Entrevista
No âmbito do Mês da Saúde Digestiva, e para perceber como está a saúde digestiva dos portugueses, o

Sabendo que a pandemia Covid-19 terá tido um tremendo impacto na saúde digestiva dos portugueses, no que diz respeito ao diagnóstico e tratamento de algumas patologias, pergunto-lhe, mais de um ano após o primeiro confinamento, quantas consultas ficaram por realizar e quantos diagnósticos por ficaram por fazer?  

Relativamente às consultas, houve a hipótese de realizar consultas por telefone e por telemedicina. Não são o mesmo que as consultas presenciais, o acto médico completo implica a observação, mas em muitos casos de segundas consultas, de consultas de vigilância, é possível substituir as consultas presenciais. As consultas não presenciais vieram para ficar. No nosso Centro Hospitalar (CHULN), a gastrenterologia, não reduziu o número de consultas, fizemos quase 25.000 durante o último ano.

Os dados que temos relativamente a um dos exames principais, a colonoscopia, é que terá existido atraso. Através das vendas de produtos de limpeza intestinal, terão ficado perto de 90-100.000 exames por fazer. No entanto já estamos a fazer um grande esforço para recuperar o que ficou atrasado.

Neste sentido, quais as patologias que mais se agravaram durante este período?

Em média, em 2019, morreram por mês cerca de 9300 portugueses. Nalguns meses em 2020 e 2021 morreram quase 13.000 portugueses. É lícito pensar que nalguma desta mortalidade em excesso estejam doenças do Aparelho Digestivo, à semelhança de doenças do foro cardíaco, oncológico, etc.

Em termos gerais, e no que diz respeito à saúde digestiva, o que se perdeu irremediavelmente com esta pandemia?

Algumas mortes em excesso, mas ainda não há dados precisos e detalhados. É uma consequência adicional da Pandemia e das suas ondas de choque. As razões são várias, incluindo receio da população de se deslocar aos Serviços de Saúde.

O que seria necessário fazer para reverter ou minimizar esta situação?

Psicologia positiva, planear do ponto de vista estratégico. Precisamos de reequipar alguns Serviços com novos aparelhos e dispositivos. O País tem recursos humanos, isto é, gastrenterologistas para recuperar doentes que estejam com dificuldade em acesso.

Para além da Covid-19, e sabendo que a grande maioria das doenças digestivas estão associadas aos hábitos de vida, o que falta para verdadeiramente as prevenirmos?

Passar a mensagem da prevenção, diagnóstico precoce para as doenças do Aparelho Digestivo: prevenção no aspeto da promoção dos estilos de vida saudável, alimentação saudável, exercício físico.

É obrigatório para todos os portugueses sem exceção a realização do rastreio do cancro do cólon aos 45-50 anos.

Neste sentido, e sabendo que a obesidade é um dos problemas que mais contribuem para mau prognóstico da saúde digestiva, quais os principais erros que cometemos à mesa e não só? Que patologias podem surgir associadas ou como complicação da obesidade?

A dieta ocidental dita mediterrânica está um pouco desvirtuada: há um excesso de calorias não só no que diz ao consumo de fritos, molhos, carnes vermelhas, açúcar, bolos, bebidas açucaradas. Falta também o investimento no exercício físico regular, nem que seja caminhar rápido três vezes por semana. Se mais portugueses cumprissem esta meta, eramos um povo bem mais saudável.

As patologias associadas à obesidade são a obstipação (2 milhões de portugueses, a doença de refluxo (3 milhões), pedras na vesícula (litíase biliar) 1.5 milhão, o fígado gordo (2.5 milhões), 40.000 com hepatite C, 25.000 com doença de Crohn ou Colite Ulcerosa e os cancros do aparelho digestivo, designadamente o cancro do fígado, do cólon e o do pâncreas.

A obesidade é claramente oncogénica, traz consigo um risco acrescido de cancros. E não apenas do Aparelho Digestivo.

De um modo geral, entre todas as patologias que acometem o aparelho digestivo, quais as que mais atingem a população portuguesa e destas quais as mais graves?

As referidas na pergunta anterior. De qualquer modo quero chamar a atenção para o peso dos cancros digestivos, que constituem 1/3 de todos os cancros, incluindo os casos mortais. Ou seja, 1 em cada 10 portugueses morrem de cancro digestivo, mais do que um por hora.

Relativamente a número de novos casos, a chamada incidência, todos os anos se registam quase 11.000 novos casos de cancro do cólon (também chamado de intestino grosso), enquanto para o cancro da mama e da próstata não chega a 7.000. Ou seja, no espaço de 10 anos vão surgir 100.000 portugueses com cancro do cólon e reto que não estava à espera.

No que diz respeito aos cancros digestivos, qual a importância dos rastreios para o bom prognóstico de algumas destas patologias? Nomeadamente no cancro colorretal, qual a diferença que pode fazer um rastreio? E por que motivo, ainda são poucos aqueles que o decidem fazer?

O rastreio salva vidas, reduz o número de mortes por este cancro. O rastreio é obrigatório para todos os portugueses aos 50 anos. Más já há quem recomende por volta dos 45 anos, ou mais cedo que tiver familiares diretos na Família. Existem dois métodos de rastreio, o sangue oculto nas fezes em que a própria pessoa colhe as suas fezes para depois serem analisadas e a colonoscopia. O importante é fazer um dos métodos, pelos 45-50 anos. Ambos salvam vidas.

Faria sentido ou seria possível rastrear outros tipos de cancro?

Relativamente aos cancros do aparelho digestivo não faz sentido para a população em geral, à exceção do cancro do cólon e reto que tem que ser para todos os portugueses sem exceção. Poderá pensar-se para os outros cancros, mas não para a população em geral: nalguns casos de cancro do pâncreas familiar, nalguns casos de lesões do estômago ditas pré-malignas; e em quem tem cirrose hepática deve fazer uma ecografia de 6/6 meses. Mas rastreios para a população em geral apenas o do cancro do cólon e reto.

No que diz respeito às doenças inflamatórias do intestino, o que explica o aumento de casos?

Não se sabe muito bem, eventualmente alterações da dieta, com alimentos cada vez mais processados, alterações do microbioma, etc. O que é facto é que aumenta 5% por ano.

Ainda no âmbito destas doenças – Doença de Crohn e Colite Ulcerosa – quais os grupos de risco e a que sinais devem estar atentos?

São duas entidades que afetam fundamentalmente os ditos adultos jovens com 20-40 anos, pessoas em plena fase da vida, com muita atividade formativa, profissional, familiar e social. Estima-se que possam existir em Portugal 25.000 pessoas com estas duas entidades. O impacto é muito elevado na qualidade de Vida, não afeta apenas a própria pessoa, afeta os seus familiares e as empresas onde trabalham. Eu diria que impacta a vida de 25.000 portugueses, na sua maioria jovens e 25.000 famílias e todo o seu agregado familiar.

