21 de setembro
Com o objetivo de sensibilizar para a saúde do cérebro e como forma de assinalar o Dia Mundial do Alzheimer, o Atrys Centro...

Quem passar pelo Centro Médico vai, assim, poder realizar um teste de rastreio que deteta as alterações cognitivas mais comuns na doença de Alzheimer, havendo ainda lugar para uma sessão de monitorização de alterações cognitivas com o Brain On Track® - uma ferramenta online que consiste na realização de testes de forma regular no domicílio e que permite acompanhar a cognição ao longo do tempo.

Além disso, no local serão disponibilizados tablets para a realização de exercícios de estimulação cognitiva; para casa, os participantes vão poder levar folhetos informativos e também cadernos com exercícios para que possam estimular o cérebro.

A Doença de Alzheimer é uma forma de demência; sendo progressiva, provoca a deterioração das funções cognitivas - como a capacidade de memorizar, de ter atenção, de concentração, de falar e de pensar, entre outras.

Este tipo de doenças caracteriza-se pela morte de neurónios em diversas partes do cérebro. Quando a perda de neurónios se acompanha de perda de capacidades, dificilmente se consegue recuperar ou reaprender. 

Numa fase inicial, os sintomas da doença podem ser muito leves. Normalmente, os primeiros sinais são lapsos de memória e dificuldade em nomear corretamente objetos do quotidiano. Daí a extrema importância dos rastreios precoces.

 

 

Sem historial de doença neurológica ou psiquiátrica, traumatismo craniano ou consumo atual de substâncias psicoativas
Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) está a conduzir um estudo que pretende desvendar os processos...

Os investigadores procuram voluntários da região de Coimbra, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos e entre os 50 e os 70 anos. Sobre o processo de participação no estudo, a coordenadora, Maria Ribeiro, investigadora da Faculdade de Medicina (FMUC) e do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra, explica que «as alterações cerebrais associadas à tomada de decisão vão ser localizadas usando imagens cerebrais adquiridas por ressonância magnética, que permitem estudar a estrutura e função do cérebro de forma não-invasiva».

Esta investigação pretende desvendar os processos cerebrais que explicam as mudanças na tomada de decisão associadas ao envelhecimento. A investigadora da UC explica que «no dia a dia, somos constantemente encarados com a necessidade de tomarmos decisões. No entanto, o modo pelo qual ajustamos este processo ao contexto é afetado pelo envelhecimento». Maria Ribeiro salienta ainda que «em particular, o envelhecimento afeta a maneira como a incerteza modula a tomada de decisão, levando a défices que podem ter consequências trágicas, como quando, por exemplo, o indivíduo, ao decidir atravessar a rua, não tem em consideração a incerteza associada à sua decisão.»

São fatores de exclusão à participação no estudo historial de doença neurológica ou psiquiátrica, traumatismo craniano ou consumo atual de substâncias psicoativas (como por exemplo, ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos ou betabloqueadores). O registo para participação e a solicitação de esclarecimentos podem ser feitos através dos contactos 915 234 593 ou mjribeiro@fmed.uc.pt, como também através do website https://voluntarios.cibit.uc.pt/

Este estudo conta também com o envolvimento do investigador da FMUC e do CIBIT/ICNAS, Miguel Castelo-Branco, e é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

 

 

Rebranding reforça conceito próprio e inovador de Saúde e Bem-estar
O Instituto Prof.ª Teresa Branco evoluiu para um novo conceito, passando agora a ter o nome de “TO BE. – Clínica by Teresa...

“Esta mudança pretende marcar o início de um novo capítulo no setor da Saúde e Bem-estar. Estamos orgulhosos do que construídos até agora e estamos ainda mais entusiasmados com o que está a chegar. Esta mudança tem como objetivo melhorar as condições para ajudar as pessoas a recuperar o equilíbrio na sua vida. Fazemo-lo através de uma abordagem preventiva e pedagógica, pelo que temos de assegurar que temos os melhores meios para ensinar a gerir e controlar o peso, a otimizar o metabolismo, a melhorar a performance desportiva e a adiar o envelhecimento precoce, de forma natural e sem recurso a formulas milagrosas”, explica Teresa Branco, fisiologista na gestão do peso e diretora da, agora, TO BE. – Clínica by Teresa Branco.

O nome TO BE. é também uma referência ao mote “Aprendi a ser o melhor possível de mim mesmo”, de Nelson Rodrigues, sustentando, assim, a conversão do Instituto em Clínica. Neste espaço é possível ter um acompanhamento regular, personalizado e adequado às necessidades individuais e aos objetivos predefinidos nas diferentes áreas de intervenção e com qualquer elemento da nossa equipa – mesmo que à distância.

Para representar a nova identidade corporativa, foi criado também um novo logótipo em tons claros e neutros, que remetem para o equilíbrio, a claridade, a pureza, a paz e também a elegância, que definem a essência da TO BE. – Clínica by Teresa Branco.

 

Elsa Restier Gonçalves é Especialista na docência na área científica de Enfermagem
Elsa Restier Gonçalves é a nova diretora da Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias. No seu entender “A...

Docente na ESESFM há 22 anos, Elsa Restier Gonçalves é Especialista na docência na área científica de Enfermagem e especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica. Licenciada em Enfermagem e Mestre em Desenvolvimento da Criança, na Variante Motora, tem experiência clínica na área da enfermagem pediátrica, em contexto hospitalar (entre 1991 e 2000).

A Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias, fundada em 1950, conta com mais de 70 anos de experiência no ensino. Atualmente, oferece além da Licenciatura em Enfermagem, o Mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica; e pós-graduações em Cuidados Paliativos, em Enfermagem de Neonatologia, de Enfermagem de Endoscopia Digestiva, de Enfermagem de Saúde Familiar; do Trabalho e de Empreendedorismo da Geriatria e Gerontologia, Gestão e Inovação em Saúde, Prevenção e Tratamento de Feridas, Instrumentação Cirúrgica, Saúde 4.0, Intervenção à pessoa em Situação Critica, Enfermagem Hiperbárica e Subaquática e Competências de Comunicação em Saúde.

 

Nuno Saraiva, presidente da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL)
Nos dias 28 e 29 de outubro o Centro de Congressos de São Rafael, em Albufeira, vai receber o VIII Congresso da Associação...

Nuno Saraiva recorda o papel essencial que o setor privado assumiu durante o período mais critico da pandemia na testagem à COVID-19 quando, perante a “máxima inicial de «testar, testar, testar», Portugal foi um exemplo a nível internacional e o setor que aqui representamos teve um papel primordial nessa capacidade de resposta”. Por esse motivo, o presidente da associação considera que “todos nós deste setor devemos regozijar-nos e orgulhar-nos deste papel tão relevante que desempenhámos com eficiência e qualidade, aliados a um profissionalismo e um recato que deve louvar-se também”.

