Após reunião inconclusiva com Governo
Os enfermeiros iniciaram, às 00:00 de hoje, o segundo e último dia de greve nacional em protesto pelos cortes salariais nas...

No primeiro dia de greve, há uma semana, a adesão rondou os 70%, um número que o Sindicato admitiu ser pouco rigoroso devido a um despacho ministerial que decretou serviços máximos nos hospitais onde são seguidos os casos de infecção por ‘legionella’.

O surto de ‘legionella’, aliás, acabou por marcar esta greve decretada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que chegou a reunir para avaliar se mantinha ou não a paralisação, face ao pedido do Ministério da Saúde para que os sindicalistas reconsiderassem, tendo em conta o cenário "extraordinário" provocado pelo surto de Vila Franca de Xira. Os sindicalistas, porém, consideraram que não era uma questão suficiente para desconvocar o protesto.

Na quinta-feira à tarde, a Direção do SEP teve uma reunião no Ministério da Saúde mas, no final, a dirigente do SEP Guadalupe Simões disse que nenhuma das exigências foi atendida. E como, segundo a responsável, o Ministério não apresentou soluções, a dirigente do SEP apelou a que os enfermeiros demonstrem hoje a sua insatisfação, aderindo à greve.

Quando anunciou a marcação da greve, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses acusou o Ministério da Saúde de não cumprir os compromissos assumidos em processo negocial no que se refere à possibilidade do descongelamento do tempo de serviço para a progressão na carreira.

“A proposta de Orçamento do Estado para 2015, contrariamente ao que estava inscrito no Documento de Estratégia Orçamental e que o Governo propagandeou, em Junho, não prevê normas que são exigências dos enfermeiros e do SEP, nomeadamente, a progressão na carreira, o fim dos cortes salariais nas horas penosas e nas horas extraordinárias, reposição das 35 horas”, referem os sindicalistas.

Os enfermeiros portugueses cumpriram dois dias de greve nacional há menos de dois meses, nos dias 24 e 25 de Setembro, contra a “grave carência” de profissionais nas unidades públicas de saúde e pela dignificação da profissão e da carreira de enfermagem.

 

Reunião inconclusiva com Governo

A dirigente do SEP Guadalupe Simões disse que o Ministério da Saúde não apresentou qualquer proposta que pudesse levar a que a greve fosse desconvocada.

A reunião entre SEP e Governo estava marcada para dia 25, mas foi antecipada, tendo os enfermeiros levado para a negociação questões como a contratação de mais enfermeiros, harmonização salarial, progressão na carreira, valorização salarial dos enfermeiros especialistas ou pagamento de horas penosas e extraordinárias sem cortes.

“O Ministério da Saúde antecipou a reunião mas, na realidade, não apresentou uma evolução positiva que possamos pensar sequer na possibilidade de suspender a greve”, disse Guadalupe Simões, acrescentando: “Resta-nos apelar aos enfermeiros para que demonstrem a sua insatisfação perante esta situação”.

É que, acrescentou, na longa reunião, não foi possível que o Ministério da Saúde apresentasse “propostas concretas” em relação às principais exigências do SEP. Para o sindicato tal era “determinante” e, para o Governo, não era “discutível”, disse Guadalupe Simões.

No sul do país
Um estudo da Ordem dos Enfermeiros revela que faltam 1.779 enfermeiros nas 117 unidades da Rede Nacional de Cuidados...

O estudo de caracterização das unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) teve como objectivo “perceber qual é a capacidade de resposta da rede e, sobretudo, os desafios que se colocam e os recursos necessários para o seu funcionamento”, disse à agência Lusa o presidente da Secção Regional Sul da Ordem dos Enfermeiros (OE), Alexandre Tomás.

Tendo em conta a área de abrangência da região Sul, que abrange as administrações regionais de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, “foi possível identificar a capacidade instalada desta rede, mas também a capacidade efectiva de investimento nas unidades da rede”, adiantou Alexandre Tomás.

Dados do estudo realizado pela Secção Regional do Sul da OE revelam que nas 44 unidades de internamento, de um total de 117 que responderam ao estudo, trabalham 412 enfermeiros (93% generalistas e 7% especialistas), faltando 659 destes profissionais, tendo por base o documento para o cálculo da dotação segura.

Se estes dados forem extrapolados para as 117 unidades de internamento existentes entre Santarém e Faro faltam 1.779 enfermeiros, o que significa que, em média, faltam 15 enfermeiros em cada unidade.

O enfermeiro Alexandre Tomás explicou que o número de enfermeiros em falta não é igual em todas as unidades. “Cada uma das unidades da rede, de convalescença, de média duração, de longa duração ou de paliativos tem uma necessidade própria de número de enfermeiros que decorre do tipo de utente que está nessa unidade”, sustentou.

O estudo constatou ainda a carência de enfermeiros especialistas nestas unidades, “o que pode condicionar a capacidade de resposta destes profissionais”.

De acordo com a OE, existem 2.749 lugares de internamento na rede na região sul, distribuídos por Unidades de Longa Duração (50,4%), Unidades de Média Duração (27,4%), Unidades de Convalescença (12,8%) e Unidades de Cuidados Paliativos (9,4%).

Sobre a taxa de ocupação nas unidades estudadas, a investigação refere que “é elevada”, sendo maior nas Unidades de Convalescença e de Longa Duração, 97,35% e de 97,52%, respectivamente. Para Alexandre Tomás, estes dados permitem afirmar que “as unidades da rede têm uma efectiva carência de enfermeiros” e que “a rede nacional de cuidados continuados não consegue responder às necessidades das pessoas que estão internadas em unidades hospitalares e que necessitam de resposta desta rede".

Levantam ainda “duas questões paradoxais”, disse, explicando: Por um lado, há “uma efectiva carência de enfermeiros” nestas unidades de acordo com a orientação da Ordem dos Enfermeiros, mas, por outro lado, uma recente portaria que regula o funcionamento dessas unidades “diz que ainda são precisos menos profissionais”.

“Não conseguimos compreender como o decisor faz sair uma portaria que manifestamente não qualifica as equipas e não prevê que haja um reforço destas equipas”, frisou.

As 117 Unidades de Internamento da RNCCI na região sul dão resposta a 4,4 milhões de habitantes, sendo que 851.694 habitantes têm mais de 65 Anos, que representam 19,2% da população.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde revelou que 5.420 pessoas já morreram de Ébola em oito países, onde foram identificados 15.145...

Na passada sexta-feira, a agência das Nações Unidas - Organização Mundial de Saúde (OMS) - tinha dado conta de 5.177 mortes e 14.413 casos. A OMS acredita que o número real de mortos é muito superior, já que a taxa de fatalidade da epidemia é que cerca de 70%.

Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa continuam a ser os países mais afectados.

O Mali, a Nigéria e o Senegal também registaram alguns casos, mas a situação permanece, por enquanto, controlada.

Fora do continente africano foram registados casos em Espanha e nos Estados Unidos.

De acordo com a OMS, 584 profissionais de saúde a trabalhar nas áreas afectadas pela doença já contraíram o vírus e 329 destes morreram.

Legionella:
A Câmara de Vila Franca de Xira decidiu que na sexta-feira será Dia de Luto Municipal para sexta-feira, em memória das vítimas...

Segundo anunciou a autarquia, durante o dia de sexta-feira as bandeiras estarão a meia haste em todas as instalações do município. A iniciativa foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo, presidido pelo socialista Alberto Mesquita.

Em comunicado enviado a junta de freguesia da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, uma das mais afectadas pelo surto de 'legionella', refere que também se irá associar a esta homenagem.

