Insuficiência cardíaca: conhecer, prevenir e tratar melhor
Hoje comemora-se o dia europeu da Insuficiência Cardíaca.

A insuficiência cardíaca (IC), mais do que uma doença, é uma condição (síndroma) que resulta da incapacidade do coração corresponder às necessidades acrescidas de fluxo sanguíneo do organismo, impossibilitando-o de realizar atividade física sem agravar os sintomas, que são predominantemente o cansaço, a falta de ar e o inchaço das pernas. Esta patologia é, muitas vezes, o estádio final de outras doenças crónicas comuns que afetam o coração como a aterosclerose (que leva à angina de peito e ao enfarte do miocárdio), a hipertensão arterial e a obesidade. No entanto, pode também resultar de alterações das válvulas do coração, de tóxicos (como o álcool ou a quimioterapia), de alterações genéticas ou de outras patologias mais raras.

Para assinalar este dia dedicado à IC e aos nossos doentes que com ela vivem diariamente, a quem não quero deixar de recordar, pelo caminho difícil que muitas vezes trilham e que acompanhamos o melhor que podemos, quero deixar duas mensagens de alerta e otimismo:

A primeira é que a IC é prevenível. Para tal, os hábitos de vida saudável (dieta equilibrada do tipo mediterrânico, exercício físico, abstinência tabágica e alcoólica) são fundamentais, mas também o são o controlo das doenças crónicas, como a hipertensão arterial, a diabetes, o colesterol elevado e a aterosclerose, a obesidade.

A segunda é que dispomos, cada vez mais, de armas para o tratamento desta doença e temos vindo a ganhar mais e melhores anos de vida para os nossos doentes. O tratamento para a IC é eficaz, assim o consigamos fazer chegar aos doentes.

Nesta luta contra a IC, precisamos do contributo de todos: da população em geral para o esforço da prevenção; dos doentes, seus familiares e dos profissionais de saúde, para a deteção precoce da doença (idealmente em fase de pré-IC) e para o seu tratamento célere e otimizado; dos decisores políticos, para uma maior e melhor atenção à organização dos cuidados a uma doença com um impacto tão significativo na nossa sociedade.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
1/5 doentes com agravamento da insuficiência cardíaca morre até 2 anos após evento
A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença grave e crónica com uma elevada prevalência em Portugal – cerca de 340 mil...

No âmbito do Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca, que se assinala hoje dia 6 de maio, Dulce Brito, cardiologista especializada no tratamento da IC alerta “para a importância de atuarmos cada vez mais na prevenção de episódios graves que levem à necessidade de hospitalização ou re-hospitalização de doentes com insuficiência cardíaca, em especial aqueles com fração de ejeção diminuída, após um evento de descompensação”.

A insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida acontece quando o coração não contrai adequadamente, o que faz com que o sangue não seja enviado (bombeado) para todos os órgãos também de forma adequada.

Em Portugal, a IC representa cerca de 53 mil episódios de atendimento na Emergência, dos quais 36 mil resultam em hospitalizações. Estima-se que anualmente os custos de hospitalização nos sistemas de saúde, devido à insuficiência cardíaca, rondem os 405 milhões de euros, sendo a grande “fatia” devida a custos dos internamentos.

“Este é um cenário que tem de ser rapidamente mudado não só pela dificuldade que traz na gestão da própria doença (quer para quem sofre de insuficiência cardíaca, quer para os seus cuidadores), como também pelos custos efetivos que estes episódios de urgência representam na despesa em saúde. Cerca de 24% das re-hospitalizações por insuficiência cardíaca ocorrem 30 dias após um evento de descompensação”, reforça a cardiologista Dulce Brito.

Após um diagnóstico de insuficiência cardíaca é importante que os doentes controlem alguns sintomas e estejam atentos a quaisquer alterações que possam surgir, tais como o aumento de peso; agravamento de falta de ar; maior inchaço nos pés e tornozelos; surgimento ou agravamento de tonturas; menor capacidade de realização de exercício físico; dor no peito persistente (angina); frequência cardíaca rápida (palpitações) e dificuldade em dormir.

 Para além de estar atento a estes sintomas, o acompanhamento por parte de um profissional de saúde é fundamental, bem como a adesão à terapêutica, para uma melhor gestão da doença. A alteração de alguns estilos de vida como a mudança na dieta, prática regular de exercício físico e cessação tabágica, também podem contribuir para evitar o agravamento desta patologia crónica que afeta mundialmente mais de 60 milhões de pessoas.

Cancro de mama
No dia 5 de maio fez-se história através da realização da primeira cirurgia de cancro da mama com utilização da tecnologia 5G,...

900 km distam entre Lisboa e Zaragoza. Esta foi a distância encurtada pelas valências da 5ª geração móvel da Altice Portugal – velocidade, menor latência, inteligência e fiabilidade – que fizeram com que o especialista Pedro Gouveia, reputado cirurgião da Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud, estivesse em contacto direto audiovisual permanente e em tempo real com o cirurgião espanhol da mesma unidade, Rogelio Andrés-Luna. A cirurgia foi acompanhada no palco do Congresso da Associação Espanhola de Cirurgiões da Mama (AECIMA), que decorre até dia 7 de maio, na Faculdade de Medicina da Faculdade de Zaragoza.

Esta intervenção inédita, com supervisão remota por um segundo cirurgião, recorreu às vantagens da realidade aumentada e do 5G, asseguradas em Portugal pela tecnologia da Altice Labs (laboratório de inovação e I&D da Altice Portugal) e em Espanha pela Movistar.

O cirurgião Pedro Gouveia conduziu a cirurgia equipado com óculos de realidade mista (Hololens que conjugam realidade virtual e aumentada) que lhe permitiram acesso real à paciente e, em simultâneo, a informações adicionais projetadas sobre as lentes especiais e indicações vindas de Espanha. Por seu lado, Rogelio Andrés-Luna teve como instrumento de trabalho um laptop ligado aos óculos do cirurgião português. A grande novidade nesta interligação foi o recurso ao 5G neste use case internacional. Os óculos estiveram ligados por Eth/USB a um smartphone (como conetividade 5G), que funcionou como router 5G, tendo a Altice Labs configurado, na sala de operações, uma rede privada da quinta geração de redes móveis.

As equipas da Altice Portugal estiveram, durante toda a semana, nas instalações da Av. de Brasília em montagens e testes da ligação ibérica em estreita colaboração com a Fundação Champalimaud e a operadora espanhola Movistar. Um exemplo real de saúde conectada por via da tecnologia.