Quanto às expetativas para o VIII Congresso, para Nuno Saraiva, este deve ser um momento no qual “devemos aproveitar para estar juntos e alegrarmo-nos por sermos um ator importante na Sociedade. Sempre o fomos. Mas se dúvidas existissem, a questão da pandemia exacerbou o que é óbvio e que muitas vezes não se vê. Orgulho-me muito das empresas associadas, sobretudo de todo o pessoal que lá trabalha. Todos tiveram uma postura e uma resposta exemplares nestes dois anos de pandemia e acho que esse é um motivo de orgulho e de celebração”.

Para o representante da ANL, é fundamental uma desmistificação sobre os papéis do setor público e privado e da discussão sobre a primazia de um face ao outro, pois “ambos são essenciais para o bom funcionamento do setor e ambos devem complementar-se – a pandemia foi, precisamente, um exemplo dessa complementaridade. A pandemia ajudou a clarificar a importância do setor privado”.

Apesar da inevitabilidade da abordagem, no programa do Congresso, ao tema da COVID-19, “há outros temas, mesmo do funcionamento e da vida dos laboratórios, que têm que ser discutidos. Queremos, nessa medida, dar algum aporte aos nossos associados, designadamente no que respeita à questão da proteção de dados, à publicidade na saúde, ao binómio privado e público, que está sempre presente e que não podemos ser imunes às decisões ou às planificações, porque muitas vezes representamos investimento, até na criação de postos de trabalho e de investimento em equipamento”, conclui Nuno Saraiva.

Opinião
No âmbito das iniciativas do Dia Mundial da Segurança do Doente 2022 a Organização Mundial de Saúde

Também a Direção-Geral da Saúde, através do Departamento da Qualidade na Saúde e do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) em parceria com o INFARMED, encontram-se a organizar uma campanha de comunicação conjunta no âmbito do Dia Mundial da Segurança do Doente, agendada para a semana de 12-17 de setembro.

Para se inscrever no evento da OMS e aceder a mais informação clique nos links abaixo.

https://www.who.int/news-room/events/detail/2022/09/15/default-calendar/world-patient-safety-day-2022-global-virtual-event--medication-without-harm

https://www.dgs.pt/em-destaque/dia-mundial-da-seguranca-do-doente-who-global-virtual-event-medication-without-harm-pdf.aspx

A Campanha Global para o Dia Mundial da Segurança dos Doentes 2022 a celebrar a 17 de setembro tem como objetivos:

  • Aumentar a consciencialização e o envolvimento do público;
  • Reforçar a compreensão global;
  • Trabalhar para a maior solidariedade e ação global dos Estados-Membros para promover a Segurança dos Doentes.

A OMS refere que há um enorme peso de danos, das práticas inseguras de medicação e erros de medicação, sendo a principal causa de danos evitáveis nos cuidados de

saúde em todo o mundo. Assim, o tema para o Dia Mundial de Segurança do Doente em 2022 é a “Segurança da Medicação".

A evidência aponta para o facto dos erros de medicação ocorrerem quando os sistemas de medicação são fracos, e os fatores humanos tais como fadiga, más condições ambientais ou escassez de pessoal, afetam a prescrição, a transcrição, a dispensa, a administração e a monitorização, o que pode resultar em graves danos para o doente, incapacidade e até mesmo levar à morte do mesmo.

Assim, a Campanha da OMS apela a que todas as partes interessadas priorizem a segurança da medicação e abordem práticas e fraquezas inseguras do sistema, com especial enfoque nas três principais causas de danos evitáveis decorrentes da medicação:

1. Situações de alto risco;

2. Transições de cuidados;

3. Polifarmácia.

Também a Pandemia Covid-19 em curso exacerbou significativamente o risco de erros de medicação e danos relacionados com a medicação.

Por último, os objetivos do Dia Mundial da Segurança do Doente para 2022 são:

  • Sensibilizar globalmente para a elevada carga dos danos relacionados com a medicação devido a erros de medicação e práticas inseguras, e defender medidas urgentes para melhorar a segurança da medicação;
  • Envolver as principais partes interessadas e parceiros nos esforços para prevenir erros de medicação e reduzir os danos relacionados com a medicação;
  • apacitar os doentes e suas famílias para estarem ativamente envolvidos no uso seguro da medicação;
  • Ampliar a implementação do Desafio Global para a Segurança do Doente da OMS: “Medicação Sem Danos”.

“Junte-se a Nós para Alcançar… Medicação Sem Danos.”

Veja o vídeo alusivo da OMS deste ano - “Medicação Sem Danos” - em https://www.youtube.com/watch?v=MWUM7LIXDeA

Poderá encontrar os materiais da campanha deste ano em https://www.who.int/campaigns/world-patient-safety-day/2022

Fontes:
https://www.dgs.pt/em-destaque/dia-mundial-da-seguranca-do-doente-who-global-virtual-event-medication-without-harm.aspx
https://www.who.int/news-room/events/detail/2022/09/17/default-calendar/world-patient-safety-day-2022
https://cdn.who.int/media/docs/default-source/campaigns-and-initiatives/patient-safety/announcing-world-patient-safety-day2022.pdf?sfvrsn=c5e32a09_34

   
Maria Helena Junqueira
Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE, Helena.Junqueira@chleiria.min-saude.pt

Pedro Quintas
Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal, PMQuintas@arscentro.min-saude.pt

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Movimento Intestino Feliz organiza campanha "Uma manhã feliz"
O bem-estar físico e mental, a par da dieta, podem ter uma influência muito positiva nos sintomas da Síndrome do Intestino...

Bem-estar físico não significa ter de treinar como se fosse correr uma maratona ou levantar pesos, mas sim escolher atividades físicas que, além de todos os benefícios que já conhecemos, como a melhoria da aptidão cardiovascular, possam garantir relaxamento e uma melhor gestão da ansiedade, muito presente nestes doentes.  

Meditação, yoga, pilates, dança são algumas das atividades que o Movimento Intestino Feliz, dinamizado por profissionais de saúde, recomenda a quem sofre desta doença ainda pouco conhecida e que afeta mais mulheres do que homens. Os sintomas de SII podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são a dor, inchaço abdominal, excesso de gases e períodos de prisão de ventre ou diarreia. 

A alimentação é uma das formas mais comuns e simples de gerir alguns dos sintomas de SII, apesar de não estar comprovada a eficácia de todas as dietas e de não haver duas pessoas iguais. Ajustar o consumo de fibras, com a ajuda de um nutricionista, pode ser o primeiro passo para aliviar os sintomas. Limitar o consumo de fruta a três porções por dia, evitar açúcares ou adoçantes e fazer refeições regulares são alguns conselhos que também pode seguir. 

