Projeto de investigação vai ser apresentado na próxima semana
Visando prevenir a repercussão na saúde mental da contínua exposição à adversidade dos bombeiros na sua atividade e melhorar a...

Iniciado em janeiro de 2020, seguindo trabalho prévio da equipa clínica, o estudo, designado “DECFIRE - Treino da tomada de decisão crítica e gestão do stress pós-traumático nos técnicos de combate a incêndios”, envolve a participação de mais de 200 bombeiros do distrito de Coimbra e tem como parceiros o Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicológico, CRI de Psiquiatria – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC, IP) e a Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra.

Os dados prévios já obtidos pelo grupo de trabalho clínico especializado na área do trauma confirmam a «exposição frequente a vivências potencialmente traumáticas. 82% dos participantes no estudo já estiveram expostos a mais de 20 situações potencialmente traumáticas. A exposição continuada a este tipo de situações poderá vir a colocar em causa os seus mecanismos de funcionamento normais e condicionar a emergência de problemas ao nível da saúde mental», afirma Miguel Castelo-Branco.

O docente da Faculdade de Medicina da UC e investigador do Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research (CIBIT/ICNAS) explica que o projeto DECFIRE, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), explora os «processos cerebrais

envolvidos na tomada de decisão crítica em condições extremas de combate a incêndios e a forma de melhorar a tomada de decisão nessas situações».

Estes processos, clarifica, «são estudados através de eletroencefalograma e imagem por ressonância magnética funcional, mas também com recurso a ambientes de realidade virtual. Foram desenvolvidos simuladores específicos para o projeto, capazes de simular de forma realista situações de combate a incêndios. Deste modo, os participantes no estudo são expostos a cenários de situações de tomada de decisão desafiadoras, mas realistas, o que nos permite estudar a perceção de risco e o controlo emocional em situações extremas».

«O domínio do fogo florestal é bastante diferente de outros cenários de emergência em termos de cenários operacionais e fontes de incerteza. Os bombeiros precisam da capacidade de treinar situações e cenários inerentemente inseguros e difíceis de reproduzir, ou impossíveis devido a restrições ambientais, comunitárias e regulatórias», justifica.

Os resultados obtidos até agora no âmbito do DECFIRE vão ser apresentados na próxima segunda-feira, dia 31 de maio, pelas 21h30m, durante um webinar sobre “A atividade de Bombeiro(a): Impactos do Stress na Saúde e Qualidade de Vida”, que, de acordo com a organização, pretende «discutir o impacto do stress resultante do combate a incêndios na saúde e na qualidade de vida dos bombeiros e das suas famílias». O evento reúne bombeiros e suas famílias, profissionais de saúde e cientistas.

Miguel Castelo-Branco salienta ainda que o projeto inclui um plano de «disseminação com demonstrações práticas para bombeiros, fornecendo oportunidades privilegiadas de treino em situações e cenários específicos de combate e domínio do fogo, inerentemente inseguros e de reprodução difícil fora do contexto de treino». Passará também, conclui, por «sensibilizar os bombeiros e famílias, profissionais de saúde, associações corporativas e comunidade em geral para o impacto na saúde decorrente da exposição continuada à adversidade e para a importância na prevenção e ajuda precoce».

O webinar, que contará ainda com as intervenções de Carlos Santos (Diretor dos CHUC), Rosa Reis Marques (Presidente da ARSC), João Rodrigues (Vice-Presidente da ARSC), Fernando Carvalho (Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra), João Redondo (Médico Psiquiatra) e Vítor Rodrigues (FMUC), pode ser seguido através dos seguintes links: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/82185186471https://www.uc.pt/en/uid/cibit/ScienceSociety/WebinarDECFIRE/ ou https://www.facebook.com/decfire.coimbra

Webinar LadoaLado.Com: Competências Avançadas e Diferenciadas – Novos Desafios do Cuidar
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai organizar mais um webinar LadoaLado. Com o tema ...

Esta sessão “será um momento de formação e discussão aberta entre pares e futuros enfermeiros sobre a importância das novas competências para obtenção de conhecimentos, técnicas e formas inovadoras de cuidar, capazes de superar os desafios e problemas que diariamente enfrentam no desempenho das suas funções”.

De acordo com o comunicado, Paula Cristina Marques, Vogal Suplente da Mesa da Assembleia Regional e Membro do Júri Nacional para efeitos de atribuição de Competências Diferenciadas; Rui Macedo, Vogal do Conselho de Enfermagem Regional; e Olinda Oliveira, Secretária do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Enfermeiros e Membro do Júri Nacional para efeitos de atribuição de Competências Diferenciadas serão os palestrantes convidados.

A moderação estará a cargo de Nuno Pereira, Secretário da Mesa da Assembleia Regional. A SRCentro faz ainda saber que “a atividade está aberta a enfermeiros e estudantes de enfermagem com interesse pelo assunto, atribuindo 0,35 Créditos de Desenvolvimento Profissional”.  

A inscrição gratuita, mas obrigatória no Balcão Único AQUI.

 

 

Dia Mundial marca o início do Mês da Saúde Digestiva
A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) alia-se às celebrações da Organização Mundial de Gastroenterologia (WGO) que,...

A escolha deste tema visa promover a consciencialização para aquela que é considerada a pandemia do século XXI, mais letal, inclusive, do que a Covid-19: a obesidade. “Se sofre de obesidade, estamos consigo nesta luta” é a mensagem que a SPG deixa aos portugueses, no filme hoje apresentado com o objetivo de lançar um alerta à população para este problema e destacar o seu grande impacto nas doenças do aparelho digestivo. 

