico, a GS1 Portugal reforça a sua colaboração com as entidades e interlocutores com intervenção no setor da Saúde, ciente da sua responsabilidade em contribuir para a divulgação dos benefícios da codificação enquanto instrumento de rastreabilidade, rigor e prevenção da falsificação.

Desta forma, a GS1 Portugal reforça a sua aposta na melhoria das competências da comunidade empresarial, evidenciando as diversas ferramentas que disponibiliza em particular ao setor da saúde.

Para informação adicional e inscrições neste webinar, por favor preencher este formulário ou contactar através de [email protected]

Organizado conjuntamente pela Gilead Portugal e Gilead Espanha
A Gilead Sciences, Lda (Portugal) e a Gilead Sciences, S.L. (Espanha) organizam no próximo dia 17 de junho, entre as 16h00 e as...

Constituído por vários momentos de apresentação e debate, o IBERIC FORUM 2021 “Building Together HIV” permitirá a discussão de tópicos atuais e relevantes na gestão da infeção por VIH e da terapêutica antirretrovírica sempre com a visão de especialistas dos dois países, moderados pelo Prof. Doutor Fernando Maltez, do Centro Hospitalar Lisboa Central, e pelo Dr. Federico Pulido, do Hospital 12 de Octubre, Madrid, que serão responsáveis pela condução dos trabalhos.

“O que precisamos da ART em 2021” é o tema da 1ª sessão que será composta por uma apresentação da Dr.ª Cristina Valente, do Centro Hospital Universitário de Coimbra, sobre “O que está nas guidelines”, seguida de uma exposição do Dr. Adrià Curran, do Hospital Vall d’Hebron, Barcelona, sobre “O valor da iniciação rápida”. Após a partilha da experiência dos dois clínicos terá lugar um painel de discussão.

A reunião continua com dois workshops que contarão com a apresentação de casos clínicos, o primeiro sobre os “Desafios atuais na gestão de doentes naïve com VIH” a realizar pela Doutora Ana Rita Silva, do Hospital Beatriz Ângelo, Loures, e que conta também com a participação do Dr. Miguel Torralba, do Hospital de Guadalajara, e da Dr.ª Patrícia Pacheco, do Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, Amadora-Sintra; e o segundo que abordará a questão “Como podemos gerir os nossos doentes com VIH para assegurar a saúde a longo prazo?”, uma apresentação do Dr. Julián Olalla, do Hospital Costa del Sol, Marbella, com a participação da Dr.ª Josefina Méndez Vázquez, do Centro Hospitalar Universitário do Porto, e da Dr.ª Celia Miralles, do Hospital Álvaro Cunqueiro, Vigo. 

Os profissionais de saúde interessados em assistir ao IBERIC FORUM 2021 “Building Together HIV” poderão inscrever-se através do http://ibericforumhiv.com/login.

Covid 19
A Linha 1400 – Linha Nacional de Assistência Farmacêutica passa a disponibilizar, a partir de hoje, em todo o território...

No contacto com a Linha são indicadas quais as farmácias no concelho/freguesia do utente com o serviço disponível, para que este possa escolher a da sua preferência. Após esta escolha, é facultado o contacto da farmácia para se proceder ao agendamento do teste.

A Linha 1400 já prestava este serviço no âmbito das parcerias com os municípios e com referência às farmácias aderentes. Agora a informação passa a abranger todas as farmácias do território nacional que prestam este serviço.

Marisa Gomes, responsável pelo centro de atendimento da Linha 1400, lançada pelas farmácias no primeiro confinamento, em março de 2020, considera que este novo serviço “permite apoiar um desconfinamento seguro e responsável sendo, por isso, de grande utilidade para a população. Este é mais um passo para fazer das farmácias a rede de cuidados de saúde mais valorizada pelos portugueses.”

No seu primeiro ano de atividade a Linha 1400 recebeu cerca de 74 mil pedidos de assistência e 43 por cento destes contactos ocorreram durante o período noturno. Os dados disponíveis mostram ainda que os utilizadores avaliam o serviço prestado em 4,53 numa escala de 1 a 5 e que cerca de 75 por cento dos beneficiários não hesitaria em recomendá-lo a um amigo ou familiar.

A Linha 1400 é gratuita e foi lançada para garantir o acesso dos cidadãos aos medicamentos e ao aconselhamento farmacêutico em tempos de pandemia de Covid-19. Está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana e também online.

 

Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar
SPEPH, passou a ser Centro de Educação Autorizado pelo International PreHospital Medicine Institute.

No passado fim-de-semana, ministrou nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Gavião o primeiro curso Essentials of Trauma Care, um curso subordinado à área do Trauma, umas das maiores causas de morte no mundo.

