O estado da arte na saúde física, mental e auditiva dos músicos
Ergonomia e saúde, ansiedade e performance, formação musical e ensino saudável, a condição auditiva dos profissionais de música...

Organizado pelo Departamento de Música e Saúde deste espaço multicultural, que engloba uma unidade hoteleira com especial predileção pela cena musical, o encontro tomará pulso à realidade física, mental e auditiva dos músicos, bem como ao ensino saudável na formação de instrumentistas. Destina-se, por isso, especialmente a profissionais de música, estudantes, professores, clínicos e demais interessados pelas áreas em debate.

É um tema – ainda frequentemente – tabu. Mas, por causa da paragem profissional que a pandemia ditou a muitos artistas, e das realidades clínicas que os desconfinamentos foram revelando, a saúde dos músicos está gradualmente a sair dos bastidores e da discrição dos consultórios para ganhar importância pública.

“A saúde e a longevidade dos performers no exercício de sua arte requerem não apenas a adequação dos cuidados de saúde que lhes são prestados, por profissionais que conheçam e considerem suas necessidades específicas, mas também - e talvez de forma fundamental - atenção à sua formação, para que a construção da saúde ocorra juntamente com a aquisição das habilidades necessárias à performance”, sublinha Flora Vezzá, dínamo do evento e responsável pelo Departamento de Música e Saúde do M.Ou.Co., que tem na Clínica da Performance a sua face mais visível.

Esta doutorada em Saúde Pública e especialista em Fisioterapia Preventiva e Ergonomia (orientada para o desempenho musical) assevera que o atual contexto fornece a rampa certa para o “desenvolvimento de formações orientadas para a capacitação de profissionais de saúde, mas também para a dos próprios performers em todas as suas valências: artistas profissionais e amadores, iniciantes e proficientes”.

Graças ao reconhecimento da necessidade de uma abordagem especializada e sistematizada sobre a prevenção de problemas e a promoção da saúde e bem-estar dos músicos, “assiste-se um pouco por todo o mundo ao desenvolvimento de várias redes de conservatórios e escolas de música e artes voltadas para o ensino saudável”, lembra Flora Vezzá.

Para fazer o diagnóstico da especialidade e apontar caminhos, em Portugal, as 1.ª Jornadas de Música e Saúde do M.Ou.Co. reúnem um lote de profissionais com trabalho profícuo no atendimento de artistas e em diversos domínios (fisioterapia, ergonomia, audiologia, psicologia e musicologia), entre os quais pós-graduandos da Universidade de Aveiro, bem como professores da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo e da Católica do Porto.

A excelência requer do artista dedicação, prática constante e a capacidade física para a recriação do gesto a cada performance, enuncia Flora Vezzá, enfatizando que, “quando um problema de saúde afeta o seu desempenho, o apoio de profissionais que estejam cientes das exigências da sua atividade é fundamental”.  O que significa que abordagens especializadas que ofereçam técnicas de tratamento e recomendações adequadas às habilidades tão especiais desenvolvidas na performance podem ser a diferença entre uma recuperação plena e rápida, com retorno ao nível de desempenho anterior. Ou dificuldades e prejuízos no desempenho a médio e longo prazo.

A jornada, que ocupa toda a tarde de 15 de outubro, termina com um concerto comentado da especialidade, às 19h00.

22 de setembro pelas 19h
No dia 22 de setembro, das 19h00 às 20h30, a Academia Linde Saúde promove um webinar que tem como objetivo ajudar os...

O benefício clínico da oxigenoterapia está intrinsecamente dependente da sua correta aferição e da adesão ao tratamento, mas estes requisitos exigem um conhecimento aprofundado desta terapia por forma a equacionar as possibilidades técnicas existentes versus as expectativas e contexto do doente. Nuno Cortesão, pneumologista e intensivista no Hospital da Luz Arrábida, é o especialista convidado deste webinar e durante 90 minutos irá desconstruir vários conceitos e dúvidas relativos à oxigenoterapia.

No final da sessão os formandos deverão ser capazes de dominar o conceito de oxigenoterapia, indicações e características; compreender os critérios major a ter em conta na adequação da oxigenoterapia às necessidades e caraterísticas do doente e ser capaz de traduzir os conhecimentos teóricos apreendidos para a prática.

O webinar tem como público alvo médicos, médicos internos, estudantes de medicina, enfermeiros e fisioterapeutas. Para emissão de certificado de participação é necessário aceder à sessão através do link exclusivo que receberá após a inscrição e assistir a mais de 75% do período total da sessão.

 

Inaugurada em 2007
A CUF, com 77 anos de experiência e líder na prestação de cuidados de saúde em Portugal, comemora 15 anos da sua chegada ao...

Com um elevado perfil tecnológico, o Instituto CUF Porto é uma das maiores unidades de ambulatório em Portugal e conta com uma vasta oferta de consultas de especialidade e exames de diagnóstico e tratamento de apoio a todas as especialidades. Esta unidade de saúde caracteriza-se pela sua forte componente de apoio ao diagnóstico e tratamento, dispondo de uma ampla área de exames especiais e meios complementares de diagnóstico tecnologicamente avançados, bem como tratamentos diferenciados ao nível, nomeadamente, da Cardiologia, Gastrenterologia, Oftalmologia, Medicina Física e de Reabilitação e Radioterapia.

Ao longo deste percurso de consolidação e crescimento, o Instituto CUF Porto realizou mais de 1 milhão de consultas e 8 milhões de exames de diagnóstico.

Em conjunto com o Hospital CUF Porto, inaugurado em 2010, as duas unidades constituem um marco na saúde da área metropolitana do Grande Porto, disponibilizando cuidados de saúde de elevada qualidade e diferenciação, em estreita articulação com as restantes unidades da Rede CUF no país.

 

Até 10 de outubro
A APAH, Exigo, Gilead Sciences e IASIST anunciam que o prazo para submissão de candidaturas à 2.ª edição das Bolsas Mais Valor...

As Bolsas Mais Valor em Saúde - Vidas que Valem irão distinguir 4 projetos de carácter interdisciplinar, com o valor de 50.000 euros cada em serviços de consultoria, que visem implementar melhorias nos processos, contribuam para alcançar melhores resultados para o doente e para cimentar a cultura de Gestão da Saúde com Base no Valor. O regulamento das Bolsas pode ser consultado aqui

O Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem, é uma parceria APAH, Exigo, Gilead Sciences e IASIST, à qual se junta a Altice como parceiro tecnológico, que pretende contribuir para cimentar a cultura de Value Based Heathcare (VBHC) através da análise dos problemas atuais do Sistema Nacional de Saúde, da capacitação dos intervenientes na tomada de decisão, do rigor na avaliação de resultados e da transparência na sua divulgação. O propósito é a implementação de estratégias que permitam melhorar os resultados clínicos, a satisfação dos doentes e a afetação de recursos financeiros.

A avaliação das candidaturas estará a cargo de um Júri composto por personalidades de reconhecido mérito, experiência profissional e/ou académica, presidido por Maria de Belém Roseira e que conta com Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, Rui Pinto, da Direção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Pedro Pita Barros, Economista da Saúde, Xavier Barreto, Presidente da APAH e Vera Arreigoso, jornalista especialista em temas da saúde.

As Bolsas Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem contam com o apoio institucional da Ordem dos Enfermeiros, da Ordem dos Farmacêuticos e da Ordem dos Médicos, vendo assim reconhecida a relevância desta iniciativa.

28º Congresso Nacional de Medicina Interna
O 28º Congresso Nacional de Medicina Interna vai realizar-se, em formato híbrido, de 2 a 5 de outubro, em Vilamoura, com a...

“É uma honra para o serviço de Medicina Interna de um pequeno hospital poder organizar tão grandioso evento” afirma Amélia Pereira, Presidente do Congresso.

Para Lèlita Santos, Presidente da SPMI "o Congresso Nacional de Medicina Interna é um momento de atualização científica e discussão de assuntos de interesse para a especialidade incluindo aspetos estruturais e operacionais do SNS, tão importantes no contexto atual. Este Congresso, a exemplo de todos os anteriores, tem o sucesso garantido e será mais uma demonstração da importância da Medicina Interna como especialidade estruturante nos hospitais."

O encontro científico terá como tema «Da nascente à foz: Medicina Interna» e pretende transmitir a ideia de movimento, crescimento e evolução, que por analogia com o correr do rio Mondego, mostre o papel do internista no seguimento do doente em toda a sua vida adulta.

No programa do 28º CNMI serão debatidos múltiplos temas, grande parte resultado do trabalho desenvolvido ao longo do ano pelos núcleos da sociedade, mas também outros temas científicos que pela sua atualidade, especificidade ou controvérsia serão importantes pontos de discussão, partilha e sedimentação de conhecimentos.

Durante os quatro dias vão realizar-se 17 mesas-redondas, seis conferências e diversos Encontros com Especialista, Comunicações Orais e Simpósios. A tarde do terceiro dia do Congresso será dedicada aos Jovens Internistas e aos Orientadores de Formação de Medicina Interna.

