Doença aguda viral que afeta principalmente as vias respiratórias
A gripe é uma doença contagiosa que pode causar complicações graves a quem a contrai.

1. Quem deve vacinar-se contra gripe?

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para os seguintes grupos prioritários:

  • pessoas com idade igual ou superior a 65 anos
  • doentes crónicos e imunodeprimidos, com mais de 6 meses de idade
  • grávidas
  • profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados
  • residentes em instituições
  • utentes e doentes apoiados no domicílio
  • reclusos e profissionais dos estabelecimentos prisionais

Recomenda-se também a vacinação das pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos. Todos estes grupos têm acesso à vacinação gratuita. Para as pessoas não abrangidas pela vacinação gratuita no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a vacina contra a gripe é dispensada nas farmácias através de prescrição médica, com comparticipação de 37%.

2. Estou abrangido pela vacinação gratuita do SNS. Quando vou levar a vacina?

Deverá aguardar pelo contacto da sua unidade de saúde, através de SMS automático, telefonema ou carta, através dos quais será efetuado o agendamento.

3. A vacina vai impedir que tenha gripe?

A vacina diminui muito o risco de contrair infeção. No entanto, mesmo após a vacinação, é possível ter gripe, dependendo de fatores como a idade ou o estado de saúde geral e sobretudo se os vírus presentes na vacina desse ano não coincidam completamente com os vírus dessa época de gripe. De qualquer modo, se for infetada, a pessoa vacinada terá um menor risco de ter complicações.

4. A vacina pode provocar gripe?

A vacina contra a gripe não contém vírus vivos, pelo que não pode provocar a doença. O que pode acontecer é o desenvolvimento de alguns efeitos que se assemelham aos sintomas da gripe ou constipação, como inchaço ou dor na zona onde foi administrada a vacina, náuseas ou febre ligeira.

5. Estou com gripe. Posso tomar a vacina?

Não. A vacinação deve ser adiada em caso de doença febril, moderada ou grave, ou doença aguda.

6. Quanto tempo depois de administrada a vacina fico protegido contra a gripe?

A vacina faz com que o organismo desenvolva anticorpos cerca de 2 semanas após a sua administração.

7. Porque tenho de repetir a vacina todos os anos?

Os vírus da gripe estão em constante mudança. Deste modo, a imunidade que a vacina nos oferece num ano não é duradoura ou válida no ano seguinte. Assim, a vacina é diferente em cada ano.

8. Tomei a vacina contra a Covid-19. Também preciso de tomar a da gripe?

Sim. A vacina contra a gripe deve ser administrada todos os anos e é importante para prevenir a gripe e as suas complicações. A vacina contra a COVID-19 desempenha um papel fundamental no controlo da pandemia, já que diminui o risco de contrair a doença, além de evitar complicações e a morte.

9. Tomei a vacina contra a Covid-19 na semana passada. Já posso tomar a vacina contra a gripe?

Não. A administração da vacina contra a gripe deve respeitar um intervalo mínimo de 14 dias em relação à administração da vacina contra a COVID-19.

10. Até quando pode ser administrada a vacina contra a gripe?

A vacinação deve ser feita durante o outono/inverno, de preferência até ao final do ano civil. As receitas médicas com a prescrição da vacina contra a gripe são válidas até 31 de dezembro do corrente ano.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
A inexistência de cuidados primários para a saúde da visão no Serviço Nacional de Saúde (SNS), as gi

Em Portugal, 260 mil pessoas sofrem perda de visão moderada a grave e 42 mil sofrem de cegueira. Dois milhões de pessoas têm dificuldade em ver e um milhão sofre de erros refrativos.

Devemos questionar-nos por que motivo o SNS continua a falhar não assegurando cuidados primários para a saúde da visão. Porque falha o Estado Português em não assegurar a proteção dos utentes de pessoas sem as qualificações para a prática de atos optométricos. Porque falha o Ministério da Saúde em não assegurar o acesso aos cuidados primários para a saúde da visão. Porque falha em não assegurar cuidados para a saúde da visão atempados. Porque falham os Optometristas por cumplicidade com todas estas situações. Só reconhecendo porque se falha, é possível encontrar soluções e implementar estratégias bem-sucedidas.

Não podemos pactuar com inércia de quem decide, com corporativismo de interesses instalados, com esquemas formativos ilusórios e com interesses comerciais que se sobreponham aos interesses dos utentes. Não aceitaremos, nem cederemos um milímetro na defesa de quem sofre de deficiência visual e cegueira nas infindáveis listas de espera do SNS, das crianças prejudicadas no seu desenvolvimento porque não lhes foram prestados atempadamente os devidos cuidados, dos idosos que mergulham no isolamento e perda de autonomia devido à deficiência visual, dos adultos que não veem para sustentar os seus e de todos os utentes que são defraudados por quem usurpa a nobre profissão de Optometrista.

A luta contra a deficiência visual e cegueira evitável foi, e continuará a ser, uma batalha perdida pelo SNS, caso uma verdadeira estratégia não seja adotada.

A saúde da visão é uma componente essencial da cobertura universal de saúde, deve ser incluída no planeamento, definição de recursos e prestação de cuidados de saúde. A cobertura universal de saúde não é universal sem cuidados para a saúde da visão acessíveis, de qualidade e equitativos.

Para assegurar cuidados de saúde abrangentes, incluindo promoção, prevenção, tratamento e reabilitação é necessária uma ação intersectorial coordenada, para melhorar de forma sistemática e definitivamente a saúde da visão da população, assim

como em iniciativas de envelhecimento saudável e literacia para a saúde da visão, nas escolas e locais de trabalho.

No que respeita aos cuidados para a saúde da visão, este é um SNS que sofre de cegueira seletiva às soluções existentes. Enquanto alguns não quiserem ver, muitos outros irão cegar.

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Pedro Curto e Isaura Simões
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) descobriu como é...