Os sintomas que podem indicar a presença de doença de Crohn ou Colite Ulcerosa são a diarreia que não passa em meia dúzia de dias, a perda de sangue nas fezes, as cólicas abdominais, perda de peso, febre, etc. Com estes sintomas as pessoas devem dirigir-se a um Serviço de Urgência, ao Médico de Família, procurando ser visto por um gastrenterologista logo que possível.

No âmbito do Mês da Saúde Digestiva, que iniciativas a SPG irá levar a cabo?

Divulgação nas redes sociais, nos meios da comunicação social, elaboração de material informativo para o público em geral com infografias, pequenos filmes, chamada de atenção para o novo site da Saúde Digestiva.

Temos um mote que é chamar a atenção para a Saúde Digestiva com os seus vários aspectos de literacia em saúde, prevenção, diagnóstico precoce, rastreio, tratamento, cura, ajuda ao sofrimento, etc.

Mas o foco principal será a relação e as consequências da Obesidade com o Aparelho Digestivo. A obesidade é uma verdadeira pandemia global, que vai matar muito mais pessoas que o COVID.

Para terminar, e de um modo geral, considera que os portugueses dão a devida atenção à sua Saúde Digestiva?

Sentimos que a situação está a melhorar, a sociedade em geral está cada vez mais informada quanto aos 10 metros do seu tubo digestivo, dos seus problemas, das consequências do seu mau funcionamento, das causas de morte, etc.

Mas neste ano, vamos insistir nas múltiplas consequências da obesidade no Aparelho Digestivo e do papel do especialista do Aparelho Digestivo (gastrenterologista) na ajuda à qualidade de Vida e em evitar o sofrimento e até a morte precoce.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Protocolo com autarquias
Mais de 180 farmácias realizaram 69.536 testes rápidos de antigénio gratuitos em dois meses, no âmbito dos protocolos de...

A testagem gratuita à COVID-19 nas farmácias arrancou a 31 de março no município de Lisboa, tendo sido alargada nas semanas seguintes aos outros três municípios e à RAM.

“As farmácias demonstraram, desde o início da pandemia, disponibilidade para terem um papel ativo e central na estratégia de combate à pandemia. A proximidade aos cidadãos e a relação de confiança que têm com a população que servem, aliadas ao saber técnico e científico, colocam-nas numa posição privilegiada enquanto agentes de saúde pública. Aproveitar a rede de farmácias para reforçar uma estratégia de testagem regular, segura e eficaz fazia e faz todo o sentido e estes números demonstram-no”, explicou Duarte Santos, da direção da Associação Nacional das Farmácias (ANF).

Os programas de testagem em massa pretende criar um incentivo aos utentes para a testagem à Covid-19.

“Ao permitirem que os cidadãos façam dois testes por mês sem quaisquer custos, estes protocolos servem para democratizar o acesso aos testes rápidos de antigénio e, dessa forma, permitir um retrato mais alargado da situação epidemiológica daquelas regiões e um processo de desconfinamento mais seguro para todos”, esclareceu Duarte Santos.

 

 

 

Formato digital
O Núcleo de Estudos de Doenças Raras (NEDR) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar o Primeiro Simpósio...

“Num tempo RARO em que se desenvolvem vacinas em tempo recorde para uma pandemia devastadora e nos encontrámos todos, de alguma forma privados de acesso à inovação noutras áreas que não a do SARS Cov2, sentimos necessidade

de iniciar aquilo que pretendemos que seja o primeiro de muitos Simpósios RARO” afirma Luísa Pereira, coordenadora-adjunta do NEDR.

Este evento científico pretende proporcionar a todos os profissionais de saúde, sem distinção, a mais recente evidência na área das doenças raras, com enfoque nas inovações e novidades científicas do ano transato.

“Pretendemos igualmente, e aproveitando aquilo que de positivo aprendemos a utilizar neste momento pandémico, dar uma nova dimensão com o máximo de abrangência de temas, utilizando a enorme projeção e participação

que as sessões em formato digital nos trouxeram” conclui Luísa Pereira.

O evento mantém as habituais presenças de palestrantes nacionais e internacionais e vai otimizar também a utilização das novas ferramentas e plataformas digitais.

 

Opinião
O termo psicose refere-se a um síndrome clínico que se caracteriza pela presença de delírios e aluci

O delírio (do latim de- fora; lirare, sulco do arado; significando estar fora do sulco da realidade) corresponde a uma alteração do pensamento em que o indivíduo tem uma crença falsa baseada numa inferência incorreta sobre a realidade externa, que é sustentada com convicção absoluta, apesar da existência de evidência contrária a essa crença. Alguns exemplos são a crença de ser perseguido sem de facto o ser, ou a crença de que existem seres ou entidades que conseguem inserir ou roubar os seus pensamentos. Por sua vez, as alucinações são alterações da sensopercepção, correspondendo a uma perceção sem um estímulo externo. São exemplo de alucinações: ouvir, ver ou sentir pessoas, objetos ou animais que não estão realmente presentes ou não existem. Os mecanismos biológicos subjacentes à origem dos sintomas psicóticos são alvo de investigação contínua, mas os estudos científicos mostram que mais provavelmente se devem a uma disfunção do sistema de neurotransmissão da dopamina, quando sobre ele atuam diversos fatores de stress (p.e. ter tido experiências adversas numa idade precoce como bullying ou abuso sexual, viver em meios urbanos, ser alvo de discriminação racial/étnica, consumir drogas como cannabis), em pessoas que têm predisposição genética (figura abaixo).

Tal como mencionado anteriormente, o termo psicose refere-se a um síndrome clínico e não a um diagnóstico. Assim, diversas perturbações psiquiátricas apresentam sintomas psicóticos. Entre estas, incluem-se perturbações em que há desregulação do humor (depressão e mania), nas quais os sintomas psicóticos ocorrem apenas de modo episódico, secundariamente a uma alteração do estado de humor. Por outro lado, na Esquizofrenia e nas perturbações do espectro desta doença, a sintomatologia psicótica está quase sempre presente desde o início da doença e constitui a sua manifestação principal, podendo associar-se a outras manifestações clínicas como a desorganização do pensamento, as anomalias do comportamento motor e os sintomas negativos (embotamento afetivo, pobreza do discurso, isolamento social, anedonia e avolição). Na Esquizofrenia, ao contrário do que sucede na depressão ou na mania, os sintomas psicóticos podem persistir ao longo de toda vida ou surgir apenas quando o tratamento é suspenso.

