Mesa redonda assinala Dia Internacional da Fenilcetonúria ou PKU
No dia 28 de junho comemora-se o Dia Internacional da Fenilcetonúria ou PKU, uma doença hereditária rara do metabolismo das...

Com início às 18h, este evento é aberto ao público em geral através do portal https://pensarafenilcetonuria.eventovirtual.pt/ e é uma oportunidade para responder a perguntas pertinentes da comunidade. A realização desta mesa redonda pretende desmistificar a PKU, sensibilizar os doentes, familiares, profissionais de saúde e comunidade em geral para o estigma associado a viver com PKU e colocar esta patologia na ordem do dia.

No Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), após o diagnóstico, faz-se a referenciação do processo, encaminhando-o de imediato para os centros de tratamento de modo a garantir o melhor acompanhamento do recém-nascido. Estes centros são reconhecidos pelas suas equipas multidisciplinares que acompanham o doente ao longo da vida. Por isso, a consciencialização para esta patologia rara por parte do doente é meio caminho andado para conseguir gerir melhor a doença e levar uma vida o mais normal possível.

Por isso, Elisabete Almeida, presidente da APOFEN, afirma que “não podíamos deixar de assinalar este dia, que é tão importante para nós, e de participar nesta mesa redonda que pretende trazer algumas questões sobre esta doença para a ordem do dia. Esta doença rara deve ser encarada como uma condição a gerir ao longo da vida, sempre sob o olhar atento de equipas multidisciplinares, que envolve especialistas em Pediatria, Medicina Interna, Nutricionistas, Neurologistas, Psicólogos, Ginecologistas, etc.” As pessoas com esta patologia tendem a “apresentar baixa autoestima, que muitas vezes leva ao isolamento e por esse motivo, sempre que possível, somos a favor de promover o contacto e a troca de experiências entre os doentes para que percebam que não estão sós apesar do condicionamento que esta pandemia trouxe. Continuamos a apostar em ações de sensibilização e de formação para incentivar os doentes e os seus familiares a um bom cumprimento da dieta e da terapêutica que é fundamental para gerir a doença”, refere Elisabete Almeida, também ela doente de PKU.

“O nosso papel, enquanto associação, é conseguir que os doentes e familiares que nos procuram, que pedem ajuda, tenham uma melhor adaptação à doença e uma atitude mais positiva, mas também é lutar por uma maior sensibilização por parte das entidades competentes, com o objetivo de proporcionarem uma melhor qualidade de vida aos doentes”, refere a Presidente. “Para além da APOFEN disponibilizar toda a informação sobre a doença a doentes e às suas famílias, também vamos acompanhando de perto a investigação científica que está a ser feita para uma melhor gestão da doença”, afirma a presidente da associação de doentes.

Opinião
Assumir a liderança de uma associação que representa pessoas com doença, num contexto em que a exper

Quem vive com uma doença crónica conhece bem esse dilema: somos muito mais do que a doença que temos! É sempre difícil dosear o impacto negativo que a doença tem nas nossas vidas, com a mensagem positiva de que, apesar disso, é possível viver as nossas paixões, muitas vezes moldadas nesse diálogo entre os sonhos e as circunstâncias, entre as limitações e as precauções.

No exercício das minhas funções, perguntaram-me um dia como era viver diariamente centrada na doença. Não soube responder, porque nunca encarei a situação dessa forma. Mais do que as doenças em si, preocupam-nos as pessoas e as suas paixões. A ação de uma associação como a Liga não se centra tanto na doença em si, mas nas diversas formas de reduzir o seu impacto na vida das pessoas por ela afetadas, advogando pelo acesso a cuidados de saúde e tratamentos, pela inclusão social e emprego, por proteção social na incapacidade, pelo bem-estar e qualidade de vida e, sobretudo, pelo acesso à informação.

É esse o nosso papel, a nossa paixão. Apenas centrando as nossas ações no apoio, educação, sensibilização, advocacia, cooperação e investigação conseguiremos ajudar os doentes a serem compreendidos e a compreenderem-se a si próprios como pessoas com doença e com toda uma vida além disso.

Por isso e para isso, torna-se necessário mostrar aos outros que, apesar de termos uma doença reumática crónica, não é ela que nos define como pessoas. Apesar do impacto que tem, somos capazes de viver sem necessidade de compaixão, pela resiliência que adquirimos e que deve ser valorizada.

Na Liga valorizamos a experiência de viver com a doença transformando-a em apoio a outras pessoas diagnosticadas, em informação para alertar os decisores políticos para os problemas existentes, em contributos para uma investigação direcionada para as necessidades dos doentes.

Foi essa uma das minhas aprendizagens, desde que me associei. A minha experiência de viver com a doença conta, é importante para os outros, para que saibam mais sobre a doença, sobre o impacto que pode ter e formas como o reduzir para podermos viver uma cidadania plena e as nossas paixões. É dentro deste espírito de partilha que, sendo uma associação que representa todas as doenças reumáticas, conseguimos compreender os problemas comuns e as especificidades de cada uma, como é o caso da Esclerodermia.

Para que aos olhos dos outros sejamos mais do que a doença que temos, precisamos de mostrar que somos muito mais do que a doença e que apesar das dificuldades que ela nos coloca, ou até mesmo por isso, somos capazes de viver diversas paixões e concretizações. O Núcleo de Esclerodermia da Liga muito nos inspira nesse sentido!

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Restrições vão manter-se para evitar contágios
As autoridades japonesas decidiram hoje permitir a entrada de 10.000 espectadores nos Jogos Olímpicos de Tóquio, embora...

A decisão foi anunciada na segunda-feira pelos organizadores de Tóquio 2020, após uma reunião com o Executivo japonês, o Governo Regional de Tóquio e os chefes dos comités olímpicos e paralímpicos internacionais, noticia a agência Efe.

