As explicações de uma nutricionista
A ressaca é caracterizada pela combinação de sintomas físicos e mentais de mal-estar após o consumo
  • A severidade da ressaca está associada à velocidade de eliminação do álcool: em pessoas que a velocidade de eliminação seja mais rápida vão ter menos sintomas de ressaca.
  • A velocidade de eliminação varia de pessoa para a pessoa devido a vários fatores (sexo, idade, IMC (Índice de Massa Corporal), etnia, variações nas enzimas que metabolizam o álcool, beber em conjugação com alimentos)
  • Também existe uma associação entre severidade dos sintomas da ressaca e um sistema imunitário mais enfraquecido
  • Uma estratégia preventiva efetiva ou tratamento da ressaca pode ter resultados diferentes devido às variações individuais
  • Fatores que afetam a absorção do álcool ou metabolismo: consumo de alimentos, hidratação, sono.

Papel da Nutrição

Existem 2 nutrientes que têm um papel importante na metabolização do álcool, o zinco e a vitamina B3. Um estudo demonstrou que quem consome alimentos ricos em zinco e vitamina b3 apresentava menor severidade dos sintomas da ressaca.

São exemplos de alimentos ricos em:

  • Zinco: carne, marisco, lentilhas e feijão
  • Vitamina B3: carne, peixe, abacate, amendoins, cereais integrais e cogumelos

Dicas para evitar a Ressaca:

  • Não beber mais do que acha razoável (dado o conhecimento da sua própria tolerância)
  • Não beber álcool com o estômago vazio. Antes de beber comece por comer uma refeição que inclua hidratos de carbono (arroz, batata...). A comida ajuda a diminuir a velocidade de absorção do álcool no corpo.
  • Evite beber as bebidas alcoólicas com mais congéneres- como o whisky e conhaque – pois causam maior ressaca
  • Beba água entre as bebidas alcoólicas para manter a hidratação e antes de ir dormir beba água ou um chá

Caso fique de Ressaca:

  • Foque-se na hidratação. Comece o dia a beber água, também pode beber um sumo verde (ex: aipo, pepino, espinafres e maçã).
  • Se estiver com pouco apetite coma algo mais leve como uma sopa de legumes (também irá ajudar na hidratação e minerais) e se estiver com mais apetite faça uma refeição equilibrada e evite cair na tentação de comer fast food
  • Evite alimentos que aumentem o processo inflamatório causado pelo álcool, como o açúcar e fritos. Coma fruta, legumes e proteína de boa qualidade.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dicas
O Natal é uma altura do ano caracterizada pelo convívio em família passado à mesa.

Para ajudar a manter uma boa saúde oral durante este período, eis algumas recomendações para aqueles que estão a recorrer ao tratamento ortodôntico com aligners transparentes ou para aqueles que estão a pensar iniciar este tratamento, por forma a que possam usufruir das festividades, sem preocupações.

  • Remover o aligner transparente durante as refeições

É possível remover o aligner para comer ou beber sempre que se queira. Esta é uma das vantagens de usar os aligners transparentes, assim é possível continuar a deliciar-se com várias iguarias. De relembrar que é aconselhável remover os alinhadores quando se ingerem bebidas, à exceção da água.

  • Período de utilização

O tempo de utilização diária recomendada dos aligners é de 20-22 horas. Durante a época festiva poderá ser mais difícil, por passar mais tempo à mesa, o que se reflete em menos tempo com os aligners. É por isso recomendável tentar mantê-los o máximo de tempo possível. De relembrar que deverá ter sempre por perto o kit de limpeza (escova e pasta de dentes e fio dentário) de modo que seja possível lavar os dentes depois das refeições, e voltar a colocar o alinhador.

  • Mais açúcar, Mais escovagem

Como referido anteriormente, o Natal é uma época particularmente “doce”. Chocolates, doces e sobremesas, o seu consumo excessivo pode ser prejudicial para os dentes, por isso é de relembrar os cuidados a ter, tal como a escovagem dos dentes depois de cada refeição.

  • Proteger os aligners

Os aligners precisam igualmente de ser limpos sempre que são removidos. É recomendável a utilização de água e uma escova para fazer a limpeza.

  • Atenção ao local onde são guardados

Os aligners devem ser guardados no local próprio, o estojo do aligner transparente. O estojo deve ser limpo regularmente para prevenir a acumulação de bactérias.

  •  Seguir as recomendações do dentista

Os dentistas e ortodontistas são os profissionais mais qualificados para dar conselhos no que diz respeito à saúde oral, as suas recomendações devem sempre ser seguidas, uma vez que são adaptadas às necessidades de cada um. Dúvidas e outras questões devem ser partilhadas em contexto de consulta para que possam ser esclarecidas.

Seguir estas dicas ajudará aqueles que, atualmente, estão a realizar o tratamento ortodôntico com aligners transparentes a manter os seus dentes saudáveis, ao mesmo tempo que desfrutam da época natalícia com um sorriso.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cerimónia de entrega dos presentes e donativo decorreu no passado dia 21 de dezembro
O Banco BPI promoveu uma Campanha de Natal, através da App BPI e do BPI Net, a que atribuiu a designação de “Árvore de Natal...