“Queremos refletir sobre a importância da Medicina Interna ao longo dos tempos, dentro e fora do Serviço Nacional de Saúde. A Medicina Interna tem tido uma ação central no desenvolvimento, evolução e garantia de padrões de qualidade da atividade assistencial nos hospitais portugueses, mas também na atividade formativa, na análise e reflexão do trabalho realizado através da investigação” conclui Amélia Pereira.

As inscrições encerram dia 20 de setembro. Após esta data só serão aceites inscrições no próprio Congresso. Inscrições aqui: https://cnmi.spmi.pt/

O programa está disponível em:  https://cnmi.spmi.pt/wp-content/uploads/2016/05/28oCNMI_PROGRAMA-COM-NOMES_V20.pdf

Iniciativa da Sociedade Portuguesa de Cefaleias (SPC)
A TEVA Portugal está a apoiar o programa de webinars 365: MEET THE ONLINE HEADACHE EXPERT, uma iniciativa da Sociedade...

As sessões são gratuitas, com duração de 60 minutos e ocorrem na terceira sexta-feira de cada mês, pelas 17 horas. Os interessados, podem optar por participar com partilha de conteúdos para discussão (sob a forma de slides com informação clínica ou artigos científicos) ou por chat ou vídeo sem partilha de conteúdos (participação simples)

As cefaleias encontram-se entre as doenças mais comuns do Sistema Nervoso afetando cerca de metade da população mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as cefaleias estão identificadas como a doença neurológica mais frequente nos cuidados primários e encontram-se entre as 10 mais incapacitantes. Estima-se que 1,7% a 4% da população adulta tem em média 15 dias de cefaleias por mês1.

Na opinião de Marta Gonzalez Casal, diretora geral da TEVA Portugal, “este projeto constitui uma importante aposta na dinamização e desenvolvimento de novas competências, com vista a fortalecer a formação dos profissionais de saúde e ajudá-los a melhorar a qualidade de vida dos doentes com cefaleias”.

Raquel Gil-Gouveia, presidente da SPC refere que “Este projeto visa aproveitar as oportunidades que o contacto digital permite para construir uma ponte entre os profissionais de saúde que estão na primeira linha de tratamento dos doentes com cefaleias e enxaqueca em Portugal e os neurologistas especialistas em cefaleias de todo o território nacional. O principal objetivo é que os colegas médicos e internos de medicina geral e familiar, mas também qualquer outro colega de medicina interna, pediatria, medicina do trabalho ou outros, que naturalmente cuidam de pessoas que sofrem de cefaleias, tenham regularmente uma possibilidade de discutir casos complexos, questionar sobre dúvidas de terapêutica, diagnóstico ou mesmo referenciação ou obter informação sobre a inovação - como novas terapêuticas, técnicas, estudos ou ensaios. Do estreitar desta relação interpares só pode resultar em benefício para as pessoas que sofrem de enxaqueca ou outras cefaleias, em Portugal”

Nuno Jacinto, presidente da APMGF acrescenta “Esta colaboração permite criar redes de comunicação entre Neurologistas e Médicos de Família, melhorando a articulação entre as duas especialidades.

O caráter regular e informal das sessões torna-as mais apelativas e possibilita um aprofundar de conhecimentos e partilha de experiências que, em última análise, originarão uma melhoria dos cuidados de saúde prestados aos doentes com cefaleias.”.

As sessões do programa 365: MEET THE ONLINE HEADACHE EXPERT vão decorrer até fevereiro de 2023 conduzidas por um painel de neurologistas peritos na área das Cefaleias.

20 maio | Filipe Palavra (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – Hospital Pediátrico)

17 junho | Henrique Delgado (Hospital das Forças Armadas e Hospital da Luz Lisboa)

15 de julho – Renato Oliveira (Hospital da Luz Lisboa)

19 de agosto – Carlos Andrade (Centro Hospitalar e Universitário do Porto)

16 de setembro – Sónia Batista (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra)

21 de outubro – Sara Machado (Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca)

18 de novembro – Paulo Simões Coelho (CUF Porto)

16 de dezembro – Elsa Parreira (Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca)

20 de janeiro – Manuela Palmeira (Centro Hospitalar da Cova da Beira)

17 de fevereiro – Paula Esperança (Centro Hospitalar de Lisboa Central)

A participação nos webinars 365: MEET THE ONLINE HEADACHE EXPERT é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia em:  https://cefaleias.efk.pt/

Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Um estudo publicado na revista “Marine Pollution Bulletin” aponta a necessidade da criação de uma metodologia universal para...

A bioacessibilidade traduz-se no que o organismo humano pode absorver a partir dos alimentos que ingerimos e é um instrumento particularmente relevante para determinar quais os valores máximos de contaminantes que podem ser consumidos ao longo da vida sem risco para a saúde. Em concentrações muito baixas, o mercúrio não representa perigo para a saúde humana, mas a sua acumulação a longo prazo pode ter efeitos prejudiciais.

Este estudo, liderado por Filipe Costa, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), avaliou a fração de mercúrio bioacessível em peixes e mariscos presentes na dieta mediterrânica, designadamente peixe-espada-preto, atum, espadarte, tubarão azul, salmão e tainha; mexilhão e amêijoa.

A escolha das espécies foi baseada nos principais peixes e mariscos consumidos no sul da Europa e incluiu espécies capturadas no oceano (peixe-espada-preto, atum, espadarte e tubarão azul), espécies de aquacultura (salmão e mexilhões) e espécies estuarinas (tainha e amêijoas). Para avaliar o nível de bioacessibilidade das espécies em estudo, a equipa, que integra também Pedro Coelho e Cláudia Mieiro, da Universidade de Aveiro (UA), recorreu a três formas distintas de extração in vitro, que «simulam em laboratório o efeito da saliva, suco gástrico e da bílis durante o processo de digestão», explica Filipe Costa,

referindo que, no caso do peixe-espada-preto, foram ainda utilizados três diferentes métodos de confeção: cozer, fritar e grelhar, para avaliar o impacto dos processos culinários na bioacessibilidade do mercúrio.

O estudo conclui que a estimativa da bioacessibilidade do mercúrio no peixe e marisco depende do método aplicado, já que cada método de extração apresentou resultados diferentes, o que, para o investigador da FCTUC, «salienta a falta de uma metodologia universal para estimar a bioacessibilidade do mercúrio (Hg) nessas matrizes. As frações de Hg bioacessíveis variavam entre 10% e quase 90% do mercúrio total (T-Hg) e aumentaram nas espécies consideradas predadoras (espadarte, tubarão azul e atum). Entre os três métodos de extração testados, o Método Unificado de Bioacessibilidade (UBM) forneceu a estimativa mais elevada de bioacessibilidade de Hg para os consumidores».

No que respeita aos métodos de confeção utilizados, «todos eles reduziram consideravelmente a fração de Hg bioacessível», ou seja, observou-se uma «diminuição no teor deste contaminante», avança Filipe Costa, esclarecendo que, de uma forma geral, os resultados do estudo indicam que o «Hg bioacessível encontrado nestas espécies de peixe e marisco, especialmente após a confeção, está muito abaixo dos níveis estabelecidos pela legislação atual de avaliação de risco de segurança. Estes resultados destacam a importância da integração de medidas de bioacessibilidade na legislação de segurança alimentar».

A legislação de segurança alimentar atual apenas considera a concentração total de contaminantes em peixes e mariscos, não tendo em conta a bioacessibilidade contaminante durante o processo de digestão nem o efeito dos modos de confeção na solubilização digestiva do contaminante. O artigo científico pode ser consultado em: https://doi.org/10.1016/j.marpolbul.2022.113736

Dor cervical
A dor no pescoço é também conhecida como dor cervical e pode variar de muito leve, a grave ou até a

Causas

A maioria das dores cervicais estão relacionadas com distúrbios na coluna, como contraturas musculares, artroses e artrite, distúrbios do disco intervertebral como as hérnias discais e ainda por lesões causadas por traumatismo, como o golpe de chicote provocado por acidentes de viação.

  1. Contraturas musculares: O uso excessivo de músculos, a preocupação, stress, adormecer numa posição desconfortável ou mesmo o uso prolongado de um teclado de computador são alguns dos motivos que podem provocar tensão nos músculos do pescoço. Esta tensão provoca a redução de mobilidade, desconforto e dor.
  2. Artroses: A idade é amplamente aceite como causa, pois as articulações do pescoço também tendem a deteriorar-se como outras articulações.
  3. Distúrbios do disco intervertebral: Os discos de amortecimento entre as vértebras ficam desidratados, estreitando os espaços de saída dos nervos na coluna vertebral. A degeneração dos discos pode ainda levar a que estes se fragmentem e acabem por sair do espaço intradiscal, provocando a compressão do nervo e, portanto, dor.
  4. Lesões traumáticas: Os traumatismos da região cervical, comuns em acidentes de viação, provocam alterações no disco intravertebral e nas articulações da coluna, resultando muitas vezes em dor crónica.

