Em nove anos
ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica fiscalizou, em nove anos de existência, 377.146 operadores económicos,...

Os dados sobre os resultados da actividade operacional, avançados por ocasião dos nove anos de existência da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), indicam que o valor total das apreensões atingiu os 175.798.799 euros.

Em nove anos, a ASAE realizou 7.410 detenções e suspendeu a actividade a 9.213 operadores económicos.

A ASAE recebeu também 171.767 denúncias e 925.550 reclamações no âmbito do livro de reclamações.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica registou igualmente um decréscimo da taxa de incumprimento por parte dos operadores económicos entre 2006 e 2014.

No âmbito da componente preventiva, que assenta na estratégia de formar, sensibilizar e informar os agentes económicos, a ASAE realizou 700 sessões de formação e informação pública que abrangeram 100.000 participantes.

Criada em 2005, a ASAE é a autoridade administrativa nacional especializada no âmbito da segurança alimentar e da fiscalização económica, sendo responsável pela avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar, bem como pela disciplina do exercício das actividades económicas nos sectores alimentar e não alimentar, mediante a fiscalização e prevenção do cumprimento da legislação reguladora das mesmas.

OE2015
Orçamento Estado Saúde 2015
O ministro da Saúde anunciou hoje o fim do Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a...

Paulo Macedo fez este anúncio durante a apresentação do orçamento da saúde para 2015 perante os deputados das comissões parlamentares da Saúde e das Finanças.

Criado no final de 2008 pelo ministro socialista António Correia de Campos para pagar as dívidas do sector - que ascendiam na altura a 908 milhões de euros -, o Fundo foi financiado com os capitais sociais de 35 hospitais-empresa.

Em agosto do ano passado, o ministro da Saúde anunciou um perdão de cerca de 430 milhões de euros de dívida de 19 hospitais ao Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamento (FASP), transformando este montante em crédito com o objectivo de equilibrar a situação financeira destas instituições.

Segundo Paulo Macedo, este Fundo foi uma “medida clara de desorçamentação no passado”.

O FASP vai agora ser abolido e o seu dinheiro “devolvido aos hospitais credores”, adiantou o ministro, para quem este orçamento é o mais transparente “de sempre”.

“O Orçamento do Estado da Saúde para 2015 é caracterizado por um maior equilíbrio face aos anos anteriores”, disse Paulo Macedo, sublinhando a injecção de dinheiro para “tirar os hospitais da falência técnica”.

Princípios de boa conduta
As pessoas com epilepsia, na maioria dos casos e em qualquer parte do mundo, quando estão em idade d
Grupo de pessoas com diferentes profissões

Existe um conjunto de princípios básicos e comprovados para, junto do sector empregador, aumentar as perspectivas de emprego às pessoas com epilepsia. Uma declaração de princípios internacional ideal deve ser tão facilmente aplicável em países onde haja acesso a serviços médicos e apoio social, como em países onde tais serviços estejam menos desenvolvidos ou mesmo onde não os haja.

Estes são alguns dos princípios relacionados com os direitos das pessoas deficientes e à epilepsia e suas implicações próprias:

  1. A epilepsia é uma afeccção física do cérebro que predispõe os indivíduos afectados a crises repetidas, as quais podem ter várias formas e variar consideravelmente em frequência e intensidade.
  2. Na sua maioria, as crises podem ser controladas com tratamento farmacológico e o aconselhamento.
  3. Nem o diagnóstico de epilepsia nem a ocorrência actual de crises devem desqualificar uma pessoa para receber o pagamento do seu trabalho.
  4. Nos casos em que seja necessária uma restrição para certos tipos especiais de trabalho, a decisão deve ser tomada com base em avaliações individuais e imparciais, respeitando tanto ao trabalho pretendido como à pessoas em causa. Doutro modo, tais restrições são discriminatórias.
  5. Toda a pessoa com epilepsia deve ter iguais oportunidades de conseguir acesso a cuidados médicos, a programas de reabilitação ou vocacionais e a apoio social, de modo a que possa ter o máximo de controlo sobre o seu problema e ter o máximo de oportunidades de emprego.
  6. Na procura, na selecção e no emprego, a pessoa com epilepsia deve ter os mesmos direitos que os outros trabalhadores.

Principios para o emprego de pessoas com epilepsia

Aqui são identificadas quatro áreas principais onde os anteriores princípios têm aplicação: aspectos de saúde, adequação do emprego, recrutamento e selecção e assistência no trabalho.

Aspectos de saúde

  • Embora possa haver variações na importância relativa, é sabido que um bom controlo das crises epilépticas, boas aptidões e conhecimentos relacionados com um trabalho e uma boa adaptação à epilepsia são os factores essenciais que determinam a capacidade que uma pessoa tem para obter um emprego;
  • Quando o empregador avalia um empregado, ou um candidato, precisa compreender factos básicos sobre epilepsia e o seu possível impacto nas capacidades de trabalho;
  • Resumo dos pontos mais importantes:
    • As crises podem ter várias formas e muitas pessoas apenas têm um crise na vida. Em tais casos um diagnóstico de epilepsia nem chega a ser feito;
    • Quando uma crise ocorre pela primeira vez, pode haver efeitos prejudiciais sobre a autoconfiança e a pessoa. pode necessitar de apoio psicológico e de ser educada sobre a afecção;
    • Em muitos casos as crises repetidas são completamente controladas com medicação apropriada, a qual é, geralmente, tomada regularmente, às vezes durante vários anos;
    • Os medicamentos para a epilepsia, quando prescritos apropriadamente, não produzem efeitos desagradáveis sobre as capacidades de trabalho;
    • Somente algumas pessoas mantêm crises no trabalho ou tomam doses que as afectem no trabalho. Nesses casos, pode ser necessária uma reavaliação por um especialista em epilepsia. As faltas ao trabalho e os acidentes de trabalho não são maiores nas pessoas com epilepsia do que nas outras;
    • Os empregados com epilepsia devem ter uma cobertura de seguros similar à dos outros empregados.

