30 de Outubro - Dia Nacional da Prevenção
As estátuas do Cristo Rei e Marquês de Pombal vão iluminar-se de cor-de-rosa amanhã contra o cancro da mama, a partir das 19...

A Associação Ame e Viva a Vida (AAVV), no âmbito das comemorações do Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, realiza o evento “Monumentos Solidários”, ligando as duas margens do Tejo na luta contra este tipo de cancro.

O cancro da mama continua a ser a segunda maior causa de morte entre as mulheres em todo o mundo, pelo que a AAVV "acredita que é importante assinalar o Dia Nacional de Cancro da Mama com iniciativas que sensibilizem a população em geral para este problema de saúde", segundo comunicado enviado ao Boas Notícias.

Numa fase inicial, menos de 3% da mulheres acabam por morrer, pelo que, para a Associação, o acesso à informação pode fazer a diferença na vida das mulheres com cancro da mama, seja ele numa fase inicial ou avançada.

 

Informação organizada e simples
Os médicos de família vão passar a ter um “guia de bolso” para prescrever cuidados respiratórios domiciliários, terapêuticas...

Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Carlos Robalo Cordeiro, o objectivo deste guia é que os médicos de clínica geral e familiar tenham sempre disponível informação organizada e simples sobre os cuidados respiratórios no domicílio.

Os cuidados respiratórios domiciliários (como terapia com oxigénio e aerossóis) são inicialmente prescritos por um médico especialista, mas a continuidade destes cuidados é feita pelos médicos de família.

O guia, apresentado em conjunto com a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, vem definir de forma simples as boas práticas nos cuidados de saúde respiratórios feitos em casa e contém também uma parte específica destinada à idade pediátrica.

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia lembra que a passagem destes tratamentos do meio hospitalar para o domicílio “promove melhor integração familiar e social dos doentes crónicos” e contribui ainda para uma redução de custos do Serviço Nacional de Saúde.

Perturbações respiratórias do sono, doença pulmonar obstrutiva crónica ou asma são algumas das doenças onde podem ser prescritos os cuidados respiratórios no domicílio.

Leia também:

Pocket Guide sobre Cuidados Respiratórios Domiciliários

Financiado pela Progeria Research Foundation
Duas crianças portuguesas partem no sábado para o hospital infantil de Boston com o objectivo de participarem num novo ensaio...

A Progeria Research Foundation (PRF) financiou a participação no novo ensaio clínico a mais 40 crianças de todo o mundo, entre as quais a Cláudia, de Viseu, que tem 16 anos, e o João, de Portalegre, que tem 11 anos.

“Em comum, o facto de serem dois doentes portadores da progeria, uma doença rara que afecta 300 crianças em todo o mundo. Ambos vão participar em Novembro num ensaio clínico mundial com um novo tratamento que promete retardar o envelhecimento precoce”, avança a PRF.

Além de financiar o estudo com o novo “farnesyltransferase inhibitor lonafarnib”, a fundação dará apoio às famílias destas crianças durante a estadia em Boston.

Segundo a PRF, “todas as crianças com progeria morrem de doença cardíaca numa idade média de 14 anos”. Entre os sintomas da doença estão a falha de crescimento, a perda de gordura corporal e cabelo, a pele envelhecida, a rigidez das articulações e a luxação do quadril.

A fundação estima que “existam apenas cerca de 300 crianças com progeria em todo o mundo, tornando-a entre a mais rara das doenças muito raras”.

Além deste ensaio clínico, a PRF quer encontrar e ajudar as crianças com esta doença, tendo em curso a campanha “Find the other 150”.

Esta iniciativa mundial tem ajudado a fundação a identificar e a ter contacto com mais de 60 crianças com progeria desde o seu lançamento inicial, em 2009 (um aumento de 120%).

A PRF foi criada em 1999 com o intuito de encontrar a causa, tratamentos e cura para a progeria. Uma pesquisa realizada em parceria com a fundação identificou o gene que causa a doença, o tratamento e vários possíveis candidatos para cada ensaio clínico em progresso ou em planeamento.

Leia também:

Apoio à investigação de doenças raras em simpósio nacional

 

 

Estudo
Um estudo realizado por cientistas suecos pretende provar que o leite pode não fazer tão bem quanto se julga aos ossos.

Durante toda a nossa vida ouvimos dizer que o leite faz bem aos ossos e previne fracturas. Um estudo realizado na Suécia veio deitar agora deitar a teoria por terra. E mais: o leite pode ainda fazer aumentar o risco de uma pessoa morrer por doença cardíaca.

Um estudo levado a cabo por um grupo de dietistas a mais de 100 mil pessoas, com base na comparação de inquéritos e consultas de nutrição com exames médicos, permitiu verificar que as pessoas que bebem mais leite não têm, afinal, ossos mais fortes. Nas mulheres verificou-se até que as que bebiam mais leite tinham mais probabilidades de sofrer uma fractura da anca.

A investigação mostrou ainda que os que bebem mais de três copos de leite por dia, perfazendo cerca de 680 ml, tinham mais probabilidades de morrer durante a execução do estudo, as mulheres num período de 20 anos e os homens de 11 anos.

Porém, investigadores de Nova Iorque não se mostram convencidos com a conclusão deste estudo e dizem que o mesmo não deve ser levado à letra até porque a metodologia utilizada não será a mais fidedigna.

Defendem que é importante ingerir um valor mínimo de cálcio todos os dias, que é conseguido com o consumo de leite, pelo que não deve eliminar este produto da sua dieta diária.

 

Enfermeiros
A Ordem dos Enfermeiros revelou em comunicado enviado às redacções que “a partir desta data” os técnicos “suspenderão” o...

Há meses que os enfermeiros e médicos do Hospital de Aveiro tinham de receber os cadáveres que precisavam de perícias e que de seguida tinham de ser inscritos nas urgências para depois terem alta para a morgue, conta o jornal iOnline.

Os cadáveres enviados para o gabinete do Instituto de Medicina Legal de Aveiro estão a ser enviados fora do horário de expediente deste serviço para as urgências do hospital com pulseira preta. Ou seja, uma tarefa que é exclusiva a funcionários judiciais passa agora pelos enfermeiros e médicos.

Neste momento, a Ordem enviou um comunicado às redacções onde informa que a admissão de cadáveres no Serviço de Urgência do Hospital de Aveiro está suspensa. “A participação em qualquer actividade ou intervenção relacionada com este procedimento, no estrito cumprimento e observância das regras de ética e deontologia profissional e do quadro legal vigente, sendo que deverão informar a Ordem dos Enfermeiros em caso de coação para a realização do mesmo”, lê-se no comunicado.

Além da triagem inédita com pulseiras pretas, os enfermeiros foram ainda encarregues de fazer o espólio de vítimas de homicídio. Ou seja, têm de listar os bens que as pessoas tinham consigo.

 

Enfermeiros apelam
A Ordem dos Enfermeiros alertou para a obrigatoriedade de as farmácias que prestam cuidados de saúde estarem devidamente...

Segundo o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, está previsto que as farmácias possam ter “locais para prestar cuidados de saúde não complexos”.

“A Ordem concorda com as farmácias de proximidade, mas tem duas preocupações: quem são esses profissionais [não está especificado] e quais as condições para o exercício desses cuidados de saúde”, explicou Germano Couto.

Esta questão tem suscitado alguns desentendimentos entre o Infarmed (autoridade do medicamento) e a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), com o primeiro a reclamar a regulação da totalidade do negócio da farmácia e o regulador a ter um entendimento diferente, uma vez que é a entidade que regula os estabelecimentos que podem prestar cuidados de saúde.