Na mesma nota a autarquia refere, igualmente, que já tem disponíveis os serviços de apoio psicológico e de aconselhamento jurídico a funcionar "excepcionalmente de forma alargada" para esta situação.

Devido a um inquérito em curso que corre no Ministério Público ainda não foi divulgado quem foi o responsável pela propagação do surto de "legionella", que causou até ao momento oito mortes e infectou 331 pessoas, segundo os últimos dados da Direção Geral de Saúde (DGS).

Suspeitas de favorecimentos
A Ordem dos Médicos anunciou que pretende fazer uma auditoria aos concursos no Serviço Nacional de Saúde, por suspeitar de...

Segundo o bastonário José Manuel Silva, já foi feita uma denúncia ao Ministério Público, a propósito de um concurso específico, em que se suspeita de favorecimento a colegas que tinham feito a especialidade no hospital ao qual pertenciam os elementos do júri.

Neste concurso para contratação de jovens especialistas, que o bastonário se escusou a revelar onde tinha decorrido, houve médicos que desceram dois ou três valores em relação às notas de exame e outros que subiram também dois ou três valores.

“Não há cultura de isenção em Portugal para a realização deste tipo de entrevistas. Está a haver a subversão do espírito de avaliação, por causa da entrevista. Daí que o exame seja tão importante. Queremos fazer uma auditoria nacional para perceber o que se está a passar neste tipo de concursos”, revelou José Manuel Silva.

O bastonário explicou que estes concursos são regionais, com júris escolhidos pelas administrações regionais da Saúde, considerando ainda que não faz sentido que os elementos que o compõem sejam predominantemente de um mesmo hospital.

Um caso concreto já foi enviado para análise ao Ministério Público, à Inspecção-geral das Actividades em Saúde e à Provedoria de Justiça.

 

Júris de concursos do SNS perguntam a médicas candidatas se pretendem engravidar

Várias médicas denunciaram a um advogado da Ordem dos Médicos que, nos concursos de selecção para unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), lhes era perguntado se pretendiam engravidar, uma situação que o bastonário repudia veementemente.

Segundo o bastonário José Manuel Silva, a situação passou-se em entrevistas em concursos de provimento de admissão em unidades do SNS, embora as jovens médicas em causa não queiram identificar-se nem nomear os júris em que a situação ocorreu, por receio de serem penalizadas. Contudo, o advogado a quem estas médicas solicitaram ajuda colocou a questão por escrito à direcção da Ordem.

“O que me entristece e me deprime é estas perguntas terem sido colocadas por médicos”, afirmou José Manuel Silva.

“As mulheres têm cada vez menos condições para engravidar. Não se dá estabilidade nem condições de trabalho com dignidade e ainda se põem entraves. Perante isto, tudo o que se possa falar de medidas para aumentar a taxa de natalidade é uma hipocrisia”, declarou o bastonário.

Alerta do Núcleo de Estudos da Infecção ao VIH da SPMI
No âmbito do Dia Mundial da Sida, que se assinala a 1 de Dezembro de 2014, o Núcleo de Estudos da Infecção ao VIH da Sociedade...

No âmbito do Dia Mundial da Sida, que se assinala a 1 de Dezembro de 2014, o Núcleo de Estudos da Infecção ao VIH da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) alerta para o facto de mais de 60% dos diagnósticos serem realizados tardiamente, o que compromete a eficácia dos tratamentos, o bem-estar dos doentes, a sua qualidade de vida e a própria incidência da infecção.

Portugal é o terceiro país da União Europeia com maior taxa de casos de Sida, quer em termos de prevalência, quer em termos de incidência e, nesta efeméride, a SPMI pretende alertar para as elevadas taxas de diagnósticos tardios que se verificam em Portugal, incentivando medidas de prevenção e diagnóstico precoce.

Telo Faria, Internista e Coordenador do Núcleo de Estudos da Infecção ao VIH (NEVIH) refere que “a epidemia em Portugal afecta as populações com comportamentos particularmente vulneráveis. Neste contexto, a percentagem de infectados ultrapassa os 5%. Por outro lado a percentagem de diagnósticos tardios chegam a ser superiores a 60%, o dobro da média europeia.” O especialista justifica estes números através dos factores de organização dos serviços de saúde, à ausência de campanhas dirigidas a grupos de populações com vulnerabilidades particulares, e a factores de ordem socioculturais complexos. Contudo, refere, tem havido um esforço nos últimos anos, para inverter esta situação

Apesar da actual crise político-económica, Telo Faria acredita que é possível investir na prevenção do VIH e deixa conselhos para uma melhor actuação nesta área, entre os quais o “reforço de acções de educação, informação e prevenção em meio escolar e respectiva articulação com a saúde Escolar; realização de programas direccionados para grupos vulneráveis com articulação com as ONGs; e a implementação e reorganização de uma rede de detecção precoce da infecção, com testes rápidos nas unidades de saúde.”

A infecção por VIH afecta diversos grupos sociais, mas, nos últimos anos regista-se um número em crescente de idosos infectados. O internista afirma que tal se deve ao facto da “infecção ser uma doença com características de cronicidade, que permite aos doentes viverem bem, e durante mais anos.” Por outro lado, Telo Faria justifica a elevada incidência do vírus neste grupo social, também, pela existência e aquisição de fármacos para tratamento da disfunção eréctil, o que permite que os doentes “retomem a vida sexual, sendo assim potenciais infectados e agentes infectáveis, se tiverem comportamentos sexuais de risco.”

O Coordenador do NEVIH refere que as preocupações da Medicina Interna relativamente à situação do VIH/Sida em Portugal são de dois níveis: “por um lado, as comuns a todas as especialidades que seguem doentes infectados, como Infecciologistas, Internistas e Pneumologistas, ou seja, as preocupações relativas à área da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. Relativamente a este último ponto, Telo Faria reforça “a importância da Consulta Multidisciplinar, a implementação do Sistema de Informação SIVIDA a nível nacional, e a formação permanente dos profissionais de saúde que seguem estes doentes. Por outro lado a Medicina Interna é uma especialidade privilegiada neste seguimento, tendo em conta a nossa perspectiva multiorgânica e holística de ver o doente infectado. Esta postura do Internista vai ao encontro da visão actual da Doença VIH, como doença crónica. Assim, irão naturalmente surgir mais cedo ou mais tarde, as co-morbilidades inerentes ao avanço da idade, além das repercussões em todos os sistemas orgânicos, da própria infecção, e ainda, os efeitos secundários da própria medicação anti-retroviral”.

 

Sobre a Sida

Em Portugal, a infecção por VIH apresenta valores elevados em termos de prevalência e termos de incidência, sendo que ao nível de prevalência a proporção é de 1 infectado em 140 pessoas, e em termos de incidência é de 13.1 infectados por 100 mil pessoas.

No ano de 2013, registaram-se 1,8 milhões de novas infecções por VIH e cerca de 1,3 milhões de mortes em todo o mundo.

Associação preocupada
Vários hospitais privados estão sem receber pagamentos da ADSE desde Outubro, o que preocupa a associação que os representa. A...

O presidente da Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP), Artur Osório, disse à agência Lusa que o atraso dos pagamentos da Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública (ADSE) começaram em Outubro.

“Formalmente, os nossos associados ainda não informaram a associação destes atrasos. Temos conhecimento, por unidades de saúde que nos vão comunicando a situação, a qual está a preocupar-nos muito”, disse.

Artur Osório lamenta este atraso, principalmente porque as verbas deste subsistema “são provenientes do pagamento dos beneficiários”.