Globalmente, as perturbações psicóticas afetam cerca de 23.6 milhões de pessoas a nível mundial e são uma das principais causas de incapacidade devido a doença, associando-se a elevados custos, quer para os sistemas de saúde, quer para a sociedade. O episódio psicótico inaugural – o Primeiro Episódio Psicótico - (PEP), é um evento de saúde crítico que ocorre habitualmente no final da adolescência ou no início da vida adulta. O PEP tem um impacto significativo no curso de vida das pessoas afetadas devido à disfunção cognitiva, emocional e comportamental que provoca, interferindo significativamente na vida social e profissional. Por esse motivo, a fase inicial da psicose tem sido considerada um “Período Crítico”, fruto de observações que sugerem que a deterioração clínica e funcional, ocorre sobretudo no período próximo e anterior ao aparecimento dos primeiros sintomas psicóticos (o chamado pródromo psicótico) e no período imediatamente a seguir, compreendendo os 2 a 5 anos iniciais da doença. Neste contexto, nas últimas duas décadas, emergiu o conceito de “intervenção precoce” como base de uma abordagem dirigida às fases iniciais das perturbações psicóticas, visando uma melhoria da evolução clínica.

Este tipo de intervenção, mostrou ter um impacto positivo mais significativo quando comparada com intervenções em fases mais tardias, não só em termos de melhoria dos sintomas, mas também ao nível do funcionamento global (p.e. relações interpessoais, emprego, autonomia).

Nesse sentido, é fundamental que as pessoas que começam a apresentar os primeiros sintomas psicóticos, ou que mesmo antes do aparecimento destes sintomas, evidenciariam um declínio marcado no seu funcionamento global, iniciem um acompanhamento clínico especializado, o mais precocemente possível. Tal permitirá otimizar os resultados da intervenção realizada, uma vez que quanto maior for o período sem tratamento adequado, pior será o prognóstico. É de realçar que o tratamento destas situações clínicas, deverá contemplar uma abordagem biopsicossocial, ou seja, considerar a pessoa doente em todas as suas dimensões, não devendo resumir-se apenas à intervenção farmacológica. Nesse sentido, as guidelines internacionais recomendam que a intervenção no Primeiro Episódio Psicótico seja de natureza multidisciplinar, englobando o acompanhamento por Psiquiatria, Psicologia, bem como abordagens de natureza reabilitativa (p.e. terapia ocupacional, remediação cognitiva, etc.).

Em suma, uma adequada intervenção na fase inicial da psicose, terá como potenciais benefícios uma recuperação mais célere e evidente, com conservação das aptidões sociais, suportes sociais e familiares e melhoria do prognóstico global.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigadores esperam desenvolver novas terapias
Investigadores do Instituto Francis Crick identificaram uma proteína que ajuda os tumores a escapar do sistema imunitário e que...

Uma parte crucial da resposta do sistema imunitário ao cancro está num grupo de glóbulos brancos, chamados células T CD8+, que matam as células tumorais. Antes de lançarem a sua resposta anti-tumoral, as células dendríticas mostram quais as células que devem atacar.

No seu estudo, os cientistas identificaram uma proteína que está presente no plasma sanguíneo e também é segregada por células cancerígenas, gelsolina segregada, que interfere com este processo de retransmissão bloqueando um recetor dentro das células dendríticas. Sem instrução transmitida às células T, os tumores evitam a sua resposta assassina.

A equipa analisou dados clínicos e amostras de doentes com cancro com 10 tipos diferentes da doença e descobriu que os indivíduos com cancros do fígado, cabeça e pescoço e estômago, que têm níveis mais baixos desta proteína nos seus tumores, tinham maiores hipóteses de sobrevivência.

Também descobriram que bloquear a ação desta proteína em ratos com cancro aumentou a sua resposta a tratamentos, incluindo inibidores de checkpoint, ou seja, a imunoterapia.

Caetano Reis e Sousa, autor e líder de grupo do Laboratório de Imunobiologia do Instituto responsável pela pesquise, explicou que “a interação entre as células tumorais, o ambiente circundante e o sistema imunitário é um quadro complexo. E embora as imunoterapias tenham revolucionado a forma como certos cancros são tratados, ainda há muito a entender sobre quem é mais provável que beneficie.

"É emocionante encontrar um mecanismo até então desconhecido para a forma como o nosso corpo reconhece e aborda os tumores. Isto abre novas vias para o desenvolvimento de fármacos que aumentam o número de doentes com diferentes tipos de cancro que podem beneficiar de imunoterapias inovadoras."

Este trabalho baseia-se na pesquisa da equipa sobre biologia de células dendríticas. Estas células absorvem detritos de células cancerígenas mortas e mantêm-nas internamente em vesículas chamadas fagossomas. A ligação a uma proteína nos detritos, F-actina, faz com que os fagossomas rebentem, libertando os detritos para a célula onde podem ser processados e movidos para a superfície para sinalizar a presença de um tumor nas células T próximas.

Quando os investigadores examinaram a atividade da gelsolina segregada, encontraram a proteína a superar um recetor dendrítico chave, bloqueando a sua capacidade de se ligar à F-actina e, portanto, à capacidade das células dendríticas de iniciar uma resposta de células T.

"As células dendríticas desempenham um papel vital no sistema imunitário e na resposta do nosso corpo ao cancro", diz Evangelos Giampazolias, autor e pós-doutorado no Laboratório de Imunobiologia do Instituto Francis Crick. "Compreender este processo com mais detalhes permitir-nos-á identificar como os cancros são capazes de se esconder e como podemos remover o seu disfarce."

Oliver Schulz explica que "enquanto a gelsolina segregada circula no plasma sanguíneo saudável, algumas células cancerosas segregam níveis muito altos do mesmo, por isso estes tumores estão a lançar uma defesa anti-imune que os ajuda a evitar as células T assassinas.

"A redução dos níveis desta proteína ajudará a aliviar a competição pela ligação à F-actina e permitirá que as células dendríticas comuniquem a sua mensagem vital."

Os investigadores vão continuar este trabalho, tentando desenvolver uma terapia potencial que vise a gelsolina segregada no tumor sem afetar a atividade desta proteína noutras partes do corpo.

Enfarte do miocárdio
Um novo estudo liderado por investigadores da Universidade do Estado de Washington identificou uma proteína que pode ser a...

Publicada no Journal of Biological Chemistry, a pesquisa sugere que a quinase proteica A (PKA) desempenha um papel na necrose das células musculares do coração, um tipo importante de morte celular que ocorre comumente após a terapia de reperfusão, o tratamento usado para desbloquear artérias e restaurar o fluxo sanguíneo após um ataque cardíaco.

"O nosso estudo descobriu que desligar um gene que controla esta atividade proteica aumentou a morte das células necróticas e levou a mais lesões cardíacas e pior função cardíaca após o ataque cardíaco num modelo de roedores", disse o autor do estudo Zhaokang Cheng. "Com mais pesquisas, esta descoberta pode, em última análise, levar ao desenvolvimento de um medicamento de pequenas moléculas que poderia intervir nesse caminho para limitar ou prevenir a morte de células musculares do coração após a terapia de reperfusão."

Segundo o investigador esse fármaco pode ajudar a reduzir a lesão cardíaca e aumentar a sobrevivência e o tempo de vida das vítimas de enfarte.