Outro conselho importante dos especialistas do Movimento Intestino Feliz é respirar fundo, usando o nariz e a barriga. Daí que algumas atividades como a meditação e o yoga sejam fortemente recomendadas para o alívio dos sintomas físicos e psicológicos. Respirar fundo ajuda a reduzir a ansiedade e o stress e a oxigenar bem os órgãos. Respirar pela boca pode aumentar o ar que vai parar ao estômago, o que pode levar a inchaço. 

Adotar uma postura correta é outra dica importante para enfrentar a SII. As posturas incorretas podem causar maior pressão sobre a zona abdominal. O yoga e o pilates, por exemplo, estão cheios de exercícios que ajudam a melhorar a postura, para além de ajudarem na gestão do stress e da ansiedade. Além disso, deve dormir bem para ter mais energia, reduzir o stress e melhorar o metabolismo. Se fuma, saiba que o tabaco propicia o refluxo e a azia, alterando a sensibilidade do intestino.  

Para desmistificar mitos e tabus sobre este distúrbio e para mostrar que é possível ter qualidade de vida com esta doença, o Movimento Intestino Feliz vai estar no dia 22 de setembro, a partir das 10 horas, no Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa, com a campanha “Uma manhã feliz”. Para este dia, o último do verão, o Movimento convidou a professora de Yoga Sara HU e as nutricionistas Isabel Pedroso Silva, Ana Pinto, Susana Barros e Inês Simas. A health coach Oksana Zagoruy, autora do blog Dicas da Oksi, vai oferecer um brunch saudável a quem se juntar a “Uma manhã feliz”. 

Dicas na cozinha e um exercício de relaxamento que pode fazer em casa 

Até se ambientar à forma de cozinhar os alimentos que melhor se adequam ao seu intestino e aos seus gostos, o melhor é começar pelo básico antes de procurar receitas mais elaboradas. Isto é, faça grelhados temperados com sal, pimenta e ervas aromáticas, legumes no forno só com sal e azeite, peixe e carne cozidos, mas bem temperados ou regados com um molho de tomate caseiro (tomate fresco, refogado em azeite, com sal, pimenta e orégãos ou manjericão). E que tal uma salada de quinoa com legumes e ovo? 

Se a ansiedade bater à porta e precisar relaxar, experimente deitar-se de costas num local confortável da casa e sem grandes distrações. Respire corretamente, pela barriga. Quando a respiração for mais natural, comece a tomar consciência e a relaxar os músculos do seu corpo – da cabeça, aos pés, de forma gradual, a cada expiração. Imagine-se num local calmo onde gostaria de estar deitada – uma praia, por exemplo. Vá adicionando detalhes ao local até se esquecer onde está realmente. 

Quando se sentir mais confiante na cozinha, procure receitas e outras dicas que possam ser um bom apoio para viver a vida em pleno, sem receio de sair de casa por causa de um intestino que pode “desafinar” de forma inesperada. Por exemplo, conselhos para jantar fora com a família e amigos sem que a dieta limite a sua vida social, ou então conselhos para viagens, porque passear é também um bom remédio para o corpo e para a alma. 

 

Impacto social e psicológio
Vermelhidão, edema, prurido e pele seca estão entre os principais efeitos visíveis da Dermatite Atóp

De acordo com a especialista em dermatologia, Maria João Paiva Lopes, a Dermatite Atópica é uma doença inflamatória crónica que se desenvolve na infância, sobretudo durante o primeiro ano de vida, e que se caracteriza por surtos de agravamento e remissão. No entanto, ao contrário do que se possa pensar, o seu diagnóstico chega, em muitos casos, vários anos depois do aparecimento dos primeiros sintomas.

“O sintoma dominante é o prurido, que pode ser desesperantemente intenso e persistente, levando a situações de coceira incoercível, com feridas por escoriação, por vezes cobertas por crostas de sangue”, explica a dermatologista, interferindo com a qualidade de vida do doente que, nos casos mais graves, pode desenvolver perturbações do sono.

Impactando negativamente a qualidade de vida de quem dela padece, a Dermatite Atópica surge associada a efeitos socioeconómicos que não podem deixar ninguém indiferente. “Para o doente, a DA requere o uso prolongado de dermocosméticos adequados para a higiene diária e para a hidratação da pele após o banho, que não são comparticipados e podem corresponder a uma despesa fixa significativa para o orçamento familiar. Por outro lado, nos períodos de crise é necessário recorrer a medicamentos, tópicos e/ou sistémicos, e pode haver períodos de internamento, bem como necessidade de consultas regulares e realização de exames complementares de diagnóstico. Resulta absentismo escolar ou laboral do doente e da família, o qual, associado ao estigma da doença cutânea em áreas expostas como a face e as mãos, assim como às perturbações do sono (e consequente cansaço crónico, dificuldade de concentração e irritabilidade) leva a dificuldades de aprendizagem ou profissionais”, esclarece a especialista.

Mafalda tinha 4 anos quando foi diagnosticada com a doença e admite que esta, desde então, apresenta um grande impacto físico e psicológico na sua vida, sobretudo quando se intensificam as suas crises. “Fisicamente torna-se desconfortável (…) a autoestima fica em baixo e por vezes ficamos deprimidos”, o que afeta não só a sua vida pessoal quanto profissional. No entanto, embora não possa afirmar que já se sentiu discriminada quanto ao seu aspeto, admite que “as pessoas que não me conhecem olham para mim de uma maneira diferente e como não têm conhecimento da doença fazem comentários desnecessários”.

Estando muitas vezes associada a outras patologias como a asma ou a rinite alérgica, a Dermatite Atópica tem como principais fatores de risco a história familiar de doença atópica, a exposição recorrente a antibióticos na infância, habitar em zonas urbanas e com clima seco. Em todo o caso, Maria João Paiva Lopes afirma que “é importante esclarecer que na realidade esta doença não é uma alergia”.

A paciente revela, quanto a esta questão que “o meu irmão tem psoríase, o meu pai tem problemas respiratórios, a minha avó paterna também tinha alguns problemas de pele”.

No seu caso, as primeiras manifestações da doença surgiram associadas à asma. “Comecei a ficar com lesões na pele, no pescoço na dobra das pernas e dos braços e nas virilhas”, revela admitindo que com a ajuda do tratamento conseguiu melhorar a sua qualidade de vida. “Passei por algumas fases complicadas, mas agora a doença está controlada”, afiança admitindo, no entanto, que não pode descurar certos cuidados: “colocar muito creme hidratante e fazer a higiene da pele com produtos indicados para a Dermatite”. Muito embora, siga à risca as indicações médicas, sabe que, no seu caso, “o stress é o que contribui mais para o agravamento da doença e também a alteração das estações do ano, primavera e outono”.

Segundo a especialista em dermatologia, embora “a maioria dos doentes entra em remissão espontânea após a puberdade”, há casos muito graves e persistentes que obrigam a tratamento crónico, “nem sempre com resultados totalmente satisfatórios”.