No que respeita à Saúde Digestiva, está provado o aumento dos cinco cancros do aparelho digestivo (cancro do esófago, estômago, pâncreas, fígado e cólon) nas pessoas com obesidade. Além de encurtar a esperança média de vida, a obesidade é um fator de risco para várias doenças do aparelho digestivo, como por exemplo o refluxo gastroesofágico, a obstipação, a doença do fígado (cirrose), entre muitas outras.

“Sabemos que cerca de 75% dos doentes obesos têm doença hepática não alcoólica, o que se reflete num aumento significativo de doença hepática avançada, de cancro de fígado e de necessidade de transplante. Mais de metade da população adulta da União Europeia é obesa, o que justifica o motivo por detrás da escolha do tema do Dia Mundial da Saúde Digestiva”, refere Guilherme Macedo, vice-presidente da SPG e presidente-eleito da WGO. Acrescenta ainda que “o gastrenterologista tem um papel fundamental, trabalhando em conjunto com equipas multidisciplinares, no combate a esta pandemia que se agrava anualmente e que atinge muito a Saúde Digestiva”.  

A obesidade representa também despesas de mais de 81 mil milhões de euros para as economias europeias. Esta realidade reforça a urgência de uma resposta que congrega todos aqueles que convivem com esta pandemia como equipas de saúde multidisciplinares, indústria farmacêutica, nutricionistas, decisores políticos, pessoas afetadas e demais população.

Em conjunto, devem ser adotadas soluções para um problema mundial de saúde pública que pode ser prevenido e se tem agudizado na última década, representando uma das principais causas de doenças digestivas crónicas e também responsável pelo aumento do risco da mortalidade global.

“A adoção de estilo de vida saudável, uma dieta equilibrada, a prática exercício físico regular e consultas regulares com um gastrenterologista são essenciais para evitar a obesidade e todos os riscos que esta acarreta e promover a Saúde Digestiva, que tanto influencia a sua saúde global!”, recomenda a SPG.

“Movimento 50+”
177 pessoas que realizaram o teste de pesquisa de sangue oculto nas fezes no âmbito da campanha de sensibilização para a...

Nesta iniciativa, que decorreu de 15 de março a 14 de abril em 292 farmácias aderentes, foram realizados testes a um total de 4.190 indivíduos, com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos, na sua maioria mulheres (57%). Os resultados negativos ultrapassaram os 95%. Já os testes positivos fixaram-se nos 4,2%, em que nestes casos existiu uma recomendação para consulta médica com o objetivo de análise da situação e definição de próximos passos, nomeadamente a realização de colonoscopia, de acordo com as guidelines nacionais.

Em termos geográficos, o distrito de Lisboa foi o distrito com maior número de rastreios realizados (2.036), seguido do Porto (436), Setúbal (267), Coimbra (210) e Castelo Branco (197).

Katrien Buys, Diretora de Estratégia, Inovação e Sustentabilidade do Grupo Ageas Portugal, refere que “os resultados da campanha superaram as expectativas, o que reforça a importância desta iniciativa, especialmente num momento em que os rastreios e a prevenção passaram para segundo plano. O cancro colorretal é um dos tipos de cancro mais comuns e a sua incidência continua a aumentar, pelo que é urgente sensibilizar e incentivar os portugueses para o rastreio, permitindo identificar a doença numa fase inicial e salvar vidas. O nosso objetivo passa por continuar a abraçar este tipo de iniciativas e contribuir, de alguma forma, para a melhoria da saúde dos portugueses”.

Isabel Luz, Diretora Técnica da Farmácia Rainha do Douro, em Carrezeda de Ansiães, uma das farmácias participantes na campanha, comenta que “os utentes mostraram-se muito interessados em participar na campanha, principalmente num período como este em que muitos diagnósticos ficaram por fazer”.  A farmacêutica destaca a proximidade da rede de farmácias, sublinhando que “estamos perto das pessoas, conhecemos bem os nossos utentes, eles confiam em nós, estamos numa posição privilegiada para este tipo de iniciativas”.

Sensibilizar para a deteção precoce do Cancro Colorretal é uma das principais missões do “Movimento 50+”, que através de uma campanha nacional apoiada pela Fundação Ageas, Médis, Farmácias Portuguesas, Fundação Millennium bcp, Fundação Calouste Gulbenkian, Europacolon Portugal, Alliance Healthcare e Laboratório Germano de Sousa, permitiu testar mais de 4.000 portugueses, com o objetivo de prevenir esta doença.

Mais informações no infográfico e em https://www.medis.pt/cancro-colorretal

 

E já há mais países interessados
Em março, a Rússia anunciou que tinha registado o que dizia ser a primeira vacina contra a Covid-19 específica para animais....

Embora os cientistas digam que não há evidências de que os animais apresentam um papel significativo na propagação da doença aos seres humanos, as infeções foram confirmadas em várias espécies em todo o mundo, como cães, gatos, macacos e visons.

As autoridades estimam que o período de imunidade após a vacina Carnivak-Cov é de seis meses.

Julia Melano, assessora do diretor da Rosselkhoznadzor, disse, citada pela BBC, que as clínicas veterinárias estavam a assistir a um aumento dos pedidos de vacinação por parte de "criadores, donos de animais de estimação que viajam com frequência e também cidadãos cujos animais vagueiam livremente”.

Atualmente, está a ser desenvolvida outra vacina, específica para animais, pela empresa farmacêutica veterinária norte-americana Zoetis.

Países com os Estados Unidos, Argentina, Coreia do Sul e Japão já mostraram interesse na Carnivak-Cov.  

 

Crise climática
Um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta que o aumento médio das temperaturas pode exceder &quot...

No entanto, os peritos sublinham que este aumento não seria uma violação do Acordo de Paris, uma vez que o valor que realmente conta é a continuação da evolução das temperaturas ao longo dos anos. Em 2016, considerado mais quente da história, isto aconteceu ao longo de dois meses.

