Investigadores da Fundação Champalimaud
Por que é que o cancro do pâncreas é tão letal? Um estudo agora publicado por investigadores da Fundação Champalimaud, em...

As estatísticas do cancro do pâncreas são bastante modestas. Com uma taxa de sobrevivência a cinco anos de apenas 9%, a incidência da forma mais comum da doença, o adenocarcinoma ductal pancreático (ACDP) está a aumentar e prevê-se que se torne, até o ano 2030, a segunda causa de morte devida por cancro. A cirurgia continua a ser o tratamento mais eficaz, mas para 70-80% dos doentes não é uma opção viável. Perceber o cancro pancreático ao nível celular e subcelular é essencial para o desenvolvimento de terapias que permitam aos doentes ganhar tempo de vida.

Uma forma de prolongar a sobrevivência consiste na otimização da estratégia terapêutica, mudando rapidamente de tratamento quando este não é eficaz. Os tratamentos podem incluir uma combinação de radioterapia e de quimioterapia. Atualmente, a avaliação da qualidade da resposta dos doentes com ACDP às terapias baseia-se, tipicamente, na imagiologia e na medição dos níveis, no soro do sangue, de biomarcadores do cancro. Porém, ambos estes métodos apresentam falhas. As imagens de tomografia e de ressonância magnética (TAC e IRM) são incapazes de detetar pequenos tumores e de diferenciar os tumores benignos dos malignos, e mesmo o mais comprovado biomarcador do ACDP está ausente em 5-20% dos doentes — o que pode tornar os resultados pouco fiáveis.

De lixo a ouro

Um estudo publicado hoje pelo Laboratório de Oncologia de Sistemas do Champalimaud Research fornece um avanço potencialmente decisivo na forma como é feita a avaliação da resposta aos tratamentos dos doentes com ACDP.

Bruno Costa-Silva, investigador principal e líder do estudo, começou por explorar, em 2008, o potencial das chamadas “vesículas extracelulares” (VE) na luta contra o cancro. “As VE são pequenos sacos libertados pelas células. São como mini-células, com a sua membrana lipídica, material genético, proteínas e açúcares. Durante muito tempo, foram consideradas ‘sacos de lixo’, cheias de resíduos que as células precisam de deitar fora. Mas, hoje em dia, o seu papel na transferência de mensagens entre as células é amplamente reconhecido.”

Dado que as plantas e as bactérias também libertam estas pequenas vesículas, as VE poderão ser uma das mais poderosas formas de comunicação nos organismos vivos. São produzidas por praticamente todas as células, incluindo as cancerosas. De facto, uma série de estudos tem mostrado que as VE segregadas tanto pelas células malignas como pelas saudáveis podem contribuir de forma substancial para a progressão tumoral.

Em estudos prévios, Costa-Silva mostrou que as VE que circulam no sangue podem ser usadas para detetar, prever e localizar as metástases do cancro pancreático. Até agora, porém, os investigadores têm utilizado medições isoladas das VE nos doentes para fins de prognóstico ou diagnóstico. “O nosso estudo é o primeiro a mostrar que, ao olharmos para a forma como as VE de doentes com cancro pancreático mudam ao longo do tempo, podemos determinar se os doentes estão a responder bem ao tratamento”, diz Costa-Silva.

Das ideias à descoberta

Quando Nuno Couto, oncologista da Fundação Champalimaud e primeiro autor do estudo, começou a estudar o potencial das VE na monitorização da resposta aos tratamentos, a equipa obteve um resultado surpreendente. “No início, pensámos que se tratava de um artefacto”, diz Couto. Mas tornou-se rapidamente evidente que as VE dos doentes com ACDP apresentavam níveis significativamente superiores de certas proteínas específicas em relação às VE de pessoas saudáveis.” Tratava-se de imunoglobulinas G (IgG), um tipo de molécula que faz parte do nosso sistema de defesa e que consegue encontrar e eliminar tanto os agentes patogénicos que penetram no organismo como as células cancerosas.

“O passo seguinte foi o mais desafiante”, confessa Couto. Para conseguirmos ver como os níveis dessas VE ‘positivas para as IgG’ nos doentes mudam ao longo de um tratamento, precisávamos de colher 20-30 amostras de sangue do mesmo doente ao longo de muitos meses. Sem a ajuda dos doentes, das enfermeiras, dos clínicos e dos patologistas do Centro Clínico Champalimaud, o estudo nunca teria sido possível.”

Graças a um método especial, desenvolvido no laboratório de Costa-Silva, capaz de rapidamente medir as populações de VE em minúsculas amostras de sangue, a equipa descobriu que as VE positivas para as IgG aumentam durante a progressão da doença e diminuem em resposta à terapia. Ou seja, essas VE representam um novo biomarcador, que alarga o repertório de ferramentas disponíveis para avaliar o estado do tumor, em particular para os muitos doentes cujas células tumorais não apresentam o biomarcador standard atual e para os quais as imagens de (TAC e IRM) são o único indicador da resposta ao tratamento.

“Ficámos muito entusiasmados ao ver uma correlação tão forte entre essas vesículas e a resposta à terapia”, diz Costa-Silva. “Temos agora uma ferramenta mais fiável para avaliar e melhorar a eficácia dos tratamentos do ACDP, bem como para reduzir os efeitos secundários, desnecessários e prejudiciais, dos tratamentos ineficazes.”

Da oncologia à biologia celular

“Estes resultados levaram-me a mudar o rumo do meu laboratório”, afirma Costa-Silva. “É impossível observá-los e não pensar na imunologia, isto é, em implicações mais latas em termos de sinalização celular.”

Os cientistas descobriram que as IgG se ligam às VE dos doentes com ACDP através de um conhecido antigénio do cancro. Por isso, suspeitam que as EV que apresentam esse antigénio sejam libertadas pelo próprio cancro, fazendo com que as IgG se liguem às VE em vez de se ligarem ao seu alvo designado: as células cancerosas. Desta forma, o tumor seria capaz de fugir ao arsenal do sistema imunitário lançando VE capazes de intercetar mísseis de IgG.

“Se os cancros muito agressivos, como o ACDP, utilizam as VE para desarmar o sistema imunitário, poderemos desenvolver novas terapias que tenham como alvo as EV derivadas do tumor, tornando assim esses cancros menos resistentes aos tratamentos”, faz notar Costa-Silva. A sua equipa está atualmente a tentar determinar se as proteínas que as VE apresentam noutros tipos de cancro também interagem com moléculas do sistema imunitário.

Segundo Costa-Silva, “é mesmo uma questão de fisiologia celular. Pode ser que os cancros usem as VE para perturbar o sistema imunitário, mas as VE também desempenham funções essenciais em situações onde não há cancro. Uma vez libertadas por uma célula, as proteínas presentes à superfície das VE interagem com outras proteínas, regulando a capacidade destas últimas interagirem, por sua vez, com alvos celulares e de provocar uma cascata de efeitos noutras células. Estamos muito interessados em saber mais acerca dessas interações e sobre o funcionamento das VE enquanto reguladoras da sinalização celular.”

“Ainda há muitas coisas que não sabemos sobre a comunicação das células entre si”, acrescenta Costa-Silva. Se conseguirmos perceber a linguagem das células e descodificar a forma como as VE regulam a atividade das moléculas envolvidas nos processos fisiológicos e patológicos, vamos poder utilizar esse conhecimento para lidar com um amplo leque de problemas, das doenças autoimunes às perturbações ligadas ao envelhecimento. Isto é só o começo.”

12 de setembro
No âmbito do Dia Europeu de Ação na Enxaqueca, a MiGRA Portugal - Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias...

O objetivo é dar a conhecer a realidade por detrás da enxaqueca e outras cefaleias, assim como divulgar os resultados de um estudo realizado pela MiGRA, com o propósito de analisar o acompanhamento e acesso aos cuidados de saúde por parte dos doentes que convivem com estas patologias.

