Promover a bondade pode combater violência e Bullying
O Ispa – Instituto Universitário vai promover esta 5ªfeira, dia 22 de setembro, uma Conferência com o tema “Becoming kind:...

A Conferência enquadra-se no ciclo de conferências previstas para o ano letivo de 2022-23, que vão ter lugar nas instalações do Ispa-Instituto Universitário.

Por que razão há crianças que prejudicam outras, e crianças que revelam preocupação com os outros desde tenra idade?

A primeira infância é um momento de transformação e crescimento, o que torna fundamental promover o carinho e o compromisso durante esse período, bem como reduzir a agressão, a vitimização e a exclusão.

Tina Malti, que é também a atual presidente da Sociedade Internacional para o Estudo do Desenvolvimento Comportamental (ISSBD), vai apresentar resultados da sua investigação sobre como as dimensões da bondade se desenvolvem nos primeiros anos e como elas estão ligadas às orientações pró-sociais. Também estarão em foco ao longo da Talk, novos insights sobre o desenvolvimento de orientações gentis nas crianças, para além da empatia e do retorno positivo para a criança.

A psicóloga e investigadora tem dedicado a sua atividade a criar e testar intervenções que ajudem as crianças a superar os efeitos negativos da exposição ao trauma e à violência e a cultivar a bondade e os valores éticos.

Numa altura em que se discute o impacto do confinamento durante a pandemia de covid-19 na infância, os relatos de problemas emocionais e comportamentos agressivos têm sido uma constante. O Observatório Nacional de Bullying, em 2021, recebeu cerca de 82 denúncias de atos de bullying, praticados por crianças com uma média de idades de 13 anos.

Tina Malti é professora de psicologia e diretora fundadora do Laboratório de Desenvolvimento e Intervenção Sócio-emocional da Universidade de Toronto, bem como do Centro de Desenvolvimento Infantil, Saúde Mental e Política da mesma instituição. É a atual presidente da Sociedade Internacional para o Estudo do Desenvolvimento Comportamental (ISSBD). É também psicóloga clínica registada no Canadá e membro da Association for Psychological Science e da American Psychological Association (Divisão 7, Psicologia do Desenvolvimento, bem como da Divisão 53, Psicologia Clínica da Criança e do Adolescente).

 

Apresentação dia 23 de setembro
Em antecipação do Dia Mundial do Pulmão, que se assinala a 25 de setembro, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia apresenta, no...

O estudo, conduzido pela Spirituc, revela que mais de 70% dos portugueses nunca ouviu falar de DPOC e que, mesmo no subgrupo de fumadores, há um grande desconhecimento sobre a doença, fatores de risco, sintomas, método de diagnóstico e impacto na qualidade de vida e na mortalidade. Foi concluído que a perceção da gravidade desta doença pela população não corresponde de todo à realidade com 8% dos inquiridos a considerar que a DPOC não provoca morte.

Cumprindo a sua missão de informar e sensibilizar a população para as doenças respiratórias, a SPP lançou a campanha DPOQuê?, que conta com a colaboração de Herman José. Com a divulgação de um vídeo de sensibilização e a distribuição de cartazes por várias cidades do país, pretende-se, com esta campanha, não só alertar para as principais causas da doença – entre as quais se incluem o tabaco e a exposição à poluição atmosférica – como para os seus principais sintomas:  falta de ar, tosse, cansaço e limitação física para a realização de tarefas simples quotidiano.

 

 

 

 

Filme de sensibilização lançado a propósito do Dia Mundial da Retina
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) e o Grupo de Estudos da Retina (GER), com o apoio da Roche, lançam, a partir de...

“Inquéritos realizados na população americana mostram que a perda de visão é um dos acontecimentos de saúde com maior impacto e gravidade para os doentes, preferindo muitos dos afetados perder um membro do que a visão”, refere Ângela Carneiro, Presidente do GER. Mas apesar de existir forma, através de um diagnóstico precoce, de travar a perda de visão, as doenças da retina continuam a roubá-la.

Rufino Silva, Presidente da SPO, reforça que, “pela sua prevalência e sobretudo pela possibilidade de causarem perda de visão e cegueira irreversíveis, a degenerescência macular da idade (DMI) e a retinopatia diabética devem merecer uma atenção muito particular. De facto, estas duas doenças são as principais causas de perda grave de visão e de cegueira em Portugal.”

Tanto a SPO e o GER deixam algumas notas importantes acerca da DMI: é uma doença em que, com a idade, ocorre uma deterioração progressiva das células existentes na retina, responsáveis pela nossa visão de pormenor, afetando indivíduos com mais de 50 anos, mas cuja prevalência aumenta com a idade, de modo quase exponencial.

Durante anos, a DMI pode permanecer assintomática ou apresentar sintomas discretos como alguma dificuldade de leitura - algo difícil de valorizar numa população mais idosa. Com a evolução para estádios mais avançados, podem ocorrer perdas visuais geralmente mais marcadas num dos olhos e de início relativamente súbito, distorção das imagens e manchas fixas no campo visual, que geralmente interferem com a visão central. Quando isto acontece, deve ser motivo de alerta para procurar uma consulta de oftalmologia num prazo de dias.

Já a retinopatia diabética, explica Ângela Carneiro, “é o conjunto de lesões que podem surgir na retina das pessoas com diabetes” e é “a primeira causa de cegueira na população portuguesa entre os 20 e os 70 anos”, existindo “cerca 360.000 portugueses com lesões na retina que resultam da diabetes”.

“De facto, um diabético nunca deve esperar pelos sinais ou sintomas da doença para ir ao médico oftalmologista ou fazer o rastreio. O diabético tipo 2 deve consultar o médico oftalmologista ou fazer um rastreio logo após o diagnóstico da diabetes; já o diabético tipo 1 deve ter uma primeira consulta oftalmológica 5 anos após o diagnóstico. O acompanhamento contínuo é fundamental.”, confirma ainda Rufino Silva.

Com prevenção e o tratamento atempado, os especialistas reforçam que se consegue evitar mais de 90% da perda grave de visão e da cegueira.  Contudo, esses números estão longe de ser alcançados uma vez que muitos doentes só procuram ajuda em fases avançadas da doença - algo que se agravou depois da pandemia de Covid-19.

Seja a retinopatia diabética ou a DMI, “a saúde ocular é um bem demasiado precioso para que não o cuidemos adequadamente: todas as pessoas com estas doenças da retina devem ser observados pelo médico Oftalmologista, ou no caso da diabetes podem efetuar o rastreio da retinopatia diabética através do seu Médico de Família, sendo orientados para o Médico Oftalmologista, se necessário”, defende Rufino Silva.

