Maior prémio do mundo na área da Visão
O Prémio António Champalimaud de Visão na sua edição de 2022 reconhece Gerrit Melles (Países Baixos) e Claes Dohlman (Suécia)...

As lesões ou distúrbios da córnea são, há muitos anos, uma das principais causas de cegueira em todo o Mundo. Estes dois médicos-cientistas mudaram e aceleraram de forma decisiva o caminho para o tratamento desta doença. Um conhecimento mais aprofundado da camada externa transparente do olho, bem como a possibilidade de garantir uma abordagem melhorada e mais económica à cirurgia e ao transplante da córnea são essenciais para enfrentar este flagelo.

Gerrit Melles, do Netherlands Institute for Innovative Ocular Surgery, em Roterdão, revolucionou o tratamento cirúrgico da doença. O trabalho desenvolvido por este médico cientista deu contribuições extraordinárias que transformaram a cirurgia da córnea, dando esperança e qualidade de vida a milhões de pessoas. Até ao desenvolvimento de abordagens alternativas, muitas vezes surgiam complicações que requeriam tratamentos adicionais, que por seu lado causavam glaucoma, entre outros problemas muito graves. As suas abordagens cirúrgicas aceleraram enormemente a reabilitação visual e diminuíram o risco de complicações. As técnicas desenvolvidas pelo Dr. Melles nos últimos 20 anos representam a maioria destas as cirurgias em diversos países e estão a expandir-se em todo o mundo.

Claes H. Dohlman, M.D., Ph.D. do Massachusetts Eye and Ear Infirmary, Harvard Medical School, transformou a forma como a Medicina compreende a córnea tendo desenvolvido e diversos tratamentos inovadores. A investigação de longo prazo do Dr. Dohlman para desenvolver uma córnea artificial, especialmente para pacientes cujos olhos estavam demasiado danificados para beneficiar de um transplante tradicional através de doadores, levou ao desenvolvimento do denominado “Boston Cornea” (“KPro”), que é hoje usado a nível global. Estima-se que mais de 700 dos maiores especialistas em córnea do mundo tenham sido formados pelo Dr. Dohlman, que realizou grandes contribuições para quase todas as facetas da compreensão hoje existente da Córnea.

O Prémio António Champalimaud de Visão foi lançado em 2006 e conta com o apoio do programa «2020 – O direito à Visão» da Organização Mundial de Saúde. É o maior prémio do mundo na área da Visão, com um valor de 1 milhão de Euros. Nos anos ímpar, o Prémio reconhece o trabalho desenvolvido no terreno por instituições na prevenção e combate à cegueira e doenças da visão, principalmente nos países em vias de desenvolvimento. Nos anos par, o Prémio é atribuído às pesquisas científicas de grande alcance na área da visão. O júri do Prémio é constituído por cientistas internacionais e figuras públicas proeminentes envolvidas na luta contra as causas e problemas que se vivem nos países em vias de desenvolvimento.

 

 

Estudo
É difícil lançar novos produtos no mercado, compreender as regras de certificação e desenvolver sistemas de hardware e software...

Dois terços das empresas que desenvolvem dispositivos médicos descrevem dificuldades na certificação de novos produtos e a maior parte assume que o problema acontece por falta de compreensão das normas técnicas. Esta é uma das conclusões mais relevantes do estudo desenvolvido pelo centro de investigação Fraunhofer Portugal AICOS (FhP-AICOS), que tem como objetivo mapear as necessidades do tecido empresarial nacional da área dos dispositivos médicos e smart health. Para ajudar a combater o problema, o centro vai realizar um workshop sobre o tema com vista a esclarecer os desafios em torno da certificação destes produtos.  

O estudo conclui também que mais de 80% das novas tecnologias médicas desenvolvidas em Portugal pelas empresas auscultadas têm como destino o mercado estrangeiro. Contudo, a entrada destes produtos em diferentes geografias enfrenta problemas substanciais devido à elevada competitividade do setor e à dificuldade de aceitação dos produtos pelos potenciais clientes. Estes desafios tornam-se ainda maiores devido à falta de recursos humanos qualificados em Portugal, descrita pelas empresas como um dos obstáculos ao crescimento: cerca de metade dos fabricantes portugueses questionados consideram não existir um número suficiente de trabalhadores no país com qualificações para trabalhar nesta área.  

“O caminho para a certificação é longo e complexo, embora à partida possa não parecer”, começa por explicar Eduardo Barbosa, investigador no FhP-AICOS e responsável pelo projeto. O investigador revela ainda que existe um esforço acrescido no que diz respeito à comunicação e submissão de documentação às diferentes autoridades competentes e que a entrada em vigor dos novos regulamentos europeus pode criar desafios acrescidos na certificação dos produtos. Para um tecido empresarial nacional atualmente dominado por PMEs e startups, “é muito difícil dedicar tempo e recursos ao desenvolvimento dos produtos propriamente ditos e, simultaneamente, realizar o trabalho de levantamento de todos os requisitos regulamentares e documentos normativos para os mercados nos quais pretendem atuar”.  

De forma a atenuar as dificuldades, o FhP-AICOS insiste que é necessário potenciar a entrada de novas soluções no mercado através de programas de aceleração para impulsionar empresas recém-criadas; promover o desenvolvimento colaborativo entre empresas e universidades, fomentando projetos com entidades do sistema científico e tecnológico capazes de responder às imposições reais do mercado; apoiar a procura de financiamento público e privado com o apoio de candidaturas a projetos, eventos de networking e fundos de I&D; e capacitar as empresas com os conhecimentos necessários à viabilização da comercialização dos seus produtos nos mercados.

“Estas estratégias são de extrema importância, uma vez que podem ditar a capacidade de as empresas do tecido empresarial nacional entrarem nos mercados onde pretendem atuar”, afirma Eduardo Barbosa. “Para além de conseguirem entrar nos mercados-alvo, é importante também que as empresas coloquem nesses mercados um pé firme. Deste modo, são também apontadas estratégias importantes que potenciarão a aceitação dos produtos levados pelas empresas junto dos diferentes públicos-alvo, assim como de profissionais e instituições de saúde”, conclui.  

Fraunhofer Portugal AICOS e Health Cluster Portugal juntos para facilitar interpretação do processo de certificação

 Esclarecer e guiar as empresas no processo de certificação é uma das soluções defendidas pelo FhP-AICOS para colmatar a falta de informação sobre este processo técnico. Para isto, o centro de investigação — que em breve disponibilizará a todas as empresas interessadas um roadmap operacional para certificação de dispositivos médicos — vai organizar um workshop dedicado à certificação de dispositivos médicos. O objetivo é contribuir para acelerar a competitividade através da capacitação das empresas do setor das tecnologias médicas e saúde digital.  

Marcado para dia 30 de setembro em formato híbrido nas instalações da UPTEC, no Porto, este workshop visa permitir aos participantes refletir sobre as práticas e diretrizes da certificação no âmbito do novo regulamento de dispositivos médicos, perceber o cenário europeu na mesma matéria e colocar em prática os conhecimentos com casos práticos. “As nossas expectativas são elevadas”, garante Eduardo Barbosa. “Pretendemos e prevemos que seja um evento de extrema utilidade para as empresas no setor, uma vez que vamos apresentar neste evento elementos diferenciadores que, pelo que conhecemos, são raros nos workshops que tratam esta temática”.  

Participarão neste evento nomes como Mariana Madureira da Direção de Produtos de Saúde do Infarmed e co-chair do subgrupo técnico do Medical Device Coordination Group, dedicado às New and Emergent Technologies; Abtin Rad, Diretor Global de Segurança Funcional, software e digitalização na TÜV SÜD, um dos organismos notificados mais conhecidos na área; e Célia Cruz, co-fundadora e Head de Assuntos Regulamentares da Complear, uma das principais empresas de consultoria especializadas em certificação de dispositivos médicos. A moderação fica a cargo de Eduardo Barbosa, do FhP-AICOS.

