Para construção de uma estratégia nacional de saúde focada nas necessidades das mulheres
Oito personalidades ligadas ao setor da Saúde reúnem-se para debater o estado de saúde das mulheres em Portugal. A constituição...

Liderado por Maria de Belém Roseira, este grupo de trabalho junta os responsáveis de diversas sociedades médicas como a Sociedade Portuguesa de Senologia, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, a Sociedade Portuguesa de Ginecologia, a Sociedade Portuguesa de Oncologia, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a Sociedade Portuguesa de Contraceção e a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Ao longo de três sessões, o grupo de especialistas contribuirá com o seu conhecimento e visão, dentro das suas áreas de especialidade, para iniciar um debate em torno do estado atual da saúde da mulher em Portugal. Serão ainda reunidas propostas do que poderá ser o futuro de uma estratégia nacional de saúde que tenha em conta as necessidades e especificidades das mulheres e que promovam a qualidade e acesso à saúde de mais de metade da população portuguesa.

Esta é uma iniciativa da Hologic, empresa de tecnologia médica especialista em saúde feminina e focada em melhorar o seu bem-estar em todo o mundo. A empresa é também responsável pelo lançamento do primeiro  Índice Mundial da Saúde das Mulheres, que que revelou existirem ainda necessidades de saúde por colmatar. Em Portugal, apenas 22% das mulheres afirmaram ter feito pelo menos um exame a qualquer um dos tipos de Doença de Transmissão Sexual, 64,5% não fez rastreio a qualquer tipo de cancro e apenas 46,2% fez exames à diabetes.

Para Maria de Belém Roseira, Presidente do Grupo de Trabalho, “as mulheres são pilar da sociedade. É indispensável que a abordagem das suas necessidades em saúde contemple as especificidades que lhe são próprias, para que os cuidados de que são credoras vão ao seu encontro.” 

Fazem parte deste grupo Ana Timóteo, Vice-Presidente Sociedade Portuguesa Cardiologia; Francisco Cavaleiro de Ferreira, Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro; Fátima Palma, Presidente da Sociedade Portuguesa de Contraceção; José Carlos Marques, Presidente Sociedade Portuguesa de Senologia; Miguel Abreu, Presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia e Vera Pires da Silva, Grupo de Estudos de Saúde da Mulher da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.

 

Iniciativa #InspirarExpirar
Com o objetivo de aumentar a consciencialização para o impacto da asma grave e envolver asmáticos de todas as idades e os seus...

A campanha decorre nas redes sociais das duas entidades, entre os dias 3 e 10 de maio, e pretende que o público conheça melhor a asma grave e suas consequências, ao mesmo tempo que estimula as pessoas com asma grave a pensarem como seria viver com a sua doença controlada, utilizando a hashtag para debater metas aspiracionais e como estas podem preencher lacunas na educação, cuidados, consciencialização, entre outras vertentes da patologia.

Para Mário Morais de Almeida, presidente da APA, “é fundamental alertar para o impacto da asma grave na qualidade de vida das pessoas que dela sofrem, bem como promover informação que promova melhores cuidados de saúde e uma maior consciencialização por parte de todos os envolvidos, desde cuidadores, doentes a profissionais de saúde. Assim, estas campanhas revelam-se de uma enorme importância para o envolvimento de toda a comunidade, revelando a importância dos cuidados de saúde adequados e educação para os mesmos”.

A asma é uma realidade que afeta mais de 700 mil pessoas em Portugal, sendo que 20 a 30 mil portugueses sofrem de asma grave. As pessoas com asma grave convivem com sintomas persistentes e debilitantes a nível respiratório que podem levar a danos pulmonares a longo prazo se não for tratada adequadamente.

 

 

5 a 7 de maio
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) realiza entre os dias 5 e 7 de maio o 21.º Seminário de Educação...

“A diabetes continua a ser um grave problema de saúde pública. Como tal, é crucial reforçar a importância da educação terapêutica da pessoa com diabetes e de todos os que a acompanham. Este evento tem como objetivo final isto mesmo: educar, promover o envolvimento ativo e ajudar a pessoa com diabetes”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Este encontro junta sessões de trabalho em grupo, atividades desportivas e momentos de convívio, promovendo o envolvimento ativo de todos os participantes. O objetivo passa por incentivar a aprendizagem intensiva e focada na pessoa com diabetes.

“O programa deste ano tem a particularidade de revelar muito pouco. Tal como nas pandemias e nas catástrofes, a gestão faz-se em cima dos acontecimentos. A flexibilidade e a adaptabilidade às cirscuntâncias são fundamentais, tal como nas doenças crónicas”, afirma José Manuel Boavida.

Este ano o Seminário conta ainda com um workshop promovido pela Cruz Vermelha, sobre como “(Sobre)viver em cenário de catástrofe".

Portugal é o país europeu que regista uma das mais elevadas taxas de prevalência da diabetes, com mais de um milhão de pessoas com diabetes (13,3% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos tem diabetes), de acordo com os últimos dados do Observatório Nacional da Diabetes. Em todo o mundo, cerca de 463 milhões de pessoas viviam com diabetes em 2019, estimando-se que este valor suba para 700 milhões em 2045. De forma a proporcionar a melhor qualidade de vida a quem vive com esta doença, é crucial que exista, tal como relativamente às outras doenças crónicas, uma forte aposta na educação terapêutica.

Apresentação pública de dois estudos sobre a Atrofia Muscular Espinhal em Portugal
A Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN) e a Sociedade Portuguesa de Estudos de Doenças Neuromusculares (SPEDNM)...

“Cuidar em Sociedade na AME” é o título do evento, onde serão apresentados publicamente pela primeira vez dois estudos sobre a Atrofia Muscular Espinhal em Portugal.

Um dos estudos analisa o impacto social e económico da AME em Portugal, enquanto o outro traça um retrato de como é viver com a doença, através de um acompanhamento feito a vários doentes e famílias.