Ângela Carneiro aconselha, por isso que: “todos os indivíduos - mas sobretudo os acima dos 50 anos - deviam ser observados por Oftalmologia. Consciencializar as pessoas é uma das melhores maneiras de detetar doentes em risco de perda visual. Por outro lado, um doente consciente dos seus riscos e opções consegue, com mais facilidade, fazer um seguimento adequado e estar atento ao desenvolvimento de sintomas”.

Recrutamento de talento
A Ferring Pharmaceuticals, grupo líder em medicina reprodutiva e saúde materna, que tem vindo a desenvolver tratamentos para...

Após o seu lançamento em Portugal, em 2020, o Ferring Service Center apresenta-se agora ao mercado abrindo as portas do seu novo escritório, situado em Oeiras, no Lagoas Park. Segundo Cristiano Ferreira, diretor-geral do centro de serviços, o sucesso alcançado no recrutamento de talento tem motivado um progressivo investimento da farmacêutica, justificando a necessária mudança para as novas instalações e confirmando os méritos do nosso país.

Cristiano Ferreira explica que “a implantação da Ferring em Portugal teve em conta uma avaliação rigorosa com base em diferentes critérios, desde logo factores de crescimento como a elevada qualificação dos talentos e a qualidade do ensino superior no país. Outros fatores que foram tidos em conta estão relacionados com a mentalidade empreendedora dos portugueses e, naturalmente, a qualidade e o bem-estar que o país proporciona”.

O centro de serviços tem atualmente cerca de 180 colaboradores, dos quais 70% são profissionais em diferentes áreas das tecnologias da informação com funções de âmbito internacional. Os restantes colaboradores estão integrados em equipas e estruturas globais, trabalhando nas áreas de compras, assessoria legal e recursos humanos, entre outras. No último ano, a estrutura da Ferring Service Center duplicou, diversificando as suas competências com a integração de uma nova equipa dedicada à gestão de serviços financeiros nos diferentes países da Europa onde a Ferring está presente.

Beatriz Pérez, diretora de recursos humanos, afirma que o percurso de crescimento do centro de competências ainda não terminou, continuando a Ferring empenhada em atrair os melhores talentos em diferentes áreas, com destaque para as tecnologias da informação, tendo atualmente mais de 20 processos de recrutamento a decorrer.

Para Beatriz Pérez, “quem procura desafios profissionais que envolvam mudança, integração e colaboração com equipas internacionais e multiculturais, assim como fazer parte de um projeto dedicado a ajudar pessoas e famílias a viverem mais felizes e saudáveis, o Service Center é a aposta certa. Da mesma forma que cada colaborador contribui para melhorar a qualidade de vida de pacientes espalhados por todo o mundo, na Ferring também cuidamos das nossas pessoas – People Come First at Ferring”.

Regresso às aulas e prevenção do bullying
Milhares de crianças em todo o país estão a começar um novo ano letivo.

A psicóloga do IVI Lisboa, salienta que “havendo cada vez mais modelos familiares diferentes, como o homoparental ou os formados por mães solteiras por opção, é preciso pensar que as crianças vão encontrar algumas diferenças com outros colegas, pelo que é importante dotá-las de ferramentas para enfrentar esta situação".

Filipa Santos alerta que a estigmatização das famílias na nossa sociedade tem um impacto negativo no bem-estar emocional das crianças. Por essa razão, sublinha que “todos somos responsáveis e potenciais agentes dessa mudança social que precisa de ter continuidade e de ser consolidada, por forma a que seja possível criar ambientes seguros e construtivos para as nossas crianças se desenvolverem de forma harmoniosa numa sociedade que é plural”.

Para ajudar as famílias, os educadores e professores a incorporar estas mensagens e realidades nas crianças, há uma série de dinâmicas de jogo que podem ser feitas desde cedo e assim prevenir possíveis problemas emocionais no futuro devido à falta de compreensão da realidade familiar da criança. Por isso, para ajudar todos neste processo, Filipa Santos deixa algumas dicas para a construção de famílias de todos os tipos. "Através da criatividade e da imaginação, com estes jogos podemos ajudar a normalizar novos modelos familiares para que as crianças construam e compreendam pouco a pouco a realidade que as rodeia", explica a psicóloga.

Ferramentas sociais para os mais pequenos

Criar famílias

O jogo consiste em imaginar como é a família da criança com um desenho onde todos os membros aparecem e, em seguida, explicar quem são cada um deles no núcleo familiar. Desta forma, as crianças vão estar mais preparadas para explicar a sua família na escola quando questionadas sobre a família. Também podem ser usadas bonecas para construir famílias de todos os tipos e explicar outros núcleos familiares diferentes dos seus, como famílias divorciadas, crianças adotadas ou famílias com pai e mãe.

Procurar outras referências

Nos filmes e desenhos animados podemos encontrar muitas famílias diferentes que ajudam a refletir sobre diferentes realidades. É comum que apenas um dos pais apareça, ou, nos mais recentes, um par de mães, por exemplo. Estas explicações devem ser sempre dadas de forma natural e com exemplos e realidades próximas do dia a dia que as ajudam a ver que estas famílias se amam da mesma forma que as suas, independentemente dos membros que as integram. Este mês, e pela primeira vez, a famosa porquinha Peppa Pig, apresentou um episódio no Reino Unido com uma família com duas mães.

A hora do conto

Nas escolas é comum haver momentos dedicados à leitura de livros. Muitas vezes até são os pais que vão à sala de aula contar uma história. Sendo a nossa sociedade plural, essa pluralidade também está retratada nos livros. Um livro é sempre uma boa escolha para ajudar a explicar que existem modelos de família diferentes, seja com casais do mesmo sexo ou com mães sozinhas que recorreram a clínicas de fertilidade.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
24 de setembro
Os resultados finais do “MENU– Macroalgas Marinhas: receitas alternativas para uma dieta nutricional diária”, um projeto que...

Para além da apresentação dos resultados, a equipa científica e as empresas parceiras do projeto oferecem uma degustação dos produtos alimentares desenvolvidos, aberta à comunidade. A inscrição é gratuita, mas obrigatória em: https://forms.gle/4yuQNomLVQ9xXnu29

Coordenado por Ana Marta Gonçalves, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), o projeto MENU foi desenvolvido ao longo de três anos em parceria com a Universidade de Aveiro e as empresas Ernesto Morgado S.A. e Lusalgae.

O MENU oferece aos consumidores uma dieta rica e saudável, com elevado valor nutricional, tirando partido das várias propriedades das macroalgas marinhas, por exemplo, antibacterianas, antidiabéticas, antioxidantes e anticancerígenas. O que distingue este projeto é a utilização completa das macroalgas e não apenas extratos, como se verifica em várias indústrias.

«As macroalgas apresentam muitos benefícios para a saúde humana. Por isso, a nossa aposta passou por utilizar a alga como um todo, de modo a que os nossos produtos tenham todas as biopropriedades, garantindo os efeitos benéficos para o consumidor», afirma a coordenadora do projeto, Ana Marta Gonçalves.