O evento conta com a participação de Madalena Plácido, presidente da MiGRA Portugal, Isabel Luzeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia, Raquel Gil-Gouveia, presidente da Sociedade Portuguesa de Cefaleias, Angela Saez, representante da European Migraine and Headache Alliance, Armando Alcobia, diretor dos Serviços Farmacêuticos no Hospital Garcia de Orta, e de Maria de Belém Roseira, ex-ministra da Saúde.

Enxaqueca e Cefaleias

A enxaqueca é uma doença neurológica crónica que, atualmente, afeta mais de um milhão e meio de portugueses. No entanto, e apesar de envolver diversas esferas, nomeadamente pessoal, familiar e profissional, continua a ser uma doença subvalorizada, subdiagnosticada e subtratada, sendo, por isso, cada vez mais premente sensibilizar a comunidade para o impacto desta doença na vida dos doentes.

A relevância da enxaqueca no contexto das cefaleias deve-se à sua elevada prevalência, cerca de 12% da população mundial, e ao facto dos seus episódios serem habitualmente intensos e associados a incapacidade temporária, sendo que é considerada pela Organização Mundial de Saúde como a segunda doença mais incapacitante em termos de anos vividos com incapacidade. Se considerarmos a população abaixo dos 50 anos de idade é a primeira causa de incapacidade.

 

Dia da Grávida
Uma gravidez desejada é sempre um momento de enorme esperança familiar.

O primeiro passo é reconhecer a importância de uma consulta de ginecologia-obstetrícia antes de engravidar. Isso ajudará na preparação para a gravidez e na identificação de fatores de risco, através do historial clínico e da realização de vários exames e análises. Esta consulta tem como objetivo orientar os futuros pais, através do aconselhamento de suplementos ou a necessidade de marcação de consultas de outras especialidades.

Engane-se quem pensa que apenas quando se tem o diagnóstico de gravidez, se devem adotar medidas. Os cuidados começam logo na pré-conceção e existem algumas recomendações que devem ser tidas em conta.

Esta etapa pode gerar inquietação e ansiedade no casal e ambos devem diminuir o stress, adotando novos hábitos como o Ioga, a meditação, as massagens ou as caminhadas. O exercício físico também é fundamental para ajudar a mulher a estar mais bem preparada para a fase da gestação, contribuindo para reduzir a ansiedade do casal se for feito a dois.

Optar por uma alimentação equilibrada bem como deixar de fumar são conselhos que também se aplicam ao casal e não apenas à futura mãe. Aliás, está comprovado que fumar prejudica a qualidade dos espermatozoides.

Outra orientação para futuros pais é conhecer o período fértil da mulher, ou seja, é elementar saberem o intervalo de dias em que a probabilidade de engravidar é maior. Inicia-se nos cinco dias antes do início da ovulação e tem uma duração que pode ir até três dias após a ovulação. Isto significa que os dias que antecedem a ovulação e o dia da ovulação são a melhor altura para tentar uma gestação.

Para calcular o período fértil devem saber a data da última menstruação e a duração média do ciclo. Depois, o cálculo é simples:

  1. Somar o número de dias do ciclo ao dia da última menstruação.
  2. Subtrair 14 dias a esta data para descobrir a data provável de ovulação.
  3. Cinco dias antes da data de ovulação tem início o período fértil, que se prolonga por cerca de oito dias.

No caso de um período fértil com um ciclo irregular, o cálculo pode tornar-se mais difícil. Pode optar por um teste de ovulação, disponível numa farmácia, que determina com maior exatidão a data de libertação do óvulo.

E como reconhecer os sinais da ovulação? Embora possam variar de mulher para mulher, alguns sintomas físicos devem ser analisados com maior atenção de modo a saberem com rigor qual a altura em que devem tentar engravidar. A futura mãe terá uma ligeira descida da temperatura corporal quando se aproxima a data da ovulação, que depois volta a aumentar. O muco cervical altera-se e ficará mais elástico e semelhante à clara de ovo. Além de poder ter uma pequena perda de sangue, é

normal sentir desconforto físico, como dores pélvicas, tensão mamária ou desconforto abdominal. Irá também sentir um aumento do desejo sexual.

Sonhar com a vinda de um bebé é um momento absolutamente único na vida de um casal, sendo igualmente assustador o medo do desconhecido. Preparar e planear desde o primeiro dia, pode ser uma mais-valia na descomplicação desta jornada.

Certo é que o primeiro passo é a conceção que, erradamente não costuma ser vista como uma fase importante da gravidez. No entanto, desempenha um importante papel na prossecução de uma gravidez bem-sucedida.

Preparar a gravidez começa, por isso, muito antes do diagnóstico. E a Médis está presente não só na chegada de um bebé, como em todo o processo de planeamento familiar.

Para mais informações: https://www.medis.pt/media/5570/guia-da-pre-concecao.pdf

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
A DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é uma das três principais causas de morte em todo o mundo, no entanto, mais de 70%...

Com a divulgação de um vídeo de sensibilização e a distribuição de cartazes por várias cidades do país, pretende-se, com esta campanha, não só alertar para as principais causas da doença – entre as quais se incluem o tabaco e a exposição à poluição atmosférica – como para os seus principais sintomas:  falta de ar, tosse, cansaço e limitação física para a realização de tarefas simples quotidiano.

Ainda no âmbito desta campanha, e comprometida com a literacia dos portugueses sobre a saúde respiratória, a SPP vai apresentar, no próximo dia 23 de setembro, os resultados de um estudo de notoriedade sobre a DPOC e que pretende estabelecer uma fotografia atual e abrangente do conhecimento da população portuguesa sobre a DPOC.

 

Projeto europeu usa produtos inovadores com insetos comestíveis e leguminosa
Promover uma mudança de hábitos alimentares, que passa pela redução do consumo de carnes vermelhas e processadas, através do...

A Balança Alimentar Portuguesa estima que 21% da ingestão média diária de calorias em Portugal tenha origem no consumo de carne, o que representa mais de quatro vezes o recomendado na Roda dos Alimentos. Em particular, e de acordo com os resultados do último Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF 2015-2016), cada adulto português consume, em média, perto de 100 gramas de carnes vermelhas e processadas diariamente. Este valor excede largamente o recomendado para uma alimentação equilibrada – 28 gramas diárias, e mais ainda o sugerido pela Organização das Nações Unidas para uma dieta saudável a partir de sistemas alimentares sustentáveis – 14 gramas diárias.

Ana Isabel de Almeida Costa, Investigadora Principal da CUBE e uma das coordenadoras da intervenção, descreve assim como principal motivação do ChangeEat! “A evidência científica resultante de intervenções realizadas noutros países mostra que a criação de oportunidades para os consumidores jovens experimentarem gratuitamente, no seu dia-a-dia, uma oferta diversificada de produtos alimentares inovadores, que configurem alternativas seguras, saudáveis, nutritivas, saborosas e de fácil preparação às carnes vermelhas e processadas, é uma das formas mais eficazes de reduzir o seu consumo no longo prazo. É isto que propomos fazer em Portugal com o ChangeEat!”

“É tempo de passar das recomendações à ação”, como realça Maria João Monteiro, Investigadora Sénior no CBQF e a outra coordenadora deste estudo. “Em Portugal, o Change Eat! irá selecionar até 56 casais, entre os 18 e os 40 anos, e acompanhá-los na transição de hábitos alimentares até ao final de 2022, proporcionando-lhes a experiência de confecionar e consumir produtos inovadores com origem em insetos comestíveis e leguminosas, ricos em proteína alternativa, saudável e sustentável.