"A terapia de reperfusão, que usa fármacos que dissolvem coágulos ou meios mecânicos para desbloquear artérias entupidas, tem sido o tratamento mais eficaz para o enfarte do miocárdio.  Embora reduza significativamente os danos cardíacos, os doentes tratados com esta terapia ainda experimentam alguns danos, cerca de metade dos quais resultam do próprio tratamento. Isto porque a rápida restauração do fluxo sanguíneo para tecidos cardíacos sem oxigénio pode levar a um rápido aumento dos radicais livres. Quando não é controlada, esta onda de radicais livres induz o stress oxidativo, que pode causar a morte das células musculares do coração e lesões cardíacas como parte de uma condição conhecida como lesões de isquemia/reperfusão.

Embora os cientistas tenham considerado a necrose como uma forma passiva e inevitável de morte celular, estudos recentes sugerem que algumas formas acontecem de uma forma altamente regulada que poderia potencialmente ser alvo de tratamento. Pouco se sabe sobre como este tipo de morte celular é regulado, no entanto, foi o que levou Cheng a olhar mais de perto.

Ele e a sua equipa já tinham rastreado mais de 20.000 genes para procurar aqueles que pareciam suprimir ou promover a morte de células necróticas. O gene que se destacou e justificou um estudo mais aprofundado foi o PRKAR1A, que ajuda a regular a atividade do PKA codificando uma proteína conhecida como subunidade regulamentar PKA R1alpha.

Assim, os investigadores realizaram uma série de experiências para validar se a proteína R1alpha pode regular a morte de células necróticas num modelo roedor. Eles descobriram que desligar o gene PRKAR1A aumentou a morte celular, tanto em células cultivadas como em ratos. Os ratos sem o gene também tinham mais lesões cardíacas e pior função cardíaca após ataque cardíaco, em comparação com ratos selvagens.

Cheng explicou que, em circunstâncias normais, o rápido aumento dos radicais livres após o tratamento de ataque cardíaco desencadeia o coração para lançar o seu sistema de defesa antioxidante, o mecanismo de proteção incorporado que ajuda a controlar os radicais livres. O que as suas novas descobertas sugerem é que o sistema de defesa antioxidante não pode ser lançado de forma tão eficaz quando a proteína R1alpha é removida do coração, resultando em stress mais oxidativo, o que leva à morte celular e à lesão cardíaca.

Ele explicou que a proteína R1alpha liga-se a outro tipo de proteína conhecida como subunidades catalíticas PKA para manter a atividade do PKA sob controlo. Quando o R1alpha é removido, as subunidades catalíticas são descontroladas e a atividade do PKA aumenta, o que Cheng acredita ser o que impede a ativação do sistema de defesa antioxidante. Isto sugere que o uso de um composto de pequenas moléculas que inibe seletivamente a atividade de PKA pode potencialmente bloquear a morte das células necróticas e levar a melhores resultados após o tratamento do ataque cardíaco.

Embora Cheng tenha dito que esperava que a sua pesquisa eventualmente lhes permitisse testar tal composto num modelo animal, o próximo passo será determinar se existem outros mecanismos através dos quais a PKA regula a morte das células necróticas para além do sistema de defesa antioxidante.

 

Cimeira
Os líderes mundiais uniram-se, na passada quarta-feira, na Cimeira "One World Protected" - Gavi COVAX Advance Market...

Este financiamento permitirá ao COVAX AMC assegurar 1,8 mil milhões de doses totalmente subsidiadas para entrega a países e economias de baixos rendimentos em 2021 e início de 2022. Isto é suficiente para proteger quase 30% da população adulta nas economias elegíveis para a AMC. Os fundos angariados também apoiarão a COVAX a diversificar a sua carteira de vacinas em tempos de incerteza da oferta e nova emergência de variantes, e a planear os cenários e estratégia para as necessidades de saúde pública para 2022 e não só.

O Primeiro-Ministro H.E. Suga Yoshihide afirmou que "Foi uma honra ser coanfitrião da Cimeira Gavi COVAX AMC e contribuir com financiamento para fazer chegar as vacinas contra a Covid-19 ao maior número possível de pessoas e o mais cedo possível, em todo o mundo, de forma equitativa."

"Quero agradecer ao Primeiro-Ministro Suga e ao povo japonês pela sua liderança na ajuda à resposta global à Covid-19", disse José Manuel Barroso, Presidente do Conselho de Administração do Gavi. "O COVAX é a maior e mais complexa distribuição multilateral de vacinas já realizada e a solução que visa garantir que as pessoas mais em risco, em todo o lado, estão protegidas do vírus."

Os Estados Unidos da América acolheram o lançamento da Oportunidade de Investimento Gavi COVAX AMC em abril. A Vice-Presidente Kamala Harris participou na Cimeira, reiterando o apoio dos EUA como um parceiro-chave da Gavi durante mais de duas décadas. O seu compromisso de 4 mil milhões de dólares para a aquisição e entrega de vacinas Covid-19 para países e economias de baixo rendimento está a ajudar a garantir que a COVAX está equipada para atingir os seus objetivos.

Paralelamente às promessas financeiras, a Bélgica, a Dinamarca e o Japão anunciaram as primeiras doações de partilha de dose, bem como promessas adicionais de Espanha e da Suécia, impulsionando o fornecimento de curto prazo em mais de 54 milhões de doses de vacinas. 

O Banco Europeu de Investimento (BEI) reforçou o apoio aos países da União Africana com financiamento de 300 milhões de euros para aceder às vacinas através do regime de partilha de custos da COVAX – aproveitando os recursos nacionais para obter vacinas seguras e eficazes através do COVAX.

Este anúncio de financiamento do BEI de 300 milhões de euros é o caminho a seguir para um compromisso agregado de 1 bilião de dólares de bancos de desenvolvimento e instituições de financiamento internacionais para apoiar uma iniciativa de repartição de custos que permita às economias elegíveis para o AMC utilizar recursos nacionais para comprar vacinas adicionais através da COVAX. Isto facilitar-lhe-á tirar partido do sistema logístico global da COVAX, do volume e dos preços negociados globalmente, bem como de outros benefícios críticos, como o Programa de Compensação sem Falhas da COVAX.

Noutros pontos do programa da Cimeira, foram assumidos compromissos para libertar as cadeias de abastecimento e eliminar estrangulamentos que restringem ou retardam a distribuição de vacinas, matérias-primas e componentes Covid-19. Os fabricantes de vacinas reafirmaram o seu apoio à COVAX como a única solução global para acabar com a fase aguda da pandemia.

A Cimeira foi também uma oportunidade para os líderes refletirem sobre os desafios, sucessos e lições aprendidas à medida que o Gavi COVAX AMC assinala um ano desde o seu lançamento; e olhar para a frente para cenários potenciais para abordar a pandemia e reforçar a segurança global da saúde para o futuro.

As promessas, compromissos e o apoio da comunidade global na Cimeira permitirão à COVAX continuar a trabalhar no sentido de manter todos seguros.