O caminho da AME em Portugal, o papel do doente nas decisões em saúde e o panorama das acessibilidades são os três grandes temas a abordar na conferência da APN e da SPEDNM, que conta com o apoio da Roche.

A sessão vai ser também transmitida em direto através do Youtube da APN, do site da SPEDNM e também do site e Facebook da Roche Portugal.

 

1 a 31 de maio
Para celebrar o Dia da Mãe, a Academia Mamãs Sem Dúvidas lança a iniciativa ''O Dia da Mãe são todos os dias'&...

Porque “O Dia da Mãe são todos os dias” a Mamãs Sem Dúvidas decidiu dar um miminho especial a todas as mamãs que aguardam a chegada do seu bebé. Para isso, durante os dias 1 a 31 de maio, a Mamãs Sem Dúvidas oferece todos os dias um prémio surpresa a uma futura mamã. As condições são simples: cada mãe só se pode inscrever uma vez e deve fazê-lo na página da Mamãs Sem Dúvidas. Durante o mês da Mãe, os vencedores serão anunciados diariamente, no dia útil seguinte à inscrição através da plataforma online Instagram, na página da Mamãs Sem Dúvidas.

Com o apoio de vários parceiros envolvidos – Susana LopesPhilips AventMAM BabyCorine de FarmeIntimina e BebéVida – a Academia Mamãs Sem Dúvidas vai poder oferecer uma lista de prémios a 31 futuras mamãs, como por exemplo, malas de maternidade; produtos de higiene para a mamã e para o bebé; descontos em Criopreservação no Laboratório BebéVida; peluches e Brinquedos; ecografias Emocionais 4D; amostras e vouchers exclusivos.

Para mais informações sobre a Academia Mamãs Sem Dúvidas, conteúdos informativos ou eventos consulte o website mamassemduvidas.pt ou visite a página do Instagram @mamassemduvidas.

 

 

 

3 de maio
É já amanhã, terça-feira, pelas 9h30, na Sala Almada Negreiros, no Centro Cultural de Belém, que se realiza a 10.ª edição da...

O primeiro painel será dedicado à apresentação dos resultados do Índice Saúde Sustentável 2022 por Pedro Simões Coelho, investigador e Presidente do Conselho Científico da NOVA Information Management School (NOVA IMS). Para debater as conclusões do estudo, estarão presentes Óscar Gaspar, Presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) e Hélder Mota Filipe, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos. Pela primeira vez, além de medir a sustentabilidade do SNS, o estudo apresentará dados sobre a perceção dos portugueses face à inovação em Saúde.

“Inovação e Futuro da Saúde em Portugal” é o tema do segundo painel que junta Rui Ivo, Presidente do Infarmed, João Almeida Lopes, Presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifama), Catarina Resende Oliveira, Presidente da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), Helena Pereira, Presidente da Fundação Ciência e Tecnologia (FCT), Alexandre Lourenço, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Jaime Melancia, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da EUPATI Portugal.

A entrada na 10ª. Conferência Sustentabilidade em Saúde é gratuita mediante inscrição que pode ser feita aqui.

 

 

Benefícios
A mulher passa por diferentes fases da vida, da puberdade até à menopausa, são muitas as fases hormo

A Aromaterapia recorre aos Óleos Essenciais para promover benefícios terapêuticos (físicos e mentais) essencialmente através de três formas:

  1. Pela via do olfato;  
  2. Topicamente; 
  3. Pela ingestão.

Quando inalamos um Óleo Essencial, quer seja pela discussão ativa ou passiva, o aroma vai estimular áreas do nosso cérebro e proporcionar efeitos calmantes e relaxantes. 

Topicamente, quando aplicado, o Óleo essencial penetra na pele e liberta propriedades terapêuticas. No caso de uso tópico, o Óleo Essencial deve sempre ser diluído em Óleo Vegetal. 

Por fim, é também possível ingerir Óleos Essenciais, através de cápsulas especificas para o efeito. No entanto, é uma das formas que obedece a critérios mais específicos e cujo seu uso deve sempre ser acompanhado por um Aromaterapeuta. 

Seja qual for a fase da vida da mulher, a Aromaterapia consegue verdadeiros feitos pela saúde e bem-estar. 

Desde a malfadada acne da adolescência, passando pelo desequilíbrio hormonal, alívio das dores menstruais, atenuar as oscilações de humor, despertar da libido até na gravidez para alívio de enjoos e hidratação da pele a Aromaterapia pode ser a melhor amiga da Mulher. 

Por entre a panóplia de Óleos Essenciais, destaco dez com particular benefício para a Mulher:

  1. Rosa (Rosa damascena) – promove a autoconfiança, o humor e a fertilidade; 
  2. Lavanda (Lavandula angustifolia) - acalma o stress do dia-a-dia; 
  3. Neroli (Citrus arantium) - relaxa e motiva;
  4. Sálvia esclareia (Salvia sclarea) – equilibra as hormonas; 
  5. Ylang-Ylang (Cananga odorata) - promove a líbido;
  6. Gerânio-rosa (Pelargonium graveolens) – equilibra as emoções;  
  7. Gengibre (Zingiber officinale) - menstruação e libido equilibradas; 
  8. Camomila romana (Chamaemelum nobile) - alivia traumas e acalma; 
  9. Hortelã-pimenta (Mentha piperita) - energiza em dias difíceis; 
  10. Bergamota (Citrus bergamia) - é antidepressivo e dá sol aos dias cinzentos

Sinergias Tensão Pré-Menstrual 

Estima-se que a tensão pré-menstrual afete 85% das mulheres. Sintomas como a irritabilidade, cansaço e alterações hormonais, são os mais comuns e todas nós, mulheres, passamos por este turbilhão de hormonas ‘’naquela altura do mês’’. 

Sinergias são misturas de Óleos Essenciais que pelas suas propriedades, quando misturados, constituem uma fórmula com efeitos específicos. 

É possível, por exemplo, fazer sinergias adaptadas a situações concretas: alergias, acne, enxaquecas, desequilíbrios hormonais... é possível adaptar as Sinergias à idade e à pessoa em particular.

