XTANDI ™ (enzalutamida) cápsulas
XTANDI demonstrou um impacto significativo na sobrevivência global em doentes que não foram submetidos a quimioterapia prévia,...

A Astellas Pharma anunciou que o Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitiu um parecer positivo recomendando a alteração da Autorização de Introdução no Mercado de enzalutamida (XTANDITM). O parecer positivo diz respeito ao uso de enzalutamida no tratamento de homens adultos com cancro da próstata metastático resistente à castração assintomáticos ou ligeiramente sintomáticos após falha da terapia de privação androgénica, para os quais a quimioterapia não é ainda clinicamente indicada.[i]

Bertrand Tombal, Presidente do Departamento de Urologia e Professor de Fisiologia na Universidade Católica de Louvain (UCL) e investigador principal europeu do estudo PREVAIL, comenta que “para os urologista que estão a tratar doentes com cancro da próstata metastático resistente à castração, este parecer positivo do CHMP é um marco importante no sentido de tornar a enzalutamida disponível em toda a Europa. Enzalutamida marca um passo importante e encorajador para muitos doentes que vivem com esta doença, na medida em que demonstra benefícios na sobrevivência global, um impacto positivo na qualidade de vida e mostrou ser bem tolerado”.

“Para além dos benefícios claros a nível de eficácia e segurança comparativamente a placebo, XTANDI tem a vantagem adicional de não necessitar de ser tomado em simultâneo com corticoesteroides e requer apenas uma monitorização básica, tornando-se uma opção simples para os profissionais de saúde e doentes. Espero que a Comissão Europeia siga esta opinião, e que proporcione aos doentes, para os quais a quimioterapia não é indicada, uma nova opção de tratamento", refere Bertrand Tombal.

O parecer positivo baseou-se nos resultados do ensaio clínico de fase III PREVAIL que mostrou que os homens tratados com enzalutamida demonstraram uma redução significativa no risco de morte e no atraso da progressão do cancro e também atrasaram o tempo de início de quimioterapia comparativamente aos doentes tratados com placebo.[ii]

Enzalutamida reduziu o risco de morte em 29% (HR=0,71; p<0,001), relativamente a placebo. Adicionalmente, reduziu significativamente o risco de progressão radiográfica ou morte em 81% quando comparado com placebo (HR=0,19; p<0,001). Os homens submetidos a tratamento com enzalutamida obtiveram um atraso de 17 meses no tempo de início da quimioterapia, em relação aos homens que tomaram placebo (28,0 meses versus 10,8 meses; HR=0,35; p<0,0001).2

Na Europa, normalmente, a Comissão Europeia segue as recomendações do parecer do CHMP e emite a sua decisão final até cerca de dois meses após a recomendação deste Comité.

XTANDI está aprovado na Europa para o tratamento de homens adultos com cancro da próstata metastático resistente à castração cuja doença tenha progredido durante ou após o tratamento com docetaxel.[iii] A autorização de comercialização foi concedida pela Comissão Europeia em Junho de 2013.

 

Sobre o ensaio clínico PREVAIL

O PREVAIL é um ensaio clínico de fase III, aleatorizado, com dupla ocultação, controlado com placebo, multinacional que envolveu mais de 1.700 doentes em centros de investigação nos EUA, Canadá, Europa, Austrália, Rússia, Israel e países asiáticos, incluindo o Japão. O estudo incluiu doentes com cancro da próstata metastático resistente à castração, cuja doença progrediu após tratamento com análogo LHRH, ou após orquiectomia bilateral, mas que ainda não tinham recebido tratamento com quimioterapia. Os objectivos co-primários deste estudo foram a sobrevivência global e a sobrevivência livre de progressão radiográfica. O estudo foi desenhado para avaliar a acção da enzalutamida na dose de 160 mg, uma vez ao dia, por via oral, comparativamente a placebo.2

 

Sobre XTANDI™

XTANDI é um inibidor da via de sinalização do receptor androgénico (RA), com toma diária por via oral. XTANDI actua em três fases diferentes da via de sinalização do receptor androgénico.

  • Bloqueia a ligação dos androgénios[iv]
  • Inibe competitivamente a ligação dos androgénios aos receptores androgénicos[v]
  • Impede a translocação nuclear dos RA4
  • A translocação do RA para o núcleo é um passo essencial na mediação da regulação do gene do receptor androgénico5
  • Afecta a ligação ao ADN, impedindo a modulação da expressão genética4
  • A interacção do receptor androgénico ao ADN é essencial para a modelação da expressão do gene5



[i] Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP). Summary of opinion – XTANDI.

[ii] Beer TM, et al. Enzalutamide in Metastatic Prostate Cancer before Chemotherapy. N Engl J Med 2014;371:424-33.

[iii]Resumo das Características do Medicamento Xtandi, setembro 2014.

[iv] Tran C, et al. Development of a second-generation antiandrogen for treatment of advanced prostate cancer. Science 2009; 324:787-790.

[v]Hu R, Denmeade SR and Luo J. Molecular processes leading to aberrant androgen receptor signaling and castration resistance in prostate cancer. Expert Rev Endocrinol Metab 2010; 5 (5): 753–764.

 

 

 

Não aplicável a todos os doentes
Uma equipa coordenada pelo urologista Nuno Maia realizou, em Coimbra, um novo tratamento ao cancro da próstata, que visa ...

O urologista Nuno Maia, de Coimbra, disse que “este procedimento inovador tem a vantagem de causar a mínima agressão cirúrgica ao doente”, ao permitir a eliminação, “apenas, de o núcleo de células malignas que se pretende destruir”.

A realização deste tratamento a um homem de 64 anos, residente na região Centro, envolveu quatro médicos e dois enfermeiros, com a colaboração do urologista Massimo Valério, do hospital University College of London, em Inglaterra.

A equipa realizou, num hospital privado de Coimbra, uma intervenção denominada “electroporação irreversível prostática”, com a ajuda de agulhas e corrente eléctrica, proporcionando “a tecnologia mais recente e promissora no tratamento focal do cancro da próstata”.

Segundo Nuno Maia, coordenador da equipa de urologia da Idealmed Unidade Hospitalar de Coimbra - local da intervenção -, uma das vantagens desta técnica é “a preservação na totalidade da potência sexual e continência urinária”.

O procedimento, realizado no bloco operatório, sob anestesia geral e com apenas um dia de internamento, consiste na colocação de duas ou mais agulhas no tecido prostático, com recurso à ecografia biplanar, utilizando uma corrente eléctrica “com determinadas características”.

O próprio sistema imunitário do doente removerá o tecido destruído, “sem daí resultar qualquer sequela ou cicatriz”, adiantou Nuno Maia, que obteve formação específica, em Londres, realizando agora a sua primeira intervenção com estas características.

A nova técnica, no entanto, “não é, para já, aplicável a todos os doentes com cancro da próstata”, esclareceu o médico.

 

Em Vila Real
50 pessoas estão a participar no programa “Diabetes em Movimento”, que está a ser implementado em Vila Real e visa promover o...

Servindo ainda para fazer investigação, o projecto junta médicos, enfermeiros e investigadores do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), é gratuito e decorre, numa primeira fase, até Maio de 2015.

De segunda a sexta-feira, meia centena de pessoas com diabetes tipo dois juntam-se para concretizar um programa de exercícios que são monitorizados pelos alunos da academia transmontana.

À frente do projecto está Romeu Mendes, médico e investigador do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD) da UTAD, que afirmou hoje que o “principal objectivo é melhorar a qualidade de vida e a saúde destas pessoas”.