Ao contrário do que se possa pensar, as carraças não são as responsáveis pela febre da carraça, mas sim os microrganismos que podem estar no seu interior. A Rickettsia é uma das bactérias que podem ser encontradas em parasitas, como as carraças, pulgas ou piolhos e que podem ser transmitidas aos humanos através da sua picada. Atualmente, as alterações climáticas estão a favorecer estes parasitas, pois o aumento da temperatura global permite que estes estejam ativos mais tempo durante o ano. Como consequência, há uma maior dispersão geográfica de parasitas que podem transportar bactérias perigosas para a saúde humana.

Com o objetivo de perceber como é que estas bactérias infetam o nosso organismo, Pedro Curto e Isaura Simões, investigadores do CNC-UC, estudaram uma proteína presente na superfície da bactéria Rickettsia, a APRc. «Após a picada de uma carraça infetada, a Rickettsia entra na corrente sanguínea onde vai ser exposta a toda a maquinaria do nosso sistema imunitário. Neste ponto, a prioridade da bactéria será proteger-se e entrar a todo o custo nas nossas células, pois a sua sobrevivência e capacidade de infeção dependem disso», esclarece Pedro Curto, primeiro autor do estudo.

«Os microrganismos infeciosos possuem diversos mecanismos de escape ao nosso sistema imunitário. Já suspeitávamos que a proteína APRc, presente na superfície de Rickettsia, tem um papel importante na evasão da bactéria, mas neste estudo descobrimos que, para além disso, também a protege, impedindo que o sistema imunitário a elimine», explica Isaura Simões, líder do estudo.

Este trabalho, já publicado na revista mBio, mostrou que a proteína APRc consegue ligar-se a anticorpos presentes na corrente sanguínea, impedindo o ataque do sistema imunitário e atuando como um escudo. Verificou-se ainda que a APRc oferece proteção extra à bactéria contra a atividade bactericida das proteínas presentes no soro (parte do sangue).

«Este é um passo importante da biologia fundamental e um contributo para o desenvolvimento de novas terapêuticas contra doenças infeciosas, que, infelizmente, estão a assumir um papel cada vez mais presente no mundo atual», salientam os autores da investigação.

O estudo contou com o financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do programa COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização –, e de fundos nacionais, através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

O artigo científico está disponível em https://journals.asm.org/doi/10.1128/mBio.03059-21

A tecnologia PET/CT é essencial em oncologia
Os Hospitais da Universidade de Coimbra-CHUC, promovem hoje uma sessão para assinalar a entrada em funcionamento do novo...

A sessão irá contar com a presença do Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, do Presidente do Conselho de Administração do CHUC, Carlos Santos, do Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Carlos Robalo Cordeiro, do Presidente do Centro Académico Clínico de Coimbra, Joaquim Murta, do Coordenador da BIN (Rede Nacional de Imagiologia Funcional Cerebral), Miguel Castelo-Branco, do Diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa, Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, do Conselho Diretivo do Departamento de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica do CHUC e da Diretora do Serviço de Medicina Nuclear do CHUC, Gracinda Costa.

O tomógrafo PET/CT, agora instalado no CHUC, foi adquirido no âmbito da rede científica BIN. Para além de outros equipamentos, o projeto envolveu a aquisição de dois tomógrafos PET/CT, um vocacionado para a investigação médica que foi instalado no ICNAS e o outro, focado na vertente clínica, que foi instalado no CHUC. O investimento para o projeto ascendeu a vários milhões de euros, e foi co-financiado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Os dois tomógrafos PET/CT digitais, agora instalados, vão aproximar ainda mais o Hospital da Universidade, tendo como suporte o Centro Académico Clínico de Coimbra, permitindo, assim, uma colaboração mais profícua entre os profissionais de saúde e os investigadores.

Este equipamento médico veio substituir um tomógrafo com mais de 16 anos representando, deste modo, um importante salto tecnológico para o CHUC, uma vez que se trata de um modelo com tecnologia digital, o 1º a ser instalado em todo o SNS. Os profissionais do Serviço de Medicina Nuclear já tiveram a oportunidade de constatar a excelência da qualidade de imagem, que se irá também refletir na produtividade e na menor dose de radiação ionizante associada a cada exame.

A tecnologia PET/CT é essencial em oncologia, uma vez que contribui para um conhecimento mais profundo da doença auxiliando, deste modo, na definição da melhor estratégia de tratamento e de seguimento de cada doente. Trata-se de uma ferramenta que está alinhada com a chamada Medicina Personalizada. O entusiasmo da comunidade médica é tão grande, que as indicações para esta técnica de imagem estão em franca expansão, sendo atualmente realizada também em contextos inflamatórios, em várias doenças neurológicas e em patologia cardíaca.

 

Minimizar a ansiedade e a sensação de claustrofobia
Para minimizar a ansiedade e a sensação de claustrofobia de quem realiza este exame, as clínicas Joaquim Chaves Saúde em...

É um exame que causa ansiedade a muitos daqueles que têm que fazê-lo, não por causar dor, mas pela sensação de claustrofobia. Contudo, segundo Carla Sá, Técnica Superior de Radiologia, responsável pelo serviço de Imagiologia das Clínicas Médicas da Joaquim Chaves Saúde, “a Ressonância Magnética é um dos exames mais avançados de diagnóstico por imagem. No entanto, pode demorar entre vinte a sessenta minutos, é barulhento (o que está inerente ao funcionamento do equipamento) e realizado em ambiente fechado”. Para melhorar a experiência dos pacientes, a Joaquim Chaves dispõe agora, nas suas três clínicas (Cascais, Miraflores e Sintra), novos espaços para a realização deste exame, onde tudo foi pensado ao pormenor, com o intuito de “criar um ambiente agradável, de modo a obter bons resultados”, já que “é fundamental, em saúde, ambientes que transmitam tranquilidade, harmonia e conforto e, assim, minimizem o excesso de tensão e apreensão durante o tempo do exame”.