Adequação do trabalho

  • A grande maioria dos empregos é adequada a pessoas com epilepsia;
  • Quando se procura conselho médico acerca da adequação de um emprego para uma pessoa com epilepsia, as indicações devem ter em conta os requisitos do trabalho e as características do tipo particular de crises epilépticas;
  • Devem ser evitadas proibições absolutas. Em certos empregos, em que haja um alto risco físico para o trabalhador ou para outros, a organização prática do trabalho pode ser modificada de tal modo que esse risco se reduza para níveis aceitáveis. Só nas situações em que isso não possa ser conseguido, é que é legítimo determinar restrições de emprego para as pessoas com epilepsia;
  • Quando uma pessoa com epilepsia possui as qualificações apropriadas e experiência, normalmente não se colocam problemas de adequação.

Recrutamento e selecção

  • Quando é exigida uma informação pessoal sobre saúde, esta deve ser feita em separado da ficha de inscrição e avaliada por pessoa habilitada.
  • As entrevistas devem focar as capacidades individuais do candidato e não as suas presumidas limitações;
  • A adequação de uma pessoa para um determinado emprego, deve ser determinada pelo empregador, antes de se chegar às implicações relacionáveis com a epilepsia;
  • As opiniões médicas sobre capacidades de um candidato, devem ser imparciais e baseadas no tipo de tarefas do trabalho e nos detalhes da sua própria epilepsia.

Assistência no trabalho

  • Quando as crises ocorrem pela primeira vez, o empregador deve reagir positivamente, proporcionando ao empregado a oportunidade para receber tratamento médico apropriado, antes de tomar decisões sobre as capacidades para o emprego;
  • Se as crises surgirem no local de trabalho, o empregador deve ajudar o empregado com epilepsia a revelar os factos aos companheiros de trabalho;
  • Deve-se dar instruções sobre as medidas imediatas de socorro e divulgar informações sobre a epilepsia;
  • Se se tiver que impor alguma restrição nas tarefas do empregado, deve fazê-lo de modo claro e rever o caso ao fim de determinado período para eventual tratamento;
  • Se for necessário deslocar o empregado para outra tarefas, devem ser dadas as directrizes vocacionais adequadas, com recurso precoce a serviços de reabilitação.

Artigos relacionados

Epilepsia: perguntas e respostas

Epilepsia e a prática desportiva

Conselhos de segurança para crises epilépticas

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Recém-nascido de alto risco
Os riscos de morbilidade ocular nos recém-nascidos podem ser agrupados segundo três níveis: factores
Avaliação Oftalmológica

 

 

 

 

 

 

 

Indicadores de risco do recém-nascido para referenciação à Oftalmologia

Níveis de Risco Exemplos
Factores de risco (doenças sistémicas ou condições de morbilidade do recém nascido)

Prematuridade de baixo peso: Retinopatia da prematuridade (RP)

Complicações sistémicas perinatais:

Sépsis, Infecção TORCH, Infecção HIV, Doenças metabólicas, Doenças neurológicas, Traumatismos de parto

Síndromas malformativos

História Familiar

Retinoblastoma

Glaucoma congénito

Catarata congénita

Distrofias retinianas

Sinais e sintomas oftalmológicos

Nistagmo

Malformação

Sinais e sintomas de Glaucoma (assimetria tamanho do globo ocular, fotofobia, lacrimejo)

Leuco Cória

Factores de risco (doenças sistémicas ou condições de morbilidade do recém-nascido)

Retinopatia de Prematuridade
A retinopatia de prematuridade é uma doença vaso proliferativa da retina que pode afectar o grupo de recém-nascidos prematuros de muito baixo peso à nascença.

Esta doença pode ser silenciosa, progredindo para a cegueira, sem apresentar sinais exteriores da sua presença. A Leuco Cória pode ser visível apenas tardiamente, em fase já irreversível. É portanto obrigatório o rastreio de todos os recém-nascidos prematuros, com risco de desenvolverem retinopatia de prematuridade, cujos critérios são:

  • Peso à nascença inferior ou igual a 1500g;
  • Idade gestacional inferior ou igual às 32 semanas;
  • Por orientação dos neonatalogistas.

Na existência de algum destes critérios deve ser cumprido, em Oftalmologia, o Protocolo de Avaliação da retinopatia de prematuridade (ICROP e ETROP). O encaminhamento para Oftalmologia deverá ser feito logo na primeira observação da criança: pelo menos na 30ª semana de Idade Pós Menstrual ou entre o 30º e o 42º dia de vida (idade cronológica). Assim, um recém-nascido prematuro, com idade gestacional inferior às 25 semanas, será observado pela primeira vez na 30ª semana.

Complicações sistémicas perinatais
Os recém-nascidos com doenças sistémicas que possam ter envolvimento ocular, nomeadamente: sépsis precoces, infecções suspeitas do grupo TORCH (Toxoplasmose, Sífilis, Rubéola, Citomegalovirus, Herpes Simples), infecção VIH, doenças metabólicas e doenças neurológicas, bem como os recém-nascidos sujeitos a graves traumatismos de parto, deverão ser observados por um Oftalmologista.

Sindromas Malformativos
A colaboração interespecialidades é importante para o diagnóstico completo da patologia na criança, sobretudo se existirem síndromas polimalformativos. A observação oftalmológica colabora no diagnóstico completo.

História familiar
Recém-nascidos com história familiar de retinoblastoma, de glaucoma congénito, de catarata congénita e de distrofias retinianas, deverão ser observados por oftalmologista, nos primeiros 2 meses de vida.

Retinoblastoma
Na ausência de história familiar de retinoblastoma a doença é geralmente diagnosticada pelo aparecimento de Leuco Cória, que por vezes é detectada nas fotografias.