Sinergia Tensão Menstrual 

  • 8 Gotas de Óleo Essencial de Lavanda (Lavandula angustifollia)
  • 8 Gotas de Óleo Essencial de Sálvia esclareia (Sálvia sclarea)
  • 8 Gostas de Sândalo (Santalum album) 

Coloque todos estes Óleos Essenciais num Roll on de 10 ml e encha o restante com um Óleo Vegetal de Grainha de Uva. 

Massaje a zona de baixo-ventre 2 a 3x ao dia nos 10 dias precedentes à menstruação ou quando necessário.

A Aromaterapia, se bem utilizada, para além de se tornar imprescindível na saúde da mulher, é uma terapia complementar que pode ser utilizada por todos os membros da família. Até os de 4 patas!  

Cada mulher é única, distinta e singular. E porque gostava de a conhecer melhor, convido-a a fazer o quizz ‘A Mulher’’ disponível no site do Instituto Português de Aromaterapia: https://institutoportuguesaromaterapia.com/quizz-tipo-de-mulher/

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Designada de Precordialgia
Muitas vezes, é sinal de um ataque cardíaco, mas não só.

O que é?

A dor no peito, chamada precordialgia, pode variar e ir desde um ardor a um desconforto semelhante a um peso no centro do peito.

É importante saber que a nossa cavidade torácica alberga estruturas anatómicas muito importantes. Não só coração e as grandes artérias que dele emergem podem provocar dor, o esófago, como importante parte do aparelho digestivo, a traqueia, como parte crucial do aparelho respiratório, a coluna vertebral e as suas raízes nervosas, além de toda a estrutura óssea e articulações presentes na nossa caixa torácica, podem muito frequentemente provocar dor ou desconforto no peito.

A dor no peito, chamada precordialgia, é uma sensação complexa que pode variar entre uma dor verdadeira e um ardor ou desconforto semelhante a um peso no centro do peito. Esta sensação pode ser de intensidade variável, limitante e pode atenuar ou até aliviar com o repouso, a ingestão de alimentos ou a própria respiração.

As 6 causas

  1. Uma das causas mais frequentes está relacionada com a estrutura óssea e articular. São dores pouco específicas, confundidas com “picadas”, e que aumentam ou estão relacionadas com os movimentos normais dos braços, a respiração profunda, etc.
  2. Problemas digestivos como refluxo ácido; espasmos do esófago podem dar queixas muito semelhantes a dores de origem cardíaca.
  3. As infeções das vias respiratórias, como pneumonias e bronquites, também são causa frequente de dor no peito.
  4. Dentro das doenças cardíacas, o enfarte de miocárdio é a mais aflitiva, e a dor tem características próprias; uma sensação de peso ou ardor no centro do peito, que poderá irradiar ou não para os braços, pescoço ou costas é sempre preocupante.
  5. A inflamação da membrana que envolve o coração, chamada pericárdio, pode inflamar-se igualmente, dando origem a uma pericardite. Esta inflamação também gera dor no peito, embora com características diferentes. Por último, e não menos importante, a ansiedade.
  6. O transtorno ansioso, cada vez, mas frequente na sociedade, pode ser uma causa de dor no peito, cansaço, esgotamento, e imitar os sintomas de doenças graves, como as cardíacas.

Como diferenciar as dores?

É muito difícil e pouco recomendável fazer o diagnóstico em casa ou por nossa conta. Diferenciar quando uma dor pode ser originada por uma doença grave ou não deve ser uma tarefa feita sempre por uma equipa médica com os meios de diagnóstico adequados para isso.

Recomendo sempre que a pessoa seja vista numa consulta, perante a presença de uma dor torácica ou dor no peito.

Como saber se a situação é perigosa?

Sempre que se associa a outros sintomas, como vómitos, suor frio, alterações nos batimentos cardíacos (sejam muito altos ou muito baixos), tonturas, perda de equilíbrio, irradiação ao braço esquerdo, costas ou pescoço, dificuldade respiratória, e verificarmos que a dor aumenta quando andamos e diminui se repousamos – são sinais que merecem uma observação detalhada e urgente.

Como se trata?

Depende da causa, obviamente. O tratamento mais eficaz é sempre uma boa prevenção e um diagnóstico rápido e atempado. Fazermos check-ups regularmente, conhecermos bem o nosso estado de saúde, saber exatamente qual é o nível de exercício que podemos realizar em segurança, controlar os fatores de risco para as doenças são, sem dúvida, as medidas mais efetivas para garantir que, em qualquer situação inesperada, temos a melhor resposta.

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30 anos de experiência
O psiquiatra e psicoterapeuta Pedro Carvalho acaba de integrar a equipa médica da OPFC – Clínica Médica do Porto que aposta,...

Com 30 de anos experiência nas variadas áreas da psiquiatria, Pedro Carvalho possui formação específica em diversas áreas como seja terapia familiar, terapia cognitivo-comportamental, gerontopsiquiatria, sintomas psicológicos e comportamentais de demências, comportamentos aditivos, intervenção psiquiátrica na dor crónica e cuidados paliativos, perturbação de humor e ansiedade e doença bipolar, entre outras.

Licenciado em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, o médico especialista em psiquiatria, tem dedicado grande parte da sua carreira à área da consultoria, actividade que exerce há 27 anos na área de gerontopsiquiatria em IPSS. Foi ainda como consultor que colaborou com os Serviços de Saúde da Santa Casa Misericórdia do Porto e Hospital da Prelada.

Na área da gestão da dor coordenou a consulta de gerontopsiquiatria na Unidade Local de Saúde de Matosinhos e foi responsável pela constituição e organização de apoio psiquiátrico à Unidade de Dor Crónica e Cuidados Paliativos do Hospital Pedro Hispano, tendo colaborou na criação da consulta de fibromialgia.

Outra das áreas de interesse a destacar é a de comportamentos aditivos, tendo sido diretor clínico de duas comunidades terapêuticas e Psiquiatra da Unidade de Apoio a Grávidas Toxicodependentes.