Este workshop ocorre no âmbito do projeto Smart Health Network, promovido em parceria com o Health Cluster Portugal (HCP). Toda a informação detalhada, como horários e convidados, pode ser consultada aqui.

Exposição retrata os momentos vividos nas unidades do SNS
Com a chegada das primeiras notícias sobre o Coronavírus, a necessidade de serviços de cuidados de saúde experimentou um...

De dia 16, integrada na comemoração do Dia do Serviço Nacional de Saúde, a 29 de setembro, o MAR Shopping Algarve vai receber a exposição de fotografia “A Pandemia pelo Olhar dos Cuidados de Saúde”, organizada pela Administração Regional de Saúde do Algarve. O objetivo é retratar os momentos vividos nas unidades do Serviço Nacional de Saúde da região, ao longo de mais de dois anos de pandemia provocada pela COVID-19, prestando assim uma homenagem a todos os profissionais de saúde e a todos os que estiveram (e ainda estão) envolvidos neste processo.

Em destaque estarão os trabalhos de Miguel Gonçalves, fotógrafo e enfermeiro no Centro Hospitalar Universitário do Algarve – Unidade de Faro, e Lília Nunes Reis, fotógrafa por paixão e enfermeira na Unidade de Saúde Pública do Agrupamento dos Centros de Saúde Algarve I - Central.

Pelo olhar da lente de Miguel Gonçalves somos transportados para o interior da UCI – Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Faro, por onde passaram os doentes com situação médica mais preocupante. Por outro lado, a enfermeira Lília Nunes Reis faz-nos recordar todo o processo desenvolvido numa linha de proximidade com o utente – a realização de testes para deteção do vírus e o processo de vacinação, um dos marcos mais importantes nesta “batalha” contra a COVID-19.

A exposição ocorrerá no piso zero, em frente à Mango, e terá diferentes materiais, tendo sempre por base a fotografia. Estão previstos cerca de 30 trabalhos fotográficos.

Ao participar está a ajudar Associação Vida Norte a apoiar mais famílias
A associação Vida Norte incentiva todas as famílias de Portugal a participarem na 6ª edição da Maratona da Maternidade, uma...

“Acompanhamos, no Porto e em Braga, uma média de 100 famílias por mês, ajudando a construir o seu projeto de autonomia: acolhemos, motivamos, orientamos e capacitamos. Garantimos também apoio material em bens essenciais para o bebé”, explica Margarida Côrte-Real, Coordenadora Geral da Vida Norte, acrescentando: “Os pedidos de apoio continuam a chegar e a Vida Norte quer conseguir chegar a todos! Todas as Vidas são dignas e merecem uma oportunidade de: nascer, crescer em segurança e tranquilidade e ter um projeto de futuro responsável e feliz. Ao participar na Maratona da maternidade estará a apoiar o futuro feliz de um bebé!”, reforça Margarida Côrte-Real.

Incentivar a natalidade e promover o bem-estar físico e mental das famílias portuguesas são os principais objetivos da 6.ª edição da iniciativa organizada pela BebéVida, que após dois anos volta ao formato presencial, aliado ao virtual.

“A Vida é a nossa maior Inspiração! Aliarmo-nos a uma entidade de renome, que partilha connosco esta mesma missão de cuidar de Vidas, é para nós um enorme privilégio. E foi com grande alegria e entusiasmo que recebemos a proposta de nos associarmos à Maratona da Maternidade da Bebé Vida. A Vida Norte depende do apoio e generosidade da sociedade civil. Este tipo de iniciativas permite-nos garantir a continuidade do nosso trabalho junto de grávidas, mães e bebés em situação de fragilidade”, remata a Coordenadora Geral da Vida Norte.

A caminhada presencial de 3 quilómetros tem início no dia 15 de outubro, às 10 horas, no Edifício Transparente, em Matosinhos. Durante e depois da caminhada, estão ainda previstas várias atividades físicas adaptadas a grávidas, mas nas quais toda a família poderá participar. No local estarão ainda Personal Trainers do ginásio Ideal Korpus, que irão acompanhar e monitorizar todas as atividades.

No 2º piso do Edifício Transparente irá ainda realizar-se a habitual Feira da Maternidade, aberta ao público entre as 10 e as 18 horas do dia 15 de outubro. A feira conta com a participação de mais de 15 empresas das áreas de saúde da mulher, puericultura, alimentação e higiene do bebé. No local haverá ainda um espaço para crianças, com atividades e jogos, dinamizadas pela Gymboree. As grávidas podem contar também com a oferta de massagens, promovidas pelo Ideal Korpus, e sessões de ecografias 4D, realizadas pela BebéVida.

As famílias impossibilitadas de participar presencialmente são desafiadas a adquirir o kit, que lhes será entregue em casa, e a realizar a caminhada num local à sua escolha, nos dias 15 e 16 de outubro. Devem ainda partilhar uma fotografia nas redes sociais, identificando a @bebevida.pt e a @vidanorte.

Para participar, tanto no formato presencial como no virtual, as famílias devem inscrever-se até ao dia 12 de outubro no site da BebéVida, aqui. O Kit Maratona, composto por uma t-shirt, vouchers e outras ofertas, é opcional e tem um valor simbólico de 3 €, dos quais 2€ revertem a favor da Instituição Particular de Solidariedade Social Vida Norte.

Estudo
Apesar da incerteza económica, os consumidores não estão dispostos a reduzir o montante gasto em saúde e bem-estar, de acordo...

O inquérito global — com respostas de mais de 11.000 consumidores globais — revelou que mesmo perante a incerteza generalizada e a tensão financeira pessoal, os consumidores consideram a saúde e o bem-estar prioritários, a par da alimentação e dos gastos domésticos. Apesar de dois terços (66%) dos inquiridos afirmarem sentir-se financeiramente pressionados, 80% dos mesmos tencionam manter ou aumentar as suas despesas em áreas relacionadas com saúde e bem-estar – como por exemplo atividade relacionadas com exercício físico – no próximo ano.

“Apesar dos tempos difíceis, é evidente que as pessoas redefiniram a saúde e o bem-estar como algo essencial e planeiam manter ou aumentar os seus gastos nesta área, independentemente dos seus níveis de rendimento”, afirma Manuela Vaz, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Retalho, Bens de Consumo e Transportes. “Com o expectável aumento do mercado da saúde e bem-estar para mais de 1 bilião de dólares globalmente em 2025, as empresas que servem diretamente o consumidor têm que alavancar uma visão cross-indústria e os avanços científicos e tecnológicos no desenho das suas ofertas, garantindo que estão permanentemente alinhados com as mudanças de prioridades dos seus consumidores.”

Sofia Marta, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Saúde e Administração Pública, afirma que “o desejo das pessoas em controlar melhor a sua saúde e bem-estar está a aumentar. É fundamental que a indústria da saúde continue a crescer e a estabelecer parcerias com empresas que servem diretamente o consumidor para melhorar o acesso, a experiência e os resultados para as pessoas e a oferecer melhores cuidados de saúde.”

O estudo da Accenture também concluiu que os inquiridos parecem ter uma perspetiva mais holística do bem-estar, enquadrando-o muito mais como um produto de consumo básico. Para além de mais de quatro em 10 inquiridos (42%) afirmarem estar a aumentar a sua atividade física, um terço (33%) dizem estar mais focados em atividades selfcare – como por exemplo tratamentos de beleza – em comparação com o ano anterior.