“A Altice Portugal orgulha-se de participar na primeira intervenção cirúrgica de cariz internacional com recurso a 5G. A evidência do mais nobre propósito da sua capacidade tecnológica e de inovação ao serviço do bem maior que é a saúde. Este é mais um pilar na história da nossa marca de I&D, a Altice Labs, que exporta a tecnologia e o talento portugueses para todo o mundo” afirma Ana Figueiredo, Presidente Executiva da Altice Portugal.

“Realizámos a primeira experiência no mundo de utilização, ao vivo e em direto, daquilo a que se dá o nome de ‘remote proctoring’ (supervisão remota), durante uma cirurgia de cancro da mama”, explica com entusiasmo Pedro Gouveia.

Para a Altice Portugal a tecnologia faz sentido ao serviço das pessoas e da sociedade, melhorando a sua vida e trazendo facilidade e comodidade ao seu dia a dia. Esta cirurgia é um exemplo máximo deste objetivo e das vantagens que o 5G pode aportar, como tecnologia disruptiva, fundamental para a transição digital do País em vários setores como a saúde, a educação, as cidades, a indústria ou a agricultura.

Encontro Portugal AVC realiza-se no dia 28 de maio, no Algarve
A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos promove o “Encontro Portugal AVC – Juntos Para Superar!”, no dia...

“Não é por acaso que, logo no título, chamamos a este encontra ‘Juntos para Superar!’ Apesar de não haver dois AVC’s iguais, assim como dois processos de reabilitação iguais, queremos envolver todas as pessoas neste esforço: ultrapassar o AVC, mesmo que seja ‘contornando’ eventuais limitações, porque a vida continua para todos! Claro que os sobreviventes de AVC e as famílias podem-se deparar com sequelas “visíveis” e outras menos, até mesmo no âmbito da saúde mental e outras complicações de saúde específica. Com este encontro pretendemos criar um espaço para o debate de temas e a partilha de experiências de testemunhos, que possam ser mais uma importante ajuda para os participantes”, explica António Conceição, presidente da Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos.

Em contínua interação, além da partilha de testemunhos, a iniciativa vai contar também com a participação de profissionais de saúde, e vai abordar temas relevantes como “Reabilitar para integrar”, “O AVC na família e a importância do cuidador”, “A intervenção da Medicina Geral e Familiar na fase crónica”, “A depressão pós-AVC: estratégias para a evitar e/ou combater e recuperar a autoestima” e “A fadiga crónica no sobrevivente de AVC: como viver com ela?”.

A participação nesta iniciativa é gratuita, mediante inscrição no site www.portugalavc.pt, no qual também pode encontrar o programa completo.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), com cerca de 25 mil episódios de internamento por ano, é a maior causa de incapacidade em Portugal, atingindo todas as idades e géneros. Pode ocorrer como resultado de uma oclusão ou de uma rotura de um vaso sanguíneo cerebral, levando a que uma parte do cérebro sofra lesões, por não lhe chegar o sangue com oxigénio e glicose necessários. Dependendo da zona afetada, a pessoa poderá ficar subitamente com limitações, como por exemplo, movimentar uma parte do corpo, ter dificuldade na comunicação, entre outras a nível cognitivo ou emocional.

 

Consultas de reumatologia e médico de família
A A.N.D.A.R - Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide, apoia refugiados ucranianos no acompanhamento em...

A Artrite Reumatóide é uma doença inflamatória crónica, mais comum entre os 30 e os 50 anos, com maior prevalência no sexo feminino. O principal sintoma é a inflamação das articulações que com o tempo pode levar a deformidades. Quando não tratada precocemente, traz graves consequências para os doentes.

Para Arsisete Saraiva, Presidente da A.N.D.A.R, “é fundamental pessoas com artrite reumatoide manterem o tratamento. Por isso, enquanto associação queremos apoiar e ajudar pessoas que tiveram que fugir do seu país, deixando tudo para trás e que se encontram completamente desprotegidas”. 

 

No âmbito do Dia Mundial do Cancro do Ovário
Para assinalar o Dia Mundial do Cancro do Ovário, que se comemora a 8 de maio, a GSK, em parceria com o grupo Impresa (SIC e...

A conferência conta com a participação de um painel de oradores nacionais e internacionais. Maurizio Borgatta, Diretor Geral da GSK Portugal, vai fazer a abertura do evento, abordando o “Compromisso da GSK em não deixar nenhuma mulher com cancro do ovário para trás”. “Esta tem sido uma das batalhas que nós, enquanto empresa, temos sido mais ativos, para procurar dar resposta às dificuldades que algumas mulheres com cancro do ovário enfrentam para conseguir ter no acesso aos tratamentos”, salienta.

Em seguida, tem início o primeiro painel sobre “Desafios clínicos: a visão dos especialistas europeus” e que conta com a intervenção de vários especialistas em oncologia e a moderação do Presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia, Miguel Abreu.

O segundo grande tema é dedicado a “Viver com Cancro do Ovário: as fronteiras da doença” e conta com o testemunho de representantes de diferentes associações de doentes (nacionais e internacionais) e a moderação de Natália Amaral, Membro da Direção Nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro e Oncologista Ginecológica.

A última sessão do encontro leva à reflexão sobre “Nenhuma mulher com cancro do ovário deixada para trás: uma prioridade política europeia e nacional?”, contando com a participação de eurodeputados portugueses e especialistas nacionais em política de saúde.

O encerramento da conferência fica a cargo do Presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, em representação do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que não pode comparecer por motivos de agenda.

Dia Mundial do Silêncio assinala-se a 7 de maio
No dia 07 de maio comemora-se o Dia Mundial do Silêncio. Um estudo com teor filosófico liderado pelo professor neurocientista e...

“Não se pode mais falar em silêncio. A expressão mais abrangente seria ‘os sentidos do silêncio’. Os silêncios de submissão e/ou opressão não são benéficos, colocando indivíduos na posição de quem não pode desejar”, diz excerto do artigo.

O estudo referiu que é preciso pensar na expressão "os sentidos do silêncio", e não apenas nele em si, de modo a tornar a análise mais abrangente.

De acordo com o estudo, certos tipos de silêncio devem ser ouvidos pelo terapeuta, analista ou observador de forma atenta. “Pela via da redução da rede de modo padrão (regiões do cérebro), parece que se encontra uma via de acesso para um silêncio realmente capaz de propiciar saúde mental, física e espiritual”, disse.

O artigo trouxe análises sobre o “não-dito embasado pela psicanálise, Gestalt e Antropologia”, “o silêncio nas suas estruturas e funções neurobiológicas”, onde abordam as perspetivas de vários autores sobre como os seres humanos usam o silêncio.