Segundo o presidente da APAH, que dirige também uma unidade de saúde privada, alguns dos hospitais com montantes por cobrar à ADSE foram informados de que este subsistema estava “sem cabimento orçamental” e que não deveria conseguir efectuar pagamentos até ao final deste ano.

“Os beneficiários da ADSE correm o risco de perder o atendimento nestas unidades de saúde que contam, em muito, com as verbas da ADSE.

Em alguns casos, avançou, o volume de negócios oriundo de serviços prestados a beneficiários da ADSE chega aos 50%, sendo em média na ordem dos 30%.

“Muitos prestadores trabalham no limite, nomeadamente os mais pequenos. A falta deste pagamento pode provocar roturas, impedindo-os de cumprir os compromissos para com os profissionais ou os fornecedores”, alertou.

“Isto é um abuso da parte do Estado em relação ao dinheiro dos beneficiários que já realizaram os seus pagamentos e que podem, desta forma, ser privados de uma assistência, para a qual contribuíram”, adiantou.

A APHP aguarda a comunicação oficial dos prestadores para avançar com iniciativas para resolver a situação, nomeadamente um contacto junto do Ministério das Finanças

Projecto de Investigação concluiu
Cerca de um terço de mais de 2 mil famílias com crianças inquiridas num estudo divulgado afirmam ter alguma dificuldade em...

"Em alguns casos, não comeram por vezes o suficiente (1,1%) ou muitas vezes (1,2%)", refere o resumo do projecto de investigação "Estudo de Caracterização da Pobreza e Insegurança Alimentar Doméstica das Famílias com Crianças em Idade Escolar".

O estudo é financiado pelo Fundo Social Europeu e pelo Estado e enquadra-se na actual conjuntura de crise económica, desemprego, diminuição dos rendimentos das famílias e aumento do risco de pobreza.

Devido aos constrangimentos registados, "11,6% das famílias pertencentes à amostra encontram-se numa situação de insegurança alimentar", que pode ser de três tipos: ligeira, moderada e severa. Destas, "mais de metade (64,7%) encontra-se em situação de insegurança alimentar ligeira [sem fome], mais de um quarto (26,7%) está numa situação de insegurança alimentar moderada e 8,6% está em insegurança alimentar severa", aponta um documento elaborado pela coordenadora do estudo.

Mónica Truninger explica que em ambas as situações já existe fome, mas no último caso as famílias reduziram a ingestão de alimentos das crianças, que sentiram fome, e os adultos sentem "repetidamente reduções mais extensivas".

A investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa explica que a insegurança alimentar foi mais prevalecente nas famílias com baixos rendimentos e níveis de escolaridade, com profissões pouco qualificadas ou em situação de desemprego.

A generalidade das famílias afirmaram que, nos últimos dois anos, as suas despesas com a alimentação aumentaram. Para as famílias "em situação de insegurança alimentar" foi necessário fazer alterações na alimentação, mudanças que incidiram, principalmente, "numa gestão mais rigorosa do orçamento familiar".

Nas outras famílias, as alterações passaram pela adopção de uma alimentação considerada mais saudável, preocupação que se torna menos frequente à medida que as dificuldades aumentam.

As famílias em "insegurança alimentar ligeira" aumentaram o consumo de legumes e fruta e reduziram nos enlatados, nas conservas e nos congelados, e também no consumo de carne e peixe e nos produtos biológicos certificados.

Ao contrário, para os agregados em "insegurança alimentar moderada ou severa" foi necessário consumir mais enlatados e congelados e menos legumes, frutas, frescos, carne e peixe.

Para enfrentar as dificuldades económicas, a estratégia comum a muitas famílias passa por "transmitir às crianças a importância de não desperdiçar comida", enquanto a maior diferença se verifica na opção por "comprar alimentos mais baratos".

As famílias apontaram ainda estratégias para organizar melhor os alimentos no frigorífico para evitar que se estraguem, cozinhar e preparar refeições de uma forma diferente para evitar o desperdício e cozinhar de forma a não gastar tanta energia.

A maioria dos agregados em "insegurança alimentar" afirma que o Estado é a entidade com maior responsabilidade no apoio alimentar e tende a recorrer mais aos familiares, amigos ou vizinhos, à produção agrícola própria, familiar ou comunitária, às instituições de apoio social e à oferta de cabazes. O acesso a alimentos através das cantinas sociais revelou uma fraca adesão pelas famílias com crianças.

O inquérito foi aplicado telefonicamente a uma amostra de 2.007 representantes de famílias a residir em Portugal continental e com pelo menos uma criança dependente em idade escolar, a frequentar um nível de ensino entre o pré-escolar e o 3º ciclo do ensino básico.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
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Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro/Norte, defendeu a necessidade de o Estado adoptar medidas “urgentes e adequadas” no campo da prevenção primária e secundária. “É necessário que o estado compreenda que embora este tipo de prevenção seja, sob o ponto de vista económico, um pouco pesado inicialmente, esse investimento tem a médio prazo (5/10 anos) uma compensação muito grande em termos económicos, porque é totalmente diferente tratar um doente com cancro inicial do que tratar um doente com cancro avançado”, sublinhou.

Para o presidente do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) “[o doente] além de ter uma sobrevivência muito menor, de não poder ser curado e de ter má qualidade de vida, vai gastar ao erário público o triplo, o quadruplo ou o quíntuplo do que um cancro inicial”.

Em relação aos resultados dos rastreios de base populacional (prevenção secundária) realizados em Portugal (cancro da mama, cancro do colo do útero e cancro colo-rectal), Vítor Veloso referiu que em relação ao cancro do colo do útero, “no norte e sul esse rastreio praticamente não funciona, na medida em que são rastreios oportunísticos, que não têm estrutura, qualidade e, nesse sentido, ainda não são, de maneira nenhuma, consequentes. o mesmo sucede em relação ao cancro do cólon e recto”.

“Espero que estas situações sejam ultrapassadas e que os rastreios que estão atribuídos às respectivas Administrações Regionais de Saúde ultrapassem as barreiras e comecem a funcionar com qualidade e com as respectivas estruturas”, disse.

No que se refere ao rastreio do cancro da mama, realizado pela LPCC, Vítor Veloso afirmou que “no centro está praticamente concluído e, no norte, cerca de 80% da população já está coberta”.

“Esperamos que no próximo ano tenhamos já a população de todo o norte também completamente rastreada. No sul há grandes áreas que não estão cobertas, não por culpa da liga, mas por culpa de outras situações que correspondem muitas vezes a interesses instalados”, afirmou.

Outro dos assuntos que estará em análise no congresso será os direitos dos doentes oncológicos e sobreviventes de cancro. Segundo o responsável, a legislação em vigor no nosso país encontra-se dispersa por diversos decretos-lei, portarias e normas de orientação, “facto que impossibilita os doentes de terem um conhecimento adequado e, em tempo útil, dos seus direitos nos mais diversos aspectos e sectores”. “Esta situação permite que os doentes oncológicos sistematicamente sofram atropelos por parte das diferentes entidades de saúde, as quais sistematicamente informam, não conhecer ou não terem indicações relativas aos direitos legais dos doentes”, nomeadamente, no que se refere ao pagamento de taxas moderadoras.

Segundo a LPCC, os maus hábitos de vida como o álcool e o tabaco, a sedentarização, uma má alimentação e obesidade e o mau uso do sol agravam o risco de cancro. Se estes comportamentos fossem evitados conseguia-se evitar o cancro em 80% dos casos.

É por esse motivo que Vítor Veloso insiste na necessidade de “implementar planos de educação estruturados nas escolas e na comunidade em geral de estilos de vida saudáveis. Informar a população e sensibilizá-las para os comportamentos de risco. Depois deste primeiro grande passo, deveriam criar-se estruturas que permitissem um rastreio abrangente, dirigido e de diagnóstico precoce da doença”.