Este projeto foi financiado pelo Fundo Azul – um mecanismo de incentivo financeiro da Direção-Geral de Política do Mar destinado a apoiar a investigação científica – e pretendeu também dar resposta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, contribuindo para a produção e consumo de produtos sustentáveis e melhoria da nutrição.

 

Formação e estágio
Pelo segundo ano consecutivo, a Skymedical é parceira da Girl MOVE Academy. Esta relação surge no âmbito da “Responsabilidade...

A Girl MOVE Academy destaca-se por ser uma Academia de Liderança Grassroots, que adota um modelo de educação inovador e potenciador de transformações sustentáveis no mundo, concretizadas através da igualdade de género e do empoderamento de jovens mulheres. O sucesso da academia traduziu-se na distinção com o Prémio UNESCO 2021 para a Educação de Mulheres e Raparigas, assim como no estabelecimento de várias carreiras de sucesso e parcerias com múltiplas entidades.

Os programas educativos da organização apresentam uma elevada taxa de empregabilidade e abrangem vários níveis de escolaridade. As inscrições podem ser feitas até ao dia 30 de outubro através do seu site oficial: https://www.girlmove.org/pt/pagina-principal/.

 

Iniciativa internacional quer garantir o acesso global a tratamentos
Acaba de chegar a Portugal o Biotech Social Pact, uma iniciativa internacional lançada nos EUA e que conta já com mais de...

Em Portugal, o pacto, que tem como objetivo fazer com que todos os doentes tenham acesso aos melhores tratamentos disponíveis, foi assinado por 14 líderes de empresas e investidores das ciências da vida e biotecnologia e entregue a António Costa Silva, Ministro da Economia do Mar, no BIOMEET 2022, evento promovido pela Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO).

Na apresentação do pacto para o mercado português, John Crowley, um dos primeiros signatários norte-americanos, lembrou que “a biotecnologia é sinónima de esperança” e que hoje em dia “já não é aceitável dizer-se a um doente que não há nada que a medicina possa fazer por ele”, sendo imperial mudar o paradigma através de uma pesquisa constante e inovadora.

António Costa Silva, Ministro da Economia e do Mar, assinalou que “Portugal tem uma oportunidade dourada para desenvolver uma fileira do conhecimento para o futuro”. “Acreditamos piamente no setor da biotecnologia”, realçou, referindo que é importante “desenvolver uma política industrial para a saúde em Portugal”, com maior atração de financiamento. Neste contexto, o Biotech Social Pact “passa uma mensagem fortíssima”, em que é essencial “compatibilizar a saúde das empresas, com capacidade de produzir medicamentos, com o bem público”. Destacou, ainda, que 80% das patentes dos últimos 10 anos são em biotecnologia, algo que “demonstra a validade do setor”.

A P-BIO foi a responsável pela adaptação da iniciativa em Portugal, a que se juntaram 14 líderes nacionais. Filipe Assoreira, chairman da P-BIO, foi quem apresentou o Biotech Social Pact em Portugal e sublinhou que “a biotecnologia está a trazer inovação para Portugal”. “Portugal já começou a participar, mas pode acelerar”, com um maior contributo para a indústria nacional, sendo que este novo compromisso pode ser um passo para que Portugal “seja um player relevante no setor da biotecnologia a nível internacional”.

Julien Patris, Membro do Steering Committee do Biotech Social Pact, acrescentou que se pretende “criar um ecossistema forte e resiliente”, que “una os vários stakeholders”, de forma a que “todos falem a mesma língua”. Anant Murthy, também um dos fundadores da iniciativa, realçou que “as doenças não têm fronteiras, pelo que a inovação também não deverá ter”, destacando o papel que Portugal poderá ter neste contexto.

Todos os anos, a P-BIO promove o BIOMEET, evento anual dedicado à discussão do setor da biotecnologia, e que se realizou, nesta edição, no Templo da Poesia, em Oeiras, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras. O evento contou com vários painéis, incluindo a mesa redonda “O compromisso do sector biotecnológico Português para inovação, saúde e crescimento”, apresentação de casos de sucesso, uma pitch session, debate sobre o papel dos clusters em Biotecnologia e uma sessão dedicada ao bioinvestimento, onde foram apresentados 11 startups biotecnológicas nacionais a levantar investimento.

SPAIC retoma congressos presenciais
Decorre de 6 a 9 de outubro, no Centro de Congressos do Hotel Porto Palácio, a 43.ª Reunião Anual da SPAIC, com um programa...

“É absolutamente crucial colocar-se os doentes no centro de toda a abordagem imunoalergológica: da investigação à prevenção, abordagem terapêutica e reabilitação. Não se trata apenas de saber ouvir os doentes, mas integrá-los na definição de estratégias de prevenção e tratamento, nas suas diferentes vertentes, num equilíbrio entre cuidados orientados por dados e cuidados centrados no doente. Trata-se também de procurar ajustar as nossas abordagens de investigação para que os doentes sejam integrados na co-criação, desenho e proposta de estudos de pesquisa científica. De Patient-reported outcomes para investigação e tratamento, a trajetos integrados de doentes; de “clubes de doentes” a Research co-design in health”, explica Luís Taborda Barata, presidente de honra da Reunião Anual da SPAIC.

Para Manuel Branco Ferreira, “o tema desta nossa reunião anual reflete a cada vez maior importância de os doentes estarem 100% envolvidos nas decisões terapêuticas individuais, que devem ser adaptadas sempre de acordo com os objetivos que cada doente pretenda conseguir atingir”. O presidente da SPAIC refere ainda que “não nos podemos esquecer do papel das associações de doentes na promoção dos cuidados de saúde e na pressão política e social em prol dos doentes, também cada vez mais um papel central, como se pôde constatar com o caso da comparticipação a 100% para os dispositivos de adrenalina autoinjetável”.

Para mais informações sobre o congresso consulte https://www.spaic2022.com/

 

Dia Mundial da Doença de Alzheimer
Há cerca de um ano atrás, a propósito do mês da Doença de Alzheimer, escrevia sobre os sinais de ale

Este slogan remeteu-me de imediato para as Consultas de Geriatria onde tantas pessoas assisto com demência, habitualmente acompanhados pelos seus familiares e cuidadores. E são vários os problemas valorizados nesta consulta nas pessoas com demência e suas famílias!

Acreditando que o reconhecimento destes problemas possa ser o ponto de partida para a mudança, importa então refletir sobre eles, por vezes pondo o “dedo na ferida” e admitindo até a insuficiência dos nossos serviços de saúde e sociais, do coletivo ao profissional individual.