Dessa forma, a instituição bancária patrocinou a aquisição de presentes para serem entregues aos jovens utentes das Unidades de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental na Infância e Adolescência – Residência de Treino de Autonomia e Unidade Sócio Ocupacional – da RECOVERY IPSS, assim como, a atribuição de um donativo à IPSS, sem utilização definida, mas inserida no âmbito da sua atividade.

A cerimónia de entrega dos presentes e do donativo decorreu no passado dia 21 de dezembro, na Unidade Sócio Ocupacional, tendo contado com a presença de representantes do promotor da iniciativa, numa comitiva liderada por Amaro Ferreira, e do Presidente da Direção da RECOVERY IPSS, Miguel Durães.

“Na qualidade de presidente da RECOVERY IPSS, manifesto, em nome de todos os que represento, a minha profunda gratidão por mais esta distinção e por mais este protocolo conjunto que assinamos e materializamos e cujas prendas irão, certamente, contribuir para o sentimento fraterno de felicidade, amor e harmonia das nossas crianças e jovens nesta época sempre tão sensível! Na pessoa do Dr. Amaro Ferreira e sua equipa, manifesto a nossa gratidão pela proximidade constante e apoio solidário a esta Instituição, aos seus utilizadores e familiares/cuidadores informais e à nobre causa da Saúde Mental! Obrigado por tudo, de coração!”, expressou Miguel Durães.

 

Só nos primeiros dez meses do ano foram registados mais 19 mil episódios de urgência
Os enfermeiros que trabalham nas áreas de COVID-19 do Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, estão desde março...

“Estamos a falar de enfermeiros que trabalham em áreas onde lidam diretamente com doentes COVID-19 e que, em muitos casos, receberam apenas dois meses de subsídio de risco”, frisa Pedro Costa. Para o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE “esta é uma situação inaceitável e não reflete qualquer tipo de valorização e reconhecimento aos profissionais que têm dado o melhor de si no combate à pandemia”.

Além da falta de pagamento deste subsídio, o Sindicato dos Enfermeiros – SE foi ainda confrontado com a ilegalidade da existência de uma bolsa de horas. Pedro Costa explica que embora essa bolsa não apareça refletida nos horários, por ser ilegal, “há uma contabilidade das horas a mais que são feitas pelos enfermeiros e que, além de não serem pagas como horas extraordinárias, apenas podem ser gozadas em períodos aceites pelo hospital”.

A existência da bolsa de horas, onde muitos enfermeiros acumulam já mais de cem horas, é, no entender do presidente do SE, “uma forma de contornar a carência de enfermeiros e, ao mesmo tempo, evitar um contínuo aumento dos gastos com horas extraordinárias”.

Numa altura em que o país está a entrar no pico do período de atividade gripal, com aumento do número de casos de COVID-19 e um incremento da vacinação, Pedro Costa defende que “é urgente que as administrações hospitalares tenham mais autonomia para contratar enfermeiros de forma a suprir estas necessidades”. “Os hospitais estão cada vez mais sobrecarregados de doentes COVID, mas não estão a deixar de fazer as consultas e cirurgias, sempre com os mesmos recursos humanos”, acrescenta este dirigente.

Neste centro hospitalar, só nos primeiros dez meses do ano, segundo dados do portal da Transparência do SNS, foram registados mais 19 mil episódios de urgência, mais 15 mil cirurgias e mais 72 mil consultas que no mesmo período de 2020. Trabalho que, explica o presidente do SE, é efetuado com um quadro de profissionais em tudo similar ao que existia no início do ano. "E a verdade é que os enfermeiros, tal como os demais profissionais de Saúde do CHUSJ, têm sido chamados a colaborar na recuperação de listas de espera para cirurgias, consultas e exames complementares de diagnóstico e terapêutica ", conclui o dirigente.

Neste Natal tenha atenção redobrada com a sua alimentação
A má alimentação tem, como todos sabemos, um impacto gigante na nossa saúde.
O impacto da má alimentação na saúde dos pés

O mês de dezembro é, tipicamente, uma época marcada pelas “asneiras” alimentares, que todos acabamos por cometer. O Natal e todas as suas festividades associadas, como os vários jantares de família ou encontros de amigos, levam, na grande maioria das vezes, à ingestão de diversos pratos e doces típicos desta época especial.

No entanto, apesar de estarmos em constante contacto com estes alimentos, é essencial existir um controlo, pois a gastronomia tradicional natalícia contem, na maioria dos casos, enormes quantidades de açúcar e gorduras, entre outros ingredientes prejudiciais à saúde humana.

Uma alimentação feita à base de produtos ricos em açúcares, óleos, carnes vermelhas ou gorduras animais, têm grandes consequências no bem-estar físico. No caso específico do pé, este tipo de alimentos pode influenciar ao aparecimento de uma crise de “gota”, caracterizada pelo excesso de ácido úrico, no dedo grande do pé, que provoca dor extrema e grande incapacidade.