“Queremos fazer intervenção comunitária, ou seja, através deste programa de exercício educar a própria comunidade para a importância da prática de exercício de uma forma geral e queremos também fazer formação dos alunos”, frisou.

Romeu Mendes referiu que o sedentarismo é um dos principais factores de risco para esta doença crónica, a que se juntam ainda a idade e a má nutrição, nomeadamente o excesso de calorias.

O projecto está ainda a servir para fazer investigação. “Perceber quais são os efeitos da prática regular de exercício quer na diabetes tipo dois quer nas inúmeras doenças que estão associadas, nomeadamente no risco cardiovascular”, acrescentou.

António Almeida, enfermeiro e investigador, afirmou que se vai também estudar a influência do programa no “índice de qualidade de sono destes utentes” e a sua consequência a nível dos custos.

“Iremos tentar perceber até que ponto este programa de actividade terá influência a nível dos custos de saúde, em termos de medicação, se vai haver ou não algum tipo de redução a nível dos custos em termos de medicação, em termos de idas à urgência e, eventualmente, prevenir alguns episódios de hipoglicemia nestes utentes”, salientou.

O médico do CHTMAD e director clínico do projecto, Paulo Subtil, referiu que se trata de um “programa elaborado, seleccionado, que visa obviamente melhorar o controlo metabólico das pessoas com diabetes tipo dois mas, ao mesmo tempo, aumentar a qualidade, a mobilidade, o equilíbrio e diminuir o risco cardiovascular”. “Diminuir uma série de complicações que estão inerentes à doença”, frisou.

Para os utentes a experiência está a ser muito positiva.

“Permite controlar a diabetes e mantém o movimento que é uma coisa que às vezes não dá-mos importância mas que, com a idade, tem muita importância e areja o juízo, porque também com a reforma a gente tem tendência para a melancolia, para estar em casa quieto”, afirmou Jorge Ginja.

Já Luís Silva destacou a vantagem do programa ser comunitário o que, na sua opinião, faz com que uns “puxem os outros”, mesmo quando não apetece sair de casa.

Foi hoje apresentado o relatório “Diabetes: Factos e Números” do Observatório Nacional da Diabetes, que revelou que, em 2013 surgiram 160 novos casos de diabetes por dia em Portugal e que os custos com esta doença crónica representaram 1.500 milhões de euros no ano passado.

 

Diário da República publica portaria
A descida do preço dos testes para diabéticos, que o Governo anunciara no ano passado, mas tinha sido suspensa por decisão...

Esta diminuição de 15% no preço das tiras-teste, seringas, agulhas e lancetas para diabéticos tinha sido anunciada no ano passado pelo Ministério da Saúde, mas o Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) anulou esta baixa.

O TCAS considerou, na altura, que o Governo violara “o princípio da boa-fé” ao baixar os preços com a justificação de que uma comissão criada para o efeito não chegou a consenso, quando na realidade a comissão nunca se reuniu, nem os ministérios da Saúde e da Economia nomearam representantes para a integrar.

O Ministério da Saúde recorreu entretanto desta decisão do Tribunal.

Hoje, o Diário da República publica a redução do preço das tiras-teste, seringas, agulhas e lancetas para diabéticos, justificando a medida com o “actual contexto socioeconómico”, referindo que os novos valores entram em vigor no domingo. De acordo com a portaria, os preços máximos dos reagentes (tiras-teste) para determinação de glicose no sangue descem oito cêntimos por unidade: de 0,5829 euros para 0,5002 euros.

Os testes para determinar a cetonemia, que custavam 1,70 euros, vão passar a ter como preço máximo os 1,4588 euros, enquanto as tiras para averiguar corpos cetónicos na urina descem de 0,1222 euros para 0,1049 euros.

O preço das agulhas e seringas diminui 0,0162 cêntimos, baixando de 0,1145 euros para 0,0983 euros por unidade. As lancetas, que tinham o preço máximo de 0,0670 euros, passam para 0,0786 euros por unidade.

Os valores destes produtos para os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos subsistemas públicos de saúde também baixam: para determinação de glicose no sangue de 0,4263 euros para 0,3658, para analisar a cetonemia de 1,53 para 1,3129 euros, para determinar os corpos cetónicos na urina de 0,0894 euros para 0,0767 euros.

As agulhas e seringas baixam de 0,0838 euros para 0,0575 euros e as lancetas de 0,0670 para 0,0575 euros.

A comparticipação do SNS mantém-se nos 85% do valor das tiras-teste para pessoas com diabetes e 100 por cento do preço das agulhas, seringas e lancetas.

De acordo com a portaria, as embalagens de produtos fabricados até à entrada em vigor da presente portaria devem ser objecto de remarcação, o que pode acontecer “mediante a sobreposição de etiqueta autocolante à etiqueta original”.

Após 40 dias, não poderão ser colocadas nos distribuidores por grosso, nem nas farmácias, embalagens de produtos sem que as mesmas apresentem, impressa ou aplicada, uma única etiqueta nos termos da legislação em vigor.

 

Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia
A oxigenoterapia de deambulação, uma forma de oxigenoterapia que permite aumentar a autonomia e a qualidade de vida dos doentes...

A oxigenoterapia de deambulação consiste na administração de oxigénio durante as actividades de vida diária, facilitada mais recentemente através de dispositivos, denominados concentradores portáteis de oxigénio. Estes equipamentos eléctricos produzem oxigénio a partir do ar ambiente e tem autonomia até 4 horas de funcionamento, podendo a bateria ser facilmente recarregada.

Esta solução aumenta a independência e autonomia do doente respiratório crónico, promovendo a sua qualidade de vida. A oxigenoterapia de deambulação será debatida por especialistas no Congresso de Pneumologia numa mesa redonda que focará as novas perspectivas neste tratamento.

Como comenta o pneumologista João Carlos Winck, moderador da mesa redonda, “o aumento da autonomia do doente pode reflectir-se numa substancial melhoria da qualidade de vida. Os doentes ficam mais tolerantes a esforços quotidianos, como lavar-se ou subir uma escada, e podem, inclusive, retomar certas actividades que implicam deslocações, como passeios no exterior, andar de transportes públicos ou mesmo viajar de avião”.

Sobre as novas perspectivas neste tratamento, o especialista ressalta como ponto positivo o acesso em Portugal, “hoje em dia a oxigenoterapia de deambulação está acessível, através de prescrição médica, em todo País, sendo que até há pouco tempo estava apenas disponível em algumas regiões. Por outro lado, dada a sua maior portabilidade e conveniência, estes dispositivos irão contribuir para uma melhor adesão à oxigenoterapia.”

As doenças respiratórias crónicas, como é exemplo a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), têm um grande impacto na qualidade de vida dos doentes a nível pessoal, profissional, familiar e social. Esta doença, que se caracteriza pela falta de ar, tosse e aumento da produção de expectoração, é crónica e incapacitante, impedindo as pessoas de realizar tarefas diárias comuns.

 

Sobre as doenças respiratórias:

Em 2012 morreram por doenças respiratórias cerca de 14 mil portugueses.

Em Portugal, a mortalidade por doenças respiratórias constitui a terceira principal causa de morte. Estas são responsáveis por cerca de 19% dos óbitos, logo a seguir às doenças cardiovasculares e neoplasias.

O Relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias 2013 revela que, em apenas um ano, a mortalidade por doenças respiratórias aumentou 16,58%.

Estima-se que em 2020 as doenças respiratórias sejam responsáveis, no mundo, por cerca de 12 milhões de mortes anuais, atribuindo-se à DPOC mais de três milhões de óbitos. A DPOC é uma das doenças respiratórias mais comuns e que afecta cerca de 14% da população portuguesa com mais de 40 anos.