Na Consulta de Geriatria é comum encontrar doentes com demência há vários anos e que nunca receberam o diagnóstico; por vezes, já tomam anti-demenciais há largos anos e nunca o doente ou a família ouviram falar de demência; contudo, confessam muitas vezes que “já desconfiavam” …. Numa prática clínica ainda paternalista, a omissão do diagnóstico, em vez de protetora, pode ser adversa. Sem diagnóstico, não se antecipam problemas nem se prepara o futuro. Quando os problemas surgem, são ainda mais traumáticos do que se fossem esperados. Da mesma forma, a implementação de estratégias de manutenção das capacidades cognitivas remanescentes fica comprometida pela falta de um objetivo claro. É fundamental ultrapassar o tabu do diagnóstico da demência e treinar a comunicação do diagnóstico, aproveitando o momento para explicar a história natural da doença, o tipo de complicações que podem surgir, mas também as estratégias existentes para as minorar. E nesse momento, manifestar o nosso apoio, seja no momento ou mais tarde.

Os profissionais de saúde que acompanham doentes com demência podem informar os cuidadores sobre as possíveis alterações de comportamento, desde a apatia à agitação, as alterações alimentares e nutricionais, as alterações do ritmo circadiano como a insónia e a inversão do ciclo sono vigília, etc…  Informar sobre o prognóstico da demência não deve ser encarado como o vaticínio de uma tragédia! Antes, deve ser visto como uma oportunidade preventiva e o incentivo para a aquisição de competências específicas que facilitem enfrentar os problemas quando eles se instalam.

Os doentes com demência frequentemente apresentam doenças crónicas que podem interferir com a função cognitiva; por outro lado, o controlo das doenças crónicas pode ser condicionado pela existência da demência. As pessoas idosas com demências e várias outras doenças beneficiam inequivocamente de serem seguidas numa Consulta de Geriatria, em que diagnósticos e tratamentos são conciliados no sentido do melhor equilíbrio, cognitivo e funcional. Muitos desafios diagnósticos decorrem dos problemas de comunicação das pessoas com demência ou mesmo da sua incapacidade para interpretar sintomas, sejam eles físicos ou psicológicos e emocionais. No entanto, a descoberta de uma doença médica e seu tratamento podem ser fundamentais para melhorar o bem-estar da pessoa com demência. O médico Geriatra com uma visão geral do doente como um todo está privilegiadamente posicionado para diagnosticar e tratar.

Na Geriatria valoriza-se a multidisciplinaridade das intervenções, por forma a oferecer uma abordagem holística dos problemas, metodologia capital na gestão do doente com demência. De facto, vários profissionais de saúde Juntos, podem fazer muito! Lamentavelmente nos dias de hoje, o acesso à estimulação cognitiva, à terapia ocupacional e à atividade física adaptada são ainda privilégios dos mais afortunados, e não uma prática generalizada. A mobilização de recursos sociais é por vezes tão complexa que muitos idosos ficam privados de necessidades básicas de sobrevivência. 

Sendo a qualidade de vida e o bem-estar os objetivos primordiais da Geriatria, na trajetória do doente com demência nalgum ponto será considerada a sua segurança e de terceiros. Verdadeiros dilemas éticos têm de ser encarados de forma pragmática como continuar a conduzir, permanecer em casa ou sair à rua sozinho, entre outros. Estes são temas frequentemente avaliados numa Consulta de Geriatria, como forma de garantir o melhor interesse do doente, que não raramente passa também por olhar para o cuidador e dar a mão em momentos de sobrecarga física e emocional.

Resta-me desejar que pelo menos daqui a 10 anos a maioria dos idosos com demência tenham acesso a uma Consulta de Geriatria, como acontece em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, entre outros.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo Mayo Clinic
Os cálculos renais podem causar dores lancinantes, estando associados à doença renal crónica, osteoporose e doença...

Mudanças na dieta são frequentemente prescritas para prevenir cálculos renais sintomáticos recorrentes. No entanto, há poucas pesquisas disponíveis sobre estas mudanças para aqueles que tiveram um único incidente de formação de cálculos renais em comparação com aqueles que têm incidentes recorrentes.

Os investigadores da Mayo Clinic desenvolveram um estudo prospetivo para investigar o impacto das mudanças na dieta. Os resultados mostram que o enriquecimento de dietas com alimentos ricos em cálcio e potássio pode prevenir os cálculos renais sintomáticos recorrentes. Frutas ricas em potássio incluem banana, laranja, toranja, melão e damasco, enquanto os legumes incluem batata, cogumelo, ervilha, pepino e curgete.

Os investigadores incluíram a dieta a 411 pacientes que tiveram cálculos renais sintomáticos pela primeira vez e a um grupo de controle de 384 pessoas, todos tratados na Mayo Clinic em Rochester e na Flórida entre 2009 e 2018. Os resultados, publicados na revista médica Mayo Clinic Proceedings, mostram que dietas com pouco cálcio e potássio e pouca ingestão de líquidos, cafeína e fitato, estão associadas com uma maior probabilidade de incidência de cálculo renal sintomático pela primeira vez.

Dos pacientes que tiveram cálculos renais pela primeira vez, 73 apresentaram cálculos recorrentes em uma média de 4,1 anos de acompanhamento. Uma análise mais aprofundada descobriu que níveis mais baixos de cálcio e potássio na dieta previam a recorrência.

“Essas descobertas relacionadas à dieta podem ter uma importância especial porque as recomendações para prevenir cálculos renais têm sido baseadas principalmente em fatores dietéticos associados à incidência pela primeira vez e não na formação recorrente de cálculos”, diz o autor sénior do estudo Andrew Rule, nefrologista da Mayo Clinic. “Os pacientes podem não querer ajustar a dieta para evitar a incidência de cálculos renais, mas provável que o façam se isso ajudar a prevenir a recorrência.”

Segundo o estudo, a ingestão de menos de 3.400 ml por dia (ou seja, cerca de dezassete copos de 200 ml) de líquidos está associada à formação de cálculos pela primeira vez, juntamente com a ingestão de cafeína e fitato. A ingestão de líquidos diária inclui os que estão presentes em alimentos como frutas e legumes.

A baixa ingestão de líquidos e o consumo de cafeína podem resultar em baixo volume de urina e aumentar a concentração da urina, contribuindo para a formação dos cálculos. O fitato é um composto antioxidante encontrado em grãos integrais, castanhas e outros alimentos que podem levar ao aumento da absorção e excreção de cálcio pela urina.

“Mudar a dieta para evitar pedras nos rins pode ser muito difícil”, diz Rule. “Conhecer os fatores dietéticos mais importantes para prevenir a recorrência de cálculos renais pode ajudar os pacientes e os profissionais de saúde a saber o que priorizar.”

O estudo conclui que dietas com ingestão diária de 1.200 ml de cálcio podem ajudar a prevenir a incidência pela primeira vez e a recorrência de cálculos renais. A ingestão diária está alinhada com a nutrição diária recomendada pelo Departamento de Agricultura dos EUA.