Conforme a conclusão dos autores, não podemos deixar-nos enganar pelos devaneios e divagações da mente, pois ela nem sempre é leal, ela pode mentir. E, quando não mente, carrega um inconsciente, com danos.

Outro excerto do artigo deixa claro o poder da meditação, da respiração profunda, de um mantra ou uma técnica usada para mantermos a atenção focada.

“Degenere-se ou desvende-se, só depende de você. Aquiete, preste atenção na inspiração e na expiração. Pare. Descanse. Durma. Acredite no seu potencial e que você merece o melhor. Pois, caso contrário, continuará a paralisar, divagar sem rumo, a se auto sabotar. Procurando, em vão, por respostas que nunca virão pela via de acesso mais comum: a linguagem”, finalizou.

O estudo foi aprovado pelo comitê da revista Multidisciplinar Ciências Latina do grupo Redilat, rede de investigadores latino-americanos.

Estudo publicado: https://ciencialatina.org/index.php/cienciala/article/view/2147

Doença grave e sem cura
“Os sintomas de hipertensão pulmonar não são específicos, estão relacionados com disfunção progressi

Segundo Nuno Lousada, cardiologista do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, a “Hipertensão pulmonar define-se como uma pressão média da artéria pulmonar superior ou igual a 20mmhg medida em repouso, durante o cateterismo direito; a pressão média normal é de cerca de 14mm hg”, estando a patologia, frequentemente, associada as doenças do coração esquerdo, às doenças pulmonares, doenças do tecido conjuntivo e ao tromboembolismo pulmonar crónico. “São causas menos comuns de hipertensão pulmonar a sarcoidose, doenças metabólicas como a doença de Gaucher, ou tumores do pulmão”, adianta o especialista sublinhando que existem ainda alguns fatores de risco que podem predispor ao seu desenvolvimento, como é o caso da utilização de “fármacos supressores do apetite, medicamentos como o dasatinib ou produtos como a cocaína”.

Entre os principais sintomas, quase sempre inespecíficos, o especialista destaca: “falta de ar ou dispneia, fadiga, cansaço fácil, lipotimia ou sincope, precordialgia, edemas dos membros inferiores ou aumento do volume abdominal”. “O aparecimento destes sintomas em repouso é um sinal de doença avançada. Estes sintomas, como a dispneia, o cansaço de novo, a lipotimia, são sinais de alerta para o médico procurar o diagnóstico causal”, reforça.

Mais comuns no sexo feminino, estes sintomas surgem, habitualmente, entre os 35 e os 40 anos de idade. “Nas crianças com cardiopatia congénita aparecem mais cedo e, hoje, é comum os sintomas terem início na sexta década de vida”, adianta.

Quanto ao diagnóstico, Nuno Lousada, explica que este “é feito através de um conjunto de análises e exames como o RX do tórax, eletrocardiograma, as provas de função respiratória, a cintigrafia ventilação - perfusão, o angiotac do tórax e o ecocardiograma que é o exame mais importante; este exame informa a pressão sistólica da artéria pulmonar, permitido avançar no diagnóstico”. O diagnóstico definitivo, revela, chega após a realização de um cateterismo direito.

No que diz respeito ao tratamento, o especialista explica que se deve considerar “em primeiro lugar, a implementação de medidas gerais como atividade física e reabilitação regular, prevenção da gravidez, cuidados adequados em procedimentos cirúrgicos, prevenção de infeção, terapias gerais com oxigénio, uso de diuréticos, suporte social e enquadramento do doente num centro habilitado a tratar estes doentes”.

Relativamente à terapêutica instituída, revela que os doentes são tratados com “fármacos de ação vasodilatadora e que se dividem em 3 grupos: antagonistas dos recetores da endotelina, inibidores da fosfodiasterase tipo 5 e estimuladores da guanilato ciclase, e análogos ou agonistas dos recetores da prostaciclina. Estes fármacos são, em geral, usados em associação e, só raramente, são usados de forma isolada”.

“Nos doentes com tromboembolismo pulmonar crónico a cirurgia de tromboendarterectomia é a terapêutica indicada”, no entanto, acrescenta que a “angioplastia pulmonar é uma terapêutica invasiva complementar ou associada”.

Com a terapêutica pretende-se que “os doentes atinjam um padrão de baixo risco, com boa qualidade de vida, boa capacidade ao exercício, boa função do ventrículo direito e reduzida mortalidade”.

“O transplante pulmonar está indicado para os doentes que estão em classe 3 ou 4 da New York Heart Association apesar de todas as outras medidas terapêuticas”, adianta ainda.

Não obstante, e apesar de todos os avanços na área, Nuno Lousada revela que o principal desafio continua a ser “melhorar os resultados para uma melhor sobrevida e qualidade de vida do doente”.  A verdade é que a mortalidade e a morbilidade dos doentes com hipertensão pulmonar continuam elevadas.

«O transplante pulmonar nunca foi uma hipótese para mim devido à minha condição cardíaca»

Catarina Morais nasceu com uma cardiopatia congénita e foi submetida a uma cirurgia com apenas 6 meses de idade. Foi diagnosticada com Hipertensão Pulmonar quando tinha apenas 10 anos e com este diagnóstico veio a primeira desilusão: proibida de fazer qualquer exercício físico, teve desistir do sonho de entrar para as danças de salão.

Aos 13 anos deixou de andar de bicicleta porque não tinha fôlego. Tal como saltar à corda ou jogar à apanhada. Aos poucos, deixou de ter infância e já adolescente descobriu que não poderia concretizar outro grande sonho: ser mãe.

Hoje, com 36 anos, recorda que nunca se deu bem conta quando começaram a surgir os primeiros sintomas da doença. “Como já nasci com doença cardíaca, com uma cardiopatia congénita complexa cianótica e desde muito nova com asma nunca me dei muito a conta de como surgiu a hipertensão pulmonar”, começa por contar.

“Lembro-me de estar sempre nos hospitais de tentar se perceber o que mais teria, surgiram outras opções como por exemplo ter a doença do sangue azul, mas foi por volta dos 13 anos com um cateterismo que se chegou ao diagnóstico definitivo da hipertensão pulmonar”, adianta.

Revela que o cansaço e a falta de ar sempre a acompanharam e, mais tarde, já sabendo da existência da Hipertensão Pulmonar, passou a sofrer de múltiplas infeções respiratórias, o que a levava “a mais internamentos”.

