Especialista refere
A coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral, Maria Teresa Cardoso, afirmou que a mulher tem “um risco de...

Essas estratégias, segundo a especialista, passam pelo “controlo da pressão arterial, detecção e tratamento dos casos de fibrilhação auricular e promoção de um estilo de vida saudável”.

Maria Teresa Cardoso falava a propósito do 15.º Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, que decorrerá sexta-feira e sábado, no Porto, e que terá como tema central a prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) na mulher.

“O AVC na mulher terá especial destaque devido ao grande impacto negativo na mulher e na sociedade”, sublinhou a especialista.

Ao longo da vida, “a mulher tem um risco de AVC superior ao do homem. O predomínio do acidente vascular cerebral nas mulheres é explicável, em parte, pelo envelhecimento da população e pela maior esperança de vida. As mulheres têm mais probabilidade de enviuvar e viverem sós antes do AVC e, assim, de serem institucionalizadas após a doença, tendo uma pior recuperação relativamente aos homens”, explicou a especialista.

A coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) acrescentou que “a mortalidade por AVC na mulher acima dos 75 anos é também superior à do homem. Em suma, as mulheres são as mais afectadas, particularmente em idades avançadas. É fundamental ter consciência desta realidade e implementar estratégias preventivas adequadas, incidindo especialmente no controlo da pressão arterial, na detecção e tratamento dos casos de fibrilhação auricular e na promoção de um estilo de vida saudável”.

Um ponto alto deste congresso será a atribuição do prémio “AVC e Investigação Clínica”, que consiste num estágio de três meses numa instituição em Oxford, Inglaterra, e o prémio “AVC e Investigação Básica”, um estágio de três meses em Santiago de Compostela, Espanha.

A coordenadora do NEDVC considera que “estes incentivos à investigação são fundamentais para um conhecimento aprofundado das especificidades do AVC na população portuguesa para uma uniformização de atitudes diagnósticas terapêuticas e de prevenção adaptadas à nossa realidade, para que possamos prevenir este flagelo, diagnosticar cada vez com maior rapidez e tratar com a máxima eficácia este problema que continua a matar 35 portugueses por dia”.

“A fibrilhação auricular e o seu tratamento com os novos anticoagulantes orais, a craniectomia descompressiva, o controlo da pressão arterial, a dissecção arterial e ateromatose do arco aórtico” serão temas em debate no encontro que reunirá cerca de 500 participantes. O programa inclui ainda cursos dirigidos a temas específicos como o Tratamento na fase aguda do AVC (trombólise), Treino de Avaliação de Imagem no AVC e Genética no AVC.

Estudo do Anemia Working Group
Dados de um estudo levado a cabo pelo Anemia Working Group -Associação Portuguesa para o Estudo da Anemia - revelam que a...

Um em cada cinco portugueses adultos tem anemia, sendo esta uma doença com maior incidência no sexo feminino (principalmente na grávida) e no idoso. O estudo EMPIRE concluiu ainda que 1 em cada 3 portugueses adultos pode ter deficiência de ferro, mesmo sem anemia, escreve o Sapo saúde.

Segundo António Robalo Nunes, presidente do Anemia Working Group (AWGP), "há uma preocupante falta de percepção social da anemia. Em Portugal, 84% dos anémicos não sabe que têm anemia e só 2% estão a fazer tratamento". Um dado preocupante que leva o especialista a destacar o importante papel do médico de família no diagnóstico e, consequente, tratamento da anemia.

A prevalência desta doença, segundo os critérios de diagnóstico da Organização Mundial de Saúde (OMS), foi de 19,9%, a nível nacional, tendo o estudo Empire identificado valores de 19% nos homens e 21% no sexo feminino. Na grávida os casos de anemia atingem os 53,8%.

No que concerne à distribuição geográfica da doença, face ao total nacional a prevalência de anemia é mais elevada na região de Lisboa e Vale do Tejo e Sul (24,9%) e menor na região Centro (15,5%).

De acordo com a OMS, cerca de 25% da população mundial tem alguma forma de anemia, sendo a anemia ferropénica (por deficiência de ferro) a mais prevalente.

SPEM celebra o 30º aniversário
Por antecipação ao Dia Nacional do Doente com Esclerose Múltipla, que se assinala no dia 4 de Dezembro, a Sociedade Portuguesa...

A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) inicia as celebrações do seu 30º aniversário com a entrega do Prémio Literário “Eu sei escrever bEM sobre Esclerose Múltipla”, evento que terá lugar no dia 29 de Novembro, às 17 horas, na sede da Associação, por antecipação ao Dia Nacional do Doente com Esclerose Múltipla, que se assinala no dia 4 de Dezembro.

Esta iniciativa, que teve como parceiros a Direção Geral da Educação (DGE) e a Biogen Idec, com o apoio financeiro do INR (Instituto Nacional da Reabilitação), promove a educação para a cidadania em consonância com as linhas orientadoras definidas pelo Ministério da Educação e Ciência, visando premiar os melhores textos originais sobre a Esclerose Múltipla, realizados por alunos do 2º ciclo de escolaridade. Os autores dos três melhores textos receberão prémios e o reconhecimento da SPEM.