O anúncio surge no mesmo dia em que o estado de emergência de saúde devido ao coronavírus é levantado em Tóquio e noutras regiões do país, embora sejam mantidas restrições para prevenir contágios que afetam principalmente o horário de funcionamento dos bares e restaurantes.

 

Ginecomastia: o que é e como se trata
No Homem, existem 2 fases da vida, em particular, na qual as mamas podem ter um tamanho grande, muit

O caso masculino de mamas muito desenvolvidas é chamado ginecomastia, e ocorre devido à acumulação de gordura (falsa ginecomastia) ou problemas hormonais que ocorrem na adolescência ou adulto maduro, com desenvolvimento anormal da glândula mamária (verdadeira ginecomastia). Podendo ainda haver uma associação de gordura e mama. Esta alteração pode causar traumas psicológicos e complexos graves, principalmente em jovens, causando alterações da sua vida social, afetiva e familiar.

Com a aproximação do Verão, a situação agrava-se por usarem roupas mais leves e justas, notando-se muito as mamas, ou deixarem de ir à praia por terem vergonha e complexos com o corpo. Quando a ginecomastia ocorre de forma natural em jovens, há, raramente, a possibilidade de o problema desaparecer após a adolescência. O tipo de cirurgia indicada depende do volume e intensidade, do tipo de tecido a ser retirado, se se tratar de uma ginecomastia pura, só gordura ou uma associação de ambos.

Na maioria das situações, por terem como principal causa o excesso de gordura, resolve-se através de uma ou mais N.I.L.- Lipoescultura Infrasónica Nutacional. Nos outros casos, em que o predomínio é glandular, tem que se retirar a glândula, procedendo-se a uma mastectomia. Existe ainda a possibilidade da associação das duas técnicas quando a causa é combinada (gordura e glândula). Ambas as cirurgias são realizadas sob anestesia local, sob sedação, com uma pequena incisão (para a lipo) ou uma incisão feita dentro da aréola para retirar a mama em excesso, não havendo alterações definitivas da sensibilidade dos mamilos.

O pós-operatório é bem tolerado, pouco ou nada doloroso e com poucas limitações para a vida habitual.

Pode andar, tomar duche, conduzir e fazer quase tudo a partir do dia seguinte. Exercícios físicos violentos 3- 4 semanas depois da cirurgia (ginásio com tapete/passadeira a partir de 1-2 semanas. Todo o tipo de exercício a partir das 3- 4 semanas). Apanhar sol direto três semanas depois.

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Sensibilizar para estilos de vida saudáveis
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) elogia Cristiano Ronaldo por rejeitar publicamente, numa conferência de...

Miguel Pavão, bastonário da OMD, agradece o gesto do craque português que acredita “poderá ter repercussões para a saúde de milhões de crianças e jovens. As bebidas açucaradas são consumidas em excesso pelas gerações mais jovens, nomeadamente as crianças, fazendo com que existam inúmeras doenças associadas como a obesidade, a diabetes e problemas orais”. 

A conferência de imprensa, em pleno Campeonato Europeu de Futebol, em que Cristiano Ronaldo retirou de cima da mesa duas garrafas de Coca-Cola e disse preferir beber água, tornou-se viral em todo o mundo e lançou o debate sobre os apoios publicitários a grandes eventos desportivos.

Um gesto que o bastonário da OMD agradeceu em carta enviada ao capitão da seleção portuguesa, salientando que “hábitos alimentares inadequados, como a ingestão excessiva de açúcar simples ou adicionados, promovidos pela indústria alimentar, constituem um dos principais fatores de risco para a cárie dentária, que é uma das doenças não transmissíveis mais prevalentes a nível mundial”.

Miguel Pavão sublinha que a Coca-Cola, uma das maiores multinacionais em todo o mundo, “tem um orçamento superior ao da Organização Mundial da Saúde. Logo, mostrar o impacto negativo na saúde destas bebidas açucaradas é muito difícil, devido ao enorme investimento que fazem em publicidade, por isto gestos como o de Cristiano Ronaldo são tão importantes, espero que o capitão da nossa seleção continue esta sensibilização para os estilos de vida saudáveis, incluindo a escovagem dentária diária”. 

 

Campanha “Dê Troco a Quem Precisa” decorre entre 21 e 29 de junho
A campanha de angariação de fundos “Dê Troco a Quem Precisa”, promovida pela Associação Dignitude, arranca hoje nas farmácias...

Até ao dia 29 de junho, os portugueses são convidados a doar o “troco” da compra realizada na farmácia à Emergência abem: COVID-19. Os donativos recolhidos serão integralmente aplicados no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde a pessoas que ficaram mais vulneráveis devido à pandemia.

A Emergência abem: COVID-19, lançada em março de 2020, já apoia mais de 1.400 portugueses referenciados por entidades parceiras locais como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Cáritas e Misericórdias.

«A situação pandémica que vivemos veio tornar mais profundas muitas das fragilidades da nossa sociedade. O impacto tem sido muito pesado a nível económico e muitas pessoas foram confrontadas com uma redução drástica dos seus rendimentos. Pessoas que até então nunca se tinham imaginado na situação de absoluta incapacidade para fazer face às despesas mais básicas entre as quais se contam os medicamentos», refere Maria de Belém Roseira, associada fundadora da Associação Dignitude.

«Foi para apoiar estas pessoas que criámos a Emergência abem: COVID-19. Uma iniciativa que, como o próprio nome indica, reflete a situação de emergência em que se encontram estas famílias e que necessitam da ajuda de todos os que possam participar nesta campanha solidária. Enquanto sociedade, é nestes momentos que temos que estar mais unidos. Voltamos, pois, a apelar ao espírito de entreajuda e solidariedade dos portugueses”, conclui.  