Sintomas

A dor pode ser contínua ou intermitente.

Para além da dor localizada no pescoço, outros sintomas associados são:

  • Irradiação da dor para os ombros, braços, mãos, omoplata e cabeça
  • Sensação de formigueiro e dormência
  • Diminuição da força muscular
  • Dificuldade nos movimentos do pescoço

Diagnóstico

Obter o diagnóstico correto é essencial para individualizar o plano de tratamento.

A Paincare utiliza investigações radiológicas para identificar a origem da dor como raio-x, TAC e ressonância magnética, que permite investigar com pormenor a causa da dor.

Para complementar, oferece

  • Uma avaliação completa por um dos nossos especialistas no tratamento da dor
  • Uma história médica detalhada, incluindo avaliação de enfermagem, concentrando-se na sua dor
  • Um exame completo da coluna vertebral e avaliação neurológica

Tratamentos

As principais formas de tratamento incluem:

  • Farmacoterapia
  • Injeções epidurais, facetárias e articulares
  • Radiofrequência cervical
  • Nucleólise da hérnia discal com ozono e fibra ótica
  • Neuroestimulação elétrica transcutânea (TENS)

A dor no pescoço também pode ser um sintoma de meningite quando acompanhado por outros sintomas: febre alta repentina, forte dor de cabeça, pescoço rígido, vómitos em jato, náusea, confusão mental e dificuldade de concentração, convulsões, sonolência, fotossensibilidade e falta de apetite.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo “Caraterização das Unidades de AVC em Portugal 2021”
O trabalho que pretende compreender o funcionamento da Via Verde de AVC (VVAVC) e das Unidades de AVC (UAVC) nos...

Os coordenadores da edição, Miguel Rodrigues e José Mário Roriz, recordam que “o aparecimento das UAVC e a implementação da VVAVC tiveram um papel determinante na diminuição da mortalidade por AVC na última década e na melhoria dos cuidados no AVC agudo em Portugal”. No entanto, alertam os especialistas em Neurologia, “o funcionamento da VVAVC e a estrutura e organização das UAVC é díspar a nível nacional”, isto é, os vários hospitais adotam modelos de funcionamento e recursos humanos variados. Adicionalmente, as UAVC “nunca foram formalmente reconhecidas nem integradas numa rede nacional”, colocando limitações à sua organização e funcionamento.

Este trabalho nasceu da necessidade de “identificar, no nosso País, as estruturas existentes para tratamento agudo e subagudo do AVC, bem como caracterizálas num formato mais sistemático, detalhado e objetivo”, centrado nos critérios estabelecidos pela European Stroke Organisation (ESO), construindo tabelas de classificação fáceis de interpretar objetivamente.

Outro objetivo deste estudo, em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação, passou por “descrever as estruturas disponíveis para a reabilitação pós-AVC”, referem os médicos.

Esta análise abrangente permitiu ao grupo de trabalho elencar dificuldades e necessidades dos vários centros e traduzi-las em recomendações comuns. “Estas recomendações finais estão em linha com os objetivos do Action Plan for Stroke”, um plano internacional para combater o AVC na Europa, que desafia os países signatários (incluindo Portugal) a alcançar metas estratégicas e faseadas até 2030.

Em traços gerais, o estudo demonstrou que as redes de referenciação existentes para terapêutica aguda de revascularização não seguem um plano nacional concertado e devidamente organizado, “para a criação de uma rede geograficamente equitativa”. Da mesma forma, “há uma distribuição claramente desigual das UAVC pelo território português”.

“Os dados continuam a revelar que a maioria das UAVC apresenta constrangimentos importantes na infraestrutura e capital humano – algumas em consequência de reestruturações decorrentes da pandemia COVID-19”, pode lerse nas conclusões do documento. Concretizando, é referido que “3 em 35 UAVC Mais informações: gabineteimprensa@spavc.org | 914 737 275 reconhece não ter equipa própria de enfermeiros, 5 em 35 admite não ter fisioterapeutas dedicados e 3 em 35 refere não ter terapeutas da fala na equipa da UAVC – sendo que 1 em 35 UAVC não realiza ainda pesquisas protocoladas sistemáticas de disfagia”. O reforço de médicos, enfermeiros, terapeutas e assistentes operacionais foi uma das principais e mais preocupantes necessidades listadas como comuns às diferentes UAVC analisadas.

4.ª edição do MOVING ON SERIES
O Porto vai acolher, no próximo dia 15 de outubro, a 4.ª edição do MOVING ON SERIES, evento que marca o calendário da...

O MOVING ON SERIES é um programa de educação médica contínua na doença de Parkinson e que tem contado com a colaboração de vários neurologistas especialistas nas doenças do Movimento. Esta edição é organizada em conjunto pela BIAL, Sociedade Portuguesa de Neurologia (SPN) e Sociedade Portuguesa das Doenças do Movimento (SPDMov).

Este programa científico tem como principal objetivo contribuir para a formação contínua de neurologistas e internos da especialidade, que pretendam consolidar e alargar o seu conhecimento na gestão da doença de Parkinson, fomentando a discussão das mais diversas abordagens terapêuticas com especialistas nacionais e internacionais na área das doenças do movimento.

Para além da discussão de temas críticos na Doença de Parkinson, esta edição pretende desafiar os neurologistas e internos da especialidade a submeter casos clínicos e dar a conhecer alguns projetos de inovação que estão a ser desenvolvidos a nível nacional e internacional. Dos resumos submetidos, três serão selecionados para apresentação, premiação e podem ser posteriormente publicados numa edição da SINAPSE, revista da SPN.

Com um painel diversificado que inclui mais de uma dezena de especialistas, o MOVING ON SERIES contará com um workshop direcionado para a otimização do diagnóstico e intervenção na Doença de Parkinson, com o qual se pretende contribuir para uma melhor prestação de cuidados de saúde a estes doentes.

Para Bruno Fidalgo Dias, responsável do Departamento Médico da BIAL em Portugal, “refletindo o compromisso da BIAL com o conhecimento e formação na área das neurociências e com a comunidade de Parkinson, o MOVING ON SERIES tem vindo a afirmar-se como uma referência médica e científica, estimulando o debate e a partilha de experiências, com os quais todos os doentes poderão beneficiar no futuro próximo. Este ano contamos com uma sessão denominada Brain Corner, em que serão apresentados projetos inovadores na Doença de Parkinson em Portugal, assim como a abertura de um espaço de submissão de casos clínicos e um workshop dedicado ao diagnóstico e intervenção na doença de Parkinson”.

Estima-se que em Portugal 20 mil pessoas sofram de Doença de Parkinson, atingindo já 1,2 milhões de europeus, número que potencialmente duplicará nas próximas duas décadas.

A submissão de resumos de casos clínicos decorre até dia 23 de setembro e as normas e regulamento podem ser consultados aqui: Submissão de Abstracts – MOVING ON SERIES.

Para mais informações consulte: MOVING ON SERIES

Cefaleia de tensão e enxaqueca
Estima-se que cerca de metade das crianças até aos sete anos sofram de cefaleias, sendo as enxaqueca

As cefaleias são dores de cabeça e são uma queixa frequente na criança e adolescente. De acordo com a MiGRA Portugal – Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, a “cefaleia é uma dor ou incómodo em qualquer parte da cabeça, incluindo couro cabeludo, pescoço superior e face”, estando entre as patologias mais comuns do sistema nervoso. No entanto, continuam a ser subvalorizadas e, consequentemente, subdiagnosticadas.

Em 90% dos casos, as dores de cabeça são consideradas cefaleias primárias, ou seja, estas “são doenças em si mesmas e não expressões de outros eventuais problemas de saúde”. Neste grupo estão incluídas as tão comuns cefaleias de tensão e as enxaquecas. E importa sublinhar ainda que, embora ambas sejam condições que podem ser incapacitantes, são distintas.

Então como distinguir a cefaleia de tensão da enxaqueca?

Segundo a MiGRA Portugal, o que a distingue a cefaleia de tensão da enxaqueca é que, “na maioria dos casos, a cefaleia de tensão é de ambos os lados da cabeça, a intensidade é mais leve, não é pulsátil/latejante, não se intensifica com o esforço físico, não é acompanhada de vómitos e o ruído é menos tolerado do que a luz”.

A cefaleia de tensão:

A cefaleia de tensão é caracterizada por dor ligeira a moderada, descrita muitas vezes como sensação de “capacete” pesado, pressão ou moinha. Pode também fazer-se acompanhar de náuseas e intolerância ao ruído, assim como, algumas vezes, pela contração excessiva dos músculos do pescoço e ombros. Pode ter a duração de horas, dias e em alguns casos é praticamente contínua.

A enxaqueca:

A enxaqueca é uma doença do sistema nervoso central que pode começar horas a dias antes da dor propriamente dita, com sintomas prodrómicos como depressão, irritabilidade, letargia, sensibilidade exagerada às luzes e aos sons, dificuldade de concentração, bocejo ou outros, bastante variados.