O júri deste concurso é composto por Vita Lains, da direcção da SPEM, pela escritora Maria João Lopo de Carvalho e por Dulce Godinho, em representação da DGE.

Vita Lains afirma que “a esclerose múltipla manifesta-se geralmente em jovens adultos que estão no início da sua carreira profissional ou a constituir família e que, perante o diagnóstico, acabam por ter que reavaliar todos os planos que tinham feito para o futuro. Sentimos, portanto, necessidade de criar uma iniciativa que nos ajudasse a chegar a um público mais jovem e desmistificar algumas ideias erradas que possam surgir à volta desta doença. Este prémio literário garante-nos que a informação chega aos nossos jovens pois para escrever “bEM” sobre esclerose múltipla, é preciso primeiro ler e assimilar todos os dados sobre a patologia que lhes forem transmitidos”.

Já a escritora Maria João Lopo de Carvalho, refere que “Vale a pena partilhar a esclerose múltipla, aprendê-la, ultrapassá-la, viver com ela, desmistificá-la. Costumo dizer que muito do que somos nos foi ensinado na escola: o que nos emociona, nos sensibiliza, nos move e nos faz correr a caminho da “meta”. Junto-me a esta iniciativa por acreditar que podemos formar uma geração melhor se soubermos ensinar-lhes o valor de remover uma simples pedra do meio do caminho. São eles, os mais novos, que nos vão "limpar” caminhos e horizontes, que nos vão segurar na mão, amparar quedas, ensinar o, até agora, desconhecido. Este é um prémio de palavras: uma palavra, depois outra... um poema, um texto, mas é sobretudo um prémio de “pontuação”: Vence, também, quem melhor souber pontuar este trabalho de múltiplos “esses”: sensibilidade, solidariedade e sabedoria.”

A sessão de entrega do prémio contará com a participação das escolas candidatas, do presidente do Instituto Nacional de Reabilitação, José Madeira Serôdio, e dos membros do júri, que entregarão os três primeiros prémios e duas menções honrosas, prémios a anunciar neste dia. O evento será aberto ao público em geral.

Comité Europeu de Medicamentos de Uso Humano emite opinião positiva
O Comité dos Medicamentos para Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento emitiu um parecer favorável no sentido de...

A Genzyme - A Sanofi Company, anunciou que o Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) emitiu um parecer favorável no sentido de recomendar a aprovação do eliglustat cápsulas, um tratamento oral para adultos com doença de Gaucher tipo 1. A Comissão Europeia (CE) deverá tomar uma decisão final sobre a autorização de comercialização para eliglustat na UE nos próximos meses. Após a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), no passado mês de Agosto, eliglustat encontra-se em revisão por outras autoridades reguladoras de todo o mundo.

"A opinião positiva do CHMP é o próximo passo no sentido de garantir que eliglustat estará disponível, para adultos com Gaucher tipo 1 com critérios de elegibilidade para tratamento, na União Europeia ", afirmou David Meeker, Presidente e CEO da Genzyme. Um dos tratamentos disponíveis para a doença de Gaucher é o Cerezyme (imiglucerase). Contudo, com a disponibilização de uma terapia oral eficaz, eliglustat permitirá a alguns doentes bem como aos seus médicos mais opções na gestão desta doença”.

A opinião do CHMP baseou-se em dados do programa de desenvolvimento clínico de eliglustat, o maior já realizado na doença de Gaucher, o qual reuniu aproximadamente 400 doentes, de 29 países. A Investigação desta terapêutica oral da Genzyme foi realizada ao longo dos últimos 15 anos. As reacções adversas mais comuns (superiores ou iguais a 10%) são fadiga, dor de cabeça, náuseas, diarreia, dor nas costas, dor nas extremidades, dor abdominal superior.

 

Sobre a Doença de Gaucher

A Doença de Gaucher é uma doença inflamatória crónica e multisistémica que afecta menos de 10 mil pessoas em todo o mundo. As pessoas com doença de Gaucher não produzem, em quantidade suficiente, uma enzima denominada β-glicosidase (glicosilceramida Sintetase) cuja função é processar o substrato glicocerebrósido (uma substância natural do organismo, constituída por açúcar e gordura) que é produzido predominantemente no fígado, baço, osso e, ocasionalmente, nos pulmões, rins e intestino. O aumento de volume do fígado (hepatomegalia) e do baço (esplenomegalia) causam distensão e dor abdominal, sensação de enfartamento e diarreia. Dor nos ossos e nas articulações, crises ósseas com dor muito intensa, fracturas frequentes e lesões/deformidade dos ossos são os sintomas mais debilitantes e incapacitantes da Doença de Gaucher.