Recorde-se que o Acordo de Paris, assinado por 195 países, estipula o compromisso de manter o aumento da temperatura global neste século "bem abaixo dos dois graus Celsius, continuando os esforços para limitar o aumento para 1,5 graus". COP 26 de Glasgow, que decorrerá em novembro deste ano, já é considerado o momento crítico da ação climática para evitar que esse limite seja ultrapassado. Os cientistas alertam que a temperatura global pode subir até três graus até ao final do século com o atual nível de emissões.

"Estamos a falar de mais do que estatísticas", avisou o secretário WMO Petteri Taalas. "Este estudo mostra que estamos a aproximar-nos inexoravelmente para o objetivo inferior do Acordo de Paris. Deve servir-nos como uma chamada de atenção para elevarmos os nossos compromissos e alcançar a neutralidade carbónica."

"Ainda não alcançamos o teto máximo, mas estamos perto", avisa.

Leon Harmanson, cientista do Gabinete de Meteorologia, em declarações à BBC, fez saber que se olharmos para "o aumento comparativo das temperaturas e o aumento experimentado na última metade século”, chegamos à conclusão de que “temos pouco tempo e que precisamos de ação forte agora” no combate à crise climática.

 

Várias iniciativas previstas
Sensibilizar para uma patologia que afeta cerca de 2,2 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 8000 em Portugal, e, ainda...

Entre as atividades previstas para marcar esta efeméride com tanto significado para todos aqueles que vivem ou convivem com a patologia, a SPEM propõe um conjunto de as iniciativas digitais, como o Podcast "Minuto com a EM", um espaço com periodicidade semanal (segundas e quartas-feiras), onde durante 2 minutos são debatidas temáticas acerca das principais questões da Esclerose Múltipla.

Segue-se a Série documental “tEMos voz”, que estreou dia 15 de maio, onde são retratados diversos testemunhos de Pessoas com EM. Os episódios saem todos os sábados e domingos no canal de YouTube da SPEM - SPEM TV.

“3EM’ Linha”, um programa de entrevistas em direto no Instagram oficial da SPEM transmitido todas as terças e sextas-feiras, do mês de maio, pelas 21h - Instagram oficial da SPEM e “Tune in for MS”, um evento que, em colaboração com a Federação Internacional da Esclerose Múltipla” pretende “conectar a comunidade; desafiar barreiras sociais, as quais fazem com que as Pessoas com Esclerose Múltipla se sintam mais solitárias ou socialmente isoladas; e lutar por melhores serviços, celebrando as redes de apoio já existentes e sublinhando o self-care (cuidado individual/autocuidado)”. Neste sentido, no dia 30 de maio, às 14h, será transmitido um evento de talentos a nível internacional, que junta artistas com Esclerose Múltipla ou artistas simpatizantes da causa por todo o mundo.

Além disso, organiza um Webinar em colaboração com os profissionais pela consulta de Esclerose Múltipla da ULS Matosinhos. No dia 28 de maio, às 18h. A sessão será realizada através da plataforma Zoom, Facebook e Canal de Youtube da SPEM.

As iniciativas físicas do Dia Mundial da Esclerose Múltipla contemplam o “Fim-de-semana da EM – Caminhada e Piquenique”, que terá lugar nos dias 29 e 30 de maio.

De forma a incentivar a participação neste fim de semana da Esclerose Múltipla, a SPEM desafia os participantes a vestirem a camisola do Dia Mundial e a publicarem uma fotografia nas redes sociais, identificando a conta oficial da SPEM com as hashtags #diamundialdaEM2021 #emconexões #EMForça. As camisolas, com ilustrações e mensagens de sensibilização e alerta, podem ser adquiridas através da SPEM.

Ainda no âmbito do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, a SPEM está a trabalhar no sentido de levar a debate na Assembleia da República o estatuto do doente com Esclerose Múltipla e reforçar alguns pontos do Consenso Nacional de Esclerose Múltipla, tais como: Combater a estigmatização e discriminação das PcEM; Criar um Registo Nacional da EM; Criar Centros de Referenciação/Excelência para a EM; Apoiar os farmacêuticos de proximidade; e Promover a Formação em EM.

Para conhecer melhor as iniciativas poderá consultar o programa aqui: https://spem.pt/comunicacao/imprensa/dia-mundial-da-esclerose-multipla-2021/  

 

Estudo
Com base em várias pesquisas laboratoriais, uma equipa de investigação da Goethe University, em Frankfurt, afirma ter...

Os investigadores, num estudo que ainda não foi analisado por especialistas, afirmaram que as vacinas Covid-19 que usam vetores de adenovírus - vírus frios usados para fornecer material da vacina - enviam parte da sua carga útil para o núcleo das células, onde algumas das instruções para fazer proteínas coronavírus podem ser mal interpretadas. As proteínas resultantes podem desencadear distúrbios de coagulação sanguínea num pequeno número de recetores, sugerem.

Cientistas e reguladores de medicamentos nos Estados Unidos e na Europa têm procurado uma explicação para a causa de coágulos raros, mas com risco de vida, acompanhados por uma baixa contagem de plaquetas, o que levou alguns países a parar ou limitar o uso de vacinas AstraZeneca e J&J.

Num comunicado divulgado por e-mail, a Johnson&Johnson declarou estar “a apoiar a investigação e análise em curso deste evento raro enquanto trabalhamos com especialistas médicos e autoridades de saúde globais. Estamos ansiosos para rever e partilhar os dados à medida que estes ficam disponíveis." No entanto, a AstraZeneca não quis prestar qualquer declaração.

Investigadores da Goethe University em Frankfurt e outros centros explicaram no seu artigo que as vacinas que usam uma tecnologia diferente conhecida como RNA mensageiro (mRNA), como as desenvolvidas pela BioNTech com o seu parceiro Pfizer e Moderna, fornecem o material genético da proteína do pico coronavírus apenas ao líquido dentro das células, não no âmago deles. "Todas as vacinas baseadas em mRNA devem representar produtos seguros", lê-se no documento.