No caso de ser diabético, o cuidado com aquilo que ingere deve ser ainda maior. Para além de a elevada ingestão de açúcares ser um grande problema para os diabéticos, estes ficam sujeitos a várias complicações relacionadas com os desequilíbrios alimentares. O pé diabético é um exemplo bastante comum.

Para qualquer um dos casos, a solução passa por manter uma alimentação equilibrada. Para tal, não é necessário evitar completamente a ingestão dos pratos e doces tradicionais, mas sim diminuir as suas quantidades. Em alternativa, poderá comer mais vegetais verdes (como as couves, nabiças, espinafres), fruta da época (como laranjas, dióspiros, romã), frutos secos ou carnes magras (por exemplo, pode substituir as carnes vermelhas pelo peru, também ele típico desta época).

Considerando a vitalidade que os seus pés têm para o bem-estar do seu corpo, uma vez que estes são a base que nos suporta, não descure os cuidados associados a este membro.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Primeiro tratamento oral contra a Covid-19
Os Estados Unidos autorizaram o primeiro tratamento oral contra a Covid-19, fabricado pela Pfizer, numa altura em que a...

Em comunicado, a FDA especificou que este medicamento pode ser usado para tratar casos moderados de coronavírus em adultos e crianças com menos de 12 anos com peso de pelo menos 40 quilogramas e que têm condições prévias, como obesidade ou problemas cardíacos, em risco de serem hospitalizados.

O medicamento da Pfizer é o primeiro tratamento oral anti-Covid que os americanos poderão tomar em casa e espera-se que se torne uma ferramenta crucial contra a pandemia, numa altura em que os casos dispararam graças à variante Ómicron. Até agora, todos os tratamentos americanos para a doença foram administrados por via intravenosa.

O fármaco em questão, que será vendido sob o nome de Paxlovide, só pode ser adquirido com receita médica e os doentes devem tomá-lo assim que souberem que têm a doença, no máximo nos primeiros cinco dias em que apresentaram sintomas, refere a FDA no seu comunicado.

 

Dados da terceira vaga do relatório Vacinómetro®
Os dados da terceira vaga do relatório Vacinómetro® (estudo que monitoriza a vacinação contra a gripe durante a época gripal...

O Vacinómetro® concluiu que cerca de 83,9% dos indivíduos com 65 ou mais anos de idade e cerca de 73,3% dos indivíduos portadores de doença crónica já se vacinaram contra a gripe desde o início da época gripal, o que significa uma subida de 13,8 pontos percentuais em comparação com o período homólogo de 2020/2021.

Cerca de 64,2% dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes também já se encontram vacinados contra a gripe, o que revela um acréscimo de 3,2 pontos percentuais em comparação ao ano de 2020.

Entre aqueles que têm idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos, 38,7% decidiram tomar a vacina da gripe este ano.

Na análise realizada destaca-se ainda a proteção das mulheres grávidas com uma cobertura vacinal de cerca de 59,9%, que representa uma subida de 14,8 pontos percentuais em comparação com o período homólogo de 2020/2021

A 3ª vaga do Vacinómetro® inclui os dados recolhidos de 14 a 20 de dezembro, correspondente à 9ª semana após o início da 2ª fase de vacinação, à semelhança da análise realizada durante o período homólogo de 2020/2021. Esta análise considera: os indivíduos com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos de idade; os indivíduos com 65 ou mais anos de idade; portadores de doenças crónicas; profissionais de saúde em contacto com doentes; mulheres grávidas e, pela primeira vez este ano, os indivíduos entre os 18 e 59 anos de idade.

No total da amostra, foi possível aferir que 50,3% da população em análise já terá sido vacinada, um acréscimo de 14,4 pontos percentuais em comparação com os resultados de 23 de novembro de 2021 (35,9%).

Este ano também através da monitorização realizada à população entre os 18-59 anos de idade, foi apurado que 9,9% da amostra já terá sido vacinada - um aumento de 0,7 pontos percentuais em comparação com a 2ª vaga do Vacinómetro®.  Para esta análise, estão excluídos os indivíduos pertencentes ao grupo de doentes crónicos, profissionais de saúde e mulheres grávidas.

Do total do grupo de indivíduos vacinados, na amostra total estudada, os principais motivos que os levaram a vacinar-se foram por recomendação do médico (51,0 %), no contexto de uma iniciativa laboral (21,4%) e por iniciativa própria, porque procuram estar sempre protegidos (21,6%)

Os resultados apontam ainda que 19,3% da amostra total não vacinada ainda tenciona vacinar-se.

Dados preliminares
Os dados recolhidos até à data sobre a variante Ómicron parecem indicar que esta causa menor número de hospitalizações e também...

A chefe da unidade técnica da OMS para a Covid-19, María Van Kerhove, fez esta análise preliminar em conferência de imprensa, embora tenha salientado que ainda é cedo para confirmar que a variante Ómicron é menos grave do que a variante delta, dominante durante grande parte do ano 2021.

A variante Ómicron "não circulou ainda o suficiente entre a população mundial e entre as populações mais vulneráveis" para termos dados completos, disse a especialista norte-americana.