"Acabar com a pandemia Covid-19 é o desafio mais premente do nosso tempo – e ninguém ganha a corrida até que todos ganhem", disse Seth Berkley, CEO da Gavi. "Hoje, quando olhamos para trás, num ano de COVAX, vimos que os líderes mundiais reconhecem claramente a necessidade de um acesso equitativo e apoiam o princípio de que a capacidade de pagar não deve determinar se alguém está protegido deste vírus."

Institutos Nacionais de Saúde dos EUA
De acordo com uma investigação norte-americana existe um antiviral que pode potencialmente ajudar a tratar a Covid-19. O Tempol...

A empresa que detém o medicamento foi autorizada pela FDA no início deste ano a prosseguir com estudos humanos do composto na Covid-19, estando preparada para iniciar a inscrição de pacientes num ensaio de Fase II/III.

No estudo do NIH, os investigadores tentaram determinar se uma subunidade da réplica de ARN do SARS-CoV-2 requer aglomerados de ferro-enxofre para apoio estrutural. As suas descobertas, publicadas quinta-feira na revista Science, indicam que a enzima precisa de dois destes aglomerados para funcionar em perfeitas condições. "O Tempol pode degradar os aglomerados de ferro-enxofre", e trabalhos anteriores indicam que "o fármaco pode ser eficaz noutras doenças que envolvem aglomerados de ferro-enxofre", dizem os investigadores.

 Em experiências de cultura celular com o vírus SARS-CoV-2, a equipa da NIH descobriu que o Tempol pode inibir a replicação viral. Observaram igualmente que as doses utilizadas nas suas experiências antivirais poderiam provavelmente ser alcançadas em tecidos que são alvos primários para a SARS-CoV-2, como as glândulas salivares e os pulmões.

"Dado o perfil de segurança do Tempol e a dose considerada terapêutica no nosso estudo, estamos esperançosos", comentou Tracey Rouault, cujo laboratório liderou o estudo, embora tenha dito que é necessário mais trabalho para ver se é eficaz nos doentes, "particularmente no início do curso da doença quando o vírus começa a replicar-se". De acordo com o NIH, a equipa planeia procurar oportunidades para avaliar o Tempol num estudo clínico da Covid-19.

 

Estudo
De acordo com um estudo, publicado no The Lancet, a combinação das vacinas não só gera imunidade humoral, através do...

Para chegar a estas conclusões, uma equipa de investigação do Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII) recrutou 678 pessoas que receberam uma dose de AstraZeneca e não sido infetados com a Covid-19. Destes, 442 foram incluídos aleatoriamente num grupo experimental recebendo a vacina da Pfizer oito a 12 semanas após a primeira dose de AstraZeneca. Outros 221 faziam parte do grupo de controlo, não recebendo nenhuma vacina.

Embora a investigação ainda esteja a decorrer, os investigadores tornaram públicos os resultados do seguimento realizado 14 dias após a segunda administração da vacina. E os seus parâmetros indicam que a combinação é segura e eficaz.

"Os resultados apoiam a vacinação das pessoas que receberam uma primeira dose de AstraZeneca com outra vacina da Pfizer", disse, a este propósito, em conferência de imprensa Jesús Antonio Frías, coordenador da Rede de Investigação Clínica do Instituto de Saúde Carlos III deste centro, os Hospitais Clínicos De Madrid participaram no estudo o Clínic e Vall d'Hebron em Barcelona e o El Hospital de Cruces de Vizcaya.

Os investigadores destacaram a boa resposta imunitária registada após a combinação: "Os tituladores de anticorpos IgG ultrapassam mais de 150 vezes na linha de base e neutralizam os anticorpos aumentando sete vezes [no que diz respeito ao grupo de controlo]", disse María Teresa Pérez Olmedo, chefe do laboratório de Serologia do Centro Nacional de Microbiologia, citada pelo jornal El Mundo.

No que diz respeito à imunidade celular, o estudo indica que a administração da segunda dose com a vacina Pfizer produziu um aumento de resposta, um efeito que, segundo os investigadores, não foi observado em orientações homólogas com a AstraZeneca (não foi detetada qualquer melhoria após a administração da segunda dose em relação à primeira) e sim com vacinas baseadas no ARN do mensageiro (embora os dados sobre isso sejam limitados).

Por outro lado, os investigadores destacaram o bom perfil de segurança da combinação. O efeito colateral mais comum (88%) foi dor no local da injeção. 40% manifestou também mal-estar geral e dor de cabeça, 25% calafrios e apenas 2,5% indicaram ter febre. Os sintomas não foram mantidos para além do terceiro dia após a vacinação e nenhum participante precisou ser hospitalizado devido a estes efeitos (68% consideravam os seus efeitos secundários como ligeiros).

 

 

Conselho de Ministros
Após reunião do Conselho de Ministros de hoje, o Governo apresentou um conjunto de alterações às regras ainda em vigor. Para já...

“Estamos em condições de prosseguir o processo de desconfinamento, o faremos em duas fases”, anunciou o Primeiro-ministro, António Costa, na conferência de imprensa. Assim, as alterações serão feitas em dois momentos: nos dias 14 e 28 de junho.

Na primeira fase, a iniciar em 14 de junho, o teletrabalho deixa de ser obrigatório, passando a ser recomendado nas atividades que o permitam. Os restaurantes, cafés e pastelarias mantêm as regras de lotação atuais, até à meia-noite para admissão e 1h00 para encerramento. O comércio fica aberto com o horário normal e no caso dos transportes públicos em que só existem lugares sentados, a lotação passa a ser completa, nos transportes em que há lugares sentados e de pé, a lotação é de 2/3.

No caso dos espetáculos culturais, o horário é alargado até à meia-noite com a lotação a 50%, para eventos interiores. Fora das salas de espetáculo só com lugares marcados e cumprindo as regras de distanciamento definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

No desporto, para os escalões de formação e modalidades amadoras com lugares marcados e regras de distanciamento definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Nos recintos desportivos com 33% da lotação. Fora de recintos aplicam-se regras a definir pela DGS.

A partir do dia 28 de junho, entram em vigor novas regras para a prática desportiva dos escalões profissionais ou equiparados com outras regras a definir pela DGS. As Lojas de Cidadão já funcionarão sem marcação prévia e os transportes públicos sem restrição de lotação.

Os bares e discotecas continuam encerradas, bem como se mantêm suspensas as festas e romarias populares. Os casamentos podem realizar-se com lotação superior a 50%.

Covid-19 em Portugal
Desde ontem morreu mais uma pessoa com Covid-19 em Portugal e o número de novos casos voltou a aumentar.

A região Norte foi a única de todo o território português a registar uma morte por Covid-19, desde o último balanço, mostra o boletim divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.

De acordo com o documento, foram diagnosticados 724 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 368 novos casos e a região norte 212. Desde ontem foram diagnosticados mais 64 na região Centro, 22 no Alentejo e 32 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais duas infeções e 24 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 264 doentes internados, menos quatro que ontem.  No entanto, as unidades de cuidados intensivos contam com mais três doentes, estando agora 53 pessoas na UCI.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 458 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 810.271 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.965 casos, mais 265 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 439 contactos, estando agora 24.928 pessoas em vigilância.