“Nunca tinha ouvido falar desta doença e no início nem me dei conta da quão rara é, demorei muitos anos até encontrar outras pessoas com a mesma doença”, comenta, adiantando que apesar de ser seguida por “uma equipa fantástica, a equipa de cardiologia do Hospital Garcia de Orta”, a doença precisa ser mais conhecida. “Os médicos têm que ter mais informação, tanto a nível de médicos de família, porque são os que estão em primeiro contacto, e também nas urgências onde já passei algumas situações em que eu é que tinha que explicar o que se deveria fazer e quais os procedimentos a seguir uma vez que a informação sobre a doença era quase nenhuma.  A minha sorte foi sempre chegar consciente e com capacidade para explicar”, comenta.


"Há vários tipos de hipertensão pulmonar e como os sintomas são parecidos com outras doenças o diagnóstico acaba por ser tardio e o tempo no nosso caso é crucial”, revela Catarina Morais

Apesar de ter iniciado o tratamento com medicação oral, em 2014 começou a fazer a terapêutica por via subcutânea. “Tenho uma máquina ligada a mim 24h que me fornece a medicação necessária para minha sobrevivência, não foi fácil a adaptação ainda hoje não o é, mas me permite estar viva e isso para mim é o suficiente”, conta.

“Durante anos tive recomendação para fazer oxigénio 24h, mas nunca o aceitei só o fazia de noite, mas chegou uma altura em que não tive escolha e desde final de 2018 que faço oxigénio 24h além de ter um ventilador não invasivo em casa também. Então neste momento o meu tratamento consiste em medicação oral, subcutânea e oxigénio”, explica adiantando que, dada a sua condição cardíaca, o transplante pulmonar nunca foi considerado sequer uma hipótese no seu tratamento.

No dia a dia, diz, tenta fazer a sua vida da forma mais normal possível. “Tenho é que fazer as coisas com mais calma, ir descansando se me sentir cansada”, revela admitindo que teve de “aprender a respeitar o meu corpo e o meu tempo”.  “Não tenho nenhuma atividade que deixei de fazer porque nunca fiz muita coisa a nível físico devido já aos problemas de nascença. Os cuidados que tenho que ter é basicamente tomar a medicação de forma correta, levar as vacinas necessárias, ter o meu tempo de descanso, mas de resto tento ter uma vida normal”, explica.

Apesar de se tratar de uma patologia que condiciona, e muito, a qualidade de vida de quem dela sofre, Catarina afirma que não é uma sentença final. “A doença não nos define. Somos muito mais que a doença, somos pessoas com sonhos que nem todos podemos realizar é verdade, mas não desistimos apenas mudamos de sonho, nós temos valor, somos importantes e ainda podemos fazer muita coisa basta acreditar e lutar”, afiança.

“Não vou dizer que é fácil viver com esta doença porque não o é, não só para nós como para aqueles que convivem connosco, mas somos pessoas de força e de luta e esta é a nossa batalha diária”, acrescenta admitindo que muito embora a Hipertensão Pulmonar lhe tenha tirado muito, “muitos sonhos, muitos planos, nunca vai me tirar a alegria de viver porque apesar de tudo a vida vale a pena ser vivida”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Experiência totalmente imersiva no mundo clínico
Conceito inovador de “Clinical Escape Game” para treino médico simula uma visita domiciliária de um conjunto de profissionais...

O escape room é um “jogo” onde um grupo de jogadores fica preso numa sala e só sai quando resolve o enigma antes de um determinado período de tempo. Aliando a formação a este conceito, a Nobox, em conjunto com a UpHill - duas start-ups portuguesas especializadas na formação na área da saúde e em software de análise de qualidade e treino avançado para hospitais, respetivamente -, desenharam o Hospital Getaway - Clinical Escape Game, um jogo desenhado por médicos e para treino de médicos em diferentes competências. Uma experiência totalmente imersiva no mundo clínico, que decorre ao longo de todo o ano no Centro de Simulação do Hospital da Luz Learning Health, em Lisboa.

A Pfizer desafiou a Nobox, para em conjunto com a Uphill e Hospital da Luz Learning Health, desenvolver uma versão personalizada e móvel desse conceito - o Patient Getaway – que vai estar presente, pela primeira vez, na 15.ª edição do Congresso Update em Medicina 2022, nos dias 5, 6 e 7 de maio, entre as 10h00 e as 18h30, em Albufeira, no Algarve. “A Comissão Organizadora do Update em Medicina proporciona aos congressistas, mais uma vez, uma edição com vários cursos e sessões temáticas de elevado valor científico em diversas áreas da Medicina, sendo o Patient Getaway mais um formato inovador e com uma componente prática muito procurada pelos especialistas de Medicina Geral e Familiar (MGF)”, avança Ana Raquel Marques, médica especialista de MGF, que preside à 15.ª edição deste Congresso.

Diogo Silva, médico de Saúde Pública e fundador da Nobox explica que “nesta versão, não são os doentes que procuram o médico no consultório, mas é a equipa de médicos que vai prestar apoio domiciliário aos doentes. Neste caso, trata-se de um doente resistente e difícil de acompanhar e o objetivo será sair a tempo com um plano útil e direcionado para o doente”.

Neste sentido, durante 30 minutos, cada equipa entre 3 a 4 elementos põe à prova as suas competências e raciocínio clínico (como a avaliação clínica, a prescrição, a interpretação de exames de diagnóstico e as propostas terapêuticas), mas também as competências comportamentais (comunicação, delegação, gestão de conflitos ou desenvolvimento de confiança entre os elementos da equipa), ultrapassando os diversos desafios e enigmas que vão aparecendo sobre a área terapêutica em foco, ainda por revelar.

“No final de cada sessão, os “jogadores” recebem feedback, onde é feita uma análise da prestação de cada membro da equipa e são dados os insights para a melhoria de algumas competências e comportamentos fulcrais para a prática diária em saúde”, acrescenta Diogo Silva.

Paulo Teixeira, Diretor Geral da Pfizer em Portugal, salienta que “desafiámos a Nobox a desenvolver uma versão móvel de uma formação inovadora e muito promissora. O desafio foi aceite e a estreia será no Congresso Update em Medicina. Estamos muito satisfeitos por colaborar com uma organização tão conceituada como o Update em Medicina, inaugurando um modelo nunca antes experimentado pelos profissionais de saúde para treino de competências clínicas e comportamentais”.

Desde 2004, que a APP presta apoio aos peregrinos
Entre os dias 8 e 12 de maio, a Associação Portuguesa de Podologia (APP) com o apoio da Cooperativa de Ensino Superior...