“A iluminação e as cores são fatores que atuam no equilíbrio psicofisiológico dos pacientes”. Por isso, desde a decoração até aos equipamentos, quem procura as clínicas Joaquim Chaves para realizar uma Ressonância Magnética tem agora à sua disposição um serviço melhorado. Cada uma das salas de exame das clínicas foi decorada com base num tema – Clínica de Cascais: praia, com vista para a Ponta do Salmôdo e para o farol de Santa Marta; Clínica de Sintra: serra de Sintra, com imagens do Palácio de Sintra; Clínica de Miraflores: Parque Urbano de Miraflores, com vista para a ribeira de Algés –, para que o paciente possa “entrar numa sala que transmita uma sensação de espaço amplo, luminoso, tranquilo, transportando-o, através da ilusão ótica, para um sítio que não a sala de exame”. Como refere Carla Sá, isto “ajudará, em muito, a eliminar o excesso de tensão e ansiedade, permitindo maior colaboração do paciente durante o exame, o que resulta em qualidade e celeridade do mesmo”.

Atualmente, os “equipamentos recentes já têm um diâmetro de abertura maior, melhor iluminação e o ‘tubo’ é aberto nas duas extremidades, ajudando a reduzir a claustrofobia”. Ainda assim, na maioria dos locais, o exame é realizado num ambiente simples, onde é pedido a quem realiza este exame que imagine estes cenários tranquilos, de olhos fechados. Nas clínicas Joaquim Chaves, com esta decoração, com estes novos equipamentos e ainda com a possibilidade do paciente ouvir música durante o exame, estes têm uma experiência melhorada, com um atendimento diferenciado.

Maioria dos influenciadores de saúde não possuem conhecimento científico
A Ordem dos Nutricionistas assinala o “Dia do Nutricionista” com uma conferência totalmente dedicada à comunicação digital na...

A conferência “Comunicação Nutricional Digital – Oportunidades e Riscos” vai ser dirigida pela Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e Membro da Comissão de Ética da Ordem dos Nutricionistas, Maria do Céu Patrão Neves. 

Ao longo das últimas décadas, a quantidade de informação digital na área da nutrição tem crescido de forma exponencial e não estruturada. Esta vasta informação pode ser assimilada, sem critérios de seleção plausíveis, com dificuldade em distinguir os factos das opiniões, a verdade da falsidade. Os nutricionistas, tem um importante papel a desempenhar, podendo a comunicação nutricional digital constituir uma oportunidade para a profissão, mas não é isenta de riscos. A confiança nos profissionais de saúde é a pedra angular pois sem confiança, nenhuma mensagem, por mais verdadeira e sensata que seja, logra informar e formar, educar para as novas realidades e orientar para novos comportamentos, pelo que a Ordem dos Nutricionistas considera que é necessário um detabe participado sobre este tema atual da informação que é transmitida online. 

“Este é um tema que é, inegavelmente, cada vez mais atual e fraturante. Atentos a esta tendência, não podíamos deixar de abordar a questão da comunicação digital de nutrição que, defendemos, tem de ser factual, rigorosa e de qualidade, assente em evidência científica, para que possa ser benéfica para todos: tanto para o rigor da profissão, como para a saúde de todos”, explica Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas. 

A cerimónia que assinala, em simultâneo, o 11.º aniversário da Ordem dos Nutricionistas e o “Dia do Nutricionista”, vai contar, ainda, com a entrega de Medalhas de Mérito aos profissionais que se tenham destacado ao longo do seu percurso. 

Recorde-se que a Ordem dos Nutricionistas tem vindo a comemorar o “Dia do Nutricionista”, a 14 de dezembro, de modo a que seja agradecido o contributo e o papel dos nutricionistas portugueses para a sociedade, nas suas diferentes áreas de atuação, e junto de diversos grupos populacionais, com vista à promoção da saúde e à prevenção da doença, através da alimentação. A data escolhida assinala, igualmente, a criação da Ordem dos Nutricionistas, após a publicação da Lei n.º 51/2010.

Dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias 2020
As doenças respiratórias foram responsáveis por 13.305 mortes em Portugal durante o ano de 2018 (11,7%), sendo a pneumonia uma...

O Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR) divulgou hoje, numa sessão online, o Relatório de 2020, que faz uma análise da realidade da doença respiratória em Portugal em 2019, referindo ainda o peso da pandemia da covid-19 nesta. A 14ª edição deste relatório, que juntou vários especialistas de renome da área da saúde respiratória em Portugal, destaca as 36 mortes diárias em Portugal devido às doenças respiratórias não covid. Destaca-se ainda a perda económica total anual estimada de 3,5 mil milhões de euros devido a estas doenças em 2019, um valor que se agrava para mais de 37 mil milhões de euros em 2020 devido à pandemia.

As doenças respiratórias continuam a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade, não só em Portugal como também a nível mundial. Em 2018, estas doenças foram responsáveis por 13.305 mortes em Portugal. Ainda que a maioria possa ser prevenida ou tratada através de intervenções economicamente acessíveis, o ONDR explica que não tem havido uma redução da sua prevalência. No entanto, a mortalidade por doença das vias aéreas inferiores, tuberculose e asma diminuíram nas últimas décadas.

Já a pneumonia foi um uma das doenças respiratórias que mais matou, tendo sido responsável por 5.799 mortes em 2018, e é causa de um número crescente de internamentos hospitalares. Além disto, em Portugal, ano após ano, as taxas de mortalidade por pneumonia em Portugal são das mais elevadas dos países da OCDE.

O tumor maligno da traqueia, brônquios ou pulmão, o quarto tumor maligno mais incidente em Portugal e um dos mais letais, representou 3,8% do total de mortes em Portugal. A nível mundial, o cancro do pulmão afetou 2,1 milhões de pessoas e provocou 1,7 milhões de mortes.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) continua a ter uma expressão importante na morbilidade e mortalidade por doença respiratória, representando 2,5% da mortalidade em Portugal no ano de 2018 (2.842 mortes), o que correspondeu a um aumento de 7,9% face a 2017. Entre 2011 e 2019, o número de utentes com problemas ativos de asma e DPOC nos cuidados de saúde primários aumentou cerca de 182% e 152%, respetivamente. Em dezembro de 2019, existiam 316.578 e 137.774 doentes com estas duas patologias em acompanhamento nos cuidados de saúde primários.