Neste âmbito, Maria João Paiva Lopes explica que atualmente “estão disponíveis vários tratamentos tópicos, imunossupressores sistémicos, fototerapia e, mais recentemente, um tratamento biotecnológico”. Espera-se ainda para breve a aprovação de novas moléculas inovadoras.

Cada caso é um caso, e o dermatologista é que irá determinar o tratamento mais indicado para o doente. “Gostaria de sublinhar que a evolução terapêutica recente tem sido notável e, portanto, atualmente estão disponíveis terapêuticas muito eficazes e seguras”, acrescenta a especialista que apela ainda para a prevenção. “A principal medida de prevenção é a proteção da função barreira, através do uso de produtos de limpeza adequados para higiene diária e da aplicação de emolientes em toda a pele, diariamente, desde o primeiro mês de vida”.

De modo a sensibilizar para a doença, Mafalda reforça esta mesma ideia. “A pele é o maior órgão do corpo humano e temos de o proteger e cuidar. Tenho esta doença há 40 anos, tive dias muito maus e complicados, mas temos de ter muita força porque dias melhores virão. A medicina está sempre a evoluir e vamos conseguir aproveitar melhor a vida”.  

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha “Dá Garra à Tua Vida” é lançada hoje
“Dá Garra à Tua Vida” é o mote da iniciativa lançada pela Sanofi, com o apoio da ADERMAP - Associação Dermatite Atópica...

Na adolescência os jovens passam por diversos desafios e receios, nomeadamente o isolamento e exclusão social, questões que afetam gravemente a saúde mental. A aparência e aquilo que os outros vão pensar são outras vertentes que levam os adolescentes a evitarem o contacto com os outros, deixando de viver uma vida plena e de realizações. O desconhecimento por parte de amigos e colegas sobre esta patologia e a incapacidade de estes “se colocarem na pele do outro” pode levar a sentimentos como vergonha, ansiedade e frustração, partilhados por mais de 34% dos doentes com Dermatite Atópica.

A Dermatite Atópica, ou eczema atópico, é uma doença inflamatória crónica da pele que é responsável por lesões físicas, mas também emocionais e socioeconómicas, que afeta 4.4% da população europeia e 10 a 20 % da população infantil a nível mundial. Cerca de 34% dos doentes sofrem com distúrbios de sono que podem levar a fadiga e prejudicar o dia a dia, incluindo a capacidade de concentração e, no caso dos adolescentes, a aprendizagem na escola.

Viver com Dermatite Atópica na adolescência não significa olhar para o espelho com medo do que se vai ver e de quantas manchas se vai contar. A campanha quer, por isso, promover uma mensagem de esperança junto dos adolescentes com dermatite atópica moderada a grave e relembrar que, apesar das noites em branco, é possível sonhar com uma vida normal.

“A Dermatite atópica é a doença inflamatória crónica cutânea mais frequente, que representa um custo anual de 1.018 milhões de euros em Portugal e que afeta mais de 10% da população infantil a nível mundial. Na maioria dos casos, a doença acaba por provocar problemas na autoestima dos adolescentes. Com esta iniciativa esperamos impactar as pessoas e alertar para a Dermatite Atópica moderada a grave, e para o impacto psicológico que esta patologia causa, especialmente nos mais novos. Felizmente, hoje existe esperança para estes doentes”, explica Marisol Garcia Pulgar, General Manager Specialty Care Sanofi Portugal.

A campanha quer assim promover uma mensagem positiva e de promoção da autoestima junto dos adolescentes com dermatite atópica moderada a grave.

3 a 7 de outubro
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) vai assinalar a Semana Nacional do Aleitamento Materno, este ano dedicada às...

Durante a semana serão dinamizadas atividades de consciencialização para este tema, na Consulta Externa de Obstetrícia e no átrio principal do HFF. No dia 6 de outubro irá também ser promovido um evento híbrido com partilha de evidência científica e experiência da prática de cuidados e promoção dos benefícios únicos do Aleitamento Materno.

Os principais objetivos destas iniciativas são consciencializar os colaboradores do HFF, os utentes e as suas famílias, para a necessidade de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, mas também encorajar, educar e apoiar a sua prática junto das grávidas que são acompanhadas no hospital.

A Organização Mundial da Saúde e a UNICEF recomendam o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de vida e a sua manutenção, com alimentos complementares, pelo menos até ao segundo ano de vida ou mais.

A Semana Nacional do Aleitamento Materno é uma iniciativa conjunta da Comissão de Aleitamento Materno e do Grupo de Trabalho da Iniciativa Hospital Amigo dos Bebés, em colaboração com os Serviços do Departamento da Mulher e do Departamento da Criança e do Jovem do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.

Para mais informações sobre o evento, assim como para a submissão de pósteres/comunicações livres, consulte o regulamento: https://hff.min-saude.pt/semana-nacional-do-aleitamento-materno/

 

“O Que Diz a Tua Dermatite Atópica”
No âmbito do Dia Mundial da Dermatite Atópica, que se assinala anualmente a 14 de setembro, a Associação Dermatite Atópica...

Além da explicação sobre o que é a dermatite atópica (DA), o médico dermatologista aborda, numa linguagem acessível, temas como a manifestação da doença e os sintomas mais comuns, a importância do diagnóstico e o tratamento e as soluções inovadoras que permitem ao doente manter a sua qualidade de vida. É também discutido o papel preponderante das Associações de Doentes, no caso, da ADERMAP, no aconselhamento às pessoas que vivem com dermatite atópica e às suas famílias. Os impactos social, psicológico e económico da patologia em quem vive com a doença e nas suas famílias são também temas de discussão.

Com o propósito de desfazer alguns mitos e mitigar os estigmas que continuam a sentir as pessoas que vivem com dermatite atópica, junta-se um testemunho real, para partilhar a experiência pessoal e os desafios superados desde o momento do aparecimento dos primeiros sintomas.

A dermatite atópica é uma das doenças inflamatórias crónicas de pele mais comum e tem um impacto elevado na qualidade de vida dos seus portadores, no sistema de saúde e na sociedade. A doença pode manifestar-se em todas as idades e afeta entre 1 a 3% dos adultos em todo o mundo, sendo que aproximadamente 4,4% da população europeia vive com dermatite atópica. A DA apresenta-se geralmente na sua forma ligeira e, estes casos, são, geralmente, bem controlados com cuidados regulares de higiene e hidratação apropriados, e evicção de agentes irritantes. No entanto, nos casos mais complicados, a gestão da dermatite atópica pode ser muito desafiante, sendo os desafios proporcionais à gravidade e às comorbilidades existentes.