A Organização Mundial de Saúde prevê, caso não sejam adoptadas medidas urgentes e adequadas no campo da prevenção primária e secundária, um aumento de 50% de novos casos de cancro nos próximos 20 anos.

Segundo a LPCC, em Portugal são diagnosticados anualmente 55 mil novos casos de cancro aumentando gradualmente nos últimos anos. A taxa de sobrevivência dos doentes ronda os 55% (doença controlada há pelo menos 10 anos). É já considerado o principal problema de saúde pública, sendo cada vez mais encarado como uma doença crónica.

Em zonas mais populadas
Os portugueses estão a morrer mais nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e no sul e interior do país por causas que...

Paula Santana, geógrafa e investigadora na Universidade de Coimbra, defende que se continuam a verificar desequilíbrios geográficos que se traduzem em desigualdades no acesso aos cuidados de saúde.

A especialista tem trabalhado os indicadores da saúde dos portugueses nos últimos 40 anos e detectou algumas “áreas de sinal de alerta” no que diz respeito à mortalidade evitável sensível à prevenção primária.

Este indicador corresponde a um conjunto de causas de morte - cancro da traqueia, brônquios e pulmão, doença isquémica do coração, doença crónica do fígado e cirrose e acidentes de trânsito com veículo a motor - ocorridas antes dos 75 anos de idade que poderiam ter sido evitadas através de medidas eficazes de prevenção das doenças e acções multissectoriais de promoção da saúde.

Paula Santana recordou que, nos últimos 20 anos, “as mortes consideradas evitáveis pela prevenção da doença e promoção da saúde diminuíram consideravelmente em Portugal: menos 37% nos homens e menos 42% nas mulheres”.

A investigadora destaca “a redução nas mortes por doença isquémica do coração (menos 50% nos homens e menos 57% nas mulheres), causa considerada evitável tanto pela prevenção primária como pelo acesso atempado e efectivo a cuidados médicos”.

Paula Santana refere que “esta diminuição não ocorreu de forma homogénea em todo o território”.

“As regiões evoluíram a ritmos diferentes em função da evolução da demografia, das acessibilidades e das condições económicas e sociais”, disse.

Por este motivo, “continuam a verificar-se desequilíbrios geográficos que se traduzem em desigualdades em saúde”.

Segundo a geógrafa, cerca de 48% da população reside em municípios onde a mortalidade evitável associada à prevenção primária “melhorou muito”, diminuindo e ficando abaixo do valor de Portugal continental.

Neste caso, destaca-se a faixa litoral centro e norte, à excepção de alguns municípios na Área Metropolitana de Lisboa e Porto.

“Estas duas últimas áreas juntam-se a um conjunto de municípios localizados no sul e interior centro e norte (nos quais reside 35% da população) onde, em sentido inverso, as mortes aumentaram significativamente”, refere Paula Santana.

A especialista apresenta estas zonas como “áreas de sinal de alerta” para um conjunto de mortes que poderiam ter sido evitadas.

Segundo Paula Santana, “o padrão espacial destas causas de morte não parece estar relacionado apenas com o carácter rural ou urbano, mas também com as características do local de residência”.

“Foram encontradas associações entre factores sociais e económicos permitindo afirmar que a regressão da mortalidade associada à prevenção primária ao longo do tempo está em parte ligada a dois grupos de factores”, refere.

Esses factores são “a promoção de condições de vida saudáveis, decorrentes de alterações profundas nas condições sociais e económicas, melhoria das condições de vida em geral, nomeadamente na habitação, trabalho, alimentação, higiene e educação” e “o aumento do acesso e da qualidade dos cuidados de saúde preventivos, nomeadamente ao nível dos acessos a serviços de proximidade e terapêuticos, que decorreu do sistema de saúde enquadrado pelo Serviço Nacional de Saúde”.

 

Relatório da OMS
Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde revela que o afogamento mata mais crianças abaixo de 15 anos por ano do que o...

O afogamento mata mais crianças abaixo de 15 anos por ano do que o sarampo ou a tuberculose, alertou um novo relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde), avança o Diário Digital.

Segundo o órgão da ONU, a asfixia debaixo de água está entre as dez principais causas de óbito de crianças e jovens em todo o mundo. De acordo com estimativas da OMS, 372 mil pessoas morreram afogadas em 2012. Mais de metade delas tinha menos de 25 anos.

No grupo de pessoas com menos de 15 anos, essa foi a causa de morte de mais de 140 mil meninos e meninas, duas vezes mais que o número de mortes por tuberculose (quase 70 mil). O sarampo, em comparação, matou 145 mil pessoas, em todos os grupos etários, em 2013, segundo a OMS.

O órgão da ONU informou que a maior parte das mortes por afogamento em 2012 (cerca de 90%) está concentrada em países menos desenvolvidos, especialmente em África, no sul da Ásia e nas regiões do Pacífico ocidental.

Os homens têm o dobro de hipóteses de serem vítimas de afogamento do que as mulheres, acrescentou o relatório.

Esta foi a primeira vez que a OMS fez um levantamento exclusivamente sobre o número de mortes provocadas por afogamento no mundo.

 

Nutrimento.pt
Fotografias dos alimentos tipicamente consumidos em Portugal estão disponíveis no blog do Programa Nacional para a Promoção da...

Já se encontram disponíveis no blog da DGS em www.nutrimento.pt fotografias de alimentos tipicamente consumidos em Portugal. Podem ser utilizadas em trabalhos escolares, científicos e outras actividades sem fins lucrativos. É uma oferta inovadora de serviço público disponibilizada pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS/DGS) em parceria com o IADE (Instituto de Arte, Design e Empresa) e que pretende divulgar alimentos saudáveis e fotógrafos do nosso país.

Para obtê-las deve clicar numa das imagens e será remetido para uma página, onde poderá descarregar as fotografias. Ou então entre directamente no directório com todas as fotografias em https://www.flickr.com/photos/dgsaudeportugal/

 

Comida processada pode ter o mesmo efeito
As gorduras trans encontradas em algumas bolachas, bolos e comida processada podem ter efeitos negativos na memória, segundo um...

As gorduras trans - que se criam por um processo natural ou artificial de hidrogenação - são usadas na comida para melhorar a textura e o sabor.

O estudo, escreve o Correio da Manhã na sua edição digital, analisou mil homens com menos de 45 anos, comparando aqueles que comiam mais gorduras trans com os que comiam menos. Os investigadores afirmaram que os problemas de memória aumentavam com o aumento do consumo desta gordura.

Estas gorduras estão também directamente ligadas à obesidade, aos comportamentos agressivos e a problemas cardiovasculares.

 

Hepatite C
Solução transitória tem como objectivo tratar 100 a 150 doentes até ao final do ano, enquanto decorrem as negociações sobre o...

Desde Setembro já foram autorizados 49 pedidos para tratar doentes com hepatite C em risco de evoluírem para uma situação mais grave, como cirrose ou cancro do fígado, com o fármaco inovador do laboratório norte-americano Gilead Sciences, autorizado em Janeiro pela Agência Europeia do Medicamento, confirmou ao jornal Público a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed). Nesse mês, o Infarmed definiu uma solução transitória para tratar com o Sofosbuvir, até Dezembro, os 100 a 150 portugueses que se prevê que durante o próximo ano possam estar em risco de vida na sequência do agravamento da infecção pelo vírus. Em 2015 a ideia é chegar a mais de 1000 pessoas.