A multidisciplinaridade dentro da área da psiquiatria e psicoterapia é, sem dúvida, uma das suas mais-valias de Pedro Carvalho e razão pela qual também prestou apoio psiquiátrico na consulta de esclerose múltipla do Serviço de Neurologia, do Hospital Geral de Santo António e colaborou, enquanto médico do Hospital de Magalhães Lemos, com o serviço vocacionado para perturbação bipolar.

Em termos académicos mantém a sua atividade de docente através de uma estreita ligação com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, assim como com outros Institutos da Universidade do Porto. No Instituto Superior de Maia, foi docente no Curso de Aconselhamento Psicossocial, tendo sido responsável pelas disciplinas de Psicossomática e Bases Biológicas do Comportamento e no Curso Criminologia.

Com uma carreira dedicada à investigação e à partilha de conhecimento, o médico psiquiatra participou em vários projetos de investigação internacionais e, a nível nacional, integrou o núcleo fundador da Unidade de Psicogeriatria no Hospital de Magalhães Lemos. O seu nome surge ainda associado a mais de 150 apresentações em congressos nacionais e internacionais, livros e vários artigos em revistas da especialidade.

Para Cláudia Bernardo, Diretora Médica da OPFC, “é fundamental olhar para o doente como um todo, numa atitude humanizada e direccionada para o bem-estar físico e mental. Na OPFC apostamos no atendimento multidisciplinar porque acreditamos que muitas das vezes os problemas de saúde são mais complexos do que aquilo que aparentam ser, podendo mesmo afetar corpo e mente. A aposta em equipas e profissionais multidisciplinares é, seguramente, a melhor aposta para um melhor acompanhamento médico”.

 

4 de maio
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) organiza mais uma sessão do Ciclo de Webinares LadoaLado...

Esta será a quinta sessão do Ciclo de Webinares LadoaLado.Com a Comunidade, iniciativa desenvolvida pela SRCentro para dar a conhecer os diversos projetos desenvolvidos pelas equipas de Enfermagem junto dos seus utentes/comunidades dentro da sua área de abrangência.

Durante este webinar, que se inicia às 21h no dia 04 de maio, irão ser apresentados três projetos desenvolvidos em várias unidades funcionais da região Centro. CuidarMente, Reabilitar na Comunidade e Nós com o Mundo - Projeto de Apoio aos Refugiados e às Pessoas Vítimas de Tráfico Humano são os nomes de cada uma das iniciativas.

A sessão online tem como objetivos permitir que outros enfermeiros e equipas de Enfermagem se sintam motivados/as para pôr em prática projetos de intervenção junto das suas comunidades, e dar a conhecer projetos de Enfermagem junto das comunidades e a sua relevância no contexto social de cada população.

Ana Paula Morais, Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação na UCC São Martinho e Presidente da Mesa da Assembleia Regional da SRCentro, será a moderadora deste webinar.

A atividade está aberta a enfermeiros e estudantes de enfermagem com interesse pelo assunto, atribuindo 0,35 Créditos de Desenvolvimento Profissional. A inscrição gratuita, mas obrigatória no Balcão Único AQUI.

 

Mais de 100 mil euros para soluções digitais para a área da demência
Foram anunciados no passado sábado, dia 30 de abril, os quatro projetos de startups que vão avançar para seis pilotos em...

No total são mais de 100 mil euros a distribuir pelos vários projetos, no âmbito do Programa “Building Tomorrow Together”, uma iniciativa da Roche, em parceria com várias instituições do sistema de saúde português, como: Centro Hospitalar de São João, Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, Luz Saúde, Lusíadas, CUF e Campus Neurológico.

Os projetos vencedores foram:

  • iLoF - intelligent Lab on Fiber

A implementar no Centro Hospitalar Universitário de São João e na Luz Saúde

Através de uma base de perfis biológicos e de biomarcadores, fornece ferramentas para uma triagem mais rápida e portátil de risco de Demência, usando nomeadamente Inteligência Artificial.

Com uma análise de sangue, através de biomarcadores, poderão ser detetados precocemente sinais de demência. O objetivo será o de permitir antecipar o diagnóstico antes de a doença estar estabelecida.

  • Somatix

A implementar no CNS – Campus Neurológico e CUF

Solução de monitorização remota de doentes através de dispositivos "wearables" para detetar movimentos de forma passiva.

Trata-se de uma bracelete que permite detetar gestos e movimentos para monitorizar ritmos de sono, risco de queda ou níveis de hidratação, por exemplo. Este dispositivo comunica com uma aplicação e com um software que monitoriza o que acontece às pessoas com demência, podendo reduzir hospitalizações e idas desnecessárias ao hospital.

  • Virtuleap 

A implementar em Lusíadas 

Através de óculos de realidade virtual e de uma aplicação, são executados exercícios para analisar a capacidade cognitiva e prever sintomas de demência. No fundo, através de um conjunto de jogos e movimentos que monitorizam a função cognitiva, o hospital e os profissionais de saúde podem acompanhar cada doente.

  • NeoNeuro

A implementar no Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga

A solução vai permitir um diagnóstico precoce, através de uma análise ao sangue com um protocolo e um equipamento próprio. Trata-se de uma forma não invasiva e mais simples de prognosticar a possibilidade de um doente poder vir a ter uma demência.

Sobre o Building Tomorrow Together – Innovation in Dementia

Building Tomorrow Together – Innovation in Dementia é o nome da iniciativa da Roche, operacionalizada pela Beta-i, que junta várias entidades do setor da saúde em Portugal para desenvolver soluções capazes de responder a necessidades concretas de pessoas que vivem com demência, seus cuidadores e instituições de saúde.

São parceiros deste projeto as seguintes entidades: Centro Hospitalar Universitário de São João, o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, a Luz Saúde, o Hospital Lusíadas, a CUF e o Campus Neurológico, bem como a Multicare, a Microsoft, a EIT Health, a BIAL, a AWS, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Champalimaud, Alzheimer Portugal e a NOS.