A Unidade de Apoio de Podologia, em Fátima, integra a Unidade de Apoio da Proteção Civil montada no recinto de apoio aos peregrinos. Desde 2004, que a APP presta apoio aos peregrinos a Fátima, colocando à sua disposição cuidados diferenciados, altamente especializados e com as normas de desinfeção e esterilização adequados, garantindo uma assistência gratuita e indispensável para uma peregrinação mais segura e saudável com mais de 30 voluntários. 

Manuel Portela, podologista e presidente da APP refere: “São muitos os quilómetros percorridos em pouco tempo, e a sobrecarga de longas caminhadas causam repetidos microtraumatismos nos pés dos peregrinos que se manifestam através das dores, bolhas, edemas, alergias, vasculites, excesso de transpiração, entorses, ruturas ligamentares, queimaduras e incapacidade de marcha.” 

Neste sentido, Manuel Portela partilha algumas dicas sobre os cuidados a ter com os pés dos peregrinos: “Evite realizar caminhadas com duração superior a três horas; vista roupas frescas e que permitam a transpiração; utilize calçado que permita a respiração do pé, calçar meias de fibras naturais e sem costura, que não furem as bolhas dos pés; não aplique pomadas ou medicamentos sem indicação ou supervisão de um especialista; não caminhe entre as 12 e as 16 horas, por ser o período de maior incidência solar. 

 

Com o Alto Patrocínio de Sua Excelência, o Presidente da República
Encontram-se abertas as candidaturas à 8ª edição do Programa Gilead GÉNESE. Os projetos deverão ser submetidos através do...

Nesta edição, o Programa Gilead GÉNESE conta uma vez mais com o Alto Patrocínio de Sua Excelência, o Presidente da República, vendo assim reconhecida a relevância desta iniciativa que se destina a apoiar projetos nacionais de natureza científica e de iniciativa comunitária que promovam a inovação e a geração de conhecimento, com Bolsas de até 40.000 euros por projeto.

Tendo em conta a expansão de áreas terapêuticas em que a Gilead tem desenvolvido investigação, em 2022 o Programa Gilead GÉNESE passa a incluir o cancro de mama para além das áreas terapêuticas já previstas na edição anterior. Assim, na área de Virologia podem candidatar-se entidades com projetos relacionados com hepatites virais crónicas, infeção por VIH/SIDA e Long COVID-19 e na área da Oncologia projetos de Hemato-oncologia e Cancro de Mama.

O Programa Gilead GÉNESE, é um Programa de Responsabilidade Social Corporativa da Gilead Sciences, criado em 2013 com a ambição de incentivar a investigação, a produção e a partilha de conhecimento científico a nível nacional e de promover a inovação e a geração de conhecimento na comunidade com impacto para o doente.

Na sua vertente de Investigação o Programa Gilead GÉNESE privilegia projetos que promovam a geração de resultados em saúde, a investigação com aplicação clínica e a implementação de sistemas de informação em saúde. Na vertente Comunidade, tem como foco os projetos que promovam a qualidade de vida, o diagnóstico e ligação aos cuidados de saúde e a participação cívica e cidadania de modo inovador e com impacto na vida dos doentes.

Ao longo das últimas 7 edições do Programa Gilead GÉNESE e, tendo em conta o impacto alcançado, é legítimo afirmar que esta iniciativa espelha bem a importância de promover mais e melhor conhecimento, capaz de ser aplicado de forma efetiva quer na investigação quer na comunidade. Este impacto é confirmado não só pelo número de projetos distinguidos desde a 1ª edição do Programa Gilead GÉNESE - 89 projetos, num montante de financiamento total de 1,98 milhões euros - mas também pela diferença que fez na vida de tantos doentes.

Mais informações sobre o regulamento da 8ª edição do Programa Gilead GÉNESE pode ser obtida no website do Programa em www.gileadgenese.pt.

 

Relatório da Obesidade 2022 da OMS foi divulgado terça-feira
Cerca de 60% da população adulta e 1 em cada 3 crianças em idade escolar europeias apresentam excesso de peso ou obesidade e o...

A Ordem dos Nutricionistas defende uma aposta clara em estratégias de prevenção desta doença, nomeadamente através da garantia do acesso a consultas de nutrição, como uma medida possível para travar o aumento da prevalência da obesidade. 

A proposta vem no seguimento do Relatório da Obesidade 2022 da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) que foi divulgado esta terça-feira, dia 03 de maio, e que concluiu que, na Europa, cerca de 60% da população adulta e 1 em 3 crianças em idade escolar apresentam excesso de peso ou obesidade e que o cenário poderá ter agravado “de forma alarmante” com a pandemia. 

“Dispomos de dados suficientes que nos alertam que precisamos de agir já e com audácia. Na região europeia 1,2 milhões de pessoas podem ter morrido anualmente devido a excesso de peso ou obesidade e a maus hábitos alimentares que, como bem sabemos, estão diretamente relacionados com este problema, e em Portugal esta situação não será exceção”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Para a bastonária, a escalada dos preços decorrentes do conflito armado na Ucrânia é mais uma variável que poderá levar a que “os portugueses se alimentem pior” e por isso a redução de impostos em alimentos saudáveis é uma medida é fundamental. 

A OMS alerta ainda que nenhum estado membro vai conseguir alcançar a meta anteriormente estabelecida que previa travar o aumento da obesidade até 2025.

Como recomendações, a OMS, à semelhança do que a Ordem dos Nutricionistas tem vindo a defender, aponta as medidas económicas de promoção do consumo de frutas e produtos hortícolas; a implementação de programas e campanhas de educação alimentar; a implementação de campanhas nacionais de alimentação saudável; e a obrigatoriedade de esquemas de rotulagem nutricional na frente da embalagem nos produtos alimentares.

O Relatório da Obesidade 2022 recomenda ainda que a disponibilização de alimentos em ambientes públicos promova uma alimentação saudável, que se monitorize e controle os produtos alimentares à venda junto de estabelecimentos de ensino, e que monitorize a prevalência da obesidade ao longo do ciclo de vida.

Oncologia
Numa altura em que decorre a campanha de sensibilização para a prevenção e deteção precoce do cancro

Ainda que seja dos cancros mais mortais, caso seja detetado precocemente tem uma elevada probabilidade de sucesso. Daí ser muito importante que as pessoas entre os 50 e os 74 anos – faixa etária com maior incidência de casos – realizem rastreios com pesquisa de sangue oculto nas fezes, de 2 em 2 anos, ou, se usando a colonoscopia, será de 5 em 5 anos a sua repetição, em condições standard.