 

Sobre eliglustat

Eliglustat é um análogo da glicosilceramida inovador de toma oral, destinado a inibir parcialmente a enzima glicosilceramida sintetase e reduzir a produção de glicosilceramida. A glicosilceramida é a substância que se acumula nas células e tecidos dos doentes com doença de Gaucher. O conceito foi inicialmente desenvolvido pelo falecido Norman Radin, PhD, da Universidade de Michigan. Em estudos pré-clínicos, a molécula, desenvolvida com James A. Shayman, MD, também da Universidade de Michigan, demonstrou especificidade para a glicosilceramida sintetase. Após um extenso programa de investigação clínica e pré-clínica, eliglustat foi estudado no maior ensaio clínico de Fase 3 alguma vez realizado para a doença de Gaucher.

Para mais informações sobre o parecer do CHMP por favor consulte http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/medicines/human/medicines/003724/smops/Positive/human_smop_000749.jsp&mid=WC0b01ac058001d127

 

Sobre a Genzyme:

Fundada em 1981, a Genzyme é pioneira em tratamentos inovadores focados em doenças genéticas raras, esclerose múltipla, doenças cardiovasculares e endocrinologia. Líder no sector da biotecnologia, a Genzyme tem um portefólio vasto, uma profunda base científica e um forte compromisso com os doentes. Enquanto pertencente ao Grupo Sanofi, beneficia do alcance e dos recursos de uma das maiores farmacêuticas do mundo, tendo em vista um compromisso comum: desenvolver e disponibilizar terapêuticas doenças ainda sem resposta. A Genzyme foi a primeira empresa a disponibilizar, no nosso país, terapêutica de substituição enzimática para as doenças de Gaucher, Fabry, Pompe e MPSI.

 

Sobre a Sanofi:

A Sanofi é um líder global, diversificado da área da saúde, que investiga, desenvolve e comercializa soluções terapêuticas focadas nas necessidades dos doentes. A Sanofi tem uma forte presença na área da saúde com as suas sete plataformas de crescimento: a diabetes, as vacinas humanas, os produtos inovadores, as doenças raras, a área de consumer healthcare, os mercados emergentes e a saúde animal. A Sanofi está cotada nas Bolsas de Paris (EURONEXT: SAN) e Nova Iorque (NYSE: SNY).

Para cuidar de pessoas com diabetes
São 40 as mulheres imigrantes que, no âmbito da “Oficina da Diabetes”, estão agora preparadas para prestar cuidados a pessoas...

São 40 as mulheres imigrantes que, no âmbito da “Oficina da Diabetes”, estão agora preparadas para prestar cuidados a pessoas com diabetes. Este projecto da Fundação Ernesto Roma foi seleccionado pelo Programa Cidadania Activa, da Fundação Calouste Gulbenkian, e arrancou em Fevereiro deste ano, com o objectivo principal de formar mulheres imigrantes à procura de mais qualificação e emprego, em cuidados a crianças e idosos com Diabetes.

“Com a “Oficina da Diabetes”, a Fundação Ernesto Roma utilizou as suas competências específicas na área da Diabetes para promover a inclusão de mulheres imigrantes, facultando-lhes ferramentas específicas que possam contribuir para a sua integração no mercado de trabalho. Após a frequência do curso, espera-se que as formandas se sintam capazes e confiantes, tanto na prática profissional, como no contacto com possíveis empregadores”, explicou José Manuel Boavida, director do Programa Nacional para a Diabetes e presidente da Fundação Ernesto Roma.

Pelas suas características e pelo tipo de população-alvo, a “Oficina da Diabetes” constituiu-se como uma oferta formativa inovadora, completa, intensiva e prática no âmbito dos cuidados directos, especializada em Diabetes, com o patrocínio científico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Cada programa de formação teve a duração de 12 horas, com grupos de 10 mulheres, dividido em quatro módulos: “Cuidados à pessoa idosa com Diabetes”, “Cuidados às crianças com Diabetes”, “Práticas culinárias adequadas ao controlo da Diabetes” e “Actividade física para pessoas com Diabetes”.

A Escola da Diabetes da APDP acolheu este projecto nos espaços de excelência de que dispõe para o efeito: salas de formação, uma cozinha e um ginásio. Já a equipa de formadores contou com uma dietista, uma nutricionista, uma enfermeira, um chefe de cozinha e um professor de educação física.

Capacitar as mulheres imigrantes na prestação de cuidados a idosos e crianças com Diabetes e aumentar a sua qualificação profissional foram dois dos principais objectivos deste projecto, a que se juntam outros como: contribuir para o aumento da oferta formativa dirigida às comunidades imigrantes, promover a igualdade de oportunidades no acesso ao emprego, promover a integração no mercado de trabalho e a participação activa na sociedade das mulheres imigrantes.

A “Oficina da Diabetes” insere-se no domínio da promoção dos valores democráticos e envolve a defesa dos Direitos Humanos, dos direitos das minorias e a luta contra as discriminações. Quanto ao Programa Cidadania Activa, visa o fortalecimento da Sociedade Civil portuguesa e o progresso da justiça social, democracia e desenvolvimento sustentável. O Programa corporiza o apoio a Organizações Não Governamentais portuguesas e é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), sendo a Fundação Calouste Gulbenkian a entidade gestora.