 

35 anos
No próximo dia 7 de Novembro a Fundação Portuguesa de Cardiologia realiza nas instalações da sede rastreios gratuitos à...

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) realiza sexta-feira, dia 7 de Novembro, entre as 14h00 e as 17h00, rastreios gratuitos à população nas instalações da sede, em Lisboa e nas delegações do Porto, Coimbra e Madeira.

Estes rastreios incidem sobre: Avaliação da Tensão Arterial; Doseamento do nível de glicemia no sangue; Medição do peso e da altura para calcular o Índice de Massa Corporal; Medição do Perímetro Abdominal; Aconselhamento Nutricional e Entrega de material didáctico.

A iniciativa visa assinalar os 35 anos da FPC, criada em 1979 com a principal missão de “promover a prevenção, o tratamento e a reabilitação das doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais em todas as idades”.

Em 2012, registaram-se 32.859 óbitos por doenças do aparelho circulatório, das quais se destacam as doenças cerebrovasculares (AVC), com 12,5 %., a doença isquémica do coração com 6,5% e o enfarte agudo do miocárdio com 4,3% do total das mortes registadas.

Os rastreios decorrerão nos seguintes locais:

Lisboa: Rua Joaquim António de Aguiar, nº 64 – 2ºdto, 1070 – 153 Lisboa

Porto: Rua da Torrinha, 254 – Loja E, 4050-610 Porto

Coimbra: Rua José Castilho, lote 16, r/ch (Quinta da Maia), 3030-301 Coimbra

Madeira: Centro Cívico de Santa Maria Maior, Rua das Murteiras, 25B – 9050 – 199 Funchal

Mais informações em www.fpcardiologia.pt ou através do número: 213815000

 

Em menos de quatro meses
O Centro Materno Infantil do Norte realizou em menos de quatro meses mil partos, mas está preparado para realizar até 5 mil por...

No decorrer de uma visita realizada ao Centro Materno Infantil do Norte (CMIN) para assinalar a transferência de novas valências do Hospital de Santo António para as novas instalações, designadamente os serviços de Internamento de Pediatria e do Atendimento Permanente (a funcionar entre as 08:00 e as 20:00), Sollari Alegro congratulou-se com “as melhores condições hoteleiras para o exercício profissional e com as melhores condições de habitabilidade para os doentes”.

“Estão internados 10 doentes e os corredores estão completamente vazios, as condições de habitabilidade são muito melhores para os doentes do que eram no Hospital de Santo António”, afirmou Sollari Allegro, referindo que o novo Serviço de Internamento pediátrico dispõe de 34 camas.

O presidente do CHP sublinhou o facto de estarem reunidas no CMIN todas as especialidades ligadas à mãe e à criança, o que considera ser “motivador” por que permite lançar o centro materno infantil “no caminho da diferenciação”.

De acordo com o responsável, falta transferir o serviço de consultas externas de pediatria, o que deverá acontecer em Junho de 2015, quando ficarem concluídas as obras que já estão a decorrer no edifício da Maternidade Júlio Dinis, e a pedopsiquiatria, que acontecerá até final do próximo ano.

Também o parque de estacionamento, com 320 lugares, deverá ficar concluído em meados de 2015.

A visita efectuada ao CMIN destinou-se também a assinalar o nascimento número mil em “três meses e três semanas”. Trata-se de uma menina, chamada Bianca, que nasceu no passado domingo. “Temos verificado que a partir do momento em que mudamos para aqui o número de partos aumentou e já estamos com os números acima do ano passado, o que é positivo”, disse Sollari Allegro.

Em 2013 realizaram-se na Maternidade Júlio Dinis 2.900 partos.

O CMIN estava previsto desde 1991 e foi uma obra orçada em mais de 40 milhões de euros, com financiamento comunitário de 21,7 milhões. O edifício foi inaugurado no início de Maio, estando a decorrer desde então a transferência das diferentes valências que estavam distribuídas pelo desactivado Hospital Maria Pia, Hospital de Santo António e Maternidade Júlio Dinis.

 

Centro de Alergia do Hospital CUF Descobertas
O saber prático na área das alergias e da auto imunidade em discussão na primeira edição de uma iniciativa que conta com o...

Da imunoalergologia, à reumatologia, passando pela pediatria ou pela ginecologia e obstetrícia. São inúmeras as especialidades representadas no painel de oradores do 1º ABC da Imunologia para Médicos, uma acção organizada pelo Centro de Alergia do Hospital CUF Descobertas que tem como objectivo a partilha de conhecimento entre a comunidade médica sobre o sistema imunitário. O evento tem lugar na sexta-feira, dia 5 de Dezembro, a partir das 9h00, no Hotel Vila Galé Ópera em Lisboa.

Com a coordenação de Mário Morais de Almeida, Coordenador do Centro de Imunoalergologia do Hospital CUF Descobertas, e de Luís Miguel Borrego, imunoalergologista desta unidade, o “1º ABC da Imunologia” conta com a presença de especialista nacionais e internacionais, entre os quais se destaca a presença de Barbara Bohle, do Departamento de Estudos de Fisiopatologia e Alergia da Universidade de Medicina de Viena, na Áustria. “Imunoregulação e imunidade das mucosas na asma” é o tema que será abordado nesta conferência internacional, integrada nesta iniciativa.

“Células reguladoras T”, “Resposta Imune Patológica”, “Modulação da Resposta Imune”, “Auto imunidade: da Gestação à Adolescência” são alguns dos muitos temas que serão abordados ao longo do dia, sendo que o encerramento da iniciativa está previsto para as 18h30.

As inscrições para o 1º ABC da Imunologia para Médicos são gratuitas, mas limitadas a 100 participantes. Podem fazer-se através do e-mail [email protected] ou através do telefone 21 002 54 78. O programa completo pode ser consultado aqui

 

 

18 de Novembro - Dia Europeu dos Antibióticos
Segundo a American Speech-Language-Hearing Association existem actualmente mais de 200 medicamentos prejudiciais à audição...

Existem, segundo a American Speech-Language-Hearing Association (ASHA), mais de 200 medicamentos prejudiciais à audição disponíveis no mercado e que podem ser adquiridos com ou sem prescrição médica. Destes, os antibióticos são dos fármacos mais comuns e dos que apresentam consequências mais prejudiciais à saúde auditiva.

Os antibióticos que prejudicam a audição, conhecidos como ototóxicos, não são indicados a mulheres grávidas, idosos ou portadores de perda auditiva prévia - a menos que não existam outros fármacos disponíveis.

Os efeitos destes medicamentos variam de pessoa para pessoa, e é possível evitar a perda auditiva se a concentração do fármaco no sangue se mantiver dentro do limite recomendado, sendo importante controlar o estado da audição antes e durante o tratamento.

O primeiro sinal de lesão é a incapacidade de percepção de frequências altas, podendo ainda surgir zumbidos de alta frequência ou vertigem. Como ototóxicos entendem-se medicamentos e suplementos que podem prejudicar a audição pois, embora sejam eficazes para tratar algumas complicações específicas, podem danificar o ouvido interno e comprometer a função auditiva.