Ao contrário do que acontece com muitas doenças, numa fase inicial, o cancro colorretal pode não manifestar quaisquer sintomas. Mais uma vez, este contexto realça a importância de fazer o rastreio regularmente, para identificação e remoção de lesões ainda benignas (pólipos) ou diagnóstico precoce.

Como detetar?

Na ausência de sintomas, a forma mais eficaz de detetar precocemente este tipo de cancro é através do rastreio. Assim, é possível melhorar significativamente o prognóstico. O rastreio é, por isso, recomendado a pessoas entre os 50 e os 74 anos, assintomáticas, sem histórico de neoplasia e/ou pólipos colorretais, com doença inflamatória intestinal (exemplo: colite ulcerosa ou doença de Crohn) ou história familiar em 1.º ou 2.º grau de cancro colorretal ou adenoma (pólipos).

A Campanha de Sensibilização promovida pelo Grupo Ageas Portugal, Médis, Fundação Ageas e Europacolon, tem como objetivo incentivar os portugueses a fazer o rastreio. Ao contrário do que se possa pensar, o processo é simples, rápido e, neste caso, gratuito. Para realizar o rastreio as pessoas devem inscrever-se em grupoageas.pt/cancrocolorretal, dirigir-se a um dos laboratórios/postos de colheita informados na mesma página - Redes Germano de Sousa e Unilabs - e solicitar um kit. A recolha é feita em casa pelo próprio e deve ser entregue no respetivo laboratório/posto de colheita, que posteriormente comunicará o resultado.

Quanto mais cedo for detetado, maior probabilidade existe de o tratamento necessário ter um resultado benéfico. Ainda assim, a eficácia dependerá de vários fatores, como o estadiamento da doença (ou seja, o grau de compromisso da doença a nível local, regional e à distância) e o estado geral do doente, incluindo outras doenças que possa ter.

Quais os sintomas?

Alguns dos sintomas mais frequentes são a perda de sangue nas fezes (que nem sempre é visível a olho nu), alteração do padrão habitual do funcionamento do seu intestino, dor de barriga, cansaço fácil e fadiga, e perda de peso não intencional. Nestes casos, é urgente o aconselhamento médico e a realização de colonoscopia total.

Como tratar?

O plano de tratamento é determinado por uma equipa multidisciplinar, constituída por oncologista, gastrenterologista, radiologista, cirurgião, radioterapeuta, patologista entre outros especialistas. No cancro colorretal, o tratamento envolve quase sempre cirurgia e, quando necessário, os tratamentos de radioterapia e/ou quimioterapia podem ser feitos antes ou depois da cirurgia.

A prevenção e promoção de saúde é cada vez mais importante para evitar determinadas doenças e garantir uma melhor qualidade de vida. Por este motivo, é importante que os portugueses se mobilizem e adiram a esta campanha, fazendo a inscrição em grupoageas.pt/cancrocolorretal até ao dia 13 de maio. Pode fazer a entrega da amostra num dos laboratórios ou postos de colheita aderentes, até 31 de maio, de norte a sul do país.

Mais do que sensibilizar para um dos cancros mais mortais, o principal objetivo de todos os envolvidos é salvar vidas.

 

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Crescimento do Grupo
Affidea, o principal prestador de serviços de diagnóstico de saúde na Europa, com presença em Portugal, passa a integrar o...

Fundada em 1991, a Affidea é o principal fornecedor europeu de serviços médicos de diagnóstico, dispondo de mais de 300 centros a operar em 15 países, um dos quais Portugal. A empresa foi expandindo a sua oferta de valor, proporcionando hoje para além de serviços integrados de diagnóstico avançado, serviços de ambulatório e cuidados oncológicos de elevada qualidade.

Este novo acionista irá apoiar a Affidea no desenvolvimento de serviços médicos de alta qualidade, salvaguardando o interesse de todas as partes interessadas - pacientes, médicos e reguladores. O trabalho conjunto da gestão da Affidea e do GBL vai fortalecer ainda mais a rede Affidea nos seus principais mercados, bem como acelerar as fusões e aquisições em novos mercados europeus.

“É muito entusiasmante saber que pertencemos a um grupo como o GBL, altamente reputado, e acima de tudo com uma enorme vontade e capacidade de concretizar os projetos de crescimento do Grupo Affidea e da Affidea Portugal em particular. É igualmente gratificante ter a confirmação de que iremos continuar a nossa aposta na prestação de serviços médicos diferenciados e de alta qualidade, assim como o investimento na digitalização e na inovação, nomeadamente através da utilização de programas de Inteligência Artificial”, refere Miguel Santos CEO Affidea Portugal.

Giuseppe Recchi, CEO da Affidea, comentou: "Estou grato à B-FLEXION pelo seu investimento e apoio à empresa desde a sua aquisição, em 2014, e desde a minha nomeação como CEO, em 2018. Construímos uma organização de classe mundial, quase duplicando a dimensão de negócio nos últimos 4 anos, abrindo caminho para novas vias de crescimento. Tenho o prazer de ter o GBL como nosso parceiro, dada a sua profunda compreensão do nosso negócio e visão de investimento a longo prazo."

Ian Gallienne, CEO do GBL, considera a Affidea como “uma continuação da estratégia do GBL para aumentar a sua exposição como acionista maioritário em empresas que operam em mercados em crescimento e sustentadas por tendências seculares atrativas. Juntamente com a administração da Affidea, estamos ansiosos para contribuir para o sucesso desta empresa".

Michal Chalaczkiewicz, Investment Partner do GBL, refere: " A Affidea proporciona ao GBL exposição aos setores da área de cuidados de saúde e geografias altamente atrativos. Estamos encantados por nos tornarmos o guardião do negócio na sua próxima fase de desenvolvimento. Em parceria com a gestão da Affidea, vamos esforçar-nos por acelerar o crescimento orgânico, as fusões e aquisições e os programas de saúde digital."

Stefan Meister, Vice-Presidente da B-FLEXION, acrescentou ainda: "Foi um privilégio trabalhar com o Giuseppe e toda a equipa da Affidea, e estamos orgulhosos de ter contribuído para o incrível sucesso da Empresa ao longo de quase dez anos de propriedade. A equipa do GBL impressionou-nos com o seu historial de apoio a empresas de alta qualidade. Estamos muito satisfeitos por transitar a Affidea para o GBL para a próxima fase do crescimento da Empresa."

 

Campanha “Porque Sim”
Maio é o mês em que se assinala o Dia Mundial da Hipertensão, o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares ...