A recente alteração de estatutos da ERS vem esclarecer esta dúvida, definindo claramente que “todos os estabelecimentos que prestem cuidados de saúde estão sujeitos à obrigação de inscrição no Sistema de Registo de Estabelecimentos Regulados da própria ERS”.

“Neste momento é a ERS que regula estes espaços, e para o efeito todas as farmácias que queiram prestar esses cuidados têm que estar regulamentadas”, disse Germano Couto, acrescentando que a Ordem tem, a este respeito, a mesma posição da ERS.

Ou seja, todas as farmácias e parafarmácias devem estar inscritas no sistema de registo da ERS, para que os cuidados de saúde que prestam tenham garantia de qualidade.

Caso os estabelecimentos não tenham o devido licenciamento – que deve estar afixado em local visível – a ordem apela aos cidadãos para que denunciem a situação à ERS ou à própria Ordem, que tratará de encaminhar.

Segundo o bastonário, serão muitas centenas as farmácias que ainda precisam de licenciamento. “Muitas não terão condições estruturais para o fazer. Conheço algumas com apenas uma pequena sala onde prestam cuidados de enfermagem, de nutrição ou de podologia”, disse.

Quanto à questão dos profissionais que prestam os cuidados de saúde, o bastonário diz que a Ordem vai continuar a lutar pela definição de quem devem ter essa função.

“Os farmacêuticos não estão talhados para prestar cuidados de saúde. Apesar de terem feito formação para terem competências acrescidas, isso não lhes dá autoridade nem competência para tal. Continuaremos a lutar. Isto é uma desregulação do mercado. É o mesmo que um enfermeiro começar a vendar medicamentos”, disse.

 

Uma das regiões com maior incidência da doença
O distrito de Bragança, uma das regiões portuguesas com maior incidência de Acidentes Vasculares Cerebrais, registou na última...

Médicos e outros profissionais ligados à doença reuniram-se em Bragança numa sessão sob o mote “Parceria Anti AVC”, iniciativa da Sociedade Portuguesa de Acidente Vascular Cerebral, na véspera do dia mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), que se assinala a 29 de Outubro.

O distrito de Bragança registou uma redução de cerca de 100 casos por ano, segundo dados revelados por Jorge Poço, responsável pela Unidade de AVC da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste. De acordo com o responsável, ”há uma década eram registados 500 casos na região e agora são registados 410 a 420 por ano”.

“Parece que está a haver alguma redução em termos de taxa de incidência e de mortalidade no AVC”, observou.

O médico afirmou que ainda é ´”um pouco difícil” avaliar os factores que contribuem para este decréscimo, mas considerou que “pode ser motivado por uma atitude mais agressiva por parte dos cuidados de saúde primários em termos do controlo dos factores de risco e também a Unidade de AVC já ter vários anos de actividade, o que leva a que seja feito um maior controlo destes doentes.

A redução da população nesta região, que perdeu 12 mil habitantes numa década, é também um indicador considerado, porém Jorge Poço ressalva que “se calhar a população que diminui não é muito a idosa, será mais a jovem que emigrou” e a incidência da doença é maior com a idade.

A distância, sobretudo da população do sul do distrito, do principal hospital da região, o de Bragança, que fica a 100 quilómetros de alguns concelhos, continua a ser apontada entre as dificuldades no acesso à saúde em geral e particularmente no AVC, em que é o tempo é determinante.

A Via Verde do AVC e a fibrinólise, o medicamento que pode reverter os danos causados, só estão disponíveis no hospital de Bragança.

A região dispõe de uma Unidade de AVC em Macedo de Cavaleiros com nove camas por onde passam menos de metade dos doentes.

“O ideal seria que todos passassem pela unidade, mas nem cá, nem a nível internacional é fácil que isso aconteça”, afirmou o médico.

O presidente da Sociedade portuguesa de AVC, Castro Lopes, participou no encontro, em Bragança, onde confirmou a tendência regional e também nacional da redução da taxa de incidência do AVC.

Castro Lopes lembrou que, este ano, o Dia Mundial do AVC dá especial atenção à mulher, porque se trata de “uma doença ligada ao envelhecimento e ela vive mais tempo, e com mais mulheres idosas, o AVC tem tendência a ser mais frequente”.

A Sociedade Portuguesa de AVC lançou também um prémio de jornalismo sobre a doença para estimular a divulgação das medidas preventivas e de alerta para os sintomas: perda de força, problemas na fala e paralisia da face.

 

Google desenvolve
A Google anunciou que está a trabalhar no desenvolvimento de nanopartículas que possibilitem o diagnóstico precoce de cancro,...

A empresa, com sede em Mountain View (Califórnia), admitiu que as nanopartículas, a serem ingeridas através de uma cápsula, possam transmitir informação sobre células doentes para um computador equipado com sensores.

O gigante tecnológico recordou que as taxas de sobrevivência do cancro dependem em grande medida do diagnóstico precoce e lamentou que, em muitos casos, como nos tumores do pâncreas, esses diagnósticos avançados no estejam disponíveis.

A GoogleX, o departamento da Google que desenvolve automóveis auto dirigíveis, óculos inteligentes e balões para levar internet a comunidades remotas trabalha também no projeto das nanopartículas.

“GoogleX está a explorar se partículas diminutas (nanopartículas) no fluxo sanguíneo e um dispositivo equipado com sensores especiais que podem ajudar os médicos a detectar a doença quando ela começa a se desenvolver no corpo”, referiu a empresa.

Todavia, o projecto está na sua fase inicial e os especialistas calculam que podem ser necessários cinco a sete anos para que se complete.

Ainda assim, a Google acredita que a tecnologia poderá ter muitos potenciais usos.

A empresa explicou ainda que pode ser possível desenvolver um teste para detectar enzimas geradas por placas nas artérias que estejam prestes a explodir e a causar um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.

As nanopartículas identificariam as células malignas e transmitiriam informação para dispositivos.

A Google destacou que tecnologias desenvolvidas nos últimos anos como sensores diminutos e poderosos microscópios aumentaram a esperança de novos sistemas de diagnóstico.

 

Estudo revela:
Um estudo realizado junto de 29 companhias aéreas europeias revelou disparidades nas tarifas cobradas pelo uso de oxigénio, que...

“Desde o pedido de autorização médica, passando pela travessia dos aeroportos e pela falta de preparação do pessoal de cabina, viajar com oxigénio é um processo lento, caro e gerador de angústia e fadiga”, refere o estudo “Viajar de avião na Europa com oxigénio”, que decorreu em 2012 e será hoje apresentado.

Promovido pela Federação Europeia das Associações de Pessoas com Alergias e Doenças das Vias Respiratórias (EFA) a pela Fundação Europeia do Pulmão, o estudo envolveu companhias aéreas como a TAP, a Air France, a British Airways, a Ibéria, a KLM, a Brussels Airlines, Ryanair, Alitalia, Luxair, Aeroflot (Rússia), Air Baltic (Países Bálticos) e Tarom (Roménia).

“A investigação revelou que o sector das companhias de aviação está repleto de inconsistências em termos das tarifas cobradas pela utilização de oxigénio”, disse a presidente da EFA, Breda Flood, explicando que algumas transportadoras fornecem oxigénio gratuitamente e outras cobram tarifas de 300 euros por cada garrafa utilizada nos voos.

Para Breda Flood, “trata-se de uma discriminação evidenciada pelas tarifas exorbitantes associadas ao fornecimento de oxigénio aos doentes que necessitam de terapia de oxigénio”.