O artigo sugere ainda que os fabricantes de vacinas que usam vetores de adenovírus podem modificar a sequência de proteína de pico "para prevenir reações indesejadas e aumentar a segurança destes fármacos".

 

Situação Epidemiológica
Nas últimas 24 horas, não foi registado nenhum óbito associada à Covid-19. Já o número de infeções identificadas, desde o...

Segundo o boletim divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde, foram diagnosticados 572 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 264 novos casos e a região norte 159. Desde ontem foram diagnosticados mais 64 na região Centro, 22 no Alentejo e 11 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 14 infeções e 38 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 233doentes internados, o mesmo número registado ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos contam com o mesmo número de doentes: 53.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 467 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 807.532 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.452 casos, mais 105 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.221 contactos, estando agora 21.834 pessoas em vigilância.

Sessão virtual
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), promove entre hoje e amanhã, a 4ª edição da conferência...

De acordo com o comunicado do INSA, a ICFC 2021 é dedicada aos desafios futuros na área da segurança alimentar e saúde humana, “este ano relacionados com a exposição precoce a contaminantes químicos e o seu impacto na saúde humana, nomeadamente os riscos associados à exposição de populações vulneráveis a contaminantes nos alimentos e os efeitos tóxicos decorrentes da exposição precoce a estes contaminantes”.

Trata-se de “um evento multidisciplinar onde investigadores de todo o mundo, independentemente da sua experiência e notoriedade, podem partilhar ideias e conhecimento sobre a saúde humana e os contaminantes alimentares”.

Segundo o INSA, a principal via de exposição a contaminantes químicos é a via alimentar, “pelo que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) estabeleceu como obrigatória a análise dos riscos (Risk Analysis) associados à cadeia alimentar”. Esta avaliação, esclarece, “pretende estudar os efeitos adversos para a saúde, que resultam da exposição do homem a perigos com origem nos alimentos”.

 

Covid-19
Portugal vai receber mais de 1,4 milhões de vacinas contra a Covid-19 nos próximas dias, permitindo um acelerar o processo de...

“Estima-se que cheguem a território nacional cerca de 950 mil doses da vacina da Pfizer, 340 mil doses da AstraZeneca, 68 mil doses da Moderna e 88 mil doses da Johnson & Johnson” (Janssen), esta última de toma única, revelou fonte da task force, citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde 

Deste modo, prevê-se que o país receba 1.446.000 vacinas durante os próximos dias, um número que representa cerca de 25% do total de doses entregues a Portugal desde que arrancou o plano de vacinação, a 27 de dezembro de 2020.

De acordo com a task force,  “prioridade passou por vacinar, de forma o mais equitativamente possível entre administrações regionais de saúde”, o maior número de pessoas de diferentes faixas etárias. 

 

Sessões organizadas pela ANEM
Em Portugal, estima-se que existam mais de 8.000 doentes com esclerose múltipla (EM), uma doença crónica e degenerativa que...

Nas últimas décadas surgiram novas terapêuticas que precisam ainda de ganhar aceitação por parte dos gestores de saúde e das agências reguladoras do medicamento, que continuam a utilizar as medidas mais habituais. No entanto, com os ensaios clínicos, o médico consegue acompanhar a atividade da doença e a sua progressão ou estabilização, com o rigor científico exigido na utilização de novos fármacos. Por isso, o primeiro webinar, dia 29 de maio, será sobre “Ensaios Clínicos - O Processo de Dispensa de Medicação”, guiado por Sara Vieira, Farmacêutica Especialista em Ensaios Clínicos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que nos apresentará o tema.

No dia 30 de maio, a sessão será guiada por Carla Cecília Nunes, Neurologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que irá partilhar a sua visão sobre a “Disfunção Sexual na Esclerose Múltipla e Alterações Hormonais na EM”. As alterações a nível do funcionamento sexual destes doentes podem ainda ter grande influência na sua qualidade de vida. Sabe-se que cerca de 44,5%* dos doentes com EM sofrem de distúrbios sexuais importantes, o que leva à perda do desejo sexual, ausência de excitação e orgasmo inexistente. A estes aspetos estão também associados fatores psicossociais e biológicos ainda não resolvidos.

Os dois webinares contarão também com a presença de Grilo Gonçalves, médico Neurologista, que irá moderar estas sessões dedicadas à partilha de conhecimento acerca da Esclerose Múltipla.

 

Estudo contará com mais de 35 mil voluntários acima dos 18 anos
O ensaio clínico de Fase 3, composto por duas etapas avaliará formulações de vacinas tendo como alvo o vírus original D.614,...

A Sanofi e a GSK começaram já deram início ao processo de recrutamento para o ensaio clínico de Fase 3 que irá avaliar a segurança, eficácia e imunogenicidade da sua vacina candidata de proteína recombinante e adjuvada contra a COVID-19. O estudo de Fase 3 global, aleatorizado, em dupla-ocultação, controlado por placebo, incluirá mais de 35.000 voluntários com idade superior a 18 anos, de vários países, incluindo Estados Unidos, Ásia, África e América Latina.

O objetivo primário do estudo é avaliar a prevenção de COVID-19 sintomática em adultos não infetados anteriormente por SARS-CoV-2; os endpoints secundários são aferir a prevenção da COVID-19 grave e a prevenção de infeção assintomática. Numa abordagem de duas etapas, o estudo investigará inicialmente a eficácia de uma formulação de vacina para o vírus D.614 original (Wuhan) e posteriormente será avaliada uma segunda formulação para a variante B.1.351 (África do Sul).