Outro sinal pode ser o aparecimento de um estrabismo, em geral unilateral.

A presença de olho vermelho por glaucoma; de celulite orbitária por necrose tumoral; de hifema ou hipópion, são ainda outros sinais possíveis da manifestação do tumor.

Uma história familiar de retinoblastoma impõe o rastreio da criança com o fim de detectar a doença ainda em fase de pequenos tumores, com mais fácil controlo e antes do aparecimento de outros sinais e sintomas.

O aconselhamento genético é fundamental nesta patologia. Doentes e familiares deverão ser estudados e enviados a uma consulta de genética.

Até muito recentemente o tratamento incluía quase só a enucleação e radiação, mas a descoberta de que a radiação pode induzir o aparecimento de novos tumores fatais (tumores secundários não oculares como sarcomas e osteossarcomas), impôs a modificação do tratamento, utilizando quimioterapia e terapia focal.

Se controlado localmente o retinoblastoma permite boas hipóteses de sobrevivência, mas a sua disseminação, em particular por extensão directa para o nervo óptico ou por disseminação para a órbita, via vasos ciliares ou nervos, pode acontecer e é extremamente perigosa. A metastização também pode ocorrer por via de drenagem do humor aquoso, particularmente se está presente o glaucoma. A medula óssea e o fígado são os órgãos mais atingidos por metástases.

Glaucoma Congénito
O Glaucoma Congénito (GC), sendo a forma mais rara de glaucoma, está sempre associado a hipertensão intraocular e manifesta-se desde o nascimento ou nos primeiros anos de vida.

No GC, a criança apresenta olhos grandes, lacrimejo intenso, com córneas grandes (megalocórneas) e turvas. Sendo devido a uma alteração congénita do ângulo iridocorneano pouco lugar há para a prevenção e o seu tratamento é cirúrgico.

Catarata Congénita
Estão presentes ao nascer mas podem manter-se sem dar sinais até que a visão diminua ou haja o aparecimento de um reflexo branco na pupila (Leuco Cória). A catarata congénita, tal como outras patologias da criança (Retinoblastoma, Persistência de Vítreo Primário, Doença de Coat), enquadra-se no que habitualmente se denomina Leuco Cória (“pupila branca”), para a qual é necessário um diagnóstico diferencial.

No sentido de evitar a ambliopia de privação, um diagnóstico e tratamento atempado são necessários para cataratas visualmente significantes em neonatais, bebés ou crianças que começam a andar. Em cataratas congénitas unilaterais a intervenção deve ser realizada antes do “período de janela”, que é de 6 semanas de vida, para minimizar os efeitos de privação no desenvolvimento do sistema visual e poder conseguir-se uma recuperação visual binocular.

Distrofias Retinianas
Diversas distrofias retinianas podem ser enquadradas como factores de risco, aconselhando a orientação prioritária da criança para uma consulta de Oftalmologia.

Sinais ou sintomas oftalmológicos
A presença de Nistagmo (tremor ocular), de Leuco Cória, de sinais ou sintomas de glaucoma congénito, implica uma observação prioritária por oftalmologista. Nalguns casos (ex.: a catarata congénita que pode causar ambliopia), o tratamento atempado poderá resultar num bom desenvolvimento da criança, noutros, pode mesmo significar a conservação da vida (ex.: retinoblastoma).

Todos os recém-nascidos com Leuco Cória devem ser investigados com carácter urgente. Devem ser observados antes da alta da maternidade pelo pediatra e de imediato referenciados para a consulta de oftalmologia, com prioridade absoluta.

A detecção pelo médico de família de anomalias oculares que configurem a existência de Leuco Cória terá obrigatoriamente prioridade absoluta na observação pelo oftalmologista hospitalar, de preferência com experiência pediátrica.

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Perguntas e respostas
As artropatias microcristalinas causam, frequentemente, disfunção renal.
Artropatias microcristalinas

O que são artropatias microcristalinas?

São um grupo de doenças cujas manifestações clínicas e alterações patológicas se devem à deposição de cristais minerais nos tecidos musculoesqueléticos.

São causa frequente de disfunção renal.

Há vários tipos de artropatias, entre as quais se destaca a gota úrica.

O que é a gota úrica?

É uma doença que resulta da deposição de cristais de monourato de sódio nos tecidos, devida à supersaturação dos fluidos extracelulares em ácido úrico.

A situação pode ser assintomática ou causar artrite aguda ou crónica, tofos gotosos, nefropatia com insuficiência renal e urolitíase.

Quais são os fatores de risco?

A gota úrica é uma consequência da hiperuricémia. Esta pode dever-se a uma produção excessiva de ácido úrico ou a uma deficiência na sua excreção. Estão identificadas diversas causas:

  • Insuficiência renal;
  • Desidratação;
  • Estados de acidose;
  • Hipertensão arterial;
  • Hiperparatiroidismo;
  • Uso de fármacos, como diuréticos, ciclosporina A, pirazinamida, etambutol e salicilatos em doses baixas.

As pessoas com maior risco de desenvolver gota úrica são as que:

  • Consomem grandes quantidades de purinas na dieta, associadas ao consumo de proteínas animais;
  • Ingerem álcool em excesso;
  • Usam fármacos como as tiazidas e alguns tuberculostáticos;
  • Têm compromisso da função renal;
  • Apresentam desidratação ou acidose;
  • Têm risco de exposição a nefrotóxicos como o chumbo;
  • Sofrem de doenças hematológicas com produção celular excessiva.

Quem são os indíviduos mais afetados pela gota úrica?

A gota úrica primária é muito mais frequente nos homens. Nas mulheres, praticamente só surge após a menopausa.

Como se diagnostica?

O diagnóstico definitivo das artropatias microcristalinas baseia-se na identificação dos cristais típicos.