Das companhias analisadas, apenas a Air Baltic, a British Airways e a Tarom fornecem oxigénio gratuito a bordo, refere o estudo, adiantando que, em alguns países, o doente tem de encomendar o oxigénio pelo menos 48 horas antes da viagem e, noutros, esse período é alargado quase a um mês de antecedência.

Para a presidente da Respira - Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) e Outras Doenças Respiratórias Crónicas, Luísa Soares Branco, é necessário “melhorar o acesso e garantir a igualdade à mobilidade, para pessoas que necessitam de oxigénio de forma permanente e pretendem viajar de avião”.

“Viajar de avião para as pessoas com DPOC a fazer oxigenoterapia de longa duração implica que tenham que decidir a sua deslocação com muita antecipação, pelo menos um mês”, lamentou Luísa Soares Branco.

Luísa Soares Branco relatou que as dificuldades são imensas, desde o embarque ao desembarque, que “são sempre momentos muito complexos”.

“Durante o voo, notamos que as tripulações de cabina, mesmo sendo cooperantes, não parecem estar devidamente informadas acerca da utilização dos equipamentos de oxigénio. Por outro lado, a viagem encarece o dobro ou o triplo do preço habitual, o que revela uma descriminação inadmissível”, sublinhou a responsável.

O estudo, publicado em livro, é apresentado hoje em Lisboa, numa cerimónia que conta com a participação da directora do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, Cristina Bárbara, de Luísa Soares Branco, e do presidente da Federação Portuguesa do Pulmão, Teles de Araújo.

Em Portugal, a DPOC afecta 800 mil pessoas e apenas 13% dos casos estão diagnosticados, o que para a associação revela uma "grande falta de conhecimento" dos sintomas da doença, que constitui já a 3.ªcausa de morte no mundo.

Segundo a associação, a doença caracteriza-se por falta de ar (dispneia), tosse e aumento da produção de expectoração e dificulta a realização de tarefas diárias banais como, por exemplo, conduzir ou subir escadas, fazer a cama ou fazer a higiene diária.

 

Espera pode ir aos quatro anos
Restrições orçamentais explicam adiamento. Responsáveis já tiveram de reduzir número de camas nos cuidados paliativos para...

O IPO do Porto está a adiar cirurgias por falta de camas. Os doentes mais afectados, segundo noticia a RTP, citada pelo Diário de Notícias, são os que sofrem de tumores na mama, próstata e aparelho digestivo. Também a área da reconstrução mamária está com atrasos: a espera pela cirurgia pode ir até aos quatro anos.

Em declarações à estação pública, Laranja Pontes, presidente do conselho de administração do IPO do Porto, admite que as longas esperas se devem a restrições orçamentais: “não abro mais camas porque não tenho condições para isso”. E o problema poderá piorar, assinala a RTP, devido à impossibilidade da instituição hospitalar contratar pessoal, por falta de autonomia. Para minorar o problema das listas de espera para cirurgias, já foram retiradas camas aos cuidados paliativos.

O responsável do IPO do Porto refere que é necessário que os hospitais de S. João e Gaia assumam responsabilidades para que seja possível diminuir os tempos de espera, constituindo-se como “rede colaborativa” que permita diminuir a pressão sobre o IPO.

 

Acidente Vascular Cerebral: do diagnóstico à reabilitação
Assinala-se hoje o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral, um problema de saúde pública que afect
AVC

De acordo com a World Stroke Organization (WSO), 15 milhões de pessoas sofrem um acidente vascular cerebral (AVC) por ano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta o AVC como a segunda causa de morte em pessoas acima dos 60 anos e a quinta em pessoas entre os 15 e os 59 anos. Este organismo refere ainda que uma em cada seis pessoas no mundo terá um acidente vascular cerebral na sua vida. Em 2013, A Direcção-Geral da Saúde (DGS) acrescentou que tinha havido nos últimos anos uma progressiva diminuição da mortalidade.

Para além das mortes que causa, o AVC é responsável por uma significativa percentagem de incapacidades. A DGS, já em 1996, concluiu que três meses após o AVC, apesar de 30,8% dos doentes terem ficado com independência, 24,0% traduziram-se por sequelas que originaram limitações graves e 18,2% apresentaram incapacidade ligeira.

Os números são alarmantes, quando analisados sob o prisma da saúde pública, mas o impacto é ainda maior quando o AVC é experimentado no seio de uma família. Ao impacto mundial do AVC acrescenta-se ainda um maior dramatismo quando analisadas diversas histórias pessoais. E é necessário desmistificar esta ideia, porque, se o AVC aparece ligado à mortalidade e incapacidade, também vem, frequentes vezes, associado a pessoas que lhe sobreviveram sem sequelas ou com incapacidades mínimas e que retomaram normalmente as suas vidas.

 

A importância de uma detecção precoce

O AVC corresponde à interrupção de fornecimento de sangue para as células do cérebro, geralmente causado por um rebentamento ou obstrução de um vaso sanguíneo cerebral. O fornecimento de oxigénio e nutrientes é assim interrompido causando danos ao tecido cerebral. O AVC popularmente é conhecido como trombose, com origem no termo trombo, coágulo. Em rigor este é um termo que se liga a um tipo de AVC: o AVC isquémico. Quando a causa é o rebentamento, denomina-se AVC hemorrágico.

É de extrema importância a rápida detecção do AVC. Quanto mais precoce for detetado, mais rápida será a intervenção com vista a minimizar a área de morte celular cerebral. Deve-se estar atento aos chamados aos 3 principais sinais de alerta, mencionados pela Associação AVC, nomeadamente a instalação súbita de:

  • Perda de força Facial: a pessoa consegue sorrir? Tem a boca ou um olho de um dos lados caído?
  • Perda de força no braço: a pessoa consegue levantar os braços?
  • Problemas de expressão: a pessoa consegue exprimir-se de forma clara e compreender o que lhe é dito?

A presença de um destes sinais é motivo para suspeitar de um AVC e ligar imediatamente ao 112.

Segundo a National Stroke Association (NSA), podem ocorrer concomitantemente os seguintes sintomas:

  • Confusão;
  • Tonturas;
  • Problemas de visão;
  • Perda de equilíbrio ou coordenação;
  • Forte dor de cabeça, súbita e de causa desconhecida.

 

Recuperação no AVC: Neuroplasticidade aliada a celeridade e intensidade

Emanuel Silva (2010) explana que existem três maneiras possíveis de o indivíduo com lesão cerebral poder recuperar as capacidades funcionais perdidas: recuperação de uma forma repentina, restituição ou compensação da função perdida. Esta compensação ocorre devido à neuroplasticidade. A reabilitação apoia-se nesta capacidade que o cérebro tem em aprender e mudar. Hoje em dia sabe-se que as células de outras regiões cerebrais não afectadas podem assumir determinadas funções realizadas pelas células da área cerebral onde ocorreu a morte celular.

As incapacidades originadas pelo AVC dependerão da área cerebral afectada e da sua extensão. Daí que as pessoas que sofreram um AVC não fiquem com iguais limitações e não reajam de igual forma ao processo de recuperação. Segundo Isabel Ramires (1997),

“o progresso da reabilitação varia de pessoa para pessoa. Para algumas a recuperação fica completa em algumas semanas a seguir ao AVC. Algumas queixas e dificuldades desaparecem ou melhoram muito com o tempo e a reabilitação, especialmente nos 3 primeiros meses a seguir ao AVC”. Ainda para esta autora, “80% dos doentes que sofreram um AVC atingem o melhor nível funcional às seis semanas, 90% atingem-no às 12,5 semanas (3 meses). Não é de esperar grande melhoria funcional ou neurológica após os 3 meses, pois só 5% dos doentes farão algum progresso a partir desta altura. Uma percentagem próxima dos 50% retomará uma profissão ou manterá as actividades normais”.