Mesmo com o aumento dos custos das viagens, o inquérito mostrou que metade (51%) dos consumidores planeiam manter ou aumentar os seus gastos em viagens de lazer no próximo ano – o que não é surpreendente devido aos reconhecidos benefícios de bem-estar associados às férias. Além disto, dois em cada cinco (39%) dos consumidores com rendimentos elevados reservaram uma viagem nos próximos 12 meses. Entre os millennials, um em cada cinco (21%) reservou um retiro de bem-estar este ano. Finalmente, um terço (33%) dos entrevistados afirmaram estar dispostos a sacrificar produtos domésticos ou eletrónicos não essenciais para que possam viajar.

Manuela Vaz refere que “embora o foco no bem-estar pessoal não seja algo novo, é cada vez mais encarado como essencial e não negociável para os consumidores, mesmo em tempos onde muitos sofrem com pressões financeiras. Há uma grande oportunidade para as empresas ligadas ao turismo, e em geral ás que se servem diretamente o consumidor, para potenciarem muito mais os ecossistemas e comunidades em que se inserem oferecendo experiências diferenciadoras, uma vez que o turismo de bem-estar é, hoje em dia, muito mais do que o destino ou as suas atividades – é uma extensão dos valores e do estilo de vida do viajante.”

Embora o inquérito da Accenture tenha identificado onde e como os consumidores prioritizam os seus gastos, é importante que as empresas compreendam o contexto em que essas decisões de compra são tomadas. Segundo um relatório recente da Accenture, “The Human Paradox: From Customer Centricity to Life Centricity”, está a tornar-se cada vez mais difícil para os consumidores equilibrar o propósito e o sentido prático nas suas compras, com quase dois terços (64%) a desejar que as empresas respondam de forma mais rápida com novas ofertas para corresponder às mudanças das suas necessidades. Só compreendendo esse contexto é que as empresas terão a estratégia certa para oferecer as marcas, produtos e serviços mais relevantes.

“Os retalhistas podem gerir o impacto da evolução do comportamento dos consumidores, acompanhando ativamente as tendências de consumo e ao responder-lhes rapidamente”, afirma Manuela Vaz, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Retalho e Bens de Consumo e Transportes. “Apesar dos obstáculos evidentes, os retalhistas sempre foram bons a inovar como resposta a problemas, e a inovação tornar-se-á cada vez mais importante para criar novos níveis de valor, reduzir custos e fazer o que é certo para a sociedade e para o planeta. Isto exige níveis de colaboração, empenho e envolvimento do consumidor extraordinários – mas também inovação tecnológica e empresarial baseada em dados de fontes fidedignas.”

Sobre o estudo

O Consumer Pulse Survey 2022 da Accenture oferece uma visão sobre as perspectivas e comportamentos dos consumidores. O inquérito deste ano é relevante para todas as indústrias de consumo, mas focado em bens de consumo, retalho, viagens e saúde. A Accenture realizou este inquérito global com uma amostra representativa de 11.311 consumidores. O inquérito foi realizado em formato online e teve como alvo os consumidores que fizeram compras para o seu agregado familiar nos últimos seis meses. Os inquiridos foram divididos uniformemente entre o sexo e o grupo etário. O inquérito foi realizado entre 7 e 15 de fevereiro. Foi complementado com um inquérito adicional aos consumidores, realizado entre 7 e 25 de abril, que incluiu 10.085 inquiridos.

 

Posicionamento da Nova SBE como uma referência internacional
A Nova SBE assegurou, através do ERA (European Research Area) e do programa Horizonte Europa cerca de 3,7 milhões de euros para...

O projeto EQUALNovaERA é a mais recente ERA Chair da Nova SBE, que sob coordenação de Adeline Delavande, professora e reconhecida investigadora de economia, posicionará a escola de economia e gestão portuguesa como a referência europeia na investigação em Desigualdade. O montante do financiamento assegurado pela Comissão Europeia é de 2,5 milhões de euros.

“É com enorme orgulho que recebemos mais uma ERA Chair. Desta feita, a Comissão Europeia atribui à Nova SBE um fundo de 2,5 M € para desenvolver investigação dedicada ao tema das crescentes desigualdades sociais e económicas. Este reconhecimento acresce ao da nossa ERA Chair em Inovação Social, sobre a qual já recebemos uma avaliação excelente”, explica Daniel Traça, Dean da Nova SBE, salientando que “estas distinções e apoios têm um papel crucial na construção de uma escola para o futuro, posicionando a Nova SBE como uma referência internacional na investigação, educação e envolvimento da comunidade no contexto dos Sustainable Development Goals”. “Na Nova SBE temos a consciência de que as universidades, e as business schools, em particular, têm de assumir a liderança para resgatar o mundo dos desafios climáticos, sociais e políticos que enfrentamos. É essa a responsabilidade do futuro da Nova SBE. With Great Power Comes Great Responsibility”, esclarece ainda.

"A inovação social é um dos pilares fundamentais da Universidade NOVA de Lisboa e é desta forma que pretendemos atrair e, sobretudo, reter o melhor talento para, através do conhecimento, servimos o melhor possível a nossa sociedade. Temos como objetivo criar e consolidar uma sociedade que seja mais justa, mais equitativa e que promova a igualdade de oportunidades. A Nova SBE tem demonstrado, nos últimos anos, o seu empenho nesta missão e tal só pode ser um motivo de orgulho para toda a comunidade NOVA”, refere João Sàágua, Reitor da Universidade NOVA de Lisboa.

“Estamos muito satisfeitos por receber esta prestigiosa bolsa de investigação internacional para desenvolver um grupo de investigação em desigualdades. Este grupo pretende ser uma referência na Europa na compreensão das causas e efeitos das desigualdades e contribuir para o desenho de políticas públicas de base científica que reduzam as desigualdades” refere Miguel Ferreira, Presidente do Conselho Científico da Nova SBE, acrescentando que “esta conquista é resultado do investimento da escola na produção de investigação com impacto e reputação internacional como uma escola de negócios europeia de elite”.

Investigadora internacional, Adeline Delavande, nomeada ERA Chair Holder do projeto EQUALNovaERA

 No âmbito do projeto EQUALNovaERA a Nova SBE selecionou a investigadora internacional – Adeline Delavande – para o cargo de ERA Chair Holder. Internacionalmente reconhecida pelo trabalho que desenvolve sobre o comportamento de indivíduos na tomada de decisão sob incerteza, a investigadora vai ser responsável pela formação da equipa de investigadores que vai criar uma nova linha de investigação em desigualdades na Nova SBE.

A Desigualdade: uma das questões mais prementes dos nossos tempos

O mundo mudou rapidamente nos últimos anos e a crise pandémica colocou os holofotes sobre as desigualdades económicas e fragilidade das redes de apoio social que deixam comunidades vulneráveis a suportar o peso das crises. É urgente compreender as desigualdades de uma forma abrangente, concebendo políticas públicas baseadas no conhecimento científico. Embora a informação básica e os números do crescimento económico sejam publicados com frequência, não revelam dados concretos sobre como o crescimento é distribuído pela população: quem ganha e quem perde com as políticas económicas. Mais do que a mera análise do rendimento e da riqueza, é fundamental abordar outras dimensões das disparidades socioeconómicas, como a saúde, a educação, o género ou as desigualdades ambientais. 

Promover atividades de investigação sobre as desigualdades, transferir conhecimento para a sociedade e contribuir para a produção de políticas públicas bem informadas e baseadas na ciência, é o grande objetivo do projeto EQUALNovaERA que pretende, desta forma, contribuir para uma sociedade mais igualitária e justa através da investigação, educação e envolvimento da comunidade.