 

Para conhecer condições de trabalho
O Sindicato dos Enfermeiros – SE reúne hoje, durante a manhã, com os enfermeiros do Centro Hospitalar Universitário de São João...

O dirigente do Sindicato dos Enfermeiros recorda os próprios responsáveis do Centro Hospitalar “já admitiram que a taxa de absentismo está a aumentar de forma significativa, em particular junto dos enfermeiros”. “Estamos a falar de profissionais que estão num estado de exaustão e de fragilidade psicológica tal que isso coloca em causa a própria sustentabilidade dos cuidados de saúde no Centro Hospitalar", salienta ainda Pedro Costa.

Neste centro hospitalar, só nos primeiros dez meses do ano, de acordo com os dados do portal da Transparência do SNS, foram registados mais 19 mil episódios de urgência, mais 15 mil cirurgias e mais 72 mil consultas do que no mesmo período de 2020. Trabalho que, explica o presidente do SE, é efetuado com um quadro de profissionais em tudo similar ao que existia no início do ano. "E a verdade é que os enfermeiros, tal como os demais profissionais de Saúde do CHUSJ, têm sido chamados a colaborar na recuperação de listas de espera para cirurgias e consultas, na recuperação de diagnósticos e tratamentos em atraso".

 

Inquérito Serológico Nacional
Segundo os dados da terceira fase do Inquérito Serológico Nacional, a população residente em Portugal com mais de um ano de...

O estudo promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), mostra ainda que as regiões do Algarve e dos Açores foram aquelas em que se observou uma menor seroprevalência total (80,2% e 84,0%, respetivamente).

“Em relação às características da população, destaca-se a seroprevalência total mais elevada na população entre os 50 e os 59 anos (96,5%), nos indivíduos com ensino superior (96,0%) e nos indivíduos com duas ou mais doenças crónicas (90,8%)”, refere o INSA.

Os dados revelam que os grupos etários abaixo dos 20 anos foram aqueles em que se observaram seroprevalências totais mais baixas (17,9% entre 1-9 anos e 76,8% entre os 10-19 anos).

No que se refere à seroprevalência pós-infeção, os resultados demonstram “valores globalmente mais baixos” do que os obtidos na segunda fase do inquérito (7,5% versus 13,5%), o que, provavelmente, se encontra relacionado com o decaimento de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 ao longo do tempo, explica o INSA.

 

Melhor resposta
O Centro de Contacto do Serviço Nacional de saúde (SNS 24) vai acionar o mecanismo para reforçar o número de operadores “para...

Segundo a Ministra da Saúde, Marta Temido, “estamos neste momento a acionar o mecanismo para permitir que mais operadores estejam disponíveis na linha e com possibilidade de emitir prescrição de testes” de rastreio à Covid-19. Marta Temido adiantou que o SNS 24 está a “a trabalhar para conseguir dar a melhor resposta”.

“Mas a melhor resposta não depende só de uma parte deste anel de pessoas que contribui para que a infeção seja controlada, depende de todos”, cada um tem de “fazer o mais possível a sua parte”, reforçou a Ministra face ao aumento de novos casos de Covid-19 no país.

Nas suas declarações, Marta Temido apelou à responsabilidade individual e à vacinação daqueles que já estão em condições de ser vacinados para permitir controlar a situação, para não voltar “a ter ruturas nos serviços de saúde que naturalmente vão por força deste número de casos que está a aumentar e a ter mais procura em termos de linhas de contacto em termos de prescrição de testes, em termos de inquéritos e epidemiológicos”.

“Desejamos que esse impacto não se reflita nos hospitais, mas depende de cada um de nós”, concluiu Marta Temido.

 

 

 

Sem marcação obrigatória
Se necessita de um teste COVID-19 para ir apoiar o clube do seu coração ao vivo, ou para passar esta época festiva com a...

Nesta nova unidade poderá realizar os testes de antigénio comparticipados pelo SNS, de forma gratuita, mediante apresentação do cartão de cidadão no momento da testagem, e sem marcação obrigatória.

Os testes de antigénio a título particular, bem como os testes PCR - zaragatoa ou saliva - com comparticipação do SNS, ou a título particular, também podem ser aqui realizados, mas apenas com marcação obrigatória.

A marcação deve ser efetuada através da app SYNLAB Access, disponível para download na Apple Store (IPhone) ou Play Store (Android). Ou por contacto telefónico, para o número +315 227 666 362. Todos os testes marcados têm prioridade no atendimento.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 9.000 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 11 mortes em território nacional. O...

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Centro foram as regiões do país que registaram maior número de mortes, desde o último balanço: três cada, em 11. Seguem-se a região Norte e o Algarve com duas mortes cada e a região da Madeira com um óbito a assinalar nas últimas 24 horas.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 8.937 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 4.221, seguida da região Norte com 2.541 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 1.272 casos na região Centro, 183 no Alentejo e 353 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 282 infeções, e os Açores com 85.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 909 doentes internados, mais cinco que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais dois doentes internados, desde o último balanço: 155.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 3.754 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.145.663 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 78.059 casos, mais 5.172 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 3.687 contactos, estando agora 107.232 pessoas em vigilância.