A DGS menciona um outro estudo (Nível de evidência A, National Stoke Foundation. Clinical Guidelines for Stroke Management 2010, Melbourne, Austrália), no qual se refere que a reabilitação deve ser estruturada para fornecer o máximo de intensidade nos primeiros seis meses após AVC.

Tanto um estudo como outro concordam no mesmo ponto: são fundamentais as primeiras semanas pós-AVC para a recuperação. Não será de estranhar por isso a preocupação com a celeridade e intensidade inerentes ao processo de reabilitação pós-AVC e que esteve na base da criação da via verde do AVC e das unidades especializadas no AVC. Todavia, esteja o doente internado numa unidade especializada no tratamento do AVC, num serviço sem especialização ou no domicílio, os princípios no processo de recuperação serão os mesmos. No domicílio ganham maior preponderância os cuidadores e profissionais alocados a equipas domiciliárias especializadas em reabilitação, como, por exemplo, as Equipas de cuidados continuados integrados (ECCI). A maior parte dos doentes quando têm alta das unidades de AVC voltam ao seu domicílio, e aqueles que naquelas não são internados permanecem junto dos cuidadores, por isso, estes, mesmo no decorrer de um internamento, terão um papel fundamental no plano de reabilitação desenvolvido.

A celeridade e intensidade são princípios que devem ser adoptados quaisquer que sejam os contextos em que o doente se encontra. Estas características devem ser desenvolvidas num plano individual de pessoa para pessoa. E é nesse percurso individual que os ganhos serão individuais. O ganho transversal a qualquer situação será a diminuição do impacto do AVC, seja através de recuperação das funções que ficaram afectadas ou uma readaptação à limitações que serão permanentes.

 

A vida para além do AVC com o Enfermeiro de Reabilitação

Recuperar de um AVC e reencontrar um caminho na vida que existe para além deste, passa por, de uma forma integrada, os cuidadores e doentes, devidamente acompanhados, envolverem-se num plano de recuperação que permita eliminar ou minimizar sequelas ou, caso persistam, a reaprender a viver com estas. É fundamental haver uma envolvência por parte de todos e uma reorganização do domicílio. O domicilio afigura-se como um importante local de prestação de cuidados e onde o processo de recuperação, reaprendizagem ou readaptação serão desenvolvidos. Durante este período o enfoque deverá estar centrado na melhoria da qualidade de vida, promovendo-se a sua independência funcional ou adaptação às limitações resultantes da doença, com o favorecimento da dignidade e auto-estima.

É indispensável que os profissionais de saúde pensem no significado das suas acções nos cuidados a prestar a um doente com AVC. Na saúde, o “ajudar” e o “cuidar” não são um simples facto do senso comum enraizado nas boas intenções de quem ajuda. Neste contexto, cada vez mais em saúde é reconhecido o papel determinante dos Enfermeiros Especialistas de Reabilitação ao longo deste processo, refletindo-se as suas práticas em ganhos a nível da saúde e da economia. A prática de enfermagem de reabilitação tem um âmbito abrangente intervindo nas disfunções neurológicas entre outras causadas pelo AVC. Trata-se de um processo de cuidar precoce, abrangente e holístico enquanto modelo assistencial, mas essencialmente educativo.

Actuando na saúde e na doença, aguda ou crónica, o enfermeiro de reabilitação intervém na maximização do potencial funcional e de independência física, emocional e social das pessoas, minimizando as incapacidades, nomeadamente através da reeducação funcional respiratória, reabilitação funcional motora, treino de atividades de vida diária, ensino sobre a otimização ambiental e utilização de ajudas técnicas.

Existe vida para além do AVC e ao longo desta, apesar da brutalidade dos números mundiais, deve-se ter em conta que cada história pessoal pode significar sucesso e para que este surja é necessário abandonar atitudes fatalistas e deterministas que paralisam e impedem a adopção de medidas fundamentais por parte do doente, família, cuidadores formais, profissionais de saúde, com vista a diminuir o impacto de incapacidades ou o surgimento de complicações.

 

Bibliografia e Webgrafia

Associação AVC. Página electrónica consultada a 22 de Outubro de 2014 em http://www.associacaoavc.pt

Direcção-Geral da Saúde (2001). Unidades de AVC. Acedido em 19 de Outubro de 2014 em http:// www.dgs.pt

Direcção-Geral da Saúde (2011). Norma da Direcção-Geral da Saúde 054/2011. Acedido em 19 de Outubro de 2014 em http:// www.dgs.pt

Direcção-Geral da Saúde (2013). Portugal – Doenças Cerebro-Cardiovasculares em números. Acedido em 19 de Outubro de 2014 em http://www.spc.pt

National Stroke Association. Página electrónica consultada a 22 de Outubro de 2014 em  http://www.stroke.org

Organização Mundial da Saúde. Página electrónica consultada a 22 de Outubro de 2014  em http://www.who.int

Ramires, Isabel (1997). Reabilitação no Acidente Vascular Cerebral: do Hospital à Comunidade. Ata Médica Portuguesa. 10: 557-62

Silva, Emanuel (2010). Reabilitação após AVC. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Acedido em 19 de Outubro de 2014, em http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/52151/2/Reabilitao%20aps...

Sociedade Portuguesa do AVC. Página electrónica consultada a 22 de Outubro de 2014 em  http://www.spavc.org

World Stroke Organization. Página electrónica consultada a 22 de Outubro de 2014 em  http://www.world-stroke.org

 

Carina Rebelo, Enfermeira Especialista em Enfermagem da Reabilitação, Centro Hospitalar Baixo Vouga

Bruno Costa, Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, ACES Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte

 

 

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Melhorar a qualidade de vida
Encontre aqui algumas respostas simples e objetivas de como melhorar a vida dos doentes colostomizad
Enfermeira com guia de tratamento

Este artigo contém algumas perguntas que se consideram pertinentes e foram dadas as respetivas respostas de forma simples e objetiva que podem ajudar a simplificar, esclarecer, resolver e melhorar a vida de um(a) colostomizado(a) ou de quem dele cuida – prestador de cuidados. Contudo, esta leitura não dispensa nem substitui a visita regular ao profissional de saúde – enfermeiro ou médico.

Diz o ditado popular “que a esperança é a ultima a morrer” e, por isso, deixa-se uma mensagem de esperança: existem pessoas totalmente adaptadas à sua ostomia, pessoas que conseguem ter uma vida pessoal, familiar e sociais plenas. Está muito na mão de cada um fazer com que isso aconteça.

Existem profissionais de enfermagem distribuídos pelo país inteiro que poderão ajudar a ultrapassar as dificuldades próprias da situação e ter essa vida em pleno. Informe-se dos profissionais que o poderão ajudar na sua área de residência.

Estoma – palavra de origem grega que significa “boca” ou abertura, abertura essa, de dentro para o fora, de forma resumida, é o orifício que está a vista. É realizado através de uma ostomia – que é a intervenção cirúrgica para a realização desse estoma.

No caso de uma colostomia, é uma ostomia onde é exteriorizada uma porção do cólon (intestino grosso). Está situada no abdómen e tem como finalidade a saída ou o desvio das fezes do seu trajeto normal. Tem um tom rosa ou avermelhado e é húmido. Ao tocar no estoma, não dói nem sente. Não existe um esfíncter que controle a saída de fezes. Colostomizado(a) – é uma pessoa com colostomia.

