Tumores
O melanoma é um tipo de cancro que se desenvolve nas células que produzem melanina — o pigmento que

Embora as causas para este tipo de cancro não estejam totalmente esclarecidas, sabe-se que o melanoma ocular ocorre quando se desenvolvem erros no ADN das células oculares saudáveis, o que leva a que estas cresçam e se multipliquem sem controlo.

A maioria dos melanomas oculares formam-se na parte do olho que não se vê quando nos olhamos ao espelho. Além disso, habitualmente não causa sinais ou sintomas precoces, o que dificulta o seu diagnóstico.  

O melanoma ocular desenvolve-se mais frequentemente nas células da camada média do olho – a úvea, constituída pela íris, coróide e corpo ciliar. Estes dois últimos ficam situados entre a retina e a esclera (parte branca do olho).

No entanto, o melanoma ocular pode também acometer a camada mais externa na frente do olho – a conjuntiva -, embora seja mais raro.

Sintomas

Apesar de poder não causar sinais ou sintomas, estes quando ocorrem podem incluir:

  • Uma sensação de flashes ou manchas de poeira na sua visão (flutuadores)
  • Um ponto escuro crescente na íris
  • Uma mudança na forma da pupila
  • Visão pobre ou turva
  • Perda de visão periférica

Fatores de risco

Os fatores de risco para o melanoma primário do olho incluem:

  • Olhos de cor clara. Pessoas com olhos azuis ou verdes têm um maior risco de sofrer de melanoma ocular.
  • Idade. O risco de melanoma ocular aumenta com a idade.
  • Certos distúrbios de pele herdados. Uma condição chamada síndrome do nevo displástico, que causa verrugas anormais, pode aumentar o risco de desenvolver melanoma na pele e no olho.

Além disso, as pessoas com pigmentação anormal da pele envolvendo as pálpebras e tecidos adjacentes e o aumento da pigmentação da úvea - conhecida como melanócitose ocular - também têm um risco acrescido de desenvolver melanoma ocular.

  • Exposição à luz ultravioleta (UV). O papel da exposição ultravioleta no melanoma ocular não é claro. No entanto, há algumas evidências de que a exposição à luz UV, como a luz do sol ou de solários, pode aumentar o risco de melanoma ocular.
  • Certas mutações genéticas. Certos genes passados de pais para filhos podem aumentar o risco de melanoma ocular.

Complicações

As complicações do melanoma ocular podem incluir:

  • Aumento da pressão do olho (glaucoma). Um melanoma ocular pode causar glaucoma. Sinais e sintomas de glaucoma podem incluir dor nos olhos e vermelhidão, bem como visão turva.
  • Perda de visão. Os grandes melanomas oculares causam frequentemente a perda de visão no olho afetado e podem causar complicações, como o descolamento da retina, que também causa perda de visão.
  • Melanoma ocular pode espalhar-se para além do olho. O melanoma ocular pode espalhar-se fora do olho e para áreas distantes do corpo, incluindo o fígado, pulmões e ossos.

Tratamento

As opções de tratamento do melanoma ocular vão depender da localização e do tamanho do melanoma ocular, bem como da sua saúde geral e das suas preferências.

Um pequeno melanoma ocular pode não necessitar de tratamento imediato. Se o melanoma for pequeno e não estiver a crescer, pode optar-se por manter a vigilância observando os sinais de crescimento.

No entanto saiba que entre os tratamentos disponíveis estão:

Radioterapia

A radioterapia usa energia de alta potência, como protões ou raios gama, para matar células cancerígenas. A radioterapia é normalmente usada para melanomas oculares de tamanho pequeno a médio.

Tratamento a laser

O tratamento que usa um laser para matar as células do melanoma pode ser uma opção em certas situações. Um tipo de tratamento a laser, chamado termoterapia, usa um laser infravermelho e às vezes é usado em combinação com a radioterapia.

Terapia fotodinâmica

A terapia fotodinâmica combina medicamentos com um comprimento de onda especial de luz. O medicamento torna as células cancerígenas vulneráveis à luz. O tratamento danifica os vasos e as células que compõem o melanoma ocular. A terapia fotodinâmica é usada em tumores menores, uma vez que não é eficaz em tumores maiores.

Crioterapia

A crioterapia pode ser usada para destruir células de melanoma em alguns pequenos melanomas oculares. No entanto, este tratamento não é muito usado.

Cirurgia

A escolha sobre o tipo de cirurgia vai depender do tamanho e localização do melanoma ocular e pode incluir a remoção do melanoma e de uma pequena área de tecido saudável - normalmente esta opção é escolhida para o tratamento de pequenos melanomas -, ou a remoção total do olho, chamada de enucleação. Esta opção é frequentemente usada para tumores de grandes tamanhos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
BRICK - BReast Immune Checkpoint Inhibitors Knowledge Course
No próximo dia 10 de janeiro, começa a 1ª edição do e-learning BRICK - BReast Immune Checkpoint Inhibitors Knowledge Course, um...

Os profissionais de saúde interessados podem conhecer a estrutura do e-learning em detalhe e inscrever-se através da plataforma da MSD.