Este curso está assente nas melhores práticas e evidências científicas, desenvolvido nos Estados Unidos, e aborda metodologias desenvolvidas inicialmente pelas Forças Armadas Dos Estados Unidos.

A SPEPH, está no processo de preparação/tradução de mais 5 cursos, na inerência da colaboração com o IPHMI, que irá apresentar brevemente.

Ao mesmo tempo, passou a contar no seu Conselho Técnico de Emergência Médica com um ícone da Emergência Médica no Mundo - Will Chapleau

Will Chapleau é paramédico há 41 anos e especialista em enfermagem em trauma há 28 anos.

Nos últimos cinco anos, exerce funções de diretor de Melhoria de Desempenho no American College of Surgeons, depois de passar seis anos como gestor programas de educação em trauma para o Committee on Trauma.

Foi Bombeiro 20 anos no Corpo de Bombeiros de Chicago Heights, nos últimos 6 anos como chefe.

Foi durante 15 anos professor no Good Samaritan Hospital EMS System em Downers Grove, Illinois, e no St. James Hospital e Prairie State College em Chicago Heights.

Chapleau foi presidente do Comitê PHTLS da NAEMT aproximadamente duas décadas.

Participou no Conselho de diretores da NAEMT, bem como nos conselhos da National Association of EMS Educators e da Society of Trauma Nurses.

Presidiu também uma força-tarefa da National Association of EMS Physicians.

Tem vindo a colaborar frequentemente com Journal of Emergency Medical Services (JEMS) , EMS World Magazine e Fire Apparatus Magazine.

Publica no Journal of Trauma and Critical Care e no Journal of Emergency Medicine.

Participa também no conselho editorial da EMS World Magazine.

Will escreveu e editou cinco livros de atendimento pré-hospitalar em quatro idiomas e ensinou lecionou emergência pré-hospitalar, deu palestras em conferências em mais de 60 países.

A SPEPH vê assim reforçada a sua capacidade técnica e científica para servir a Emergência Médica Pré-Hospitalar, desde logo Portugal e os Portugueses.

Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica
Na Semana Mundial da Alergia que irá decorrer de 13 a 19 de junho, a Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica chama a...

Em Portugal cerca de 3% dos bebés têm alergia às proteínas do leite de vaca, sendo que destes, cerca de 10% têm a forma mais grave da doença (2) e os restantes 90% uma forma mais leve ou moderada. Os sintomas são diversos, como choro constante, vómitos, diarreia, eczema e por vezes cansaço, o que dificulta o diagnóstico e compromete a saúde do bebé (3).

A APLV surge quando o sistema imunológico do bebé rejeita as proteínas do leite, provocando sintomas mais ou menos graves, como os anteriormente referidos. Pode ser inicialmente confundida com cólicas, tanto pelos pais como pelos médicos. No entanto os sintomas da alergia ultrapassam os problemas intestinais. A principal consequência para as crianças com APLV é a malnutrição progressiva com implicações no crescimento e no desenvolvimento neurocognitivo, podendo levar a dificuldade respiratória, não esquecendo o risco de morte, por anafilaxia (4).

Em Portugal só as fórmulas indicadas para a alergia severa ou grave são comparticipadas, o que sobrecarrega o orçamento familiar das crianças com alergia às proteínas do leite de vaca menos severas.

Promover a equidade entre os diferentes tipos de pacientes que sofrem de APLV é essencial. É, por isso, importante estender a comparticipação do estado de forma a tornar o tratamento mais adequado a todos os doentes, tanto das fórmulas extensivamente hidrolisadas como das elementares, sendo este um dos objetivos da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica que, através da Semana Mundial da Alergia, tenta chamar a atenção para esta importante questão.

Na vertente da alergia respiratória, também as vacinas anti-alérgicas, único tratamento que altera a história natural da doença alérgica, deveriam ser comparticipadas como já aconteceu no passado.

1 Sladkevicius E et al. J Med Econ 2010:13(1):119-28.

2 Leach JL et al. Am J Clin Nutr 1995; 61: 1224-30

3 Yu V. J. Paediatric Child Health 2002; 38:543-549.

4. Portaria 296/2019 de 9 de setembro

 

Showercare
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira foi a entidade de saúde selecionada para participar, ao longo das próximas...

Com o objetivo de humanizar o processo da higienização no leito, esta solução que estará disponível em três serviços piloto do CHUCB, já a partir do dia 11 de junho, visa proporcionar aos doentes acamados, independentemente da idade, um banho com privacidade e conforto, assente em altos padrões de qualidade, higiene e segurança.