Desafio global na área da infância
A Novo Nordisk, em colaboração com a UNICEF, lança hoje o ‘The Healthy Childhood Challenge’, um desafio global que tem como...

Crescer num ambiente saudável é essencial para que uma criança prospere e atinja o seu potencial, mas, hoje em dia, esta não é uma realidade para muitas crianças, que se desenvolvem em contextos prejudiciais à sua saúde. O The Healthy Childhood Challenge procura ideias que aumentem a probabilidade de as crianças estarem bem nutridas, ativas e mentalmente sãs nos ambientes em que vivem.

Esta iniciativa regressa um ano após o sucesso da primeira edição – o The Healthy Food Challenge, em que o projeto português Food From the Block foi um dos três vencedores – e desafia agora comunidades, organizações sem fins lucrativos, instituições de ensino e de saúde, organismos públicos, e tantos outros, em todo o mundo, a proporem soluções que promovam a criação de ambientes mais saudáveis para as crianças e que reduzam as desigualdades em saúde.

As três melhores e mais inovadoras ideias irão receber 100.000 dólares (cerca de 92.000 euros) da Novo Nordisk para colocarem em prática as soluções apresentadas.

Este ano, o foco tem uma relevância crítica: a infância. Uma saúde deficiente numa idade mais jovem aumenta o risco de desenvolvimento de doenças não transmissíveis no futuro, desde logo a obesidade. Intervir para ajudar as crianças a manterem um peso adequado é uma forma importante de melhorar a sua saúde, para o resto das suas vidas. Este facto assume particular importância no nosso país, onde cerca de 29,6% e 12% das crianças portuguesas apresentam excesso de peso e obesidade, respetivamente.

“Muitas crianças estão hoje rodeadas por ambientes onde os alimentos não saudáveis estão amplamente disponíveis e promovidos, e onde existem poucas oportunidades para a realização de atividades físicas. Em particular, as crianças que residem em áreas mais desfavorecidas têm frequentemente menos acesso a espaços seguros e verdes para fazerem exercício e os alimentos nutritivos e acessíveis são escassos”, refere Jo Jewell, especialista em Nutrição da UNICEF. “Criar oportunidades para que as crianças comam bem, sejam ativas e mantenham um peso saudável é um desafio societal que temos de enfrentar e, como sociedade, temos de pensar fora da caixa para encontrar novas e criativas formas de dar às crianças em todo o mundo um começo de vida saudável”, acrescenta.

“A prevenção da doença é uma parte fundamental do compromisso social da Novo Nordisk e a infância é uma oportunidade de impacto único para fazer a diferença na saúde das pessoas. Procuramos soluções inovadoras e parcerias criativas que possam apoiar a criação de ambientes saudáveis para as crianças. E incentivamos comunidades, organizações, grupos de jovens, instituições públicas e organizações privadas – qualquer pessoa que tenha uma excelente ideia – a participar nesta nossa iniciativa”, destaca Paula Barriga, Diretora Geral da Novo Nordisk Portugal.

O ‘The Healthy Childhood Challenge’ é parte integrante do compromisso e estratégia da Novo Nordisk para o desenvolvimento sustentável, que tem como um dos seus pilares de atuação a prevenção de doenças crónicas, entre as quais a Obesidade. Esta doença é hoje um dos principais problemas de saúde em Portugal, afetando cerca de 28,7% dos portugueses, o que corresponde a mais de 2 milhões de pessoas. E traz impactos a diferentes níveis: no indivíduo, na sociedade e no sistema de saúde – a Obesidade e o excesso de peso representam um custo direto anual de 1,2 mil milhões de euros em Portugal, o equivalente a 0,6% do PIB e a 6% das despesas de Saúde do nosso país. 

Esta nova edição da iniciativa global promovida pela Novo Nordisk vai incluir duas rondas de seleção dos projetos: a primeira em julho, onde serão selecionados os 10 melhores projetos; e uma seleção final em outubro, altura em que os três vencedores serão escolhidos, sendo depois anunciados em novembro.

Mais informação disponível em: The Healthy Childhood Challenge.

Alergia ou constipação?
Sabe tudo o que precisa sobre as alergias das crianças?

Alergias ou constipação?

Uma “alergia” é uma reação exagerada do sistema imunitário a substâncias normalmente inofensivas – alérgenos – como por exemplo pelos de animais, pólenes, ácaros do pó e fungos. Quando as crianças entram em contacto com os alérgenos, o seu organismo confunde-os com substâncias nocivas e, por isso, ataca-os, provocando as conhecidas reações alérgicas, ocorrendo a libertação da histamina.

Os sintomas das alergias nas crianças podem ser muito semelhantes aos sintomas de uma constipação, por isso nem sempre é fácil diferenciá-los. De modo geral os sintomas das alergias nas crianças incluem:

  • Pingo no nariz/ corrimento nasal;
  • Espirros;
  • Nariz entupido/ congestão nasal;
  • Olhos irritados, lacrimejantes e com comichão;
  • Respiração pela boca;
  • Edema palpebral (olhos “inchados”)

Uma constipação ou resfriado é uma infeção viral aguda, normalmente sem febre e autolimitada. Os sintomas manifestam-se devido ao processo de neutralização do vírus pelo sistema imunitário da criança, despoletando sintomas respiratórios superiores, como corrimento nasal, tosse, espirros e dor de garganta.

Existem algumas diferenças importantes entre ambas as afeções. Por um lado, as constipações são contagiosas. Uma criança pode ser infetada por um adulto ou por outra criança, caso estes espirrem, tussam ou toquem com as mãos infetadas nela. Por outro lado, as alergias não são contagiosas.

Ao conseguir distinguir se o seu filho está com alergias ou constipação, torna-se também mais fácil de perceber se deve abordar este tema na próxima consulta que vai ter com o pediatra. Para além de identificar os sintomas, também é importante registar quando é que os mesmos apareceram, ter em consideração a idade da criança e se existe histórico de outras pessoas na família que tenham alergias.