Sob a coordenação de um comité científico de excelência, constituído pelas especialistas Dra. Noémia Afonso (CHVNGE), Dra. Ana Joaquim (CHVNGE) e Dra. Joana Ribeiro (Institut Gustave Roussy), o curso é composto por 4 módulos, cada um com a duração de 1 hora, e por 4 questionários opcionais. No fim da formação, os participantes que assistirem aos 4 módulos terão direito a um certificado de frequência. Por sua vez, os participantes que completarem adicionalmente os 4 testes opcionais, com mais de 80% das respostas corretas, terão direito a um certificado de participação.

No que diz respeito aos temas discutidos, os formandos terão a oportunidade de desenvolver os seus conhecimentos nas seguintes áreas:

Módulo 1 - TNBC - a(s) doença(s), com a Dra. Ana Joaquim (CHVNGE) e o Prof. Fernando Schmitt (IPATIMUP), dedicado à heterogeneidade do Carcinoma da Mama Triplo Negativo, a sua caracterização molecular, os seus biomarcadores e a sua relação com a clínica;

Módulo 2 - TNBC precoce - tratamento (neo)adjuvante, com a Dra. Ana Joaquim (CHVNGE) e o Dr. Carlos H. Barrios (H. São Lucas, Porto Alegre) e cujo enfoque será a abordagem ao tratamento de Carcinoma da Mama Triplo Negativo com intenção curativa;

Módulo 3 - TNBC avançado - algoritmo terapêutico, com a Dra. Sofia Braga (HFF) e o Dr. David W. Cescon (Princess Margaret Cancer Centre, Toronto), centrado na revisão da abordagem ao TNBC avançado, individualização da terapêutica e seguimento clínico;

Módulo 4 - TNBC e Inibidores de Checkpoint Imunitário - from bench to bedside, com a Dra. Mafalda Oliveira (Val d’Hebron Institute of Oncology) e o Dr. Arlindo Ferreira (Fundação Champalimaud), dedicado à translação entre investigação de mecanismos e fisiopatologia e desenvolvimento clínico de ICI, no contexto TNBC.

O Carcinoma da Mama Triplo Negativo é um tipo de cancro da mama agressivo, que corresponde a aproximadamente 10-15% dos casos de cancro da mama e que apresenta uma elevada taxa de recorrência durante os 5 anos após o diagnóstico. Tendo em consideração o impacto desta doença, a estrutura e o conteúdo programático do e-learning BRICK foram pensados para garantir a atualização e o aprofundamento do conhecimento dos profissionais de saúde nesta área, mais especificamente sobre a modificação da abordagem terapêutica desta patologia. 

As inscrições para o e-learning são exclusivas a profissionais de saúde e podem ser feitas aqui.

Investigação
A adição da terapia com RNA mensageiro ou mRNA, melhora a reposta da imunoterapia ao cancro nos pacientes que não estavam a...

O termo RNA mensageiro e sua sigla, mRNA, tornaram-se conhecidos durante a pandemia Covid-19. As vacinas de mRNA funcionam ao instruir as células do corpo a fabricar uma proteína que desencadeia uma resposta imunológica contra o vírus.

A tecnologia de mRNA também está a despertar o interesse de investigadores e médicos que tratam o cancro. Um dos maiores obstáculos para o tratamento oncológico é a baixa taxa de resposta nos pacientes que recebem inibidores do ponto de controle imunológico para prevenir uma forte resposta imunológica a ponto de destruir as células saudáveis do corpo.

“Descobrimos que, ao introduzir o mRNA em células imunológicas, é possível produzir proteínas úteis para melhorar sua atividade inibidora de tumores sem tentar mudar o próprio genoma”, afirma Haidong Dong, investigador da Mayo Clinic. “Essa abordagem pode ter o potencial de utilização em todo o espectro da medicina para extrair as informações obtidas a partir de sequenciamento de RNA de uma única célula na terapia baseada em mRNA para os doentes”.

Para o estudo, Dong e sua equipa produziram uma proteína do sistema imunológico em laboratório (um anticorpo monoclonal) que pode detetar os níveis de proteína em tecidos tumorais. O objetivo era determinar se certos doentes podem ter níveis adequados de proteína nas suas células imunológicas reativas ao tumor como um biomarcador potencial para esta intervenção terapêutica.

“A maioria dos doentes com cancros avançados não beneficiaram das terapias atuais de bloqueio de ponto de controle imunológico”, afirma Dong. “O nosso estudo oferece uma ferramenta para detetar esse problema e também uma terapia baseada em mRNA para corrigi-lo”.

Na sequência, os pesquisadores empregaram uma nova tecnologia de sequenciamento que torna possível uma alteração baseada em mRNA das células imunológicas primárias. Eles identificaram o gene alvo nos conjuntos de dados de sequenciamento de RNA de uma única célula. Então, os pesquisadores executaram um teste funcional para validar a função do gene alvo no aumento da morte de células tumorais mediada por células imunológicas.

A análise indicou um ponto fraco nas células T em pacientes que não responderam à imunoterapia. As células T são glóbulos brancos que exercem uma função importante no sistema imunológico. Elas atacam as células cancerígenas e interrompem a propagação do cancro para outras partes do corpo. Os pesquisadores desenvolveram uma estratégia baseada no mRNA para melhorar a resposta das células T para os inibidores do ponto de controle imunológico nos pacientes que não responderam ao tratamento.

De acordo com Dong, o estudo modela uma nova abordagem translacional para potencializar as informações obtidas a partir dos estudos de sequenciamento de RNA de célula única na terapia baseada em mRNA para utilização clínica.