Paralelamente à campanha, que decorre nas farmácias aderentes entre os dias 21 e 29 de junho, é também possível apoiar esta iniciativa a qualquer momento, através de transferência bancária para o IBAN: PT50 0036 0000 9910 5930 0855 9 e Via MBWAY: 932 440 068

Os doadores podem enviar comprovativo de transferência, nome e NIF para [email protected], para que lhes seja enviado o recibo de donativo.

Esta é uma iniciativa apoiada pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.

Formato digital
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, promove amanhã, dia 22 de junho, a 30ª...

O tema central da sessão será a Legislação. Comunicação e Standards GS1: a atuação da GS1 Portugal no setor da saúde.

Nesta reunião o foco será essencialmente local, no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela GS1 Portugal. Os temas a abordar passarão pela apresentação do novo Espaço Saúde da organização e pelos mais recentes desenvolvimentos do projecto em curso na Well’s, a insígnia da Sonae MC especializada em saúde, bem-estar e óptica, relativo à prestação de serviços de garantia da qualidade de dados, âmbito do serviço Validata, visando a promoção de eficiência ao longo da cadeia de abastecimento. Ainda durante a sessão será apresentada a nova e-newsletter bimestral da GS1 Portugal, Comunicar Saúde, dedicada exclusivamente ao setor.

O encontro digital terminará com uma sessão explicativa sobre o Innovation Scoring, segundo o qual a GS1 Portugal foi classificada como “organização inovadora” e ainda com a apresentação do programa provisório do Seminário da Saúde, promovido pela GS1 Portugal, em formato híbrido, a 15 de julho.

Neste HUG, a nível internacional, será discutido o Regulamento Europeu dos Dispositivos Médicos - a Plataforma EUDAMED - e a implantação de standards GS1 nesta área, com a participação especial de Manel Martinez, da GS1 Espanha.

A participação é gratuita, devendo os interessados inscrever-se através do envio de e-mail para [email protected], manifestando o seu interesse.

 

Associação Nacional de Continência e Disfunção Pélvica
Associação Nacional de Continência e Disfunção Pélvica (ANCDP) é a designação formal da nova organização nacional de doentes...

"A incontinência é uma situação absolutamente devastadora, sofrida em silêncio, pela enorme vergonha e humilhação de quem sofre. Pode afetar completamente a qualidade e o estilo de vida e condicionar repetidas faltas ao trabalho e a todos os outros compromissos pessoais, familiares e sociais. Pode comprometer em definitivo um emprego ou uma carreira profissional, destruir a vida íntima e conjugal, levar ao isolamento e a problemas psicológicos gravíssimos. É mais frequente do que se pensa, e, tendo em conta o aumento da esperança média de vida, é uma doença cuja incidência e prevalência tenderão a aumentar nas próximas décadas”, explica José Assunção Gonçalves, cirurgião geral no Grupo Luz Saúde e Presidente da Direção da ANCDP.

Criar visibilidade para os problemas associados à perda de continência e disfunção do pavimento pélvico, encorajando o debate público e aberto e a quebra de estigma e tabus associados a estas doenças são assim os principais objetivos desta nova Associação. A sua missão passa então por contribuir para a melhoria das condições de vida dos doentes afetados por estes problemas, nomeadamente na integração social e comunitária destes.

“Apesar de as incontinências serem um verdadeiro problema de saúde pública com gravíssimo impacto na qualidade de vida e dignidade das pessoas afetadas, existe ainda muita dificuldade em falar sobre o assunto e procurar ajuda médica. Uma associação de doentes deverá constituir um fórum de discussão, possibilitar um melhor conhecimento e divulgação do problema, permitindo que mais doentes sejam adequadamente tratados”, refere Ricardo Pereira e Silva, urologista no Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.

Para isso, a ANCDP, que conta ainda com a colaboração dos médicos Ana Povo, cirurgiã no Hospital de Santo António – Centro Hospitalar do Porto, e Paulo Temido, urologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, trabalha diretamente com doentes/cidadãos, profissionais de saúde, indústria, escolas e legisladores, promovendo a informação, consciencialização e capacitação dos doentes, familiares, cuidadores e sociedade civil em relação a estas doenças e ao seu impacto.

Entre outras ações, esta nova associação pretende também realizar um trabalho colaborativo com outras organizações de forma a aumentar o impacto das iniciativas realizadas, apoiando mudanças que poderão ser relevantes a nível mundial.

O objetivo final passa por criar um mundo onde as pessoas que vivem com formas de disfunção do pavimento pélvico possam usufruir de qualidade de vida, desempenhar um papel ativo na sociedade e ter acesso a tratamentos adequados.

“É fundamental passar a mensagem aos doentes de que existe tratamento, mas também sensibilizar a sociedade em geral para esta condição altamente comprometedora da dignidade humana”, acrescenta José Assunção Gonçalves.

Vírus tinha reaparecido no final de janeiro
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou oficialmente no sábado o fim da segunda epidemia de Ébola na Guiné, poucos meses...

"Tenho a honra de tomar a palavra neste dia de declaração do fim da doença do vírus do Ébola" na Guiné, disse o oficial da OMS Alfred Ki-Zerbo durante uma cerimónia em Nzérékoré (no Sudeste), onde o vírus reapareceu no final de janeiro.

 

21 de junho - Dia Mundial da Esclerose Lateral Amiotrófica
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurológica degenerativa rara, tal e qual a doenç

É uma doença de causa desconhecida e, em cerca de 10% dos casos, poderá ter uma origem genética, mais prevalente no sexo masculino e na raça caucasiana.