A conversa pode ser acompanhada a partir de dia 14 de setembro no canal de Youtube da ADERMAP, ou através do InstagramFacebook e LinkedIn da ADERMAP, website da ADERMAP e Linkedin da LEO Pharma.

 

Opinião
O mês de setembro representa, para muitos jovens, o início de mais um ano letivo, o regresso às aula

A escola, é o local onde a criança ou jovem passa uma parte significativa do seu tempo, onde tem um largo espectro de experiências que a pode ajudar a construir a sua identidade, a estabelecer relações interpessoais e a desenvolver competências como a motivação, a resiliência e o autocontrolo. Com toda a importância que tem, não será de estranhar que o meio escolar também acarrete um conjunto de riscos para o aparecimento ou evolução negativa de um problema de saúde mental.

As crianças ou jovens com perturbação de saúde mental tendem a subestimar as suas capacidades e a enfrentar com maior apreensão ou evitamento tarefas escolares mais complexas e desafiantes, podendo comprometer o seu percurso escolar. E, ao depararem-se com resultados negativos, tendem a agravar as queixas emocionais que levam ao desinteresse escolar, podendo, mesmo, conduzir ao absentismo ou abandono escolar.

Aqui, é crucial a intervenção dos profissionais que os acompanham. Nós, enquanto equipa multidisciplinar da Unidade de Cuidados Continuados Integrados para a Saúde Mental na Infância e Adolescência trabalhamos no modelo terapeuta de referência. Esta é a base da nossa intervenção, cada jovem tem o seu terapeuta, com quem estabelece uma relação empática e de confiança, uma relação de apoio para que possa explorar as dificuldades sentidas em contexto escolar e outras. É importante para a criança ou jovem, que se depara com dificuldades, ter uma figura de referência que a ajude a compreender o que está a viver. Alguém que esteja disponível para ouvir o que sente, pensa ou a ajude a adquirir estratégias para as dificuldades do dia a dia e, assim, se sentir compreendido/a.

No entanto, é necessário transmitir uma perspetiva positiva sobre as capacidades da criança ou jovem para a ajudar a superar essas dificuldades e estimular a dar passos progressivos. Devemos elogiar as conquistas, por muito pequenas que sejam, desconstruir pensamentos e, mesmo que o resultado seja negativo, passar a mensagem de que é natural encontrarem-se obstáculos pelo caminho e que o esforço continuado permitirá ultrapassar o problema. O reconhecimento dos seus progressos e esforços é um fator de satisfação, promovendo a confiança nas suas capacidades. O reforço positivo, salientar os passos que deu na regulação das emoções, comportamento, autonomia, relação com o grupo de pares, na aprendizagem e, assim, traçar metas futuras.

No presente, as perturbações de saúde mental são o principal problema de saúde pública na Europa, e um dos principais em todo o mundo, para todos os grupos etários. O grande desafio da sociedade atual terá, necessariamente, de passar pelo desenvolvimento de estratégias que possibilitem o recovery, o empoderamento e a participação, e que, consequentemente, promovam a diminuição do estigma associado à doença mental.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A campanha disponibiliza de forma gratuita cinco e-books e várias atividades online
Com a chegada do novo ano letivo, a campanha Fast Heroes 112, focada em sensibilizar a população para os principais sintomas do...

A cada segundo uma pessoa no mundo sofre um AVC, o que faz deste a principal causa de morte em Portugal. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2020, as doenças do aparelho circulatório foram as que mais mataram em Portugal, com 34.593 óbitos, um aumento de 2,9% face ao ano anterior. Destas, o INE destaca a subida de 4,2% nas mortes por AVC, para 11.439.

Segundo a Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC), este aumento durante a pandemia gerada pela COVID-19 pode ter duas razões: “Pode ter havido receio de ir as urgências, sendo que o fator tempo nesta doença é um ponto crítico, mas também poderá estar relacionado com a reorganização dos serviços de saúde. Houve ainda um desvio dos meios na prevenção nos cuidados de saúde primários”, explica Vitor Tedim Cruz, vice-presidente da SPAVC.

"Em Portugal, nos últimos anos, a mortalidade por AVC estava a decrescer, mas os dados mais recentes vieram mostrar que este é um trabalho que tem de ser constante. Não nos podemos esquecer do AVC, porque a principal causa de morte não foi nem é a COVID”, reforça.

A iniciativa Fast Heroes 112 surge para garantir que esta é uma preocupação das gerações futuras e não só. Ao educar as crianças entre os 5 e os 9 anos, ajudando-os a identificar corretamente os sintomas de AVC e ensinando-lhes a agir rapidamente, a campanha tem como objetivo chegar a todas as famílias portuguesas. Aproveita assim o incrível entusiasmo dos mais novos pela partilha de conhecimentos com quem as rodeia. Desta forma, é possível garantir que os doentes chegam ao hospital de forma atempada, evitando consequências mais graves e contribuindo para reduzir estes números. 

Através de recursos educativos e interativos, pretende-se assim que as crianças adquiram competências práticas para salvar vidas de uma forma envolvente e divertida. Tudo isto enquanto descobrem um pouco mais sobre a importância da empatia e do amor. A campanha conta para isso com a ajuda dos professores portugueses que, através do apoio dos materiais gratuitos, podem ter um verdadeiro impacto na vida dos seus alunos.

Para o fazer, a campanha disponibiliza de forma gratuita cinco e-books e várias atividades online. As atividades, que podem ser implementadas nas escolas e em casa, giram à volta de quatro super-heróis: Francisco (a Face), Fernando (a Força) e Fátima (a Fala) são três super-heróis reformados que representam os três principais sintomas de AVC. Já Tomás (a Tempo) reforça a importância de agir de forma atempada, ligando para o 112. A novidade mais recente é Tânia (a Professora), que será apresentada às turmas que realizarem o programa pelo segundo ano consecutivo.

Desenvolvida em parceria com o Departamento de Políticas Educativas e Sociais da Universidade da Macedónia, conta com o apoio da Organização Mundial de AVC, da Sociedade Portuguesa do AVC e da Iniciativa Angels. Além do português, os materiais estão já adaptados para várias línguas.

Para participar na campanha, basta ir ao website oficial, em www.fastheroes.com, e registar-se como professor para implementar a iniciativa nas aulas ou inscrever a sua criança.

16 de setembro
“Saúde Mental e Bem-estar no Idoso” é o mote da próxima sessão informativa, enquadrada na atividade ‘’Saúde em Dia’’, promovida...

A importância do autocuidado, as consequências a curto, médio e longo prazo da pandemia na saúde mental, as boas práticas para promover a saúde mental e o bem-estar dos cidadãos, assim como, mecanismos de apoio existentes, para dar resposta a estas questões, são alguns dos tópicos que estarão em discussão durante a iniciativa. 