Relatório DGS
Cerca de 63 mil jovens com idades entre os 16 e os 24 anos já foram vacinados contra a Covid-19 em Portugal. Globalmente, 19%...

De acordo com relatório semanal da vacinação divulgado pela DGS, já foram vacinados 1.099 jovens entre os 16 e os 17 anos com a primeira dose e 323 têm a vacinação completa.

“A classe de pessoas com idade inferior a 18 anos contempla jovens entre os 16 e os 17 anos que têm indicação de vacinação segundo a Norma 2/2021 da DGS e a quem foi administrada vacina Comirnaty (Pfizer-BioNTech)”, refere a DGS.

Entre os 18 e os 24 anos, os dados indicam que já estão vacinados com a primeira dose 38.276 jovens com a primeira dose e 23.158 (3%) com as duas doses da vacina contra a Covid-19.

Segundo o relatório da DGS, a vacinação por faixas etárias decrescentes, até aos 16 anos, e de pessoas com 16 ou mais anos, aplica-se a quem tenham doenças com risco acrescido de Covid-19 grave ou morte, como a diabetes, obesidade grave, doença oncológica ativa, transplantação e imunossupressão, doenças neurológicas graves e doenças mentais.

O documento refere que, no global, 3.757.395 pessoas já estão vacinadas com a primeira dose, o que corresponde a 37% da população, e 1.979.425 têm a vacinação completa (19%).

 

 

Cuidar da saúde mental e bem-estar emocional dos estudantes
Em resposta às consequências académicas e sociais da pandemia COVID-19, a Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico...

O documento estabelece linhas orientadoras para o reforço das competências práticas dos alunos dos cursos de licenciatura da Escola e apresenta uma série de iniciativas com vista ao fortalecimento da saúde mental e bem-estar emocional dos estudantes. “Minimizar o impacto da pandemia sobre a componente letiva e reestabelecer níveis de vinculação entre a comunidade académica é o objetivo central do Plano”, explica o presidente da ESTeSC-IPC, João José Joaquim.

No que respeita à componente letiva, e depois de “analisadas as diferentes variáveis – como as medidas de segurança implementadas, a testagem em massa à comunidade, os dados epidemiológicos da COVID-19 e os níveis de vacinação – considerou-se o momento para reforçar as atividades de carácter presencial”, descreve o dirigente. Assim, o PRARE sintetiza, para cada curso, quais as unidades curriculares e conteúdos programáticos cujo ensino é necessário reforçar, calendarizando a reposição das aulas presenciais para os meses de junho, julho e setembro.

A intervenção a nível psicossocial é garantida, de forma articulada, pelo Gabinete de Apoio ao Estudante do Politécnico de Coimbra (SAS-IPC), Projeto Educação pelos Pares e Associação de Estudantes. No PRARE são elencados os apoios já à disposição dos alunos – como as consultas de psicologia online e presencial dos SAS-IPC ou as iniciativas “Peer2Peer” e “Kit Selfcare” do Projeto Educação pelos Pares, tendo em vista a promoção da integração académica, da solidariedade e do autocuidado – e apresentados os projetos a desenvolver nos próximos meses.

Destaque para a criação da Linha de Apoio Interpares - LAIp, uma linha telefónica de atendimento, sinalização e encaminhamento de estudantes da ESTeSC-IPC com problemas que possam comprometer um desenvolvimento pessoal e académico saudáveis.

O funcionamento da LAIp será garantido por estudantes voluntários (após formação pelos profissionais da rede ConVidaMental, em colaboração com a Ordem dos Psicólogos Portugueses), sob supervisão de uma docente.

Bolsas de Investigação no valor de 50 mil euros
Está a decorrer o processo de Submissão de Propostas a um Programa Competitivo de duas Bolsas de Investigação, promovido pela...

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel independente de revisores portugueses, que irão selecionar os projetos para financiamento. A Pfizer não tem influência sobre nenhum aspeto dos projetos e apenas solicita relatórios sobre os resultados e sobre o impacto dos mesmos com o intuito de compartilhá-los publicamente.

Estas bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

Mais informações em: Gerar evidência com inibidores CDK4/6 no tratamento do Cancro da Mama Metastático

 

Projeto dá ‘voz’ a doentes e profissionais de saúde
Já se encontra disponível o primeiro episódio de um conjunto de quatro episódios de podcast onde se irão abordar temas na área...

A linha editorial do Podcast “Oncologia no Ar” foi definida por um Comité Consultivo, cujos membros têm uma vasta experiência na área da oncologia e um conhecimento aprofundado sobre quais os temas mais importantes e prioritários para os doentes oncológicos. Este grupo é constituído por Ana Martins (Diretora do Serviço de Oncologia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e integra o Grupo de Sobreviventes da Sociedade Portuguesa de Oncologia), Catarina Malheiro (Diretora da Revista Cuidar), Elisabete Valério (Presidente da Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa), Marta Pojo (Diretora de Projetos de Saúde da Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional do Sul) e Tamara Milagre (Presidente da Associação EVITA). 

O primeiro episódio aborda a temática do Melanoma Cutâneo, um tipo de cancro da pele que regista cerca de 1000 novos diagnósticos todos os anos. Este episódio conta com a participação de uma doente diagnosticada em 2011 e da Dr.ª Mariana Malheiro, especialista em Oncologia Médica no Centro Hospitalar Lisboa Ocidental. Os próximos episódios desta primeira temporada abordarão temas como: cancro colorretal, cancro da mama, dois dos tipos de cancro mais frequentes em Portugal e no Mundo, e cuidados paliativos. Estes episódios estarão disponíveis nas redes sociais da revista Cuidar, Canal de Youtube da Pierre Fabre, na plataforma Spotify e nas redes sociais das associações mencionadas

Este é um projeto inovador que “dá voz” a quem passou por alguma forma de doença oncológica com o intuito de transmitir uma mensagem positiva e motivadora, mas também informativa, a quem esteja a passar pela mesma experiência. O podcast ‘Oncologia no Ar’ diferencia-se por criar um espaço intimista e de partilha, entre doentes e profissionais de saúde onde se abordam temas diversificados relacionados com o percurso do doente, bem como, com a experiência do médico oncologista nos diferentes contextos oncológicos. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um quarto da população portuguesa terá, durante o período de vida, uma doença oncológica e que o cancro levará à morte cerca de 10% dessas pessoas. Valores que preocupam, mas que correspondem aos últimos dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística sobre as principais causas de morte em Portugal em 2018 - uma em cada quatro mortes deveu-se a tumores malignos. Estima-se que o número de diagnósticos de cancro tenha diminuído durante o ano de 2020, devido à pandemia de covid-19. É assim necessário investir cada vez mais na sensibilização para o tema, na necessidade do diagnóstico precoce e numa maior literacia em saúde, áreas de atuação para as quais se pretende contribuir com o “Oncologia no Ar”.