Os objetivos das pesquisas futuras incluem a otimização dos testes de triagem para detetar a proteína em tecidos tumorais humanos. Isso ajudará a determinar qualquer correlação com o prognóstico do cancro e a resposta à imunoterapia, além de explorar uma plataforma de utilização do mRNA para a terapia com células T.

“Na Mayo Clinic, uma maneira de atender às necessidades dos doentes é oferecer algo novo que não pode ser encontrado em outros lugares”, afirma o Dr. Dong. “Estamos comprometidos em descobrir opções para aqueles que não respondem à imunoterapia atual”.

Prémio Cinco Estrelas tem como base um sistema de avaliação independente
A VitalAire, empresa do grupo Air Liquide, líder europeia nos cuidados de saúde ao domicílio, conquistou o Prémio Cinco...

Presente há mais de 35 anos em Portugal, a VitalAire presta assistência a pacientes com patologia respiratória crónica, trabalhando diariamente, em parceria com médicos e outros profissionais de saúde, para proporcionar um serviço de qualidade e inovador a pensar nas necessidades específicas dos pacientes, para que possam melhorar os seus outcomes (resultados em saúde) e a sua qualidade de vida, no âmbito das terapias respiratórias: Tratamento da Apneia do Sono, Oxigenoterapia e Ventiloterapia.

Jorge Correia, Diretor Geral da VitalAire Portugal, considera “uma honra e um orgulho a atribuição do Prémio Cinco Estrelas 2022 à VitalAire, que simboliza o resultado do esforço e dedicação de todos os colaboradores da empresa, que trabalham diariamente em prol da melhoria da Qualidade de Vida dos pacientes que assistem”, acrescentando que “depois de dois anos extremamente desafiantes, a capacidade de adaptação, dedicação e compromisso de todos foi crucial para assegurar a manutenção da qualidade de sempre na prestação dos cuidados aos nossos pacientes, e este Prémio é o espelho de que o conseguimos!” 

O Prémio Cinco Estrelas tem como base um sistema de avaliação independente, que mede o grau de satisfação que os produtos, serviços e marcas, em várias categorias conferem aos seus utilizadores, tendo como critérios de avaliação variáveis como a Satisfação, Intenção de Recomendação, Confiança na Marca e Inovação, que influenciam a decisão de compra dos consumidores.

 

Reacreditação pela Joint Commission International
O Hospital CUF Porto obteve, pela segunda vez consecutiva, a acreditação pela Joint Commission Internacional (JCI), a mais...

Para a obtenção desta distinção, o Hospital CUF Porto foi submetido a uma rigorosa auditoria, por parte de auditores internacionais, na qual foram analisados e validados mais de mil parâmetros, por forma a garantir que o hospital obedece aos mais elevados padrões de qualidade e segurança, em todas as áreas de prestação de cuidados clínicos e desenvolve, ainda, as melhores práticas de gestão.

Após ter recebido a sua primeira distinção em 2018, o Hospital CUF Porto volta agora a ser distinguido por esta entidade internacional. A obtenção desta acreditação, pela segunda vez consecutiva, vem comprovar o compromisso do Hospital CUF Porto com a qualidade e a segurança dos cuidados prestados aos doentes, em linha com as melhores práticas internacionais.

A aposta da CUF no reconhecimento externo da qualidade e segurança das suas unidades de saúde é uma prioridade e uma demonstração do seu compromisso enquanto prestador de cuidados de saúde de excelência.

 

 

A BioData.pt é uma associação privada sem fins lucrativos constituída por 12 organizações portuguesas
A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa) é um dos associados fundadores da Biodata.pt, que opera a...

“A participação da Faculdade nesta associação é de elevada importância e valor estratégico. Para além de possibilitar a participação ativa na criação de novas ferramentas para impulsionar a investigação em comunidades específicas, permite o acesso a serviços de gestão, recolha, análise e partilha de dados biológicos, promovendo o alinhamento com as políticas de dados abertos e a valorização da investigação científica. Estes benefícios serão ainda mais relevantes tendo em conta a implementação de políticas de open science da Comissão Europeia (CE), incluindo a obrigação de tornar Fair - Findable, Accessible, Interoperable and Re-usable data - todos os dados gerados a partir da investigação financiada direta ou indiretamente pela CE”, escrevem os cientistas Cátia Pesquita, Sofia Henriques, Vítor Sousa, Célia Miguel e Miguel Machuqueiro, num artigo de opinião publicado no portal da Faculdade.

 “Num estudo recente efetuado pela BioData.pt a nível nacional, mais de metade dos investigadores da área das Ciências da Vida e da Saúde inquiridos reportou não ter acesso a serviços ou formação em Gestão de Dados, apesar de identificar estas áreas como prioritárias. A BioData.pt disponibiliza mais de 20 ferramentas e serviços na área da análise e gestão de dados biológicos e promove o acesso a recursos do ELIXIR nesta área, podendo desempenhar um papel na facilitação da integração de dados em repositórios públicos ou na criação de repositórios próprios através de formação técnica, consultoria e apoio no uso desses serviços”, alertam os cientistas.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 40 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 14 mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: seis em 14. Seguem-se as regiões Centro e Norte com quatro óbitos, cada, registado. As restantes regiões do país não tiveram registo de mortes desde ontem.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 39.570 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 16.550, seguida da região Norte com 13.665 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 5.207 casos na região Centro, 1.171 no Alentejo e 1.173 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 1.290 infeções, e os Açores com 514.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.251 doentes internados, mais 48 que ontem. Já as unidades de cuidados intensivos têm agora menos quatro doentes internados, desde o último balanço: 143.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 14.207 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.241.849 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 239.098 casos, mais 25.349 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 9.077 contactos, estando agora 197.562 pessoas em vigilância.