Informa DGS
Os centros de vacinação contra a Covid-19 vão estar encerrados nos dias 24, 25, 26 e 31 de dezembro e no dia 1 de janeiro.

A informação foi avançada pela Direção-Geral da Saúde, que referiu, em comunicado, que na quinta-feira, dia 23 de dezembro, os centros de vacinação irão funcionar apenas em regime «Casa Aberta» para pessoas com idade igual ou superior a 65 anos.

Atualmente, está em curso o processo de vacinação com a dose de reforço de pessoas com 65 ou mais anos e maiores de 50 anos que tenham recebido a vacina da Janssen.

A vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos começou no passado fim de semana, em que foram vacinadas mais 95 mil crianças a partir dos 9 anos, um processo que será retomado a partir de 06 de janeiro.

Os dados mais recentes da DGS indicam que 8.651.327 pessoas têm a vacinação primária completa contra a Covid-19, 2.325.024 já receberam a dose de reforço e 2.309.140 foram vacinadas contra a gripe.

 

Responsabilidade social
No âmbito da sua política de responsabilidade social e à semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, a plural+udifar...

A Associação Bagos D’Ouro é uma IPSS de iniciativa exclusivamente privada que nasceu em 2010 com a missão de promover a educação de crianças e jovens carenciados do Douro como forma de inclusão social no território. Para além do acompanhamento da atividade desta associação, a plural+udifar apoiou financeiramente este projeto com o objetivo de acompanhar estas crianças e jovens até à sua inserção na vida ativa.

O "Espaço Saúde 360º Algarve’’ é uma iniciativa inovadora da Plataforma Saúde em Diálogo financiada em 70% pelo Programa Operacional Regional – CRESC Algarve 2020 e pela Portugal Inovação Social através de Fundos da União Europeia, e em 30% por cinco investidores sociais entre os quais a plural+udifar. É um projeto que pretende avaliar o impacto de várias iniciativas de promoção da literacia em saúde na qualidade de vida de cidadãos idosos, com poucos recursos económicos e baixa escolaridade na comunidade algarvia.

A Quercus e a plural+udifar assinaram um protocolo de apoio ao programa “Criar Bosques” com a duração de três anos, período durante o qual se comprometem a plantar 2.400 árvores. Trata-se de um programa de fomento e incentivo à criação de uma floresta autóctone com altos índices de biodiversidade e de produção de serviços de ecossistema. O objetivo deste compromisso a longo prazo é compensar as emissões de carbono, que são fruto da sua atividade diária de distribuição de medicamentos e produtos de saúde às farmácias de todo o país.

“Mais do que distribuir medicamentos, a plural+udifar acredita que tem a responsabilidade acrescida de intervenção social e ambiental, através do trabalho com instituições e tendo como resultado uma ação direta nas comunidades onde está inserida, para promoção da saúde e qualidade de vida na nossa comunidade e no nosso mercado específico. Temos tentado diversificar as instituições e a área geográfica onde se encontram, até porque a empresa já cobre o território nacional, e assim vamos conseguir contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente, através de donativos e atividades ambientais para minimização dos impactos ambientais resultantes dos nossos processos de distribuição farmacêutica como fornecedora de medicamentos e prestadora de serviços de retaguarda às farmácias”, explica Miguel Silvestre, Presidente da plural+udifar.

Esta iniciativa serve também “para dar oportunidade às instituições de se darem a conhecer, podendo ser o despertar da sociedade para alguns dos problemas que existem”, realça o responsável da plural+udifar.

A entrega dos donativos a estas três instituições aconteceu no dia 16 de dezembro numa cerimónia que decorreu na sede da plural+udifar e que contou com a presença dos responsáveis das instituições envolvidas, tendo cada uma delas tido a oportunidade de partilhar as suas principais atividades e preocupações.

Valor será usado para adquirir material médico
No 8ª Avenida, Centro Comercial gerido e comercializado pela consultora imobiliária CBRE, o Natal é sinónimo de solidariedade e...

Sérgio Queirós, Diretor do 8ª Avenida, reforça que “a pandemia da Covid-19 veio intensificar o contexto de enorme carência das instituições de saúde, quer ao nível de equipamentos, quer ao nível das infraestruturas. Neste sentido, não conseguimos ficar indiferentes aos pedidos de apoio locais e contribuímos com aquele que acreditamos ser um donativo que vai fazer a diferença no Natal das crianças internadas. Convidamos, assim, toda a comunidade a juntar-se a este movimento solidário e ajudar o próximo com o que estiver ao seu alcance”.