Estas são algumas das questões que pode colocar na consulta com o médico pediatra e/ou alergologista sobre alergias:

  • Quais os sintomas que o levam a crer que a criança tem alergias?
  • Existem alguns tipos de alérgenos que possam agravar os sintomas das alergias da criança?
  • Quando os sintomas alérgicos da criança acalmarem e/ou desaparecerem, é expectável que reapareçam?
  • A criança apresentará sintomas durante todo o ano?
  • Posso ter alguns cuidados em casa, que ajudem a gerir da melhor forma as alergias da criança?
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Maio: mês do Coração e das Mães
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover a ação nacional de consciencialização para o...

“Com esta iniciativa pretendemos alertar as mulheres para a adoção de um estilo de vida mais saudável, para que no futuro possam beneficiar de uma vida mais tranquila junto das pessoas de quem mais gostam. Em Portugal, a incidência do enfarte agudo do miocárdio continua a ser elevada. Esta realidade deve-se, em muito, ao stress e aos hábitos de vida que são levados no dia-a-dia”, afirma João Brum Silveira, Coordenador Nacional do Stent Save a Life e da Campanha Cada Segundo Conta (APIC).

E acrescenta: “Todos os dias estamos sujeitos a desafios que oscilam os níveis de stress e de ansiedade. As mulheres não são exceção, uma vez que vão gerindo, por vezes ao mesmo tempo, as suas tarefas profissionais e as pessoais. O risco aumenta, se algumas das seguintes situações estiverem presentes: tabagismo; colesterol elevado; diabetes; hipertensão arterial; excesso de peso ou obesidade; abuso de bebidas alcoólicas; sedentarismo (pouco exercício físico). Torna-se, assim, primordial a aposta na prevenção destas doenças, adotando um estilo de vida saudável: praticar exercício físico; evitar o consumo de álcool; não fumar; controlar a alimentação, optando por não consumir em excesso alimentos ricos em açúcar e gordura; e manter a vigilância médica regular”.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2018, registaram-se 4.620 mortes totais por enfarte agudo do miocárdio, que atingiram, maioritariamente homens, com uma relação de 136,2 óbitos de homens por 100 de mulheres. A idade média do óbito para as mulheres situou-se nos 81,4 anos.

Os dados do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI), desenvolvido pela APIC, indicam que, em 2020, foram realizadas 3.817 angioplastias primárias para o tratamento do enfarte agudo do miocárdio, um aumento de 2,5 por cento, face ao ano anterior. Cerca de um quarto dos doentes tratados foram mulheres com uma média de idade de 68 anos, com um índice de massa corporal médio de 29,5, 26 por cento das quais fumadoras.

O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são sintomas de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Não ignore estes sintomas. Ligue rapidamente 112 e siga as instruções que lhe forem dadas.

A ação “Coração de Mãe” está inserida no âmbito da campanha “Cada Segundo Conta”, promovida pela APIC, e foi desenvolvida pelos alunos do curso de Relações Públicas e Comunicação Empresarial, da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), do Instituto Politécnico de Lisboa, no âmbito da unidade curricular «Comunicação no Interesse Público», com os objetivos de promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce.

Meta de 95% estipulada pelo Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi ultrapassada
A cobertura vacinal das crianças até um ano atingiu 99% em 2021 e ultrapassou, até aos sete anos, a meta de 95% estipulada pelo...

A vacinação contra o sarampo e a rubéola (VASPR) continua a cumprir todas as metas nacionais e internacionais do Programa Nacional de Eliminação do Sarampo e da Rubéola, registando coberturas vacinais iguais ou superiores a 95% em crianças e jovens com idade até aos 18 anos. Estes dados são muito positivos no contexto do alerta da Unicef e da OMS para o risco de ocorrência de surtos de sarampo em diversas áreas geográficas. Em Portugal, não houve registo de novos casos de sarampo em 2021. 

Relativamente à vacina HPV, a vacinação completa de adolescentes do sexo feminino mantém-se muito elevada, ultrapassando a meta de 85% a partir dos 12 anos. Aos 14 anos, 94% das raparigas já estão vacinadas. Apesar de estar no primeiro ano, a vacinação de adolescentes do sexo masculino com a 1ª dose teve coberturas de 81% e 79%, respetivamente, para os que nasceram em 2010 e 2009. 

A proporção de adolescentes e adultos vacinados com a vacina contra o tétano e difteria continua também elevada, chegando a 96% aos 14 anos de idade e a 80% aos 65 anos. A proteção desta vacina verifica-se no controlo destas duas doenças - não existe difteria há décadas em Portugal e os dois últimos casos de tétano foram registados em 2018 em pessoas idosas. 

Outra das conclusões do Boletim PNV n.º 5 é que a cobertura vacinal da grávida, para proteger o seu filho contra a tosse convulsa nos primeiros meses de vida, continua a ser muito elevada, atingindo 87% em 2021. 

Os dados agora revelados demonstram que a vacinação no âmbito do PNV foi semelhante a anos anteriores e, na maioria dos casos, nos prazos adequados, apesar da pandemia e de ter decorrido em simultâneo a vacinação contra a COVID-19 e contra a gripe (no outono/inverno), graças ao empenho das unidades de saúde e dos seus profissionais.  

O ano de 2021 exigiu ainda um empenho adicional dos profissionais de saúde porque foi o primeiro ano da implementação da vacinação contra a doença invasiva meningocócica do grupo B (vacina MenB) e do alargamento ao sexo masculino da vacinação contra infeções por vírus do Papiloma humano (vacina HPV).  

Em 2021, foram ainda implementadas e atualizadas as estratégias de vacinação dedicadas a pessoas pertencentes a grupos de risco, nomeadamente a vacinação de crianças contra o rotavírus e de adultos contra a doença invasiva pneumocócica. 