 

Sobre a Fundação Ernesto Roma

A Fundação Ernesto Roma, criada em 2005 pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), é uma Instituição sem fins lucrativos que nasce da forte vontade de implementar uma vertente exclusivamente dedicada à Educação da Pessoa com Diabetes e ao apoio da formação contínua de todos os profissionais que lidam com a doença. A Fundação Ernesto Roma é também uma homenagem ao criador da Diabetologia Social e fundador da APDP, a mais antiga de todas as Associações de Diabéticos do mundo (1926).

 

Sobre o Programa Cidadania Activa

O Programa Cidadania Activa visa o fortalecimento da Sociedade Civil portuguesa e o progresso da justiça social, democracia e desenvolvimento sustentável. O Programa corporiza o apoio a Organizações Não Governamentais portuguesas e é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), sendo a Fundação Calouste Gulbenkian a entidade gestora.

 

Sobre a diabetes

É uma doença crónica em larga expansão em todo o mundo. Segundo os números da Federação Internacional da Diabetes – IDF, a diabetes atinge mais de 382 milhões de pessoas em todo o mundo, correspondendo a 8,3% da população adulta mundial e continua a aumentar em todos os países. Em 46% destas pessoas a diabetes não foi ainda diagnosticada, prosseguindo a sua evolução silenciosa.

A diabetes é uma doença crónica que tem graves implicações a nível cardiovascular e é a principal causa de insuficiência renal, de amputações e de cegueira. Esta doença é já a quarta principal causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda segundo dados fornecidos pela OMS, esta doença pode conduzir a uma redução da esperança média de vida, pela primeira vez em 200 anos.

Em 2013 a Diabetes matou 5,1 milhões de pessoas. Estima-se que em 2035 o número de pessoas com Diabetes no mundo atinja os 592 milhões, o que representa um aumento de 55% da população atingida pela doença.

Portugal posiciona-se entre os países Europeus que registam uma mais elevada taxa de prevalência da Diabetes: mais de um milhão de portugueses tem Diabetes.

 

Dados sobre a imigração em Portugal (2012)

De acordo com o último Relatório Estatístico Anual do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) referente ao ano de 2012, em Portugal, existem 417 mil imigrantes residentes em território português, sendo o Brasil (105.622), a Ucrânia (44.074), Cabo Verde (42.857), a Roménia (35.216) e Angola (20.366) as comunidades mais representativas.

A estrutura da população estrangeira em Portugal por género apresenta uma configuração próxima da paridade: em 2012, verificou-se uma redução do efectivo masculino (-3,29%), em continuidade com o observado no ano anterior. A diferença percentual entre ambos os géneros ficou reduzida a 1,04%, com ligeira predominância do sexo feminino. Esta relação tem vindo a ser gradualmente atenuada, em particular por via do reagrupamento familiar.

Por grupo etário, a população estrangeira residente em idade activa ascende a 84,50% (população estrangeira com idades compreendidas entre 15 a 64 anos). De relevar a percentagem de jovens entre os 0-14 anos (10,41%) na estrutura populacional de estrangeiros residentes, bem como o índice de potencialidade de 114,58% (117,19% em 2011), no que refere ao potencial de crescimento demográfico.

Mais informações em http://www.sef.pt.

Produtos inovadores
Cuba vende medicamentos e tecnologias da saúde para mais de 50 países, incluindo vacinas, fármacos genéricos, equipamentos e...

"Cerca de 30 produtos inovadores de Cuba e um grupo de genéricos são exportados para países-membros da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) e outras nações da Ásia, África e inclusive Europa", disse o director de Serviços Farmacêuticos do Ministério da Saúde Pública, Víctor Faife, em declarações recolhidas por esse jornal, citadas pelo RCM Pharma.

Dados do Grupo das Indústrias Biotecnológicas e Farmacêutica "BioCubaFarma" disseram que a ilha está exportando "tecnologias e equipamentos de diagnósticos que permitem detectar precocemente más-formações congénitas, doenças hereditárias e outras afecções".

Segundo o vice-presidente desse grupo, Gustavo Sierra, Cuba mantém fábricas em vários continentes e entre os produtos que mais sobressaem estão as próteses auditivas e o Heberprot-P, um remédio para tratar a úlceras diabéticas e evitar amputações.

Sierra destacou que também são "cobiçados" no mercado internacional outros produtos cubanos como "anticorpos monoclonais humanizados de alta qualidade" e vacinas como CimaVax-EGF e Vaxira, destinadas ao tratamento do cancro do pulmão.

A indústria farmacêutica cubana produz 70% dos 888 remédios que são comercializados no país, de acordo com dados oficiais.