Na gota úrica o diagnóstico precoce é importante, pois o tratamento adequado, incluindo o controlo da hiperuricémia, é eficaz na prevenção de complicações da doença.

Qual é o tratamento da gota úrica?

O tratamento tem por base medidas gerais e terapêutica hipouricemiante. Entre as medidas gerais estão:

  • Tratamento da obesidade – emagrecimento;
  • Tratamento das alterações metabólicas associadas - exemplo diabetes, dislipidémias;
  • Redução da ingestão de alimentos ricos em purinas e de bebidas alcoólicas.
  • O tratamento hipouricemiante é necessário quando:
  • A hiperuricémia é superior a 11 miligramas por decilitro;
  • Há acessos de gota;
  • Há tofos gotosos;
  • Há nefropatia;
  • Há urolitíase.
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Utilizadores de lentes de contacto
Lentes de contacto Inverno
Para quem usa regularmente lentes de contacto, a chegada da estação fria pode trazer desconfortos associados às rotinas da época.

Entre os principais riscos, destacam-se os estados gripais, que favorecem o aumento de infecções oculares, ou as alterações climatéricas, que resultam numa maior exposição a ambientes adversos. Os danos, que se podem reflectir nos 200 mil utilizadores de lentes de contacto em Portugal, podem, porém, ser facilmente evitados com cuidados simples.

Os estados gripais provocam frequentemente irritação ocular, tornando os olhos mais sensíveis, o que pode gerar desconforto para quem usa lentes de contacto. Embora se possa substituir provisoriamente as lentes por óculos, a maioria dos utilizadores não abdica desta solução por ser mais cómoda. Nesse caso, o ideal é reservar algumas lentes diárias para usar apenas nestas situações; passado o período de gripe, o utilizador pode voltar às lentes habituais, que ficaram assim a salvo de contaminação indevida.

Segundo Vladimír Petr, consultor clínico de uma loja online especializada em lentes de contacto, “a gripe é responsável pelo aumento de infecções oculares, cujo risco pode ser reduzido através da higiene das mãos antes de manusear as lentes e evitando tocar ou esfregar os olhos ao longo do dia”.

No que toca às condições climatéricas, o aumento da exposição ao ar condicionado e a maior permanência em espaços aquecidos são normalmente responsáveis pela secura ocular. Esta pode gerar situações de desconforto, sensação de corpo estranho no olho e, no limite, pode ser responsável por danos definitivos na lente, como o seu rompimento. Também a exposição prolongada ao vento pode levar a este tipo de consequências.

Em ambos os casos, “a lubrificação artificial e evitar estar exposto demasiado tempo a este tipo de condições que propiciam a secura ocular são as melhores soluções para não prejudicar a qualidade e conforto característico do uso adequado das lentes de contacto”, recomenda o especialista.

Recomendações Alensa

Carla Pereira
Carla Pereira Sanofi
Carla Pereira é a nova Directora Médica da Sanofi em Portugal. Proveniente da Boehringer Ingelheim, onde estava desde 2013,...

"Na Sanofi Portugal estamos empenhados em trabalhar conjuntamente com a comunidade científica, com os profissionais de saúde, com as autoridades e com a comunidade, de modo a garantir a disponibilização de terapêuticas inovadoras e com impacto positivo na vida das pessoas e das comunidades. Estou muito confiante no futuro e em construir um caminho em conjunto. No final do dia, o mais importante para mim são as pessoas e o que podemos fazer para as ajudar a viver mais e melhor”, declara Carla Pereira.

Entre 2010 e 2013, trabalhou na Pfizer, como Senior Medical and Scientific Relations Manager, nas áreas cardiovascular e SNC. Iniciou a sua carreira na Indústria Farmacêutica em 2008, como Medical Adviser para a área de metabolismo, na Novartis, tendo sido sua responsável científica pela diabetes em Portugal até final de 2009.

Carla Pereira licenciou-se em Medicina em 2001 pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, tendo concluído a especialidade de Medicina Geral e Familiar em 2007. Em 2009, frequentou a pós graduação em Gestão de Marketing do IPAM. Obteve a Competência em Medicina Farmacêutica da Ordem Dos Médicos em 2011.

Presentemente, frequenta o Mestrado em Medicina Farmacêutica da Universidade de Aveiro.

Em Portugal
IMS Health
Presente em Portugal há 40 anos, a consultora internacional de marketing farmacêutico, acaba de lançar, pela primeira vez, um...

A IMS Health, consultora internacional de marketing farmacêutico, presente em Portugal há 40 anos, acaba de lançar, pela primeira vez, um website totalmente direccionado aos seus clientes e parceiros portugueses. Esta nova secção do seu website em português, disponível em www.imshealth.com/portal/site/imshealth, demonstra a forte aposta da consultora no mercado nacional. A informação disponibilizada neste site visa a facilidade no acesso às áreas de actuação e uma fácil consulta ao trabalho já desenvolvido.

“Conheça o seu parceiro no sector da saúde”. É assim que o site da IMS Health recebe os utilizadores portugueses. Na página de entrada pode ler-se ainda que a “IMS Health, líder global em informações, tecnologia e serviços para a área da saúde, impulsiona o desemprenho deste sector em Portugal. Conheça a IMS Health Portugal”.

Líder global no que diz respeito a informações, tecnologias e serviços direccionados para o sector da saúde, a IMS Health pretende impulsionar o desenvolvimento desta área em Portugal, onde está presente desde 1974.

Um mundo aberto às novas tecnologias, informação credível de fácil acesso e uma melhoria ascendente no sector da saúde, são alguns dos objectivos da empresa com esta aposta na comunicação 100% em português. 

Hospitais CUF de Lisboa
Dados oncologia CUF
Os hospitais CUF de Lisboa – CUF Descobertas e CUF Infante Santo - acabam de divulgar os resultados clínicos dos doentes...