Do ponto de vista fisiopatológico o que acontece nesta doença é que os neurónios motores que conduzem a informação do cérebro aos músculos, passando pela medula espinhal, morrem de forma precoce, originando fraqueza gradual, impedindo a realização de movimentos variados, nomeadamente, andar, mastigar, falar, engolir, etc. Desta forma, o caráter progressivo desta patologia irá causar uma forte alteração na vida das pessoas com esta doença e respetivas famílias, com repercussão a nível físico, emocional e financeiro. São doentes complexos e frágeis, que necessitam para o seu tratamento de acompanhamento multidisciplinar.

O contributo da Pneumologia é fundamental desde a fase de diagnóstico, com avaliação da função pulmonar e realização de diferentes testes que permitem determinar o atingimento dos músculos respiratórios. Dessa forma é possível determinar a melhor altura para iniciar suporte ventilatório, apenas no período noturno ou quando necessário, podendo ser feito através de máscara nasal ou facial. Por ser um equipamento não invasivo é geralmente bem aceite pelos doentes e respetivos cuidadores.

Este tipo de ventilação, designado por ventilação não invasiva, associado a outros cuidados respiratórios, como a avaliação da capacidade de eliminar secreções e o apoio para realização de exames que requerem sedação, fazem com que seja possível apoio diferenciado de Pneumologia em diferentes fases da doença.

A Comissão de Trabalho de Ventilação Domiciliária (CTVD) da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), colabora na divulgação desta patologia, na medida em que a especialidade de Pneumologia é fundamental no acompanhamento dos doentes nas diferentes fases de evolução da doença e na aferição e monitorização dos parâmetros dos ventiladores.

Convém reforçar a importância do apoio diferenciado nas várias áreas, nomeadamente a estruturação de uma consulta especifica a estes doentes, bem como no apoio aos cuidadores.

Os tratamentos atuais melhoram a qualidade de vida em geral, reduzindo o número de infeções e prolongando o tempo de vida, dai ser fulcral englobar estes doentes em programas de reabilitação respiratória.

A SPP e a CTVD criaram uma plataforma informática de registo de doentes com ELA ventilados a ser implementada a curto prazo, reforçando a importância destas terapias respiratórias na melhoria da qualidade de vida dos doentes com ELA.

     

Prof. Dr.ª Alexandra Mineiro e Dr.ª Iolanda Mota
Pela Comissão de Trabalho de Ventilação Domiciliária da Sociedade Portuguesa de Pneumologia

 

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Academia Europeia de Neurologia
Segundo um estudo apresentado no 7º Congresso da Academia Europeia de Neurologia, a Covid-19 está associada a problemas...

Problemas de memória, sensibilização espacial e processamento de informação foram identificados como possíveis consequências da infeção viral em pacientes pós-COVID-19 que foram acompanhados no prazo de oito semanas.

A pesquisa também descobriu que um em cada 5 pacientes reportou transtorno de stress pós-traumático, com 16% apresentando sintomas depressivos.

O estudo italiano incluiu testes às habilidades neurocognitivas e a realização de ressonâncias magnéticas nos doentes dois meses depois de terem experimentado sintomas de Covid-19. Mais de 50% dos doentes sofreram distúrbios cognitivos; 16% tiveram problemas com a função executiva (governando a memória de trabalho, o pensamento flexível e o processamento de informação), 6% experimentaram problemas visuoespaciais (dificuldades em avaliar a profundidade e ver o contraste), 6% tinham memória deficiente e 25% manifestaram uma combinação de todos estes sintomas.

Os problemas cognitivos e psicopatológicos eram mais graves nos pacientes mais jovens, com a maioria dos doentes com menos de 50 anos a demonstrar problemas com funções executivas.

Em toda a amostra, a maior gravidade dos sintomas respiratórios agudos da Covid-19 durante o internamento hospitalar foi associada ao baixo desempenho da função executiva.

Adicionalmente, uma observação longitudinal da mesma coorte a 10 meses da Covid-19, mostrou uma redução das perturbações cognitivas de 53 para 36%, mas uma presença persistente de PTSD e sintomas depressivos.

O principal autor do estudo, Massimo Filippi, do Instituto Científico e Da Universidade Vita-Salute San Raffaele, Itália, explicou que "o estudo confirmou que problemas cognitivos e comportamentais significativos estão associados à Covid-19 e persistem vários meses após a remissão da doença."

"Uma constatação particularmente alarmante são as alterações à função executiva que encontrámos, o que pode dificultar a concentração, planear, pensar de forma flexível e lembrar as coisas. Estes sintomas afetaram três em cada quatro doentes mais novos que estavam em idade ativa."

Não foi observada nenhuma relação significativa entre o desempenho cognitivo e o volume cerebral dentro do estudo.

"São necessários estudos maiores e um acompanhamento a longo prazo, mas este estudo sugere que a Covid-19 está associada a problemas cognitivos e psicopatológicos significativos", concluiu Canu, do Hospital de San Raffaele de Milão e primeiro autor do estudo. "O acompanhamento e os tratamentos adequados são cruciais para garantir que estes pacientes previamente hospitalizados recebem apoio adequado para ajudar a aliviar estes sintomas."

 

Saiba como aceder
O Certificado Digital COVID da União Europeia (UE) é um documento digital que irá constituir prova d

Este certificado visa facilitar a circulação segura e livre na UE durante a pandemia de Covid-19, promovendo a não aplicabilidade de medidas e restrições adicionais impostas pelo país de destino aquando de uma viagem, nomeadamente procedimentos de testagem e quarentena/isolamento profilático obrigatório, exigidos à chegada ao país de destino. Contudo, deverá consultar as medidas de restrição à circulação impostas pelo país de destino, antes da sua viagem. Por exemplo, no seguinte site https://reopen.europa.eu/pt .