Evidências científicas recentes demonstram que os anticorpos criados contra a variante B.1.351 podem fornecer ampla proteção cruzada contra outras variantes mais transmissíveis1. O estudo de Fase 3, conduzido em diversas geografias, permite também a avaliação da eficácia da vacina candidata contra uma variedade de outras estirpes circulantes.

Após os resultados preliminares encorajadores do recém-terminado estudo de Fase 2, as empresas iniciarão nas próximas semanas um programa adicional de ensaios clínicos para avaliar a capacidade desta vacina candidata gerar uma forte resposta imunitária quando utilizada como vacina de reforço, independentemente da vacina inicialmente recebida.

"Somos encorajados a ver as primeiras vacinas a começarem a ocorrer num estudo tão importante e fundamental da Fase 3, pois acreditamos que a nossa plataforma tecnológica única fornecerá uma opção de vacinação clinicamente relevante", disse Thomas Triomphe, vice-presidente executivo da Sanofi Pasteur. "Adaptámos a nossa estratégia de desenvolvimento de vacinas com base em considerações prospetivas à medida que o vírus continua a evoluir, bem como antecipando o que pode ser necessário num ambiente pós-pandemia. Este ensaio é um testemunho da urgência e da agilidade na nossa abordagem para ajudar a superar o impacto contínuo desta pandemia”, acrescentou.

Segundo Roger Connor, presidente da GSK Vaccines, “são necessárias mais soluções para o combater a COVID-19 e que estas cheguem às pessoas em todo o mundo, especialmente à medida que a pandemia evolui e as variantes continuam a emergir”.  “Ajustar a nossa tecnologia e os nossos projetos de estudo reflete esta necessidade e irá continuar a construir o potencial desta vacina baseada em proteínas adjuvante. Estamos gratos aos voluntários que vão participar nos testes e esperamos que os resultados acrescentem aos dados encorajadores que temos visto até agora para que possamos disponibilizar a vacina o mais rapidamente possível”, afirmou.

O estudo da Fase 3 segue os resultados provisórios da Fase 2 que mostraram que o candidato adjuvante da vacina Covid-19 atingiu altas taxas de neutralização das respostas anticorpos em todas as faixas etárias adultas, com taxas de seroconversão de 95 a 100%. Após uma única injeção, altos níveis de anticorpos neutralizantes também foram gerados em participantes com evidências de infeção SARS-CoV-2 anterior, sugerindo um forte potencial de desenvolvimento como uma vacina de reforço.

Enquanto se aguarda os resultados positivos da Fase 3 e as revisões regulamentares, a vacina poderá ser aprovada/autorizada no 4º trimestre de 2021. O fabrico começará nas próximas semanas para permitir o rápido acesso à vacina caso seja aprovada.

Tratamento homeopático
A menopausa é uma etapa natural na vida de todas as mulheres, supõe o fim da menstruação e resulta d

Na menopausa, o nosso corpo sofre algumas alterações. Este período é vivido na mulher muitas vezes de forma silenciosa, solitária, angustiante, sentindo-se por vezes incompreendida por parte dos que a rodeiam. 

Chegada esta fase e devido à quebra hormonal, podem surgir vários sintomas associados à menopausa, destacam-se as alterações do ciclo menstrual, dores de cabeça, dores abdominais, afrontamentos ("calores") e aumento de peso. Muitas mulheres sentem-se extremamente cansadas, têm insónias, alterações de humor, suores noturnos, secura vaginal, alterações da pele, falta de concentração, dores articulares, entre outros. Porém, este processo é diferente em cada uma de nós, pelo que será de extrema importância aceitar estas mudanças como algo natural, observar e "ouvir" o nosso corpo, de maneira a dar resposta às necessidades que vão surgir nesta fase e tentar minorar alguns sintomas incómodos. 

Há casos de mulheres que conseguem lidar com estes sintomas sem grande desconforto, enquanto outras têm necessidade de controlá-los através de terapêutica. Nestes casos, a Homeopatia pode revelar-se uma boa aliada, sendo bastante eficaz na prevenção e controlo de alguns sintomas e isenta de toxicidade ou de efeitos secundários, podendo igualmente ser usada em combinação com a terapia hormonal.

Segundo o perfil e o quadro clínico do doente, chegaremos ao tratamento homeopático mais adequado. Alguns dos mais comummente utilizados são:

  • Lachesis mutus – indicado no alívio dos episódios de calor e os sufocos;
  • Sepia oficinallis – indicado para a secura vaginal, os sufocos e suores noturnos;
  • Cimicifuga racemosa – contém substâncias estrogénicas que ajudam a aliviar os incómodos provocados na pré e pós-menopausa, especialmente os afrontamentos e a secura vaginal;
  • Ignatia amara – auxilia no tratamento da ansiedade, nervosismo, variações de humor e insónias ocorrentes durante a menopausa;
  • Aurum Metallicum – para o tratamento das cefaleias e enxaquecas, próprias desta fase. 

Num período marcado por tanta mudança hormonal, a Homeopatia pode ser notavelmente eficaz e, em muitos dos casos, a companheira ideal para suavizar e facilitar a transição para uma nova fase da vida da mulher.

A adoção de um estilo de vida saudável será crucial que, juntamente com os medicamentos homeopáticos, vão contribuir muito positivamente no alívio dos sintomas e na prevenção de outros problemas que podem aparecer nesta fase, como a osteoporose, hipertensão e problemas cardiovasculares, diabetes, alterações da tiroide, entre outros. Ter uma dieta equilibrada, praticar exercício físico regular, exposição solar, a prática da meditação, são estratégias que permitem aliviar a sintomatologia deste ciclo de vida da mulher, além de trazerem importantes benefícios para todo o organismo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Com a utilização de novos métodos de imagem
Um estudo realizado no Reino Unido identificou, através da utilização de métodos de imagem de ponta, danos pulmonares em...