A hipertensão é uma doença silenciosa, que pode ser detetada através da medição da pressão arterial com um aparelho adequado para o efeito e utilizado da forma correta. Quando existe um aumento da tensão arterial acima de 140/90 mmHg significa que se deve consultar um médico, pois este pode ser considerado um indicador de hipertensão. Após ser detetado o aumento deste valor, é fundamental que o doente seja seguido, uma vez que os sintomas podem ser inexistentes. Dados do estudo PHYSA – Journal of Hypertension revelam que mais do que 50% dos hipertensos em Portugal não estão controlados. Por isso, cabe a todos a sensibilização para esta problemática, incluindo a familiares e amigos, que podem ser uma peça fundamental no alerta para a prevenção e gestão desta doença crónica.

O objetivo primeiro da Campanha Porque Sim é sensibilizar a população para a importância da medição e controlo da tensão arterial, bem como a necessidade de adesão à terapêutica anti hipertensora, medicação esta que deve ser tomada diariamente tal como recomendado pelo médico. “Cabe também às entidades que lidam diretamente com a problemática, a transmissão de informação fidedigna que permita aos cidadãos agir em conformidade”, como revela Prof. Luís Bronze, Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão. Acrescenta ainda, “porque a hipertensão pode ter como origem fatores genéticos de cada um, mas também o estilo de vida que resulta das escolhas feitas diariamente. Mais uma vez, cada um é responsável pelas suas decisões e uma delas pode passar por introduzir na rotina diária a medição da pressão arterial e escolha de hábitos de vida saudáveis”.

A inatividade física, o stress, o excesso de peso, o consumo excessivo de álcool, o consumo excessivo de sal, o tabagismo, a ingestão de cafeína e açúcar podem ser alguns dos fatores de risco para a hipertensão. É, por isso, fundamental estar atento aos sinais e promover um estilo de vida saudável no seio da família e amigos.

O movimento Porque Sim vai estar presente nas farmácias através de materiais informativos, por forma a comunicar diretamente com os doentes hipertensos, sensibilizando-os para a toma de medicação e para a medição da tensão arterial diariamente. Além disso, será também promovido nas redes sociais Facebook e Instagram da Servier Portugal e Pic Solution Portugal através do hashtag #PorqueSim. Toda a informação acerca da Campanha ficará disponível online no site www.porquesimservier.pt.

Consulta de segunda opinião é um direito de todos os doentes
É importante para um doente sentir-se seguro quando se trata da sua saúde, sendo que uma doença ou um tratamento mais complexo...

Nesta consulta um cardiologista e um cirurgião cardíaco avaliam cada caso e este é discutido numa reunião multidisciplinar. Todos os membros da equipa multidisciplinar são médicos com uma importante experiência nacional e internacional e valor académico acrescido na sua área de especialidade.

As consultas de segunda opinião do Heart Center funcionam como um centro de referência para validar, avaliar e/ou modificar um diagnóstico, um tratamento, uma intervenção ou um prognóstico.

As consultas de segunda opinião são realizadas em três fases. Numa consulta inicial de avaliação do doente e verificação dos meios complementares de diagnóstico e relatório de profissionais de saúde consultados anteriormente.

Segue-a uma análise multidisciplinar de toda uma equipa formada por especialistas de topo da cardiologia, da cirurgia cardíaca, cirurgia vascular, hemodinâmica, ecocardiografia, eletrofisiologia, cardiopneumologia, imagiologia e reabilitação cardíaca que emitem opinião baseada na soma dos múltiplos conhecimentos de todos os especialistas.

E por fim, a Consulta de informação e resultado com relatório da segunda opinião da equipa multidisciplinar.

O médico Luís Baquero, cirurgião cardiovascular e coordenador do Heart Center explica que: “Acreditamos que a consulta de segunda opinião é uma mais-valia para os doentes, dando-lhes a possibilidade de ter uma outra visão antes de iniciar um tratamento ou uma intervenção, uma vez que a medicina não é uma ciência exata, sendo muitas vezes interpretativa. As diferentes escolas, formações e especializações poderão influenciar a análise final e proposta de tratamento de cada médico”.

Uma consulta de segunda opinião médica é essencial em vários momentos, como por exemplo: “quando um doente tem dúvidas sobre diagnóstico ou tratamento que está prestes a iniciar; quando existe mais de que uma opção de tratamento e cabe ao doente confirmar qual a opção a seguir consoante as respetivas vantagens e desvantagens; quando o seguro de saúde o exige e ainda quando o tratamento não está a ter bons resultados.”, esclarece Luis Baquero.

Carreira de enfermagem
O Sindicato dos Enfermeiros – SE reuniu esta manhã com a Secretária de Estado da Saúde, Maria de Fátima Fonseca, num encontro...

“É importante que sejam dados passos claros para a resolução dos principais problemas que afetam a carreira da enfermagem, alguns deles há mais de duas décadas”, frisou o presidente do SE.

Para Pedro Costa, é fundamental que seja resolvido o problema da existência de dois regimes jurídicos de contratação (Contrato de Trabalho em Funções Públicas e Contrato Individual de Trabalho) no SNS, “com direitos e benefícios diferentes e que geram desigualdades entre a classe”. “A Secretária de Estado manifestou ainda disponibilidade para que exista uma harmonização da classificação da avaliação de desempenho quer para os enfermeiros em contratos CIT como para que estão em contratos CTFP”, acrescentou.

Além de representantes dos sindicatos dos enfermeiros e do Ministério da Saúde, o protocolo negocial irá contar também com um representante do Ministério das Finanças. O presidente do SE espera que “este representante não seja um obstáculo à negociação e à resolução dos problemas que se arrastam há imenso tempo”.

Por fim, sustenta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, “é urgente reconhecer o risco e a penosidade inerentes à profissão e que não são compensados”, algo que, acrescenta, “foi agravado pela última revisão de carreira”. Pedro Costa salienta também que há uma carência de enfermeiros no SNS, que coloca em causa o cumprimento das dotações seguras emanadas da Ordem dos Enfermeiros e que deveria garantir a admissão de um número de enfermeiros que assegurasse a assistência clínica e a segurança dos doentes. “Continuamos a ter uma média de enfermeiros muito abaixo da média da OCDE, quando Portugal forma todos os anos 3000 novos enfermeiros”, frisa. “Só por falta de vontade política esta carência de profissionais não é resolvida”, conclui.

Medicina do Sono
Segundo a Sleep Foundation, a maioria das pessoas passa um terço das suas vidas a dormir ou a descan

Se tem por hábito dormir de costas, fique a saber que esta é, de acordo com os dois especialistas, a pior posição para dormir, sobretudo se sofrer de apneia do sono.