 

Hemorragia nasal ou epistáxis
O nariz é uma área com grande irrigação sanguínea onde confluem muitas artérias e veias que atravess

O nariz é a via respiratória preferencial e tem também a função de humidificação, de aquecimento e de purificação do ar inspirado. Está em contacto permanente com inúmeros agentes agressores (temperaturas extremas, poeiras, alérgenos, vírus, bactérias, entre outros) tendo necessidade constante de reestruturação. Assim, além de uma porta de entrada de doenças, é também um órgão vulnerável a outras situações como a hemorragia.

A hemorragia nasal, cientificamente designada por epistáxis, é uma das urgências em otorrinolaringologia mais frequente, afetando pelo menos 60% da população geral. A epistáxis tem dois picos de incidência, um em crianças, geralmente antes dos 10 anos e outro em adultos com mais de 40 anos.

A causa da hemorragia nasal é quase sempre desconhecida, ou seja, idiopática. Contudo, a manipulação digital do nariz, o nose-picking, é uma frequente forma de trauma direto da mucosa nasal que muitas vezes passa despercebida ao próprio e aos pais. Esta manipulação pode originar crostas e colonização bacteriana da mucosa nasal causando uma inflamação de baixo grau com hipervascularização e fragilização vascular, que podem condicionar hemorragia.

As crianças têm o sistema imunológico em desenvolvimento e são assim mais propensas a infeções respiratórias e a crises de alergia, à medida que contactam com diferentes microrganismos e alérgenos. Por exemplo, a rinite é uma inflamação da mucosa nasal resultante da reação do sistema imunológico a estas “novidades” do ambiente externo, que se manifesta pelo aumento das secreções nasais, congestão nasal causada por edema dos tecidos, espirros e comichão. A inflamação com aumento de vascularização, a formação de crostas, o assoar, o coçar, e espirrar, são mais desafios que o nariz tem de enfrentar, que sendo muito vascularizado, tem maior risco de sangrar.

Apesar de frequente, a epistáxis nas crianças é raramente um quadro clínico grave. Na maioria dos casos, o foco da hemorragia é no plexo de Kiesselbach e portanto, facilmente controlada com pressão digital das narinas durante um período de 5 a 10

minutos. No entanto, a recidiva é frequente, sendo o principal motivo de stress e de diminuição na qualidade de vida da criança e dos pais. Nestas circunstâncias é aconselhada a observação por um Otorrinolaringologista. Não há um protocolo universal na abordagem da epistáxis, sendo a avaliação e tratamento personalizados, que geralmente passa pela hidratação com pomadas ou eventualmente cauterização química.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
A dor crónica e o seu tratamento com terapêutica à base da planta de canábis são assuntos que têm es

Em Portugal, a dor crónica afeta 1 em cada 3 portugueses adultos, tendo um impacto muito significativo, tanto na qualidade de vida, como no absentismo laboral, com consequências muito marcadas para a sociedade.

Classicamente, a dor crónica dura pelo menos três meses, mesmo que não seja diária. Este tipo de dor tem de ser tratado com fármacos mais robustos e com métodos diferentes dos que são utilizados para a dor aguda. Trata-se de uma abordagem, normalmente, multifatorial, que passa não só pela medicação, mas também por fisioterapia, por reabilitação, por correção postural, entre outros.

As terapêuticas clássicas nem sempre são eficazes para darem um alívio significativo, uma vez que muitos doentes continuam com dor, por vezes, incapacitante e com grande limitação a nível do seu bem-estar.

É nestes casos que se coloca a questão das novas classes terapêuticas que têm vindo a surgir, sendo os canabinoides uma das mais importantes. Em Portugal, neste momento, há uma substância à base da planta de canábis, aprovada para a dor crónica, assim como para outras indicações. É uma terapêutica muito interessante, pelo facto de ser diferente de todas as outras.

Apesar de nova em Portugal, esta classe terapêutica já tem muitos anos em outros países, tendo os seus profissionais de saúde bastante experiência no que respeita à sua prescrição. Também, os estudos indicam que há lugar para esta classe terapêutica no caso das pessoas com dor crónica, que não respondem às terapêuticas clássicas. Ou seja, os canabinoides vêm oferecer uma nova esperança às pessoas com dor crónica, que não têm tido os resultados desejados com os tratamentos convencionais.

Os canabinoides têm um mecanismo de ação totalmente diferente, com indicações muito especificas. Naturalmente, não devem ser utilizados em todas as pessoas com dor, mas têm um lugar especial e importante para os doentes com dor refratária.

Vejo com bons olhos o facto de termos à disposição mais uma classe terapêutica, que nos permite alargar o leque de opções terapêuticas para os nossos doentes.

Muitos foram os medos que, inicialmente, se colocaram no que respeita à prescrição de produtos de canábis medicinal para tratamento da dor. Contudo, é de salientar que o fármaco aprovado pelo Infarmed, de prescrição médica, é seguro. Contudo, a utilização destes fármacos exige uma monitorização apertada, que só pode ser feita através de acompanhamento médico, minimizando assim possíveis efeitos secundários. Também é de salientar, relativamente ao tópico da dependência, que parece ser muito improvável, embora não possa ser completamente descartada.

No entanto, alerto para o perigo das substâncias não reguladas, compradas por exemplo online, em que não há como garantir nem a qualidade, nem a segurança, nem a eficácia do produto.

Neste momento, em Portugal, todos os médicos podem prescrever canabinoides para a dor crónica. No entanto, tendo em conta a particularidade do seu tratamento, o doente deverá ser sempre acompanhado pelo seu médico de família, ou pelo especialista em dor pelo qual está a ser seguido.

Deixo aqui um alerta importante: se sente uma dor que não passa por algum tempo - sobretudo durante três meses ou mais -, que está a tornar-se persistente e, muitas vezes, até, mais intensa, deve procurar o seu médico de família.   Provavelmente, estaremos perante uma dor crónica que tem de ser avaliada. Poderá ser necessário tratar com outro tipo de fármacos e de estratégias.

Esteja atento e procure o seu médico de família.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
De 6 a 8 de maio
Lisboa volta a receber entre 6 e 8 de maio o Exercise Summit, um dos maiores eventos de exercício e saúde em Portugal. Nesta 4ª...