De acordo com os investigadores, estes danos não haviam sido identificados nos exames de rotina, como a tomografia computorizada, ou testes clínicos, pelo que os pacientes teriam sido informados de que os seus pulmões não apresentariam qualquer problema.  

Recentemente, num artigo publicado na Revista Radiology, a principal revista de radiologia do mundo, os investigadores da Universidade de Sheffield e da Universidade de Oxford disseram que as ressonâncias xenon hiperpolarizadas (XeMRI) tinham encontrado anomalias nos pulmões de alguns doentes com Covid-19 mais de três meses - e em alguns casos, nove meses - depois de terem saído do hospital, quando outras medições clínicas eram normais.

O principal autor do estudo, Jim Wild, Chefe de Imagiologia e Professor de Investigação de NIHR de Ressonância Magnética na Universidade de Sheffield, afirmou que estas conclusões “são muito interessantes”, explicando que “a Ressonância Magnética de 129Xe está a localizar as partes do pulmão onde a fisiologia da absorção de oxigénio é prejudicada devido aos efeitos de longa duração da Covid-19 nos pulmões, apesar de muitas vezes parecerem normais nas tomografias”.

Fergus Gleeson, professor de Radiologia da Universidade de Oxford e Radiologista Consultor dos Hospitais da Universidade de Oxford (OUH) NHS Foundation Trust, acrescentou que "muitos pacientes Covid-19 ainda estão a sentir falta de ar vários meses depois de terem tido alta hospitalar, apesar das tomografias indicarem que os seus pulmões estão a funcionar normalmente”

Isto significa que os exames de seguimento que usam esta tecnologia de ponta permitem identificar “anomalias, normalmente, não visíveis nos exames regulares”. Anomalias estas que “estão a impedir que o oxigénio entre na corrente sanguínea como deveria em todas as partes dos pulmões”.

O estudo, que é apoiado pelo NIHR Oxford Biomedical Research Centre (BRC), já começou a testar pacientes que não foram hospitalizados com Covid-19, mas que têm frequentado clínicas Covid.

"Temos um longo caminho a percorrer antes de compreender completamente a natureza da deficiência pulmonar que se segue a uma infeção Covid-19. Mas estas descobertas, que são o produto de uma colaboração clínica-académica entre Oxford e Sheffield, são um passo importante no caminho para a compreensão da base biológica da Covid de longa duração e que, por sua vez, nos ajudará a desenvolver terapias mais eficazes."

O grupo de investigação Pulmonar, Pulmonar e Respiratório Sheffield (POLARIS), liderado por Jim Wild da Universidade de Sheffield, foi pioneiro nos métodos, desenvolvimento e aplicações clínicas da ressonância pulmonar de gás hiperpolarizado no Reino Unido, realizando os primeiros estudos de investigação clínica no Reino Unido e o primeiro diagnóstico clínico do mundo com esta tecnologia.

Revela investigação
Num novo estudo, uma equipa de investigação da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong (HKUST) revela que a maioria...

Na sua mais recente pesquisa, a equipa compilou e analisou dados de 18 estudos imunológicos à resposta das células T, envolvendo mais de 850 doentes Covid-19 recuperados de quatro continentes que estão bem distribuídos em idade, sexo, gravidade da doença e tempo de recolha de sangue. Eles demonstraram que as células T nestes pacientes tinham como alvo fragmentos (epítopos) de quase todas as proteínas do vírus, incluindo a proteína do pico que é o principal alvo de muitas vacinas existentes. Como uma descoberta importante, baseada na análise de mais de 850.000 sequências genéticas SARS-CoV-2 de todo o mundo, a maioria destes epítopos parecia não ser afetada pelas variantes que atualmente preocupam as autoridades de saúde.

"Concentrámo-nos especificamente nos doentes Covid-19 recuperados, uma vez que as suas respostas imunitárias são representativas de respostas eficazes contra o vírus", explicou Ahmed Abdul Quadeer, Professor Assistente de Investigação do Departamento de Engenharia Eletrónica e Computação.

"Acreditamos que esta é uma boa notícia, particularmente para as vacinas. Em contraste com as respostas anticorpos que se mostraram afetadas por variantes, a nossa análise sugere que as respostas das células T podem ser relativamente robustas, assumindo que as respostas da vacina imitam as de infeção natural", disse Matthew Mckay, investigador que coliderou este estudo.

Enquanto revelava mais de 700 epítopos celulares T, a análise da equipa identificou 20 epítopos específicos-- a que se referem como imunoprevalentes - que induziram respostas celulares T em múltiplas coortes independentes e numa grande fração de pacientes testados. Destes, cinco apareceram altamente imunoprevalentes, registando respostas celulares T em pelo menos quatro estudos imunológicos distintos.

"Os epítopos imunoprevalentes identificados parecem representar partes do vírus que são comumente alvo por parte das células T em doentes que recuperaram da Covid-19", acrescentou o investigador. "É possível, mas sujeito a uma investigação experimental adicional, que procurar atingir estes epítopos possa desempenhar um papel na contribuição para resultados favoráveis da doença."

Condições de igualdade plena
O Centro Anti-Discriminação (CAD), projeto conjunto da Ser+ e do Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT), apresentou uma nova...

 “Congratulamos este Projeto de Lei que vem corrigir uma discriminação clara que persistia há demasiado tempo em Portugal e que, por exemplo, em França já conta com 20 anos de vigência. Contudo, continua a deixar de fora os doentes crónicos que realizam tratamentos que lhes proporcionam uma qualidade e uma esperança média de vida idênticas às das pessoas abrangidas pela atual proposta. É o caso das pessoas que vivem com VIH, cuja terapêutica permite que vivam de forma saudável e ativa, com uma esperança média de vida equivalente à da população geral”, afirmou Ana Duarte, Coordenadora do CAD.