Embora uma maior ingestão de potássio também seja recomendada, o estudo não recomenda um nível de ingestão geral.

Centro acolhe atividades do Patient Innovation
A Nova School of Business & Economics (Nova SBE) acaba de criar o Open & User Innovation Knowledge Center (OUI), um...

O novo centro reúne o corpo docente de investigação da Nova SBE, complementado por investigadores afiliados de instituições de referência, como a Copenhagen Business School e a Nova Medical School. A missão do OUI passa pela produção de investigação multidisciplinar, através da cooperação entre equipas de gestores, cientistas, empreendedores e profissionais de diversas áreas.

Com direção científica de Pedro Oliveira (professor na Nova SBE e na Copenhagen Business School), e com Leid Zejnilovic (professor auxiliar na Nova SBE) na direção científica adjunta, o novo Centro trabalhará em estreita colaboração com o Ecossistema de Inovação da Nova SBE, procurando gerar investigação diferenciada em desenvolvimento económico e de negócios de novos projetos de empreendedorismo baseados em inovação aberta e/ou em novas soluções com foco no real impacto social e económico.

No seu programa de atividades, o centro prevê acolher algumas das principais conferências de investigação em inovação organizadas na Europa, nomeadamente o OUI – The Open and User Innovation Conference e o DRUID – edição 2023 decorrerá no campus da Nova SBE entre 10 e 12 de Junho. Contará também com um Mestrado em Empreendedorismo e Inovação de Impacto concebido para formar estudantes, futuros líderes e empreendedores com as ferramentas que necessitam para ajudar os problemas sociais e ambientais através das empresas para as quais trabalham. O programa é patrocinado pela Calouste Fundação Gulbenkian.

Este centro agrega também as atividades de investigação do projeto Patient Innovation, que inclui uma plataforma online multilíngue e sem fins lucrativos (www.patient-innovation.com), que tem como objetivo facilitar a partilha de soluções inovadoras desenvolvidas por doentes e cuidadores para superar problemas impostos por uma doença ou condição de saúde. O Patient Innovation parte da premissa de que existe em cada doente e cuidador um enorme potencial para inovar, resultante de lidarem diariamente com os desafios impostos pelas suas patologias ou condições inerentes, emergindo no desenvolvimento frequente de novas soluções. Desde 2014, o ano de fundação deste projeto, esta plataforma junta já no seu portefólio mais de 300 mil utilizadores de mais de 80 países, incluindo cerca de 1700 inovações já validadas pela equipa médica. A plataforma recebe cerca de 1,4 milhões de visitas por ano. O Patient Innovation Bootcamp, um programa de aceleração anual desenvolvido em parceria com Copenhagen Business School, Nova Medical School, IESE Business School, Biocat, Glintt e Associação Patient Innovation para ajudar doentes e cuidadores a desenvolver as suas soluções inovadoras e a lançá-las no mercado, é também uma das suas maiores atividades.

A Nova SBE conta atualmente com 9 Knowledge Centers. Ao recém criado Nova SBE Open & User Innovation Knowledge Center (OUI) juntam-se os Nova SBE Finance Knowledge Center, Nova SBE Leadership for Impact Knowledge Center, Nova SBE Economics for Policy Knowledge Center, Nova SBE Health Economics & Management Knowledge Center, Nova SBE Environmental Economics Knowledge Center, Nova SBE NOVAFRICA Knowledge Center, Nova SBE Data Science Knowledge Center e Nova SBE Economics of Education Knowledge Center.

Campanha “Há Vida No Pomar”
A Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça (APMA) assinou esta manhã um acordo de parceria com a Associação Portuguesa...

Para assinalar o arranque desta parceria é lançada hoje a campanha gamificada “Há Vida No Pomar” na app Heróis da Fruta (gratuita para smartphones) e inclui uma coleção de 60 cartas digitais com centenas de curiosidades lúdico-pedagógicas inspiradas na biodiversidade da fauna e flora que se pode encontrar nos pomares certificados de Maçã de Alcobaça IGP devido ao seu modo de produção sustentável e ambientalmente responsável.

Para completar a nova coleção de cartas “Há Vida No Pomar” desenvolvida pelos estúdios ONTOP, as famílias são convidadas a sair de casa e procurar no “mapa do tesouro” dentro da app Heróis da Fruta, os baús mais próximos presentes em cartazes afixados em mais de 70 municípios parceiros da iniciativa. Além disso, haverá baús à solta nas redes sociais da Maçã de Alcobaça e dos Heróis da Fruta todas as semanas.

Cada baú contém uma saqueta escondida com cartas, que é revelada quando lhe é apontada a câmara do smartphone através da app Heróis da Fruta.

Todas as saquetas abertas pelos jogadores valem pontos e há prémios para quem chegar aos primeiros lugares do TOP Maçã até 21 de dezembro: os três primeiros lugares recebem uma máquina fotográfica de revelação instantânea e até ao 200º lugar ganham lancheiras térmicas.

Mário Silva, presidente da APCOI, explica que a nova parceria vai muito além desta campanha com a app Heróis da Fruta e “permitirá distribuir gratuitamente, já este ano letivo, maçãs de Alcobaça a mais de cinco mil alunos nas escolas”.

A propósito deste lançamento, o Presidente da Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça, Jorge Soares refere que “a Maçã de Alcobaça orgulha-se de oficializar publicamente a sua parceria com a APCOI e com o projeto Heróis da Fruta para ajudar a melhorar os hábitos alimentares das crianças portuguesas e contribuir assim para que cresçam mais felizes e saudáveis”.

A campanha “Há Vida No Pomar” lançada na app Heróis da Fruta integra o projeto da APMA Vita Maçã, da medida do PDR2020, 10.2.1.5 - Promoção de produtos de qualidade locais.

Município de Tavira
“Saúde em Dia: Nutrição e Doenças Cardiovasculares” é o tema da sessão informativa dedicada à saúde cardiovascular, que o...

Esta iniciativa, aberta ao público em geral, pretende alertar para a relação entre as doenças cardiovasculares, a nutrição e uma alimentação equilibrada. As doenças cardiovasculares são atualmente uma das principais causas de morte em Portugal, sendo responsáveis por mais de um terço da mortalidade total e um fator de risco para o desenvolvimento de complicações graves por COVID-19. 

Entre os temas abordados destacam-se os fatores de risco para o aparecimento de doenças cardiovasculares (alimentação desequilibrada, obesidade, sedentarismo, stress, álcool e tabaco), bem como sugestões de como implementar hábitos de vida saudáveis e preventivos. A sessão é promovida em parceria com o Projeto Recriar em Comunidade – Espaço Intergeracional e Comunitário de Cachopo.