Sociedade Portuguesa de Pneumologia divulga dados de inquérito
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) revelou, a propósito do Dia Mundial sem Tabaco, os resultados de um inquérito...

Já após o primeiro confinamento, entre maio e julho de 2020, a SPP realizou um primeiro questionário sobre este mesmo tema (e que obteve 1008 respostas) tendo, este ano, entre os meses de abril e maio, lançado um novo inquérito online (que obteve 1232 respostas) com o mesmo intuito de avaliar o impacto da pandemia e do isolamento social no consumo de produtos de tabaco, mas considerando também as consequências deste período na saúde mental.

José Pedro Boléo-Tomé, responsável pela apresentação dos dados, destaca, como principal conclusão do inquérito, “o aumento significativo das pessoas que agravaram o seu consumo em 2021”. “De destacar também que se mantém uma elevada proporção de intenção de parar e escasso recurso a apoio médico – há muitos estudos que demonstram que a percentagem de fumadores que gostaria de deixar de fumar, e que até já fez tentativas para deixar, é bastante elevada, portanto, muitas vezes as pessoas não o fazem porque não têm acompanhamento e têm recaídas, sofrem com abstinência da nicotina e, por isso, é que não avançam” refere o médico pneumologista.

Apesar da amostra não ser representativa da população, por ser uma amostra de conveniência, não se encontraram diferenças significativas entre os dois grupos no que diz respeito à idade, sexo, nível de escolaridade e distribuição geográfica. No primeiro grupo (inquérito de 2020) verificou-se que cerca de 1/3 dos fumadores aumentaram o consumo, 1/3 mantiveram o consumo e 1/3 diminuíram o consumo de tabaco, no entanto, no segundo grupo (inquérito de 2021) houve significativamente mais fumadores a aumentar e menos a diminuir o consumo de tabaco, refletindo, muito provavelmente, o impacto de um confinamento tão prolongado sobre a saúde mental e a falta de consultas de apoio ao fumador, que se verificaram durante este período.

Tabagismo e saúde mental

Estes resultados foram apresentados na sessão digital “Tabagismo e Saúde Mental – retrato de uma pandemia” por Gustavo Jesus, que reforçou a relação entre a ansiedade, a depressão e o consumo de tabaco. Segundo o psiquiatra do Centro Hospitalar de Lisboa Central, o tabaco tem, numa fase inicial, um efeito ansiolítico, ou seja, “acalma os sintomas de ansiedade”. Contudo, numa fase de dependência, o tabaco acaba por ser causa de ansiedade - “as pessoas ficam ansiosas quando sentem privação do cigarro”. Ora, em período de confinamento, marcado por um aumento da ansiedade, da angústia e da incerteza, era de prever um aumento do consumo de produtos de tabaco, explicou o psiquiatra.

Qual a relação?
Sabia que a hormona tiroideia tem uma ação tanto no número de batimentos por minuto (frequência card

De acordo com as estimativas, as doenças da tiroide afetam cerca de um milhão de portugueses e os seus efeitos fazem-se sentir ao longo de praticamente todos os sistemas do organismo. Segundo a endocrinologista Inês Sapinho, a verdade é que “o mau funcionamento da tiroide, seja por excesso ou por defeito de hormonas tiroideias, tem um impacto muito grande na nossa vida, originando vários sintomas como cansaço, mal-estar, stress ou alterações no peso”.

Provavelmente, já ouviu dizer que estes sintomas são tão inespecíficos que “podem confundir-se com um conjunto de sintomas associados a outras doenças, levando os doentes a desvalorizá-los e a adiar a procura de um médico, ou muitas vezes a procurarem outros especialistas antes de recorrerem ao Endocrinologista”. No entanto, convém estar mesmo atento ao mais pequeno sinal de alerta.

Entre as disfunções da tiroide mais comuns estão o Hipotiroidismo, “quando há diminuição de produção das hormonas” e o Hipertiroidismo, “quando estamos perante excesso de hormonas tiroideias”, esclarece a especialista acrescentando que na origem destes distúrbios está a doença autoimune da tiroide. Não obstante, a história familiar ou residir em regiões de carência de iodo são fatores que contribuem igualmente para o desenvolvimento das alterações da tiroide.

“No hipertiroidismo temos um aumento da velocidade do nosso organismo, pelo que as queixas mais frequentes são a agitação, ansiedade, insónias, palpitações, aumento do trânsito intestinal, intolerância ao calor, aumento da sudorese e emagrecimento associado muitas vezes ao aumento de apetite”, explica quais às principais queixas desta disfunção.

Em casos de hipotiroidismo, o cansaço, a apatia, o humor depressivo, a dificuldade em perder peso e intolerância ao frio apresentam-se como as queixas mais frequentes.

A tiroide e o coração

Com uma ação direta sobre o desempenho cardíaco, a Tiroide desempenha um papel importante para a saúde cardiovascular.

De acordo com Inês Sapinho, “a hormona tiroideia tem uma ação tanto no número de batimentos por minuto (frequência cardíaca), como na força com que o coração contrai e consegue bombear o sangue para as diversas partes do corpo (débito cardíaco)”. Deste modo, se a quantidade de hormonas em circulação não for suficiente – algo que acontece no hipotiroidismo -, a frequência cardíaca e força de contração diminuem. Nos casos em que esta deficiência é severa podemos estar em risco de sofrer de insuficiência cardíaca.

“Pelo contrário, se existir um excesso de hormonas (hipertiroidismo), inicialmente o coração começa por bombear com mais força, mas o desgaste do próprio músculo cardíaco faz com que este efeito se perca. A frequência cardíaca aumenta de forma significativa nestes doentes, podendo até ocorrer arritmias fatais”, explica a especialista em endocrinologia.

Quando não atempadamente diagnosticada ou devidamente tratadas, estas disfunções podem levar “a situações de urgência ou emergência”, alerta a médica esclarecendo que “dois exemplos claros são as arritmias cardíacas graves em situações de hipertiroidismo e o coma no hipotiroidismo”.

“Nestas situações limite o internamento é urgente, pois várias medidas para reverter a situação grave aguda são necessárias. Mas, regra geral, o hipotiroidismo tem um tratamento simples e muito eficaz, com a toma única de hormona tiroideia em jejum. As doses dependem de vários fatores (idade, gravidez, doenças associadas) e vão sendo ajustadas regularmente em função das análises realizadas periodicamente”, adianta quanto ao tratamento.

No caso do hipertiroidismo, o tratamento pode consistir na utilização de medicamentos, na realização de tratamento com iodo radioativo ou em tratamento cirúrgico. “Estas opções devem ser tomadas com o doente, após o devido esclarecimento e tendo em conta a idade, doenças associadas ou, por exemplo, o desejo de gravidez”, sublinha Inês Sapinho.