ERA Chair coloca a Nova SBE na vanguarda da investigação e educação em Desigualdade na Europa

O EQUALNovaERA enquadra-se na missão da Nova SBE: “Ser uma comunidade dedicada ao desenvolvimento de talento e conhecimento que impacta o mundo”. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ONU) são um apelo universal e interdisciplinar para enfrentar os diversos desafios sociais, económicos, ambientais, civilizacionais e políticos que a atualidade e o futuro apresentam, convidando ao envolvimento de todos os atores, incluindo as empresas, e esta é uma frente para a qual esta ERA Chair pretende contribuir.

Como resultado do EQUALNovaERA, a Nova SBE tornar-se-á numa referência europeia na área da Desigualdade, quer através da investigação e educação, quer do envolvimento da comunidade local e europeia. Além do aumento da competitividade em I&D do país, o projeto irá contribui para aprofundar o Espaço Europeu de Investigação e para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Horizonte Europa garante 1,2 milhões de euros para três projetos de investigação

A Nova SBE captou, através de projetos de investigação que integra em parceria com outras instituições, cerca de 1,2 milhões de euros disponibilizados pelo programa Horizonte Europa.

“Blueprint for Atlantic-Arctic Agora on cross-sectoral cooperation for restoration of marine and coastal ecosystems and increased climate resilience through transformative innovation” assegurou 414 mil euros. Este projeto, liderado pela Universidade de Aveiro, tem a colaboração de Antonieta Cunha e Sá da Nova SBE e está integrado no programa europeu “Ocean Mission: Restore our Oceans and Waters”.

Ao “HI- PRIX project (Health Innovation Next Generation Pricing Models): Balancing Sustainability of Innovation with Sustainability of Health Care”, projeto coordenado pela Università Commerciale Luigi Bocconi com a colaboração de Pedro Pita Barros da Nova SBE foram atribuídos cerca de 300 mil euros.

O projeto PREVENTABLE, “Cancer prevention vs Cancer treatment: The rare tumour risck sindromes battle”, liderado pelo I3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, com a colaboração de Judite Gonçalves numa parceria da Nova SBE com a Nova Medical School, assegurou 375 mil euros.

“É absolutamente crítico para a Nova SBE e para o impacto que a escola quer provocar, colocar os nossos melhores recursos também na criação de saber e na produção de conhecimento. A conquista destes financiamentos integrados no Horizonte Europa, reforçam o posicionamento da Nova SBE como um importante ator na investigação europeia e uma referência num alargado âmbito de temas, essenciais no contexto europeu”, afirma a este propósito Daniel Traça, Dean da Nova SBE.

Sinais de alerta
A perda auditiva infantil é muitas vezes um problema transitório e de fácil resolução, no entanto, e

A maioria das crianças com perda auditiva congénita sofre de deficiência auditiva no nascimento, que geralmente pode ser detetada por meio de triagem auditiva infantil. Pelo menos metade de todos os casos de surdez e deficiência auditiva podem ser prevenidos através de exames de deteção precoce.

A deteção precoce e a terapia de qualidade são as formas mais poderosas de otimizar o impacto da reabilitação auditiva no desenvolvimento da linguagem em crianças com deficiência auditiva congénita profunda.

Estima-se que 1 a 2 em cada 1.000 recém-nascidos sofrem de deficiência auditiva ao nascer, que é detetável por meio de triagem auditiva infantil. Algumas perdas auditivas congênitas, no entanto, podem não se tornar evidentes até mais tarde na infância. A surdez precoce grave está presente em 0,4 a 1,5 a cada 1.000 crianças e pelo menos 50% desses casos é atribuível a causas genéticas.

A perda auditiva ou Hipoacusia é, assim, uma limitação sensorial que traz sérias consequências sociais e principalmente o isolamento. A maioria de nós associa a perda auditiva ao envelhecimento, erradamente. É por isso, de extrema importância estar atento, para que o diagnóstico e intervenção sejam feitos cedo, de forma a se conseguir a reabilitação auditiva, num trabalho conjunto de profissionais de Audiologia e Otorrinolaringologia.

Neste regresso às aulas, que sinais devem os pais e educadores ter em conta nas crianças:

  • Dificuldade em expressar-se oralmente;
  • O comportamento muda e tem mais medos do que o habitual, principalmente à noite;
  • Não consegue executar pedidos de ação simples;
  • Não responde à primeira ou assusta-se com sons repentinos;
  • Observa muito os rostos das pessoas para ouvi-las;
  • Pede para colocar o som da televisão mais alto;
  • Pede para repetir o que lhe é comunicado.

Que impacto tem a perda auditiva no desenvolvimento das crianças?

Comunicação e fala

A perda auditiva não tratada afeta a forma como as crianças se conectam e comunicam. Esta questão pode impactar profundamente o desenvolvimento da linguagem.

Conhecimento

A privação da linguagem pode conduzir ao atraso no desenvolvimento cognitivo nas crianças, o que pode ser evitado se uma intervenção adequada for recebida durante os primeiros anos de vida.

Sociais e emocionais

A perda auditiva contribui para o isolamento social e para a solidão. A incapacidade de compreender informações e manter conversas conduz a um afastamento das outras crianças para evitar situações embaraçosas.

O bullying e a perda auditiva

Uma recente pesquisa traz uma evidência nova e perturbadora, apontando para o fato da perda auditiva aumentar o risco de bullying em meninos e meninas.

A descoberta de que crianças com perda auditiva são mais propensas a sofrer bullying foi resultado de uma revisão de estudos publicados no Laringoscópio2.

Dos 17 estudos avaliados, nove compararam a vitimização de crianças com deficiência auditiva com a dos seus pares ouvintes. Destes, sete estudos relataram que a perda auditiva está significativamente associada ao aumento do bullying.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
21 de setembro
Com o objetivo de sensibilizar para a saúde do cérebro e como forma de assinalar o Dia Mundial do Alzheimer, o Atrys Centro...

Quem passar pelo Centro Médico vai, assim, poder realizar um teste de rastreio que deteta as alterações cognitivas mais comuns na doença de Alzheimer, havendo ainda lugar para uma sessão de monitorização de alterações cognitivas com o Brain On Track® - uma ferramenta online que consiste na realização de testes de forma regular no domicílio e que permite acompanhar a cognição ao longo do tempo.

Além disso, no local serão disponibilizados tablets para a realização de exercícios de estimulação cognitiva; para casa, os participantes vão poder levar folhetos informativos e também cadernos com exercícios para que possam estimular o cérebro.

A Doença de Alzheimer é uma forma de demência; sendo progressiva, provoca a deterioração das funções cognitivas - como a capacidade de memorizar, de ter atenção, de concentração, de falar e de pensar, entre outras.

Este tipo de doenças caracteriza-se pela morte de neurónios em diversas partes do cérebro. Quando a perda de neurónios se acompanha de perda de capacidades, dificilmente se consegue recuperar ou reaprender. 

Numa fase inicial, os sintomas da doença podem ser muito leves. Normalmente, os primeiros sinais são lapsos de memória e dificuldade em nomear corretamente objetos do quotidiano. Daí a extrema importância dos rastreios precoces.

 

 

Sem historial de doença neurológica ou psiquiátrica, traumatismo craniano ou consumo atual de substâncias psicoativas
Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) está a conduzir um estudo que pretende desvendar os processos...

Os investigadores procuram voluntários da região de Coimbra, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos e entre os 50 e os 70 anos. Sobre o processo de participação no estudo, a coordenadora, Maria Ribeiro, investigadora da Faculdade de Medicina (FMUC) e do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra, explica que «as alterações cerebrais associadas à tomada de decisão vão ser localizadas usando imagens cerebrais adquiridas por ressonância magnética, que permitem estudar a estrutura e função do cérebro de forma não-invasiva».