“A alimentação é um dos principais fatores de risco modificáveis associados ao aumento de doenças cardiovasculares. Uma dieta promotora da saúde cardiovascular visa uma mudança de hábitos alimentares, em que o predomínio de alimentos de origem animal é substituído pelo predomínio de alimentos de origem vegetal. Impulsiona também a redução de alimentos processados, açúcar e gorduras saturadas. Promove o aumento do consumo de produtos hortícolas, de cereais integrais e a utilização do azeite. É fundamental diversificar e equilibrar a nossa alimentação”, afirma Sílvia Calero, nutricionista do projeto Espaço Saúde 360º Algarve.

A sessão “Saúde em Dia: Nutrição e Doenças Cardiovasculares” está enquadrada num conjunto de sessões informativas que pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas da área da saúde, através de uma comunicação simples e objetiva, que desmitifica alguns conceitos erróneos.

Iniciativa conta com o apoio da Alfasigma Portugal
A Tonic App, a start up portuguesa que desenvolveu uma aplicação móvel para conectar e informar os médicos, acaba de lançar um...

Ao longo destes episódios são abordadas temáticas relacionadas com o diagnóstico e tratamentos, particularidades da doença, com especial atenção para a gravidez, e os mitos associados. Esta iniciativa conta com a participação de Gonçalo Cabral, assistente hospitalar de Angiologia e cirurgia vascular no Hospital Beatriz Ângelo e presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardíaca, Torácica e Vascular, e de Andreia Carreira, médica de medicina geral e familiar e medical manager na Tonic App.

Rui Martins, diretor de Marketing e responsável pela área de Relações Públicas da Alfasigma refere que “a parceria da Alfasigma com a Tonic App representa mais um passo na nossa visão e missão para proporcionar uma melhor saúde e qualidade de vida aos doentes, ao mesmo que tempo que procuramos prestar um melhor serviço a profissionais de saúde. Ao trabalharmos lado a lado com a TONIC APP acreditamos que estamos ainda a acrescentar valor à área da saúde no digital”.

De referir que esta parceria dá voz à doença venosa crónica, uma patologia crónica e evolutiva, de base inflamatória que impacta até 35% da população portuguesa, afeta maioritariamente mulheres (60% M, 40% H)3 e tem uma incidência maior nas mulheres a partir dos 30 anos.

Tonic App é uma aplicação móvel portuguesa, criada em 2016, estando atualmente disponível no território nacional, contando já com mais de 22.800 utilizadores portugueses, e também em Espanha, Itália e França. Em 2018, venceu o segundo prémio da competição de apps médicas da MEDICA, a maior feira de saúde do mundo e foi nomeada pela revista Forbes como uma das 60 startups lideradas por mulheres que estão “a agitar a tecnologia pelo globo”. A Tonic App disponibiliza informação tratada de forma independente por uma equipa especializada, baseada em fontes científicas e de entidades oficiais, o que transmite credibilidade e entrega de valor aos médicos.

 

 

 

 

 

Estudo
Nas últimas décadas, os transplantes hematopoiéticos (i.e. com células estaminais hematopoiéticas, como as encontradas na...

Um artigo científico, publicado recentemente, revelou que um produto de terapia celular constituído por células estaminais funciona como um complemento que permite ajudar a acelerar a recuperação hematológica após um transplante de sangue do cordão umbilical, apresentando-se como uma mais-valia neste tipo de transplantes. O sangue do cordão umbilical constitui uma importante fonte de células estaminais para transplante, tanto em doentes pediátricos, como em adultos, pela facilidade de colheita, disponibilidade imediata para transplante e menor exigência nos fatores de compatibilidade.

Para poder ser usado por qualquer pessoa, sem ser necessário um teste de compatibilidade, este produto inovador passa por várias etapas de fabrico até estar pronto para utilização. As células estaminais hematopoiéticas selecionadas, a partir de uma amostra de sangue do cordão umbilical, são expandidas (multiplicadas) em laboratório, durante cerca de 2 semanas, sendo que as outras células presentes no sangue são descartadas de modo a reduzir o risco de uma reação de rejeição. Por último, as células estaminais selecionadas passam por um rigoroso controlo de qualidade e são criopreservadas, até serem necessárias.

O produto foi testado num ensaio clínico, onde participaram 15 doentes, com idades compreendidas entre os 5 e os 45 anos, com uma de três doenças hemato-oncológicas: leucemia mielóide aguda, leucemia linfóide aguda e síndrome mielodisplásica. Os participantes receberam um transplante de sangue do cordão umbilical e, quatro horas após o transplante, receberam o produto de terapia celular coadjuvante. Os doentes que fizeram parte deste estudo foram acompanhados durante um período de 5 a 11 anos.

Não foram observadas reações adversas sérias relacionadas com a administração do produto de terapia celular em estudo, durante todo o período de acompanhamento, o que comprova a sua segurança. A recuperação hematológica também foi rápida, tendo a recuperação das contagens de neutrófilos demorado em média 19 dias, e a de plaquetas, 35 dias.

O artigo concluiu que a transplantação de sangue do cordão umbilical com o auxílio do produto de terapia celular constituído por células estaminais do sangue do cordão umbilical alcançou resultados positivos relativamente à segurança e ao tempo de recuperação hematológica após transplante.

Segundo Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, estes resultados apresentam um importante avanço, visto estarmos a falar de uma “área em constante evolução, em que ainda há margem para melhorar. Garantir que todos os doentes que necessitem de um transplante têm acesso a esta opção de tratamento é um dos aspetos mais importantes, mas há outros que também podem ser melhorados, como o sucesso do transplante, a taxa de recaída e a qualidade de vida do doente após o transplante, o que só pode ser feito se houver uma constante aposta em investigação”. 

Evento da ADTI
O número nacional de casos de cancro da tiroide confirma um aumento, nas últimas décadas, que tem sido “contínuo, rápido e...

Trata-se, explica Celeste Campinho, presidente da ADTI, de um evento de cariz informativo que irá ter como foco o doente: ‘Como posso eu, enquanto doente, ser parte ativa no decurso da doença’. “Sabemos todos nós, no desenvolvimento da nossa atividade diária, o quanto a participação do doente, da sua família e do seu cuidador é fundamental para a sua qualidade de vida, no percurso da doença”, confirma.

“O conhecimento é poder e saber fazer melhor. Por isso, o acesso à informação sobre a patologia, o apoio à sua gestão nutricional, o quanto o exercício físico adequado pode promover um melhor bem-estar e uma melhor adesão à terapêutica, o impacto psicológico não só para o doente, mas também para os familiares e cuidadores, são temas a tratar nesta ação”, explica, que irá finalizar com uma atividade física de bem estar.