Não existem dados suficientes "para dizer que esta variante é mais suave do que outras variantes"
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reiterou a importância de vacinar 70% da população mundial o mais rapidamente possível, a...

Isto foi expresso pelo epidemiologista da organização, Abdi Mahamud, numa conferência de imprensa em Genebra (Suíça), realizada esta terça-feira, na qual advertiu que os países não conseguirão "acelerar" na sua rota de fuga da pandemia, enquanto a variante Ómicron continuar a espalhar-se com a mesma "intensidade" que a Delta.

O especialista explicou que, antes das férias de Natal, cerca de 128 países tinham relatado casos de Ómicron salientando que ainda não existem dados suficientes "para dizer que esta variante é mais suave do que outras variantes do coronavírus". Nesse sentido, sublinhou que a vacinação é essencial para lidar com o vírus.

 

Vacinação de reforço
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vem reforçar a importância da vacinação contra a covid-19 em todas as...

Na nova fase de pandemia, com maior incidência da nova variante, Ómicron, responsável por quase 90% dos casos de infeção em Portugal, a Associação reforça que a vacinação e a máscara são as melhores armas de proteção. Além destas, a compensação da diabetes e o tratamento das suas complicações são fundamentais.

Sobre a vacinação em idade pediátrica, José Manuel Boavida, presidente da APDP afirma que “ninguém duvida da importância da vacinação para as crianças com diabetes. Está em causa, além do risco acrescido, a convivência escolar, a aprendizagem e a integração social das crianças, principalmente das mais vulneráveis. Deixamos o apelo para que as crianças vacinadas não venham a necessitar de isolamento em caso de contactos de risco ou de infeção assintomática. Temos de acabar com o estigma e a culpa associados à infeção por SARS-CoV-2.”

A APDP recorda que as pessoas com diabetes constituem um grupo de alto risco para as formas mais graves de infeções, incluindo a covid-19, as suas sobreinfeções e os seus tratamentos.

“É para nós importante que seja reconhecido este risco acrescido associado à diabetes. Como tal, o reforço da vacinação nesta fase deve ser prioritário”, explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, acrescentando: “Do ponto de vista da diabetes, temos ainda de alargar a dose de reforço aos maiores de 18 anos com esta patologia.”

No passado dia 23 de dezembro, a DGS recomendou a administração da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a todos os maiores de 18 anos. Em comunicado, essa recomendação inclui a definição de vacinação “urgente e prioritária” de pessoas com 40 ou mais anos, por faixas etárias decrescentes, e pessoas entre os 18 e os 39 anos com pelo menos uma das comorbilidades definidas na norma 002/2021 terão prioridade no processo.

“A simplificação da mensagem é a forma mais eficaz de a passar e um dos grandes objetivos da saúde pública é a eficácia”, alerta José Manuel Boavida, relembrando a necessidade de reforçar o mais rapidamente possível a vacinação de pessoas com mais de 18 anos e diabetes.

 

 

Opinião
Tradicionalmente esta época leva-nos a refletir sobre o ano que agora termina e a traçar objetivos p

A capacidade de adaptação e resiliência da Medicina Interna precede os recentes acontecimentos mundiais. Foi sem surpresa que abraçámos os desafios que estes dois últimos anos trouxeram a todo o Mundo, de forma competente e eficaz. Durante este período os Internistas adaptaram-se, aprenderam e ensinaram, em suma lideraram na linha da frente e contribuíram, na retaguarda, para a organização da resposta necessária.

O próximo ano trará seguramente desafios, alguns antecipáveis, como a reorganização necessária para recuperar dos últimos dois anos, com as menores sequelas possíveis. Para além disto, estaremos a liderar na inovação, na procura de conhecimento e progresso científico, promovendo investigação de qualidade no seio da Medicina Interna e em colaboração com outras áreas do conhecimento médico. Pretendemos contribuir para os avanços tecnológicos que facilitam a interação médico-doente, como exemplo a telemedicina, garantindo que não é descurada a qualidade do atendimento médico. Continuaremos a liderar a formação no âmbito da Academia, na formação dos nossos internos, dos internos das restantes especialidades médicas e na renovação do conhecimento entre especialistas. O nosso papel na formação é um dos mais importantes e um dos quais mais nos orgulhamos. Uma boa formação em Medicina Interna tem impacto nas diferentes especialidades médicas e contribui para Serviços de Saúde mais eficientes e produtivos.

Desde sempre que a Medicina Interna, como especialidade agregadora tem um papel importante junto dos órgãos técnicos e decisores das políticas de saúde nacionais, contribuindo para que estes tenham uma visão mais completa dos problemas e consigam estruturar respostas mais adequadas. Durante este próximo ano será expectável que este papel seja reforçado, pelo que estamos já a prepararmo-nos para tal. Esperamos promover sinergias com a Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares e trabalhar com o Ministério da Saúde, na implementação de políticas centradas no doente e que visem uma melhoria da saúde em Portugal. Planeamos colaborar na implementação de circuitos de gestão integrada da doença crónica e da referenciação hospitalar.