O Certificado Digital COVID da UE abrange três tipos de certificados: Certificados de vacinação que comprova que a pessoa foi vacinada contra a COVID-19; Certificados de testes que comprova que a pessoa tem resultado negativo em teste molecular de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN) – RT-PCR, RT-PCR em tempo real, Testes Moleculares Rápidos – para identificação de SARS-CoV-2 e Certificados de recuperação que comprova que a pessoa teve COVID-19, mas que já recuperou da doença.

Para viajar o Certificado Digital COVID da UE é opcional. Os cidadãos que não possuam ou optem por não solicitar a emissão deste documento podem continuar a viajar. No entanto, poderão ficar sujeitos a medidas adicionais, como procedimentos de testagem e quarentena à chegada ao país de destino. O Certificado Digital COVID da UE pode ser utilizado em todos os Estados-Membros da União Europeia, na Islândia, no Liechtenstein, na Noruega e na Suíça.

Nesta fase, só podem solicitar a emissão do Certificado Digital COVID os cidadãos com número de Utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os certificados devem incluir um conjunto mínimo de informações necessárias para confirmar e verificar o estatuto relativamente à vacinação, teste ou recuperação do titular, tais como: nome, data de nascimento, Estado-Membro emissor, um identificador único do certificado e emissor do certificado.

Este conjunto de informações não pode ser conservado pelos países visitados, nem existirá nenhuma base de dados de certificados sanitários a nível da UE. Para além disso, os dados relativos à saúde mantêm-se no Estado-Membro que emitiu o Certificado Digital COVID da UE.

Os certificados têm um código QR interoperável, legível por máquina, com os dados essenciais necessários, bem como uma assinatura digital. O código QR é utilizado para verificar de forma segura a autenticidade, integridade e validade do certificado. Para efeitos de verificação, apenas são inspecionadas a validade e a autenticidade do certificado, verificando quem o emitiu e assinou. Para melhorar a aceitação transfronteiras, as informações constantes do certificado são redigidas em português e em inglês. A emissão dos certificados de vacinação está, atualmente, disponível para as vacinas contra a COVID-19 que foram aprovadas para utilização na UE, após parecer positivo da Agência Europeia de Medicamentos.

Atenção que os testes de autodiagnóstico não sendo testes de uso profissional não podem ser considerados pelas Autoridades de Saúde e, consequentemente, não podem ser utilizados para efeito de emissão do Certificado Digital COVID da UE.

O Certificado Digital COVID da UE é gratuito e poderá ser obtido através do Portal SNS 24 em https://www.sns24.gov.pt/certificado-digital-covid/#aceder. Brevemente estará disponível noutras plataformas.

Uma vez na página anteriormente referida deve:

1. Escolher o tipo de certificado que pretende obter: Certificado de vacinação ou Certificado de testagem ou Certificado de recuperação;

2. Inserir: data de nascimento, número de utente de saúde e carregar em submeter;

3. Nesta altura, é gerado automaticamente um código de acesso que lhe é enviado por SMS e por email;

4. Depois disso, e na mesma página clicar em Inserir código de acesso. Escrever o código de acesso que recebeu na SMS e/ou no email;

5. Aguardar enquanto o seu pedido de certificado está a ser analisado;

6. Após a validação do seu pedido, o seu certificado será disponibilizado no portal, podendo ser guardado no seu computador, impresso ou ser enviado por email.

7. O código de acesso é de utilização única. Ou seja, para cada vez que quiser aceder ao seu certificado, no portal do SNS 24, terá de gerar novo código.

Fonte Bibliográfica: https://www.sns24.gov.pt/guia/certificado-digital-covid-da-ue/

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Situação Epidemiológica
Segundo dados da Direção Geral da Saúde, nas últimas 24 horas, houve mais mortes associadas à Covid-19 e 1298 novos casos...

De acordo com o documento, foram diagnosticados 1298 novos casos de Covid-19 em Portugal. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 862 novos casos e a região norte 194. Desde ontem foram diagnosticados mais 76 na região Centro, 39 no Alentejo e 88 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 12 infeções e 27 nos Açores.

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela onde se registou o maior número de mortes: 3 das 4 assinaladas em todo o território português. O Alentejo registou um óbito, nas últimas 24 horas.  

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 391 doentes internados, mais 27 que ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos contam com mais seis doentes, estando agora 94 pessoas na UCI.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 686 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 818.440 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 27.425 casos, mais 608 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 2.943 contactos, estando agora 36.675 pessoas em vigilância.

Vacina contra a Covid-19
A vacinação contra a Covid-19 já não requer agendamento para pessoas com 55 ou mais anos, anunciou a Task Force para o Plano de...

Desde ontem que a modalidade “casa aberta” está disponível para a vacinação com primeiras doses de utentes com idade superior a 55 anos, refere uma nota divulgada pela equipa liderada pelo Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo.

Este sistema foi criado para “assegurar que todas as pessoas elegíveis são chamadas ao processo de vacinação”.

A vacinação no âmbito deste sistema exige que os utentes se dirijam “obrigatoriamente” ao centro de vacinação do local onde estão inscritos no centro de saúde, que normalmente corresponde à área de residência, lembra a Task Force.

 

 

A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa rara e progressiva
De acordo com um novo estufo publicado na edição online de 'Neurologia', a revista médica da Academia Americana de...

O gene, chamado TP73, produz uma proteína que ajuda a regular o ciclo de vida de uma célula. Os investigadores da Universidade do Utah descobriram que algumas pessoas com ELA têm mutações neste gene e que estas podem interferir com a saúde das células nervosas.

A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa rara e progressiva que afeta as células nervosas do cérebro e da medula espinhal. Estes doentes perdem a capacidade de iniciar e controlar o movimento muscular, o que muitas vezes leva à paralisia total e à morte. Tanto os fatores genéticos como ambientais podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

Estima-se que 15% dos casos diagnosticados corresponda a uma forma da doença familiar, isto é, quando uma pessoa tem mais do que um membro da família que também tem a doença. Casos sem causa genética conhecida são designados esporádicos.