A dor é tipicamente unilateral, pulsátil, de intensidade moderada a grave. É frequentemente acompanhada de náuseas, os vómitos e sensibilidade aumentada à luz e aos sons. Esta pode durar até 72 horas, e mesmo depois de passar podem persistir sintomas como cansaço e dificuldade de concentração.

De sublinhar que nas crianças mais pequenas os sintomas de enxaqueca podem ser diferentes dos adultos, por exemplo quanto à sua localização (mais vezes bilateral) e duração (habitualmente mais curta). Por outro lado, existem ainda as variantes de enxaqueca – síndroma dos vómitos cíclicos, enxaqueca abdominal, vertigem paroxística e torcicolo paroxístico – em que a dor de cabeça pode não ser o sintoma predominante.

Qual a causa da cefaleia de tensão e da enxaqueca?

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, situações de stress a nível escolar ou familiar, depressões, posturas anormais do pescoço e costas e dificuldades na visão estão entre as principais causas das cefaleias de tensão na criança e no jovem adolescente.

Quanto à enxaqueca, embora o mecanismo exato da enxaqueca não seja conhecido, parece estar relacionado com alterações no cérebro e causas genéticas. A SPN adianta, aliás, que “a maioria das crianças com enxaqueca tem outros familiares com o mesmo problema. Se ambos os pais tiverem história de enxaqueca há 70% de probabilidade de um filho desenvolver enxaqueca. Se só um dos pais tiver o risco desce para 25%-50%”.

Entre os fatores que podem predispor uma crise de enxaqueca, apontam-se o stress, ansiedade, depressão, alterações no padrão de sono, luzes e ruídos intensos, alguns alimentos e bebidas, excesso de exposição solar, excesso de atividade física, entre outros.

Como tratar?

O tratamento vai depender entre outros fatores do tipo de cefaleia, da intensidade, da frequência e da idade da criança.

De acordo com a SPN, de um modo geral, o tratamento das cefaleias primárias consiste na “educação da criança e familiares de forma a identificar e evitar possíveis fatores precipitantes, criar hábitos de sono regular, horários de refeições, hidratação adequada, evitar situações de stress, praticar exercício físico” e na administração de medicamentos analgésicos para tratamento da dor na fase aguda. “Geralmente usam-se os mesmos medicamentos analgésicos dos adultos, mas em doses mais baixas, ajustadas ao peso da criança, sempre prescritos pelo médico”, esclarece a SPN.

Quando necessário, pode recorrer-se ao tratamento profilático, usado diariamente por um período de tempo com o objetivo de diminuir o número e intensidade dos episódios. No enanto, a SPN sublinha: “este tipo de tratamento exige seguimento regular na consulta”.

Quando consultar o médico?

  • Quando dor de cabeça é intensa e diferente do habitual
  • Quando as queixas são frequentes
  • Quando se associam a outros sintomas como alterações da visão, alterações do comportamento, dificuldades na marcha
  • Sempre que os pais estejam preocupados ou com dúvidas
  • Quando a criança tem menos de seis anos
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Setembro é o Mês Internacional de Sensibilização para o Cancro Pediátrico
No Mês Internacional de Sensibilização para o Cancro Pediátrico, a Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com...

O cancro pediátrico, apesar de ser uma doença rara, continua a ser a causa de morte mais frequente em Portugal em crianças acima de 1 anos de idade e adolescentes até aos 15 anos. Na sobrevivência, as sequelas são responsáveis por menos qualidade de vida em dois terços dos sobreviventes, e 1/3 destes tem sequelas graves.

“Afirmando-se como um instrumento de planeamento que integrará as recomendações do Plano Europeu de Luta Contra o Cancro (PELCC), o documento português fica aquém do que a comissão europeia definiu como uma prioridade – a oncologia pediátrica. Oportunidade perdida na definição de prioridades numa área que nunca tinha constado num plano nacional oncológico”, escreve a associação em comunicado.

“Não vemos estratégia para a atualização dos dados em pediatria, no que ao Registo Oncológico Pediátrico diz respeito. É especificamente dito no PELCC que o sistema de informação europeu em cancro deve ser emendado, no sentido de incluir uma nova secção especialmente modelada para ter em conta as especificidades do cancro pediátrico. Existem vários grupos de trabalho na Europa que estão a trabalhar a atualização de dados sendo a posição portuguesa uma das que não tem números globais nem atualizados no que respeita à Pediatria e em que não se sabe quando isso acontecerá. A estratégia deveria implicar a sua existência, dentro de um prazo razoável e explicitando os meios e o caminho a percorrer para lá chegar”, afirma.

Segundo a Acreditar, o mesmo acontece com a participação nacional na EU Network of Youth Cancer Survivores.  “O cancro nos adolescentes e nos jovens adultos é mais parecido com o cancro pediátrico do que com os cancros dos adultos. Em Portugal, é como se isto fosse uma realidade desconhecida, não havendo dados nem reconhecimento das várias problemáticas desta população. Como se pode participar numa rede europeia de jovens sobreviventes de cancro se estes - adolescentes e jovens adultos – são completamente ignorados?”, questiona.

Ainda sobre os dados, a Estratégia diz que o “Cancer Survivor Smartcard” será implementado em 2023. “Desconhecemos qual o desenvolvimento que está a ser feito para que isto seja uma realidade relativamente ao cancro dos adultos. Também não há indicação de que esta importante ferramenta de gestão da doença por parte do próprio doente tome em conta as peculiaridades da pediatria, como faz exatamente o PELCC. Este diz que o Smart Card deve “tomar em conta as especificidades dos sobreviventes de cancro pediátrico, incluída a monitorização de longo prazo, a monotorização de efeitos, a reabilitação, o apoio psicossocial, os módulos educacionais a conectividade com os serviços de saúde e a informação sobre o passado”, acrescenta.

De acordo com a associação, “o documento prevê o acesso aos seguros (dos sobreviventes de cancro) para 2025, ignorando totalmente a entrada em vigor da Lei do Esquecimento – muito por força dos sobreviventes de cancro pediátrico – a qual foi publicada em 2021 e entrou em vigor em 2022. O que deveria ser importante neste documento é determinar uma estratégia para a sua regulamentação – os sobreviventes continuam a ser discriminados quando tentam obter um seguro de vida, por exemplo - e não querer implementar uma lei que já está em vigor”.

Defende ainda que se invista no desenvolvimento de novos tratamentos, menos tóxicos e com menos efeitos indesejados, agudos ou tardios, melhorando a qualidade de vida do doente e do sobrevivente. “Salientamos a necessidade de existirem recursos protegidos e afetos à pediatria de forma a garantir que, por muito pequeno que seja o investimento que lhe é dedicado, este pelo menos existe.  Esta tem sido a estratégia europeia para o desenvolvimento de medicamentos onco-pediátricos e tem dado alguns frutos embora ainda incipientes por haver a necessidade de ir mais longe no que está preconizado”, apela ainda.

Pegando numa recomendação usada no Plano Europeu, “pedimos que se analisem bem as omissões relativas á pediatria e aos jovens e se emende a Estratégia para a Oncologia em Portugal”.

Cancro da Próstata
A partir de hoje e até ao dia 30 de novembro, decorrem as candidaturas para a primeira edição do Science Choice Award, uma...

O projeto vencedor será premiado com 20 mil euros e selecionado por uma Comissão de avaliação composta pelos especialistas na área: Prof. Dr. Arnaldo Figueiredo, Prof. Dr. Carlos Silva, Prof. Dr. Luís Campos Pinheiro, Dr. José Palma dos Reis, Prof.ª Dr.ª Isabel Fernandes, Dr.ª Maria Joaquina Maurício, Dr.ª Gabriela Sousa, Prof. Dr. Miguel Ramos, representante da Associação Portuguesa de Urologia e Dr.ª Cátia Faustino, representante da Sociedade Portuguesa de Oncologia.

O Science Choice Award foi desenhado para todos os Médicos Internos de Especialidade e Médicos Especialistas em Urologia e Oncologia, desde que sejam os efetivos autores do projeto submetido. Ao lançar esta iniciativa a Bayer pretende fazer a diferença no futuro da uro-oncologia em Portugal e premiar projetos que se distingam pelo seu carácter disruptivo e valor clínico.  

Marco Dietrich, diretor geral da Bayer Portugal, explica que “o investimento na inovação e ciência que impacta diretamente a vida dos doentes é uma prioridade para a Bayer. Conhecemos o impacto que o cancro da próstata tem em Portugal e o trabalho brilhante que é desenvolvido pelos médicos portugueses nesta área e queremos por isso, com este prémio, distinguir e ajudar um destes projetos clínicos a crescer e atingir mais rapidamente os seus objetivos”.

As candidaturas estão abertas até 30 de novembro de 2022 e poderão ser formalizadas através do preenchimento do formulário de candidatura, disponível em http://sciencechoiceaward.com.