O tabaco continua a ser um fator de risco para esta e outras doenças respiratórias. Em 2017, 17% da população com 15 anos ou mais era fumadora, uma redução de 3% face a 2014. Ainda assim, é expectável que o número de doentes com DPOC cresça nos próximos anos. Deu-se um aumento de ex-fumadores, mas os jovens continuam a iniciar-se nesta dependência. Em 2019, nesse grupo populacional, a percentagem de ex-fumadores era de 21,4%.

Foi ainda analisada a síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS), tendo-se verificado um aumento da sua prevalência, com estudos que apontam para SAOS moderada a grave na ordem dos 23,4% nas mulheres e 49,7% nos homens. O único estudo realizado em Portugal estimou uma prevalência de SAOS de 0,89% na população com 25 ou mais anos. Esta prevalência menor do que a estimada noutros países pode revelar um subdiagnóstico desta condição clínica no país, o que pode ser explicado pela escassez de laboratórios de sono e de especialistas em medicina do sono.

Estas doenças acarretam um peso significativo para a sociedade, que resulta da soma dos custos relacionados com a utilização dos serviços de saúde, as perdas de produção em resultado da doença e a redução da qualidade e anos de vida sofrida pelos doentes.

O peso económico das doenças respiratórias em 2019 representou uma perda de valor de cerca de 3,5 mil milhões de euros, sendo que o aparecimento da covid-19 alterou radicalmente o impacto económico destas doenças e, relação a outras com um peso mais significativo. Estima-se que em 2020 a pandemia terá provocado uma perda de valor superior a 37 mil milhões de euros.

José Alves, pneumologista e presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, explica que “observou-se que durante os meses de pandemia analisados (março a maio de 2020) ocorreram menos internamentos por doenças do aparelho respiratório do que o previsto anteriormente, com uma redução média nacional de 50%. Os ambulatórios tiveram uma redução de 84%.  A justificação para esta diminuição não é conhecida, sendo que poderá estar relacionada com um melhor atendimento, a diminuição da poluição sentida, a melhoria da autogestão de doenças crónicas proporcionada por um receio de contrair a covid-19”.

“No entanto, a Ordem dos Médicos revela uma quebra de três milhões de consultas durante o mesmo período. O Observatório reforça a importância de se perceber num curto espaço de tempo se esta diminuição poderá levar a um atraso em diagnósticos ou ao aumento de pessoas com doenças em estado mais avançado”, conclui José Alves.

O relatório reforça ainda a existência de vacinas contra as doenças respiratórias que têm um impacto importante na redução da morbimortalidade em Portugal, destacando as vacinas contra o Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Bordetella pertussis como as mais relevantes no nosso contexto atual.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados cerca de 2300 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 15 mortes em território nacional. Nos...

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo, a região Centro, o Alentejo e Algarve foram as regiões do país que registaram maior número de mortes, desde o último balanço: três mortes cada. Segue-se a região Norte com dois óbitos a assinalar nas últimas 24 horas, e a região Autónoma da Madeira com uma morte registada.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 2.314 novos casos. A região Norte foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 783, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 749 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 389 casos na região Centro, 54 no Alentejo e 215 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 105 infeções, e os Açores com 19.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 994 doentes internados, mais 30 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais um doente internado, desde o último balanço: 144.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.878 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.109.391 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 68.538 casos, mais 421 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 839 contactos, estando agora 90.759 pessoas em vigilância.

Dados DGS
Portugal já administrou dois milhões de doses de reforço da vacina contra a Covid-19 e cerca de 2,2 milhões de doses da vacina...

A Direção-Geral da Saúde recorda que a vacinação é a melhor forma de proteção contra a doença grave, internamentos e morte, reforçando o apelo para que as pessoas que ainda não estão vacinadas efetuem o agendamento em https://covid19.min-saude.pt/pedido-de-agendamento. O autoagendamento está disponível para pessoas com 65 ou mais anos.

Está ainda disponível a modalidade “Casa Aberta” para a vacinação de utentes com idade igual ou superior a 75 anos. Para tal, basta que se dirijam diretamente ao centro de vacinação ou centro de saúde, devendo consultar os horários em https://covid19.min-saude.pt/casa-aberta/

“Para a dose de reforço no regime de “Casa Aberta”, são elegíveis os utentes que não tiveram Covid-19 nos últimos 150 dias e já completaram o esquema vacinal há pelo menos 150 dias”, realça a Direção Geral de Saúde.

 

Integrada na nova Ala Pediátrica do Centro Hospitalar Universitário de São João
Abriu hoje, dia 13 de dezembro de 2021, a Sala de Brincar Ronald McDonald, uma inovadora zona lúdica para crianças e pais...

Desenvolvido em parceria com o Centro Hospitalar de São João, o novo projeto da Sala de Brincar Ronald McDonald surge para transformar e melhorar a experiência hospitalar de crianças em internamento hospitalar e suas famílias ao proporcionar-lhes um espaço único e diferenciador, dinamizado com diversos espaços e atividades lúdicas e de relaxamento. Destinada a pais e crianças internadas nos vários serviços da nova Ala Pediátrica do Hospital São João, a Sala de Brincar Ronald McDonald visa promover o bem-estar emocional das famílias e oferecer-lhes o maior conforto possível para enfrentar os momentos mais difíceis.

A operacionalização de cada uma das zonas da Sala de Brincar Ronald McDonald- o maior espaço lúdico dedicado à criança e família dentro de um hospital em Portugal - será da responsabilidade da FIRM com o apoio de cerca de 150 voluntários para desenvolver atividades capazes de fomentar o desenvolvimento cognitivo, motor e social das crianças.