“É, assim, essencial alargar a abrangência do Projeto de Lei n.º 691/XIV/2.ª, de forma a possibilitar que milhares de pessoas (que vivem com VIH e outras patologias crónicas) possam ter pleno acesso aos seus direitos, nomeadamente o direito de aquisição de uma habitação”, acrescentou.

Recorde-se que o Parlamento aprovou, na generalidade, no passado dia 14 de maio de 2021 o Projeto de Lei n.º 691/XIV/2.ª, que trata do direito ao esquecimento na existência de uma condição médica ultrapassada, o que permite a essas pessoas o acesso ao crédito bancário para compra de casa e a seguros, nomeadamente de vida, em condições de igualdade plena com os restantes cidadãos.

 

 

Investigação em crianças e adolescentes portugueses
O estudo foi realizado por docentes e investigadores da Faculdade de Educação e Psicologia (FEP) da Universidade Católica no...

Os comportamentos alimentares das crianças e jovens nos dias de hoje são cada vez mais um motivo de debate e preocupação principalmente por parte dos pais, captando, por isso, uma crescente atenção dos clínicos e investigadores. Assim, o principal foco desta investigação foi precisamente o de compreender os mecanismos coexistentes entre o comportamento alimentar e o funcionamento psicológico global de crianças e adolescentes através de uma amostra não-clínica. A realização do estudo foi, também, motivada para compreender os problemas da alimentação e da ingestão considerando a perceção dos pais e professores. “Frequency and Correlates of Picky Eating And Overeating in School-aged Children: A Portuguese Population-based Study”, é o nome do estudo desenvolvido por docentes da Faculdade de Educação e Psicologia da Católica no Porto e investigadores do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano (CEDH), tendo como autores Bárbara Cesar Machado, Pedro Dias, Vânia Sousa Lima e Alexandra Carneiro - em co-autoria com Sónia Gonçalves (investigadora do GEPA, Unidade de Investigação em Psicoterapia e Psicopatologia do CIPsi – Escola de Psicologia, Universidade do Minho).

A investigação centrou-se na avaliação de um conjunto diversificado de problemas emocionais e comportamentais, incluindo a presença de picky eating (alimentação restritiva) e overeating (alimentação excessiva), em crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos, numa amostra total de 2687 jovens. Esta avaliação contou com a colaboração de pais, professores e dos próprios jovens, considerando a perspetiva de cada um.

De acordo com Bárbara Cesar Machado, uma das autoras do estudo e docente da Faculdade de Educação e Psicologia, “há poucos estudos que combinem a avaliação do picky eating e do overeating em populações não-clínicas em idade escolar (6-18 anos), sobretudo se procurarmos relacionar aqueles comportamentos alimentares com a co-ocorrência de problemas emocionais e comportamentais.”

A investigadora acrescenta ainda que: “Existem vantagens na compreensão destes comportamentos numa moldura que enquadre os diversos aspetos do funcionamento comportamental, emocional e social das crianças e adolescentes, quer do ponto de vista adaptativo, quer desadaptativo, para além de também serem consideradas as competências das crianças e adolescentes (sociais, escolares e relacionadas com as atividades que desenvolvem)”.

Uma das principais conclusões deste estudo revelou que o picky eating foi identificado em 23.1% dos participantes, sendo este mais comum nas crianças mais novas. Já o overeating foi identificado em 24% dos participantes, sendo mais comum nas crianças mais velhas, com nível socio-económico mais baixo e com excesso de peso. Além disso, os resultados evidenciaram que tanto o picky eating como o overeating estão associados à presença de um conjunto diversificado de problemas emocionais e comportamentais nas crianças e adolescentes, e que por sua vez a presença destes problemas foi preditora do picky eating e overeating.

O principal contributo deste artigo foi reforçar que os resultados da investigação suportam a “possibilidade de um padrão mais vasto de problemas emocionais e comportamentais, potencialmente desadaptativos, poderem estar associados à presença de picky eating e de overeating”. Conclui-se ainda a necessidade de haver um olhar integrador sobre o funcionamento global das crianças e adolescentes quando o objetivo é compreender o terreno favorável para a emergência de problemas da ingestão e alimentação, ao longo das diferentes etapas de desenvolvimento das crianças e adolescentes. De acordo com a autora “Através da utilização da bateria de avaliação ASEBA somos capazes de avaliar o picky eating e o overeating, podendo ajudar a contribuir para o prognóstico, curso e evolução de comportamentos que podem ser transitórios ou, pelo contrário, ter uma duração mais prolongada”.

As águas residuais podem ser usadas para identificar precocemente novos surtos da COVID-19 e investigar a diversidade dos...

Os resultados do projeto de investigação COVIDETECT foram apresentados por Nuno Brôco, vice-presidente da AdP VALOR, numa sessão realizada esta quarta-feira, dia 26 de maio, e que contou com a presença de João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, Marta Temido, ministra da Saúde e Inês dos Santos Costa, secretária de estado do Ambiente.

Lançado em abril de 2020 e financiado pelo FEDER através do programa Compete 2020, o projeto COVIDETECT está a ser desenvolvido por um consórcio integrando várias empresas do grupo AdP, a Ciências ULisboa [Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) e Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL)] e o Laboratório de Análises do Instituto Superior Técnico da ULisboa.

A metodologia desenvolvida para deteção e quantificação do vírus SARS-CoV-2 em águas residuais foi aplicada a cinco Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) localizadas nos grandes centros urbanos de Lisboa, Cascais, Gaia e Guimarães, servindo cerca de 20% do total da população nacional e abrangendo regiões com elevada prevalência da doença. Adicionalmente, monitorizou-se a circulação do vírus nas redes de drenagem dos efluentes do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, do Hospital Eduardo Santos Silva, em Vila Nova de Gaia, e do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães.