Existem muitas pessoas com ostomias no nosso país e pelo mundo fora. As colostomias são porventura as mais frequentes. Esta realidade obriga a algumas mudanças de hábitos como é o caso do uso de dispositivos “sacos” para recolher as fezes que vão saindo. Estes dispositivos são discretos e muito provavelmente, todos nos já estivemos junto de uma pessoa ostomizada sem o sabermos.

 

Que dispositivos usar

  • Existe uma grande variedade de dispositivos – marcas, números e formatos diferentes
  • Estes dispositivos são compostos por um saco que recolhe as fezes e por uma placa que adere ao abdómen e segura o saco
  • Podem ser de uma (1) ou duas (2) peças:

- No dispositivo de uma peça, a placa e o saco estão juntos. Para trocar o saco, é necessário “descolar a placa”

- No dispositivo de duas (2) peças o saco e a placa estão separados e possuem um sistema de encaixe. Assim, pode-se trocar o saco mantendo a mesma placa por mais algum tempo (se tudo nos conformes). Neste caso, o saco tem que ser do mesmo número e marca da placa (caso contrario podem não encaixar).

- A placa pode ficar colocada até quatro dias. É composta por um protetor cutâneo e um material aderente. Deverá ser trocada quando se descolar em alguma parte, quando sentir ardor/prurido (comichão) ou se estiver corroída junto à colostomia.

- Os sacos devem ser mudados quando estiverem a meio. Estes sacos contém um filtro, que permite a saída dos gases e neutraliza os odores.

  • Existem ainda no mercado, outros materiais chamados de acessórios que poderão ser úteis, ex. protetores da pele, niveladores, desodorizantes, …

Atualmente, no nosso país já existe em muitos Hospitais / Centros de Saúde, profissionais de enfermagem treinados/especializados para ajudar o colostomizado e prestadores de cuidados na escolha do melhor dispositivo, como adquiri-lo, entre muitos outros assuntos que o ajudarão a ter uma vida mais facilitada.

Nota: os dispositivos devem ser guardados num local seco – evitar a cozinha e a casa de banho – e não é aconselhável expor ao calor ou ao sol pelo risco de se estragar.

Como mudar o dispositivo

É necessário ter-se à mão o seguinte material:

Dispositivo (de 1 ou 2 peças), papel e/ou esponja macios, água, sabão de pH neutro (facultativo), saco para os sujos, tesoura de pontas curvas (se necessário)

Como fazer no caso de:

Trocar o dispositivo de uma (1) peça ou trocar a placa no dispositivo de duas (2) peças

  • Retirar a placa que está colocada puxando devagar com uma mão e com a outra mão, segurar na pele para não repuxar
  • Retirar o excesso de fezes (se as houver) com papel
  • Lavar a colostomia e a pele à volta com a esponja molhada em água e sabão, sem esfregar. Depois passar só com água

 

  • Enxaguar bem, com o papel ou toalha, sem esfregar

  • Cortar a nova placa na medida certa (ver à frente medida certa)

  • Retirar a proteção da placa (papel ou plástico) e colocá-la pressionado durante alguns segundos, com os dedos a toda a volta para aderir melhor

Trocar apenas saco no material de 2 peças:

  • Com uma mão, retirar o saco que está colocado, puxando ligeiramente para fora e conforme o sistema de encaixe. Com a outra mão segurar na placa
  • Limpar as fezes com papel
  • Utilizar a esponja molhada em água e sabão para lavar a colostomia e a placa, se necessário
  • Enxaguar bem e colocar o novo saco, conforme sistema de encaixe
  • Certificar-se de que está bem encaixado

Notas: Colocar os sujos num saco, fechar (por causa do cheiro) e levar ao contentor do lixo habitual; Certificar-se sempre, se a placa e o saco estão bem seguros e assim evitar fugas.

Qual a medida certa

  • A medida certa do recorte da placa é aquela que cobre toda a pele e deixa livre a colostomia  

 

  • Esta medida pode variar ao longo do tempo. Para saber qual é, pode utilizar os guias que vêm nas caixas junto de algum material, ou então fazer a sua própria medida. Se necessário pode pedir ajuda a um familiar ou enfermeiro

  • Tendo a medida certa, copiar para a placa e cortar com a tesoura
    Depois da placa recortada, convém passar a mão para amaciar algum bico que tenha ficado
  • Nunca ultrapassar o limite de recorte (último risco ou “stop” em algumas placas). Se a sua colostomia é redonda e já passaram 1 a 2 meses de cirurgia (operação) pode optar por material já recortado (disponível apenas em alguns formatos). Falar com o enfermeiro que o orienta. Ao usar sempre a medida certa pode evitar vários problemas no futuro (na pele e na colostomia).

Quando pedir mais dispositivos

  • Pedir mais material quando tiver uma caixa em seu poder (placas e sacos ou dispositivos de uma peça).
  • Não armazenar muito material em casa. Com o tempo também se estraga.

Que dieta fazer

  • A dieta é aquilo que todos nós comemos no nosso dia-a-dia
  • A colostomia não obriga a uma dieta especial. Um colostomizado pode comer o que comia antes da cirurgia
  • No entanto, é recomendável fazer uma alimentação saudável, variada, seguindo a roda dos alimentos, dando preferência aos chamados “alimentos da época”, do agrado de cada um, e evitar excessos
  • Fazer 5 a 6 refeições por dia
  • Mastigar bem os alimentos, sem pressa, sentado e de preferência mastigar com a boca fechada (para não engolir ar)
  • Existem alimentos que poderão favorecer a formação de mais flatos (gases), aumentar ou diminuir o odor das fezes, alimentos obstipantes ou laxantes, etc. Estas situações variam de pessoa para pessoa e na mesma pessoa até de momento para momento. Poderá ir-se estudando as diversas reações do organismo aos diferentes alimentos e escolher-se depois, ingerir mais ou menos quantidade ou até a altura mais adequada, ou não, para os ingerir

Beber cerca de 1,5 litro de água por dia em média (ajuda no bom funcionamento do intestino e do organismo em geral)

imagem obtida através do site - www.dgs.pt

Que roupa vestir

  • Pode-se vestir a roupa que usava antes da cirurgia. O material atual é discreto (não se nota)
  • No entanto, convém evitar roupa muito apertada e/ou cintos por cima da colostomia, que a possam ferir ou impedir a saída normal das fezes
  • Já existem roupas (em especial roupa interior e banho) adaptadas às pessoas ostomizadas.

Pode-se sair de casa? Como faze-lo?

  • Pode-se e deve sair-se de casa para estar com a família, amigos, viajar, trabalhar e retomar (logo que possível) o estilo vida que se tinha antes da colostomia
  • Quando sair, mesmo que por poucas horas, levar sempre duas (2) unidades de dispositivo (no mínimo), com a placa já recortada, um pouco de papel e um saco para pôr o lixo. Isto evita corridas desnecessárias para casa/sujar-se, se houver uma descarga maior que o esperado. Ver ainda se é necessário levar um pouco de água (para limpar)
  • Para distâncias mais longas, levar os dispositivos sempre junto da pessoa (evita que se perca) e na quantidade do dobro (ou mais) do que se costuma gastar (evitar ficar sem dispositivos no caso de se precisar)
  • Pode ser útil ter 1 “bolsa de segurança” onde guarda o material quando sai.