“O Dia Europeu dos Antibióticos tem como intuito promover o uso racional dos antibióticos, a fim de manter a sua eficácia e prevenir o aparecimento de microrganismos resistentes, mas é igualmente importante sublinhar o perigo da automedicação e do uso indiscriminado de medicamentos sem prescrição médica, devido às possíveis complicações do seu uso, sem orientação e acompanhamento especializado, onde se inclui o agravamento de problemas auditivos. O nosso sistema auditivo é muito frágil e está permanentemente sobre agressões. É, por isso, importante alertar que a medicação que consideramos mais “inofensiva”, como é o caso dos antibióticos, tem um forte impacto negativo na audição dos adultos e é, por isso, essencial alertar e criar formas de protecção da nossa audição”, refere Pedro Paiva, audiologista.

Para além de antibióticos, também fármacos como anti-inflamatórios e salicilatos, diuréticos ou até medicamentos para tratar doenças como cancro, ou problemas cardíacos podem ser extremamente prejudiciais para a saúde auditiva. A perda auditiva é um problema de saúde pública que afecta cerca de 600 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, cerca de um milhão sofre de perda auditiva, a grande maioria sem estar diagnosticada e em tratamento, factor altamente condicionante da qualidade de vida.

 

Na campanha “Seja Sorridário”
A Operação Nariz Vermelho acaba de anunciar que sua primeira campanha de rua para angariação de fundos angariou um total de 33...

“Seja Sorridário” foi o mote da primeira campanha de rua para angariação de fundos que decorreu na primeira semana de Outubro e envolveu 739 voluntários, e que angariou um total de 33.638,11 euros em donativos monetários que permitirão continuar a levar sorrisos às crianças hospitalizadas.

A ONV apelou à solidariedade e altruísmo dos portugueses durante quatro dias, em 13 cidades nacionais, tendo contado com uma grande afluência de pessoas. Estes voluntários recolheram fundos com foco na missão da Instituição que tem como objectivo promover, semanalmente, visitas de artistas profissionais às enfermarias pediátricas de 13 hospitais do país, levando boa disposição às crianças que lá se encontram a receber cuidados médicos.

“No contexto económico complicado em que vivemos, as empresas, de quem sempre dependemos muito para o financiamento da nossa missão, têm vindo a diminuir o seu apoio. A Operação Nariz Vermelho precisa cada vez mais da ajuda da comunidade e de cada pessoa, de forma a assegurar a continuidade da sua missão.

Nesta primeira campanha sentimos, mais uma vez, o quão próximas as pessoas estão de nós e da nossa causa e ficamos muito sensibilizados pela demonstração de reconhecimento pelo nosso trabalho”- afirma Rosária Jorge, directora executiva da ONV.

Centenas de doadores e voluntários permitiram a concretização destes resultados e o sucesso da campanha, essenciais para a sustentabilidade do projecto que sensibiliza anualmente mais de 40 mil crianças portuguesas.

A dimensão da campanha exigiu parcerias específicas para responder às necessidades operacionais e logísticas. Para além dos parceiros que contribuem a longo prazo com a prestação de serviços para a missão da ONV, contou com outras entidades que colaboraram de forma pro bono para esta campanha. Todos estes apoios foram fundamentais para a viabilidade e sucesso desta campanha.

 

Prémios Melhores Gestores de Pessoas
A Jaba Recordati foi a empresa mais galardoada na 3ª edição dos prémios Melhores Gestores de Pessoas.

A Jaba Recordati foi a empresa mais galardoada na 3ª edição dos prémios Melhores Gestores de Pessoas, tendo sido apurada com o prémio Grandes Vencedores no Top 5 deste ranking atribuídos a Nelson Pires e Afonso Vicente, respectivamente director geral e director de vendas, que entre si conquistaram seis troféus de destaque.

O director geral da farmacêutica Jaba Recordati, Nelson Pires integra pelo terceiro ano consecutivo o ranking dos Melhores Gestores de Pessoas 2014 e, conquistou nos prémios sectoriais o 2º lugar na categoria de Melhor CEO (em 2013 foi considerado o melhor CEO de Portugal), atribuído pelo estudo da Qmetrics.

 

Afonso Vivente, director de vendas Farma posicionou-se em 2º lugar no ranking Grandes Vencedores e dos Melhores Gestores de Pessoas 2014, tendo conquistado a mesma posição na categoria Melhor Director. Ainda nesta edição foi galardoado como Melhor Gestor de Pessoas na categoria Dimensão de Equipa (entre cinco e nove colaboradores).

Esta distinção é resultado de uma avaliação realizada pelos colaboradores que são acompanhados por estes gestores, facto por si só demonstrativo da qualidade do trabalho de acompanhamento que é realizado pela equipa Jaba Recordati aos seus colaboradores. O estudo Melhores Gestores de Pessoas é uma iniciativa da Tema Central e da Qmetrics, que identifica, entre um universo definido de candidatos, os melhores gestores de pessoas em Portugal.

O Altis Grand Hotel, em Lisboa, foi o cenário da terceira edição dos prémios Melhores Gestores de Pessoas, que contou com a presença do realizador António Pedro Vasconcelos e do seleccionador nacional de Futebol Fernando Santos, entre outros.

 

25% das pessoas que morrem nos hospitais têm Diabetes
De acordo com o relatório “Diabetes: Factos e Números” do Observatório Nacional da Diabetes, em 2013, a prevalência estimada da...

O Observatório Nacional da Diabetes revela que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) continua a registar uma evolução positiva de alguns indicadores, nomeadamente ao nível hospitalar com destaque para a diminuição da mortalidade intra-hospitalar nas pessoas com diabetes. Ao nível dos cuidados primários, importa referir uma maior abrangência na prestação dos cuidados de saúde na população diabética, assim como o aumento da observação do pé diabético.

Registam-se, contudo, outros indicadores com evoluções preocupantes como o aumento dos internamentos associados ao pé diabético e o aumento das amputações dos membros inferiores, contrariando a tendência de redução que se vinha a verificar. A população com diabetes representou, em 2013, 25% da mortalidade intra-hospitalar no SNS, ou seja, um quarto das pessoas que morrem nos hospitais têm diabetes.

A prevalência da diabetes mellitus (DM) continua a aumentar, o que significa que não se pode baixar a guarda na luta pela sua prevenção:

Em Portugal, há um milhão de pessoas com diabetes, das quais 44% não estão diagnosticadas.

Em 2013, foram detectados 160 novos casos de diabetes por dia.

40% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos já tem diabetes ou pré-diabetes.

Verifica-se maior prevalência nos homens (15,6%) do que nas mulheres (10,7%).

Em 2013 foram detectados 18,2 novos casos de diabetes tipo 1 por cada 100 mil jovens com idades compreendidas entre os 0-14 anos, valor bastante superior ao registado em 2004 (dinâmica semelhante à verificada no escalão etário dos 0-19 anos).

O número de utentes saídos (internamentos hospitalares) por “pé diabético” registou um acréscimo significativo nos últimos dois anos (+201 episódios).

Mais de uma em cada quatro das pessoas entre os 60-79 anos tem diabetes.

A prevalência da diabetes nas pessoas obesas (IMC›= 30) é cerca de quatro vezes maior do que nas pessoas com IMC normal (IMC‹25).

A prevalência da diabetes gestacional em Portugal Continental em 2013 foi de 5,8% da população parturiente que utilizou o SNS durante esse ano, registando um acréscimo significativo do número absoluto de casos registados, comparativamente com o ano transacto.

O número de utentes saídos/internamentos nos hospitais do SNS em que a diabetes se assume como diagnóstico principal apresenta uma tendência de crescimento nos últimos cinco anos (40%), em grande medida associada ao aumento do número de day cases.

Os gastos com a diabetes representaram 1% do PIB português em 2013 e 10% da Despesa em Saúde.

O custo médio das embalagens de medicamentos da diabetes mais do que duplicou o seu valor nos últimos dez anos.