Em relação ao cancro da tiroide, “não se sabe bem porque é que aparece”, confirma Maria João Oliveira. “Sabe-se, no entanto, que as pessoas com mais de 40 anos, com familiares com cancro da tiroide ou que foram submetidas a radiações, sobretudo radioterapia da cabeça ou do pescoço, têm maior probabilidade de desenvolver este tipo de cancro” que, segundo a especialista, é ainda “mais frequente no sexo feminino, possivelmente por influências hormonais ainda não esclarecidas”.

Não existe, acrescenta, “uma forma específica de prevenção, exceto aquela que evita a captação da radiação ionizante pela tirode (por exemplo, quando se realiza um RX da cabeça usa-se uma proteção de chumbo para tiroide)”. Assim como, na maior parte dos casos, “o cancro da tiroide pode ser completamente assintomático. Contudo, o aparecimento de uma tumefacção (inchaço) na parte anterior ou lateral do pescoço, de crescimento rápido, dura e pouco móvel, pode ser o primeiro sinal de cancro, mais ainda se se fizer acompanhar de rouquidão ou dificuldade em engolir”.

E não se deve também, reforça a médica, realizar a ecografia da tiroide como ‘exame de rotina’ sem que haja suspeita de doença da tiroide. “Corre-se o risco de diagnosticar pequenos nódulos ou quistos, sem significado patológico, que além de causarem alarme desnecessário levam geralmente à realização de exames desnecessários. Deve ser o médico a decidir quando requisitar uma ecografia da tiroide.”

Presentes para esclarecer todas as dúvidas no evento de dia 24 vão estar Maria João Oliveira, endocrinologista do Centro Hospitalar Vila Nova Gaia/Espinho, Paula Soares, investigadora do IPATIMUP e professora na Faculdade Medicina da Universidade do Porto, um médico em representação Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo.

O evento é de entrada gratuita, mas sujeito a inscrição, que deve ser feita através de email para [email protected].

Saiba mais sobre as doenças da tiroide em: https://www.thyroidaware.com/pt/.

 

Estudo da NOVA IMS
A criação de um modelo de fast-track que possibilite uma rápida avaliação de diagnóstico in vitro tornando possível um maior...

De acordo com o estudo desenvolvido pela NOVA IMS -- que envolveu um painel de peritos nacionais e internacionais da área da saúde representativos das dimensões clínica, doentes, financiamento e sistemas de saúde -- trata-se de uma ação fundamental, pois antevê e demonstra de uma forma sistematizada a proposta de valor de uma dada solução para o diagnóstico in vitro (DIV), possibilita a sua estandardização com, consequentemente, uma melhor alocação de investimento e gestão de recursos.

A criação desta autoridade independente para os DIV teria como objetivo regular e melhorar o acesso a testes de diagnóstico, operando de forma a garantir que existe um acesso qualificado a estes dispositivos, para dar acesso a cidadãos e profissionais de saúde a soluções de diagnóstico que durante anos não são disponibilizadas de forma equitativa no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Como exemplo, o relatório evidencia um caso relacionado com a insuficiência cardíaca (IC), uma doença que afeta cerca de 400 mil portugueses1, considerada a terceira causa mais comum de hospitalização em Portugal2 e cujos internamentos no primeiro ano após alta custam ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) cerca de 27 milhões de euros3. De acordo com um estudo publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia4, caso um biomarcador (NT-proBNP) pudesse ser disponibilizado nos cuidados de saúde primários poderia gerar-se uma poupança de até 3 milhões de euros para o SNS.

Atualmente, o NT-proBNP, no mercado português desde 2005, não é comparticipado quando requisitado por médicos de família, o que poderá contribuir para o diagnóstico tardio da IC em Portugal. Esta falta de financiamento foi apontada no Consenso Estratégico para a Insuficiência Cardíaca em Portugal como uma das maiores falhas no que respeita a cuidados em IC em Portugal5.

As conclusões do estudo indicam também que a população em geral não tem conhecimento sobre a importância do DIV, recomendando-se a aposta na literacia das tecnologias inovadoras através do reforço da importância do diagnóstico para o futuro da saúde. Os peritos consideram ainda que o DIV é uma componente fundamental do sistema de saúde, quer na prática clínica, quer para a saúde pública, sendo relevante para a gestão do doente, monitorização e rastreio populacional, bem como para a sustentabilidade global do Sistema.

O estudo "Melhor Saúde: o valor do acesso ao Diagnóstico In Vitro" recorreu a ferramentas de Design Thinking, contando com o contributo de peritos nacionais e internacionais de diversas áreas e departamentos dentro do setor da saúde para analisar a importância do Diagnóstico in vitro em relação aos temas de acesso aos diagnósticos; avaliação de tecnologias; e inovação. O resultado passou pela elaboração de três propostas de Modelos de Inovação: Fast-Track; Modelo de Governança; Incubadora de Projetos de Inovação.

A conferência foi organizada pela Roche, numa parceria com a NOVA IMS e Expresso, a qual contou com o apoio científico do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Infeções na infância
As doenças exantemáticas são doenças que têm manifestações na pele, como é o caso do sarampo ou da v

Mais frequentes nos dois primeiros anos de vida, as doenças exantemáticas caracterizam-se pelo aparecimento de manchas e/ou erupções, que podem ser acompanhas por febre e outras manifestações clínicas. Estas doenças podem ser provocadas por vírus ou bactérias.

Sarampo

O sarampo é uma infeção provocada por um vírus, caraterizada por febre, tosse, conjuntivite, corrimento nasal e manchas vermelhas na pele. Transmite-se por contacto direto com gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. O período e incubação da doença é de 8 a 13 dias.

O sarampo é, habitualmente uma doença benigna. No entanto, em alguns casos pode ser grave ou levar à morte.

A vacinação é a principal medida de prevenção do sarampo. Esta é gratuita e universal.

Varicela

Causada pelo vírus varicela zoster, do grupo Herpesvirus, a varicela é uma das doenças transmissíveis mais comuns na infância, sendo bastante contagiosa.

A varicela inicia-se com pequenas manchas que em algumas horas dão origem a pápulas (bolhas) que, posteriormente, rebentam dando lugar a crostas.

A erupção da pele começa no tronco, passando para extremidades como couro cabeludo, axilas, boca, face, trato respiratório ou para áreas com irritação cutânea, como é o caso de queimaduras solares e dermites por fraldas.

Febre ligeira (por vezes grave no adulto), dor de cabeça, mal-estar e falta de apetite são outros sintomas frequentes.

A varicela transmite-se de pessoa para pessoa, por contacto direto, quando alguém toca nas borbulhas ou em objetos contaminados ou por gotículas de saliva existentes no ar da pessoa com varicela, quando espirra, tosse ou fala.

Apesar de ainda não constar do Programa Nacional de Vacinação, a vacina é altamente recomendada, sobretudo entre populações vulneráveis.