A FAO declarou os insetos comestíveis como um dos alimentos do futuro, constituindo uma fonte segura, saudável, nutritiva, saborosa e sustentável de proteína com potencial para alimentar centenas de milhões de Europeus. As leguminosas são outra fonte de proteína saudável e sustentável para a alimentação humana, sendo o seu consumo um dos pilares da dieta mediterrânica. Picados, preparados ou misturas, salsichas e pasteis - de Tenébrio, grilo, soja, lentilhas, entre outros ingredientes ricos em proteína -, são assim alguns dos produtos que os participantes no ChangeEat! terão oportunidade de experimentar.

Curioso/a para provar? Pronto/a para mudar os seus hábitos alimentares já este Outono?

Saiba como se inscrever no ChangeEat! aqui e conheça em detalhe as atividades programadas e as vantagens em participar.

Qual é o impacto esperado do ChangeEat?

  • Trazer progressos científicos importantes na identificação dos fatores que promovem eficazmente a adoção de dietas mais saudáveis e sustentáveis entre os cidadãos europeus.
  • Contribuir para aumentar a disponibilidade de fontes viáveis e acessíveis de proteína de elevada qualidade para consumo humano na União Europeia
  • Ajudar a aproximar o consumo de carnes vermelhas e processadas em Portugal aos valores recomendados, beneficiando a saúde dos seus cidadãos e o ambiente.

Onde e quando decorre o ChangeEat?

Este estudo decorre na cidade do Porto entre 6 de outubro e 19 de dezembro de 2022. Para além da experiência de confeção e consumo de novos produtos alimentares em casa durante seis semanas, o estudo inclui algumas atividades online, a completar em horário livre, e atividades presenciais pontuais, a ter lugar no campus Porto da Universidade Católica, à 6ª feira à tarde ou ao sábado, mediante calendarização.

Evento de terapias complementares e alternativas tem mais de 140 atividades programadas
A 16ª edição do Festival de Bem-Estar (Feira Alternativa) começa esta sexta-feira e prolonga-se até domingo, em Lisboa. O mais...

Entre as mais de 140 atividades programadas para o fim de semana destacam-se uma mega-aula de Yoga, coordenada pela Federação Portuguesa de Yoga; o maior evento de Reiki Presencial para a Paz, aberto a praticantes de todos os níveis, nas celebrações dos 100 anos do Reiki; e uma sessão do exercício tântrico “Eye Gazing”. Qualquer destas atividades promete juntar centenas de pessoas nos vários espaços multifuncionais que integram o recinto do Festival. 

Das dezenas de palestras e workshops que compõem o programa incluem-se nomes conhecidos dos adeptos das terapias complementares, como o croata Braco, a brasileira Cátia Simionato e os portugueses Ana Moreira (presidente da Associação Portuguesa de Medicina Integrativa), Rosário Mexia (professora universitária e investigadora nas áreas do stress e ansiedade) e João Magalhães (presidente da Associação Portuguesa de Reiki). Entre os palestrantes figuram também Luís Resina (cofundador do Centro Português de Astrologia), Paula Margarido (formada em Arquitetura e professora de Feng Shui), Paulo Shiva (fundador da Escola de Tantra e da Escola do Amor) e Alexandre Gama (professor e consultor de Feng Shui).

Em paralelo, o Festival de Bem-Estar terá a presença de 200 expositores, a maioria profissionais das várias terapias complementares e alternativas. Outras áreas representadas serão a cosmética natural, nutrição, alimentação saudável, artesanato e esoterismo. Ao longo dos três dias não faltarão ainda as aulas práticas de Yoga, Chi Kung e Tai Chi, as danças e os espaços de meditação.

Num evento pensado para viver em família e ser desfrutado também ao ar livre, a componente da restauração será sobretudo baseada numa oferta de alimentação saudável, incidindo na vegetariana, vegan e produtos biológicos.

Desde 2005, o Festival é um momento de encontro holístico e de união entre todos os que escolhem viver melhor em consciência e equilíbrio. Da primeira edição até agora, as áreas de bem-estar, desenvolvimento pessoal e espiritualidade evoluíram muito, acolhendo cada evento milhares de visitantes.

A entrada individual para o Festival custa 7,5 euros no primeiro dia (sexta-feira) e 10 euros em cada um dos dias seguintes. O passe para os três dias tem um custo de 15 euros.

Opinião
Apesar dos avanços consideráveis no tratamento - prevenção, tratamento e reabilitação - o AVC é a se

Os avanços nos cuidados agudos significam que mais pessoas sobrevivem com sequelas, com grandes implicações para as suas vidas, as suas famílias e a sociedade em geral (2).

Após 15 anos do diagnóstico de AVC, a literatura aponta que dois terços (63%) das pessoas vivem com alguma incapacidade física, quase dois em cada cinco (39%) apresentam depressão e mais de um quarto (30%) desenvolve compromisso cognitivo. Além disso, são muito mais propensos do que pessoas que não sofreram AVC a viver com outra doença (3).

Com o objetivo de otimizar a funcionalidade e autonomia, a reabilitação pode constituir um serviço poderoso que salva vidas, reintegra pessoas e minimiza custos para as famílias e sociedade (4).

Neste âmbito, a Fisioterapia, sempre em conjunto com outras profissões da área da reabilitação (Fisiatria, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Psicologia e Enfermagem), pode ajudar os sobreviventes de AVC a participar nas atividades de vida diária, na vida familiar e, quando em idade ativa, a recuperar a participação profissional (5).

A reabilitação, no entanto, não tem sido priorizada em muitos países e frequentemente apresenta poucos recursos. Esta situação não é uma surpresa, pois a reabilitação é muitas vezes vista como uma estratégia de retorno quando as intervenções preventivas, promocionais ou curativas falham, e como um serviço específico para alguns elementos da população. Em contraste com a fase aguda, a reabilitação e as fases posteriores do circuito de cuidados e tratamento do AVC têm sido relativamente negligenciados pelos sistemas de saúde e de investigação (8).

Na verdade, os sobreviventes de AVC em toda a Europa enfrentam inconsistências no tipo e na qualidade das terapias a que tem acesso, muitas vezes dependendo do local onde vivem. Aguardam demasiado tempo para que suas necessidades imediatas de reabilitação sejam avaliadas e as terapias iniciadas, em geral recebem cuidados sem a intensidade suficiente ou por períodos demasiado curtos (7, 8).

Na Declaração de Helsingborg de 2006, a meta para 2015 de que todos os pacientes com AVC na Europa deveriam ter acesso a um atendimento contínuo, desde o tratamento agudo até a reabilitação em unidades dedicadas ao AVC falhou (5).

Felizmente, há evidências convincentes de que o AVC é altamente evitável, tratável e gerível e existe o potencial para reduzir drasticamente a carga do AVC e suas consequências a longo prazo (9). Há suporte científico e segurança para afirmar que muitas intervenções da Fisioterapia e restantes áreas da reabilitação são custo-efetivas na melhoria dos resultados funcionais e podem ser usadas como modelos de sucesso no cuidado destes pacientes (9).

O planeamento das etapas de alta e transferência entre níveis de cuidados e acompanhamento devem ser garantidos (11). Estes aspetos melhoram a satisfação e permitem criar circuitos mais eficazes dentro do sistema de saúde. Por outro lado, o envolvimento ativo dos pacientes e familiares parece ser benéfico, e os serviços de saúde precisam entender e abordar as lacunas neste apoio ao longo do processo de reabilitação (9).

Para cumprir as metas ambiciosas estabelecidas para 2030 pelo Plano de Ação Europeu para o AVC, os decisores políticos precisam de reconhecer a necessidade de desenvolver vias coerentes de tratamento e reabilitação do AVC, que reduzam os atrasos no tratamento e garantam uma melhoria na qualidade (9).