O jornal "Juventud Rebelde" ressaltou que a ilha importa 290 desses medicamentos e actualmente investiga 150 deles "para substituir as importações". Os produtos da biotecnologia e da indústria farmacêutica estão entre as principais linhas exportáveis de Cuba. Em 2013, a recém-criada "BioFarmaCuba" anunciou previsões de duplicar as suas exportações nos próximos cinco anos e superar os 5 mil milhões de dólares.

RCM

"Pulmões saudáveis para a vida"
Ao longo dos dois dias – 28 e 29 de Novembro - a Fundação Portuguesa do Pulmão promove a IV Feira da Saúde Respiratória com o...

"Pulmões saudáveis para a vida" é o tema da 4ª edição da Feira da Saúde Respiratória, iniciativa com entrada gratuita, promovida pela Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) em parceria com a Linde Saúde e o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, que decorre entre 28 e 29 de Novembro em Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva.

Ao longo dos dois dias, são desenvolvidas várias actividades que pretendem alertar e sensibilizar a população para questões como a importância da saúde respiratória, os malefícios do tabaco e da poluição, e como viver com as doenças respiratórias mais comuns.

O presidente da FPP, Teles de Araújo, comenta que “os nossos pulmões são diariamente expostos a muitas agressões vindas do exterior, como o fumo de tabaco, a poluição automóvel e industrial. Com a Feira da Saúde Respiratória pretendemos sensibilizar a população em geral para a importância de preservar a saúde respiratória e informar sobre factores de risco que devem ser evitados, promovendo estilos de vida saudáveis e a prática regular de exercício físico. Ao longo do evento, decorrem várias sessões de informação e workshops dirigidos a doentes respiratórios e a profissionais de saúde que actuam nesta área.”

Nas actividades da Feira da Saúde Respiratória dirigidas à população destacam-se a realização de rastreios e testes à saúde respiratória, através de avaliação por espirometrias, inquéritos de sintomas respiratórios, testes de sensibilidade cutânea e ao doseamento do monóxido de carbono nos fumadores, com o acompanhamento e aconselhamento de um médico. Será realizada uma caminhada que pretende sensibilizar para a importância do exercício na saúde respiratória e workshops dedicados à temática do papel da nutrição nesta área.

A FPP promove, em paralelo, um programa dirigido a profissionais de saúde que pretende fornecer formação e um update, através de workshops e sessões práticas, sobre temas que assumem grande relevância na prática clínica, como a importância da reabilitação respiratória para os doentes respiratórios crónicos ou os resultados da avaliação de 10 anos de internamentos.

Como explica Teles de Araújo “a reabilitação respiratória é um dos temas em destaque nas sessões dedicadas aos profissionais de saúde uma vez que os seus benefícios para os doentes, a nível da redução dos sintomas de fadiga e dispneia, reversão da ansiedade e depressão associadas, melhoria da tolerância ao esforço e melhoria na capacidade para a realização das tarefas da vida diária, estão já comprovados. Contudo, e apesar de ser um ponto essencial no tratamento dos doentes respiratórios crónicos, verificamos que em Portugal apenas 0,1% dos cerca de dos cerca de 700 mil doentes que deveriam estar enquadrados nestes programas, têm acesso a Programas de Reabilitação Respiratória. Consideramos, portanto, importante a formação aos profissionais de saúde sobre a Reabilitação Respiratória, com vista a alargar o acesso a estes programas no nosso País”.

Na IV Feira da Saúde Respiratória decorrem, também, palestras para a população que visam informar sobre temas como a respiração, os efeitos do tabaco no pulmão, como conviver com Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e formas de evitar infecções respiratórias.

 

Sobre as doenças respiratórias:

Em 2012 morreram por doenças respiratórias cerca de 14 mil portugueses;

Em Portugal, a mortalidade por doenças respiratórias constitui a terceira principal causa de morte. Estas são responsáveis por cerca de 19% dos óbitos, logo a seguir às doenças cardiovasculares e neoplasias.

O Relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias 2013 revela que, em apenas um ano, a mortalidade por doenças respiratórias aumentou 16,58%.

Estima-se que em 2020 as doenças respiratórias sejam responsáveis, no mundo, por cerca de 12 milhões de mortes anuais, atribuindo-se à DPOC mais de 3 milhões de óbitos. A DPOC é uma das doenças respiratórias mais comuns e que afecta cerca de 14% da população portuguesa com mais de 40 anos.

Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrados Coração de Jesus
Os 12 centros do Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrados Coração de Jesus receberam certificação de qualidade que se...

Os 12 estabelecimentos de saúde do IIHSCJ apresentam a certificação da qualidade pelo referencial EQUASS. Este referencial - European Quality in Social Services, constitui uma iniciativa da EPR - European Platform for Rehabilitation, que providencia serviços de carácter abrangente na área da certificação da qualidade, os quais se encontram em consonância com os requisitos europeus em matéria de qualidade no âmbito dos serviços sociais.