O plano destina-se apenas aos casos mais urgentes, enquanto o regulador do medicamento negoceia com a indústria farmacêutica um preço que o Serviço Nacional de Saúde consiga pagar. Doentes com cirrose hepática e com as funções do fígado muito descompensadas foram os que um conjunto de peritos definiu como sendo prioritários. Ao todo, de acordo com os dados do Infarmed, há mais de 13 mil doentes com hepatite C registados nos hospitais e que serão divididos em grupos, consoante a fase da doença e o tipo de tratamento de que precisam.

A ideia é que os doentes que nunca tomaram qualquer medicamento comecem por receber os que estão no mercado há mais tempo, visto que nem todos necessitam do mais inovador. Por outro lado, as pessoas que forem submetidas sem sucesso às soluções mais antigas vão poder ter acesso ao fármaco inovador.

O Infarmed, através de uma resposta escrita, adiantou que, além dos 49 casos que receberam luz-verde, há ainda 32 que estão em processo de avaliação para poderem ter acesso ao fármaco. Houve ainda quatro que foram indeferidos no âmbito das chamadas autorizações excepcionais solicitadas pelos hospitais enquanto o medicamento não é aprovado para todos os doentes que reúnam os critérios necessários.

Para introduzir objectividade na selecção dos doentes, a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica do Infarmed reuniu-se no final de Agosto para elaborar um documento com as regras que devem estar na base das autorizações de utilização excepcional do fármaco. No documento, os peritos reconheciam os grandes benefícios do medicamento. Mas, ao mesmo tempo, admitiam que o custo elevado “impõe a necessidade de uma avaliação fármaco-económica do seu impacto clínico no âmbito do SNS”.

No dia 5 de Novembro houve, também, uma reunião com 54 especialistas portugueses (directores clínicos, médicos gastrenterologistas e hepatologistas) para afinar os critérios de eleição para o tratamento nesta fase transitória e que geraram consenso, diz o Infarmed. Através dos critérios definidos, a autoridade garante que “todos os doentes terão acesso equitativo ao tratamento”. A escolha é feita com recurso a elementos clínicos que dão origem a um valor que prevê o risco do doente em termos de mortalidade e de progressão da doença.

 

Legionella:
A Câmara de Vila Franca e as juntas de freguesia que foram mais afectadas pelo surto de "legionella" já receberam 23...

Devido a um inquérito em curso que corre no Ministério Público ainda não foi divulgado o nome da empresa que terá sido responsável pela propagação do surto de "legionella", que causou até ao momento oito mortes e infectou 331 pessoas, segundo os últimos dados da Direção Geral de Saúde (DGS).

Contudo, as juntas de freguesia de Vialonga e da Póvoa de Santa Iria/Forte da Casa tinham disponibilizado apoio psicológico e jurídico às famílias das vítimas que tencionassem avançar com processos judicias, tendo recebido até ao momento 21 pedidos de ajuda, segundo disseram os respectivos autarcas.

"Fomos procurados por oito famílias que nos pediram aconselhamento jurídico. Contudo, só poderão ser convocadas pelo nosso advogado quando existir algo mais concreto", explicou à Lusa o presidente da junta de Vialonga, José Gomes.

O autarca referiu que todos os pedidos de apoio jurídico foram feitos por familiares de doentes que sobreviveram à doença, não existindo, portanto, nenhum referente a vítimas que faleceram.

Por seu turno, na junta de freguesia vizinha da Póvoa de Santa Iria/ Forte da Casa foram feitos até ao momento 13 pedidos de apoio jurídico, dois deles de familiares de vítimas mortais.

"Estamos, para já, a recepcionar os pedidos que terão de obedecer a alguns critérios. Terá de ser provado que há uma relação directa com a doença da 'legionella'. Para já, é muito cedo para falar porque ainda não existe um culpado provado", apontou o autarca Jorge Ribeiro. O autarca adiantou igualmente que duas famílias procuraram a junta de freguesia para receber apoio psicológico.

Por sua vez, à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, que também tinha mostrado disponibilidade para prestar aconselhamento jurídico, chegaram dois pedidos, segundo adiantou à agência Lusa o presidente da autarquia, Alberto Mesquita.

Contudo, o autarca escusou-se a falar do processo, alegando que o mesmo se encontra "em segredo de justiça". "Neste momento é preciso ter algum cuidado e cautela e na forma como se aborda este tema", afirmou.

A bactéria 'legionella' provoca pneumonias graves e pode ser mortal. A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

 

Em vigor no próximo mês
A partir de Dezembro, todos os rótulos dos alimentos têm de ter a informação nutricional e a lista de ingredientes completas,...

Estas novas regras de rotulagem nutricional, que entram em vigor em Dezembro, emanam de uma orientação europeia e serão tema de debate no seminário “Qualidade e Segurança Alimentar/Implicações da Legislação Alimentar”, promovido pela Ordem dos Nutricionistas e que decorre na sexta-feira.

Na opinião de Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, esta nova legislação poderá trazer benefícios para o consumidor, porque passa a ser obrigatória a rotulagem nutricional.

“Esperamos um impacto positivo na saúde dos consumidores, com informação mais clara, precisa e objectiva. Acreditamos que os consumidores possam fazer escolhas mais acertadas e, eventualmente, a longo prazo e mais esclarecidos, possam fazer a substituição de alimentos menos saudáveis para mais saudáveis”, disse.

A responsável sublinhou, a propósito, que “a maior parte das doenças de que padecemos resulta da alimentação”.

Um dos exemplos referidos por Alexandra Bento é a descrição da quantidade de sal presente nos alimentos, que actualmente aparecem sob a forma de sódio,

“Sódio é sal, mas nem toda a gente sabe disso. Não devemos exceder 5 gramas de sal por dia. Ao passar a estar descrito sal, o consumidor pode ter um olhar mais atento e perceber se é muito ou pouco”, explicou.

Toda a outra informação - valor energético, lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açúcares, proteínas e sal – terá de estar obrigatoriamente indicada nos rótulos de todos os alimentos.

Outra questão “muito relevante” é que os produtos alergénios passam a constar, especificados, na listagem de ingredientes, e não apenas sob a forma genérica de “pode conter vestígios”, como acontece actualmente, acrescentou.

Outra obrigatoriedade é a da indicação da data de congelação da carne, produtos à base de carne e produtos de pesca congelados.

A Ordem dos Nutricionistas está a considerar a possibilidade de aproveitar a saída do regulamento para promover acções de formação e elaboração de guias de orientação para operadores – indústria, distribuição e restauração – e público em geral.

Alexandra Bento reconhece que os operadores já têm mais informação e conhecimento sobre o assunto, mas em relação aos consumidores acredita que será importante “aumentar a literacia” em relação às rotulagens.

A dimensão dos caracteres também foi alvo de correcção, passando a ser obrigatória uma dimensão mínima para facilitar a leitura dos rótulos.

A nova legislação contém ainda normas para a venda à distância, as vendas on-line, para “estar adequada aos dias de hoje”.

O seminário de sexta-feira será presidido pela bastonária da Ordem dos Nutricionistas e contará com a presença do secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar, com o Director-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e vários técnicos da DGAV, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e de empresas e universidades.

Study comparing Opdivo (nivolumab) to chemotherapy in treatment naïve advanced melanoma patients
Opdivo demonstrated superior overall survival vs. dacarbazine with a one-year survival rate of 73% vs. 42% and a 58% decrease...