Com o objetivo de transportar crianças e pais para um ambiente estimulante e positivo, diferente do que habitualmente se espera de uma instalação hospitalar, a Sala de Brincar Ronald McDonald é composta por sete zonas distintas, que permitem materializar o conceito de Family Centered Care e zelar pelo conforto e cuidado da família e da criança.

Para além de uma zona exclusiva para pais, com acesso a copa para aquecer refeições, televisão, e locais de descanso, a Fundação apresenta ainda uma inovadora sala Snoezelen no local. Esta zona de relaxamento multissensorial permite contribuir para a redução de stress e da ansiedade de pais e crianças ao combinar aromas, com cores, imagens, música suave, massagens, colunas de água, que certamente ajudará na melhoria da qualidade do sono, e na transformação da experiência hospitalar.

A Sala de Brincar Ronald McDonald dispõe ainda de diferentes zonas dedicadas a atividades   de diversão – zona de brincadeira e pintura-, com jogos virtuais e cinema, destacando-se ainda uma biblioteca e ludoteca com centenas livros e jogos didáticos -, mas também se procura a manutenção de rotinas de estudo – na zona de apoio ao estudo que conta com professores no local e aulas interativas – e ainda uma zona dedicada à promoção do exercício físico.

Com a inauguração da Sala de Brincar Ronald McDonald, também o apoio prestado pela Casa Ronald McDonald do Porto será amplificado. Situada a poucos metros da Sala de Brincar Ronald McDonald, esta “casa longe de casa” irá alargar o apoio às famílias da ala pediátrica para que estas possam usufruir dos serviços da Casa quando necessário: utilizar a lavandaria, aquecer uma refeição, relaxar e participar nas atividades promovidas pelos voluntários - massagens de relaxamento, cabeleiro ou meditação, são alguns exemplos.

A parceria entre a Fundação Infantil Ronald McDonald e o Centro Hospitalar Universitário de São João reiterou-se em 2013, com a inauguração da Casa Ronald McDonald do Porto. Esta “casa longe casa” funciona como um segundo lar ao acolher, de forma gratuita, os familiares das crianças que se deslocam da sua residência habitual para receber tratamento no Centro Hospitalar S. João ou no IPO-Porto. Até ao presente, a Casa Ronald McDonald do Porto já acolheu mais de 690 famílias.

Opinião
Uma vez mais a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) assinala o mês de dezembro como o mês

A SPMI tem 21 Núcleos de Estudo e um Centro de Formação certificado. Os Núcleos de Estudo organizam cursos de formação e atualização e sessões científicas, desenvolvem apoios e colaborações com associações de doentes e elaboram orientações clínicas e projetos de investigação científica com altos padrões de excelência.

A Medicina Interna é a especialidade fulcral do Serviço Nacional de Saúde no hospital, correspondendo a cerca de 14% do total dos especialistas hospitalares. Muitos internistas são líderes de opinião em várias áreas do conhecimento médico a que se dedicam. A Medicina Interna é composta por profissionais competentes, que exercem as suas funções assistenciais em áreas muito diversas, sem esquecer a capacidade da visão global e versátil do doente que os distingue dos especialistas de órgão. Este modelo de exercício da Medicina Interna é motivo de orgulho para a medicina portuguesa e um exemplo da mais-valia da especialidade.

Os serviços de Medicina Interna são responsáveis por 42 por cento das altas médicas hospitalares o que corresponde a 23 por cento do total do SNS. Nos serviços de Medicina Interna são internados 70 por cento dos doentes com AVC, 80 por cento dos que têm insuficiência cardíaca, pneumonias, DPOC e Lúpus e 31% dos doentes com diabetes.

O mês de dezembro é um período de muito trabalho para a Medicina Interna. É neste mês que se nota um maior aumento da afluência de doentes aos Serviços de Urgência e as necessidades de internamento nas enfermarias também sobem, sobretudo nos Serviços de Medicina Interna. Os doentes com patologias agudas ou crónicas descompensadas recorrem mais ao Serviço de Urgência do hospital, onde são atendidos pelos internistas que diagnosticam e tratam os doentes complexos, polimedicados e com multimorbilidades. Os doentes precisam de tratar a doença aguda, mas, também, do adequado enquadramento desta com as outras patologias coexistentes.

Neste último ano de pandemia, a Medicina Interna demonstrou ser uma especialidade essencial na resposta hospitalar aos doentes Covid e, os internistas, contribuíram mais

uma vez, com o seu desempenho, para o prestígio da Medicina Interna. Foi bem evidente o seu papel decisivo para que fosse evitada a rutura do SNS. Os Internistas trataram a maioria dos doentes COVID de grau moderado a grave nos Serviços de Urgência, nas Enfermarias, nos Cuidados Intermédios e, em vários casos, nos Cuidados Intensivos. Também coordenaram e organizaram equipas, tirando partido da sua experiência como especialistas centrados nas necessidades globais do doente e agregadores da multidisciplinaridade com outras especialidades. Adivinham-se já as próximas dificuldades dada a evolução da pandemia, mas os médicos de Medicina Interna, como sempre, estarão presentes, continuando a diagnosticar e a tratar com segurança os doentes que necessitem dos seus cuidados.

Os Internistas, cumprindo a sua vocação, conseguem trabalhar com qualidade em vários cenários. Estão presentes no internamento hospitalar e domiciliário, na urgência, nos cuidados intensivos, nos cuidados Intermédios, na consulta, no hospital de dia, nos cuidados paliativos. Certamente que os doentes sabem quem é o seu internista!

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Próximos workshops BebéVida
O laboratório de tecidos e células estaminais BebéVida vai realizar cinco novos workshops online até ao final de dezembro, nos...

No dia 17 de dezembro, entre as 17h00 e as 18h00, vai decorrer o workshop que terá como tema “O papel do pai na gravidez, parto e pós-parto”, com o contributo do Enfermeiro Jó Andrade, especialista em saúde materna e obstetrícia.