Esta investigação pretende desvendar os processos cerebrais que explicam as mudanças na tomada de decisão associadas ao envelhecimento. A investigadora da UC explica que «no dia a dia, somos constantemente encarados com a necessidade de tomarmos decisões. No entanto, o modo pelo qual ajustamos este processo ao contexto é afetado pelo envelhecimento». Maria Ribeiro salienta ainda que «em particular, o envelhecimento afeta a maneira como a incerteza modula a tomada de decisão, levando a défices que podem ter consequências trágicas, como quando, por exemplo, o indivíduo, ao decidir atravessar a rua, não tem em consideração a incerteza associada à sua decisão.»

São fatores de exclusão à participação no estudo historial de doença neurológica ou psiquiátrica, traumatismo craniano ou consumo atual de substâncias psicoativas (como por exemplo, ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos ou betabloqueadores). O registo para participação e a solicitação de esclarecimentos podem ser feitos através dos contactos 915 234 593 ou mjribeiro@fmed.uc.pt, como também através do website https://voluntarios.cibit.uc.pt/

Este estudo conta também com o envolvimento do investigador da FMUC e do CIBIT/ICNAS, Miguel Castelo-Branco, e é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

 

 

Rebranding reforça conceito próprio e inovador de Saúde e Bem-estar
O Instituto Prof.ª Teresa Branco evoluiu para um novo conceito, passando agora a ter o nome de “TO BE. – Clínica by Teresa...

“Esta mudança pretende marcar o início de um novo capítulo no setor da Saúde e Bem-estar. Estamos orgulhosos do que construídos até agora e estamos ainda mais entusiasmados com o que está a chegar. Esta mudança tem como objetivo melhorar as condições para ajudar as pessoas a recuperar o equilíbrio na sua vida. Fazemo-lo através de uma abordagem preventiva e pedagógica, pelo que temos de assegurar que temos os melhores meios para ensinar a gerir e controlar o peso, a otimizar o metabolismo, a melhorar a performance desportiva e a adiar o envelhecimento precoce, de forma natural e sem recurso a formulas milagrosas”, explica Teresa Branco, fisiologista na gestão do peso e diretora da, agora, TO BE. – Clínica by Teresa Branco.

O nome TO BE. é também uma referência ao mote “Aprendi a ser o melhor possível de mim mesmo”, de Nelson Rodrigues, sustentando, assim, a conversão do Instituto em Clínica. Neste espaço é possível ter um acompanhamento regular, personalizado e adequado às necessidades individuais e aos objetivos predefinidos nas diferentes áreas de intervenção e com qualquer elemento da nossa equipa – mesmo que à distância.

Para representar a nova identidade corporativa, foi criado também um novo logótipo em tons claros e neutros, que remetem para o equilíbrio, a claridade, a pureza, a paz e também a elegância, que definem a essência da TO BE. – Clínica by Teresa Branco.

 

Elsa Restier Gonçalves é Especialista na docência na área científica de Enfermagem
Elsa Restier Gonçalves é a nova diretora da Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias. No seu entender “A...

Docente na ESESFM há 22 anos, Elsa Restier Gonçalves é Especialista na docência na área científica de Enfermagem e especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica. Licenciada em Enfermagem e Mestre em Desenvolvimento da Criança, na Variante Motora, tem experiência clínica na área da enfermagem pediátrica, em contexto hospitalar (entre 1991 e 2000).

A Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias, fundada em 1950, conta com mais de 70 anos de experiência no ensino. Atualmente, oferece além da Licenciatura em Enfermagem, o Mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica; e pós-graduações em Cuidados Paliativos, em Enfermagem de Neonatologia, de Enfermagem de Endoscopia Digestiva, de Enfermagem de Saúde Familiar; do Trabalho e de Empreendedorismo da Geriatria e Gerontologia, Gestão e Inovação em Saúde, Prevenção e Tratamento de Feridas, Instrumentação Cirúrgica, Saúde 4.0, Intervenção à pessoa em Situação Critica, Enfermagem Hiperbárica e Subaquática e Competências de Comunicação em Saúde.

 

Nuno Saraiva, presidente da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL)
Nos dias 28 e 29 de outubro o Centro de Congressos de São Rafael, em Albufeira, vai receber o VIII Congresso da Associação...

Nuno Saraiva recorda o papel essencial que o setor privado assumiu durante o período mais critico da pandemia na testagem à COVID-19 quando, perante a “máxima inicial de «testar, testar, testar», Portugal foi um exemplo a nível internacional e o setor que aqui representamos teve um papel primordial nessa capacidade de resposta”. Por esse motivo, o presidente da associação considera que “todos nós deste setor devemos regozijar-nos e orgulhar-nos deste papel tão relevante que desempenhámos com eficiência e qualidade, aliados a um profissionalismo e um recato que deve louvar-se também”.

Quanto às expetativas para o VIII Congresso, para Nuno Saraiva, este deve ser um momento no qual “devemos aproveitar para estar juntos e alegrarmo-nos por sermos um ator importante na Sociedade. Sempre o fomos. Mas se dúvidas existissem, a questão da pandemia exacerbou o que é óbvio e que muitas vezes não se vê. Orgulho-me muito das empresas associadas, sobretudo de todo o pessoal que lá trabalha. Todos tiveram uma postura e uma resposta exemplares nestes dois anos de pandemia e acho que esse é um motivo de orgulho e de celebração”.

Para o representante da ANL, é fundamental uma desmistificação sobre os papéis do setor público e privado e da discussão sobre a primazia de um face ao outro, pois “ambos são essenciais para o bom funcionamento do setor e ambos devem complementar-se – a pandemia foi, precisamente, um exemplo dessa complementaridade. A pandemia ajudou a clarificar a importância do setor privado”.

Apesar da inevitabilidade da abordagem, no programa do Congresso, ao tema da COVID-19, “há outros temas, mesmo do funcionamento e da vida dos laboratórios, que têm que ser discutidos. Queremos, nessa medida, dar algum aporte aos nossos associados, designadamente no que respeita à questão da proteção de dados, à publicidade na saúde, ao binómio privado e público, que está sempre presente e que não podemos ser imunes às decisões ou às planificações, porque muitas vezes representamos investimento, até na criação de postos de trabalho e de investimento em equipamento”, conclui Nuno Saraiva.

Opinião
No âmbito das iniciativas do Dia Mundial da Segurança do Doente 2022 a Organização Mundial de Saúde

Também a Direção-Geral da Saúde, através do Departamento da Qualidade na Saúde e do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) em parceria com o INFARMED, encontram-se a organizar uma campanha de comunicação conjunta no âmbito do Dia Mundial da Segurança do Doente, agendada para a semana de 12-17 de setembro.

Para se inscrever no evento da OMS e aceder a mais informação clique nos links abaixo.

https://www.who.int/news-room/events/detail/2022/09/15/default-calendar/world-patient-safety-day-2022-global-virtual-event--medication-without-harm

https://www.dgs.pt/em-destaque/dia-mundial-da-seguranca-do-doente-who-global-virtual-event-medication-without-harm-pdf.aspx

A Campanha Global para o Dia Mundial da Segurança dos Doentes 2022 a celebrar a 17 de setembro tem como objetivos:

  • Aumentar a consciencialização e o envolvimento do público;
  • Reforçar a compreensão global;
  • Trabalhar para a maior solidariedade e ação global dos Estados-Membros para promover a Segurança dos Doentes.

A OMS refere que há um enorme peso de danos, das práticas inseguras de medicação e erros de medicação, sendo a principal causa de danos evitáveis nos cuidados de

saúde em todo o mundo. Assim, o tema para o Dia Mundial de Segurança do Doente em 2022 é a “Segurança da Medicação".

A evidência aponta para o facto dos erros de medicação ocorrerem quando os sistemas de medicação são fracos, e os fatores humanos tais como fadiga, más condições ambientais ou escassez de pessoal, afetam a prescrição, a transcrição, a dispensa, a administração e a monitorização, o que pode resultar em graves danos para o doente, incapacidade e até mesmo levar à morte do mesmo.