 

 

Saúde ocular
Já ouviu falar em queratite?
Queratite é um processo inflamatório da córnea

A queratite é um processo inflamatório da córnea, a parte transparente do olho através da qual se vê a cor dos olhos.

As principais causas são de origem infeciosa provocada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. Mas também pode ter outras causas, como sejam os distúrbios que afetam a superfície ocular, como a xeroftalmia (Síndrome de Olho Seco), por exemplo na síndrome de Sjögren ou em pessoas que por diversas causas não conseguem pestanejar ou fechar os olhos ao dormir. Mas, as causas não findam aqui, e, assim, temos a queratite traumática que tem como causas traumas ou agressões externas, i.e. substâncias tóxicas.

Com outras causas menos frequentes, a queratite medicamentosa surge na sequência de alergias a medicamentos, como o uso de alguns colírios, ou, a exposição prolongada à luz ultravioleta sem proteção (óculos de sol, por exemplo), ou na sequência de algumas doenças autoimunes, como a artrite reumatoide ou lúpus.

Por último, convêm também mencionar que a queratite pode também surgir como complicação de uma doença muito mais comum dos olhos, a conjuntivite.

Tipos de Queratite

Há vários tipos de queratite de acordo com a causa, assim temos:

Queratite vírusal, que é um tipo causada por um vírus (infeciosa). Entre os mais comuns, encontra-se o vírus do herpes simples.

Queratite bacteriana, que é um tipo de queratite causada por bactérias. Como principais causas para uma queratite bacteriana encontra-se a utilização de lentes de contacto de forma intensiva ou inadequada com um risco acrescido de 10 a 15 vezes. Entre as bactérias mais frequentes mencione-se o Staphylococcus aureus, Estafilococos coagulase-negativa, Pseudomonas aeruginosa, Corynebacterium, Streptococcus, Micobactérias.

Queratite fúngica, que é um tipo de ceratite causada por fungos, de entre os quais se destacam os do tipo Fusarium, Aspergillus, Candida.

Queratite de origem não infeciosa. Como exemplo de queratite não infeciosa temos as resultantes de traumatismos e agentes irritantes ou tóxicos. Ou, as que estão associadas a doenças autoimunes, como artrite reumatóide, lupus eritematoso disseminado ou acne rosácea.

Ou, podemos classificar de acordo com a sua localização, a saber:

Queratite intersticial é um tipo em que toda a córnea está envolvida no processo infecioso.

Queratite puntata ou punctata é um tipo em que apenas o epitélio corneano está envolvido, como micro úlceras corneanas.

Queratite filamentar filamentosa é um tipo em que as células superficiais da córnea se desprendem (filamentos) provocando pequenas úlceras muito dolorosas e filamentos muito aderentes às úlceras de córnea.

Queratite bolhosa ocorre por edema corneano do estroma, acompanhado de bolhas epiteliais e subepiteliais por perda de células endoteliais ou alterações da junção das células endoteliais. Em casos mais avançados ocorre o espessamento do estroma, vascularização corneana e fibrose subepitelial.

Fatores de risco

Alguns dos fatores de risco mais comuns para contrair ou agravar uma queratite:

  • Lentes de contato: o uso prolongado de lentes aumenta o risco de queratite infeciosa ou não infeciosa;
  • Imunidade reduzida: se houver um sistema imunológico deficiente seja por doença ou medicamentos;
  • Clima quente e húmido aumenta o risco de queratite;
  • Corticóides tópicos: O uso de colírios de corticoides pode aumentar o risco de desenvolver uma queratite infeciosa ou agravar queratites já existentes;
  • Lesão ocular prévia, doentes que tiveram uma lesão na córnea no passado, então possuem um risco acrescido para desenvolver ceratite ocular;
  • Episódio anterior de queratite implica risco acrescido de repetir episódio.

Há uma longa lista de doenças sistémicas que podem apresentar ou agravar queratites, a saber:

  • Anormalidades metabólicas (mucopolissacaridose ou mucolipidose);
  • Exposição corneana, i.e. paralisia de nervo facial, diminuição de sensibilidade corneana por infeção previa por herpes, em concomitância com olho seco;
  • Doenças autoimunes como artrite reumatóide, lupus eritematoso sistémico

Sintomas

Os sinais e sintomas mais comuns da queratite são os seguintes:

  • Hiperemia ou dito olho vermelho;
  • Sensação de corpo estranho ou dita sensação de areia nos olhos;
  • Dor nos olhos, que pode ir moderada a forte;
  • Fotofobia ou dita sensibilidade à luz;
  • Olhos lacrimejantes ou ditas lágrimas em excesso;
  • Visão turva ou dita visão embaçada;
  • Manutenção difícil de olhos abertos devido à dor ou irritação.
  • intensidade dos sinais e sintomas da queratite ocular variam de acordo com o tipo queratite e evolução da mesma.

Tratamento

O tratamento depende do agente causador, ou seja, se for causada por vírus a terapêutica deve ser efetuada com medicamentos antivíricos sistémicos ou tópicos, ou se for de origem bacteriana o tratamento deverá ser com antibióticos tópicos. Em conclusão, o tratamento é efetuado de acordo com a causa, pelo que o tratamento deve ser prescrito pelo oftalmologista. Se há a existência de um olho seco associado as lágrimas artificiais são geralmente eficazes e é obrigatória a sua prescrição

No caso da queratite associada a doenças autoimunes, é frequentemente tratada com corticóides.

O prognóstico da maioria dos casos de queratite é geralmente muito bom. De realçar o tratamento precoce da queratite virusais e bacterianas como por herpes simplex ou zoster ou bactérias, tem na maioria dos casos uma evolução favorável sem complicações ou perda de visão. Noutro caso o tratamento precoce de uma queratite fúngica é essencial, mas, mesmo com o tratamento adequado, a infeção pode persistir e trazer baixa de visão.

Em casos mais graves e na maior parte das vezes, o único tratamento possível é a cirurgia, com recurso a um transplante de córnea.

Contudo, o mais importante é falar com o seu oftalmologista ao serem detetados os primeiros sinais/sintomas e com ele optar pelo tratamento mais adequado para o tipo de queratite em causa. Mas, e, a finalizar, o tratamento é sempre orientado para a causa e por um oftalmologista.

Transplante de córnea

O transplante de córnea é um processo cirúrgico em que uma córnea lesada é substituída pela córnea de um dador. Há dois tipos: se for na totalidade é uma queratoplastia penetrante, se for parcial é uma queratoplastia lamelar. Neste procedimento, a córnea dadora, enxerto, é retirado de um indivíduo recentemente falecido, sem doenças conhecidas ou outros fatores que possam afetar a viabilidade ou a saúde do doente, recetor.

No transplante de córnea, há alguns cuidados no pós-operatório que devem tomados para minimizar alguns riscos. No pós-transplante, deve ser efetuado tratamento médico controlado, a saber:

  • Medicamentos tópicos, e sistémicos, imediatamente após o transplante de córnea e durante o período de recuperação, de forma a controlar possível infeção, edema ou dor.
  • Recomenda-se oclusor e repouso. O oclusor protege o olho no pós-operatório e o tempo de repouso é variável, mas geralmente deve ser cerca de um mês aproximadamente (4 semanas). No transplante de córnea, deve-se retomar o trabalho lentamente até á realização das atividades quotidianas, incluindo o exercício físico. No futuro deverá tomar precauções extras com o olho para preservar a sua função.
  • No pós-operatório, devem realizar-se controlos oftalmológicos de rotina, para detetar complicações no primeiro ano pós-transplante.
  • Geralmente pessoas sujeitas a transplante de córnea terão a sua visão parcialmente recuperada.
  • O risco de complicações e rejeição da córnea permanece durante anos após o transplante. Por isso, deve ser controlado pelo oftalmologista periodicamente.

Complicações

A córnea, pela sua transparência e poder dióptrico, funciona como uma das duas lentes dos olhos, logo toda e qualquer alteração da estrutura vai modificar a transparência dando origem a uma opacificação e consequentemente diminuir a visão.

Contudo, pode também diminuir a resistência da córnea com a consequente alteração da curvatura da córnea, modificando o poder dióptrico da mesma e em última instância levar a formação de um queratocone ou rotura da córnea.

Em suma a transparência da córnea é comprometida, causando redução da acuidade visual e dor ocular, entre outros sintomas.

Medidas preventivas

Os cuidados básicos para prevenir a doença vão depender da causa, pois nalguns casos sabemos os riscos inerentes. Assim, por exemplo sabemos que um dos fatores que causa a queratite é o uso inadequado de lentes de contato. Logo, uma das principais medidas preventivas é obviarmos a algumas situações que envolvem o uso das lentes e que são potencializadoras da doença, como: adormecer, mergulhar ou nadar sem tirá-las; manusear as lentes de contato sem lavar as mãos; utilizar soluções de limpeza e desinfeção fora de prazo ou de origem duvidosa; guardar as lentes de contato em água da torneira; não trocar com a regularidade aconselhável quer as lentes quer a proteção das mesmas, ou, colocar as lentes de contato com as mãos molhadas. Em resumo, é preciso seguir as recomendações do seu oftalmologista e do fabricante quanto ao uso, a manutenção e os prazos de validade.