No mesmo dia, às 19h00, será a vez da sessão “Como preparar a mala de maternidade e o enxoval do bebé”, onde durante cerca de uma hora, a Enfermeira Cátia Costa, especializada em saúde materna e obstetrícia, vai partilhar com os futuros pais as suas recomendações relativamente aos preparativos a ter em consideração na chegada do bebé.

Por sua vez, no dia 22 de dezembro, entre as 18h00 e as 19h00, Daniela Soares, médica dentista odontopediatra, abordará os “Cuidados de saúde oral no primeiro ano de vida”.

A 29 de dezembro, entre as 18h00 e as 19h00, o workshop será especialmente dedicado a grávidas, centrado no tema “Yoga para Grávidas – exercícios matinais”, com as recomendações da Enfermeira Telma Cabral, especialista em saúde materna e obstetrícia.

A última sessão do ano vai decorrer no dia 30 de dezembro, entre as 17h30 e as 18h30, com o mote “Amamentar sem dor: cuidados a ter”, que vai contar com os conselhos da Enfermeira Alice Araújo, especialista em saúde materna e obstetrícia.

Na segunda quinzena de dezembro, BebéVida vai ainda promover em diferentes locais do país várias experiências “Eco My Baby”, sessões de ecografias 3D/4D dirigidas a grávidas a partir das 17 semanas de gestação, em cidades como: Coimbra (dia 16), Rio Maior (16), Almada (17 e 21), Vila Nova de Gaia (17), Castelo Branco (21), Lisboa (21), Matosinhos (22), Batalha (23) e Porto (dias 27 e 28 de dezembro).

A participação nos workshops e nas sessões de ecografias é gratuita, sendo apenas necessária inscrição prévia. Para mais informações ou inscrições consulte o website da BebéVida aqui.

 

Estudo
Desde que se iniciou a pandemia da Covid-19, a saúde passou a ser tema prioritário na vida de quase toda a população. A prática...

É feito um comparativo entre os hábitos desportivos pré e pós pandemia, tendo a pesquisa sido feita com 50 mil cidadãos, de 20 cidades distintas, entre 18-65 anos e de todas as classes sociais. Para entender a relação dos empregadores com a oferta de um benefício desportivo para os seus colaboradores, o estudo também incluiu 5 mil empresas do país, de pequeno, médio e grande porte.

Uma das conclusões mais relevantes do estudo é que a procura pelo desporto responde principalmente à necessidade de bem-estar físico e mental, libertação de stress e controlo de peso. Em números, nota-se que a população portuguesa quer manter-se mais ativa, com um aumento de 23% para 27% de quem pratica exercício físico pelo menos 1x por semana e uma queda de 29% para 24% entre os que não praticavam nunca, no período pré-pandemia e atual.

Com o fim da obrigatoriedade do teletrabalho, começam a construir-se novas rotinas, que não serão iguais às de antes da pandemia, nem às dos momentos de confinamento. Por isso, a preocupação com o bem-estar e o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, continua a ser um tema de preocupação.

Quando questionados sobre o incentivo ao desporto dado pelas empresas, os resultados vão contra das expectativas. Segundos os colaboradores, 69% das empresas não apoiam a prática do desporto. Quando o fazem, é principalmente fora do local de trabalho ou através de horários de trabalho flexíveis. Apenas 8% paga 100% de algum benefício deste género.

Existe uma diferença estatisticamente relevante entre as perceções que as empresas e colaboradores têm sobre o apoio dado para a prática desportiva; as empresas acreditam que fazem mais do que aquilo que os seus colaboradores pensam. Numa perspetiva empresarial, 66% das empresas não apoia a prática do desporto junto dos seus colaboradores. Enquanto 28% afirma proporcionar flexibilidade de horário, 10% paga 100% do custo. do ponto de vista das empresas, o apoio ao desporto é feito 34% fora do local de trabalho e 25% no próprio local.

As empresas de grande porte são as que estão mais suscetíveis a investir neste tipo de benefício e, entre as que participaram do estudo, apenas 2% tende a aumentar o apoio à prática desportiva dos seus funcionários nas novas dinâmicas laborais.

Os sistemas de apoio à decisão clínica são uma forma de melhorar a eficácia dos serviços hospitalares
A Dioscope venceu a competição ‘Building Bridges, Beating Cancer’ com o “oncologista virtual”, uma solução que presta ajuda a...

A startup portuguesa Dioscope, que criou uma plataforma para a formação médica e criação de sistemas de apoio à decisão clínica em hospitais, venceu a competição internacional ‘Building Bridges, Beating Cancer’, organizado pela farmacêutica Novartis e pelo grupo nórdico Scanbalt.

O ‘Building Bridges, Beating Cancer’ é um evento e uma competição internacional de empreendedorismo que procura soluções inovadoras no âmbito da saúde digital para eliminar as diferenças e desigualdades no acesso ao tratamento do cancro na Europa. Entre faculdades, centros de pesquisa, e startups, a Dioscope foi a única vencedora das duas competições a concurso: arrecadou o prémio de ‘Top Project’, para a melhor iniciativa que está a quebrar barreiras no acesso às terapias oncológicas; e venceu o desafio de empreendedorismo ‘Hackathon’, que decorreu entre os dias 22 e 26 de novembro.

O ‘Top Project’ vencedor da Dioscope é o “oncologista virtual”. Neste momento, as doenças oncológicas são a primeira causa de morte na Europa, enquanto em Portugal, são diagnosticados anualmente cerca de 40 mil casos de cancro. Para combater a falta de médicos especialistas em cancro que se faz sentir a nível global, a Dioscope criou o “oncologista virtual”, uma solução inovadora que presta ajuda aos médicos de família em tempo real, melhorando o diagnóstico e tratamento precoce dos doentes com cancro.

Fundada em 2018 pelo médico Tomás Pessoa e Costa, a Dioscope é uma startup de formação médica e criação de sistemas que volta a ser reconhecida internacionalmente. No ano passado, foi a primeira empresa portuguesa a vencer os ‘WSA European Young Innovators’, iniciativa do âmbito da ONU que premeia os projectos Europeus com maior impacto social.