Virgínia Monteiro, Diretora do Serviço de Pediatria e Neonatologia do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E., acrescenta que “este donativo será utilizado na aquisição de equipamentos que vão aumentar a segurança e a precisão dos tratamentos que fazemos às crianças, além de lhes proporcionarem um maior conforto ao diminuírem a duração do internamento. Demonstro o meu sincero agradecimento, não apenas enquanto representante da instituição, mas enquanto cidadã, ao 8ª Avenida, pela sua iniciativa tão demonstrativa de um espírito de solidariedade e preocupação ao nível social. Com este contributo, o Centro Comercial reforça o seu sentido de pertença à comunidade local e apoia o estado da saúde infanto-juvenil, que os prepara para serem adultos bem capacitados, quer em termos académicos, quer em termos profissionais, bem como membros igualmente produtivos e integrados na sociedade”.

O valor disponibilizado pelo 8ª Avenida destina-se a um conjunto de equipamentos como monitores de monitorização cardiorrespiratória, seringas infusoras e uma TV plasma, dos quais o Hospital de São Sebastião, sede do CHEDV, necessitava para reforçar a sua atividade diária.

 

Campanha “Olhe pelas Suas Costas” acaba com mitos sobre dores nas costas
A dor nas costas é um dos problemas de saúde que mais leva as pessoas a procurarem ajuda médica ou a

“A manutenção de um peso adequado e a prática regular de exercício físico, evitando o sedentarismo, são os mais importantes cuidados a ter para manter a saúde da coluna vertebral, minimizar as dores e evitar intervenções cirúrgicas.  Por outro lado, é crucial procurar ajuda especializada quando surgem dúvidas ou dores persistentes, evitando reger-se por mitos que muitas vezes são erradamente divulgados”, alerta Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador da campanha nacional “Olhe pelas Suas Costas”.

Dor na coluna é comum: VERDADE

Cerca de 80% da população terá pelo menos uma crise de dor nas costas ao longo da sua vida. Estes episódios são habitualmente benignos e resolvem-se espontaneamente, através de medicação ou de outros cuidados.  No entanto, se a dor for persistente ou afetar a perna ou o braço, é importante procurar o seu médico assistente, para um diagnóstico e tratamento adequados. A patologia da coluna vertebral é hoje a principal causa de anos vividos com incapacidade, em todo o Mundo.

Quanto mais repousar, melhor será o resultado: MITO

O repouso pode ser benéfico para as dores na coluna, mas deve ser limitado aos primeiros dias apenas. Demasiado tempo na cama pode inclusive atrasar a recuperação. É recomendável repousar na cama apenas se a dor for muito intensa, na maioria dos casos será suficiente apenas reduzir a atividade e esforços.

Fazer pequenas pausas é crucial para a saúde das costas: VERDADE

Seja a trabalhar em pé ou sentado, fazer curtas pausas em atividades prolongadas é benéfico para a saúde das suas costas. Passar demasiado tempo sentado ou na mesma posição e o sedentarismo frequentemente contribuem para as dores.  Fazer pausas para andar um pouco ou fazer alongamentos é uma boa opção.

Pessoas com dores nas costas não devem fazer exercício físico: MITO

Muitas pessoas têm medo de realizar exercício físico quando têm dores nas costas. No entanto, o exercício físico regular, desde que seja iniciado de forma gradual e correta, ajuda a manter o corpo saudável e fortalece os músculos, reduzindo a dor e o desconforto.

Caminhar, andar de bicicleta, fazer alongamentos, natação e pilates são exemplos de exercícios benéficos para a saúde da sua coluna. Procure aconselhamento especializado junto dum fisioterapeuta, fisiologista do exercício ou personal trainer.

Fumar e o stress são fatores de risco para as dores nas costas: VERDADE

A nicotina restringe o fluxo sanguíneo para os discos que amortecem as vértebras, acelerando o seu desgaste. Os fumadores apresentam também uma recuperação mais lenta após fraturas ósseas e cirurgias de fusão da coluna.

Já o stress pode manifestar-se sob a forma de variados sinais e sintomas, impactando a saúde física e mental. No que diz respeito ao sistema musculoesquelético, podem surgir sintomas associados à tensão muscular crónica, uma vez que este é um fator de risco para o desenvolvimento de dores nas costas, nomeadamente ao nível da zona do pescoço e da região lombar da coluna.

Se for operado à coluna provavelmente necessitará de passar a utilizar uma cadeira de rodas: MITO

Nem sempre a dor na coluna é tratada com recurso à cirurgia. Esta está indicada apenas em alguns casos, mas quando é necessária, hoje em dia, já é possível realizá-la de forma pouco invasiva. Mais do que nunca, a tecnologia tem ajudado a reduzir complicações, tornando a cirurgia da coluna vertebral extremamente segura. Muitas vezes, o doente recebe alta nas primeiras 24h. O risco de complicações graves após uma cirurgia à coluna que, por exemplo dificulte o andar, é infinitamente baixo.

A dor nas costas afeta cerca de 150 mil portugueses e é a segunda causa mais frequente de idas às urgências hospitalares em Portugal. Podem afetar qualquer um dos segmentos da coluna, variando em intensidade, frequência e características. A lombalgia é o tipo de dor mais comum, mas existem ainda a cervicalgia e a dorsalgia.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
App lusa conquista mais dois mil pacientes em quatro meses de operação
As restrições impostas pelo combate à COVID-19 voltam a reforçar a importância das consultas médias por videoconferência como...