Esta certificação abrangeu todas as estruturas de prestação de serviços de saúde do IIHSCJ, contemplando as seguintes valências: psiquiatria (unidades de curto, médio e longo internamento e unidades residenciais); deficiência intelectual (unidades de médio e longo internamento e unidades residenciais); psicogeriatria/gerontopsiquiatria (unidades de curto, médio e longo internamento); reabilitação psicossocial (residências comunitárias); toxicodependência (unidade de desabituação e co-morbilidade psiquiátrica); cuidados continuados integrados (unidade de cuidados paliativos e de média duração e reabilitação) e ambulatório (consultas externas, apoio domiciliário e área de dia).

O IIHSCJ iniciou a implementação do seu sistema de gestão da qualidade em 2011. De realçar que a identidade dos estabelecimentos de saúde do IIHSCJ se configura no compromisso sistemático com a melhoria contínua da qualidade, integrando as dimensões técnicas e humanizadoras.

Em 2013, passados dois anos da implementação do sistema de gestão da qualidade e com a sua consolidação e robustez, os estabelecimentos de saúde que integram o IIHSCJ iniciaram o pedido de certificação da qualidade, por um organismo certificador, Associação Portuguesa para a Qualidade (APQ). Esta certificação foi efectuada através de auditorias independentes aos 12 estabelecimentos de saúde, atestando que os mesmos cumprem os requisitos do referencial EQUASS e aplicam importantes princípios de gestão como a orientação para o cliente, a liderança, a participação e envolvimento das partes interessadas, a ética, os direitos

“A certificação de todos os estabelecimentos de saúde do IIHSCJ, que muito honra o Instituto, só foi possível graças à ininterrupta busca da melhoria contínua da qualidade, visando a satisfação das necessidades e expectativas das pessoas que assistimos, aliada a um desenvolvimento sustentado”, indica a Irmã Paula Carneiro, da Direção de Qualidade do IIHSCJ, acrescentando ainda “Estamos convictos do valor acrescentado que a certificação dos 12 estabelecimentos de saúde representa para os nossos utentes, no entanto também estamos conscientes da responsabilidade acrescida que estas certificações hoje nos acarretam, no sentido de corresponder às elevadas expectativas de todas as partes interessadas (utentes, familiares/tutores ou pessoas significativas dos utentes internados, colaboradores, voluntários, entidades parceiras e financiadoras).”

Em 2015 a Santa Casa irá reforçar o seu apoio à investigação biomédica
O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa anunciou a criação de um novo incentivo de apoio à investigação científica...

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva, que afecta os neurónios motores, neurónios estes que nos permitem mover, na verdadeira dimensão da palavra - andar, mexer os braços, falar, comer e respirar. A SCML lida com esta doença de forma recorrente, nomeadamente no centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão e na Unidade de Cuidados Continuados Maria José Nogueira Pinto.

Os Prémios Neurociências Santa Casa distinguiram, na sua segunda edição, dois projectos científicos, um deles destinado a encontrar uma nova forma de reduzir os défices de memória na doença de Alzheimer, e um outro que irá estudar o processo de selecção de células mais apropriadas para serem transplantadas em casos de lesões vertebro-medulares.

Os Prémios Santa Casa Neurociências, atribuem dois galardões de 200 mil euros cada, surgiram em 2013, por iniciativa do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, para promover avanços nos cuidados de saúde em áreas prioritárias da instituição e para a sociedade actual.

O Prémio Melo e Castro, para a recuperação e tratamento de lesões vertebro-medulares, território em que Santa Casa foi já pioneira no país, em 1966, com a abertura do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão; e o Prémio Mantero Belard, para o tratamento de doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer, que afectam já 153 mil portugueses, número que se estima que duplique até 2030.

Nesta segunda edição, o Prémio Melo e Castro 2014 é entregue a Moisés Mallo (investigador responsável) e à sua equipa do Instituto Gulbenkian de Ciência, pelo projecto “Novos substratos celulares para terapia de regeneração espinal”.

O investigador Rodrigo da Cunha e a sua equipa, do Centro de Neurociências e Biologia Celular, da Universidade de Coimbra, são distinguidos com o Prémio Mantero Belard 2014, pelo estudo sobre “O aumento da função dos receptores A2A da adenosina no hipocampo é necessária e suficiente para causar deficits mnemónicos na doença de Alzheimer”.

Os grandes vencedores foram escolhidos por um júri presidido pelo neurocirurgião João Lobo Antunes, num concurso que reuniu 188 investigadores de diversas nacionalidades.

Do júri fizeram também parte professores e investigadores de renome, tais como Catarina Resende de Oliveira, da Universidade de Coimbra, Maria João Saraiva, da Universidade do Porto, Catarina Aguiar Branco, da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, Paula Coutinho, da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Nuno Sousa, da Sociedade Portuguesa de Neurociências. Este painel de avaliação integrou ainda elementos internacionais, como George Perry (um dos mais reconhecidos investigadores da doença de Alzheimer), Thomas Gasser, do Joint Programme for Neurodegenerative Diseases Research da EU, e Marta Imamura, da Organização Mundial de Saúde.