“É importante alertar para a importância do autocuidado e debatermos o impacto da pandemia na saúde mental, ao mesmo tempo que pretendemos alertar e informar as pessoas para estes problemas, que estão na ordem do dia. Será um momento de partilha de ideias e uma conversa aberta sobre os sintomas, as causas, assim como formas de cuidar e proteger a nossa saúde mental”, afirma Ricardo Valente Santos, psicólogo e gestor do projeto Espaço Saúde 360º Algarve.

Estas sessões informativas pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas relacionados com a área da saúde, através de uma comunicação simples e objetiva, que desmitifica alguns conceitos erróneos. Para isso, contam com o importante apoio de profissionais de saúde e de Associações de doentes associadas à Plataforma Saúde em Diálogo, que se juntam nesta missão de promover a literacia em saúde no seio da comunidade idosa do Algarve.

Ricardo Valente Santos, psicólogo do projeto Espaço Saúde 360º Algarve, orientará a próxima Sessão de Saúde em Dia, que permitirá a discussão e reflexão sobre um tema tão relevante como a Saúde Mental e o Bem-Estar no Idoso.

A iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral.

 

Processo de negociações continua
O Sindicato dos Enfermeiros – SE reúne amanhã, a partir das 10h30, com responsáveis do Ministério da Saúde. Um encontro no qual...

Desde logo que todas as medidas acertadas com os sindicatos são para aplicar a todos os enfermeiros, quer tenham um vínculo de Contrato Individual de Trabalho ou um Contrato de Trabalho em Funções Públicas. Uma medida que o presidente do SE, Pedro Costa, considera fundamental para “eliminar as diferenças inaceitáveis que existem entre as duas modalidades de vinculação na Administração Pública”.

Pedro Costa recorda que o prazo de 120 dias negociados com o Ministério da Saúde está prestes a findar, pelo que “é fundamental que se comecem a fechar dossiers e a protocolar medidas concretas para valorizar a carreira dos enfermeiros, nomeadamente a contagem dos pontos para efeitos de progressão na carreira”. A eliminação dos dois regimes jurídicos de contratação (Contrato de Trabalho em Funções Públicas e Contrato Individual de Trabalho) no SNS, com direitos e benefícios diferentes e que geram desigualdades entre a classe, é outro dos temas que o SE quer encerrar, acabando assim com um regime em que dois enfermeiros a cumprir exatamente as mesmas tarefas têm acesso a direitos e benefícios díspares.

 

Estudo promovido pela Associação Portuguesa de Investigação em Cancro (ASPIC)
A investigação em cancro em Portugal está em expansão e tem conquistado excelência e competitividade nos últimos anos. Contudo,...

O estudo aponta áreas críticas de intervenção, de grande benefício para os doentes, mas onde Portugal continua a falhar, a começar pela inovação patenteável e a transferência de tecnologia - o número de patentes concedidas em aplicações biomédicas está muito abaixo da maioria dos países europeus. Por outro lado, no que toca aos ensaios clínicos, Portugal tem um ambiente de ensaios clínicos claramente de baixo desempenho, fortemente dependente do patrocínio e prioridades da indústria, sendo a maioria dos ensaios de grande escala, multicêntricos, de Fase 3, onde Portugal não tem um papel de liderança.

Em 2020, Portugal contabilizava mais de 60 mil novos casos e 30 mil mortes por cancro. Ao longo das últimas décadas, a incidência de casos no país tem aumentado, seguindo a tendência de outros países europeus. Existe atualmente uma urgência mundial para alcançar uma compreensão completa do cancro, de forma a melhorar a prevenção, diagnóstico e tratamento assim como contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Um fator-chave para o conseguir é garantir uma melhor integração e alinhamento das atividades de investigação em cancro, da investigação básica à aplicada, reforçando e ativando redes e infraestruturas.

Este é o primeiro estudo do género alguma vez feito em Portugal que demonstra, de uma forma geral, que o sistema de investigação nacional em cancro está em expansão e é capaz de produzir investigação de excelência que é competitiva a nível europeu. No entanto, o conhecimento produzido ainda carece de consolidação e de tradução eficaz em benefício do doente ou da sociedade, refere Joana Paredes, Presidente da Direção da ASPIC. Ecossistemas menores como o nosso não estão necessariamente em desvantagem, mas devem seguir modelos que se ajustem ao seu tamanho. Portugal poderia seguir um modelo semelhante ao da Bélgica, em que há uma opção de colaboração internacional, um foco específico em nutrir boas redes colaborativas e parceiros fortes, mantendo uma clara excelência nacional.

O estudo pretende fornecer um retrato da investigação em cancro a nível nacional, fazendo um mapeamento dos resultados da investigação e dos seus atores principais. O seu objetivo é iniciar discussões entre todos os interessados e identificar possíveis caminhos a seguir para posicionar Portugal como uma voz forte na investigação em cancro a nível global. A apresentação pública deste estudo, que acontece no dia 13 de setembro, às 9h, na Fundação Calouste Gulbenkian, inicia este processo.

Produção e Impacto Científico & Competitividade no Financiamento da UE

O cancro é uma área de investigação biomédica relativamente recente em Portugal; no entanto, a produção de investigação já está em linha com outros países europeus mais desenvolvidos. Apesar de se verificar uma baixa dedicação à investigação em cancro, em comparação com outras áreas, Portugal aumentou significativamente o seu impacto científico, sendo cada vez mais competitivo na captação de financiamento da UE, especialmente tendo em conta a pequena dimensão do país.

Tipo de Investigação & Transferência de Tecnologia

Quando se olha para o tipo de investigação e transferência de tecnologia, a investigação básica e translacional está um pouco mais representada e ganhou excelência nos últimos 10 anos. A investigação clínica também mostra um impacto científico significativo, em comparação com outros países europeus. Contudo, a inovação patenteável é uma área em que Portugal não se sai bem – o número de patentes concedidas em aplicações biomédicas está muito abaixo da maioria dos países europeus.

Ensaios Clínicos

Apesar do crescimento significativo na última década, Portugal tem um ambiente de ensaios clínicos claramente de baixo desempenho, fortemente dependente do patrocínio e interesses da indústria. A maioria dos ensaios clínicos realizados em Portugal são de grande escala, multicêntricos, de Fase 3, nos quais Portugal não tem um papel de liderança. Os ensaios clínicos com patrocinadores não industriais têm aumentado nos últimos anos. Os poucos estudos de fase inicial e iniciados pelo investigador mostram um padrão diversificado de interesses médicos que poderiam ser mais explorados.

Centro quer reforçar equipa com um psicólogo a tempo inteiro e três a tempo parcial
O Centro Catarina Lucas, dedicado às diversas áreas da psicologia e do desenvolvimento humano, está à procura de psicólogos...

Um psicólogo a tempo inteiro para o seu centro em Lisboa e de três profissionais a tempo parcial para consultas em Lisboa e em Cascais são os cargos disponíveis, sendo que o centro tem, ainda, uma vaga aberta para funções administrativas em Cascais. 