“Eu sei que muitas pessoas consideram esta posição confortável porque não estão a colocar peso nas articulações”, diz Lois Krahn, especialista em medicina do sono da Mayo Clinic. “Dormir de costas leva a que a língua e o maxilar possam ficar numa posição que obstrói a passagem do ar”, revela indicando que este aspeto explica o porquê de se ressonar mais quando se dorme de costas.

Por outro lado, embora dormir de bruços ajude a manter a passagem de ar aberta, esta posição pode colocar pressão na coluna e no pescoço, revelam os médicos.

“Há muitas evidências, de um modo geral, sugerindo que provavelmente o melhor é dormir de lado” diz Virend Somers, cardiologista da Mayo Clinic em Rochester, Minnesota e diretor da Unidade do sono do Centro de Ciências Clínicas e Translacionais da Mayo Clinic.

Segundo o médico, dormir de lado ajuda a prevenir a obstrução da passagem de ar, reduzindo a roncopatia.

“Dormir de lado, com a cabeça ligeiramente mais alta, desde que esteja confortável, é uma boa forma de dormir”, sublinha então Lois Krahn.

Dormir de lado também é recomendado durante a gravidez, principalmente no último trimestre. De acordo com o cardiologista, dormir sobre o lado esquerdo é melhor uma vez que “não faz pressão sobre os órgãos internos e promove um fluxo sanguíneo saudável”.

“Se estiver no terceiro semestre da gravidez e dormir de costas, saiba que o útero comprime a veia cava inferior, comprimindo todo sistema arterial”, explica Somers.

Dormir de lado também é considerado pela Sleep Foundation como sendo a melhor posição para as pessoas que sofrem de dores no pescoço e nas costas, sobretudo se colocar uma almofada pequena entre os joelhos.

“Se não colocar uma almofada ou um apoio entre os joelhos, esta posição vai causar pressão sobre a anca e isso pode trazer problemas”, conclui o especialista em cardiologia.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Connecting the World on Rare Diseases”
O Núcleo de Estudos de Doenças Raras (NEDR) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) realiza o 2º Congresso Nacional...

Para Luísa Pereira, Presidente do Congresso, o principal objetivo passa por priorizar as doenças raras e debatê-las junto da comunidade científica. “Apesar de ser organizado pelo NEDR, este não é um congresso só para o núcleo de Medicina Interna. Desde o início que sempre tentámos que estas reuniões fossem para todos os profissionais de saúde com interesse nesta área”, afirma a responsável sublinhando que “a ideia primordial é voltar a juntar as pessoas da área sem exceções para se retomarem os trabalhos e apresentar o que cientificamente foi e é relevante para a nossa prática atualmente”.

Serão ainda apresentadas as conclusões do grupo de reflexão SER Raro, que serão comunicadas posteriormente ao Ministério da saúde, como um apoio á revisão atualmente em curso da Estratégia Integrada para as Doenças Raras.

Segundo Luís Brito Avô, Coordenador do NEDR “estima-se que existam 600 a 700 mil portugueses com diagnóstico de doença rara. Um número que é, na verdade, uma estimativa pois não temos um registo nacional de doenças raras e por isso não sabemos quantos doentes temos. Só nos últimos 12 anos foram relatadas 833 novas doenças raras, a nível mundial. A epidemiologia está em permanente evolução”.

Networking em doenças raras, Doentes e organizações, Genética em Doenças Raras, Doenças Raras com expressão sistémica, Doenças metabólicas raras, Cuidados paliativos, Organização, gestão e investigação em doenças raras, Educação e formação em doenças raras encabeçam os principais temas que vão estar em destaque, no decorrer do encontro.

O II Congresso Nacional de Doenças Raras vai ainda ficar marcado pela apresentação do projeto “Rare Awareness”, que já teve duas realizações anuais até ao momento, pelo encerramento do projeto POMPE 2021 e pela apresentação do projeto das Porfírias para 2022-23.

Mais informações disponíveis em: https://www.spmi.pt/2o-congresso-nacional-de-doencas-raras/

 

 

 

 

Entrada em vigor do diploma estava prevista para o dia 01 de janeiro de 2022
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) tem recebido pedidos de ajuda de pessoas que, por terem diabetes,...

“A aprovação deste diploma foi para nós e todas as pessoas que vivem com diabetes um grande sinal de esperança e uma grande vitória contra a discriminação abusiva! No entanto, entrámos já no quinto mês do ano e o estabelecimento de regras que clarifiquem a sua aplicação continuam sem existir”, alerta José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Alexandra Costa, do Gabinete do Cidadão da APDP, adianta que, apesar de casos isolados de sucesso, a associação tem recebido pedidos de ajuda e esclarecimento sobre situações como “agravamentos sucessivos do prémio do seguro de vida, chegando a 300% de aumento, seguradoras a afirmar que a diabetes não está incluída na legislação ou o retirar da incapacidade por invalidez das condições contratuais”.

A APDP está já em contacto com o Parlamento, Seguradoras e Bancos e aguarda ser recebida pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões para garantir a aplicação da Lei do Direito ao Esquecimento em todos os casos aos quais esta se possa aplicar. Em resposta, algumas seguradoras afirmam que não podem efetuar o desagravamento pois a lei ainda não está regulamentada. No entanto, há também casos nos quais as seguradoras estão dispostas a renegociar. 

“Manifestamos mais uma vez a nossa disponibilidade total para colaborar na implementação da lei e não nos cansaremos de o fazer até que as pessoas com diabetes consigam usufruir deste direito e acabar com uma discriminação que é inaceitável”, reforça José Manuel Boavida.

O diploma que consagra o direito ao esquecimento, aprovado na Assembleia da República e promulgado pelo Presidente da República em novembro de 2021, tinha como data prevista para a entrada em vigor o dia 1 de janeiro de 2022. Esta lei prevê o fim das práticas discriminatórias no acesso a créditos bancários e seguros por parte de pessoas que tenham “superado ou mitigado situações de risco agravados de saúde ou de deficiência”. Dita ainda que nenhuma informação de saúde relativa à situação médica que originou o risco agravado de saúde ou a deficiência pode ser recolhida ou objeto de tratamento pelas instituições de crédito ou seguradores em contexto pré-contratual.

José Manuel Boavida aconselha que “as pessoas com diabetes que procuram um seguro de vida ou de saúde solicitem ao seu médico a declaração que comprove terem decorrido, de forma ininterrupta, dois anos de protocolo terapêutico continuado e eficaz”.

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