 

Sinais positivos

Comparativamente a 2012 verificou-se um aumento de 8,8% do número de utentes com diabetes registados na Rede de Cuidados de Saúde Primários (correspondendo a um acréscimo de 62 mil utentes).

As consultas de diabetes representam 8% das consultas dos cuidados primários (em 2011 representavam 6%).

Regista-se uma diminuição progressiva da duração média dos internamentos associados a descompensação/ complicações da diabetes (verificou-se uma redução superior a 20 mil dias de internamento na última década), mantendo-se, no entanto, com valores médios de internamento superiores aos valores médios dos internamentos do SNS.

De acordo com o Observatório Nacional da Diabetes, regista-se uma diminuição da taxa letalidade intra-hospitalar nos doentes hospitalizados com diabetes, quer como diagnóstico principal quer como diagnóstico associado.

Há também uma diminuição do número de óbitos registados nos internamentos em que a DM foi o diagnóstico principal (-36% na última década) e o aumento (46% nos últimos 10 anos) do número de óbitos nos internamentos com registo de diabetes como diagnóstico associado.

Apesar do acréscimo de despesa registado no último ano em medicamentos para a diabetes, realce-se o facto dos encargos totais dos utentes com estes medicamentos ter estabilizado nos últimos 3 anos.

 

Prevalência e incidência da diabetes

Em 2013 a prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,8 milhões de indivíduos) foi de 13%, isto é, mais de 1 milhão de portugueses neste grupo etário tem diabetes.

O impacto do envelhecimento da estrutura etária da população portuguesa (20-79 anos) reflectiu-se num aumento de 1,3 pontos percentuais (p.p.) da taxa de prevalência da diabetes entre 2009 e 2013, o que corresponde a um crescimento na ordem dos 11%.

Verifica-se a existência de uma diferença estatisticamente significativa na prevalência da diabetes entre os homens (15,6%) e as mulheres (10,7%). Verifica-se também a existência de um forte aumento da prevalência da diabetes com a idade. Mais de um quarto das pessoas entre os 60-79 anos tem diabetes.

Nota-se ainda uma relação entre o escalão de Índice de Massa Corporal (IMC) e a diabetes, com perto de 90% da população com diabetes a apresentar excesso de peso (49,2%) ou obesidade (39,6%), de acordo com os dados recolhidos no âmbito do PREVADIAB.

 

Diabetes nas crianças e jovens

A diabetes tipo 1 nas crianças e nos jovens em Portugal, em 2013, atingia 3.261 indivíduos com idades entre 0-19 anos, o que corresponde a 0,16% da população portuguesa neste escalão etário. Apesar da diminuição registada na população entre os 0 e os 19 anos, o número de jovens com diabetes neste escalão etário mantém-se estável.

Em 2013 foram detectados 18,2 novos casos de diabetes tipo 1 por cada 100 mil jovens com idades compreendidas entre os 0-14 anos, valor bastante superior ao registado em 2004 (dinâmica semelhante à verificada no escalão etário dos 0-19 anos).

 

Diabetes gestacional

A prevalência da diabetes gestacional em Portugal Continental em 2013 foi de 5,8% da população parturiente que utilizou o SNS durante esse ano, registando um acréscimo significativo do número absoluto de casos, comparativamente ao ano transacto. Verifica-se ainda que a prevalência da diabetes gestacional aumenta com a idade das parturientes, atingindo os 15,3% nas mulheres com idade superior a 40 anos.

 

Cuidados primários/consultas de diabetes

Em 2013, na Rede de Cuidados de Saúde Primários do SNS de Portugal Continental encontravam-se registados 765.901 utentes com diabetes, (dos quais 55,4% nas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados - UCSP e 44,6% nas Unidades de Saúde Familiar - USF), num universo de 12.151.041 utentes registados (dos quais 58,6% nas UCSP e 41,4% nas USF).

Comparativamente a 2012, verificou-se um aumento de 8,8% do número de utentes com diabetes na Rede de Cuidados de Saúde Primários (correspondendo a um acréscimo de 62 mil utentes).

Note-se que, dos cerca de 766 mil utentes com diabetes, cerca de 623 mil contactaram com o sistema, mas apenas 515 mil são seguidos regularmente.

 

Hospitalização

O número de utentes saídos/internamentos nos hospitais do SNS em que a diabetes se assume como diagnóstico principal apresenta uma tendência de crescimento nos últimos cinco anos (40%), em grande medida associada ao aumento do número de day cases.

 

Letalidade intra-hospitalar

A população com Diabetes representou, em 2013, 24,9% da letalidade intra-hospitalar no SNS (correspondendo a 11.679 indivíduos), ou seja, cerca de um quarto das pessoas que morrem nos hospitais têm diabetes. De acordo com este relatório, regista-se uma diminuição da taxa de letalidade intra-hospitalar nos doentes hospitalizados com diabetes, quer como diagnóstico principal quer como diagnóstico associado.

Simultaneamente, é de realçar a diminuição do número de óbitos registados nos internamentos em que a DM foi o diagnóstico principal (-36% na última década) e o aumento (46% nos últimos 10 anos) do número de óbitos nos internamentos com registo de diabetes como diagnóstico associado.

 

Complicações da diabetes – Pé

O número de utentes saídos (internamentos hospitalares) por “pé diabético”, uma das complicações da diabetes, registou um acréscimo significativo nos últimos dois anos (+201 episódios).

O número total de amputações dos membros inferiores, por diabetes, tem registado uma ligeira trajectória de crescimento nos últimos dois anos (associado principalmente ao aumento das amputações minor).

Apesar de se fazer mais observação do pé nos cuidados primários, essa melhoria ainda não se traduziu nos cuidados hospitalares, já que continuaram a aumentar os internamentos por amputações e por complicações do pé.

 

Consumo de medicamentos diabetes

O crescimento do custo dos medicamentos da diabetes tem assumido uma especial relevância (+ 263%) face ao crescimento efectivo do consumo, quantificado em número de embalagens vendidas (+ 66%). Os utentes do SNS têm encargos directos de 18 Milhões de Euros com o consumo de anti-diabéticos Orais e de Insulinas, o que representa 8% dos custos do mercado de ambulatório com estes medicamentos no último ano. Neste sentido, apesar do acréscimo de despesa registado no último ano, realce-se o facto dos encargos totais dos utentes com estes medicamentos ter estabilizado nos últimos 3 anos. O custo médio das embalagens de medicamentos da diabetes mais que duplicou o seu valor nos últimos 10 anos.

 

Custos da Diabetes

Em 2013, a diabetes em Portugal representou um custo directo estimado entre 1.250 – 1.500 milhões de euros (valor similar ao ano passado). Isto representa 0,8%-0,9% do PIB português em 2013 e 8%-9% da Despesa em Saúde em 2013. Por outro lado, se considerarmos o custo médio das pessoas com diabetes, de acordo com os valores apresentados pela Federação Internacional da Diabetes (IDF) em 2013, a doença em Portugal representou um custo de 1 713 milhões de euros. Tais valores representam 1% do PIB português em 2013 e 10% da Despesa em Saúde em 2013.

 

A diabetes no mundo

Em 2013 estima-se a existência de 382 milhões de pessoas com diabetes. Em 2035 este valor subirá para 592 milhões.

O número de pessoas com diabetes tipo 2 está a aumentar em todos os países.

Existem 175 de milhões de pessoas com diabetes que desconhecem que têm a doença.

A diabetes provocou 5,1 milhões de mortes em 2013. A cada 6 segundos morre uma pessoa por diabetes.