Referências 

1. Johnson CO, Nguyen M, Roth GA, Nichols E, Alam T, Abate D, et al. Global, regional, and national burden of stroke, 1990–2016: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. The Lancet Neurology. 2019;18(5):439-58.

2. Rajsic S, Gothe H, Borba HH, Sroczynski G, Vujicic J, Toell T, et al. Economic burden of stroke: a systematic review on post-stroke care.

3. Crichton SL, Bray BD, McKevitt C, Rudd AG, Wolfe CD. Patient outcomes up to 15 years after stroke: survival, disability, quality of life, cognition and mental health.

4. Lijing L Yan CL, Jie Chen, Rong Luo, Janet Bettger, Yishan Zhu, Valery Feigin, Martin O’Donnell, J Jaime Miranda, Dong Zhao, and Yangfeng Wu. Stroke. In: Prabhakaran D, Anand S, Gaziano TA, et al., editors. Cardiovascular, Respiratory, and Related Disorders. 3rd edition. Washington (DC): The International Bank for Reconstruction and Development /The World Bank; 2017.

5. Matchar DB, Bilger M, Do YK, Eom K. International Comparison of Poststroke Resource Use: A Longitudinal Analysis in Europe.

6. Stucki G, Bickenbach J Fau - Gutenbrunner C, Gutenbrunner C Fau - Melvin J, Melvin J. Rehabilitation: The health strategy of the 21st century. (1651-2081 (Electronic)).

7. The Changing Role of the Hospital in European Health Systems. Cambridge: Cambridge University Press; 2020.

8. Stevens E, Emmett E, Wang Y, McKevitt C, Wolfe C. The Burden of Stroke in Europe: Stroke Alliance for Europe; 2017.

9. Norrving B, Barrick J, Davalos A, Dichgans M, Cordonnier C, Guekht A, et al. Action Plan for Stroke in Europe 2018-2030.

10. Dee M, Lennon O, O'Sullivan C. A systematic review of physical rehabilitation interventions for stroke in low and lower-middle income countries.

11. Forster A, Brown L Fau - Smith J, Smith J Fau - House A, House A Fau - Knapp P, Knapp P Fau - Wright JJ, Wright Jj Fau - Young J, et al. Information provision for stroke patients and their caregivers.

Foto: 
Nota: 
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Desafio internacional lançado pela Novo Nordisk e UNICEF
O desafio global The Healthy Childhood Challenge, criado pela Novo Nordisk em colaboração com a UNICEF, e que procura apoiar e...

Após uma primeira edição em 2021, em que o projeto português Food From the Block da Associação Locals Approach esteve entre os três vencedores – o The Healthy Childhood Challenge pretende este ano encontrar ideias e soluções inovadoras capazes de promover hábitos alimentares e estilos de vida mais saudáveis no ambiente em que as crianças se desenvolvem e, ao mesmo tempo, reduzir as desigualdades em saúde.

Da lista dos 10 finalistas apurados fazem parte dois projetos portugueses. Um deles, o Good Food Good Loop, criado em conjunto pelo Município de Sintra, Município de Figueira de Castelo Rodrigo e Laboratório de Nutrição da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, tem como objetivo atuar contra o desperdício alimentar nas escolas do 1º ciclo do ensino básico destes dois concelhos, através de uma intervenção intermunicipal que visa não só gerar um ecossistema local focado num modelo de economia circular, como também promover ambientes mais saudáveis para os mais novos, prevenindo o risco destas desenvolverem Diabetes ou Obesidade. Entre as medidas definidas, destaca-se a criação de um sistema de recompensas, em que os alunos das escolas com menos desperdício alimentar nas cantinas terão acesso ao “Sustento”, uma moeda local que permitirá acesso gratuito a produtos saudáveis e sustentáveis em estabelecimentos parceiros locais, a atividades desportivas, como ginásios e piscinas, ou até atividades lúdicas, tais como museus e teatros.

O segundo projeto, o Quetebá Grows Healthy, desenvolvido pelo Município de Sintra, em estreita parceria com o Ministério da Educação da Guiné-Bissau, a ONG Únika Mixing Cultures, o Laboratório de Nutrição da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Centro de Estudos de Educação da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, propõe a implementação de um plano de ação que visa dotar a comunidade escolar de Quetebá – na cidade guineense de Cacheu – de conhecimentos e ferramentas que lhes permita promover uma cultura ativa e saudável junto das famílias e comunidades locais, sobretudo dos mais vulneráveis. O Quetebá Grows Healthy nasce da experiência obtida no âmbito do Sintra Cresce Saudável – intervenção de promoção de estilos de vida saudáveis em contexto escolar, já reconhecido nacional e internacionalmente - concretizando a disseminação, além-fronteiras, desta metodologia de intervenção e investigação participada de base comunitária. Em termos práticos, o projeto Quetebá Grows Healthy define três eixos de atuação: o desenvolvimento de uma horta escolar que será utilizado para a agricultura de diversos produtos hortícolas; a integração da literacia alimentar no currículo escolar, através da realização de sessões semanais sobre alimentação e nutrição; e a promoção da atividade física junto das crianças, com aulas semanais de educação física.

Este ano, o foco do The Healthy Childhood Challenge tem uma relevância crítica: a infância. Uma saúde deficiente numa idade mais jovem aumenta o risco de desenvolvimento de doenças não transmissíveis no futuro, desde logo a Obesidade. Intervir para ajudar as crianças a manterem um peso adequado é uma forma importante de melhorar a sua saúde, para o resto das suas vidas. Este facto assume particular importância no nosso país, onde cerca de 29,6% e 12% das crianças portuguesas apresentam excesso de peso e Obesidade, respetivamente.

As três melhores e mais inovadoras ideias irão receber 100.000 dólares cada da Novo Nordisk, para colocarem em prática as soluções apresentadas. Em outubro serão selecionados os três vencedores finais, os quais serão anunciados em novembro.

“Saber que temos dois projetos portugueses na lista dos 10 finalistas ao The Healthy Childhood Challenge é, para nós, um motivo de grande orgulho. A prevenção da doença é uma parte fundamental do compromisso social da Novo Nordisk este ano com particular ênfase na infância, que representa uma oportunidade de impacto único para fazer a diferença na saúde das pessoas”, refere Paula Barriga, Diretora Geral da Novo Nordisk Portugal.

O ‘The Healthy Childhood Challenge’ é parte integrante do compromisso e estratégia da Novo Nordisk para o desenvolvimento sustentável, que tem como um dos seus pilares de atuação a prevenção de doenças crónicas, entre as quais a Obesidade. Esta doença é hoje um dos principais problemas de saúde em Portugal, afetando cerca de 28,7% dos portugueses, o que corresponde a mais de 2 milhões de pessoas. E traz impactos a diferentes níveis: no indivíduo, na sociedade e no sistema de saúde – a Obesidade e o excesso de peso representam um custo direto anual de 1,2 mil milhões de euros em Portugal, o equivalente a 0,6% do PIB e a 6% das despesas de Saúde do nosso país.

Conselho Consultivo
A Sociedade Europeia de Emergência Médica, com sede em Portugal, enriquece o seu já excelente Conselho Consultivo, com mais um...

A Sociedade Europeia de Emergência Médica, detém uma imensa proximidade com os Profissionais dos Serviços Médicos de Emergência dos Estados Unidos, e começa já a desenvolver projetos. 
Passa a integrar o Conselho Consultivo da Sociedade Europeia de Emergência Médica:

Jon R. Krohmer, M.D., FACEP, FAEMS é médico/consultor de EMS com mais de 45 anos de experiência em EMS como clínico na rua, educador e líder. É também Professor Associado Adjunto da Faculdade de Medicina Humana da Michigan State University. Aposentou-se recentemente como Diretor do Escritório de EMS da NHTSA no Departamento de Transportes dos EUA e, como Diretor Médico de EMS para o Departamento de Serviços de Emergência do Condado de Caroline (MD).