Mantém-se atuais as palavras do Professor Augusto Vaz Serra, que 1953 assegurava que a grande ambição da Medicina Interna de hoje está no progresso do conhecimento científico, isto é, a substituição da probabilidade pela certeza, a dúvida pela segurança, a sombra pela claridade.

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Doença crónica
Com um grande impacto na qualidade de vida, estima-se que as Doenças Inflamatórias do Intestino afet

Tipicamente diagnosticadas entre os 15 e os 35 anos, as Doenças Inflamatórias do Intestino são doenças crónicas mediadas pelo sistema imunitário e que resultam numa reação inflamatória exagerada do tubo digestivo.  A Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa são a principais doenças inflamatórias do intestino. “Ambas são doenças crónicas que causam inflamação recidivante do tubo digestivo, que frequentemente evolui por cursos de agudização (crises) e remissão”, explica Marília Cravo, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

Entre os principais fatores de risco a especialista destaca a história familiar da doença, sobretudo entre familiares de primeiro grau, e a “presença de outras doenças de foro imune”, como a artrite reumatoide ou a psoríase. “O principal fator ambiental associado à doença de Crohn é o tabagismo que aumenta o risco de desenvolver doença de Crohn; vários estudos têm também identificado a exposição a antibióticos como um fator de risco para doença inflamatória, especialmente Doença de Crohn”, acrescenta a vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

Embora a dor abdominal e a diarreia constem entre os principais sintomas, por desconhecimento, estes são frequentemente subvalorizados o que implica um atraso no seu diagnóstico.  Sabe-se aliás que, não raras as vezes, a doença inflamatória intestinal é confundida com a Síndrome do Intestino Irritável, apesar de se tratarem de patologias distintas.

Assim tome nota: diarreia, dor abdominal, perda de sangue nas fezes, cansaço e anemia são os principais sinais a que deve estar atento. “Uma doença mal controlada ou com agudizações graves pode requerer hospitalizações e cirurgias”, justifica a especialista explicando que o seu diagnóstico “é feito com base em elementos de ordem clínica, laboratorial e com base no aspeto da inflamação na endoscopia e nas biopsias recolhidas durante a endoscopia”.  “A informação obtida em métodos de imagem (eg. TAC, ressonância) pode ser útil e complementar para estabelecer o diagnóstico”, acrescenta.

Quanto ao tratamento, atualmente este tem como principais objetivos controlar a progressão da doença e evitar complicações, permitindo os doentes manter “uma qualidade de vida normal”.

Marília Cravo explica que este “envolve medicamentos anti-inflamatórios e medicamentos que tentam atenuar a resposta exagerada do sistema imunitário”, como é o caso dos imunomoduladores ou fármacos biológicos.  Sendo que a cirurgia “está indicada em doentes que não respondem à terapêutica médica ou para o tratamento de complicações da doença”.

O que distingue a Doença de Crohn da Colite Ulcerosa

Segundo a especialista, “a Doença de Crohn localiza-se frequentemente na parte terminal do intestino delgado e pode atingir todos os segmentos do tubo digestivo (desde a boca até ao ânus); cerca de 1/3 dos doentes podem apresentar fístulas e abcessos na região perianal”. Já a Colite Ulcerosa, “tipicamente afeta apenas o intestino grosso”.

Por outro lado, enquanto na Doença de Crohn “a inflamação pode atingir vários segmentos e é tipicamente descontínua e assimétrica, havendo zonas de intestino saudável intercaladas com zonas de intestino inflamado”, na Colite Ulcerosa “a inflamação inicia-se no reto distal e estende-se de forma contínua no intestino grosso”.

“Por fim, a doença de Crohn pode atingir todas as camadas da parede intestinal (é uma doença transmural) enquanto na colite ulcerosa a inflamação tipicamente restringe-se à camada mais interna do intestino (a mucosa). Devido à natureza transmural da doença, a doença de Crohn pode complicar-se de apertos (estenoses) no intestino e/ou de fístulas e/ou abcessos, complicações estas que não são típicas da colite ulcerosa”, acrescenta Marília Cravo.

No entanto, ambas as patologias aumentam o risco de desenvolvimento de cancro colorretal, o que exige uma vigilância periódica do intestino.

Entre os principais cuidados, para além de se manter vigilante ou atento a estes sintomas, “os doentes devem manter seguimento regular e a doença monitorizada e vigiada de forma a que os tratamentos possam ser ajustados caso não estejam a funcionar e de forma a prevenir o aparecimento de complicações”.

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Projeto de investigação
Um dos seis novos projetos financiados pelo Programa Carnegie Mellon University (CMU) Portugal no âmbito do concurso da...

O novo conjunto de projetos anunciado em dezembro passado vai envolver investigadores de dez instituições portuguesas em colaboração com cinco departamentos daquela universidade norte-americana e devem principiar nos próximos meses. Segundo comunicado de imprensa emitido pelo Programa CMU Portugal, as equipas de investigação das Universidades de Coimbra, de Lisboa, do Minho e do Porto recebem para o efeito cerca de 390 mil euros para explorar áreas tão diversas como ciência de dados aplicada aos cuidados de saúde, a criação de satélites, a interação homem-máquina, a supervisão de tráfego para investigação de cibercrime, etc..