Assim, a Campanha da OMS apela a que todas as partes interessadas priorizem a segurança da medicação e abordem práticas e fraquezas inseguras do sistema, com especial enfoque nas três principais causas de danos evitáveis decorrentes da medicação:

1. Situações de alto risco;

2. Transições de cuidados;

3. Polifarmácia.

Também a Pandemia Covid-19 em curso exacerbou significativamente o risco de erros de medicação e danos relacionados com a medicação.

Por último, os objetivos do Dia Mundial da Segurança do Doente para 2022 são:

  • Sensibilizar globalmente para a elevada carga dos danos relacionados com a medicação devido a erros de medicação e práticas inseguras, e defender medidas urgentes para melhorar a segurança da medicação;
  • Envolver as principais partes interessadas e parceiros nos esforços para prevenir erros de medicação e reduzir os danos relacionados com a medicação;
  • apacitar os doentes e suas famílias para estarem ativamente envolvidos no uso seguro da medicação;
  • Ampliar a implementação do Desafio Global para a Segurança do Doente da OMS: “Medicação Sem Danos”.

“Junte-se a Nós para Alcançar… Medicação Sem Danos.”

Veja o vídeo alusivo da OMS deste ano - “Medicação Sem Danos” - em https://www.youtube.com/watch?v=MWUM7LIXDeA

Poderá encontrar os materiais da campanha deste ano em https://www.who.int/campaigns/world-patient-safety-day/2022

Fontes:
https://www.dgs.pt/em-destaque/dia-mundial-da-seguranca-do-doente-who-global-virtual-event-medication-without-harm.aspx
https://www.who.int/news-room/events/detail/2022/09/17/default-calendar/world-patient-safety-day-2022
https://cdn.who.int/media/docs/default-source/campaigns-and-initiatives/patient-safety/announcing-world-patient-safety-day2022.pdf?sfvrsn=c5e32a09_34

   
Maria Helena Junqueira
Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE, Helena.Junqueira@chleiria.min-saude.pt

Pedro Quintas
Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal, PMQuintas@arscentro.min-saude.pt

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Movimento Intestino Feliz organiza campanha "Uma manhã feliz"
O bem-estar físico e mental, a par da dieta, podem ter uma influência muito positiva nos sintomas da Síndrome do Intestino...

Bem-estar físico não significa ter de treinar como se fosse correr uma maratona ou levantar pesos, mas sim escolher atividades físicas que, além de todos os benefícios que já conhecemos, como a melhoria da aptidão cardiovascular, possam garantir relaxamento e uma melhor gestão da ansiedade, muito presente nestes doentes.  

Meditação, yoga, pilates, dança são algumas das atividades que o Movimento Intestino Feliz, dinamizado por profissionais de saúde, recomenda a quem sofre desta doença ainda pouco conhecida e que afeta mais mulheres do que homens. Os sintomas de SII podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são a dor, inchaço abdominal, excesso de gases e períodos de prisão de ventre ou diarreia. 

A alimentação é uma das formas mais comuns e simples de gerir alguns dos sintomas de SII, apesar de não estar comprovada a eficácia de todas as dietas e de não haver duas pessoas iguais. Ajustar o consumo de fibras, com a ajuda de um nutricionista, pode ser o primeiro passo para aliviar os sintomas. Limitar o consumo de fruta a três porções por dia, evitar açúcares ou adoçantes e fazer refeições regulares são alguns conselhos que também pode seguir. 

Outro conselho importante dos especialistas do Movimento Intestino Feliz é respirar fundo, usando o nariz e a barriga. Daí que algumas atividades como a meditação e o yoga sejam fortemente recomendadas para o alívio dos sintomas físicos e psicológicos. Respirar fundo ajuda a reduzir a ansiedade e o stress e a oxigenar bem os órgãos. Respirar pela boca pode aumentar o ar que vai parar ao estômago, o que pode levar a inchaço. 

Adotar uma postura correta é outra dica importante para enfrentar a SII. As posturas incorretas podem causar maior pressão sobre a zona abdominal. O yoga e o pilates, por exemplo, estão cheios de exercícios que ajudam a melhorar a postura, para além de ajudarem na gestão do stress e da ansiedade. Além disso, deve dormir bem para ter mais energia, reduzir o stress e melhorar o metabolismo. Se fuma, saiba que o tabaco propicia o refluxo e a azia, alterando a sensibilidade do intestino.  

Para desmistificar mitos e tabus sobre este distúrbio e para mostrar que é possível ter qualidade de vida com esta doença, o Movimento Intestino Feliz vai estar no dia 22 de setembro, a partir das 10 horas, no Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa, com a campanha “Uma manhã feliz”. Para este dia, o último do verão, o Movimento convidou a professora de Yoga Sara HU e as nutricionistas Isabel Pedroso Silva, Ana Pinto, Susana Barros e Inês Simas. A health coach Oksana Zagoruy, autora do blog Dicas da Oksi, vai oferecer um brunch saudável a quem se juntar a “Uma manhã feliz”. 

Dicas na cozinha e um exercício de relaxamento que pode fazer em casa 

Até se ambientar à forma de cozinhar os alimentos que melhor se adequam ao seu intestino e aos seus gostos, o melhor é começar pelo básico antes de procurar receitas mais elaboradas. Isto é, faça grelhados temperados com sal, pimenta e ervas aromáticas, legumes no forno só com sal e azeite, peixe e carne cozidos, mas bem temperados ou regados com um molho de tomate caseiro (tomate fresco, refogado em azeite, com sal, pimenta e orégãos ou manjericão). E que tal uma salada de quinoa com legumes e ovo? 

Se a ansiedade bater à porta e precisar relaxar, experimente deitar-se de costas num local confortável da casa e sem grandes distrações. Respire corretamente, pela barriga. Quando a respiração for mais natural, comece a tomar consciência e a relaxar os músculos do seu corpo – da cabeça, aos pés, de forma gradual, a cada expiração. Imagine-se num local calmo onde gostaria de estar deitada – uma praia, por exemplo. Vá adicionando detalhes ao local até se esquecer onde está realmente. 

Quando se sentir mais confiante na cozinha, procure receitas e outras dicas que possam ser um bom apoio para viver a vida em pleno, sem receio de sair de casa por causa de um intestino que pode “desafinar” de forma inesperada. Por exemplo, conselhos para jantar fora com a família e amigos sem que a dieta limite a sua vida social, ou então conselhos para viagens, porque passear é também um bom remédio para o corpo e para a alma. 

 

Impacto social e psicológio
Vermelhidão, edema, prurido e pele seca estão entre os principais efeitos visíveis da Dermatite Atóp

De acordo com a especialista em dermatologia, Maria João Paiva Lopes, a Dermatite Atópica é uma doença inflamatória crónica que se desenvolve na infância, sobretudo durante o primeiro ano de vida, e que se caracteriza por surtos de agravamento e remissão. No entanto, ao contrário do que se possa pensar, o seu diagnóstico chega, em muitos casos, vários anos depois do aparecimento dos primeiros sintomas.

“O sintoma dominante é o prurido, que pode ser desesperantemente intenso e persistente, levando a situações de coceira incoercível, com feridas por escoriação, por vezes cobertas por crostas de sangue”, explica a dermatologista, interferindo com a qualidade de vida do doente que, nos casos mais graves, pode desenvolver perturbações do sono.