Bristol-Myers Squibb Company announced results from CheckMate -066, a Phase 3 randomized double blind study, comparing Opdivo, an investigational PD-1 immune checkpoint inhibitor, to the chemotherapy dacarbazine (DTIC) in patients with treatment naïve BRAF wild-type advanced melanoma (n=418). The study met the primary endpoint of overall survival (OS) with the median OS not reached for Opdivo vs. 10.8 months for DTIC. The one-year survival rate was 73% for Opdivo vs. 42% for DTIC and there was a 58% decrease in the risk of death for patients treated with Opdivo (Hazard Ratio for death [HR]: 0.42, P<0.0001). This survival advantage was also observed in Opdivo-treated patients in both PD-L1 positive and PD-L1 negative patients. Findings from CheckMate -066 were published today in The New England Journal of Medicine and presented during an oral session at the Society for Melanoma Research 2014 International Congress in Zurich, Switzerland.

“The results from CheckMate -066 are significant as they represent the first time a PD-1 immune checkpoint inhibitor has shown a survival benefit in a randomized Phase 3 trial,” said Prof Caroline Robert, Professor of Dermatology, Head of the Dermatology Unit, Institute Gustave Roussy and lead author of the New England Journal of Medicine manuscript. “This represents a major milestone in the study of treatment naïve patients with wild-type BRAF advanced melanoma.”

Safety was reported in all patients treated in the Opdivo and DTIC arms. Fewer discontinuations were observed with Opdivo than DTIC (6.8% vs. 11.7%) as well as for treatment-related Grade 3/4 adverse events (AEs) (11.7% vs. 17.6%), which were managed using established safety algorithms. The most common Opdivo treatment-related AEs were fatigue (20%), pruritus (17%), and nausea (16.5%). Common adverse events in the DTIC arm were consistent with those in previous reports and included nausea (41.5%), vomiting (21%), fatigue (15%), diarrhea (15%) and hematological toxicities. No deaths were attributed to study drug toxicity in either arm.

“Treatment naïve advanced melanoma patients who received nivolumab in this study had clinically important improvements in both overall survival and objective response rates compared to DTIC,” said Georgina V. Long, M.D., Ph.D., Melanoma Institute Australia & the University of Sydney and Mater Hospital and presenter of the results. “This study also confirms our hypothesis on the role of PD-L1 expression in advanced melanoma. In CheckMate -066, both PD-L1 positive and negative patients treated with nivolumab had a clear survival benefit.”

“Results from this Phase 3 Opdivo trial with a survival endpoint build upon the pioneering science that led to the introduction of Yervoy in 2011 and underscore our strategic commitment to provide more patients with the potential opportunity for long-term survival,” said Michael Giordano, senior vice president, head of Development, Oncology, Bristol-Myers Squibb. “And, we continue to develop our immuno-oncology portfolio across the continuum of melanoma and multiple other cancers as single agents and as part of combination regimens.”

Bristol-Myers Squibb has proposed the name Opdivo (pronounced op-dee-voh), which, if approved by health authorities, will serve as the trademark for nivolumab.

 

About the CheckMate -066 Trial Design

CheckMate -066 is a Phase 3 randomized, double-blind study of patients with treatment naïve BRAF wild-type unresectable Stage III and IV melanoma. The trial enrolled 418 patients who were randomized to receive either Opdivo 3 mg/kg every two weeks (n=210) or DTIC 1000 mg/m2 every three weeks (n=208). Treatment continued until there was disease progression or an unacceptable level of toxicity. Thirty-eight percent of patients in the DTIC arm received Yervoy (ipilimumab) after stopping study treatment. All randomized patients were followed for up to 16.7 months at the time of database lock. The primary endpoint was OS. Secondary endpoints included progression free survival (PFS), objective response rate (ORR) by RECIST v1.1 criteria and PD-L1 expression as a predictive biomarker of OS. PD-L1 positivity was defined as at least 5% of tumor cells showing cell-surface PD-L1 staining. The study, which was designed in consultation with the Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP), was primarily conducted in countries where DTIC is a commonly-used treatment in the first-line setting, including Canada, Europe and Australia, but not at U.S. trial sites. On June 24, 2014, Bristol-Myers Squibb announced that CheckMate -066 was stopped early because an analysis conducted by the independent Data Monitoring Committee showed evidence of superior OS in patients receiving Opdivo compared to the control arm, DTIC. As a result, patients in the trial were unblinded and allowed to receive Opdivo. However, the results reported today are from the double-blind portion of the study before the amendment.

 

Detailed Study Results

Median OS was not reached for patients treated with Opdivo and was 10.8 months for DTIC (95% CI 9.3­–12.1). The one-year survival rate was 73% for Opdivo (95% CI = 66-79) vs. 42% for DTIC (95% CI = 33-51). There was a 58% decrease in the risk of death for patients treated with Opdivo (Hazard Ratio for death [HR]: 0.42; 99.79% CI = 0.25-0.73; P<0.0001). Median PFS was 5.1 months and 2.2 months, respectively (HR: 0.43; 95% CI = 0.34–0.56; P < 0.0001).

ORR was also significantly higher for Opdivo than DTIC (40% vs. 14%, p<0.0001). Complete responses were observed in 7.6% of Opdivo-treated patients vs. 1% for DTIC. Median duration of response was not reached for Opdivo responders and was six months for DTIC (95% CI, 3.0–not estimable). Responses were ongoing in 86% of Opdivo responders compared to 51% for DTIC responders.

In both the PD-L1 positive and PD-L1 negative/indeterminate subgroups, Opdivo-treated patients had improved OS vs. DTIC (unstratified HR 0.30, 95% CI, 0.15-0.60 in PD-L1 positive patients; 0.48, 95% CI 0.32-0.71 in PD-L1 negative/indeterminate patients). Median OS was not reached in either PD-L1 subgroup in the Opdivo arm. In the DTIC arm, mOS was slightly longer in the PD-L1 positive subgroup (12 vs. 10 months).

Safety was reported in all patients treated in the Opdivo and DTIC arms. The incidence of any-grade treatment-related AEs was similar between the Opdivo and DTIC groups (74.3% and 75.6%, respectively). However, fewer treatment-related Grade 3/4 AEs were observed with Opdivo than DTIC (11.7% vs. 17.6%), which were managed using established safety algorithms, and there were fewer treatment discontinuations (6.8% vs. 11.7%). The frequency of Grade 3/4 treatment-related serious AEs was similar between the Opdivo and DTIC group (5.8% and 5.9%, respectively). The most common Opdivo treatment-related AEs were fatigue (20%), pruritus (17%), and nausea (16.5%). Common AEs in the DTIC arm were consistent with those in previous reports and included nausea (41.5%), vomiting (21%), fatigue (15%), diarrhea (15%) and hematological toxicities. No deaths were attributed to study drug toxicity in either arm.

 

About Opdivo

Cancer cells may exploit “regulatory” pathways, such as checkpoint pathways, to hide from the immune system and shield the tumor from immune attack. Opdivo is an investigational, fully-human PD-1 immune checkpoint inhibitor that binds to the checkpoint receptor PD-1 (programmed death-1) expressed on activated T-cells.

Bristol-Myers Squibb has a broad, global development program to study Opdivo in multiple tumor types consisting of more than 50 trials – as monotherapy or in combination with other therapies – in which more than 7,000 patients have been enrolled worldwide. Among these are several potentially registrational trials in non-small cell lung cancer (NSCLC), melanoma, renal cell carcinoma (RCC), head and neck cancer, glioblastoma and non-Hodgkin lymphoma.