E não é por acaso que, revela António Pina, CEO da YesDoc, uma parte “muito significativa dos inscritos na plataforma reside fora dos grandes centros urbanos”. “Esta é uma forma que as pessoas encontraram para continuar a ter acesso a consultas médicas, evitando, desde logo, longas deslocações que implicam gastos significativos e, naturalmente, um acréscimo de risco de contágios”.

De acordo com um estudo recente da Associação Portuguesa da Telemedicina, cerca de 85% dos profissionais de saúde não realizavam consultas à distância, antes da pandemia. Porém, durante a crise de saúde pública atual, cerca de 94% começaram - e continuam - a fazê-lo regularmente. Mais. Aproximadamente 70% admitiu mesmo querer continuar a realizar teleconsultas no futuro.

A telemedicina já havia demonstrado os seus benefícios e eficácia, mas as imposições de distanciamento social e profissional ditadas pela disseminação da Covid-19 - agora agravadas pela capacidade de propagação da nova estirpe (Ómicron) -, está a permitir catapultar as potencialidades do recurso tecnológico de uma forma progressiva.

Mais a mais, sublinha o CEO da YesDoc, as consultas clínicas por videoconferência “permitem aliviar hospitais, centros de saúde e gabinetes médicos de consultas desnecessárias”, além de possibilitar recuperar atos suspensos, combater listas de espera e, de uma forma generalizada, melhorar tempos de resposta.

António Pina acredita que “soluções do calibre da YesDoc poupam as pessoas aos riscos associados a uma maior exposição a vírus e bactérias, e não apenas o SARS-Cov-2, nas visitas regulares a unidades de saúde. 

Aumento “muito expressivo” de consultas online

Com um foco especial no paciente, a YesDoc é, na prática, um consultório online, ao qual já aderiram 23 médicos de várias especialidades (saúde pública, medicina geral e familiar, hematologia clínica, medicina interna, ortopedia, psiquiatria, reumatologia, gastrenterologia, ginecologia/obstetrícia, pediatria, cardiologia, dermatologia e pneumologia).

A App (disponível na Google Play e na Apple Store) permite aos pacientes escolher, de uma forma rápida e intuitiva, a especialidade clínica, o médico, o dia e a hora das videoconsultas (de meia hora de duração), em qualquer lugar do globo e horário. Elas têm um custo unitário de 40 euros nos dias úteis (se realizadas entre as 8 e as 20 horas) e 50 euros aos fins de semana e feriados (e, adicionalmente, se marcadas entre as 20 e a 8 horas dos dias úteis. Os agendamentos só ficam validados após o pagamento no ato da marcação (por referência Multibanco, MB Way e Visa).

“Portugal dispõe de uma ótima rede de telecomunicações e de Internet e, igualmente, uma das maiores taxas de utilizadores de smarthphones. E tudo leva a crer que teremos a curto prazo um incremento muito expressivo de consultas médicas por videoconferência, que incluirá não só transmissão de som e imagem, como outras valências que permitam uma maior interação com os pacientes”, assegura António Pina.

O YesDoc apresenta-se como um recurso seguro (evita aglomerados em salas de espera e/ou transportes públicos) para pessoas que se encontram fora da sua residência, por motivo de férias, deslocação em trabalho ou estudos; obvia as deslocações de pessoas com dificuldades de locomoção; e possibilita aos médicos otimizarem as suas disponibilidades de agenda, e exercer a sua profissão sem custos associados, aumentando o potencial  de alcançar mais pacientes, sem necessidade de estarem localizados nos grandes centros urbanos.

O YesDoc atua de modo independente, não obriga ao pagamento de qualquer mensalidade, ou à fidelização de qualquer serviço, e assegura disponibilidade médica durante 24 horas por dia, sete dias por semana.

Universidade de Coimbra
Uma equipa multidisciplinar da Universidade de Coimbra (UC) estudou e testou três formas simples e baratas de descontaminação...

O estudo, coordenado por Marco Reis, docente e investigador do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), abrangeu máscaras cirúrgicas, KN95 e máscaras sociais – os tipos de máscaras mais usadas –, e teve como objetivo testar métodos de descontaminação simples e eficazes, passíveis de chegar a vários setores da sociedade, especialmente pequenas e médias empresas (PMEs) e público em geral, de modo a mitigar um problema ambiental complexo gerado pela pandemia de Covid-19.

«O acesso generalizado a aparelhos de proteção respiratória (APR) é um elemento essencial no combate a qualquer crise pandémica. Porém, o seu uso massificado gera um problema ambiental, uma vez que as máscaras são tratadas como lixo comum – para não mencionar a existência frequente de APRs usados nas ruas e passeios, o que constitui em si mesmo um risco para a saúde pública», fundamenta o coordenador do estudo, que teve a colaboração do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE).

Além disso, acrescenta, «nos picos pandémicos, podem existir situações de rutura no acesso a APRs. Uma solução eficaz para ambos os problemas passam pelo seu reuso, em condições de segurança».