Outros conselhos

Pode-se tomar banho com ou sem saco

  • Se tomar banho com o saco: colocar o selo autocolante (que vem na caixa) no local do filtro (evita que este se estrague)
  • Se optar por tomar banho sem o saco: poderá acontecer uma saída de fezes
  • No banho de imersão /piscina é recomendável o uso de saco

O desporto faz bem à saúde

Pode-se praticar por exemplo: natação, bicicleta, caminhada, dança, etc.…

Se gostar de desportos como boxe, andebol e outros do género, peça orientação ao seu médico, enfermeiro, ou professor da modalidade.

  • Evitar trabalhos que exijam um grande esforço abdominal, como por exemplo levantar objetos pesados
  • Durante a higiene à colostomia, esta pode sangrar um pouco. É normal. Se acontecer, usar água um pouco mais fria e não esfregar.
  • Não usar cremes na pele onde cola a placa (risco da placa não colar), álcool, éter, perfume, tintura de benjoim, ou outro (risco de irritação).

Informe-se junto do enfermeiro ou médico acerca dos seguintes assuntos:

  • Legislação existente referente aos dispositivos, e outras leis que poderão ajudar
  • A possibilidade de fazer ou não a técnica de irrigação. Esta técnica permite um controle da saída das fezes, e consequentemente mais segurança e bem-estar
  • Alteração da vida íntima (sexual)
  • Se notar algo fora do normal
  • Outras dúvidas que possam surgir.

 

 “A maior conquista do ostomizado é a de ser independente”

Doente colostomizado

“O médico deu-me mais anos de vida, agora é meu dever dar mais vida aos meus anos”

Doente colostomizado

Artigos relacionados

Incontinência Fecal é mais comum do que se pensa

Este texto é uma adaptação do “Guia do Colostomizado” que os autores realizaram para os utentes do Hospital S. Teotónio, E.P.E., Viseu

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Mais apoio e direitos para os pais
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos quer que se crie o conceito de doença crónica complexa e exige mais apoios e...

“Neste momento, só há o conceito de doença crónica” sendo necessário introduzir o conceito de doença crónica complexa, de forma a garantir mais direitos e apoios a crianças que “precisam de cuidados médicos”e de um acompanhamento diferente de uma doença apenas crónica, disse Manuela Paiva, membro do Grupo de Apoio à Pediatria da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP).

Neste quadro, estão doenças como o cancro ou a esclerose múltipla, em que seria necessário que ambos os pais tivessem “direito a requerer a licença de acompanhamento” do seu filho, na fase de diagnóstico e de agudização da doença, referiu, sublinhando que, com a actual legislação, apenas é permitido “que um dos progenitores” possa gozar desse direito. Para além disso, a licença tem “um limite máximo de quatro anos”, devendo esta ser adaptada “às necessidades da criança ou do jovem” a cargo dos pais, acrescentou Madalena Paiva.

“As famílias ficam muito desprotegidas", frisou, considerando ainda que o tempo usado pelos pais com a licença deveria contar para efeitos de tempo de serviço e a flexibilidade de horário laboral dos progenitores deveria ser "para todos os pais de crianças e jovens com doença crónica complexa”, sendo que actualmente o código de trabalho apenas prevê essa situação para crianças abaixo de um ano de idade.

Caso os pais da criança tenham subsídio de desemprego ou não virem o seu contrato de trabalho renovado devido ao uso da licença de acompanhamento “ficam desprotegidos”, aponta, sugerindo que fosse criado “um subsídio da Segurança Social igual ao indexante dos apoios sociais” para aqueles que não possam requerer a licença.

“O apoio que o Estado dá é muito reduzido e manifestamente insuficiente”, variando nas doenças complexas em função da idade em vez da necessidade de apoio que a criança necessita, criticou Manuela Paiva, salientando ainda a importância da criação de um subsídio de assistência de terceira pessoa para situações de dependência completa.

Segundo a responsável, há a necessidade de “uma alteração legislativa”.

A 14 de Maio de 2014 foi aprovado, no parlamento, um projecto de resolução que recomenda ao Governo o reforço de respostas no âmbito dos Cuidados Paliativos Pediátricos, tendo o Grupo de Trabalho de Cuidados Paliativos Pediátricos, criado a 24 de Junho, proposto alterações nas políticas sociais no apoio às famílias com necessidades paliativas, aclara um comunicado da APCP.

Amanhã [29 de Outubro], o Grupo de Apoio à Pediatria da APCP reúne-se em Coimbra, no Hospital Pediátrico, para debater as políticas sociais relacionadas com as doenças crónicas complexas.

 

Ébola:
Os primeiros testes de uma vacina experimental contra o vírus do Ébola devem arrancar esta semana na Suíça, divulgou a...

A Organização Mundial de Saúde (OMS) com sede em Genebra precisou que os reguladores suíços autorizaram o início dos testes desta vacina experimental desenvolvida pela britânica GlaxoSmithKline (GSK). Os testes, que vão ocorrer num hospital em Lausanne (perto de Genebra), vão envolver cerca de 120 pessoas.

“Esta é a última etapa para conseguir fornecer o mais rápido possível vacinas seguras e eficazes contra o Ébola”, referiu a agência das Nações Unidas, num comunicado.

A vacina experimental da GSK é uma das duas vacinas que a OMS considera particularmente promissora. Os ensaios clínicos já começaram no Mali, no Reino Unido e nos Estados Unidos e devem começar, em breve, na Suíça e na Alemanha. Em Dezembro devem abranger os três países da África Ocidental mais afectados pelo actual surto (Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa).

 

Saúde em Português disponibiliza 16 profissionais para a Guiné-Bissau

 

A Saúde em Português disponibilizou 16 profissionais para a missão que Portugal poderá enviar à Guiné-Bissau, para combater o Ébola, informou a organização humanitária, indicando que o programa de formação e treino decorrerá em Novembro.

O presidente da associação, Hernâni Pombas Caniço, disse que a Saúde em Português “respondeu afirmativamente ao convite” da Direcção-Geral da Saúde (DGS) de Portugal e colocou à sua disposição uma equipa constituída por 10 médicos, três enfermeiros e três logísticos.

No entanto, a missão que Portugal está a preparar, “para apoiar na prevenção e combate ao vírus do Ébola” na Guiné-Bissau, só avançará “se for pedida por este país”, membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), adiantou.

Confirmando informações da DGS, Hernâni Caniço disse que essa decisão poderá verificar-se após 30 de Novembro, data em que o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, visita Portugal, acompanhado da ministra da Saúde do seu país.

A equipa portuguesa, “caso venha a ser necessária”, será instalada no Hospital Militar de Bissau, integrando profissionais indicados pela Saúde em Português, referiu o médico, frisando que a participação “na detecção e controlo da epidemia junto à sua origem” contribuirá “para reduzir o risco” para Portugal.

“Saúde em Português, ao colaborar na prevenção e combate ao vírus Ébola e à epidemia, está consciente da responsabilidade profissional que assume, da confiança que entidades e população depositam na sua qualificação prévia e do risco que representa a realização da missão”, segundo Hernâni Caniço.

Fundada há 21 anos, em Coimbra, a organização tem o estatuto de observador consultivo da CPLP e “vai combater o Ébola por razões humanitárias inerentes ao seu perfil de competência técnica em saúde”, incluindo “a protecção dos países lusófonos e sua comunidade”.

Em Agosto, a Saúde em Português já se tinha disponibilizado “para intervenção em território de catástrofe”, atingido pela epidemia do Ébola (Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria e Nigéria), ao governo da Nigéria, aos Médicos Sem Fronteiras, ao Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Portugal) e às Nações Unidas.

 

Estudo relaciona
Um estudo divulgado pelo Instituto Karolinska, de Estocolmo, na Suécia, identifica dois genes que podem estar ligados a “um...