Exerceu também funções como Administrador Associado Interino da NHTSA para Pesquisa e Desenvolvimento de Programas de outubro de 2018 a janeiro de 2020. Anteriormente, ele foi o Vice-Secretário Adjunto Principal do Escritório de Assuntos de Saúde do DHS e Diretor Médico Adjunto do DHS. Iniciou as suas funções nesse cargo em setembro de 2006 e exerceu o cargo de Secretário Adjunto Interino para Assuntos de Saúde e Diretor Médico de agosto de 2008 a agosto de 2009.

O Dr. Krohmer foi médico assistente e diretor de serviços médicos de emergência (EMS), com residência em medicina de emergência e Departamento de Medicina de Emergência no Spectrum Health Butterworth Campus em Grand Rapids, MI, Professor Associado de Medicina de Emergência na Faculdade de Medicina Humana da Universidade Estadual de Michigan e Diretor Médico EMS dos Serviços Médicos de Emergência do Condado de Kent e foi o Diretor Médico para o Oeste Michigan Metropolitan Medical Response System e o Consórcio da Região 6.

Dr. Krohmer recebeu o seu diploma de graduação no Ferris State College, School of Pharmacy em Big Rapids, Michigan, e é graduado pela University of Michigan Medical School em Ann Arbor, Michigan. Terminou a sua residência em medicina de emergência e EMS Fellowship em Wright Universidade Estadual em Dayton, Ohio.

Jon R. Krohmer, M.D., FACEP, FAEMS é certificado em medicina de emergência e serviços médicos de emergência.

Tecnologia permite otimizar todo o ciclo de desenvolvimento de medicamentos
A Hovione, líder de mercado na tecnologia de spray-drying e em engenharia de partículas, anuncia hoje que alargou a sua oferta...

O equipamento coloca a empresa na vanguarda da indústria farmacêutica mundial já que se prevê que a produção em contínuo venha modificar o panorama de desenvolvimento e produção comercial de medicamentos. A Food and Drug Administration (FDA) – a autoridade do medicamento dos EUA – e o International Council for Harmonization – Conselho Internacional para a Harmonização – lideram uma iniciativa global que promove justamente a produção em contínuo de produtos farmacêuticos.

Esta solução de produção em contínuo de comprimidos garante aos clientes o desenvolvimento mais rápido dos seus medicamentos, com garantias de qualidade e eficácia assentes em processos mais simples, e ágeis, com altos padrões de monitorização da qualidade em todo o processo.

“A Hovione, ao longo da sua história, tem estado sempre focada no desenvolvimento de tecnologias inovadoras que possam beneficiar os clientes e os pacientes. Através deste investimento na produção em contínuo de comprimidos, os nossos clientes podem contar com o nosso apoio para colocar no mercado medicamentos do modo mais célere possível, contando com a máxima qualidade de produção”, comenta Jean-Luc Herbeaux, CEO da Hovione. “Estamos a investir de modo a acelerar a adoção desta tecnologia, ao mesmo tempo que continuamos a apostar na inovação e no alargar da nossa oferta nas nossas áreas de especialização”

“Este investimento na produção em contínuo de comprimidos, desde a I&D até à produção, vem fortalecer ainda mais a gama de serviços da Hovione enquanto CDMO (Empresa de Desenvolvimento e Produção sob Contrato) e responder ao interesse crescente dos clientes” refere Filipe Neves, “Strategic Business Director” da Hovione.

Este investimento recente da Hovione é parte integrante de uma estratégia mais abrangente por parte da empresa, no sentido de implementar capacidades e tecnologias diferenciadoras, para responder às necessidades únicas de cada cliente, na produção de medicamentos de administração oral.

Formato híbrido permite famílias de todo o país participem
Por ocasião do Dia da Grávida, que se assinala 9 de setembro, a BebéVida anuncia a realização de uma nova edição da Maratona da...

Depois de em 2021 a natalidade ter atingido um mínimo histórico desde que há registo e após dois anos marcados pela pandemia, que motivou a passagem para o formato virtual, a BebéVida volta a organizar o evento em formato presencial. Incentivar a natalidade e promover o bem-estar físico e mental das famílias portuguesas são os principais objetivos da 6.ª edição da iniciativa que tem reservadas diversas atividades em especial para as famílias em crescimento.

“Ansiávamos há muito poder voltar a realizar a Maratona da Maternidade no seu modelo original, o formato presencial, que tão importante é para criarmos uma ligação mais próxima com as famílias”, refere Luís Melo, administrador do laboratório português de células estaminais. “A associação Vida Norte foi a entidade que escolhemos para apoiar este ano, que continua a precisar de toda a ajuda possível para dar continuidade à sua missão junto das grávidas em situações de fragilidade”, acrescenta o responsável pela BebéVida.

A caminhada realiza-se no dia 15 de outubro, às 10h00, em Matosinhos. O percurso de 3 quilómetros tem início no Edifício Transparente e vai até à Praia do Molhe, incluindo o regresso ao ponto de partida. Durante e depois da caminhada, haverá vários momentos de exercício físico adaptado a grávidas em que toda a família poderá participar. Todas as atividades físicas serão acompanhadas e monitorizadas por uma equipa de Personal Trainers do ginásio Ideal Korpus.

Nesse mesmo dia, entre as 10h00 e as 18h00, no 2.º piso do Edifício Transparente, vai realizar-se a já habitual Feira da Maternidade, aberta ao público. Mais de 15 empresas das áreas da saúde da mulher, puericultura, alimentação e higiene do bebé, vão estar presentes com sorteios e ofertas, assim como produtos para teste e aquisição. Haverá ainda: um espaço para crianças, com atividades e jogos, dinamizadas pela Gymboree; oferta de massagens para grávidas, promovidas pelo Ideal Korpus e sessões de ecografias 4D, realizadas pela BebéVida.

Quem não puder juntar-se à iniciativa no Porto, pode ainda assim participar na Maratona da Maternidade de forma virtual. As famílias são desafiadas a realizar, individualmente ou em grupo, uma caminhada de 3 quilómetros num local à sua escolha, nos dias 15 e 16 de outubro, e a partilhar uma fotografia nas suas redes sociais, identificando a @bebevida.pt e a @vidanorte.

Para participar, tanto no formato presencial como no virtual, as famílias devem inscrever-se até ao dia 12 de outubro no site da BebéVida, aqui. Ao inscreverem-se, os participantes ficam habilitados a ganhar um cabaz de produtos e serviços dos parceiros do evento.

Os participantes podem adquirir o Kit Maratona, sendo opcional, pelo valor simbólico de 3€, dos quais 2€ revertem a favor da Instituição Particular de Solidariedade Social Vida Norte, que apoia grávidas e bebés em situações de fragilidade nos distritos de Porto e Braga. O Kit Maratona é composto por t-shirt, vouchers e ofertas diversas.

Neurocientista explica
A sociedade em que vivemos leva as nossas emoções ao limite, o que nos põe em estado de alerta e est

O ser humano é naturalmente mau ou a sociedade o corrompe? Essa pergunta filosófica sempre esteve presente na sociedade, existem diversas hipóteses para responder a essa questão, no entanto, não se pode negar o papel da sociedade na moldagem de uma personalidade violenta.

Essa é a tese defendida pelo neurocientista, Fabiano de Abreu Agrela, no seu artigo “Não somos violentos, nossa mente que vive em constante conflito” publicado pela Revista Multidisciplinar de Ciência Latina.

“Estamos em constante conflito mental, temos menos momentos de felicidade e mais momentos de preocupação. Nosso instinto está sempre a colocar-nos em alerta, trazendo memórias negativas que definem nosso posicionamento sobre a situação”.