"Ainda se desconhece muito sobre a genética e os processos que levam ao desenvolvimento da ELA", diz a autora do estudo, Lynn B. Jorde, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.

Embora as variantes genéticas conhecidas sejam decisivas em 68% dos casos de ELA familiares, elas representam apenas 17% da ELA esporádica, embora se acredite que até 61% da ELA esporádica é influenciada por fatores genéticos", continua. O nosso estudo identificou um novo fator de risco genético para ELA esporádica, mutações raras no gene TP73. Também descobrimos que as mutações neste gene têm um efeito prejudicial na função proteica e que a proteína criada por este gene é necessária para a saúde das células nervosas."

Para o estudo, os investigadores recolheram uma amostra de sangue de 87 pessoas com ELA esporádica. De seguida usaram uma técnica chamada sequenciação de exoma para examinar os genes de codificação de proteínas de cada participante. Neste grupo, os investigadores descobriram que cinco pessoas tinham mutações raras no gene TP73.

Os investigadores examinaram ainda dois outros grupos com ELA esporádica, totalizando quase 2.900 pessoas, e encontraram outras 19 pessoas com mutações raras no gene TP73. Quando os investigadores examinaram os genes de um grupo de controlo de 324 pessoas sem ELA, não encontraram mutações em TP73. No laboratório, os investigadores fizeram experiências adicionais em células e descobriram que quando havia mutações no gene TP73, a diferenciação anormal das células e o aumento da morte celular ocorreram.

Eles também usaram a tecnologia de edição de genes CRISPR para remover o gene TP73 e descobriram que isso levou a uma alteração no desenvolvimento de células nervosas, semelhante ao que é visto na ELA. "Juntos, os nossos resultados sugerem fortemente que as mutações no gene TP73 aumentam o risco de Esclerose Lateral Amiotrófica", diz Jorde.

“A nossa pesquisa indica que a morte celular ligada a estas mutações pode ser um fator no desenvolvimento do ELS. Esta descoberta fornece um novo alvo para os investigadores que trabalham no desenvolvimento de terapias para retardar ou mesmo parar a progressão da doença”, conclui.

Agência Europeia de Medicamentos
O Comité de Avaliação dos Riscos de Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) considera que, neste...

Segundo Noël Wathion, vice-diretor executivo da EMA, "até agora, houve muito poucos casos, foram leves e foram resolvidos em poucos dias", explicou em conferência de imprensa, depois de insistir que a referida comissão tem vindo a analisar exaustivamente estes casos desde abril.

Para já, o PRAC insta os profissionais de saúde a "reportar casos de miocardite ou pericardite e quaisquer outros efeitos adversos que ocorram entre as pessoas que recebem estas vacinas", e as pessoas que manifestam "sintomas como falta de ar, falta de ar ou batimentos cardíacos irregulares para consultar imediatamente o seu médico se receberem recentemente a vacina". Esta comissão continuará a avaliar eventuais novos casos e a tomar as decisões que considerar necessárias.

Novo efeito adverso da AstraZeneca

No que diz respeito à monitorização da segurança das vacinas aprovadas até agora na UE, o PRAC decidiu ainda adicionar "a síndrome de fuga capilar sistémica como um novo efeito relacionado com a vacina vaxzevria da AstraZeneca", e que "as pessoas que já têm esta síndrome não devem receber esta vacina".

Wathion explicou que esta é uma condição muito rara, mas grave, caracterizada pelo aparecimento de episódios recorrentes de hipotensão grave, edema das extremidades, hipoalbuminemia e hemoconcentração. As pessoas que sofrem de um episódio agudo desta síndrome podem necessitar de internamento hospitalar e terapia intensiva de apoio.

De acordo com o diretor executivo adjunto da EMA, o PRAC também continuará a monitorizar estes casos e a tomar todas as medidas adicionais que considere necessárias. Por último, o PRAC recomendou que a informação do produto Veklury remdesivir de Gilead fosse alterada para incluir a pericárdica sinusal entre os possíveis efeitos da frequência desconhecida.

Para além de transmitir desenvolvimentos relacionados com a segurança, a Wathion referiu-se às medidas tomadas pela EMA na semana passada para avaliar a qualidade da vacina da Janssen na sequência da contaminação do ingrediente ativo na sua fábrica nos Estados Unidos. "Embora esta contaminação não tenha ocorrido durante o fabrico do ingrediente ativo destinado à UE, o material produzido ao mesmo tempo que se destinava à UE foi mantido como medida de precaução e para salvaguardar a qualidade das vacinas. Esta contaminação afetou 17 milhões de doses da vacina. Estamos a fazer tudo o que podemos para garantir o fornecimento aos cidadãos europeus, incluindo explorar a possibilidade de utilizar outros lotes."

Além disso, a UE continuará a receber vacinas com o ingrediente ativo da vacina de Janssen a partir de uma fábrica nos Países Baixos, que está atualmente a expandir a sua capacidade de produção, disse Wathion.

Saúde mental
O cyberbullying pode levar a vítima ao isolamento, depressão e até suicídio.

Os Sinais que pode apresentar uma vítima de cyberbullying e o agressor:

Uma vítima de cyberbullying pode apresentar sintomatologia diversa associada a quadros depressivos e ansiosos. Mais especificamente, as vítimas podem apresentar distúrbio do sono, transtornos alimentares, problemas gastro digestivos, ausência de apetite, anedonia, ausência de autoestima, assim como, pensamentos disruptivos e autopunitivos. Relativamente ao agressor este manifesta comportamentos desadaptativos marcados pela hostilidade e agressividade. O agressor apresenta comportamentos socialmente dominantes, marcados pelo desafio e oposição apresentando dificuldades na compreensão de hierarquias. O comportamento do agressor caracteriza-se também por dificuldades na compreensão do comportamento do outro (ausência de empatia) e na capacidade de se autorregular emocionalmente.