Os sistemas de apoio à decisão clínica são uma forma de melhorar a eficácia dos serviços hospitalares, previnem o erro médico e melhoram a articulação entre as várias especialidades. No entanto, o custo e a adaptação dos sistemas para cada hospital, são limitações para uma implementação generalizada. Com a criação de uma plataforma de criação de sistemas de decisão customizável, a Dioscope conseguiu eliminar o esforço de desenvolvimento de um sistema próprio para cada hospital, mantendo a autonomia das equipas médicas na gestão e adaptação de cada algoritmo de decisão.

 

Testes rápidos de antígeno
Já são mais de 800 as farmácias que estão a fazer testes gratuitos à COVID-19 e prevê-se que o número de farmácias a aderir à...

Em plena época natalícia, numa altura em que se aproxima o período de reuniões familiares, Carlos Monteiro, CEO da Biojam Holding Group continua a defender que testar continua a ser a melhor estratégia para quebrar cadeias de contágio. “Se numa 1ª e 2ª vaga o desconhecimento era total, no que toca à utilização dos testes rápidos de antigénio Sars-Cov-2, numa 3ª vaga sentimos uma adesão cívica e aprendemos a proteger os nossos e os que connosco conviviam. Esta adesão coletiva, associada a um maior empenho político para testar e estancar a “dita bolha”, trouxe-nos uma sensação de maior segurança em eventos coletivos. Apesar de todas as estratégias de controlo e do processo de vacinação, não conseguimos evitar uma nova vaga, marcada por uma enorme pressão nos hospitais com elevados níveis de internamento e em Unidades Cuidados Intensivos. Independentemente da estratégia que tenha sido implementada a palavra-chave foi e deverá continuar a ser “testar”. Se aprendemos algo com o passado é que não podemos confiar que estamos protegidos. O impacto pode ser menor, mas o risco continua a existir e só testando poderemos controlá-lo”.

A Biojam já colocou no mercado mais de duas dezenas de milhares de testes, tendo sido uma das primeiras empresas a disponibilizar os testes de antigénio no mercado Português.

Testes mantêm a eficácia no diagnóstico de todas as variantes Covid-19

Segundo dados do fabricante, os testes da BioJam Holding Group, revelam que a mutação verificada na nucleoproteína viral de SARS-CoV-2 não interfere na capacidade de diagnóstico dos testes Biojam. A garantia surge após testes que comprovam que as novas estripes identificadas (Delta e Omicron) continuam a apresentar mutações na proteína do pico (proteína S) que poderão estar na origem do aumento da transmissibilidade. Os testes rápidos Antigénio COVID-19 não utilizam a proteína spike (proteína S) na detecção do vírus, mas sim a proteína do nucleocapsídeo (proteína N) que, segundo informações da OMS e do ECDC, não sofreu alterações.

Como explica Carlos Monteiro, “qualquer um dos nossos testes de antígeno apresentam características que permitem detetar o coronavírus mutado com o mesmo grau de confiança com que é detetada a variante mais comum do coronavírus. Isto significa que a mutação verificada ao nível das proteínas S não tem qualquer efeito na capacidade de deteção dos nossos testes rápidos de antígeno COVID-19”.

 

Infeção das vias respiratórias
O vírus sincicial respiratório (VSR) é a principal causa de infeção do aparelho respiratório nos doi

Apesar de poder atingir a população adulta, são as crianças até aos dois anos as mais atingidas pelo vírus sincicial respiratório – o microrganismo responsável por bronquiolites e pneumonias em idade pediátrica.

Este vírus, classificado como um pneumovírus, é altamente contagioso prevendo-se que até aos quatro anos de idade todas as crianças já tenham sido infetadas, pelo menos uma vez. As reinfeções são frequentes, uma vez que os anticorpos produzidos não são suficientes para evitar a doença, no entanto, estas tendem a ser menos graves.

De acordo com a Associação Americana de Pediatria, os bebés prematuros e os portadores de distúrbios cardíacos congénitos ou de doenças pulmonares crónicas estão entre os grupos de risco para desenvolver formas mais graves da doença.  

Como se transmite?

O vírus respiratório é transmitido pelas secreções do nariz ou da boca, por contato direto ou através de gotículas, quando a criança infetada tosse, espirra ou fala. Por contacto indireto, uma vez que o vírus pode permanecer em diversas superfícies durante algumas horas, o contágio ocorre pelo contacto com superfícies ou objetos infetados, como é o caso dos brinquedos.

O período de transmissão começa dois dias antes de aparecerem os sintomas e só termina quando a infeção está completamente controlada.

Como se manifesta?

A maioria das crianças com infeções respiratórias tem apenas sintomas leves, geralmente semelhantes aos sintomas de uma constipação: secreção nasal, espirros, tosse seca, febre baixa, dor de garganta e dor de cabeça.

Não obstante, é bastante frequente as crianças com uma primeira infeção também desenvolverem tosse e sibilos, o que indica envolvimento das vias respiratórias inferiores.

Nestes casos, para além da tosse, a doença cursa com dificuldades respiratórias, apneia e febre alta.

Como se diagnostica?

O médico suspeita do diagnóstico por sugestão dos sintomas, especialmente nas épocas do ano em que a infeção pelo vírus sincicial respiratório é mais comum.

Podem ser realizados, no entanto, análise a amostras de secreção do tipo PCR. A radiografia do tórax é outro exame disponível para confirmar o diagnóstico.

Como se trata?

O tratamento, como é todas a infeções virais, é sintomático, ou seja, é dirigido ao alívio dos sintomas. Sabe-se, por exemplo, que a maioria das crianças com infeções virais recupera ao fim de uma semana. Assim, a utilização de analgésico ou antipiréticos servem para controlar a dor e a febre associada. Por outro lado, aconselha-se a ingestão de líquidos para impedir a desidratação.

No entanto, há caso em que as crianças precisam de internamento. Estes casos, mais graves podem necessitar de suporte ventilatório mecânico e medicamentos específicos, como broncodilatadores e antibióticos, se existir uma infeção bacteriana associada e que pode agravar este quadro.