In 2012, the FDA granted Fast Track designation for Opdivo in NSCLC, melanoma and RCC. In April 2014, the company initiated a rolling submission with the FDA for Opdivo in third-line pre-treated squamous cell NSCLC and expects to complete the submission by year-end. The FDA granted Opdivo Breakthrough Therapy Designation in May 2014 for the treatment of patients with Hodgkin lymphoma after failure of autologous stem cell transplant and brentuximab. On July 4, Ono Pharmaceutical Co. announced that Opdivo received manufacturing and marketing approval in Japan for the treatment of patients with unresectable melanoma, making Opdivo the first PD-1 immune checkpoint inhibitor to receive regulatory approval anywhere in the world. On September 26, Bristol-Myers Squibb announced that the FDA accepted for priority review the Biologics License Application for previously treated advanced melanoma, and the Prescription Drug User Fee Act goal date for a decision is March 30, 2015. The FDA also granted Opdivo Breakthrough Therapy status for this indication. In the European Union, the European Medicines Agency (EMA) has validated for review the Marketing Authorization Application for Opdivo in advanced melanoma. The application has also been granted accelerated assessment by the EMA’s CHMP. The EMA also validated for review the MAA for nivolumab in NSCLC.

 

About Advanced Melanoma

Melanoma is a form of skin cancer characterized by the uncontrolled growth of pigment-producing cells (melanocytes) located in the skin. Metastatic melanoma is the deadliest form of the disease, and occurs when cancer spreads beyond the surface of the skin to the other organs, such as the lymph nodes, lungs, brain or other areas of the body. The incidence of melanoma has been increasing for at least 30 years. In 2012, an estimated 232,130 melanoma cases were diagnosed globally. Melanoma is mostly curable when treated in its early stages. However, in its late stages, the average survival rate has historically been just six months with a one-year mortality rate of 75 percent, making it one of the most aggressive forms of cancer.

 

Immuno-Oncology at Bristol-Myers Squibb

Surgery, radiation, cytotoxic or targeted therapies have represented the mainstay of cancer treatment over the last several decades, but long-term survival and a positive quality of life have remained elusive for many patients with advanced disease.

To address this unmet medical need, Bristol-Myers Squibb is leading advances in the innovative field of immuno-oncology, which involves agents whose primary mechanism is to work directly with the body’s immune system to fight cancer. The company is exploring a variety of compounds and immunotherapeutic approaches for patients with different types of cancer, including researching the potential of combining immuno-oncology agents that target different and complementary pathways in the treatment of cancer.

Bristol-Myers Squibb is committed to advancing the science of immuno-oncology, with the goal of changing survival expectations and the way patients live with cancer.

 

About the Bristol-Myers Squibb and Ono Pharmaceutical Collaboration

In 2011, through a collaboration agreement with ONO PHARMACEUTICAL CO., Bristol-Myers Squibb expanded its territorial rights to develop and commercialize Opdivo globally except in Japan, South Korea and Taiwan, where ONO had retained all rights to the compound at the time. On July 23, 2014, Bristol-Myers Squibb and ONO PHARMACEUTICAL CO further expanded the companies’ strategic collaboration agreement to jointly develop and commercialize multiple immunotherapies – as single agents and combination regimens – for patients with cancer in Japan, South Korea and Taiwan.

 

About Bristol-Myers Squibb

Bristol-Myers Squibb is a global pharmaceutical company whose mission is to discover, develop and deliver innovative medicines that help patients prevail over serious diseases. For more information about Bristol-Myers Squibb, visit www.bms.com, or follow us on Twitter at http://twitter.com/bmsnews.

 

Bristol-Myers Squibb Forward-Looking Statement

This press release contains "forward-looking statements" as that term is defined in the Private Securities Litigation Reform Act of 1995 regarding the research, development and commercialization of pharmaceutical products. Such forward-looking statements are based on current expectations and involve inherent risks and uncertainties, including factors that could delay, divert or change any of them, and could cause actual outcomes and results to differ materially from current expectations. No forward-looking statement can be guaranteed. Among other risks, there can be no guarantee that Opdivo will receive regulatory approval in the U.S. or, if approved, that it will become a commercially successful product. Forward-looking statements in this press release should be evaluated together with the many uncertainties that affect Bristol-Myers Squibb's business, particularly those identified in the cautionary factors discussion in Bristol-Myers Squibb's Annual Report on Form 10-K for the year ended December 31, 2013 in our Quarterly Reports on Form 10-Q and our Current Reports on Form 8-K. Bristol-Myers Squibb undertakes no obligation to publicly update any forward-looking statement, whether as a result of new information, future events or otherwise.

 

Iniciativa decorre entre os dias 21 e 28 de Novembro em todo o país
Na sexta-feira 21 de Novembro tem início a Semana Europeia do Teste VIH. Portugal aderiu à campanha com o Grupo de Activistas...

Centros de saúde, hospitais e associações aderem à iniciativa

Centros de Saúde, hospitais e associações de todo o país aderiram à Semana Europeia do Teste ao VIH e vão promover a realização do exame e distribuir preservativos e informação sobre a doença.

Dados da organização da iniciativa - GAT - Grupo Português de ACtivistas sobre Tratamento de VIH/SIDA - referem que 30 a 50% das pessoas que vivem na Europa não sabem que são VIH positivo e metade destas pessoas são diagnosticadas tardiamente, adiando o acesso ao tratamento. “Tendo em conta que em Portugal e noutros países as pessoas chegam demasiado tarde ao tratamento, houve esta necessidade de criar uma semana europeia do teste VIH para que as pessoas percebam não só a importância de fazer o teste, mas também desmistificar um bocadinho as questões à volta do teste”, disse hoje à agência Lusa o director-executivo do GAT, Ricardo Fernandes.

O objectivo é que “todas as pessoas, independentemente do tipo de comportamento que têm, de risco ou não, possam fazer o teste para saber o seu estatuto serológico”, mas também conter a epidemia do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).

“Muitas das pessoas não sabem que se o diagnóstico for precoce, os tratamentos disponíveis permitem que a pessoa tenha uma vida muito longa e com bastante qualidade”, elucidou Ricardo Fernandes.

Os dados da organização estimam que em Portugal existam entre 38 mil e 62 mil pessoas infectadas, o que faz com que o país tenha uma das prevalências mais altas de toda a Europa (entre os 0,7 e o 0,9 %). Os utilizadores de drogas injectáveis são o grupo mais afectado, com uma taxa da infecção pelo VIH de cerca de 9,2%, devendo-se em parte “ao declínio na distribuição de agulhas esterilizadas e à hepatite C”.

Ricardo Fernandes salientou o papel das equipas de rua durante o período em que as farmácias deixaram de distribuir seringas: “foram as grandes responsáveis por manter um número de distribuição de material de injecção substancial”. Existem outras comunidades muito vulneráveis ao VIH, como os homens que têm relação com homens, os migrantes e os trabalhadores do sexo.

Segundo dados da organização, a prevalência do VIH entre os trabalhadores do sexo é estimada em 9%, fazendo de Portugal um dos cinco países da União Europeia com uma das taxas mais altas de infecção entre este grupo.

Para promover a realização do teste “anónimo, gratuito e confidencial”, o GAT conta com a parceria de 30 instituições. “Vai haver uma panóplia de sítios onde as pessoas vão poder fazer os testes, recolher informação e obter os resultados na altura”, salientou Ricardo Fernandes.

Os profissionais de saúde deverão aconselhar o teste a todas as pessoas que possam ter sido expostas ao VIH, que tenham sido diagnosticadas com outras doenças sexualmente transmissíveis, com hepatite C, tuberculose e que apresentem sinais ou sintomas da infecção por VIH.

Alertar para a importância do diagnóstico precoce da infecção pelo VIH e incentivar os portugueses a realizarem o teste são os objectivos do GAT (Grupo de Activistas em Tratamento) ao dinamizar em Portugal a segunda edição da Semana Europeia do Teste VIH, que este ano decorre entre os dias 21 e 28 de Novembro. Em 2013, esta iniciativa permitiu aumentar o número de testes em 200% naquela semana, tendo aderido 34 organizações portuguesas, num universo de 477 (47 países).