Formas em que o cyberbullying pode interferir na personalidade de um aluno:

O cyberbullying interfere significativamente na personalidade do jovem, pois para além de se encontrar associado à depressão e à baixa autoestima, pode agravar problemáticas já existentes e despoletar novas. Perturbações do âmbito psicológico e dificuldades na aprendizagem apresentam-se como comuns nas vítimas de cyberbullying. Se a intervenção psicológica não for realizada precocemente, poderão desencadear-se problemas na vida adulta no que diz respeito ao desenvolvimento de competências sociais, afetando os vários domínios da vida do individuo (instabilidade no contexto de trabalho e nas relações afetivas, possibilidade de manifestação de comportamentos antissociais).

Perante um caso de cyberbullying qual a intervenção a realizar:

Como Psicóloga Clínica, a minha intervenção com vítimas de cyberbullying consiste na promoção do seu bem-estar psicológico, atendendo que a intervenção seja dirigida a uma construção adaptativa do Self. A promoção de empatia e de autoestima, consideram-se fundamentais pois a intervenção sobre as mesmas apresenta capacidade para redução significativa da ocorrência de comportamentos agressivos. Paralelamente, são desenvolvidas com a vítima estratégias de coping mais adequadas para atuar perante as situações de violência e/ou sobre o significado valorativo atribuído à experiência.

O tipo de colaboração que deve haver entre pais, escola, professores e psicólogos:

A colaboração dos pais, escola e professores considera-se fundamental para a redução desta problemática nos jovens. Considero que a colaboração dos progenitores e profissionais se deve iniciar por um modelo psicoeducativo, onde através de uma relação empática e horizontal devem ser abordados os riscos associados à internet. Os adultos pertencentes à vida do jovem deverão também garantir a supervisão dos conteúdos visualizados pelo jovem na internet e com quem estabelece diálogos por esta via. Numa fase posterior, os jovens deverão ser apoiados pelos profissionais no sentido de desenvolverem estratégias de coping adaptativas perante a situação aversiva (pedir ajuda, denunciar às autoridades), de forma a conseguirem ser autossuficientes e resilientes em relação às consequências derivadas deste tipo de violência. Para uma desmistificação do tema perante a comunidade escolar é fulcral serem criados mais momentos formativos para pais, profissionais e jovens, para uma atuação eficaz sobre este tipo de violência.

Avaliação do Psicólogo sobre a segurança da vítima no contexto escolar e intervenção a realizar:

Considero que o cyberbullying se traduz num tipo de violência “silenciosa”, pois é realizada longe dos professores, auxiliares e outros profissionais do âmbito escolar. Para a vítima partilhar as suas vivências e angústias é necessário um ambiente terapêutico acolhedor, em que a vítima se sinta confortável. Após o estabelecimento de uma aliança terapêutica coesa, o psicólogo encontra-se com mais amplitude de observação para conseguir uma avaliação consistente sobre o sentimento de segurança/insegurança da vítima. Se a vítima tiver mais sintomas externalizadores é conseguida uma compreensão e intervenção mais rápida e eficaz sobre as suas necessidades, contrariamente aos casos em que os sintomas internalizadores são dominantes pois a avaliação será mais demorada e consequentemente a intervenção também. Considero como necessidade emergente a criação de instrumentos de avaliação direcionados a esta problemática para ser conseguido um processo de avaliação consistente e validado cientificamente (testado para a população Portuguesa), para uma melhor compreensão do impacto deste tipo de violência na vítima.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Melhor desempenho desportivo
Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC), liderada pelo fisiologista Amândio Santos, está a realizar um conjunto de estudos e...

As maratonistas Salomé Rocha, Sara Moreira e Sara Catarina Ribeiro, os marchadores João Vieira e Ana Cabecinha, os ciclistas Nelson Oliveira e João Almeida, os remadores Pedro Fraga e Afonso Costa e o skater Gustavo Ribeiro são os atletas nacionais que estão a ser treinados num laboratório específico da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). Além dos nacionais, treinam na UC os atletas da Seleção Francesa de Marcha, Yohann Diniz e Kevin Campion.

A preparação é realizada numa câmara térmica onde os atletas são submetidos «às mesmas condições climáticas e aos mesmos indicadores de stress térmico (Wet Bulb Globe Temperature - WBGT) do local onde vão realizar as competições», explica Amândio Santos, coordenador da equipa.

Ao longo de vários dias, “os atletas desenvolvem ações próprias das suas modalidades e estão em constante monitorização. As condições adversas provocam respostas exageradas e muitas vezes desajustadas de todo o nosso metabolismo, fazendo com que ele diminua drasticamente a sua eficiência e altere completamente os mecanismos de termorregulação”, explica.

Para se conseguir uma monitorização completa, são estudados muitos parâmetros durante os exercícios, “desde o consumo de oxigénio, avaliação da temperatura cutânea e central, perda de líquidos, concentrações de lactato sanguíneo, perda de volume plasmático, frequência cardíaca, entre muitos outros parâmetros sanguíneos”, prossegue.

Na prática, os treinos desenvolvidos no laboratório da ADAI ensinam o organismo a reagir às adversidades, fornecendo estratégias para uma melhor adaptação às condições que os atletas vão encontrar em Tóquio. “Os atletas são expostos a condições climáticas extremas para as quais o nosso organismo não tem uma resposta adequada. Essa exposição permite estudar e definir um processo de aprendizagem progressivo, de forma a que a resposta seja cada vez mais eficiente e ajustada, diminuído assim o impacto destas condições extremas na performance do atleta”, explica o também docente da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da UC, realçando que “a importância deste trabalho vai para além do desempenho físico do atleta, uma vez que tem uma importância determinante na salvaguarda da integridade física dos atletas”.