Outros cuidados colocam-se com pessoas que trabalham expostas a substâncias químicas ou chamas e faíscas. Os olhos devem estar sempre protegidos por equipamentos de proteção individual para não sofrerem qualquer lesão decorrente do meio de trabalho. Isto também se aplica para cuidados diários envolvendo possíveis situações de risco capazes de atingir a região ocular.

De resto, todo cuidado é pouco com os olhos e a opção é termos uma rotina que priorize o cuidado da saúde visual é o essencial em qualquer momento dos olhos

Principais conselhos

O primeiro, mais relevante conselho é o mantermo-nos atentos a qualquer alteração em nossa visão, uma vez que as complicações da queratite podem levar à cegueira ou deixar que sequelas provoquem baixa da visão.

O segundo, entre os sinais ou sintomas mais comuns associados à queratite, temos: hiperemia ou vermelhidão, dor ocular, lacrimejo, dificuldade em abrir a pálpebra devido á dor ou irritação, visão turva e com diminuição, sensibilidade à luz ou fotofobia e sensação de areia no olho. Se algum destes sinais/sintomas começar a incomodar, deve consultar de imediato o seu oftalmologista para que possa averiguar o possível o tipo de queratite em causa, se for o caso, e prescrever o tratamento adequado.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Maior prémio do mundo na área da Visão
O Prémio António Champalimaud de Visão na sua edição de 2022 reconhece Gerrit Melles (Países Baixos) e Claes Dohlman (Suécia)...

As lesões ou distúrbios da córnea são, há muitos anos, uma das principais causas de cegueira em todo o Mundo. Estes dois médicos-cientistas mudaram e aceleraram de forma decisiva o caminho para o tratamento desta doença. Um conhecimento mais aprofundado da camada externa transparente do olho, bem como a possibilidade de garantir uma abordagem melhorada e mais económica à cirurgia e ao transplante da córnea são essenciais para enfrentar este flagelo.

Gerrit Melles, do Netherlands Institute for Innovative Ocular Surgery, em Roterdão, revolucionou o tratamento cirúrgico da doença. O trabalho desenvolvido por este médico cientista deu contribuições extraordinárias que transformaram a cirurgia da córnea, dando esperança e qualidade de vida a milhões de pessoas. Até ao desenvolvimento de abordagens alternativas, muitas vezes surgiam complicações que requeriam tratamentos adicionais, que por seu lado causavam glaucoma, entre outros problemas muito graves. As suas abordagens cirúrgicas aceleraram enormemente a reabilitação visual e diminuíram o risco de complicações. As técnicas desenvolvidas pelo Dr. Melles nos últimos 20 anos representam a maioria destas as cirurgias em diversos países e estão a expandir-se em todo o mundo.

Claes H. Dohlman, M.D., Ph.D. do Massachusetts Eye and Ear Infirmary, Harvard Medical School, transformou a forma como a Medicina compreende a córnea tendo desenvolvido e diversos tratamentos inovadores. A investigação de longo prazo do Dr. Dohlman para desenvolver uma córnea artificial, especialmente para pacientes cujos olhos estavam demasiado danificados para beneficiar de um transplante tradicional através de doadores, levou ao desenvolvimento do denominado “Boston Cornea” (“KPro”), que é hoje usado a nível global. Estima-se que mais de 700 dos maiores especialistas em córnea do mundo tenham sido formados pelo Dr. Dohlman, que realizou grandes contribuições para quase todas as facetas da compreensão hoje existente da Córnea.

O Prémio António Champalimaud de Visão foi lançado em 2006 e conta com o apoio do programa «2020 – O direito à Visão» da Organização Mundial de Saúde. É o maior prémio do mundo na área da Visão, com um valor de 1 milhão de Euros. Nos anos ímpar, o Prémio reconhece o trabalho desenvolvido no terreno por instituições na prevenção e combate à cegueira e doenças da visão, principalmente nos países em vias de desenvolvimento. Nos anos par, o Prémio é atribuído às pesquisas científicas de grande alcance na área da visão. O júri do Prémio é constituído por cientistas internacionais e figuras públicas proeminentes envolvidas na luta contra as causas e problemas que se vivem nos países em vias de desenvolvimento.

 

 

Estudo
É difícil lançar novos produtos no mercado, compreender as regras de certificação e desenvolver sistemas de hardware e software...

Dois terços das empresas que desenvolvem dispositivos médicos descrevem dificuldades na certificação de novos produtos e a maior parte assume que o problema acontece por falta de compreensão das normas técnicas. Esta é uma das conclusões mais relevantes do estudo desenvolvido pelo centro de investigação Fraunhofer Portugal AICOS (FhP-AICOS), que tem como objetivo mapear as necessidades do tecido empresarial nacional da área dos dispositivos médicos e smart health. Para ajudar a combater o problema, o centro vai realizar um workshop sobre o tema com vista a esclarecer os desafios em torno da certificação destes produtos.  

O estudo conclui também que mais de 80% das novas tecnologias médicas desenvolvidas em Portugal pelas empresas auscultadas têm como destino o mercado estrangeiro. Contudo, a entrada destes produtos em diferentes geografias enfrenta problemas substanciais devido à elevada competitividade do setor e à dificuldade de aceitação dos produtos pelos potenciais clientes. Estes desafios tornam-se ainda maiores devido à falta de recursos humanos qualificados em Portugal, descrita pelas empresas como um dos obstáculos ao crescimento: cerca de metade dos fabricantes portugueses questionados consideram não existir um número suficiente de trabalhadores no país com qualificações para trabalhar nesta área.  

“O caminho para a certificação é longo e complexo, embora à partida possa não parecer”, começa por explicar Eduardo Barbosa, investigador no FhP-AICOS e responsável pelo projeto. O investigador revela ainda que existe um esforço acrescido no que diz respeito à comunicação e submissão de documentação às diferentes autoridades competentes e que a entrada em vigor dos novos regulamentos europeus pode criar desafios acrescidos na certificação dos produtos. Para um tecido empresarial nacional atualmente dominado por PMEs e startups, “é muito difícil dedicar tempo e recursos ao desenvolvimento dos produtos propriamente ditos e, simultaneamente, realizar o trabalho de levantamento de todos os requisitos regulamentares e documentos normativos para os mercados nos quais pretendem atuar”.  

De forma a atenuar as dificuldades, o FhP-AICOS insiste que é necessário potenciar a entrada de novas soluções no mercado através de programas de aceleração para impulsionar empresas recém-criadas; promover o desenvolvimento colaborativo entre empresas e universidades, fomentando projetos com entidades do sistema científico e tecnológico capazes de responder às imposições reais do mercado; apoiar a procura de financiamento público e privado com o apoio de candidaturas a projetos, eventos de networking e fundos de I&D; e capacitar as empresas com os conhecimentos necessários à viabilização da comercialização dos seus produtos nos mercados.

“Estas estratégias são de extrema importância, uma vez que podem ditar a capacidade de as empresas do tecido empresarial nacional entrarem nos mercados onde pretendem atuar”, afirma Eduardo Barbosa. “Para além de conseguirem entrar nos mercados-alvo, é importante também que as empresas coloquem nesses mercados um pé firme. Deste modo, são também apontadas estratégias importantes que potenciarão a aceitação dos produtos levados pelas empresas junto dos diferentes públicos-alvo, assim como de profissionais e instituições de saúde”, conclui.  

Fraunhofer Portugal AICOS e Health Cluster Portugal juntos para facilitar interpretação do processo de certificação

 Esclarecer e guiar as empresas no processo de certificação é uma das soluções defendidas pelo FhP-AICOS para colmatar a falta de informação sobre este processo técnico. Para isto, o centro de investigação — que em breve disponibilizará a todas as empresas interessadas um roadmap operacional para certificação de dispositivos médicos — vai organizar um workshop dedicado à certificação de dispositivos médicos. O objetivo é contribuir para acelerar a competitividade através da capacitação das empresas do setor das tecnologias médicas e saúde digital.  

Marcado para dia 30 de setembro em formato híbrido nas instalações da UPTEC, no Porto, este workshop visa permitir aos participantes refletir sobre as práticas e diretrizes da certificação no âmbito do novo regulamento de dispositivos médicos, perceber o cenário europeu na mesma matéria e colocar em prática os conhecimentos com casos práticos. “As nossas expectativas são elevadas”, garante Eduardo Barbosa. “Pretendemos e prevemos que seja um evento de extrema utilidade para as empresas no setor, uma vez que vamos apresentar neste evento elementos diferenciadores que, pelo que conhecemos, são raros nos workshops que tratam esta temática”.  