Após a análise de um vasto leque de protocolos de descontaminação existentes, a equipa decidiu focar-se em três métodos: lavagem com uma solução de hipoclorito de sódio diluído (a vulgar lixívia), nebulização com peróxido de hidrogénio (a conhecida água oxigenada) e

esterilização por vapor de água em micro-ondas. Dependendo do contexto de utilização, «estes métodos são facilmente implementados e não requerem grandes investimentos. Para as famílias, a lavagem com uma solução de hipoclorito de sódio e a esterilização a vapor em micro-ondas são as soluções com maior potencial. Aliás, os sacos de esterilização a vapor já são usados atualmente, por exemplo, para esterilizar produtos para bebés», diz o investigador.

A nebulização com peróxido de hidrogénio é um método igualmente simples, mas requer um pequeno investimento – a aquisição do nebulizador e de uma câmara. «É um sistema apropriado para PMEs ou para centros de saúde, quarteis de bombeiros, esquadras de polícia, municípios, entre outros», ilustra Marco Reis.

Neste projeto, os cientistas não só avaliaram a eficácia da descontaminação microbiológica, como também o impacto dos tratamentos na eficiência de filtração, permeabilidade e características estruturais das máscaras, ao longo de 10 ciclos de utilização. Para realizar as experiências, o grupo de Microbiologia Ambiental do Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos usou esporos de bactérias como indicadores de esterilização, que indicam a eliminação de todos os seres vivos, bactérias e vírus, incluindo o SARS-CoV-2.

Os resultados do estudo revelaram uma eficácia de praticamente 100% na descontaminação dos três tipos de máscaras experimentadas. Em geral, «os tratamentos aplicados são altamente eficazes na sua ação de descontaminação, podendo mesmo atingir o nível de “esterilização”, ou seja, uma redução superior a 99,9999% no número de células viáveis. Os tratamentos que não atingiram o nível de esterilização apresentaram pelo menos uma eficácia classificada como “desinfeção”, correspondente a uma redução superior a 99,9% no número de células viáveis», salienta o cientista da FCTUC.

Em relação aos estudos de eficiência de filtração, realizados no CITEVE, os resultados indicam que esta importante característica para a proteção dos utilizadores e de terceiros «não foi afetada de forma significativa. Registaram-se apenas alguns efeitos na permeabilidade dos aparelhos, que, essencialmente, podem interferir no conforto

de uso (respirabilidade). O impacto dos tratamentos nas características físico-químicas das máscaras foi também escrutinado (no Centro de Investigação do Departamento de Engenharia Química, o CIEPQPF), não se detetando mudanças químicas relevantes nas superfícies das máscaras, mesmo após 10 ciclos de tratamento», sublinha.

No entanto, o docente esclarece que apenas o uso de vapor gerado em micro-ondas pode ser aplicado de imediato, «desde que não sejam colocadas máscaras com componentes metálicos». Para a aplicação dos tratamentos com peróxido de hidrogénio nebulizado e solução de hipoclorito de sódio diluído, ainda são necessários «estudos de desgaseificação para assegurar a inexistência de resíduos químicos decorrentes destes tratamentos», previne.

O projeto, designado “Avaliação da Eficácia de Descontaminação e Segurança de Reutilização de Aparelhos de Proteção Respiratória (APR)” foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito da medida “Research 4 Covid-19”. Além de Marco Reis, participaram no estudo Paula Morais, Hermínio Sousa, Roberta Lordelo, Rafael Botelho, Rita Branco e Ana Dias.

Relatório INSA
Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), a variante Ómicron do vírus SARS-CoV...

De acordo com o relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) sobre a diversidade genética do coronavírus SARS-CoV-2 no país, “os dados obtidos desde o dia 15 de dezembro consolidam a perspetiva de que a variante Ómicron será dominante (maior do que 50%) em Portugal na presente semana (20 a 26 de dezembro), em paralelismo com o cenário observado em outros países como, por exemplo, a Dinamarca e o Reino Unido”.

O relatório refere que esta variante registou na semana 48 (29 de novembro a 5 de dezembro; análise concluída) e na semana 49 (6 a 12 de dezembro; dados em apuramento) frequências relativas de 1,6% e 2,5%, respetivamente.

“Este resultado sugere uma baixa circulação da variante Ómicron no final de novembro/início de dezembro, em forte contraste com o aumento abrupto de circulação desta variante estimado para os dias seguintes, com base na estratégia de monitorização em tempo real da “falha” na deteção do gene S”, pode ler-se no documento.

Segundo o INSA, “o recurso a este critério tem permitido identificar, desde o dia 6 de dezembro, um crescimento exponencial na proporção de casos prováveis, tendo atingido uma proporção estimada de 46,9% no dia 20 de dezembro”.

Relativamente à variante Delta, os dados indicam que nas semanas 47 e 48 (entre 22 de novembro e 5 de dezembro), com amostragens fechadas e análises concluídas, registou-se uma frequência relativa de 99,8% e 98,4%, respetivamente. Na semana 49 (6 a 12 de dezembro, cujos dados ainda estão em apuramento), a variante Delta apresentava uma frequência relativa provisória de 97,5%.

 

Páginas