Impactando negativamente a qualidade de vida de quem dela padece, a Dermatite Atópica surge associada a efeitos socioeconómicos que não podem deixar ninguém indiferente. “Para o doente, a DA requere o uso prolongado de dermocosméticos adequados para a higiene diária e para a hidratação da pele após o banho, que não são comparticipados e podem corresponder a uma despesa fixa significativa para o orçamento familiar. Por outro lado, nos períodos de crise é necessário recorrer a medicamentos, tópicos e/ou sistémicos, e pode haver períodos de internamento, bem como necessidade de consultas regulares e realização de exames complementares de diagnóstico. Resulta absentismo escolar ou laboral do doente e da família, o qual, associado ao estigma da doença cutânea em áreas expostas como a face e as mãos, assim como às perturbações do sono (e consequente cansaço crónico, dificuldade de concentração e irritabilidade) leva a dificuldades de aprendizagem ou profissionais”, esclarece a especialista.

Mafalda tinha 4 anos quando foi diagnosticada com a doença e admite que esta, desde então, apresenta um grande impacto físico e psicológico na sua vida, sobretudo quando se intensificam as suas crises. “Fisicamente torna-se desconfortável (…) a autoestima fica em baixo e por vezes ficamos deprimidos”, o que afeta não só a sua vida pessoal quanto profissional. No entanto, embora não possa afirmar que já se sentiu discriminada quanto ao seu aspeto, admite que “as pessoas que não me conhecem olham para mim de uma maneira diferente e como não têm conhecimento da doença fazem comentários desnecessários”.

Estando muitas vezes associada a outras patologias como a asma ou a rinite alérgica, a Dermatite Atópica tem como principais fatores de risco a história familiar de doença atópica, a exposição recorrente a antibióticos na infância, habitar em zonas urbanas e com clima seco. Em todo o caso, Maria João Paiva Lopes afirma que “é importante esclarecer que na realidade esta doença não é uma alergia”.

A paciente revela, quanto a esta questão que “o meu irmão tem psoríase, o meu pai tem problemas respiratórios, a minha avó paterna também tinha alguns problemas de pele”.

No seu caso, as primeiras manifestações da doença surgiram associadas à asma. “Comecei a ficar com lesões na pele, no pescoço na dobra das pernas e dos braços e nas virilhas”, revela admitindo que com a ajuda do tratamento conseguiu melhorar a sua qualidade de vida. “Passei por algumas fases complicadas, mas agora a doença está controlada”, afiança admitindo, no entanto, que não pode descurar certos cuidados: “colocar muito creme hidratante e fazer a higiene da pele com produtos indicados para a Dermatite”. Muito embora, siga à risca as indicações médicas, sabe que, no seu caso, “o stress é o que contribui mais para o agravamento da doença e também a alteração das estações do ano, primavera e outono”.

Segundo a especialista em dermatologia, embora “a maioria dos doentes entra em remissão espontânea após a puberdade”, há casos muito graves e persistentes que obrigam a tratamento crónico, “nem sempre com resultados totalmente satisfatórios”.

Neste âmbito, Maria João Paiva Lopes explica que atualmente “estão disponíveis vários tratamentos tópicos, imunossupressores sistémicos, fototerapia e, mais recentemente, um tratamento biotecnológico”. Espera-se ainda para breve a aprovação de novas moléculas inovadoras.

Cada caso é um caso, e o dermatologista é que irá determinar o tratamento mais indicado para o doente. “Gostaria de sublinhar que a evolução terapêutica recente tem sido notável e, portanto, atualmente estão disponíveis terapêuticas muito eficazes e seguras”, acrescenta a especialista que apela ainda para a prevenção. “A principal medida de prevenção é a proteção da função barreira, através do uso de produtos de limpeza adequados para higiene diária e da aplicação de emolientes em toda a pele, diariamente, desde o primeiro mês de vida”.

De modo a sensibilizar para a doença, Mafalda reforça esta mesma ideia. “A pele é o maior órgão do corpo humano e temos de o proteger e cuidar. Tenho esta doença há 40 anos, tive dias muito maus e complicados, mas temos de ter muita força porque dias melhores virão. A medicina está sempre a evoluir e vamos conseguir aproveitar melhor a vida”.  

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha “Dá Garra à Tua Vida” é lançada hoje
“Dá Garra à Tua Vida” é o mote da iniciativa lançada pela Sanofi, com o apoio da ADERMAP - Associação Dermatite Atópica...

Na adolescência os jovens passam por diversos desafios e receios, nomeadamente o isolamento e exclusão social, questões que afetam gravemente a saúde mental. A aparência e aquilo que os outros vão pensar são outras vertentes que levam os adolescentes a evitarem o contacto com os outros, deixando de viver uma vida plena e de realizações. O desconhecimento por parte de amigos e colegas sobre esta patologia e a incapacidade de estes “se colocarem na pele do outro” pode levar a sentimentos como vergonha, ansiedade e frustração, partilhados por mais de 34% dos doentes com Dermatite Atópica.

A Dermatite Atópica, ou eczema atópico, é uma doença inflamatória crónica da pele que é responsável por lesões físicas, mas também emocionais e socioeconómicas, que afeta 4.4% da população europeia e 10 a 20 % da população infantil a nível mundial. Cerca de 34% dos doentes sofrem com distúrbios de sono que podem levar a fadiga e prejudicar o dia a dia, incluindo a capacidade de concentração e, no caso dos adolescentes, a aprendizagem na escola.

Viver com Dermatite Atópica na adolescência não significa olhar para o espelho com medo do que se vai ver e de quantas manchas se vai contar. A campanha quer, por isso, promover uma mensagem de esperança junto dos adolescentes com dermatite atópica moderada a grave e relembrar que, apesar das noites em branco, é possível sonhar com uma vida normal.

“A Dermatite atópica é a doença inflamatória crónica cutânea mais frequente, que representa um custo anual de 1.018 milhões de euros em Portugal e que afeta mais de 10% da população infantil a nível mundial. Na maioria dos casos, a doença acaba por provocar problemas na autoestima dos adolescentes. Com esta iniciativa esperamos impactar as pessoas e alertar para a Dermatite Atópica moderada a grave, e para o impacto psicológico que esta patologia causa, especialmente nos mais novos. Felizmente, hoje existe esperança para estes doentes”, explica Marisol Garcia Pulgar, General Manager Specialty Care Sanofi Portugal.

A campanha quer assim promover uma mensagem positiva e de promoção da autoestima junto dos adolescentes com dermatite atópica moderada a grave.

3 a 7 de outubro
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) vai assinalar a Semana Nacional do Aleitamento Materno, este ano dedicada às...

Durante a semana serão dinamizadas atividades de consciencialização para este tema, na Consulta Externa de Obstetrícia e no átrio principal do HFF. No dia 6 de outubro irá também ser promovido um evento híbrido com partilha de evidência científica e experiência da prática de cuidados e promoção dos benefícios únicos do Aleitamento Materno.

Os principais objetivos destas iniciativas são consciencializar os colaboradores do HFF, os utentes e as suas famílias, para a necessidade de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, mas também encorajar, educar e apoiar a sua prática junto das grávidas que são acompanhadas no hospital.

A Organização Mundial da Saúde e a UNICEF recomendam o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de vida e a sua manutenção, com alimentos complementares, pelo menos até ao segundo ano de vida ou mais.

A Semana Nacional do Aleitamento Materno é uma iniciativa conjunta da Comissão de Aleitamento Materno e do Grupo de Trabalho da Iniciativa Hospital Amigo dos Bebés, em colaboração com os Serviços do Departamento da Mulher e do Departamento da Criança e do Jovem do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.

Para mais informações sobre o evento, assim como para a submissão de pósteres/comunicações livres, consulte o regulamento: https://hff.min-saude.pt/semana-nacional-do-aleitamento-materno/

 

“O Que Diz a Tua Dermatite Atópica”
No âmbito do Dia Mundial da Dermatite Atópica, que se assinala anualmente a 14 de setembro, a Associação Dermatite Atópica...