Participarão neste evento nomes como Mariana Madureira da Direção de Produtos de Saúde do Infarmed e co-chair do subgrupo técnico do Medical Device Coordination Group, dedicado às New and Emergent Technologies; Abtin Rad, Diretor Global de Segurança Funcional, software e digitalização na TÜV SÜD, um dos organismos notificados mais conhecidos na área; e Célia Cruz, co-fundadora e Head de Assuntos Regulamentares da Complear, uma das principais empresas de consultoria especializadas em certificação de dispositivos médicos. A moderação fica a cargo de Eduardo Barbosa, do FhP-AICOS.

Este workshop ocorre no âmbito do projeto Smart Health Network, promovido em parceria com o Health Cluster Portugal (HCP). Toda a informação detalhada, como horários e convidados, pode ser consultada aqui.

Exposição retrata os momentos vividos nas unidades do SNS
Com a chegada das primeiras notícias sobre o Coronavírus, a necessidade de serviços de cuidados de saúde experimentou um...

De dia 16, integrada na comemoração do Dia do Serviço Nacional de Saúde, a 29 de setembro, o MAR Shopping Algarve vai receber a exposição de fotografia “A Pandemia pelo Olhar dos Cuidados de Saúde”, organizada pela Administração Regional de Saúde do Algarve. O objetivo é retratar os momentos vividos nas unidades do Serviço Nacional de Saúde da região, ao longo de mais de dois anos de pandemia provocada pela COVID-19, prestando assim uma homenagem a todos os profissionais de saúde e a todos os que estiveram (e ainda estão) envolvidos neste processo.

Em destaque estarão os trabalhos de Miguel Gonçalves, fotógrafo e enfermeiro no Centro Hospitalar Universitário do Algarve – Unidade de Faro, e Lília Nunes Reis, fotógrafa por paixão e enfermeira na Unidade de Saúde Pública do Agrupamento dos Centros de Saúde Algarve I - Central.

Pelo olhar da lente de Miguel Gonçalves somos transportados para o interior da UCI – Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Faro, por onde passaram os doentes com situação médica mais preocupante. Por outro lado, a enfermeira Lília Nunes Reis faz-nos recordar todo o processo desenvolvido numa linha de proximidade com o utente – a realização de testes para deteção do vírus e o processo de vacinação, um dos marcos mais importantes nesta “batalha” contra a COVID-19.

A exposição ocorrerá no piso zero, em frente à Mango, e terá diferentes materiais, tendo sempre por base a fotografia. Estão previstos cerca de 30 trabalhos fotográficos.

Ao participar está a ajudar Associação Vida Norte a apoiar mais famílias
A associação Vida Norte incentiva todas as famílias de Portugal a participarem na 6ª edição da Maratona da Maternidade, uma...

“Acompanhamos, no Porto e em Braga, uma média de 100 famílias por mês, ajudando a construir o seu projeto de autonomia: acolhemos, motivamos, orientamos e capacitamos. Garantimos também apoio material em bens essenciais para o bebé”, explica Margarida Côrte-Real, Coordenadora Geral da Vida Norte, acrescentando: “Os pedidos de apoio continuam a chegar e a Vida Norte quer conseguir chegar a todos! Todas as Vidas são dignas e merecem uma oportunidade de: nascer, crescer em segurança e tranquilidade e ter um projeto de futuro responsável e feliz. Ao participar na Maratona da maternidade estará a apoiar o futuro feliz de um bebé!”, reforça Margarida Côrte-Real.

Incentivar a natalidade e promover o bem-estar físico e mental das famílias portuguesas são os principais objetivos da 6.ª edição da iniciativa organizada pela BebéVida, que após dois anos volta ao formato presencial, aliado ao virtual.

“A Vida é a nossa maior Inspiração! Aliarmo-nos a uma entidade de renome, que partilha connosco esta mesma missão de cuidar de Vidas, é para nós um enorme privilégio. E foi com grande alegria e entusiasmo que recebemos a proposta de nos associarmos à Maratona da Maternidade da Bebé Vida. A Vida Norte depende do apoio e generosidade da sociedade civil. Este tipo de iniciativas permite-nos garantir a continuidade do nosso trabalho junto de grávidas, mães e bebés em situação de fragilidade”, remata a Coordenadora Geral da Vida Norte.

A caminhada presencial de 3 quilómetros tem início no dia 15 de outubro, às 10 horas, no Edifício Transparente, em Matosinhos. Durante e depois da caminhada, estão ainda previstas várias atividades físicas adaptadas a grávidas, mas nas quais toda a família poderá participar. No local estarão ainda Personal Trainers do ginásio Ideal Korpus, que irão acompanhar e monitorizar todas as atividades.

No 2º piso do Edifício Transparente irá ainda realizar-se a habitual Feira da Maternidade, aberta ao público entre as 10 e as 18 horas do dia 15 de outubro. A feira conta com a participação de mais de 15 empresas das áreas de saúde da mulher, puericultura, alimentação e higiene do bebé. No local haverá ainda um espaço para crianças, com atividades e jogos, dinamizadas pela Gymboree. As grávidas podem contar também com a oferta de massagens, promovidas pelo Ideal Korpus, e sessões de ecografias 4D, realizadas pela BebéVida.

As famílias impossibilitadas de participar presencialmente são desafiadas a adquirir o kit, que lhes será entregue em casa, e a realizar a caminhada num local à sua escolha, nos dias 15 e 16 de outubro. Devem ainda partilhar uma fotografia nas redes sociais, identificando a @bebevida.pt e a @vidanorte.

Para participar, tanto no formato presencial como no virtual, as famílias devem inscrever-se até ao dia 12 de outubro no site da BebéVida, aqui. O Kit Maratona, composto por uma t-shirt, vouchers e outras ofertas, é opcional e tem um valor simbólico de 3 €, dos quais 2€ revertem a favor da Instituição Particular de Solidariedade Social Vida Norte.

Estudo
Apesar da incerteza económica, os consumidores não estão dispostos a reduzir o montante gasto em saúde e bem-estar, de acordo...

O inquérito global — com respostas de mais de 11.000 consumidores globais — revelou que mesmo perante a incerteza generalizada e a tensão financeira pessoal, os consumidores consideram a saúde e o bem-estar prioritários, a par da alimentação e dos gastos domésticos. Apesar de dois terços (66%) dos inquiridos afirmarem sentir-se financeiramente pressionados, 80% dos mesmos tencionam manter ou aumentar as suas despesas em áreas relacionadas com saúde e bem-estar – como por exemplo atividade relacionadas com exercício físico – no próximo ano.

“Apesar dos tempos difíceis, é evidente que as pessoas redefiniram a saúde e o bem-estar como algo essencial e planeiam manter ou aumentar os seus gastos nesta área, independentemente dos seus níveis de rendimento”, afirma Manuela Vaz, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Retalho, Bens de Consumo e Transportes. “Com o expectável aumento do mercado da saúde e bem-estar para mais de 1 bilião de dólares globalmente em 2025, as empresas que servem diretamente o consumidor têm que alavancar uma visão cross-indústria e os avanços científicos e tecnológicos no desenho das suas ofertas, garantindo que estão permanentemente alinhados com as mudanças de prioridades dos seus consumidores.”

Sofia Marta, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Saúde e Administração Pública, afirma que “o desejo das pessoas em controlar melhor a sua saúde e bem-estar está a aumentar. É fundamental que a indústria da saúde continue a crescer e a estabelecer parcerias com empresas que servem diretamente o consumidor para melhorar o acesso, a experiência e os resultados para as pessoas e a oferecer melhores cuidados de saúde.”

O estudo da Accenture também concluiu que os inquiridos parecem ter uma perspetiva mais holística do bem-estar, enquadrando-o muito mais como um produto de consumo básico. Para além de mais de quatro em 10 inquiridos (42%) afirmarem estar a aumentar a sua atividade física, um terço (33%) dizem estar mais focados em atividades selfcare – como por exemplo tratamentos de beleza – em comparação com o ano anterior.

Mesmo com o aumento dos custos das viagens, o inquérito mostrou que metade (51%) dos consumidores planeiam manter ou aumentar os seus gastos em viagens de lazer no próximo ano – o que não é surpreendente devido aos reconhecidos benefícios de bem-estar associados às férias. Além disto, dois em cada cinco (39%) dos consumidores com rendimentos elevados reservaram uma viagem nos próximos 12 meses. Entre os millennials, um em cada cinco (21%) reservou um retiro de bem-estar este ano. Finalmente, um terço (33%) dos entrevistados afirmaram estar dispostos a sacrificar produtos domésticos ou eletrónicos não essenciais para que possam viajar.

Manuela Vaz refere que “embora o foco no bem-estar pessoal não seja algo novo, é cada vez mais encarado como essencial e não negociável para os consumidores, mesmo em tempos onde muitos sofrem com pressões financeiras. Há uma grande oportunidade para as empresas ligadas ao turismo, e em geral ás que se servem diretamente o consumidor, para potenciarem muito mais os ecossistemas e comunidades em que se inserem oferecendo experiências diferenciadoras, uma vez que o turismo de bem-estar é, hoje em dia, muito mais do que o destino ou as suas atividades – é uma extensão dos valores e do estilo de vida do viajante.”