Nos doentes com patologia cardíaca, a vigilância regular e a toma adequada da medicação prescrita são fundamentais. Para pessoas que têm já diagnóstico de doença cardíaca, as disfunções da tiroide podem agravar os problemas já existentes ou despoletar novas situações.

“Assim, sempre que um doente com patologia cardíaca conhecida sente alguma alteração do seu quadro clínico deverá recorrer ao seu médico assistente e, eventualmente, a avaliação da função tiroideia deve ser realizada”, afirma a médica exemplificando: “um dos medicamentos habitualmente prescritos para o controlo de arritmias pode desencadear alterações da função tiroideia, pelo que nestas situações a vigilância regular deve ser realizada. Por outro lado, num doente com patologia cardíaca que tem estado controlada e sem causa aparente para uma alteração do seu estado clínico, deverá suspeitar-se de alterações da função tiroideia”.

Agora que já sabe por que motivo bom controlo da função tiroideia é tão importante para a saúde do seu coração, esteja atento!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vacina contra a Covid-19
Segundo o coordenador da Task Force do Plano de Vacinação, o Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo, a população com mais de 20...

“Vamos acabar a vacinação das pessoas acima de 30 anos entre fim de julho e início de agosto e nessa altura vão começar a vacinar-se as pessoas com 20 anos”, avançou Henrique Gouveia e Melo aos jornalistas à margem da conferência “Portugal eHealth Summit”.

O coordenador da Task Force explicou que, quando se chegar à faixa etária dos 18 anos, estará vacinada de “grosso modo” mais de 90% da população.

“É muito pouco provável que, com essa taxa de vacinação, o vírus continue a persistir de forma endémica na população”, afirmou, acabando “por morrer” porque não tem como se propagar na comunidade.
Por isso, disse ainda o coordenador, pode não ser necessário vacinar as crianças porque, ao vacinar-se 70%, 80%, 90% da população, está-se a proteger as crianças.

 

Iniciativa surge no âmbito do Dia Mundial da Crianças que se assinalou ontem
A Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil e do Programa Nacional de Prevenção da...

A criação da “Carta da Criança nos cuidados de saúde primários” foi desenvolvida pelo IAC em parceria com a DGS, com apoio da Câmara Municipal de Lisboa.

De acordo com a nota dibulgada pela Direção Geral da Saúde, este projeto nasceu com o objetivo de “sensibilizar profissionais, famílias e as próprias crianças sobre os seus direitos, no contexto dos cuidados de saúde primários, que têm sido a prioridade em detrimento de internamentos e tratamentos em meio hospitalar”. E surge no seguimento da Carta da Criança Hospitalizada, adotada em 1988 em Leiden e editada em Portugal em 1996, pelo IAC, que consagra os direitos da criança antes, durante e depois de um internamento hospitalar, com os objetivos de sensibilizar a comunidade em geral para os direitos da criança nos serviços de saúde e aumentar a literacia em saúde das crianças e famílias.

 

 

Saúde infantil
Poderá ter ouvido o termo “Osteopatia Craniana” em conversa com seu médico de família, parteira, out

O que é osteopatia craniana?

Osteopatia craniana é uma forma subtil de tratamento osteopático. Geralmente é usado para tratar bebés e crianças, envolve uma manipulação suave da cabeça e da coluna para aumentar o conforto.

Quando precisa um bebé de Osteopatia craniana?

Quando uma criança nasce, muitas vezes pode sofrer traumas onde absorve o estresse do trabalho de parto. Isso pode levar o bebé a ter um formato craniano abnormal e algumas contusões.

Embora isso normalmente se resolva nos primeiros dias, o bebé chorar, chupar e bocejar, às vezes este processo de recuperação fica incompleto. O seu bebé poderá sentir desconforto se não for diagnosticado, o que pode levar a queixas crónicas. É aqui que a osteopatia craniana pode intervir.

O tratamento também pode ser usado para ajudar bebés particularmente “inquietos” ou crianças pequenas que têm problemas no âmbito do sono.

O que envolve o tratamento?

Esta forma de tratamento osteopático encoraja suavemente a liberação de tensões em todo o corpo. Existem pequenas flutuações de movimento dentro do corpo chamadas movimentos involuntários.

 Ao colocar as mãos no corpo de uma criança, um Osteopata craniano pode sentir uma suave expansão e contração de todos os tecidos. Quando esses movimentos são perturbados, como no parto, a Osteopatia craniana pode fazer a criança sentir-se mais confortável.

A Osteopatia craniana pode ser uma forma muito suave e segura de Osteopatia, que utiliza técnicas manuais para fazer mudanças subtis e profundas no corpo. Trata-se de um método não-invasivo e o seu objetivo é reequilibrar os sistemas do corpo para permitir que eles funcionem efetivamente.

Quais são os benefícios da Osteopatia craniana?

 Em bebés e crianças, os ossos ainda são flexíveis e muitos sistemas do corpo, como o sistema gastrointestinal, são imaturos e podem ser influenciados pela Osteopatia craniana.

Além dos bebés, a Osteopatia craniana também pode ajudar crianças mais velhas. Isso ocorre quando a criança cresce: os efeitos da moldagem retida podem levar a outros problemas. Isso pode incluir efeitos prejudiciais sobre as reservas do corpo e o esgotamento do sistema imunológico, deixando a criança mais propensa a infeções.

Com um movimento dos ossos ao redor da face disfuncionais, isto pode levar à insuficiente drenagem do canal auditivo, das cavidades paranasais, o que por sua vez costuma levar a infeções de ouvido recorrentes, e até perda de audição e problemas respiratórios. Osteopatia craniana pode ajudar a aliviar esses sintomas.

O que acontece se o trauma não for tratado?

Os bebés que sofreram um parto traumático também podem ter problemas comportamentais e dificuldades de aprendizagem se os efeitos não forem tratados.

Os pais devem procurar tratamento osteopático caso os bebés chorem persistentemente, sintam-se geralmente irritados, com cólicas ou com muitos gases. Esses sintomas podem ser resultado de vários fatores associados à retenção de moldagem e à subsequente sensação de pressão na cabeça. O bebé precisará, portanto, de movimentos constantes para distraí-lo do desconforto e ajudá-lo a acomodar-se.

Aconselhamos a observar o seu bebé para ver se este aparenta sofrer das seguintes queixas: dificuldade em deglutir ou mamar, enjoar após as refeições, não gostar de ficar de costas, não gostar que lhe toquem na cabeça, resfriados e tosses recorrentes assim como outras condições torácicas, muita cera nos ouvidos, olhos pegajosos, estrabismo, problemas comportamentais em bebés e crianças como não ficar parado, falta de concentração e birras excessivas. Molhar a cama ou relutância em utilizar a casa de banho.

Osteopatia craniana no auxílio nos problemas do sono do bebé

Um dos benefícios frequentes da osteopatia craniana é ajudar o bebé a dormir e regularizar um sono saudável durante toda a noite.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

Páginas