“Foi com agrado que recebemos esta notícia, que permitirá continuarmos a investigação na intersecção entre a acessibilidade e interação humano-robô, co desenhando e avaliando cenários responsáveis em que os robôs servem as necessidades da sociedade”, diz Tiago Guerreiro. Este projeto, em particular, foca-se no estudo da transferência de agência para pessoas idosas na interação humano-robô. Como podemos mudar a agência dos robôs para as pessoas e ajudá-las a fazer coisas que valorizam é a pergunta feita por Tiago Guerreiro. O cientista responde que para cumprir os objetivos propostos pelo projeto, foi reunida uma equipa multidisciplinar - ciência da computação, interação pessoa-máquina, psicologia cognitiva, robótica, design industrial - do Lasige Ciências ULisboa e que junta além da sua pessoa, ainda Hugo SimãoAna PiresJoão GuerreiroAndré Rodrigues; e ainda a equipa de Alexandre Bernardino, professor do Instituto Superior Técnico (IST) e investigador no Institute for Systems and Robotics (ISR) de Lisboa, assim como Jodi Forlizzi.

Para Nuno Nunes, codiretor do Programa CMU Portugal, “é importante fomentar ideias que estão apenas a começar porque a maior parte delas irá certamente dar origem a promissores projetos de investigação”. Ainda que se trate de projetos de curta duração, a codiretora nacional do Programa CMU Portugal, Inês Lynce, refere a este propósito que “o seu impacto vai muito para além destes 12 meses de projeto. Essas iniciativas são um grande passo para estabelecer as bases para futuras colaborações e uma grande oportunidade de investir em novas oportunidades de investigação com foco na resolução de problemas do mundo real”.  

Desde 2017, o Programa lançou três concursos para projetos exploratórios, com um total de 21 projetos financiados. Segundo a FCT o concurso de 2021 elegeu 33 candidaturas.

 

 

Distinções recebidas pelo segundo ano consecutivo
A Lusíadas é a marca de eleição dos portugueses na categoria “Hospitais Privados”. Depois de em novembro ter sido reconhecida...

Na 10.ª edição da “Escolha do Consumidor”, o Grupo foi reconhecido pelos portugueses como a marca líder na categoria “Hospitais Privados”, obtendo uma pontuação global de 85,53% num processo que contou com cerca de 260 mil avaliações, junto de mais de 900 marcas de diversos setores.

O “Prémio Cinco Estrelas 2022” é decidido também pelo público e tem por base um sistema de avaliação que inclui três fases de testes e estudos de mercado com os consumidores, compreendendo critérios como a notoriedade, satisfação, confiança e inovação. Avaliada também na categoria “Hospitais Privados”, a Lusíadas Saúde obteve um índice de satisfação global de 79,5%, tendo sido “considerada pelos consumidores como extraordinária”, de acordo com os dados obtidos que comparam os quatro principais grupos privados de saúde a atuar em Portugal.

A marca Lusíadas consolidou, em novembro e pelo quarto ano consecutivo, o seu estatuto Superbrand com base também num estudo realizado junto dos consumidores portugueses.

“A Lusíadas Saúde continua a merecer, ano após ano, a preferência dos consumidores num vasto conjunto de variáveis. Estas três distinções mostram, por um lado, que os portugueses confiam na marca e valorizam a excelência dos cuidados de saúde prestados pelos cerca de 7.000 Profissionais de todas as categorias profissionais nos hospitais e clínicas de norte a sul do País.

Por outro, reforçam o compromisso da Lusíadas Saúde com a exigente e constante atualização com as melhores práticas mundiais. Estes reconhecimentos tornam-se particularmente relevantes, numa altura em que, fruto da conjuntura pandémica, os consumidores estão ainda mais exigentes com o setor da saúde.”, afirma Eduarda Reis, Chief Medical Officer do Grupo Lusíadas Saúde.

 

 

Com início em fevereiro de 2022
Atenta ao avanço da investigação e do conhecimento aprofundado do cérebro e do comportamento humano, nasce uma nova Pós...

Patrícia Oliveira-Silva, coordenadora científica e pedagógica desta pós-graduação da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica no Porto, afirma que o seu aparecimento deriva “da experiência da docência e da supervisão dos docentes envolvidos, a nível do mestrado, doutoramento e de outras formações avançadas nessa área” e acrescenta que “a equipa de profissionais envolvida na pós-graduação,  com ampla experiência clínica e de investigação em Neuropsicologia,  tem o compromisso de discutir como os avanços tecnológicos e a experiência interdisciplinar podem aprimorar a nossa compreensão da função cerebral, e de fomentar competências de diagnóstico neuropsicológico”.  

A Pós-graduação em Neuropsicologia é uma formação avançada que dará a conhecer a aplicação dos instrumentos neuropsicológicos, no procedimento de avaliação, reabilitação cognitiva e reabilitação neuropsicológica, permitindo a oportunidade de desenvolver um amplo conhecimento científico na área da Neuropsicologia em simultâneo com o desenvolvimento de competências académicas e clínicas. 

Lecionada por uma equipa multidisciplinar - composta por docentes do Instituto de Ciências da Saúde – Porto e da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica no Porto; da Universidade de Madrid; do departamento de Ciências Médicas da Universidade de Aveiro; e de um membro do Centro Clínico Académico | 2CA - Hospital de Braga -, esta Pós-graduação procura preencher uma lacuna em Portugal. 