De acordo com a análise efectuada, no Cancro da Mama a sobrevivência global aos cinco anos dos doentes tratados nos Hospitais CUF de Lisboa é de 89%. No caso do Cancro da Próstata a sobrevivência global aos cinco anos é de 92%. Estas e outras taxas de sobrevida alcançadas em outros tumores estão alinhadas com as melhores referências nacionais e internacionais.

É a primeira vez que unidades de saúde privada em Portugal apresentam resultados clínicos para os principais tumores. A publicação deste tipo de resultados clínicos por instituições que se dediquem ao tratamento do cancro revela-se de extrema importância não só para médicos, mas principalmente como informação objectiva para doentes e familiares no seu processo de escolha.

De acordo com Joaquim Gouveia, Oncologista e responsável pelo Registo Oncológico dos Hospitais CUF Lisboa, “desde sempre que nos comprometemos com o estudo da epidemiologia oncológica no âmbito do Registo Oncológico Regional Sul, disponibilizando informação que permita não só avaliar o desempenho e resultados alcançados pelas nossas equipas clínicas, mas, também, contribuir para o estudo do cancro, aspecto fundamental para o tratamento futuro da doença”.

Os resultados alcançados são fruto de uma qualidade clínica hospitalar e de uma organização multidisciplinar integrada e centrada no doente, bem como da rapidez no acesso a meios de diagnóstico e tratamento altamente diferenciados, suportados em equipas clínicas experientes e em técnicas inovadoras.

Mais informações em: http://www.oncologiacuf.pt/Content/Doencas/Resultados+Clinicos+em+Oncologia+nos+hospitais+CUF

Com vertente solidária a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro
Costuras à Flor da Pele
“Costuras à Flor da Pele”, exposição fotográfica constituída por imagens de mulheres que sofreram de cancro da mama ou lidaram...

Esta exposição, que estará patente até ao dia 20 de novembro, com entrada livre, é apresentada pela Sanofi, que traz a Portugal o trabalho do premiado fotógrafo e cineasta Koen Suidgeest. Por cada visitante da exposição, a Sanofi doará 1€ à Liga Portuguesa Contra o Cancro.

O objectivo de “Costuras à Flor da Pele”, um grande sucesso junto do público de Madrid e Barcelona, onde já esteve exposta, é contribuir para a sensibilização para o cancro, particularmente para o cancro da mama. A exposição é o resultado de uma iniciativa de Koen Suidgeest, na qual participaram mais de 200 mulheres que vivem com cancro da mama. Algumas mulheres acompanharam a doença em familiares e amigos, enquanto outras a viveram na sua própria pele.

Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, todos os anos, em Portugal há 1.500 mortes devido a cancro da mama, e são detectados 4.500 novos casos.

A exposição poderá ser visitada de 6 de 20 novembro entre as 10h e as 20h. O Lisbon Story Centre fica na Praça do Comércio 78, em Lisboa.

“Paixão de Cuidar”
Paixão de Cuidar
No próximo dia 4 de Novembro, o Altis Belém Hotel & Spá irá receber a cerimónia de entrega de prémios “Paixão de Cuidar”,...

Depois de Itália e Espanha, chega pela primeira vez a Portugal o concurso que permitiu aos cuidadores portugueses partilhar o seu testemunho pessoal, através de uma ilustração ou história que refletisse momentos únicos relacionados com o seu dia-a-dia, revelando o cuidado a pessoas seniores que vivem em instituições e necessitam de um apoio e dedicação permanentes.

O evento apresentado pela jornalista Fernanda Freitas, permitirá reconhecer a "instituição mais participativa", assim como premiar os prestadores de cuidados vencedores das duas categorias sujeitas a concurso: "Melhor História" e "Melhor Ilustração". Os trabalhos serão avaliados por um painel de jurados do qual fazem parte a jornalista Ivone Ferreira, o fotojornalista Luíz Carvalho e a geriatra Maria João Quintela. Os premiados irão usufruir de um intercâmbio de experiências com uma instituição em Espanha (viagem com estadias e visitas incluídas).

Recorde-se que, desde que está presente em Portugal, a TENA já trabalhou com centenas de instituições e lares de terceira idade, e milhares de Cuidadores, desenvolvendo continuamente projectos em estrita articulação com os mesmos. Pela sua própria atuação, na área da incontinência urinária, detém uma visão privilegiada sobre o trabalho dos cuidadores, direccionada para as várias dificuldades que enfrentam diariamente no convívio e tratamento de pessoas com condições físicas também já debilitadas.

Pode consultar o programa do evento aqui.

Bill Gates dá
Bill Gates
O americano Bill Gates vai doar cerca de 400 milhões de euros para ajudar a combater várias epidemias nos países em...

O ex-presidente da Microsoft anunciou a sua decisão durante a 63.ª Reunião Anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, que está a decorrer em Nova Orleães.

A Fundação Gates irá gastar ainda este ano mais de 399 milhões de euros (500 milhões de dólares) "para reduzir o fardo da malária, pneumonia, diarreia e uma série de infecções parasitárias, que são as principais causas de morte e invalidez nos países em desenvolvimento".

O multimilionário decidiu aumentar em 30% a verba que já destinava anualmente para o combate à malária.

Lembrando a epidemia de febre hemorrágica Ébola, que matou este ano quase cinco mil pessoas na África Ocidental, o filantropo sublinhou "a necessidade de maiores esforços para lidar com doenças resistentes a medicamentos, como a malária e a dengue."

Para Bill Gates, a erradicação da malária em meados deste século é "um objectivo que é necessário e possível": "Nós não podemos fazê-lo em pequenos passos. A história mostra que a única maneira de parar a malária é colocar um fim definitivo", afirmou.

A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2012, tenham ocorrido cerca de 207 milhões de casos de malária que provocaram a morte a cerca de 627 mil pessoas.