No caso do Skate, modalidade que estreia nos Jogos Olímpicos, a equipa de Amândio Santos teve de efetuar algumas alterações no laboratório para treinar Gustavo Ribeiro. Foi necessário criar uma pista própria de treino dentro da câmara para que o atleta pudesse realizar as suas manobras de preparação. “Para além dos dados da aclimatação, foi importante testar os equipamentos mais adequados para este tipo de condições. No mais alto nível competitivo todos os pormenores são importantes”, remata Amândio Santos.

 

Investigação
Cientistas da deCODE genetics desenvolveram um preditor baseado em medições de proteínas em amostras de sangue que prevê o...

Num artigo publicado hoje na Revista Communications Biology, cientistas da deCODE genetics, uma subsidiária da Amgen, descrevem como desenvolveram o preditor que mostra quanto resta da vida de uma pessoa.

Utilizando um conjunto de dados de 5.000 medições de proteínas em 22.913 islandeses, dos quais 7.061 morreram durante o período de estudo, os cientistas desenvolveram um preditor da época até à morte que pode superar os preditores com base em múltiplos fatores de risco conhecidos. A previsão pode identificar os 5% de maior risco num grupo de pessoas entre os 60 e os 80 anos, onde 88% morreram em dez anos e os 5% com menor risco onde apenas 1% morreu em dez anos.

Os cientistas exploraram como as proteínas individuais se associam à mortalidade e várias causas de morte e descobriram que a maioria das causas da morte têm perfis proteicos semelhantes. Em particular, descobriram que o fator de crescimento/diferenciação 15 (GDF15), que já foi associado à mortalidade e ao envelhecimento anteriormente, constitui um importante preditor da mortalidade por todas as causas. Além disso, descobriram que, em média, os participantes previstos com risco elevado de morte num curto espaço de tempo tinham menos força de aderência e apresentavam pior desempenho num teste de tolerância ao exercício e num teste de função cognitiva do que aqueles previstos com menor risco.

"O preditor dá uma boa estimativa da saúde geral a partir de uma única colheita de sangue", diz Thjodbjorg Eiriksdottir cientista da deCODE genetics e autor no artigo.

"Isto mostra que a nossa saúde geral se reflete no proteoma plasma. Usando apenas uma amostra de sangue por pessoa, podemos facilmente comparar grandes grupos de forma padronizada, por exemplo, para estimar os efeitos do tratamento em ensaios clínicos”, acrescenta Kari Stefansson, autora sénio do artigo.

 

Transformação digital
EAD assegura a transformação digital da unidade de pediatria do Centro Hospitalar Universitário de São João.

A EAD investiu em soluções de transformação digital especificamente destinadas ao setor da saúde. Estas soluções vão desde um software para registo, classificação e encaminhamento de processos de doentes em formato digital ou analógico, até à prestação de desmaterialização de processo de doentes de acordo com as melhores práticas nacionais e internacionais. O mais recente exemplo foi o apoio à digitalização de processos clínicos das unidades de pediatria do CHUSJ, Centro Hospitalar de São João, onde digitalizou um total de 150.000 processos, 3.250.000 imagens e envolveu uma equipa de 25 pessoas ao longo de dois anos.

A solução da EAD – Empresa de Arquivo de Documentação tem como base um software de gestão integrada de processos clínicos em unidades de saúde e hospitais que faz a referenciação dos mesmos por número de doente e episódio clínico, regista o fluxo de comunicação com o doente, incluindo o relatório de gestão com indicadores quantitativos e qualitativos.

Por outro lado, com a digitalização, do papel ao digital, garante a autenticidade e integridade dos documentos, promove a definição de procedimentos necessários à correta digitalização e classificação dos documentos, bem como o acesso, em suporte eletrónico, a toda a informação clínica do utente.

O desenvolvimento destes projetos permite, aos profissionais de saúde, acederem aos registos clínicos em papel de forma integrada com o processo clínico eletrónico, garantindo a segurança da informação.

Outra importante vantagem é, ainda a diminuição da circulação de processos em papel, aumentando a eficiência dos processos de trabalho e garantindo a preservação digital da informação, em prol da transformação digital do setor da saúde.

Case Study - A digitalização do Centro Hospitalar Universitário de São João

O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) criou o seu arquivo clínico digital na unidade de pediatria em parceria com a DGLAB e minimizou a circulação e uso de registos em papel na prestação de cuidados.

A EAD alocou ao projeto CHUSJ uma equipa de 25 pessoas para quatro tarefas principais: preparação e organização física e intelectual dos documentos de acordo com as estritas regras de classificação em vigor; digitalização com uso de uma mira técnica/escala de cor de digitalização e escala de medição; controle de qualidade e validação final dos ficheiros mediante critérios, disponibilizando periodicamente a informação em formato digital nos serviços de arquivo do CHUSJ.

Paulo Veiga, CEO da EAD explica que “o que nos destacou, foi a capacidade de avaliar os documentos e de acordo com as indicações do cliente decidir que tratamento dar, ou seja, classificar e ordenar corretamente, digitalizar, e/ou simplesmente avaliar e arquivar. O controlo e rastreabilidade destas operações, com total transparência para o cliente, permitiu-lhe acompanhar o progresso das atividades em tempo real. O outro ponto de excelência, foi a digitalização recorrendo às melhores práticas para efeitos da obtenção de um resultado o mais

fiável possível de acordo com o original. Aqui o desafio foi conseguir digitalizar documentos de vários formatos de tipos de papel, a cores.” De referir, ainda, que “a formação ministrada pelo cliente foi essencial para o sucesso do projeto”, adianta.

O Ministério da Saúde reforçou ainda que este projeto inovador de desmaterialização dos registos clínicos em papel será replicado em vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

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