Pós-graduação em Neuropsicologia da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica no Porto irá decorrer entre fevereiro e dezembro de 2022, perfazendo um total de 1130 horas, 280 em regime presencial e as restantes 850 horas em estudo individual. As inscrições terminam a 30 de janeiro. 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 26 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 15 mortes em território nacional. O...

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Centro foram as regiões do país que registaram maior número de mortes, desde o último balanço: cinco cada, em 15. Seguem-se a região Norte com três óbitos registados e o Algarve com duas mortes a assinalar, desde ontem.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 25.836 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 10.831, seguida da região Norte com 8.848 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 3.322 casos na região Centro, 641 no Alentejo e 653 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 1.322 infeções, e os Açores com 219.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.203 doentes internados, mais 36 que ontem. Já as unidades de cuidados intensivos mantêm o mesmo número de doentes internados, desde o último balanço: 147.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 19.931 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.227.642 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 213.749 casos, mais 5.890 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 7.248 contactos, estando agora 188.485 pessoas em vigilância.

Investigação em aberto
Um estudo da Universidade de Twente (Holanda) mostrou que, pelo menos no tubo de ensaio, a proteína N da SARS-CoV-2 interage...

Além dos sintomas respiratórios, o SARS-CoV-2 pode causar problemas neurológicos, tais como perda de olfato, dores de cabeça e "nevoeiro cerebral". No entanto, continua a ser controverso se estes sintomas são causados pelo vírus que entra no cérebro ou se, pelo contrário, são causados por sinais químicos libertados no cérebro pelo sistema imunitário em resposta ao vírus.

Na doença de Parkinson, uma proteína chamada Alfa-sinucleína forma fibrilas amiloides anormais, que levam à morte de neurónios produtores de dopamina no cérebro. Curiosamente, a perda de olfato é um sintoma premonitório comum na doença de Parkinson.

Este facto, assim como os casos de Parkinson em pacientes com Covid-19, fizeram com que os cientistas Christian Blum, Mireille Claessens e colegas se interrogam se os componentes proteicos da SARS-CoV-2 poderiam desencadear a agregação de uma Alfa-sinucleína na amiloide.

Decidiram estudar as duas proteínas mais abundantes do vírus: a proteína do pico (S-), que ajuda a SARS-CoV-2 a entrar nas células, e a proteína do nucleocapsídeo (N-), que encapsula o genoma do RNA dentro do vírus.

Em experiências de tubos de ensaio, publicadas na revista ACS Chemical Neuroscience, os investigadores usaram uma sonda fluorescente que se liga às fibrilas amiloides para mostrar que, na ausência de proteínas coronavírus, a Alfa-sinucleína precisava de mais de 240 horas para agregar nas fibrilas. A adição de proteína S não teve efeito, mas a proteína N reduziu o tempo de agregação para menos de 24 horas.

Em outras experiências, a equipa mostrou que as proteínas N e Alfa-sinucleína interagem diretamente, em parte através das suas cargas eletrostáticas opostas, com pelo menos 3-4 cópias de Alfa-sinucleína ligadas a cada proteína N.

Os investigadores injetaram então a proteína N e a fluorescência Alfa-sinucleína num modelo celular da doença de Parkinson, usando uma concentração de proteína N semelhante ao que seria esperado dentro de uma célula infetada por SARS-CoV-2.

Em comparação com as células de controlo que só foram injetadas com Alfa-sinucleína, cerca do dobro das células morreram quando ambas as proteínas foram injetadas. Além disso, a distribuição de Alfa-sinucleína foi alterada em células co-injectadas com ambas as proteínas, e estruturas alongadas foram observadas, embora os investigadores não pudessem confirmar que eram amiloide.

Não se sabe se essas interações também ocorrem dentro dos neurónios no cérebro humano, mas em caso afirmativo, podem ajudar a explicar a possível ligação entre a infeção Covid-19 e a doença de Parkinson.

Falsificação
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde alertou para a identificação de uma falsificação do...

Segundo o Infarmed, foi identificada na Alemanha uma falsificação do dispositivo médico, que mede o oxigénio no sangue, Fingertip Pulse Oximeter, modelo C101H1, do fabricante Shenzhen IMDK Medical Technology Co., Ltd.

Na rotulagem do produto falsificado encontra-se identificada como fabricante a entidade ‘Shenzhen Mdk Medical Technologyco., ltd.’ e como mandatário a entidade MedNet GmbH. No entanto, a empresa MedNet GmbH informou não conhecer o produto nem o alegado fabricante. Também a marcação CE0123 constante da rotulagem é falsa.

Em Portugal, o Infarmed alertou todos os distribuidores que notificaram a comercialização deste dispositivo médico para a existência deste produto falsificado e recomenda a todos os intervenientes na cadeia de comercialização e utilizadores que, caso o produto falsificado seja eventualmente detetado, o mesmo não seja adquirido nem utilizado.

As entidades que detetem o produto contrafeito não o podem disponibilizar ou utilizar, devendo a situação ser reportada ao Infarmed.

 

 

Direção Geral da Saúde
Balanço da Direção-Geral da Saúde mostra que já foram administradas mais de três milhões de doses de reforço contra a Covid-19...

Do total de doses de reforço administradas, avança a DGS, quase dois milhões foram inoculadas em pessoas com mais de 65 anos.

Segundo os dados, 88% das pessoas com mais de 70 anos e 66% do que têm entre 60 a os 69 anos já estão vacinadas.