No total, foram analisadas 760 amostras de águas residuais, entre 27 de abril e 2 de dezembro de 2020, confirmando-se que os dados obtidos para SARS-CoV-2 a partir das águas residuais não tratadas seguiam, de forma bastante ajustada, os novos casos diários reportados para as regiões em que se encontram as ETAR testadas neste estudo.

Foram analisadas amostras de águas residuais tratadas, tendo-se detetado nalgumas a presença de material genético de SARS-CoV-2 que se confirmou não ter capacidade infeciosa, ou seja, sem potencial para transmissibilidade ou impacto para o meio recetor.

"O COVIDETECT é um projeto piloto de ID&I que juntou competências de diferentes entidades na área da microbiologia, diagnóstico molecular, genómica, estatística e gestão de sistemas de saneamento, com a missão de contribuir para o esforço de acumulação de conhecimento e controlo da pandemia COVID-19. Criou oportunidades de grande interação, quer a nível interno, em Ciências, nomeadamente entre o cE3c e o CEAUL, mas também com os ecossistemas de inovação do setor empresarial do Estado e, ainda, com outras escolas da Universidade de Lisboa”, explica Mónica Vieira Cunha

O consórcio coordenou ainda o estudo de sequenciação do genoma de SARS-CoV-2 de amostras selecionadas de águas residuais colhidas no período do estudo, em diferentes fases da epidemia COVID-19 em Portugal, tendo detetado mutações das variantes da Califórnia e da Nigéria, detetadas no final de outubro em Lisboa e no início de novembro em Serzedelo respetivamente.

Para Mónica Vieira Cunha, professora do Departamento de Biologia Vegetal da Ciências ULisboa, investigadora do cE3c e coordenadora científica do projeto “ficou demonstrada a viabilidade da vigilância precoce da evolução da pandemia através da monitorização das águas residuais, numa perspetiva de complementaridade com a vigilância sindrómica, com particular relevância para entender as tendências de aumento ou diminuição da transmissão comunitária e a ocorrência de surtos, mas também na identificação precoce de mutações das variantes de interesse clinico em circulação na comunidade”.

COVIDETECT colabora com a Comissão Europeia

O consórcio responsável pelo projeto COVIDETECT tem vindo a colaborar com a Comissão Europeia no âmbito da iniciativa pan-europeia relativa à utilização das águas residuais como sentinela da presença do SARS-CoV-2 na população, tendo nomeadamente contribuído para a redação final da Recomendação (EU) 2021/472 da Comissão relativa a uma abordagem comum para o estabelecimento de uma vigilância sistemática do SARS-CoV-2 e das suas variantes nas águas residuais da UE, em 17 de março de 2021.

“Os esforços desenvolvidos neste piloto poderão ser capitalizados, não só pelas autoridades nacionais nas próximas etapas de gestão da pandemia, mas também na capacitação de outras entidades gestoras de sistemas de saneamento e na transferência de conhecimento. Acresce que as ferramentas e procedimentos desenvolvidos no COVIDETECT podem não só ser aplicados a SARS-CoV-2, mas também transpostos para outros vírus, bactérias ou eucariotas, gerando informação sobre a sua abundância em águas residuais brutas, águas residuais tratadas e no ambiente recetor”, conclui Mónica Vieira Cunha.

"O conhecimento e experiência gerados nestes 12 meses foram partilhados com a Comissão Europeia, tendo contribuído, em paralelo com outros países ativos neste domínio, para definir os moldes da Recomendação nº 2021/472 de 17 de março que preconiza a implementação de um sistema de monitorização de SARS-CoV-2 em cerca de 70% da população europeia baseado nas águas residuais”, revela Mónica Vieira Cunha.

 

Aplicação móvel criada por médicos e para médicos
A Alfasigma Portugal e a TONIC APP, startup portuguesa que disponibiliza uma aplicação móvel criada por médicos e para médicos,...

Rui Martins, diretor de Marketing e responsável pela área de Relações Públicas da Alfasigma refere que “a parceria da Alfasigma com a TONIC APP representa mais um passo na nossa visão e missão para proporcionar uma melhor saúde e qualidade de vida aos doentes, ao mesmo tempo que procuramos prestar um melhor serviço a profissionais de saúde. Ao trabalharmos lado a lado com a TONIC APP acreditamos que estamos ainda a acrescentar valor à área da saúde digital”.

Com uma abordagem em 3 áreas distintas, esta parceria dá palco à doença venosa crónica que afeta, no geral, 1/3 da população portuguesa, dos quais cerca de 2 milhões de mulheres com mais de 30 anos de idade1. Também a encefalopatia hepática, uma descompensação muito frequente da cirrose hepática que pode ser muito exigente para a equipa médica, para os cuidadores e para os próprios recursos de saúde. Aos temas apresentados somamos ainda os distúrbios funcionais do intestino que afetam 30% da população portuguesa e com tendência para aumentar, particularmente nos países industrializados. “Ao explorarmos estas patologias através da TONIC APP estamos a aproximar a Medicina Geral e Familiar das restantes especialidades médicas. Um cenário que tem um resultado claro no melhor tratamento dos doentes.” reforça Rui Martins.

Tonic App é uma aplicação móvel portuguesa, criada em 2016, estando atualmente disponível no território nacional e contando já com mais de 19.000 utilizadores portugueses, mas também em Espanha, França e Itália. Em 2018, venceu o segundo prémio da competição de apps médicas da MEDICA, a maior feira de saúde do mundo e foi nomeada pela revista Forbes como uma das 60 startups lideradas por mulheres que estão “a agitar a tecnologia pelo globo”. A Tonic App disponibiliza informação tratada de forma independente por uma equipa especializada, baseada em fontes científicas e de entidades oficiais, o que transmite credibilidade e entrega de valor aos médicos.

 

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