Estará também em avaliação neste estudo piloto, a garantia avançada pela IHCare, de que a implementação do Showercare permitirá reduzir o risco de acidentes de trabalho para os profissionais de saúde, que intervêm nos cuidados de higiene dos doentes, uma vez que menos esforço físico para realizar o banho no leito, se traduz em mais conforto, menos hipóteses de lesões ou acidentes de trabalho e menos tempo gasto nestas tarefas.

O Showercare é composto por uma forra têxtil multi-camada que é hidrofóbica, antibacteriana e antiviral, que substitui o lençol inferior / capa do colchão do leito de cada doente, e também por uma máquina SAGH - dispositivo semelhante a um carrinho que permite a realização de um banho de água corrente estéril, sob supervisão eletrónica e ainda a respetiva Docking Station - mecanismo que realiza a limpeza automática da máquina SAGH.

Estudo
Considerado um problema de Saúde Pública, a diabetes resulta muitas vezes da forma como as pessoas vivem e dos hábitos que têm....

Sabe-se que o risco de complicações como doença cardiovascular e neuropatia aumenta com a diabetes, pelo que é possivel que as implicações na saúde oral atribuídas à diabetes possam ser mais elevadas entre 2/3 de doentes já diagnosticados e 1/3 dos doentes que não sabem que têm diabetes.

Ser diabético é uma condição que pode comprometer a saúde oral, na medida em que aumenta a prevalência de doenças gengivais e constitui um fator de risco para doenças periodontais graves. 

Segundo um estudo desenvolvido por Ana Rita Fradinho, médica dentista e especialista na área da saúde oral aplicada ao doente com diabetes, “os doentes diabéticos apresentam maior prevalência de alterações orais incluindo xerostomia(3), alterações do paladar, sialose(4) e candidíase oral(5). Inclusive sabe-se que o doente diabético tem três vezes maior probabilidade de sofrer destas complicações, pelo que é essencial apostar na prevenção”.

Com uma clara aposta na prevenção começam a surgir no mercado nacional soluções de higiene oral direcionadas para a população de pessoas com diabetes. São produtos que ajudam a corrigir os desequilíbrios na boca e ajudam a reforçar e apoiar a ação natural da saliva, prevenindo os efeitos negativos do excesso de glicose salivar e estimulando um microambiente que favorece a presença de uma flora oral saudável.

Para Ana Rita Fradinho, “é essencial que os diabéticos tenham um cuidado acrescido no que toca à higiene oral. Se os níveis de glicose no sangue não forem bem controlados estes terão maior probabilidade de virem a desenvolver doença periodontal e de perder dentes em comparação com pessoas que não têm diabetes. Por outro lado, é importante não esquecer que, como todas as infeções, a doença periodontal pode ser um fator que eleva o açúcar no sangue e pode tornar o controlo da diabetes mais difícil. É a pensar nessa relação de risco que temos vindo a trabalhar em soluções que forneçam uma barreira contra o impacto oral do excesso de glicose salivar, que aumente os antioxidantes e apoie o equilíbrio natural da boca. No fundo procuramos apresentar produtos que neutralizem os efeitos da acumulação de glicose salivar na boca».

A incidência da Diabetes tem vindo a aumentar de ano para ano. Dados de 2019 dão conta de que Portugal regista entre 60 mil a 70 mil novos casos de Diabetes todos os anos, a maioria do tipo II. “Tendo em consideração o número crescente de pessoas com diabetes e o facto de que as doenças periodontais também podem ter um efeito negativo sobre o açúcar no sangue, é importante tomar medidas para controlar a doença  periodontal, de modo a ajudar a melhorar os seus níveis de açúcar no sangue”, acrescenta a especialista.

 (1) A gengivite é uma forma leve de doença periodontal, caracterizada pela inflamação das gengivas.

(2) Periodontite (ou doença periodontal) é uma doença que afeta os tecidos de suporte dos dentes, entre eles o osso e a gengiva.

(3) A xerostomia, ou sensação de boca seca, está associada à diminuição na quantidade de saliva na cavidade oral. Quando surge com alguma frequência pode ter impactos negativos na saúde oral.

(4) Condição associada ao aumento do volume das glândulas salivares. É uma situação assintomática que ocorre sobretudo na glândula parótida. Este crescimento pode conduzir à perda de secreção salivar, manifestando-se numa das causas de xerostomia.

(5) A candidíase oral, chamada também de monilíase oral ou sapinho, é uma infeção da orofaringe provocada pelo fungo Candida albicans. Ela é responsável pelo surgimento de uma série de sinais que afetam as mais variadas regiões da boca, embora sejam muito mais recorrentes na área da língua.

Páginas