“A enorme procura por serviços que apoiem a saúde mental está a aumentar e queremos manter o mesmo nível de excelência que nos tem caracterizado até agora”, sublinha Catarina Lucas, diretora clínica e fundadora do Centro Catarina Lucas.

Criado em 2017, o Centro Catarina Lucas conta com uma equipa multidisciplinar de cerca de 30 profissionais especializados, prestando serviços nas áreas de psicologia para adultos, infantil e juvenil, aconselhamento parental, terapia de casal, terapia familiar, sexologia clínica, neuropsicologia, hipnose clínica, orientação vocacional, psiquiatria, terapia da fala e nutrição. 

Os interessados nas vagas para psicólogos deverão ter formação no modelo cognitivo-comportamental e inscrição válida na Ordem dos Psicólogos, devendo enviar o seu currículo e carta de apresentação para o email recrutamento@catarinalucas.pt até ao dia 30/09/2022. 

Já para a vaga de funções administrativas os requisitos são a conclusão do ensino secundário, experiência em secretariado clínico e facilidade no uso de plataformas online. 

 

 

 

 

Estudo
De acordo com um estudo recente, publicado na revista Bone Marrow Transplant, o transplante de células estaminais do sangue do...

Em 2018, estimou-se uma prevalência de 709 doentes com LMA, em Portugal, surgindo 251 novos casos por ano e com uma maior incidência em doentes na faixa etária dos 70-79 anos. O estudo, realizado pelo Acute Leukemia Working Party of the European Society for Blood and Marrow Transplantation e cujos resultados foram conhecidos em junho, comparou os resultados entre uma ou duas infusões de sangue do cordão umbilical em doentes adultos com LMA.

O estudo revelou que uma maior percentagem de doentes, aos quais foram administradas duas infusões de sangue do cordão umbilical, apresentaram a remissão completa quando comparada com uma só infusão. Ainda assim, a esmagadora maioria dos doentes atingiu a remissão completa após uma infusão e duas infusões de sangue do cordão umbilical, 91% e 99% respetivamente.

Outros parâmetros foram semelhantes nos dois grupos, tais como a incidência da doença do enxerto contra o hospedeiro, a incidência de recidiva, a sobrevivência livre de leucemia, a sobrevivência global e a sobrevivência livre de doença do enxerto contra o hospedeiro.

Este estudo, que abrangeu 325 doentes divididos em dois grupos, um com uma infusão sangue do cordão umbilical de e o outro com duas infusões sangue do cordão umbilical, permitiu concluir que os resultados de doentes com LMA submetidos a infusão sangue do cordão umbilical em remissão completa alcançados após uma ou duas infusões são semelhantes.

Ao longo dos anos, têm-se vindo a verificar a segurança da utilização do sangue do cordão umbilical, assim como o seu efeito terapêutico em diversas patologias. Andreia Gomes, diretora Técnica e de Investigação, Desenvolvimento e Inovação do laboratório português BebéVida, refere que “estudos e ensaios clínicos continuam a serem realizados e têm demonstrado que existe um efeito terapêutico real consistente e diferenciador com recurso às células estaminais do cordão umbilical. No caso da LMA, os estudos mais recentes avaliam e corroboram, mais uma vez, a segurança na infusão de sangue do cordão umbilical e os efeitos que uma simples infusão pode ter no tratamento desta patologia”.

A especialista em biologia celular e molecular, explica que “o maior número de células estaminais hematopoiéticas por unidade de volume, a menor imunogenicidade, a menor incidência e a gravidade de doença do enxerto contra o hospedeiro, a colheita não invasiva, indolor e sem qualquer tipo de risco para o dador (mãe e bebé), associados a um rápido e fácil transporte, capacidade de criopreservação sem afetar a qualidade, são algumas vantagens diferenciadoras do sangue do cordão umbilical”.

Andreia Gomes considera que, ao guardar o cordão umbilical em detrimento de o descartar, “consegue-se ter a possibilidade de tratamento, uma vez que “as aplicações atuais das células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical e os esforços médico-científico apresentam um grande crescimento”. A investigadora remata que “a decisão de criopreservar este material genético é cada vez mais relevante”.

Na leucemia mieloide aguda (LMA) ocorre a transformação maligna e a proliferação não controlada de uma célula progenitora mieloide. Esta célula encontra-se anormalmente diferenciada resultando em números circulantes elevados das células sanguíneas imaturas e, consequente, substituição da medula óssea por células malignas.

Uma vez que a produção de células anormais é elevada, muitos dos sintomas estão relacionados com o baixo número de células saudáveis, nomeadamente: perda de peso, dor nas articulações, cansaço, dificuldade em respirar, infeções, febre, hemorragias, hematomas, entre outros. O diagnóstico desta patologia é realizado através de análises ao sangue e à medula óssea.

Regra geral, o tratamento da LMA é composto por duas fases: a terapêutica de indução, que consiste na destruição e eliminação da maioria das células leucémicas existentes, permitindo restabelecer a produção de células sanguíneas (hematopoiese) normal; e a terapêutica de consolidação, que se inicia após se conseguir uma remissão da doença, tendo como objetivo destruir quaisquer células leucémicas potencialmente remanescentes, reduzindo o risco recidiva da doença.

As taxas de indução de remissão encontram-se entre os 50-85%. A sobrevivência livre da doença a longo prazo situa-se geralmente entre os 20-40%. No entanto, em doentes mais jovens tratados com quimioterapia seguido de transplante de células estaminais, sobrevivência livre da doença a longo prazo é de 40-50%.

 O transplante de células estaminais permite substituir as células que foram destruídas pelo tratamento oncológico. Após este tratamento, o transplante autólogo (utilizando as suas próprias células estaminais que foram recolhidas e guardadas antes do tratamento) ou alogénico (utilizando células estaminais doadas) são essenciais para a melhoria destes doentes, uma vez que ajudam na recuperação celular da medula óssea.

Como ainda não existe uma estratégia de terapia que permita a diferenciação celular correta, são conduzidos vários estudos e ensaios para tentar combater esta patologia.

Estenose aórtica e Insuficiência Mitral
A doença valvular cardíaca tem sido descrita como a próxima epidemia cardíaca, já que o número de ca

Embora esteja, frequentemente, associada ao envelhecimento, provocada por um desgaste, doença ou dano de uma ou mais válvulas do coração, a doença da válvula cardíaca pode estar ainda presente desde o nascimento, estando associada a doença cardíaca congénita. Seja qual a causa, esta doença representa qualquer mau funcionamento ou anormalidade de uma ou mais das quatro válvulas do coração, que afeta o fluxo de sangue através do coração e que pode resultar no desenvolvimento de insuficiência cardíaca.