Relativamente à vacinação das crianças, de acordo com informação da SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, mais de cem mil crianças entre os 5 e os 11 anos já se encontram agendadas para receberam a vacina contra a Covid-19 entre quinta-feira e domingo (6 a 9 de janeiro).

 

 

Reumatologia
Embora possa existir alguma sobreposição entre eles, existem cinco subgrupos de Artrite Psoriática,

O que é a artrite psoriática?

De causa desconhecida, a Artrite Psoriática pode atingir qualquer pessoa de qualquer idade, com psoríase ou história familiar da doença.  No entanto, ela é mais frequentemente diagnosticada entre os 35 e os 55 anos de idade. E embora afete, com maior frequência, as articulações das mãos e pés, pode ainda atingir grandes articulações, como os joelhos, tornozelos e ancas, bem como a coluna vertebral.

Cansaço generalizado; desconforto, dor ou tumefação sobre os tendões; dor e tumefação difusa de dedos (um ou vários, das mãos ou pés); desconforto, dor, tumefação ou rigidez em uma ou mais articulações; limitação do movimento articular e/ou alterações das unhas estão entre os principais sintomas da doença.

Tipos de Artrite Psoriática

De acordo com o especialista em reumatologia, Filipe Barcelos, são reconhecidos cinco subgrupos da doença:

  1. Oligoarticular Assimétrica - tendo sido considerada a forma mais frequente de artrite psoriática, esta afeta menos de “5 articulações simultaneamente (oligo = poucas), de um dos lados do corpo (daí ser chamada assimétrica)”. Os sintomas surgem habitualmente primeiro nas mãos e pés, “sendo frequente a tumefação difusa de um dedo da mão ou pé, com o aspeto característico de “dedo em salsicha” – denominado dactilitite”. Um exemplo desta forma de envolvimento seria a presença de artrite de um joelho, do tornozelo do lado oposto, e de uma ou duas articulações de dedos da mão.
  2. Poliartrite Simétrica – “consiste no envolvimento simultâneo de várias articulações (poli= muitas) de ambos os lados do corpo (simétrico), sendo as articulações mais frequentemente atingidas as das mãos, punhos, tornozelos e pés”. De acordo com o especialista, “esta forma foi recentemente reconhecida como uma das mais frequentes, com predomínio no sexo feminino”. E embora este padrão se assemelhe à artrite reumatóide, há dois aspetos importantes que a diferenciam: “o envolvimento das articulações interfalângicas distais (IFD) e uma menor tendência para a ocorrência de deformação e erosões, que no caso de surgirem também apresentam características distintas”.
  3. Envolvimento Predominante das Articulações Interfalângicas Distais: apesar de ocorrer em apenas 5 a 10% dos doentes, este subtipo é específico da Artrite Psoriática. Afeta sobretudo articulações interfalângicas distais das mãos e pés, produzindo quase sempre de alterações das unhas. “Por vezes há grande tumefação e deformação do leito ungueal e da IFD, dificultando a avaliação da presença de artrite”.
  4. Espondilite com ou sem Sacro-iliíte: consiste na inflamação da coluna vertebral, provocando dor e rigidez que envolvem sobretudo a coluna lombar e pescoço, podendo também ocorrer inflamação das articulações sacro-ilíacas (sacro-iliíte). O envolvimento predominante da coluna representa 5% dos casos de Artrite Psoriática, sendo mais frequente no sexo masculino. No entanto, a presença de espondilite, sacro-iliíte ou ambas pode também surgir associada aos outros subgrupos de Artrite Psoriática.
  5. Artrite Mutilante: “É uma forma particularmente grave de Artrite Psoriática, representando menos de 5% dos casos”.  Segundo o especialista, esta afeta sobretudo as pequenas articulações das mãos e pés, “com reabsorção do osso (osteólise) e destruição da articulação, levando a deformação e encurtamento dos dedos afetados, com excesso de pele”.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Médicos recém chegados
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira deu as boas-vindas a 51 novos médicos internos, de formação geral e...

A sessão conduzida pela Diretora do Internato Médico, Arminda Jorge, a quem competiu também fazer o enquadramento da ação e a transmissão de informações pertinentes sobre a instituição, contou com uma intervenção on-line, do Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e com a presença institucional do Presidente do Conselho de Administração do CHUCB, João Casteleiro, para a tradicional mensagem de acolhimento e boas-vindas, aos novos médicos. Nesta, o presidente que também é médico, frisou as elevadas responsabilidades técnicas e humanas da profissão, sujeita a uma avaliação constante e exigente e acentuou ainda as características peculiares do CHUCB, para quem esta é uma instituição com uma “cultura de relacionamento diferente, porque aqui todos os doentes são de todos, independentemente das competências de cada um, pois, que aqui, estamos todos dispostos a ajudar-nos mutuamente”.

Do corpo do programa, constou também a participação do Presidente da Faculdade Ciências da Saúde - UBI, Miguel Castelo Branco, que abordou a temática das oportunidades de colaboração com a FCS, nomeadamente na área da investigação e do ensino, e a esta seguiu-se a apresentação dos Diretores de Serviços Clínicos do CHUCB, da Direção do Internato Médico do ACES Cova da Beira, da Comissão de Internos do CHUCB e dos médicos internos, recém-chegados à instituição.

Para finalizar, cumpriu-se a entrega do plano de rotação entre serviços, aos internos da formação geral e concretizaram-se outros procedimentos essenciais, ao processo de integração.

 

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