“O nosso instinto para a sobrevivência tem mecanismos de fuga, ataque ou paralisia e a escolha de qual reação ocorrerá vai de acordo com a personalidade do indivíduo. Alguns partindo para ataques, sendo agressivos”. Afirma no estudo.

Os instintos, a violência e a sociedade

O nosso cérebro é alimentado por diversos instintos advindos da evolução que ficaram submetidos ao cérebro límbico, nossos instintos seguem a lei de causa e efeito ligando ações a reações sejam elas positivas ou negativas.

Esse sistema é altamente influenciado pelo contexto em que se vive, que pode influenciar de forma negativa ou positiva as nossas ações, estar exposto a situações de violência, perigo, tensão e etc., “ensina” o cérebro a lidar bem apenas com emoções negativas.

Por que as pessoas se acostumam e até sentem prazer em assistir notícias sensacionalistas ou trágicas? O cérebro se acostuma a ser influenciado pelo que está a consumir.

A sociedade atual estimula, em certo ponto, as ações violentas e quando estamos movidos pelos impulsos do cérebro límbico o nosso racional perde momentaneamente o controlo das nossas ações, gerando atos agressivos impulsivos.

A influência da sociedade na agressividade humana

A sociedade exerce um importante papel na formação cerebral humana, ela é a responsável por “moldar” o nosso cérebro para lidar com as situações da vida adulta.

Por exemplo, um bebé não nasce com o seu cérebro totalmente formado para enfrentar os desafios da vida adulta, eles vão se formando ao longo do crescimento e podem sim sofrer influência externa.

“Crianças e adolescentes submetidos a episódios de violência desligam involuntariamente partes do cérebro responsáveis pela memória, empatia e emoções. Assim, a capacidade de concentração e de processamento de novas informações fica comprometida, por isso, há tantos adolescentes na rua, usando drogas ilícitas e enfrentando pessoas violentamente”. 

Há diversos fatores e diversas variáveis que influenciam nosso cérebro a ter a fisiopatologia da agressão entre eles, o ambiente externo e aspetos existenciais e evolutivos, nosso sistema límbico é o responsável pelos nossos impulsos motivacionais e pode nos levar a cometer atos de violência, no entanto, a sua ação pode ser mediada através da racionalidade.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Tecnologia anti-flush
A Primark aposta no desenvolvimento da sua primeira gama para a menopausa, com roupa de dormir e roupa interior, feitas com um...

Para além da regulação da temperatura do corpo, este tecido inovador elimina o excesso de humidade, controla o odor e possui um revestimento antibacteriano, que permite à mulher ter uma sensação de frescura durante o dia ou dormir de uma forma mais confortável.

Ann-Marie Cregan, Trading Director da Primark afirma: “Estamos cientes dos vários desafios que a menopausa pode apresentar às mulheres. Como parte do nosso compromisso de apoiar as mulheres em todas as fases da sua vida e enfrentar os tabus do dia a dia, verificámos que os produtos especializados não estavam acessíveis a todos e quisemos mudar isso. Esta gama está há dois anos em desenvolvimento e testes para garantir que criamos produtos inovadores desenhados especificamente para aliviar um dos sintomas mais frequentes associado à menopausa: os afrontamentos. Estamos muito orgulhosos em oferecer às mulheres uma gama que realmente funciona, a preços acessíveis, e esperamos que as ajude a sentirem-se bem e a ficarem bonitas todos os dias”.

A nova coleção inclui 14 peças de roupa de dormir e roupa interior, com preços que variam entre os €8 e os €14 e será lançada em lojas selecionadas em Portugal, neste caso, nas lojas Primark do Braga Parque (Braga), Norte Shopping (Porto), Parque Nascente (Porto), Colombo (Lisboa), UBBO (Amadora, Lisboa) e Loulé (Algarve).

Esta coleção faz parte da marca Primark Cares e é feita com nylon e poliéster reciclados. Como parte do seu compromisso de tornar a moda mais sustentável acessível a todos, 39% da roupa da Primark já é feita a partir de materiais reciclados ou de origem mais sustentável, e o retalhista de moda comprometeu-se a produzir 100% da sua roupa a partir de materiais reciclados ou de origem mais sustentável, até 2030.

Opinião
No dia 7 de setembro, pelo 9.º ano consecutivo, a APN – Associação Portuguesa de Neuromusculares e a

O seu nome está ligado a Guillaume Benjamin Amand Duchenne, um neurologista francês que viveu no século XIX e que fez a descrição mais completa da doença, depois de muitos outros terem feito descobertas microscópicas “pós-mortem” em rapazes afetados. A história desta doença é, para o mundo científico e da investigação em saúde, uma história apaixonante. Talvez pelo facto de, ao longo de mais de 160 anos de pesquisas, ainda não ter sido possível encontrar uma forma de a curar nem de a tratar, apesar da envolvência de muitos dos melhores investigadores de todo o mundo.

A “distrofina”, a proteína em falta, é codificada pelo maior gene do ser humano, com 79 exões. Esta descoberta, foi feita em 1986 por Antony Monaco, um jovem investigador francês que permitiu abrir muitos caminhos para as muitas tentativas de encontrar uma terapia modificadora da doença e eficaz para o seu tratamento. Ao longo dos anos, todas as tentativas falharam e, consequentemente, até hoje não existe cura para ela, embora toda a esperança resida na possibilidade de uma terapia genética, já em ensaios clínicos em várias partes do Globo.

Foi possível, no entanto, aprofundar estudos que permitiram entender melhor o percurso da DMD e chegar a muitas respostas para as tantas questões que têm sido levantadas. Uma das mais colocadas, está relacionada com a afetação apenas do sexo masculino. Nos últimos anos, foram descritas muitas situações de mulheres que, sendo portadoras do gene e, consequentemente, prováveis transmissoras da doença aos filhos do sexo masculino, não apresentavam qualquer sintomatologia. No entanto, através de estudos mais recentes realizados nas consultas multidisciplinares mais completas, que incluem aconselhamento genético e que são cada vez mais importantes na vida destas pessoas, foi possível encontrar muitas mães sintomáticas ou, ainda que muito raras, algumas raparigas portadoras e bastante afetadas pela fraqueza muscular, característica mais evidente da doença.

Por essa razão, o dia 7 de setembro de 2022 mantém como tema principal a sensibilização para a doença, para as suas causas e efeitos, adicionando esta ligação tão importante ao mundo feminino que, afinal, pode representar uma parte importante de um diagnóstico que se quer o mais precoce e completo possível. Apela-se, assim, a todas as mulheres que fiquem atentas ao histórico da família e aos sintomas de fraqueza muscular, de fadiga fácil e de outras dificuldades motoras. Apela-se, também aos decisores, para que criem condições para a abertura de mais Centros de Referência afiliados às Redes de Referência Europeia e da criação de condições para uma verdadeira política de reabilitação, tão importante nestas patologias.

O futuro, esse, só pode ser mais promissor se estivermos atentos! A APN, continua atenta.

 

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Nova unidade de produção
A Fresenius Kabi Portugal vai inaugurar a Primeira Unidade de Compounding Industrial Portuguesa, dedicada à preparação de...

Marcado para o dia 20 de setembro, terça-feira, o evento de inauguração da Primeira Unidade de Compounding Industrial Portuguesa terá lugar no complexo industrial da Fresenius Kabi, em Santiago de Besteiros (Tondela). 

"Orgulhamo-nos de ter a primeira Unidade de Compounding industrial de Nutrição Parentérica em Portugal, qualificada e licenciada pelo INFARMED”, refere Glenn Luís, Diretor Geral da Fresenius Kabi Portugal. Acrescenta ainda que esta unidade “faz parte do projeto de investimento do grupo Fresenius Kabi no âmbito da estratégia para o desenvolvimento e expansão da empresa, contribuindo decisivamente para a melhoria da qualidade de vida dos doentes e criando valor em Portugal, onde conta com mais de 800 colaboradores”.