Neste momento, os media e a comunidade internacional olha com maior preocupação para o fenómeno do Ébola, uma epidemia que também preocupa Bill Gates que, em meados de setembro, anunciou um apoio de cerca de 40 milhões de euros.

A Fundação Gates, que nasceu em 2000, é uma organização filantrópica que tem por principais objectivos promover a pesquisa sobre a sida e outras doenças que atingem, principalmente, os países em desenvolvimento.

Serra Leoa
Ébola Casos aumentam
O vírus Ébola está a espalhar-se nove vezes mais rapidamente em algumas regiões rurais da Serra Leoa, comparando com a situação...

“Enquanto na Libéria, (o aparecimento) de novos casos parecerem ter abrandado, o Ébola continua a espalhar-se de forma assustadoramente rápida em algumas partes da Serra Leoa”, refere o relatório da Africa Governance Initiative (AGI), uma organização apoiada pelo ex-primeiro ministro britânico Tony Blair.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), há dois meses havia cerca de 1.146 pessoas infectadas na Serra Leoa, numero que subiu para 2.304 em setembro e que em novembro já chegava aos 5.338.

O relatório da AGI refere que em outubro surgiram, em média, 12 novos casos em algumas zonas rurais próximas de Freetown, o que revela um grande aumento quando comparado com a média registada em setembro, mês em que foram detectados 1.3 casos diários.

De acordo com o relatório, estes números mostram que os novos casos nas zonas rurais aumentaram nove vezes.

Também na capital da Serra Leoa, Freetown, o número de novos casos aumentou seis vezes nos dois últimos meses, segundo números divulgados pelo ministro da Saúde daquele país.

Segundo os últimos números da OMS, divulgados na semana passada, o surto de Ébola já atingiu 13.567 pessoas e provocou 4.951 mortes, a maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa.

ONG
Ébola discriminação
Uma organização britânica criticou ontem os governos que colocam em quarentena o pessoal médico que chega aos seus países...

O director-geral da organização “Save the Children”, Justin Forsyth, criticou ontem o facto de países como a Austrália e o Canadá terem decidido fechar as suas fronteiras aos cidadãos de países afectados pela epidemia de febre hemorrágica.

Durante uma visita à Serra Leoa, um dos três países africanos com mais problemas, Justin Forsyth criticou também as medidas de quarentena impostas por alguns estados norte-americanos aos profissionais de saúde que lidam com aqueles doentes.

“É muito importante que os enfermeiros e os médicos possam viajar facilmente para a Serra Leoa, a Libéria e a Guiné, mas também é importante que possam chegar ao seus países sem a ameaça da quarentena”, defendeu o responsável pela organização não-governamental de defesa dos direitos da criança em todo o mundo.

A posição de Justin Forsyth surge depois da polémica instalada em Nova Jersey por terem colocado em quarentena uma enfermeira que regressava de Serra Leoa e não tinha sintomas considerados perigosos e de a Califórnia ter instituído, esta semana, a medida de quarentena para todo o pessoal médico que tenha estado em contacto com doentes com Ébola.

Já na Austrália e no Canadá, os governos decidiram suspender a emissão de vistos para os nacionais dos países afectados pela epidemia, numa tentativa de ficar longe do vírus.

Em declarações à agência de notícias AFP, Forsyth considerou estas medidas “completamente anormais”, defendendo que deveriam ser “facilitadas as idas e vindas de pessoal médico, porque eles são heróis”.

Segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS), o surto de Ébola já atingiu 13.567 pessoas e provocou 4.951 mortes, a maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa.

Este ano
Cuidados de saúde primários
O número de utilizadores dos cuidados de saúde primários aumentou este ano, com 6,4 milhões de utentes a terem pelo menos uma...

Os dados dizem respeito ao período de janeiro a setembro deste ano, tendo aumentado o número de utilizadores dos cuidados de saúde primários em 2,2 por cento relativamente a igual período do ano passado. As consultas médicas também subiram no mesmo período 2,7 por cento.

Nos hospitais, de acordo com a mesma fonte, as primeiras consultas aumentaram 1,4 por cento e as subsequentes 2,5 por cento, num total de mais 187.816 consultas do que no mesmo período do ano passado.

Em relação às cirurgias foram feitas mais 4.584 do que no mesmo período de 2013, representando um crescimento de 1,2 por cento. Do total de cirurgias 58 por cento foi feito em ambulatório.

Nas urgências houve um decréscimo de 0,1 por cento, com menos 3.001 casos, e nos internamentos “constatou-se uma ligeira redução do número de doentes saídos (-2,1%), essencialmente devido à desejável transferência da cirurgia convencional para a cirurgia de ambulatório”, segundo um comunicado da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

De acordo com o boletim de monitorização mensal referente a setembro deste ano, a ACSS resume assim a evolução no Serviço Nacional de Saúde: “Até setembro de 2014 continua a registar-se um aumento do acesso aos cuidados de saúde primários, não só em termos do número de utilizadores como também em relação ao aumento da produção de consultas médicas realizadas”.

E acrescenta: “Em relação aos cuidados hospitalares, regista-se uma estabilização da actividade realizada em relação ao período homólogo, com ligeiras variações positivas no número de consultas e de intervenções cirúrgicas, e um desejável ajustamento em baixa da actividade de urgência e de internamento”.

Ébola
Ébola Serra Leoa
O Reino Unido está a construir três novos laboratórios na Serra Leoa para tratar o vírus Ébola na África Ocidental, disse ontem...

O executivo disponibilizou novos fundos, avaliados em 25,5 milhões de euros, para construir e gerir esses centros, nos quais se vão fazer exames de sangue e recolher amostras do vírus em pessoas infectadas.

O primeiro laboratório foi inaugurado na semana passada em Kerry Town, ao lado de um centro de tratamento do Ébola, financiado pelo Reino Unido, e duplicou a capacidade do país em fazer despistes da doença.