Além da explicação sobre o que é a dermatite atópica (DA), o médico dermatologista aborda, numa linguagem acessível, temas como a manifestação da doença e os sintomas mais comuns, a importância do diagnóstico e o tratamento e as soluções inovadoras que permitem ao doente manter a sua qualidade de vida. É também discutido o papel preponderante das Associações de Doentes, no caso, da ADERMAP, no aconselhamento às pessoas que vivem com dermatite atópica e às suas famílias. Os impactos social, psicológico e económico da patologia em quem vive com a doença e nas suas famílias são também temas de discussão.

Com o propósito de desfazer alguns mitos e mitigar os estigmas que continuam a sentir as pessoas que vivem com dermatite atópica, junta-se um testemunho real, para partilhar a experiência pessoal e os desafios superados desde o momento do aparecimento dos primeiros sintomas.

A dermatite atópica é uma das doenças inflamatórias crónicas de pele mais comum e tem um impacto elevado na qualidade de vida dos seus portadores, no sistema de saúde e na sociedade. A doença pode manifestar-se em todas as idades e afeta entre 1 a 3% dos adultos em todo o mundo, sendo que aproximadamente 4,4% da população europeia vive com dermatite atópica. A DA apresenta-se geralmente na sua forma ligeira e, estes casos, são, geralmente, bem controlados com cuidados regulares de higiene e hidratação apropriados, e evicção de agentes irritantes. No entanto, nos casos mais complicados, a gestão da dermatite atópica pode ser muito desafiante, sendo os desafios proporcionais à gravidade e às comorbilidades existentes.

A conversa pode ser acompanhada a partir de dia 14 de setembro no canal de Youtube da ADERMAP, ou através do InstagramFacebook e LinkedIn da ADERMAP, website da ADERMAP e Linkedin da LEO Pharma.

 

Opinião
O mês de setembro representa, para muitos jovens, o início de mais um ano letivo, o regresso às aula

A escola, é o local onde a criança ou jovem passa uma parte significativa do seu tempo, onde tem um largo espectro de experiências que a pode ajudar a construir a sua identidade, a estabelecer relações interpessoais e a desenvolver competências como a motivação, a resiliência e o autocontrolo. Com toda a importância que tem, não será de estranhar que o meio escolar também acarrete um conjunto de riscos para o aparecimento ou evolução negativa de um problema de saúde mental.

As crianças ou jovens com perturbação de saúde mental tendem a subestimar as suas capacidades e a enfrentar com maior apreensão ou evitamento tarefas escolares mais complexas e desafiantes, podendo comprometer o seu percurso escolar. E, ao depararem-se com resultados negativos, tendem a agravar as queixas emocionais que levam ao desinteresse escolar, podendo, mesmo, conduzir ao absentismo ou abandono escolar.

Aqui, é crucial a intervenção dos profissionais que os acompanham. Nós, enquanto equipa multidisciplinar da Unidade de Cuidados Continuados Integrados para a Saúde Mental na Infância e Adolescência trabalhamos no modelo terapeuta de referência. Esta é a base da nossa intervenção, cada jovem tem o seu terapeuta, com quem estabelece uma relação empática e de confiança, uma relação de apoio para que possa explorar as dificuldades sentidas em contexto escolar e outras. É importante para a criança ou jovem, que se depara com dificuldades, ter uma figura de referência que a ajude a compreender o que está a viver. Alguém que esteja disponível para ouvir o que sente, pensa ou a ajude a adquirir estratégias para as dificuldades do dia a dia e, assim, se sentir compreendido/a.

No entanto, é necessário transmitir uma perspetiva positiva sobre as capacidades da criança ou jovem para a ajudar a superar essas dificuldades e estimular a dar passos progressivos. Devemos elogiar as conquistas, por muito pequenas que sejam, desconstruir pensamentos e, mesmo que o resultado seja negativo, passar a mensagem de que é natural encontrarem-se obstáculos pelo caminho e que o esforço continuado permitirá ultrapassar o problema. O reconhecimento dos seus progressos e esforços é um fator de satisfação, promovendo a confiança nas suas capacidades. O reforço positivo, salientar os passos que deu na regulação das emoções, comportamento, autonomia, relação com o grupo de pares, na aprendizagem e, assim, traçar metas futuras.

No presente, as perturbações de saúde mental são o principal problema de saúde pública na Europa, e um dos principais em todo o mundo, para todos os grupos etários. O grande desafio da sociedade atual terá, necessariamente, de passar pelo desenvolvimento de estratégias que possibilitem o recovery, o empoderamento e a participação, e que, consequentemente, promovam a diminuição do estigma associado à doença mental.

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A campanha disponibiliza de forma gratuita cinco e-books e várias atividades online
Com a chegada do novo ano letivo, a campanha Fast Heroes 112, focada em sensibilizar a população para os principais sintomas do...

A cada segundo uma pessoa no mundo sofre um AVC, o que faz deste a principal causa de morte em Portugal. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2020, as doenças do aparelho circulatório foram as que mais mataram em Portugal, com 34.593 óbitos, um aumento de 2,9% face ao ano anterior. Destas, o INE destaca a subida de 4,2% nas mortes por AVC, para 11.439.

Segundo a Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC), este aumento durante a pandemia gerada pela COVID-19 pode ter duas razões: “Pode ter havido receio de ir as urgências, sendo que o fator tempo nesta doença é um ponto crítico, mas também poderá estar relacionado com a reorganização dos serviços de saúde. Houve ainda um desvio dos meios na prevenção nos cuidados de saúde primários”, explica Vitor Tedim Cruz, vice-presidente da SPAVC.

"Em Portugal, nos últimos anos, a mortalidade por AVC estava a decrescer, mas os dados mais recentes vieram mostrar que este é um trabalho que tem de ser constante. Não nos podemos esquecer do AVC, porque a principal causa de morte não foi nem é a COVID”, reforça.

A iniciativa Fast Heroes 112 surge para garantir que esta é uma preocupação das gerações futuras e não só. Ao educar as crianças entre os 5 e os 9 anos, ajudando-os a identificar corretamente os sintomas de AVC e ensinando-lhes a agir rapidamente, a campanha tem como objetivo chegar a todas as famílias portuguesas. Aproveita assim o incrível entusiasmo dos mais novos pela partilha de conhecimentos com quem as rodeia. Desta forma, é possível garantir que os doentes chegam ao hospital de forma atempada, evitando consequências mais graves e contribuindo para reduzir estes números. 

Através de recursos educativos e interativos, pretende-se assim que as crianças adquiram competências práticas para salvar vidas de uma forma envolvente e divertida. Tudo isto enquanto descobrem um pouco mais sobre a importância da empatia e do amor. A campanha conta para isso com a ajuda dos professores portugueses que, através do apoio dos materiais gratuitos, podem ter um verdadeiro impacto na vida dos seus alunos.

Para o fazer, a campanha disponibiliza de forma gratuita cinco e-books e várias atividades online. As atividades, que podem ser implementadas nas escolas e em casa, giram à volta de quatro super-heróis: Francisco (a Face), Fernando (a Força) e Fátima (a Fala) são três super-heróis reformados que representam os três principais sintomas de AVC. Já Tomás (a Tempo) reforça a importância de agir de forma atempada, ligando para o 112. A novidade mais recente é Tânia (a Professora), que será apresentada às turmas que realizarem o programa pelo segundo ano consecutivo.

Desenvolvida em parceria com o Departamento de Políticas Educativas e Sociais da Universidade da Macedónia, conta com o apoio da Organização Mundial de AVC, da Sociedade Portuguesa do AVC e da Iniciativa Angels. Além do português, os materiais estão já adaptados para várias línguas.

Para participar na campanha, basta ir ao website oficial, em www.fastheroes.com, e registar-se como professor para implementar a iniciativa nas aulas ou inscrever a sua criança.

Páginas