O estudo, que envolveu testes genéticos a 895 reclusos condenadas por diferentes delitos na Finlândia, vem relançar o debate sobre se um indivíduo nasce com propensão para a violência e a criminalidade devido aos genes ou se isso acontece por causa das circunstâncias que o rodearam na infância.

A investigação descobriu uma relação entre a violência e uma variante do gene MAOA, já assinalada em estudos anteriores, mas também com a variante do gene CDH13, ligada anteriormente a alterações do comportamento e a doenças psiquiátricas.

Os especialistas alertam contudo para interpretações abusivas que apontem no sentido de que existem "genes da violência" aos quais é impossível escapar.

Os investigadores europeus e norte-americanos que assinam o estudo, publicado hoje na revista especializada Molecular Psychiatry, adiantam ter tido também em conta factores de contexto - antecedentes de abusos de substâncias (drogas e álcool), personalidade anti-social ou maus tratos na infância - sem que isso tenha alterado os resultados.

“Nas pessoas condenadas por delitos que não incluíam violência, não foi possível observar a mesma presença dos genes MAOA e CDH13, o que indica que estas variantes genéticas estão relacionadas com o comportamento violento”, assinalou, em comunicado, Jari Tiihonen, professor de neurociências no Karolinska.

A investigação ressalva que estes não devem ser os únicos genes envolvidos na explicação do comportamento violento e que os factores do meio ambiente têm também um papel fundamental na compreensão deste fenómeno.

“Encontramos dois genes que têm um efeito mais importante sobre o comportamento agressivo, há provavelmente dezenas ou centenas de outros genes que têm um efeito menor”, acrescentou. Os autores adiantam ainda que estes genes são muito correntes e que um em cada cinco indivíduos é portador, sendo que a maioria destes nunca cometerá uma violação, agressão ou homicídio. Por outro lado, no grupo ultra-violento que participou no estudo foram encontrados alguns indivíduos não portadores destes genes.

O gene MAOA comanda a produção de uma enzima que intervém na eliminação de neurotransmissores como a dopamina. A diminuição do nível de actividade desta enzima na forma mutante do gene foi já descrita como estando ligada ao risco de delinquência.

O gene CDH13 surge associado a problemas de controlo de impulsividade.

“É importante recordar que os nossos resultados não podem nem devem ser usados para avaliações individuais. Não se pode aplicar este tipo de análise genética com propósitos preventivos, nem jurídicos”, advertiu Tiihonen.

Os resultados do estudo finlandês podem ser similares em outros países desenvolvidos, mas “não nos países pobres, onde os aspectos sociais, como a pobreza, podem ser muito mais importantes”, sublinham os autores.

 

Em Cerva – Ribeira de Pena
Cerca de 700 pessoas, entre crianças, professores, funcionários da Santa Casa e militares da GNR, participaram em Cerva,...

A iniciativa partiu da corporação de bombeiros de Cerva, vila que dista a cerca de uma hora do hospital de Vila Real, e contou com o apoio do INEM. “O suporte básico de vida faz todo o sentido nestes meios rurais. O INEM ao ensinar a população está a garantir que se consegue salvar mais vidas”, afirmou Isabel Costa, enfermeira da delegação do INEM/Porto.

Ao todo participaram neste treino cerca de 700 pessoas, desde os mais pequenos, a professores, também funcionários das santas casas de Cerva e Ribeira de Pena e militares da GNR. O objectivo foi, segundo Isabel Costa, ensinar noções básicas e simples que ensinam a actuar quando alguém se depara com uma pessoa inconsciente, numa situação de paragem cardiorespiratória, e saber como responder a algumas perguntas quando se liga para o 112, como o local exacto, sintomas ou idade aparente da vítima.

Carlos Costa, adjunto do comando dos bombeiros de Cerva, salientou que o objectivo é “ensinar a população a salvar vidas”. Uma formação que, na sua opinião, faz ainda mais sentido neste território que fica longe do hospital e onde as aldeias também distam vários quilómetros da vila, onde os bombeiros estão sediados.

“O objectivo é prepararmos a população com este tipo de iniciativas. É muito importante para nós, eles saberem intervir até à nossa chegada. É uma mais-valia, porque nós temos aldeias aqui no nossa zona onde demora vários minutos uma ambulância nossa a chegar”, sustentou Tiago Silva, bombeiro e elemento da organização do “Mass Trainning em Suporte Básico de Vida”.

Júlia, 12 anos e aluna do sétimo, gostou muito da formação e garantiu ter aprendido o que fazer se encontrar alguém caído no chão. “Primeiro ver se a vítima tem sinais de vida, senão temos que pedir ajuda”, disse a estudante, enquanto treinava algumas compressões num boneco de treino. “Estou a reanimá-lo e a dar-lhe ar”, sublinhou.

Ver se a vítima respira e deitá-la de lado à espera dos meios de socorro ou então tentar reanimá-la com 30 compressões no peito e duas insuflações na boca são algumas das noções básicas que podem fazer toda a diferença.

“São iniciativas extremamente importantes não só para os meninos mas também para nós, professores, porque há situações que podem acontecer até dentro da sala de aula e nós temos que saber reagir e poder ajudá-los logo de imediato”, salientou o professor Ivo Rodrigues.

Rosa Gonçalves é funcionária da Santa Casa da Misericórdia de Cerva e percorre aldeias distantes a prestar apoio domiciliário aos idosos. “São aldeias muito distantes e isoladas, onde nem apanhamos rede telemóvel nem internet, nada, nada. Por isso é bom sabermos como agir com o idoso, ainda por cima quando a espera é longa até à chegada dos meios de socorro”, frisou.

Para o cabo Miguel Pereira, comandante do posto da GNR de Cerva, estas formações são também “muito importantes”. “Nós que lidamos com o cidadão no dia-a-dia podemos estar perante uma situação idêntica e é extremamente necessário termos as noções de como se faz o suporte básico de vida”, frisou.

Isabel Costa referiu que o INEM já realizou várias formações por todo o país, abrangendo milhares de pessoas.

 

Paredes de Coura
Paredes de Coura vai dispor, nos próximos três meses, de dois centros de apoio a idosos e deficientes, da Santa da Casa da...

De acordo com António Pereira Júnior, o Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) para pessoas com deficiência vai abrir portas “nos próximos dias” e a Unidade de Cuidados Continuados (UCC) nos primeiros meses de 2015. O CAO representou um investimento superior a 700 mil euros e a UCC custou mais de 1,5 milhões de euros, ambos financiando por fundos comunitários. O CAO nasceu da reconversão da primeira Casa de Magistrados do concelho, um edifício propriedade da Câmara, mas sobre o qual a instituição tem um contrato de comodato.

“Como fui presidente de Câmara durante bastantes anos tinha a perfeita noção da necessidade destas estruturas mas a autarquia e Santa Casa sozinhas não conseguiam tinha que ter o apoio do Estado. Conseguiu-se finalmente que fossem uma realidade”, sublinhou o provedor e ex-autarca que durante 28 anos liderou o município.

O edifício do CAO, em pleno centro da vila, tem capacidade para 20 jovens com deficiência, sendo o primeiro centro do género num concelho onde está identificada uma centena de casos.

“Os utentes já estão todos sinalizados mas vão entrar no centro de forma faseada à medida que formos ganhando ritmo e estabilizando o serviço”, explicou.

Este centro vai funcionar num edifício que serviu de sede de uma instituição local e também de jardim-de-infância, mas cuja ocupação inicial foi de residência de magistrados daquela comarca. Actualmente, os utentes do concelho são apoiados apenas pelos serviços de acção social da Câmara e pela APPACDM de Monção e Viana do Castelo.