Estima-se que em Portugal existam entre 38 mil e 62 mil pessoas infectadas, o que faz com que o nosso país tenha uma das prevalências mais altas de toda a Europa (entre os 0,7 e o 0,9 % - UNAIDS, 2013). Portugal encabeça assim a lista dos cinco países mais afectados por esta epidemia na Europa.

Entre os dias 21 e 28 de Novembro, por todo o país vários centros de saúde e associações disponibilizam-se para realizar testes ao VIH a todas as pessoas interessadas, além de promoverem informação sobre prevenção.

Os profissionais de saúde dos centros aderentes proporão o teste a todas as pessoas que possam ter sido expostas ao VIH, que tenham sido diagnosticadas com outras doenças sexualmente transmissíveis, que tenham sido diagnosticadas com hepatite C ou tuberculose e que apresentem sinais ou sintomas da infecção por VIH.

De acordo com os dados apresentados, a Semana Europeia do Teste VIH é uma iniciativa que se revela de enorme pertinência, uma vez que: 30 a 50% das pessoas que vivem na Europa não sabem que são VIH positivo e 50% destas pessoas são diagnosticadas tardiamente, adiando o acesso ao tratamento. Os testes regulares levam a um diagnóstico precoce; com os avanços terapêuticos dos últimos 30 anos as pessoas têm uma vida normal e saudável, se diagnosticados numa fase precoce, além de o tratamento reduzir o risco de transmissão.

Em 2014, 685 organizações de 57 países da União Europeia vão disponibilizar durante uma semana testes ao VIH de forma rápida, gratuita e confidencial.

Em Portugal, o GAT, em parceria com 26 organizações da sociedade civil, proporá o teste (gratuito, confidencial e anónimo) de forma consistente fora dos contextos formais de saúde, facilitando assim o acesso ao teste do VIH. O GAT terá tendas no Largo de Camões, em Lisboa, onde qualquer pessoa poderá realizar o teste do VIH.

Locais de teste comunitário em Portugal: http://bit.ly/1oPQ5fZ

 

Mais de 140 trabalhos científicos serão apresentados
Ao longo da vida a mulher tem um risco de AVC superior ao do homem e acima dos 75 anos a mortalidade por AVC é maior nas...

A prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) na mulher é um dos temas em destaque no 15.º Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, que decorrerá nos dias 28 e 29 de Novembro, no Hotel Tiara Park Atlantic Porto. Durante este encontro serão entregues dois prémios aos melhores projectos de investigação básica e clínica sobre AVC.

Maria Teresa Cardoso, coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), explica que o AVC na mulher terá especial destaque devido ao “grande impacto negativo na mulher e na sociedade. De facto, ao longo da vida, a mulher tem um risco de AVC superior ao do homem. O predomínio do AVC nas mulheres é explicável, em parte, pelo envelhecimento da população e pela maior esperança de vida do sexo feminino. As mulheres têm mais probabilidade de enviuvar e viverem sós antes do AVC e, assim, de serem institucionalizadas após o AVC, tendo uma pior recuperação relativamente aos homens”.

A especialista refere também que “a mortalidade por AVC na mulher acima dos 75 anos é também superior à do homem. Em suma, as mulheres são as mais afectadas, particularmente em idades avançadas. É fundamental ter consciência desta realidade e implementar estratégias preventivas adequadas, incidindo especialmente no controlo da pressão arterial, na detecção e tratamento dos casos de fibrilhação auricular e na promoção de um estilo de vida saudável”.

Um ponto alto deste congresso é a atribuição do prémio “AVC e Investigação Clínica”, um estágio de 3 meses em Oxford e o prémio “AVC e Investigação Básica”, um estágio de 3 meses em Santiago de Compostela. Mais de 140 trabalhos científicos serão apresentados que reflectem um grande dinamismo e evolução nesta área. A coordenadora do NEDVC considera que “estes incentivos à investigação são fundamentais para um conhecimento aprofundado das especificidades do AVC na população portuguesa para uma uniformização de atitudes diagnósticas terapêuticas e de prevenção adaptadas à nossa realidade, para que possamos prevenir este flagelo, diagnosticar cada vez com maior rapidez e tratar com a máxima eficácia este problema que continua a matar 35 portugueses por dia”.

A fibrilhação auricular e o seu tratamento com os novos anticoagulantes orais, a craniectomia descompressiva, o controlo da pressão arterial, a dissecção arterial e ateromatose do arco aórtico serão outros dos temas em debate neste 15º Congresso do AVC que receberá cerca de 500 participantes.

Dentro deste congresso ainda há espaço para a formação, com administração de cursos dirigidos a temas específicos como o Tratamento na fase aguda do AVC (trombólise), Treino de Avaliação de Imagem no AVC e Genética no AVC.

O papel da Medicina Interna no estímulo à Investigação e na Formação constitui uma base sólida no combate ao impacto do AVC em Portugal.

 

Estudo do Sistema de Vigilância Nutricional Infantil
Um estudo sobre obesidade em crianças do primeiro ciclo concluiu que Portugal é um dos países com maior prevalência do problema...

A obesidade afecta 14,6% das crianças portuguesas com idades entre os 6 e os 9 anos e 21% apresentam sinais de pré-obesidade, indica o último estudo conhecido do Sistema de Vigilância Nutricional Infantil (COSI Portugal) realizado em 2010.

O COSI (Childhood Obesity Surveillance Initiative) é um sistema promovido pela Organização Mundial de Saúde e estuda, de forma padronizada, as crianças de dezassete países europeus (Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Malta, Noruega, Portugal, Eslovénia, Suécia, Grécia, Hungria, Macedónia e Espanha).

Em termos gerais, e apesar de terem passado mais de três anos sobre o último estudo, a responsável disse acreditar que os níveis de obesidade infantil no país se manterão estabilizados, afirmando que “uma em cada três crianças tem excesso de peso”.

Os dados são referentes a uma amostra de cerca de 5 mil crianças de todo o país que frequentam o ensino primário.

“A obesidade infantil é das doenças mais prevalentes na criança e é um problema geral”, tudo aquilo que “integre o ambiente que envolve a criança é importante para corrigir estas questões”, alertou a nutricionista.

Quanto aos factores que influenciem esta situação, Ana Rito disse que “a família está no topo da lista, porque os pais são os educadores”, porém, não é possível identificar um agente único.

Para dar resposta à doença que a Organização Mundial de Saúde considera como “a epidemia global do século XXI”, o programa MUN-SI para a promoção da saúde infantil em municípios vai lançar, na sexta-feira, dia 28 de Novembro, a campanha “Alimente esta família”.

Segundo adiantou Ana Rito, que também é a directora do programa MUN-SI, esta campanha tem o objectivo de angariar fundos através de chamadas telefónicas para depois levar a cabo acções de acompanhamento nutricional de famílias.

O número da campanha é o 760 10 25 50. Está disponível a partir de sexta-feira, dia 21, sendo que a iniciativa se estende até Abril.

“A cada 200 euros angariados ajuda-se uma família durante seis meses”, explicou.

“As famílias serão identificadas pelos municípios que queiram participar nesta campanha, eles têm um papel extraordinariamente importante porque conhecem as suas realidades e a sua comunidade”, acrescenta.

O programa MUN-SI é coordenado pelo Centro de Estudos e Investigação em Dinâmicas Sociais e Saúde, em parceria com as autarquias e com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, e conta com o apoio dos Ministérios da Educação e Ciência e também da Saúde.

 

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