Sob o lema, “Juntos Para Uma Saúde Mais Forte” este evento tem como objetivo promover a atualização profissional, a qualidade e a inovação nas profissões ligadas à atividade física. Destaca os conteúdos baseados em ciência e o papel dos profissionais do exercício na promoção da saúde de cada pessoa. Este ano esperam-se cerca de 400 participantes.

O encontro conta com apresentações de peritos internacionais como Brad Schoenfeld, investigador norte-americano e especialista em treino de hipertrofia e na melhoria da composição corporal e Mikel Izquierdo, investigador espanhol e professor de biomecânica e fisiologia do exercício.

O programa inclui especialistas portugueses, médicos e professores catedráticos, como Rogério Barbosa Pereira, fisioterapeuta pós-graduado em reabilitação no desporto e doutorando em fisioterapia e Helder Dores, coordenador de Cardiologia Desportiva no Hospital da Luz Lisboa.

“Numa altura em que todos conhecemos a importância da integração do exercício físico no estilo de vida, vamos trazer ao Exercise Summit as melhores práticas associadas ao treino de força, e apresentar conteúdos que contribuem para uma saúde melhor. É um evento dirigido a quem se preocupa com as várias áreas complementares da saúde”, afirma Hugo Moniz, CEO da EXS - Exercise School, responsável pela organização do evento.

As inscrições para o Exercise Summit 2022 já estão abertas e disponíveis na página https://exercisesummit.pt

 

 

 

 

 

 

Oncologia
Investigadores do Centro de Medicina Individualizada da Mayo Clinic criaram uma técnica de imunoterapia que combina terapia de...

A abordagem combinada, publicada na Science Translational Medicine, envolve o carregamento de células CAR-T, que são projetadas para procurar antígenos em células de cancro, com um vírus oncolítico. Os vírus oncolíticos são vírus que ocorrem naturalmente e que podem infetar e romper células cancerígenas. Eles reproduzem- se naturalmente neste tipo de células ou podem ser projetados para selecioná-las como alvo.

O estudo sugere que as células CAR-T podem transmitir o vírus oncolítico ao tumor. Deste modo, o vírus infiltra-se nas células do tumor e replica-se até rompê-las e estimular uma resposta imune potente. 

“Essa abordagem permite que o tumor seja morto pelo vírus e pelas células CAR-T”, explica Richard Vile, colíder do Programa de Terapia de Genes e Vírus do Centro de Cancro da Mayo Clinic e Professor da Richard M. Schulze Family Foundation. “Além disso, quando o vírus é transmitido, ele transforma o tumor em um ambiente muito inflamado, e então o próprio sistema imune começa a atacá-lo”.

A estratégia terapêutica aborda dois desafios principais que tornam tumores sólidos difíceis de tratar somente com a terapia celular CAR-T. Primeiro, o vírus oncolítico pode quebrar a proteção molecular que alguns tumores sólidos usam para evitar o ataque do sistema imunológico. E segundo, o vírus pode invadir o núcleo das células de cancro, algo quase impossível para as células do sistema imune, que frequentemente perdem seu poder durante a tentativa.

Os investigadores também descobriram que a abordagem combinada oferece um fenótipo de memória imune contra o tumor.

“Ao colocar o vírus na CAR-T, nós as ativamos contra o vírus e o tumor e eles adquirem memória imunológica”, diz Vile. “Isso permite-nos dar um estímulo com o vírus em um momento posterior, o que em retorno faz com que as células CAR-T se reativem e realizem rodadas adicionais para matar o tumor”.

Usando modelos de ratinhos, o investigador e sua equipa administraram a terapia dupla de maneira intravenosa para tratar glioma de alto grau em pacientes adultos e pediátricos, assim como melanoma na pele. Eles descobriram que a terapia combinada levou a altas taxas de cura em tumores em diversos locais sem causar toxicidade significativa. Eles também descobriram que isso resultou em uma proteção evidente em ratinhos já curados contra a reincidência do tumor.

“Clinicamente, administrar a terapia de maneira sistemática é uma vantagem em potencial porque é possível tratar pacientes com doença metastática sem ter que injetar em cada tumor”, explica o investigador. 

Em seguida, Vile destaca a importância de ter cautela sobre quão bem os estudos em modelos de animais serão traduzidos em tratamentos para os pacientes com cancro.

“Entretanto, temos esperança de que seremos capazes de transformar essa estratégia em ensaios clínicos em um ou dois anos”, diz Vile. “Ao realizar tais ensaios na Mayo Clinic, será possível ver se podemos adicionar mais um nível de eficácia à terapia celular CAR-T no tratamento de tumores sólidos de diferentes tipos”.

Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP)
“Não desvalorizes sintomas ligeiros. Controla a doença, aprende a vencer as tuas limitações” é a mensagem que, no âmbito do Dia...

Em Portugal estima-se uma prevalência de 6,8% desta doença, o que equivale a cerca de 700 mil portugueses, e de 8,4% nas crianças e adolescentes – cerca de 175 mil – com quase metade dos asmáticos a não terem a sua asma controlada (43% da população geral asmática e 51% das crianças). É, por isso, “de grande importância, a motivação do jovem para a adesão terapêutica, para a autogestão da doença, fazendo-lhe notar que esse é o caminho para atingir o controlo e acabar com as limitações das atividades da vida diária e de atividades desportivas”, referem os médicos pneumologistas.

“Não podemos aceitar sintomas respiratórios mesmo que sejam chamados de ‘habituais’. Mais do que não ter “crises”, não devemos aceitar as queixas persistentes ou recorrentes. Para atingir este controlo é fundamental a procura de ajuda adequada e uma correta adesão à terapêutica, sem receios e sem mitos” destacam Lígia Fernandes e José Manuel Silva.” Focando-se nesta mensagem elementar da importância de assumir o controlo da doença permitindo uma vida sem quaisquer limitações, a SPP promove, neste Dia Mundial da Asma, uma ação de sensibilização junto do público mais jovem através de sessões informativas em escolas secundárias.

 

 

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