De entre as condições que integram o conceito de Doença Valvular Cardíaca, as mais frequentes são a Estenose Aórtica e a Insuficiência Mitral. Falta de ar e cansaço estão entre os principais sintomas de ambas as condições, no entanto, por serem bastante comuns entre a população mais idosa, podem ser facilmente desvalorizados.

Deste modo, importa conhecer e estar atento aos sinais de alerta. É que embora, grave e muito frequente, a Doença Valvular Cardíaca tem tratamento.

Estenose Aórtica

A Estenose aórtica degenerativa é um processo que conduz ao encerramento progressivo da válvula, que se encontra à saída do coração, com redução da quantidade de sangue “bombeada” para todo o corpo. Trata-se de uma obstrução da válvula aórtica.

Deste modo, e uma vez que esta obstrução condiciona uma menor quantidade de sangue que sai do coração em cada batimento cardíaco, há uma menor irrigação dos tecidos levando ao aparecimento de sintomas como cansaço, dor no peito e desmaios.

O diagnóstico da estenose aórtica pode ser confirmado com recurso à auscultação, ecocardiografia (2D, modo M e com doppler). Embora, muitas vezes, seja necessária a realização de um cateterismo cardíaco, sobretudo, se se considerar necessário efetuar um tratamento invasivo para a sua resolução.

O tratamento da estenose aórtica passa pela substituição válvula cardíaca através de cirurgia convencional ou de um procedimento minimamente invasivo, por cateter, conhecido por TAVI.

Entre as principais complicações desta disfunção estão a morte súbita, que aparece em cerca de metade dos doentes que já têm sintomas há mais de 2 anos, a insuficiência cardíaca e a angina de peito.

De recordar que, embora, a estenose aórtica também possa ser diagnosticada em idades mais jovens, se as suas causas forem genéticas ou hereditárias, esta é maioritariamente degenerativa e frequentemente diagnosticada acima dos 70 anos.

Insuficiência Mitral

A insuficiência mitral carateriza-se por um refluxo de sangue pela válvula mitral. Esta condição resulta da incapacidade da válvula mitral de fechar adequadamente quando o coração bombeia sangue do ventrículo esquerdo para a aorta. Consequentemente, existe uma fuga anormal de sangue para trás em direção à aurícula esquerda (regurgitação).

De acordo com Bruno Melica, cardiologista de Intervenção e Membro da Comissão científica Valve for Life e Corações de Amanhã, é “bombeado menos sangue para a circulação e os pulmões ficam como que encharcados em sangue e isto gera a falta de ar e o cansaço”.

A fraqueza hereditária do tecido da válvula mitral, o enfarte agudo do ou as doenças do músculo cardíaco são as causas mais comuns da insuficiência mitral.

O diagnóstico da insuficiência mitral surge após a auscultação de um sopro cardíaco, sendo confirmado com a realização de um ecocardiograma transtorácico, convencional ou um ecocardiograma transesofágico - um exame semelhante a uma endoscopia para avaliação cardíaca com o objetivo de identificar com maior detalhe o funcionamento da válvula mitral, nomeadamente se necessitar de alguma intervenção para esta válvula.

O tratamento passa promover alterações no estilo de vida, com controlo da pressão arterial, perda de peso, prática de exercício físico, toma de medicação para alívio de sintomas e controlo dos batimentos cardíacos.

Nos casos mais graves, a cirurgia da válvula mitral pode ser o tratamento mais indicado, para reparar ou substituir a válvula cardíaca danificada.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
29 e 30 setembro na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Com o objetivo de fomentar o conhecimento sobre a telemedicina e telessaúde, bem como chamar a atenção para a importância da...

Nunca como neste início de década (2020), foi tão clara a importância da telessaúde para a eficiência, equidade e sustentabilidade dos serviços de saúde. Se a fase inicial da pandemia permitiu demonstrar, em larga escala, algumas das potencialidades da telessaúde, o seu papel poderá ser ainda maior na resposta aos grandes desafios da saúde: a mudança de paradigma da doença aguda para a doença crónica, a alteração demográfica e a multimorbilidade, a exigência da centralidade do doente, a personalização dos tratamentos e a sustentabilidade económica e ambiental da saúde global.

Na imprescindível transformação dos serviços de saúde, para dar resposta a estes desafios, a telessaúde síncrona e assíncrona é uma componente essencial, sobretudo quando parte de percursos clínicos integrados. Além do seu papel na transição digital, interessa desenvolver e aproveitar o seu potencial para a (re)organização dos serviços de saúde, seja na melhoria do acesso, da equidade ou da gestão de recursos.

É sobre estas questões que o IV Fórum da TeleSalut@ vai incidir. A iniciativa, que conta com o apoio da FMUP e da Linde Saúde, empresa que presta serviços de telessaúde em Portugal, pretende evidenciar a necessidade da devida integração da telemedicina e telessaúde no SNS, enquanto soluções que devem ser colocadas ao serviço dos cidadãos.

De acordo com Luís Gonçalves, presidente honorário da SITT, “a telemedicina e a telessaúde devem merecer especial atenção dos governantes do nosso país na área da saúde, por serem soluções com diversas vantagens, entre as quais a eficácia no acompanhamento de doentes portadores de doenças crónicas, tais como diabetes, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, insuficiência respiratória e tantas outras que atingem transversalmente a população”.

“A telessaúde deve ser utilizada por intermédio da teleassistência, com telemonitorização dos parâmetros indicadores do estado de saúde do doente no seu domicílio”, defende Luís Gonçalves, explicando que os doentes são melhor acompanhados em ambiente familiar, conjugado com hospitalização domiciliária, que resolve a maioria das agudizações e que alivia a pressão sobre os serviços de urgência hospitalar. “Há registos que comprovam a eficiência deste método aplicado a doentes do SNS nomeadamente na insuficiência cardíaca e insuficiência respiratória”, acrescenta.

O presidente de honra da SITT afirma ainda que este tipo de iniciativas são importantes para partilhar boas práticas clínicas, que têm em vista o bem-estar da população e o revigoramento do SNS.

Pioneira a nível nacional na telemonitorização do doente respiratório e cardíaco, a Linde Saúde apoia a SITT na realização deste evento. “A pandemia por COVID-19 acelerou a adoção de soluções de telessaúde e telemedicina, um crescimento que, de qualquer forma, já se vinha a observar graças ao importante papel que a telemonitorização desempenha no acompanhamento de pessoas com doenças crónicas. Faz por isso todo o sentido para a Linde Saúde apoiar a realização deste fórum, onde se vai certamente demonstrar que Portugal e Espanha já acompanham o estado da arte nesta área”, refere Maria João Vitorino, Diretora da Linde Saúde.

A participação no evento, que tem capacidade para 250 pessoas, é gratuita. As inscrições podem ser efetuadas no website da SITT, aqui.

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