Está prevista a construção dos outros dois centros em Port Loko e em Makeni. Quando os três laboratórios entrarem em funcionamento vai quadruplicar o número de exames diários.

Os laboratórios terão resultados dos exames em 24 horas, muito menos do que os cinco dias que são agora necessários.

“Erradicar o Ébola na sua origem é a chave para o vencer e evitar que se propague”, disse a ministra.

Nos próximos dias cerca de 50 voluntários dos serviços de Saúde britânicos, universidades e o Laboratório de Tecnologia do Reino Unido irão formar as equipas que vão gerir os laboratórios.

O Governo de Londres comprometeu-se até agora com cerca de 287 milhões de euros para a luta contra o vírus, que desde o início do ano já causou 4.922 mortos e infectou pelo menos 13.703 pessoas, quase todas na Serra Leoa, Libéria, e Guiné-Conacri, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde.

IPO de Coimbra
Cancro massagens
No Instituto Português de Oncologia de Coimbra, um grupo de enfermeiros ajuda a retirar a dor de doentes oncológicos a partir...

Dentro de uma sala da Unidade de Dor, ouve-se uma música calma e relaxante, enquanto a enfermeira Graça Folhas faz uma massagem nas costas a Maria Filomena, doente oncológica.

"Isto é mesmo bom", aponta a doente, que fez uma mastectomia há cinco anos e que há dois foi à sua primeira sessão de massagens no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra.

Apesar da música relaxante, uma panóplia de discos perto da aparelhagem pretende responder aos gostos de cada doente, ouvindo-se dentro daquela sala "desde pimba a Chopin".

A primeira vez que Maria Filomena entrou na sala, estava céptica. E mesmo depois de sair não mudou de opinião.

Contudo, na terceira sessão, "tudo correu bem". Para além da massagem, fez perguntas sobre a terapia e sobre como lidar com a dor.

"Pensava que era como um spa, mas não é", conta, sublinhando que, enquanto recebia a massagem, foi aprendendo como se haveria de deitar, de descer e subir escadas, andar e tomar banho.

De noites não dormidas, consegue hoje "dormir cinco ou seis horas perfeitas, sem a ajuda de fármacos", tendo voltado a ganhar a autonomia perdida com as dores cervicais.

Quando sai da sala, na qual se lê numa placa "aqui a dor não entra", todo o seu corpo reage.

"Parece que sai a porcaria toda", conta.

Depois do cepticismo, defende hoje que aquelas sessões deveriam ser "um serviço hospitalar" como o é a cirurgia, pedindo ainda um "local melhor e maior" para as sessões.

O projecto "Bem-estar", criado em 2005, começou com três enfermeiros do serviço de cirurgia do IPO de Coimbra, que tiveram formação na área da massagem, tendo neste momento 10 enfermeiros na iniciativa, que se encarregam de garantir o serviço dois dias por semana, informou Dulce Helena, enfermeira-chefe do serviço de cirurgia do IPO.

Contudo, haveria procura "para cinco dias por semana", disse à agência Lusa Dulce Helena, notando que, de momento, há uma lista de espera de 20 pessoas.

A terapia, que pode envolver técnicas como a termoterapia, reflexologia, aromaterapia ou reiki, ajuda a "reduzir a dor, a medicação e a ansiedade" dos doentes.

"A maior parte dos casos são de sucesso e os doentes pedem sempre mais sessões", congratula-se, sendo este projecto uma complementaridade à terapia farmacológica, havendo uma avaliação do doente antes de ser integrado nesta terapia.

No decorrer das sessões, regista-se no paciente uma "estabilização dos sinais vitais, um aumento da saturação de O2 (oxigénio) e uma diminuição da dor", sendo que nas primeiras 24 horas após a massagem os doentes não recorrem à "medicação SOS (normalmente paracetamol)", refere Graça Folhas, que entrou neste projecto em 2006.

Para a enfermeira, as massagens dão-lhe "uma satisfação imensa".

"Há uma vontade expressa de ajudarmos os outros", num ambiente em que a relação "com o doente é muito diferente" e em que este se abre e "fala da dor", podendo o enfermeiro perceber melhor o que o afecta.

França recebe
Ébola França
A França recebeu um funcionário das Nações Unidas que trabalhava na Serra Leoa e está infectado com o vírus Ébola, anunciou...

De acordo com um comunicado do ministério, o funcionário foi transportado numa ambulância aérea, tendo sido colocado "em isolamento de alta segurança" num hospital militar situado perto de Paris.

A febre hemorrágica Ébola causou desde o início do ano e até 27 de outubro pelo menos 4.922 mortos em 13.703 casos registados, na sua quase totalidade em três países: Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Trata-se de uma doença com uma letalidade entre os 25 e os 90 por cento, para a qual não existe tratamento específico, nem vacinas comercialmente disponíveis.

A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, 44 anos, foi a primeira pessoa a ser contagiada fora de África, tendo sido internada a 06 de outubro e, após vários tratamentos, considerada curada.

O Ébola é um vírus que foi pela primeira vez identificado em 1976.

Perguntas e respostas
Ébola dúvidas
Perguntas e respostas sobre o vírus Ébola que já matou quase cinco mil pessoas desde o início deste surto, em fevereiro deste ano.

O que é?
O Ébola é um vírus que foi pela primeira vez identificado em 1976 e provoca febres hemorrágicas. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade situa-se entre os 25 e os 90 por cento.

Como a pessoa é infectada?
A infecção resulta do contacto directo com líquidos orgânicos de doentes - como sangue, urina, fezes, sémen. A transmissão da doença por via sexual pode ocorrer até sete semanas depois da recuperação clínica. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.

Os surtos?
Desde 1976 registaram-se vários surtos, nenhum com tantos infectados e países atingidos como o actual, que começou em fevereiro e, até hoje, causou em vários países africanos perto de 5.000 mortos.