Rubéola

A rubéola é uma infeção viral contagiosa que geralmente causa sintomas leves, como dor nas articulações e uma erupção cutânea, que se transmite por contacto com secreções nasofaríngeas por dispersão de gotículas de pessoas infetadas quando, por exemplo, uma pessoa infetada tosse, espirra ou fala, e podem ser inaladas ou pousar na boca, nariz ou olhos de pessoas que estão próximas.

O vírus pode ainda ser transmitido da mãe para o feto, durante a gravidez, através da corrente sanguínea da mãe com infeção da placenta. Estes casos são considerados perigosos, sobretudo quando ocorrem nas primeiras 16 semanas de gestação, uma vez que pode provocar malformações ou até morte do feto.

Por este motivo é recomendada a vacinação. A vacina contra a rubéola é combinada com a vacina contra o sarampo e a parotidite epidémica e faz parte do Programa Nacional de Vacinação.

Escarlatina

A escarlatina é uma doença bacteriana, provocada por uma bactéria: estreptococo do grupo A. É uma forma de amigdalite que se representa também por uma erupção da pele.

Febre alta, calafrios, mal-estar geral, dor de cabeça, vómitos constam dos principais sintomas. Assim, como, dor de garganta, dificuldade em engolir e língua avermelhada (designada por “língua framboesa”). A pele fica áspera e pode descamar.

A escarlatina transmite-se através do contacto direto com doentes ou contacto com portadores assintomáticos (sem sintomas) através de grandes gotículas respiratórias (boca e nariz).

O tratamento consiste na toma de antibiótico.

Eritema Infecioso

O eritema infecioso é provocado por um vírus (Parvovírus B19) e afeta sobretudo as crianças entre os 5 e os 7 anos.

A doença inicia-se através da formação de manchas avermelhas nas bochechas que, após 24 horas se estende a outras zonas do corpo, em particular, aos braços e coxas.

Embora a erupção no rosto atenue em poucos dias, as lesões no corpo podem demorar mais tempo a desaparecer.

Febre baixa e um mal-estar ligeiro acompanham o aparecimento da erupção cutânea.

O contágio é feito, por via aérea, através de gotículas eliminadas com a tosse ou espirros, por lenços de papel sujos, copos e talhares.

Exantema Súbito

Também conhecido por Roséola Infantil, esta infeção é causada pelo herpes-vírus humano 6 (HVH6) e 7 (HVH7) e acomete apenas as crianças entre 6 meses e 6 anos de idade.

A sua transmissão ocorre pelo contacto com gotículas contaminadas excretadas da saliva de adultos saudáveis portadores do vírus e caracteriza-se pelo aparecimento de febre muito alta, com duração média de 3 dias, por vezes acompanhada de tosse e obstrução nasal. A erupção cutânea surge pelo 4º dia, quando a febre desaparece, atingindo primeiro o rosto e pescoço, até que se vai estendendo até aos membros inferiores.

Enteroviroses

Os enterovírus correspondem à um género de vírus que têm como principal meio de replicação o trato gastrointestinal, causando sintomas como febre, vômito e dor de garganta. As doenças causadas por enterovírus são altamente infeciosas e mais comuns nas crianças, sendo que a sua transmissão ocorre geralmente de pessoa para pessoa, através da via fecal-oral (fezes-boca) e, às vezes, por via respiratória, através de gotículas de saliva.

Embora as queixas possam ser variáveis, nos casos em que gera exantemas, as manifestações cutâneas mais frequentes são parecidas com as da escarlatina ou da rubéola.

Ocasionalmente ocorrem síndromes clínicos mais característicos, como o síndrome mão-pé-boca, em que há lesões nas mãos, pés e boca, ou a herpangina, caracterizada por pequenas vesículas na boca. Podem coexistir queixas respiratórias e /ou intestinais.

Febre Escaronodular (febre da carraça)

A Febre da carraça (Febre Escaro-Nodular) é uma infeção aguda provocada por Rickettsias, microrganismos que se transmitem através da picada de carraças. Os principais sintomas manifestam-se pelo aparecimento de pequena ferida no local da picada, erupção cutânea e febre.

Esta doença manifesta-se de forma brusca através de febre elevada, acompanhada por arrepios, suores intensos, sensação de fragilidade e dores de cabeça. As manchas maculopapulares e nodulares surgem cerca de cinco dias após o início dos sinais e sintomas com início nos membros inferiores incluindo as palmas das mãos e planta dos pés. As lesões cutâneas não são dolorosas, podem desaparecer de forma espontânea após uma ou duas semanas, sem deixarem marcas.

O tratamento é realizado com antibióticos.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Acordo engloba a prática clínica e investigação
A Fundação Champalimaud, uma das instituições mais reconhecidas na prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro, e a Atrys...

Com sede em Lisboa e pioneira no desenvolvimento de programas de investigação biomédica avançada e técnicas de tratamento de radiação de alta precisão, com destaque para a radioterapia extrema hipofracionada e de dose única (SDRT), a Fundação Champalimaud agrega os melhores cuidados clínicos com uma ambiciosa programação de investigação - atividades que desenvolve no Champalimaud Center for the Unknown (CCU), instalações de vanguarda em termos oncológicos a nível mundial.

A Atrys é uma empresa global, dedicada à prestação de serviços de saúde 360º que vão desde a prevenção e promoção da saúde ao diagnóstico médico e tratamento oncológico de precisão. É líder em telediagnóstico em castelhano e reconhecida em radioterapia de última geração, com uma equipa de mais de 3000 profissionais. A empresa está presente em Espanha, em Portugal, na Suíça e na América Latina.

No âmbito deste acordo, as duas instituições iniciam a aplicação de protocolos conjuntos e metodologias sob a Coordenação Científica do Professor Carlo Greco. Ao abrigo deste acordo, aplicar-se-ão protocolos e metodologias comuns e otimizar-se-á o cuidado ao paciente em cada um dos seus centros. A 6 de Outubro, a Atrys e a Fundação Champalimaud reunirão, em Santa Maria da Feira, para partilha com a comunidade médica da diferenciação clínica afeta ao cuidado dos pacientes, assinalando o arranque oficial da parceria.

O acordo prevê, ainda, a criação de um comité conjunto e internacional de tumores, permitindo que profissionais e especialistas interajam de forma regular e estudem em conjunto os casos mais complexos - oferecendo assim uma visão multidisciplinar e as melhores alternativas aos pacientes.

As duas instituições desenvolvem também uma rede de ensaios clínicos e coordenarão conjuntamente as suas equipas para a realização de estudos multicêntricos que permitam o estabelecimento de evidências clínicas e científicas. A Atrys complementará e atualizará com as últimas inovações a formação dos seus profissionais na Fundação Champalimaud. No próximo dia 27 de setembro, realizar-se-á a primeira reunião científica conjunta, na Atrys Centro Médico Avançado, que contará com a presença de oradores de ambas as instituições, além de outros oradores de relevo, nacional e internacional.

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