Mais de 79 mil crianças e jovens desenvolveram Diabetes tipo 1 em 2013.

Mais de 21 milhões de nascimentos foram afectados, durante o período de gravidez, por hiperglicemia materna (84% por diabetes gestacional e 16% por diabetes prévia à gravidez).

A diabetes é já a quarta principal causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda segundo dados fornecidos pela OMS, esta patologia pode conduzir a uma redução da esperança média de vida, pela primeira vez em 200 anos. Portugal posiciona-se entre os países Europeus que registam uma mais elevada taxa de prevalência da diabetes.

 

Sobre o relatório

Desenvolvido como uma das medidas estratégicas definidas pelo Programa Nacional para a Diabetes na luta contra a doença em Portugal, o Observatório Nacional da Diabetes foi constituído como uma estrutura integrada na Sociedade Portuguesa de Diabetologia - SPD, com o apoio da Direção Geral da Saúde – DGS. Uma das actividades do Observatório Nacional da Diabetes é a edição anual de um Relatório dos Factos e Números relativos à evolução da Diabetes em Portugal.

 

Dor abdominal
Apendicite é o nome dado à inflamação do apêndice, quadro que se apresenta habitualmente como uma in
Cicatriz derivada da remoção do apêndice

A apendicite é uma inflamação do apêndice que, se não for tratada a tempo, pode originar complicações graves e até ser mortal para o doente. O apêndice é um segmento pequeno e com forma de dedo que sobressai do intestino grosso, perto do ponto onde este se une ao intestino delgado (cego). Embora não se saiba concretamente qual é a utilidade e função deste órgão (que não é essencial para o organismo), parece contribuir para as defesas imunitárias a nível intestinal, dada a sua riqueza em folículos linfóides.

A apendicite ocorre geralmente quando o apêndice é bloqueado por fezes ou por um corpo estranho, o que faz com que as suas paredes inflamem e os seus tecidos sejam invadidos pelas bactérias intestinais. Afecta cerca de 8 por cento da população e surge, geralmente, na segunda ou terceira década de vida com o mesmo risco para homens ou mulheres.

Exceptuando as hérnias estranguladas, a apendicite é a causa mais frequente de dor abdominal intensa e súbita e de cirurgia abdominal em muitos países. Caso a intervenção cirúrgica seja efectuada a tempo e não haja complicações, as probabilidades de morte são muito reduzidas e o tempo de internamento é curto.

Causas

As causas da apendicite não estão totalmente esclarecidas. Na maioria dos casos, deve-se a uma obstrução (que pode ser causada por diferentes razões) dentro do apêndice e, em consequência disso, desencadear um processo inflamatório.

Qualquer que seja o motivo casual, que na maioria dos casos não se chega a identificar, as bactérias desenvolvem-se no interior do apêndice e infectam as suas paredes, provocando a consequente inflamação e congestão das mesmas. Caso não se faça nada para o remediar, as paredes do apêndice irão sofrer um rápido processo de deterioração (necrose) que culmina com a sua separação.

Por outro lado, se a inflamação não for tratada a tempo e continuar sem tratamento, o apêndice pode perfurar-se e espalhar o conteúdo intestinal carregado de bactérias pelo abdómen, causando peritonite, que pode conduzir a uma infecção com risco de morte.

A perfuração também pode provocar a formação dum abcesso e na mulher, podem infectar-se os ovários e as trompas de Falópio e causar infertilidade. Um apêndice perfurado também pode fazer com que as bactérias infectem a corrente sanguínea (estado potencialmente mortal, conhecido como septicemia).

Diagnóstico

Uma análise ao sangue mostra um aumento moderado na contagem de glóbulos brancos, em resposta à infecção. Normalmente, nas fases iniciais da apendicite aguda, os testes (como a radiologia, a ecografia e a tomografia axial computadorizada (TAC) não são úteis.

O diagnóstico baseia-se nos dados do exame físico. Para evitar a perfuração do apêndice, a formação de abcessos ou a inflamação do revestimento da cavidade abdominal (peritonite), o médico faz uma intervenção cirúrgica de urgência.

Em cerca de 15 por cento das intervenções feitas com o diagnóstico de apendicite, verifica-se que afinal se tratava dum apêndice normal. No entanto, se a cirurgia for protelada até se ter a certeza da causa da dor, a consequência pode ser mortal: um apêndice infectado pode perfurar-se em menos de 24 horas após o início dos sintomas. Inclusivamente, mesmo que o apêndice não seja a causa do processo, normalmente o cirurgião extrai-o.

Sintomas

A apendicite costuma apresentar-se subitamente, sem manifestações prévias, apesar de, em alguns casos, existir como antecedente a existência de certas dificuldades digestivas durante os dois ou três dias anteriores.

Numa primeira fase, o sintoma principal e geralmente o único, é uma dor abdominal. No início, a dor é mais ou menos intermitente e localiza-se na região superior do abdómen ou em redor do umbigo, apesar de se poder alastrar, em certos casos, de maneira difusa por toda a parede abdominal.

Ao fim de cinco ou seis horas, a dor torna-se mais intensa e constante, localizando-se com maior precisão na zona do apêndice, ou seja, na região inferior direita do abdómen. Esta dor acentua-se com os movimentos, às vezes de forma tão intensa que obriga o paciente a manter-se praticamente imóvel.

Momentaneamente, o doente costuma apresentar um quadro febril, com um aumento moderado da temperatura corporal, já que não costuma superar os 38,5°C, por vezes acompanhado de calafrios. Também costuma provocar náuseas e vómitos, embora não aconteça em todos os casos, bem como obstipação, com a ausência de evacuações e de gases.

Sem tratamento, esta sintomatologia mantém-se durante 24 ou 48 horas, podendo então acontecer duas coisas: o problema sara espontaneamente ou surgem complicações.

O principal perigo é que as paredes do apêndice fiquem tão deterioradas que acabem por se separar, provocando uma perfuração. Quando for o caso, é possível que a dor ceda temporariamente, o que não é nada tranquilizador, pois significa que o seu conteúdo, rico em bactérias, terá atravessado a cavidade abdominal, originando uma peritonite, ou seja, uma grave alteração caracterizada pelo aumento da temperatura e por um incremento da dor, acompanhada por uma contractura da musculatura abdominal.

A dor, sobretudo em lactentes e crianças, pode ser generalizada, em vez de localizada no quadrante inferior direito do abdómen. Em adultos e em mulheres grávidas, a dor é normalmente menos intensa e a área menos sensível.

Tratamento

O tratamento da apendicite passa quase sempre pela cirurgia - corresponde à extracção do apêndice, numa operação denominada apendicectomia. Trata-se de uma intervenção relativamente simples e que só raramente provoca quaisquer tipos de complicações. Por isso, é praticada sem que haja a certeza sobre o diagnóstico, pois mesmo que não se confirme a apendicite, o apêndice é retirado, apesar de aparentar um estado normal, para prevenir futuras inflamações.

Actualmente, a técnica mais indicada é a cirurgia laparoscópica, realizada através de três pequenas incisões, que permite uma recuperação mais rápida, bem como a inspecção de toda a cavidade abdominal, de forma a excluir outras causas de dor abdominal.

No caso de uma perfuração do apêndice, o prognóstico é mais grave. Há 50 anos, esta lesão era frequentemente mortal, no entanto, com a utilização dos antibióticos a percentagem de mortalidade reduziu-se drasticamente.