É possível prevenir?

A prática de uma boa higiene é uma medida preventiva importante. Por outro lado, deve evitar o contacto com pessoas infetadas, no entanto, se este for estritamente necessário, deve usar máscara durante a prestação de cuidados.

É desaconselhado ainda frequentar locais com grande concentração de pessoas, poluídos e/ou com fumo de tabaco.

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Bronquiolite na criança 

Febre na infância: um sinal de alarme 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Dê Troco a Quem Precisa” entre 13 a 21 de dezembro
A campanha solidária de angariação de fundos “Dê Troco a Quem Precisa”, promovida pela Associação Dignitude, arranca hoje nas...

A iniciativa, que termina no dia 21 de dezembro, convida os portugueses a doar o troco das compras realizadas na farmácia ao Fundo Solidário abem:. O montante angariado pela ação será integralmente aplicado na aquisição de medicamentos prescritos para pessoas carenciadas abrangidas pelo Programa abem: Rede Solidária do Medicamento.

“Os medicamentos são um bem essencial. Permitem-nos fazer face a diversos problemas de saúde e contribuem para uma maior qualidade de vida. O não acesso à medicação põe em causa a saúde das pessoas, situação que pode tornar-se mais grave quando se trata de crianças e doentes crónicos. Esta realidade impulsiona-nos a agir, pois não conseguimos aceitar o facto de existirem famílias que não tomam os medicamentos que lhes são indispensáveis por carência económica”, ressalva Maria de Belém Roseira, associada fundadora do Programa abem: da Associação Dignitude.

E acrescenta: “Esta iniciativa existe para colmatar este problema e, por isso, neste Natal, apelamos ao espírito altruísta e solidário dos portugueses, de forma a ajudarmos quem não consegue pagar a medicação prescrita pelo seu médico para tratar ou curar as doenças de que padece”.

O Programa abem: Rede Solidária do Medicamento permite o acesso, de forma digna, a medicamentos prescritos a quem não tem capacidade financeira para os adquirir. Os beneficiários são referenciados por entidades parceiras locais, como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Cáritas e Misericórdias.

A nível nacional, o Programa já apoiou 24.777 beneficiários de 13.985 famílias, dos quais 13% são crianças. Já foram dispensadas, ao abrigo do abem: 1.319.165 embalagens de medicamentos desde o seu início, em maio de 2016.

É também possível apoiar esta iniciativa através de:

MBWAY: 932 440 068

Transferência bancária: PT50 0036 0000 9910 5914 8992 7

A Associação Dignitude, promotora do Programa abem:, emite recibos de donativo no âmbito do Estatuto de Benefícios Fiscais. Para tal, os doadores devem enviar comprovativo de transferência, nome e NIF para [email protected].

Esta é uma iniciativa apoiada pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.

 

Desafios e oportunidades
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, promove amanhã, dia 14 de dezembro, a 32ª...

O tema central da sessão incidirá sobre os desenvolvimentos recentes relativos à Regulamentação de Dispositivos Médicos, destacando os desafios à implementação na Europa.

Além disso, será apresentado o Healthcare Reference Book 2021-2022, assim como as principais conclusões da GS1 Healthcare Online Summit e os vencedores do estudo de níveis de serviço da GS1 Portugal para o setor, Benchmarking Saúde.

Será ainda apresentada a implementação de UDI-Unique Device Identification na LiNA Medical, pelo Diretor de Logística, Marcin Foltynski.

No final será feita uma antevisão dos próximos eventos da GS1 Portugal no setor.

A participação é gratuita, devendo os interessados inscrever-se através do envio de e-mail para [email protected], manifestando o seu interesse.

 

Desenvolver, Proteger e Promover a Saúde Digestiva
Guilherme Macedo, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), tomou hoje posse da presidência da Organização...

A WGO é uma federação de sociedades científicas de Gastrenterologia, representando mais de 50 mil especialistas de todo o mundo. A sua missão é a salvaguarda e promover a Saúde Digestiva.

“É com muito orgulho que acolho esta missão depois de tantos anos de uma carreira/vida dedicada ao serviço da Saúde Digestiva”, revela Guilherme Macedo e acrescenta que “este cargo é um privilégio. Reforça o empenho que imprimo, todos os dias, em desenvolver, reforçar e promover a imagem e o papel do gastrenterologista, sobretudo pela importância que apresenta na comunidade, e dotar as pessoas de informação imprescindível no que diz respeito à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças digestivas”.

Guilherme Macedo é Diretor do Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar Universitário de São João e Professor Catedrático convidado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), onde se licenciou. O seu serviço é agora um dos 23 centros de referência mundiais desta especialidade.

Foi presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado e da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva e do Clube Português do Pâncreas, secção especializada da SPG. Ocupou vários cargos de chefia em diferentes unidades de saúde públicas e privadas. Em 2015, foi distinguido com o Prémio Internacional de Liderança pelo Colégio Americano de Gastrenterologia.

Tem cerca de 350 artigos científicos publicados em revistas indexadas. Como investigador, desenvolve as suas principais áreas de interesse são o desenvolvimento da tecnologia endoscópica e a saúde do fígado.

Durante a sua formação, passou pela Alemanha, por França e pelos Estados Unidos.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 4 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 16 mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: sete, em 16. Segue-se a região Centro com quatro óbitos a assinalar nas últimas 24 horas.  A região Norte contabiliza agora mais três mortes e o Algarve duas. As restantes regiões do país não têm mortes a assinalar, desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.742 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo, desta vez, foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 1.227, seguida da região Norte com 1.126 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 898 casos na região Centro, 84 no Alentejo e 240 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 137 infeções, e os Açores com 30.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 961 doentes internados, mais 44 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais quatro doentes internados, desde o último balanço: 142.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 4.357 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.101.911 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 64.499 casos, menos 631 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 3.241 contactos, estando agora 86.769 pessoas em vigilância.

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