Já UCC vai funcionar num edifício que até 1974, ao serviço da Misericórdia local, foi a única unidade hospitalar do concelho. “Tenho um acordo verbal da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) para abrir no início do próximo ano, em Janeiro ou Fevereiro”, adiantou. Num dos concelhos mais envelhecidos do distrito de Viana do Castelo, a UCC está dotada de 22 camas.

 

Debate no Porto
A Faculdade de Medicina do Porto reúne um conjunto de especialistas para debater a Síndrome Metabólica, um conjunto de factores...

A directora do Departamento de Bioquímica da Faculdade de Medicina do Porto (FMUP) e promotora do evento, Raquel Soares, explicou que a obesidade, a diabetes e a hipertensão arterial são alguns dos factores que fazem da síndrome metabólica um “cocktail explosivo” em termos de saúde.

Segundo a organização do VI Simpósio em Metabolismo da FMUP, “a prevalência da Síndrome Metabólica tornou-se num problema de saúde pública que tem alarmado a comunidade científica. Associada aos hábitos de vida promovidos pelas sociedades modernas, sobretudo no que se refere ao sedentarismo e aos desequilíbrios alimentares, promove uma série de alterações metabólicas, como resistência à insulina, subida da pressão arterial e dos níveis de triglicéridos, redução dos níveis do colesterol HDL e obesidade abdominal”.

De acordo com a mesma fonte, as principais vítimas são homens com mais de 40 anos. No entanto, as mulheres não estão livres da doença, principalmente as que entraram na menopausa e que sofrem, por isso, alterações hormonais significativas.

Para Raquel Soares, “a chave do sucesso para o combate à Síndrome Metabólica é o diagnóstico precoce e a sensibilização do paciente para a importância dos seus hábitos de vida no desenvolvimento da síndrome”.

“Só assim é possível reverter a instalação das alterações metabólicas cujo impacto pode ser devastador, provocando o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o enfarte, o acidente vascular cerebral (AVC) e a morte súbita”, acrescentou.

O debate vai reunir amanhã [29 de Outubro] no Auditório do Centro Investigação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Hercília Guimarães (neonatologista), Manuel Vaz Silva (cardiologista), Nuno Borges (nutricionista) e Davide Carvalho (endocrinologista).

 

Dia Mundial da Psoríase assinala-se a 29 de Outubro
A Associação Portuguesa de Psoríase promove, no dia 29 de Outubro, no âmbito Dia Mundial da Psoríase, uma sessão de...

A iniciativa, que decorre na Sala do Senado a partir das 10h, tem como objectivo dar a conhecer a psoríase mas também abordar a questão da discriminação que afecta ainda muitos doentes.

A sessão conta com a presença do Presidente da PSOPortugal, João Vaz Martins, que apresentará a PSOPortugal, um representante da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), que irá falar sobre o papel da SPDV na sociedade e do dermatologista Paulo Ferreira, que colabora com a PSOPortugal e que abordará o panorama da doença em Portugal. O chef de cozinha Hélio Loureiro dará o seu testemunho enquanto figura pública e abordará a questão da importância da imagem na sociedade. O deputado membro da Comissão Parlamentar de Saúde, Dr. Ricardo Baptista Leite, participará igualmente na sessão.

A psoríase uma doença crónica da pele que afecta 250 mil portugueses e mais de 125 milhões de pessoas em todo o mundo. Este ano o tema escolhido para assinalar o Dia Mundial da Psoríase é “Construir um Mundo Melhor Para as Pessoas com Psoríase”, que pretende salientar a importância de eliminar as barreiras que os doentes com psoríase continuam a sentir.

 

Sobre o Dia Mundial da Psoríase

O Dia Mundial da Psoríase, a 29 de Outubro, foi celebrado mundialmente, pela primeira vez, em 2004, tendo sido instituído para mostrar à sociedade uma doença escondida. Trata-se de um evento verdadeiramente global que se propõe a dar voz aos 125 milhões de pessoas que sofrem de psoríase/artrite psoriática.

 

Sobre a PSOPortugal

A PSOPortugal – Associação Portuguesa da Psoríase, entidade com nove anos de existência, constituída em 2005, tem vindo a defender, apoiar e dar voz aos doentes de psoríase. E também a alertar e sensibilizar a sociedade para a discriminação social e profissional de que são alvo os cerca de 250 mil portugueses que sofrem de psoríase. É uma entidade sem fins lucrativos, com intervenção a nível nacional. Actualmente é sócia da Federação Internacional das Associações de Psoríase (IFPA) e da Federação Europeia das Associações de Psoríase (Europso).

 

Sobre a Psoríase

A psoríase é uma doença auto-imune, crónica que se manifesta no nosso maior órgão – a pele, não contagiosa, que pode surgir em qualquer idade. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Desenvolve-se quando o sistema imunitário do corpo faz disparar um crescimento rápido das células cutâneas. Na pele saudável, as células amadurecem e perdem-se em 28 a 30 dias. Nas pessoas com psoríase, este processo acelera-se 3 a 4 dias. A origem da psoríase não está totalmente esclarecida.

Cerca de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática. Esta traduz-se por dor e deformidade, por vezes bastante debilitante, das pequenas ou grandes articulações. Em Portugal esta doença afecta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.

 

Sociedade Portuguesa de Pneumologia e Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar divulgam
Com o objectivo de sedimentar os conhecimentos dos especialistas de Medicina Geral e Familiar na área dos Cuidados...

Estima-se que mais de 10% da população portuguesa seja afectada por doenças respiratórias graves, perturbações respiratórias do sono e doenças neuromusculares que prevêem a prescrição de cuidados respiratórios domiciliários (CRD). Neste sentido, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), em parceria com a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e com o apoio da PRAXAIR Portugal Gases, desenvolveram o Pocket Guide, um documento que reúne informação relativa aos CRD disponíveis e respectivas indicações. O lançamento do Pocket Guide tem lugar no Auditório da SPP, em Lisboa, no dia 29 de Outubro, às 10h00.

Os CRD correspondem ao fornecimento de serviços e equipamentos no local de residência dos doentes e visam auxiliar na respiração, actuando dentro de três grandes áreas terapêuticas: a Oxigenoterapia, a Ventilação Mecânica Domiciliária (VMD) e a Aerossolterapia. Mais do que um guia, o Pocket Guide pretende ser uma ferramenta diária de trabalho que auxilia a correcta prescrição de CRD, de acordo com as boas práticas instituídas.

Com a transferência destas terapêuticas de administração hospitalar para o domicílio, promove-se a melhor integração familiar e social dos doentes crónicos, ao mesmo tempo que se contribui para a redução de custos no Serviço Nacional de Saúde.

O Pocket Guide foi desenvolvido de acordo com o Relatório de Boas Práticas em CRD da Comissão Nacional para o CRD e as Normas de Orientação Clínicas da Direcção-Geral da Saúde e contempla, além das indicações genéricas apresentadas, as especificidades relativas à terapêutica na idade Pediátrica.

Segundo Paula Pinto, Secretária-Geral da SPP e Coordenadora da Unidade de Sono e de Ventilação Não Invasiva do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, “O Pocket Guide foi desenvolvido de forma bastante rigorosa, pois pretendemos que seja uma ferramenta de excelência quando se trata de auxiliar na prescrição de CRD, tentando criar uma homogeneização de conhecimentos, de acordo com as boas práticas e normas vigentes.” 

 

Páginas