Embora o inquérito da Accenture tenha identificado onde e como os consumidores prioritizam os seus gastos, é importante que as empresas compreendam o contexto em que essas decisões de compra são tomadas. Segundo um relatório recente da Accenture, “The Human Paradox: From Customer Centricity to Life Centricity”, está a tornar-se cada vez mais difícil para os consumidores equilibrar o propósito e o sentido prático nas suas compras, com quase dois terços (64%) a desejar que as empresas respondam de forma mais rápida com novas ofertas para corresponder às mudanças das suas necessidades. Só compreendendo esse contexto é que as empresas terão a estratégia certa para oferecer as marcas, produtos e serviços mais relevantes.

“Os retalhistas podem gerir o impacto da evolução do comportamento dos consumidores, acompanhando ativamente as tendências de consumo e ao responder-lhes rapidamente”, afirma Manuela Vaz, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Retalho e Bens de Consumo e Transportes. “Apesar dos obstáculos evidentes, os retalhistas sempre foram bons a inovar como resposta a problemas, e a inovação tornar-se-á cada vez mais importante para criar novos níveis de valor, reduzir custos e fazer o que é certo para a sociedade e para o planeta. Isto exige níveis de colaboração, empenho e envolvimento do consumidor extraordinários – mas também inovação tecnológica e empresarial baseada em dados de fontes fidedignas.”

Sobre o estudo

O Consumer Pulse Survey 2022 da Accenture oferece uma visão sobre as perspectivas e comportamentos dos consumidores. O inquérito deste ano é relevante para todas as indústrias de consumo, mas focado em bens de consumo, retalho, viagens e saúde. A Accenture realizou este inquérito global com uma amostra representativa de 11.311 consumidores. O inquérito foi realizado em formato online e teve como alvo os consumidores que fizeram compras para o seu agregado familiar nos últimos seis meses. Os inquiridos foram divididos uniformemente entre o sexo e o grupo etário. O inquérito foi realizado entre 7 e 15 de fevereiro. Foi complementado com um inquérito adicional aos consumidores, realizado entre 7 e 25 de abril, que incluiu 10.085 inquiridos.

 

Posicionamento da Nova SBE como uma referência internacional
A Nova SBE assegurou, através do ERA (European Research Area) e do programa Horizonte Europa cerca de 3,7 milhões de euros para...

O projeto EQUALNovaERA é a mais recente ERA Chair da Nova SBE, que sob coordenação de Adeline Delavande, professora e reconhecida investigadora de economia, posicionará a escola de economia e gestão portuguesa como a referência europeia na investigação em Desigualdade. O montante do financiamento assegurado pela Comissão Europeia é de 2,5 milhões de euros.

“É com enorme orgulho que recebemos mais uma ERA Chair. Desta feita, a Comissão Europeia atribui à Nova SBE um fundo de 2,5 M € para desenvolver investigação dedicada ao tema das crescentes desigualdades sociais e económicas. Este reconhecimento acresce ao da nossa ERA Chair em Inovação Social, sobre a qual já recebemos uma avaliação excelente”, explica Daniel Traça, Dean da Nova SBE, salientando que “estas distinções e apoios têm um papel crucial na construção de uma escola para o futuro, posicionando a Nova SBE como uma referência internacional na investigação, educação e envolvimento da comunidade no contexto dos Sustainable Development Goals”. “Na Nova SBE temos a consciência de que as universidades, e as business schools, em particular, têm de assumir a liderança para resgatar o mundo dos desafios climáticos, sociais e políticos que enfrentamos. É essa a responsabilidade do futuro da Nova SBE. With Great Power Comes Great Responsibility”, esclarece ainda.

"A inovação social é um dos pilares fundamentais da Universidade NOVA de Lisboa e é desta forma que pretendemos atrair e, sobretudo, reter o melhor talento para, através do conhecimento, servimos o melhor possível a nossa sociedade. Temos como objetivo criar e consolidar uma sociedade que seja mais justa, mais equitativa e que promova a igualdade de oportunidades. A Nova SBE tem demonstrado, nos últimos anos, o seu empenho nesta missão e tal só pode ser um motivo de orgulho para toda a comunidade NOVA”, refere João Sàágua, Reitor da Universidade NOVA de Lisboa.

“Estamos muito satisfeitos por receber esta prestigiosa bolsa de investigação internacional para desenvolver um grupo de investigação em desigualdades. Este grupo pretende ser uma referência na Europa na compreensão das causas e efeitos das desigualdades e contribuir para o desenho de políticas públicas de base científica que reduzam as desigualdades” refere Miguel Ferreira, Presidente do Conselho Científico da Nova SBE, acrescentando que “esta conquista é resultado do investimento da escola na produção de investigação com impacto e reputação internacional como uma escola de negócios europeia de elite”.

Investigadora internacional, Adeline Delavande, nomeada ERA Chair Holder do projeto EQUALNovaERA

 No âmbito do projeto EQUALNovaERA a Nova SBE selecionou a investigadora internacional – Adeline Delavande – para o cargo de ERA Chair Holder. Internacionalmente reconhecida pelo trabalho que desenvolve sobre o comportamento de indivíduos na tomada de decisão sob incerteza, a investigadora vai ser responsável pela formação da equipa de investigadores que vai criar uma nova linha de investigação em desigualdades na Nova SBE.

A Desigualdade: uma das questões mais prementes dos nossos tempos

O mundo mudou rapidamente nos últimos anos e a crise pandémica colocou os holofotes sobre as desigualdades económicas e fragilidade das redes de apoio social que deixam comunidades vulneráveis a suportar o peso das crises. É urgente compreender as desigualdades de uma forma abrangente, concebendo políticas públicas baseadas no conhecimento científico. Embora a informação básica e os números do crescimento económico sejam publicados com frequência, não revelam dados concretos sobre como o crescimento é distribuído pela população: quem ganha e quem perde com as políticas económicas. Mais do que a mera análise do rendimento e da riqueza, é fundamental abordar outras dimensões das disparidades socioeconómicas, como a saúde, a educação, o género ou as desigualdades ambientais. 

Promover atividades de investigação sobre as desigualdades, transferir conhecimento para a sociedade e contribuir para a produção de políticas públicas bem informadas e baseadas na ciência, é o grande objetivo do projeto EQUALNovaERA que pretende, desta forma, contribuir para uma sociedade mais igualitária e justa através da investigação, educação e envolvimento da comunidade.

ERA Chair coloca a Nova SBE na vanguarda da investigação e educação em Desigualdade na Europa

O EQUALNovaERA enquadra-se na missão da Nova SBE: “Ser uma comunidade dedicada ao desenvolvimento de talento e conhecimento que impacta o mundo”. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ONU) são um apelo universal e interdisciplinar para enfrentar os diversos desafios sociais, económicos, ambientais, civilizacionais e políticos que a atualidade e o futuro apresentam, convidando ao envolvimento de todos os atores, incluindo as empresas, e esta é uma frente para a qual esta ERA Chair pretende contribuir.

Como resultado do EQUALNovaERA, a Nova SBE tornar-se-á numa referência europeia na área da Desigualdade, quer através da investigação e educação, quer do envolvimento da comunidade local e europeia. Além do aumento da competitividade em I&D do país, o projeto irá contribui para aprofundar o Espaço Europeu de Investigação e para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Horizonte Europa garante 1,2 milhões de euros para três projetos de investigação

A Nova SBE captou, através de projetos de investigação que integra em parceria com outras instituições, cerca de 1,2 milhões de euros disponibilizados pelo programa Horizonte Europa.

“Blueprint for Atlantic-Arctic Agora on cross-sectoral cooperation for restoration of marine and coastal ecosystems and increased climate resilience through transformative innovation” assegurou 414 mil euros. Este projeto, liderado pela Universidade de Aveiro, tem a colaboração de Antonieta Cunha e Sá da Nova SBE e está integrado no programa europeu “Ocean Mission: Restore our Oceans and Waters”.

Ao “HI- PRIX project (Health Innovation Next Generation Pricing Models): Balancing Sustainability of Innovation with Sustainability of Health Care”, projeto coordenado pela Università Commerciale Luigi Bocconi com a colaboração de Pedro Pita Barros da Nova SBE foram atribuídos cerca de 300 mil euros.

O projeto PREVENTABLE, “Cancer prevention vs Cancer treatment: The rare tumour risck sindromes battle”, liderado pelo I3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, com a colaboração de Judite Gonçalves numa parceria da Nova SBE com a Nova Medical School, assegurou 375 mil euros.

“É absolutamente crítico para a Nova SBE e para o impacto que a escola quer provocar, colocar os nossos melhores recursos também na criação de saber e na produção de conhecimento. A conquista destes financiamentos integrados no Horizonte Europa, reforçam o posicionamento da Nova SBE como um importante ator na investigação europeia e uma referência num alargado âmbito de temas, essenciais no contexto europeu”, afirma a este propósito Daniel Traça, Dean da Nova SBE.

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