A nova unidade produtiva, integrada no complexo industrial da Fresenius Kabi Portugal, em Santiago de Besteiros, tem como propósito dar uma resposta inédita ao mercado farmacêutico, privilegiando uma oferta de serviços com a preparação de fórmulas magistrais para nutrição parentérica destinadas a doentes pediátricos e adultos, em regime de internamento hospitalar e domiciliário. “Este projeto foi pensado e construído segundo os mais recentes e elevados padrões de qualidade europeus de Boas Práticas de Fabrico de Medicamentos e com recurso a tecnologia de última geração. Deste modo, os requisitos específicos e complexos associados ao processo de fabrico estão acautelados, como sejam a esterilidade, a isenção de partículas visíveis e outros potenciais contaminantes, a compatibilidade e estabilidade físico-química e a atribuição de um prazo de utilização" conclui Bianca Lucero, Diretora de Produção da Unidade de Compounding.

A Fresenius Kabi passa agora a dispor de um serviço consolidado e completo na área da nutrição clínica, reforçado pela preparação de fórmulas magistrais para nutrição parentérica e ainda por um programa de apoio domiciliário ao doente com nutrição parentérica e entérica Fresenius Kabi, personalizado, continuado e diferenciado. Destina-se a contribuir para uma melhoria da qualidade de vida e conforto do doente dependente de Nutrição Clínica, com a prestação de serviços com rigor e segurança.

Na Fresenius Kabi as pessoas estão em primeiro lugar, por isso, há mais de 20 anos que se unem esforços em Portugal para salvar vidas e aumentar a qualidade de vida dos doentes. O Diretor de Marketing e Vendas, João Carlos Serra, acrescenta que “esta é uma solução inovadora e flexível no mercado nacional, acessível 24 horas, 365 dias por ano. A partir de agora existe a oportunidade única das entidades hospitalares subcontratarem serviços de preparação de fórmulas magistrais para nutrição parentérica à Fresenius Kabi, com disponibilização quer na instituição hospitalar ou no domicílio do doente."

 

 

Profissionais estão divididos entre o risco de cometer um crime de omissão de auxílio aos doentes e um de exposição ou abandono dos filhos menores
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, Pedro Costa, garante que o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora...

O presidente do SE garante que, em alguns casos, a situação é dramática. “Há colegas que, muitas vezes, são confrontados com a necessidade de prolongar a jornada de trabalho, porque faltam enfermeiros para a escala seguinte, mas têm filhos menores e não têm com quem os deixar”, assegura. A verdade, diz Pedro Costa, “é que se o enfermeiro chegar ao fim do turno e perceber que a escala seguinte não está completa e sair tranquilamente, deixando os doentes sem assistência podem estar a cometer um crime de omissão de auxílio”. Porém, recorda, “se deixarem os filhos, menores de idade, sem ninguém que cuide deles para continuarem a trabalhar, podem ser acusados do crime de abandono”. “E a solução não passa, nem pode passar, por trazer os filhos para o serviço, por todos os motivos incluindo o de ficarem expostos aos mais variados riscos que existem num hospital”, conclui o presidente do SE.

A falta de enfermeiros nesta unidade hospitalar, assegura Pedro Costa, já dura há vários meses, em particular nos serviços de Urologia e Internamento Geral e já originou situações caricatas em que enfermeiros que estiveram de baixa prolongada já se apresentaram ao serviço sem nunca terem sido substituídos. “A administração do Amadora-Sintra tem cerca de 100 vagas para preencher na área de enfermagem, em algumas situações há mais de dois anos, e não as conseguem preencher”, acrescenta o presidente do SE. O problema, adianta, é que “até podem existir enfermeiros que se candidatam para o Amadora-Sintra, mas que o fazem também para outras unidades dada a oferta existente. Acabando por optar por outros hospitais, pois ninguém quer trabalhar numa unidade em que sabem que as condições estão muito depauperadas”.

“Desde há muito tempo que há serviços onde os turnos são assegurados apenas por três enfermeiros para 32 doentes, chegando ao limite de, desde o início da pandemia, as próprias enfermeiras em funções de gestão estarem incluídas nas escalas de turno em que nem os rácios mínimos definidos na legislação são assegurados.”, explica o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE. Dos 40 enfermeiros que deveriam estar integrados nos serviços de Urologia e Internamento Geral há menos dez ao serviço. “Seis estão de baixa ou licença de amamentação e quatro em gozo de férias”, frisa, sendo que esta situação vivida é transversal a vários serviços da instituição.

Pedro Costa garante que “é impossível assegurar cuidados de saúde com o mínimo de garantia de segurança, sem aumentar o risco de erro e, sobretudo, sem levar as equipas de enfermagem à exaustão”. “Temos relatos de casos absurdos em que os enfermeiros contam com a benevolência de outros profissionais nomeadamente médicos, que asseguram vigilância dos doentes enquanto os enfermeiros param uns minutos para almoçar ou ir à casa de banho, caso contrário nem isso conseguem fazer”, assegura.

“É uma situação intolerável e que tem de ser resolvida de forma urgente, pois é a própria segurança dos doentes que está em risco”, sustenta Pedro Costa. Que recorda que “há mínimos legais em termos de recursos humanos que têm de ser assegurados, e os rácios estão bem definidos em legislação própria, e que, ao que nos tem sido denunciado, não estão a ser minimamente cumpridos”. Por isso, sustenta, “é muito expectável que comecem a ser entregues declarações de exclusão de responsabilidade, porque os colegas têm noção que já não estão a conseguir prestar os cuidados de saúde adequados aos doentes”. “É um grito de alerta para aquilo que é uma manifesta falta/má gestão de recursos humanos e que, no limite, podem vir a ser diretamente responsabilizados pelo incumprimento de obrigações que já não conseguem assegurar”, adverte.

O Sindicato dos Enfermeiros – SE irá solicitar informações adicionais à administração do Amadora-Sintra e, em função das respostas obtidas, fazer uma exposição para o Ministério da Saúde, para que sejam adotadas medidas urgentes para resolver esta constante falta de recursos humanos. “Os enfermeiros estão a efetuar horas extraordinárias sucessivas mesmo não querendo, contribuindo ainda mais para o desgaste e desmotivação das equipas, que são constantemente obrigadas a seguir turno, por falta de elementos na escala seguinte”, conclui Pedro Costa.

Especialistas reúnem-se para discutir Nefrologia em Cuidados de Saúde Primários
O Serviço de Nefrologia do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) e o ACES de Sintra (Unidade de Saúde Dom Fernando...

“A reunião integra-se na estratégia do Serviço de Nefrologia do HFF de promover a acessibilidade à especialidade e colaboração com os cuidados de saúde primários, bem como a promoção de cuidados de saúde renal”, afirma Fernando Domingos, diretor do Serviço de Nefrologia.

Destinada a profissionais do ACES de Sintra e da Amadora, a reunião tem como temas principais a Gestão de Doença Renal Crónica; a Referenciação para a Consulta de Nefrologia via ALERT; e Consensos em Patologia Renal, abordando temáticas como a Nefropatia Diabética, a Hipertensão e Doença Renal Crónica, Fármacos e Rim e Litíase Urinária.

A Primeira Reunião do Rim ficará ainda marcada pela divulgação do protocolo de articulação entre o Serviço de Nefrologia e o ACES Sintra. Ana Lorena Pires, nefrologista do Serviço de Nefrologia do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), vai fazer a apresentação do referido protocolo, intitulado “Identificação precoce da doença renal crónica e critérios de referenciação para a Consulta de Nefrologia”.