Os Prémios Santa Casa Neurociências constituem uma prova de confiança na investigação científica nacional e na qualidade dos cientistas portugueses. Com esta iniciativa, a Santa Casa acredita estar a contribuir de forma significativa para um futuro melhor.

 

Comissão Científica

Os Prémios Santa Casa Neurociências têm como parceiros científicos a Universidade de Lisboa, a Universidade do Porto e a Universidade de Coimbra, bem como a Sociedade Portuguesa de Neurociências, a Sociedade Portuguesa de Neurologia e a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação.

Estudo da revista médica especializada
Cerca de meio milhão de novos casos de cancro por ano entre os adultos podem ser atribuídos ao excesso de peso e à obesidade,...

O estudo foi desenvolvido pelo Centro Internacional de Investigação sobre o Cancro, que é uma agência da Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma das suas conclusões é a de que o excesso de peso e a obesidade tornaram-se um dos principais riscos, responsáveis por 3,6% (cerca de 481 mil) dos novos casos de cancro em adultos registados em 2012.

Esta análise apoia-se numa vasta base de dados Globocan, que comporta a incidência e a mortalidade por cancro em 184 países. Os países considerados ricos são os mais afectados com cerca de dois terços (64%) por estes cancros. Na América do Norte registaram-se 111 mil, ou seja, cerca de um quarto do total). A África subsariana é a região que menos contribui para este balanço, com 7.300 cancros.

Na Europa é a Europa de Leste que é a zona mais afectada, com 65 mil casos.

O estudo mostra que a relação entre cancro e obesidade afecta mais as mulheres do que os homens, em grande parte devido aos cancros na mucosa do útero e na mama depois da menopausa.

Nos homens, o excesso de peso é responsável por 1,9% (136 mil) dos novos casos aparecidos em 2012 e nas mulheres é de 5,4% (345 mil).

Segundo a OMS, a obesidade duplicou desde 1980. O peso a mais afecta 1,4 mil milhões de pessoas, com 20 anos ou mais, dos quais mais de 200 milhões de homens e cerca de 300 milhões de mulheres são obesos.

Resultados de um estudo revelam:
A grande maioria dos doentes que estiveram internados no Centro Hospitalar do Baixo Vouga, no primeiro semestre deste ano,...

O estudo para avaliar o serviço de internamento no Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), que agrega os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja, revela que, em caso de necessidade, 94,7% dos utentes recomendariam o centro hospitalar a amigos e familiares, tendo 69,5% escolhido a opção "definitivamente sim".

Os resultados do mesmo estudo mostram que 47,9% dos inquiridos avaliaram globalmente os serviços de internamento com a melhor nota possível (classificação 10).

Quando questionados acerca do desempenho do pessoal, 57,6% dos entrevistados atribuíram a nota 10 aos médicos e 54,1% deram a mesma classificação aos enfermeiros. No caso dos auxiliares, 51,2% atribuíram a nota máxima.

O estudo revela ainda que 40,6% dos utentes deram a melhor apreciação possível ao ambiente e o espaço físico hospitalar, aquando da situação de internamento.

Na análise por serviço, verifica-se que Medicina II, com uma média de 7.82 valores, foi o que teve o pior resultado, mas para o director clínico do CHBV, Paulo Ferreira, não houve más classificações.

"Temos excelentes classificações e num ou noutro ponto há uma ligeira diminuição, que não é estatisticamente significativa", disse Paulo Ferreira, que se referiu a este estudo como uma "ferramenta de trabalho que permite ter aos profissionais de saúde ter uma perspectiva da satisfação dos utentes".

O estudo para avaliar o serviço de internamento no CHBV foi realizado pelo Centro de Investigação em Marketing e Análise de Dados da Universidade de Aveiro (UA) entre os dias 22 de Setembro e 10 de Outubro. No total, o estudo abrangeu 601 indivíduos dos 7.453 doentes internados nos serviços dos Hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja.

Os participantes responderam por telefone a um questionário contendo 36 perguntas, nomeadamente sobre o desempenho do pessoal do Hospital, enfermeiros, médicos e pessoal auxiliar, e o ambiente e espaço físico.

Durante a apresentação dos resultados, o presidente do CHBV, José Abrantes Afonso, afirmou que este estudo "mostra a vontade do conselho de administração do CHBV de prestar contas à população".

O mesmo responsável revelou ainda que em meados de Dezembro, deverão ser apresentados os resultados obtidos na cirurgia ambulatório. No próximo ano, a administração do centro hospitalar pretende implementar um questionário de satisfação dos doentes ao nível do serviço de urgência do Hospital de Aveiro e do serviço de consulta externa do CHBV.

Em Baião
A Administração Regional de Saúde anunciou que subiu para 15 o número de casos de brucelose registados em Baião e que cinco...

Segundo um comunicado da Administração Regional de Saúde (ARS-N), subiu para 15 o número de casos de brucelose registados em Baião e que cinco pessoas tiveram de ser hospitalizadas. Os casos hospitalizados apresentam "um quadro clínico estável".