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Dicionário de A a Z
A histerectomia é a remoção cirúrgica do útero.
Histerectomia

Ocupa o segundo lugar entre as cirurgias efectuadas com mais frequências nas mulheres, logo a seguir à cesariana. Dependendo do tipo de histerectomia realizado, e do motivo, por vezes, durante uma mesma cirurgia, efectua-se também a remoção do colo uterino, dos ovários e das trompas de Falópio.

Existem três tipos de histerectomia: a total (ou "histerectomia tradicional") que consiste na remoção do útero e do colo uterino. Pode efectuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio; a histerectomia subtotal ou parcial, onde o útero é removido, mas o colo uterino é preservado. Pode efectuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópioe , por fim, a histerectomia radical que se designa pela remoção do útero, do colo uterino e de alguns gânglios linfáticos pélvicos. Pode efectuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio. Esta intervenção é normalmente recomendada para tratar cancros do útero e do colo uterino.

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Placas na cavidade oral
A leucoplasia é uma condição em que existe formação de placas brancas e espessas nas gengivas, no in
Mulher com a língua de fora

A causa da leucoplasia é desconhecida, mas o tabaco, fumado, mascado ou mastigado, é considerado o principal culpado do seu desenvolvimento.

Geralmente, a leucoplasia não é perigosa, mas, por vezes, pode ser grave. Apesar de a maioria das placas de leucoplasia ser benigna, uma pequena percentagem apresenta sinais precoces de cancro e muitos dos cancros da boca ocorrem perto das áreas de leucoplasia. Por esse motivo, é melhor consultar o seu dentista caso possua alterações incomuns e persistentes na boca.

 

Sintomas da leucoplasia

A leucoplasia pode possuir diversos aspectos. Ocorrem geralmente alterações nas gengivas, no interior das bochechas, na parte inferior da boca e, por vezes, na língua. A leucoplasia pode ter o seguinte aspecto:

  • Placas brancas ou acinzentadas que não podem ser eliminadas;
  • Áreas irregulares ou com textura lisa;
  • Áreas espessas ou rígidas;
  • Lesões salientes e vermelhas (eritroplasia) que tendem mais a apresentar alterações pré-cancerosas.

Um tipo de leucoplasia denominada leucoplasia pilosa afecta principalmente pessoas cujos sistemas imunitários foram enfraquecidos por medicação ou doença, especialmente VIH/SIDA. A leucoplasia pilosa provoca placas brancas e pilosas que se assemelham a pregas ou elevações nas partes laterais da língua. É geralmente confundida com candidíase oral, uma infecção marcada por placas de cor branca creme na área que se estende da parte posterior da língua à parte superior do esófago (faringe) e no interior das bochechas. A candidíase oral é comum em pessoas com VIH/SIDA.

Por vezes, as feridas na boca podem ser incómodas e dolorosas sem serem perigosas. Mas, noutros casos, os problemas orais podem indicar uma situação mais grave. Por esse motivo, consulte o seu dentista caso apresente:

  • Placas brancas ou feridas na boca que não sarem por si próprias num prazo de sete a 10 dias;
  • Nódulos ou placas brancas, vermelhas ou pretas na boca;
  • Alterações persistentes nos tecidos orais.

Causas da leucoplasia

A causa da leucoplasia depende do tipo de leucoplasia que possui, a padrão ou a pilosa.

Leucoplasia

Apesar da causa da leucoplasia ser desconhecida, o consumo de tabaco, seja fumado ou mastigado, parece ser responsável pela maioria dos casos. Três em quatro utilizadores de produtos de tabaco sem combustão acabam por desenvolver leucoplasia onde mantêm o tabaco contra as bochechas. O consumo a longo prazo de álcool e de outros irritantes crónicos pode igualmente contribuir para a ocorrência de leucoplasia.

Leucoplasia pilosa

Por vezes denominada leucoplasia pilosa oral, resulta de uma infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV). Após ter sido infectado com EBV, o vírus permanece no seu corpo para sempre. Normalmente, o vírus está adormecido, mas caso o seu sistema imunitário esteja enfraquecido, devido a doença ou a determinados medicamentos, o vírus pode reactivar, resultando em problemas como a leucoplasia pilosa.

As pessoas que vivem com VIH/SIDA tendem especialmente a desenvolver leucoplasia pilosa. Apesar de a utilização de medicamentos antirretrovirais ter reduzido o número de casos, a leucoplasia pilosa ainda afecta 25% das pessoas seropositivas e pode ser um dos primeiros sinais de infeção por VIH. O aspecto da leucoplasia pilosa oral pode igualmente ser uma indicação de que a terapia antirretroviral não está a surtir efeito.

Diagnóstico da leucoplasia

Muitas vezes, os dentistas diagnosticam leucoplasia examinando as placas na boca e excluindo outras causas possíveis. Para analisar se se trata de sinais de cancro, o seu dentista poderá:

  • Remover uma amostra do tecido (biopsia) para análise. Isto envolve remover uma porção da lesão com uma escova pequena e rotativa (biopsia de escova oral) ou toda a lesão (biopsia excisional);
  • Enviar o tecido para análise laboratorial.Um sistema imagiológico especializado permite que um patologista detecte células anormais;
  • Enviá-lo para tratamento se o relatório for positivo. Se a sua biopsia de escova oral for positiva, o seu dentista pode efectuar uma biopsia que remove toda a placa de leucoplasia, caso seja pequena, ou poderá encaminhá-lo para um cirurgião oral se for de grandes dimensões.

Tratamento da leucoplasia

No caso da maioria das pessoas, parar o consumo de tabaco ou álcool geralmente elimina o problema. Quando isto não é eficaz ou se as lesões apresentarem sinais de cancro, o seu dentista pode encaminhá-lo para tratamento, que envolve:

  • Remoção de placas de leucoplasia. As placas podem ser removidas utilizando um bisturi, um laser ou uma sonda extremamente fria que congela e destrói as células cancerígenas (criossonda).
  • Consultas de acompanhamento. As recorrências são comuns.

Uma vez que o seu prognóstico é melhor quando a leucoplasia é descoberta e tratada com antecedência, quando é pequena, é importante examiná-la com regularidade como, por exemplo, inspeccionando frequentemente a boca, verificando se existem áreas que não parecem estar normais.

Os efeitos dos retinoides, derivados da vitamina A utilizados para tratar acne grave e outros problemas dermatológicos, na leucoplasia foram investigados por pesquisadores. Parecem ter um efeito limitado no controlo da leucoplasia.

Tratamento da leucoplasia pilosa

Nem todos os casos de leucoplasia pilosa necessitam de tratamento e o seu médico ou dentista pode preferir aguardar, mantendo-o/a em observação. Caso necessite de tratamento, existem diversas opções disponíveis:

Medicação sistémica, que inclui medicamentos antivirais, que impedem que o vírus Epstein-Barr se reproduza, mas que não o eliminam do corpo. Os tratamentos com antivirais podem eliminar as placas da leucoplasia, mas estas regressam geralmente quando a terapia termina.

Medicação tópica que inclui soluções de resina de podofilina e tretinoína (ácido retinoico). Quando aplicadas de forma tópica, estas terapias podem melhorar o aspecto das placas de leucoplasia mas assim que se para a medicação, pode piorar.

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No próximo dia 5 de Novembro os finalistas da Faculdade de Medicina de Lisboa levam ao Campo Pequeno mais uma edição d’ A Noite...

A Noite da Medicina é um dos eventos académicos mais emblemáticos e antigos da Faculdade de Medicina de Lisboa (FML), que teve a sua primeira edição no ano de 1929 no Teatro Politeama. O espectáculo de cariz cultural é realizado anualmente e conta com a presença de uma audiência de cerca de 3 mil pessoas.