Mais informações e inscrições através do email: sintra.formacao@arslvt.min-saude.pt

 

Integração dos Optometristas nas equipas multidisciplinares é uma solução
No seguimento das notícias publicadas recentemente sobre os tempos de espera para consultas em várias especialidades, a...

Esta situação catastrófica pode ser evitada. Basta que sejam implementadas as soluções estudadas com recursos humanos formados em Portugal. Estas soluções estão apontadas pela iniciativa da Organização Mundial de Saúde “Cuidados da Visão no Serviço Nacional de Saúde” e “Cuidados para a Saúde da Visão: Estudo para a Universalização de Cuidados de Saúde da Visão em Portugal”, com recomendações concretas, de evidência científica, sobre a integração, prática, estrutura e recursos humanos disponíveis em Portugal.

A reorganização com implementação de cuidados primários para a saúde da visão, integração dos Optometristas nas equipas multidisciplinares e intervenções terapêuticas em proximidade e na comunidade são o caminho que já se encontra provado como uma solução para reduzir as maiores listas de espera na saúde a zero.

De outra forma, não será possível atingir o aumento no acesso a cuidados refrativos em 40% e a cirurgia à catarata em 30% até 2030, conforme compromisso do Governo Português em Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde e da Organização das Nações Unidas.

 

 

Saúde oral
Uma higiene oral adequada está diretamente ligada a uma correta remoção do biofilme, através da

Segundo o barómetro da saúde oral de 2021 da Ordem dos Médicos Dentistas, 76,2% afirma escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia. No entanto, a maioria dos pacientes não escova o tempo suficiente, nem aplica a técnica e pressão correta com a escova.

As escovas mais utilizadas são a manual e a elétrica. A escova manual é um dispositivo simples que é facilmente aceite e acessível para a maioria das pessoas. A escova elétrica foi desenvolvida com o objetivo de melhorar e facilitar a higiene oral dos pacientes.

A literatura não tem sido consensual relativamente à escova mais eficaz. Alguns autores referem que não há dados suficientes no que refere à superioridade de uma escova eléctrica quando comparada com outro a escova manual. Isto pode ser explicado pelo facto, de quando avaliamos a eficácia da escovagem, é necessário considerar que, para além das características da escova, a técnica utilizada por cada pessoa também pode influenciar a remoção da placa bacteriana.

Por outro lado, diversos estudos realizados nos últimos três anos, mostram que a escova elétrica é mais eficaz na remoção da placa bacteriana e da gengivite. Elkerbot e colaboradores em 2019 concluíram que a remoção da placa bacteriana é de 42% para a escova de dentes manual e de 46% para a escova de dentes elétrica. E, em 2021, Ccahuana-Vasquez e colaboradores, referem que a vibração da escova elétrica reduz significativamente a presença de placa bacteriana e consequentemente, a inflamação gengival, quando comparada com a escova manual.

Ambos são métodos de escovagem eficazes, se utilizados com a técnica de escovagem correta, existindo uma pequena mas significativa diferença nos resultados dos recentes estudos a favor da escova elétrica. Independentemente do modo de ação, a escova elétrica é mais eficaz na redução da placa bacteriana quando comparada à escova manual, sendo que a vibração e o número de movimentos por minuto podem ser uns dos motivos pelos quais esta é mais eficaz.

Vantagens da Escova Elétrica:

  1. Tamanho das cerdas – são menores, o que permite chegar a partes dos dentes que as escovas não conseguem;
  2. Fácil utilização;
  3. Vários modos de escovagem;
  4. Sensor de pressão;
  5. Temporizador;
  6. Lembretes para substituir cabeça da escova (modelos mais recentes).

A escova eléctrica pode ser utilizada por qualquer pessoa, mas normalmente é recomendada para situações específicas, tais como, pacientes com pouca destreza manual, com aparelho ortodônticos e com dificuldades em manter um bom controlo de placa bacteriana, pacientes com sinais de escovagem traumática ou que estejam poucos motivados para os hábitos diários de higiene oral.

Relembre-se que a escolha da escova mais adequada para cada pessoa depende de uma série de fatores, como tal, deve aconselhar-se com o seu higienista/médico dentista sobre qual será a mais indicada para as suas necessidades.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O projeto é promovido pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-NOVA)
Depois das três edições, que reuniram a participação de mais de uma centena de associações de doentes, a Academia para a...

A quarta edição do projeto é lançada com um evento que se irá realizar na Escola Nacional de Saúde Pública, no dia 16 de setembro, pelas 14h30. Nesta sessão serão apresentadas as linhas gerais que estruturam a nova edição do projeto e será promovida uma reflexão/discussão em torno de temáticas como a participação pública em saúde e alguns dos desafios que atravessam o sistema de saúde português e que têm sido sinalizados pelas Associações de Doentes.

A quarta edição inclui diversas atividades, entre as quais o já habitual programa de capacitação, que decorrerá entre setembro e novembro deste ano (a inscrição é gratuita, mas implica o preenchimento prévio do formulário disponível aqui). Estão previstas muitas outras atividades, que decorrerão até junho de 2023. A Academia dirige-se primariamente aos membros das associações, mas pretende também alcançar outros atores, fomentando o diálogo colaborativo e contribuindo para dar voz às associações de doentes. As inscrições são gratuitas e já estão disponíveis aqui

Capacitar, implementar, dialogar e influenciar são os quatro eixos deste projeto, que se concretizam na realização de seminários, visitas de campo e outras iniciativas análogas que vão fomentar a discussão em torno de temas atuais e do interesse das associações de doentes, com o objetivo de agitar consciências e de promover a mudança por um sistema de saúde no qual todas as vozes sejam efetivamente ouvidas e atendidas.

Para implementação do projeto, a ACAD-Ativos pela Saúde conta com uma equipa de formadores diversificada, que reúne académicos, políticos, entidades públicas e privadas, investigadores e profissionais de diferentes áreas de conhecimento. 

De acordo com a atual coordenadora do projeto, Ana Rita Oliveira Goes,“a participação pública em saúde ainda está longe de ser uma realidade em conformidade com o enquadramento legal e constitucional que existe em Portugal. Importa, por todas as razões, ouvir doentes, cuidadores/as, associações que os/as representem e criar lugares de fala e de escuta ativa, a partir dos quais estas pessoas possam ter uma voz e ver respondidas as suas questões, necessidades e preocupações. Acreditamos que a ACAD-Ativos pela Saúde, no caminho que tem feito, e naquele que se propõe continuar a fazer, vem contribuir não só para criar esses lugares horizontais de fala e de escuta, entre doentes, profissionais e decisores políticos ou na área da saúde, mas também para garantir que o sistema de saúde português continua a melhorar continuamente na qualidade e na celeridade dos cuidados prestados, sem nunca esquecer ou secundarizar a realidade de quem (con)vive com a doença”, conclui.

André Vasconcelos, Diretor-Geral da Roche em Portugal, corrobora a ideia de que “é fundamental continuar a empoderar os doentes e as associações que os representam no exercício da sua cidadania de saúde”. “Ter o cidadão no centro do sistema não pode ser apenas um chavão. Porque todo o sistema de saúde só faz sentido para servir os doentes, os cuidadores, os utentes e utilizadores. Na Roche, sentimos que é também nossa a responsabilidade de contribuir para esta capacitação. É fundamental apoiar as associações de doentes, ajudá-las a aplicar o conhecimento que têm na construção dos processos de decisão. Em prol de um sistema de saúde mais humano e humanizado”.

As sessões de capacitação têm início a 22 de setembro e decorrem ao longo dos meses de outubro e novembro deste ano, nesta primeira fase. 

A abertura de inscrições para as restantes iniciativas, no âmbito da Academia, será comunicada a partir das páginas institucionais da ACAD, da ENSP-NOVA e da Roche, bem como através das respetivas redes sociais.

Para mais informações consultar: https://linktr.ee/acadativospelasaude

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