As vítimas?
A 29 de outubro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que foram registados 13.703 casos de vírus do Ébola desde o início da epidemia, o qual já matou 4.922 pessoas.

Desse total, 13.676 casos foram registados na Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, os três países da África ocidental mais afectados pela febre hemorrágica e onde se concentram os esforços internacionais para controlar a epidemia.

Paciente zero?
Uma criança com dois anos que vivia na Guiné-Conacri foi, segundo o The New England of Medicine, o paciente zero deste surto, tendo morrido em dezembro de 2013.

Países afectados?
Até ao momento registaram-se surtos na Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

Fora de África?
A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, 44 anos, foi a primeira pessoa a ser contagiada fora de África. Foi internada a 06 de outubro e, após vários tratamentos, foi dada como curada.

Quais os sintomas?
A febre costuma ser o principal sinal, acompanhada de fraqueza e dores musculares, de cabeça e de garganta. Outros sintomas nos tempos seguintes são náuseas, diarreia, feridas na pele, problemas hepáticos e hemorragia interna e externa.

Entre a infecção pelo vírus e os primeiros sintomas podem decorrer entre dois e 21 dias.

Como se trata?
Não existe cura nem um tratamento específico para a febre hemorrágica provocada pelo vírus do Ébola.

A estes doentes são dados os tratamentos que costumam ser administrados nos cuidados intensivos, com destaque para a hidratação.

A vacina?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou, no final de outubro, o arranque dos primeiros testes de uma vacina experimental contra o vírus do Ébola.

Os reguladores suíços autorizaram o início dos testes – que envolverão 120 pessoas - desta vacina experimental, desenvolvida pela britânica GlaxoSmithKline (GSK).

O vírus e os cães?
Em Espanha, as autoridades optaram por abater o cão da auxiliar de enfermagem contaminada com Ébola.

Em Portugal, o director-geral da Saúde, Francisco George, esclareceu que o vírus do Ébola nunca foi detectado num cão, apesar de a infecção ser comum a animais e seres humanos.

Quais os hospitais de referência?
Em Portugal, os hospitais para onde serão encaminhados os doentes suspeitos de estarem infectados com o vírus do Ébola são os hospitais Curry Cabral (com o Egas Moniz em segunda linha) e Dona Estefânia (para crianças), em Lisboa, e São João, no Porto.

Qual o laboratório de referência?
O laboratório de referência em Portugal é o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Qual é a resposta de emergência médica?
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem equipas especializadas, com formação específica e equipamento de proteção elevado. Serão estas equipas que irão acompanhar os casos suspeitos ou de doença e encaminhá-los para os hospitais de referência.

Que medidas as autoridades portuguesas têm em vigor (anunciadas pela Direcção Geral da Saúde)?

- A DGS analisa actualmente os equipamentos de protecção individual a utilizar pelos profissionais de saúde e também o contexto da sua utilização;

- Reforço da articulação internacional, nomeadamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), em Estocolmo, e com outros Estados;

- Recomendação aos cidadãos para que ponderem viajar apenas em situações essenciais, tendo em atenção o princípio da precaução, apesar de não estarem interditadas, actualmente, viagens internacionais para áreas afectadas;

- Os viajantes são alertados para procurarem aconselhamento médico caso se verifique exposição ao vírus ou desenvolvam sintomas de doença;

- Portugal tem em estado de prontidão mecanismos para detectar, investigar e gerir casos suspeitos de doença por vírus Ébola, incluindo capacidade laboratorial para confirmação da doença;

- Estão previstas medidas para facilitar a repatriação dos cidadãos que possam ter estado expostos ao vírus;

- Desde o dia 27 de outubro que a DGS disponibiliza um site com informação específica sobre o vírus: www.ebola.dgs.pt .

ONU revela
Alterações climáticas
As propagações, nos últimos anos, de doenças infeciosas como a malária, a chicungunha e mesmo o ébola são exemplos de como a...

O director executivo do Conselho de Administração do Programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Meio Ambiente, Achim Steiner, revelou que "a mudança climática afecta as temperaturas e as condições climáticas das regiões, pelo que, por exemplo, em África, os mosquitos podem propagar-se de uma região para outra com mais facilidade que antes, tal como na América latina.

Steiner, em declarações à EFE na véspera da apresentação da última parte do Quinto Relatório de Avaliação, elaborado pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), acrescentou que "em muitas partes do mundo se verá o regresso ou a chegada de doenças que simplesmente não se tinham reportado antes, devido às altas temperaturas".

O responsável salientou que tal afectará a "infraestrutura sanitária e o sistema de saúde e, em última instância, a saúde e o bem-estar de cada uma das populações do planeta".

Por isso, a comunidade científica ambiental está a estreitar laços com os organismos sanitários a nível global e Steiner referiu-se à reunião da Organização Mundial de Saúde, em Genebra, Suíça, há meses.

"A conclusão foi a de que o tratado climático que é assinado em Paris também será um acordo para a saúde global, porque, claramente, há uma conexão muito directa entre as mudanças ambientais que resultam do aquecimento global e as grandes ameaças à saúde".

Outro efeito na saúde da mudança climática é a contaminação, uma vez que a "emissão de dióxido de carbono e outro contaminante causam agora a morte prematura de aproximadamente sete milhões de pessoas no mundo em cada ano".

"Esse registo é maior do que o número de mortes prematuras por VIH/Sida e a malária", referiu Achim Steiner, que preconiza a implementação de políticas ambientais.

No seu entender, "há grandes economias como o Brasil que tomaram medidas significativas para resolver as principais fontes de emissões de gases de efeito estufa, neste caso o dióxido de carbono".

"O Brasil tem ajudado muito para reduzir o desmatamento, que é, talvez, um dos passos mais importantes", disse, elogiando a Nicarágua pela "incorporação de tecnologias de energias renováveis para gerar electricidade."

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