Em paralelo ao espectáculo, a Comissão Organizadora da Noite da Medicina tem vindo a envolver a comunidade em acções de responsabilidade social, como o Churrasco Solidário, cujos lucros reverteram a favor da Associação Coração Amarelo, bem como sessões de Dádivas de Sangue e Registo de Dadores de Medula Óssea.

Na Noite da Medicina cerca de 400 futuros médicos da FML sobem ao palco e demonstram, de forma satírica, o seu dia-a-dia num espectáculo. O evento que conta já com inúmeros apoios, iniciou este mês uma iniciativa de angariação de fundos (http://ppl.com.pt/pt/prj/noite-medicina-2014), oferecendo recompensas que podem ir desde agradecimentos na sua página de Facebook e site, formações na área da saúde e realização de rastreios gratuitos, de acordo com o tipo de apoio.

Ultrapassadas divergências
O secretário regional da Saúde dos Açores reafirmou que vai avançar a instalação de um serviço de radioterapia na região e que...

“Vamos ter radioterapia nos Açores, isso é uma consequência lógica daquilo que tem sido a evolução normal do Serviço Regional de Saúde”, afirmou Luís Cabral, acrescentando que foram ultrapassadas “há cerca de duas semanas as divergências” relativamente à questão do pagamento dos utentes, pelo que “existem todas as condições para que o promotor possa avançar rapidamente com a obra”.

O Centro de Radioterapia dos Açores, que será instalado nos terrenos junto ao hospital de Ponta Delgada, estava inicialmente previsto como parceria público-privada, mas depois de ter sido recusado por duas vezes o visto do Tribunal de Contas, o executivo regional abandonou esta ideia, passando o projecto a ser um investimento privado.

Luís Cabral, que falava após uma visita ao Serviço de Atendimento Complementar (SAC), em Ponta Delgada, assinalando a primeira semana de funcionamento de uma valência que concentra as consultas para os utentes sem médico de família, afirmou que o executivo açoriano quis garantir que “não só o centro vai ser instalado, como é um centro com sustentabilidade quer para o promotor privado, quer para o Governo Regional”.

“Era fundamental que os preços se aproximassem aos preços que são praticados em todo o país”, referiu ainda, não precisando valores. Disse, no entanto, que são preços que “neste momento garantem que os tratamentos que estão a ser feitos aos açorianos no continente podem ser feitos na região" sem que haja para os Açores "um acréscimo de despesa com isso”.

Questionado sobre o arranque das obras, o titular pela pasta da Saúde nos Açores disse que depende do promotor da iniciativa privada.

“Existiram alguns contratempos relativamente àquilo que era a definição dos preços, porque não fazia sentido que o Governo Regional pagasse mais por um serviço prestado na região do que aquilo que actualmente paga por um serviço prestado no continente. Esta situação foi devidamente esclarecida, está já ultrapassada e aquilo que se espera agora é (...) que o promotor possa avançar com as obras de instalação do centro o quanto antes”, explicou.

O secretário regional da Saúde adiantou ainda que “está em curso uma revisão da orgânica do Centro de Oncologia dos Açores” (COA) para que possa incluir também uma comissão de coordenação oncológica “em toda a vertente da oncologia”.

Sobre o Serviço de Atendimento Complementar na cidade de Ponta Delgada, que visitou, destacou que a valência, que funcionará entre 08:30 e as 20:00, para atendimentos por médicos de medicina geral e familiar “em situações de doença aguda”, vai disponibilizar “cerca de 60 consultas por dia com dois médicos em permanência”.

“Ou seja, mais de mil consultas por mês que estão aqui disponibilizadas além do atendimento de cerca de mais de 1.500 atendimentos de enfermagem, nomeadamente, a realização de pensos do Centro de Saúde de Ponta Delgada”, acrescentou.

Decisão depende da tributação
O valor dos incentivos à fixação de médicos nas zonas carenciadas, prevista na proposta de orçamento da Saúde para 2015,...

Segundo Paulo Macedo, está prevista uma verba de 2 a 4 milhões de euros para incentivos à fixação de médicos em zonas do interior. O valor dos incentivos dependerá ainda do número de médicos que aceitar trabalhar no interior, assim como das necessidades destes profissionais, cujo levantamento o Ministério da Saúde está a realizar.

Em relação à tributação destes subsídios, Paulo Macedo remeteu essa questão para a proposta de lei do IRS, que será debatida em sede própria, no parlamento.

A questão dos incentivos foi levantada pelo deputado João Semedo, do Bloco de Esquerda que, durante a discussão do orçamento da Saúde para 2015, se congratulou pela atribuição de incentivos aos médicos para o interior, embora tenha criticado o facto de este ser tributado pelas Finanças.

 

Estudo revela:
Um estudo científico foi capaz de provar que a comichão piora se começar a coçar. Segundo o mesmo, a culpa é do cérebro, que...

O facto é incontestável: qualquer pessoa que já tenha sentido comichão numa parte do corpo sabe que, a partir do momento em que decidir agir e passar os dedos - ou mesmo as unhas - na região afectada, a comichão vai piorar.

A verdade é que coçar nunca atenua a sensação de comichão, apesar de o primeiro impulso ser sempre o de levar a mão à cabeça ou ao queixo, para depois perceber que melhor teria sido estar quieto.

Até hoje, os cientistas também ainda não tinham percebido porque é que coçar contribuía para intensificar a comichão. Mas um estudo agora publicado no jornal Neuron e realizado por investigadores da Washington University School of Medicine, em St. Louis, indica que o ato de coçar leva o cérebro a libertar serotonina, que faz aumentar a sensação de comichão, obrigando a pessoa a coçar-se ainda mais.

A pesquisa foi feita com ratinhos de laboratório mas tudo aponta para que este ciclo vicioso da comichão se repita com o homem. As conclusões iniciais permitirão lidar melhor com este problema e, possivelmente, encontrar solução para as pessoas que sofrem de comichão crónica.

Os cientistas já sabiam há décadas que coçar provoca dor ao nível da pele, explicou Zhou-Feng Chen, o director do centro da universidade de St. Louis que se dedica ao estudo da comichão. A dor interrompe a sensação de comichão, pelo menos temporariamente, uma vez que as células nervosas da espinal medula levam até ao cérebro a mensagem de dor em vez dos sinais de comichão. "O problema é que quando o cérebro recebe esses sinais de dor, responde produzindo serotonina para ajudar a controlá-la", explica o investigador. À medida que a serotonina se dissemina pelo sistema nervoso central, procurando controlar a dor, contribui para aumentar também a sensação de comichão. O papel da serotonina no controlo da dor já era conhecido, mas nunca este neurotransmissor tinha sido associado à comichão.

Enquanto a equipa de Zhou-Feng continua a aprofundar o estudo dos mecanismos moleculares e celulares que tornarão possível controlar o ciclo vicioso da comichão, o melhor é mesmo evitar e, se possível, não coçar.

Até agora apenas possível no privado
O tratamento era possível mas apenas em unidades privadas, as únicas com respostas especializadas.

Casos de dependência grave do jogo estão a aumentar e a registar-se cada vez mais cedo. As respostas eram no privado, mas o Serviço Nacional de Saúde já está a começar a formar profissionais para dar resposta às necessidades.

João Goulão, director-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), disse ao Diário de Notícias que “esta dependência sem substância será a primeira a integrar as respostas do SNS” e calcula que, neste ano e no próximo, “possam existir profissionais devidamente formados em cada capital de distrito. Os médicos de família deverão saber para onde enviar os doentes”.

 

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