Na segunda-feira [24 de Novembro], a Administração Regional de Saúde (ARS-N) admitiu a existência de 13 casos, quatro dos quais internados em dois hospitais do Porto.

O surto terá origem no consumo de queijo fresco preparado de forma artesanal.

Na comunicação admite-se que, devido ao início insidioso da doença e ao longo período de tempo que decorre entre a entrada da bactéria no organismo humano e o início dos sintomas, "novos casos de doença poderão ser identificados".

"A Autoridade de Saúde Local mantém permanente atenção à evolução do surto e, em articulação com os responsáveis pelas unidades prestadoras de cuidados de saúde destes concelhos, assegura a capacidade de resposta face à presente situação", lê-se no comunicado.

A ARS-N assinala que à resposta local "associa-se um dispositivo de articulação, no âmbito da investigação epidemiológica, entre a Autoridade de Saúde Regional, a Direção de Serviços de Alimentação e Veterinária do Norte e a Divisão de Alimentação e Veterinária do Porto".

Grupo de Activistas em Tratamentos
O Grupo de Activistas em Tratamentos considerou “inaceitável e intolerável” o preço de um medicamento pedido por uma empresa...

“O Grupo de Activistas em Tratamentos (GAT) cessa todos os contactos não estritamente institucionais e em reuniões multilaterais com a Gilead [farmacêutica]", referiu, em comunicado.

O Hospital São João adiantou que o medicamento antiviral, aprovado pelo Infarmed, tem um custo de 97.620 euros por doente, ou seja, 16.270 euros por embalagem, equivalente a um mês de tratamento e, apesar de fazer a encomenda, declarou a farmacêutica fornecedora “hostil” e apresentou queixa às autoridades competentes.

“Mantém [farmacêutica] os doentes em risco de vida, como reféns das negociações com as autoridades de saúde portuguesas, e contrasta com aquilo que sabemos ser o preço real praticado na Europa, em países mais ricos e com menos dificuldades económicas que Portugal”, adiantou.

Segundo o GAT, o preço no sistema público de saúde do medicamento em Espanha é de 25.500 euros, seja para o tratamento de 12 ou 24 semanas, portanto, a farmacêutica em Portugal cobra mais 72.120 euros.

O GAT afirmou que irá rever a cessação de contactos com a farmacêutica quando esta “anunciar que disponibilizará aos hospitais públicos o sofosbuvir [medicamento] pelo menos pelo preço que cobra em Espanha e ainda que reembolsará os hospitais, como é desejável”.

Desta forma, o GAT apela às companhias da indústria farmacêutica para que, “de forma urgente e transparente”, negociem preços que permitam assegurar, nos próximos anos, o “acesso universal” para todas as pessoas que vivem com Hepatite C, já que Portugal enfrenta “sérios constrangimentos financeiros”.

A farmacêutica que comercializa o medicamento para Hepatite C Sofosbuvir disse na segunda-feira ter apresentado, em Outubro, ao Ministério da Saúde uma proposta com "um preço substancialmente abaixo" do actual, mas o Infarmed considerou não ser ainda comportável.

Em comunicado, a Gilead referiu que "tem trabalhado com o Ministério da Saúde para finalizar as condições da comparticipação e permitir o acesso dos doentes portugueses ao Sofosbuvir o mais rapidamente possível".

O Ministério da Saúde, através do Infarmed, sublinha que "até ao momento, o laboratório farmacêutico não foi ainda capaz de apresentar um preço e condições adequadas que possam ser consideradas comportáveis pelo SNS" e que o Infarmed "continua envolvido no processo de negociação, com o laboratório farmacêutico, com o objectivo de chegar a um acordo com condições que possam ser aceitáveis".

"Gostaríamos de sublinhar que os doentes que se encontrem em situações que, de acordo com os critérios clínicos aprovados, se encontrem em situação que necessite de início urgente do tratamento continuam a ter acesso através de Autorização Excepcional solicitada pelo hospital e autorizada pelo Infarmed", acrescenta a mesma resposta.

 

Arrancam em 2015
A revisão da lei do tabaco e a linha telefónica de apoio à cessação tabágica arrancam no início de 2015, revelou o Ministério...

Estas são algumas das medidas do Governo para combater o tabagismo, reveladas na apresentação do relatório “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2014”, na Direcção-Geral da Saúde.

O secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, anunciou que o Governo tem intenção de promover a comparticipação dos medicamentos para deixar de fumar na ordem dos 40%, mas não especificou quais os custos que a medida terá para o Estado.

No entanto frisou que a comparticipação “não será a bola mágica que alterará as coisas em relação aos fumadores que não deixam de fumar”.

“A abordagem medicamentosa é apenas uma parte e não a mais significativa dos programas de desabituação. A maioria das desistências dos programas não tem a ver com os medicamentos”, afirmou.

O secretário de Estado explicou que o Governo ainda está a estudar a “melhor forma de enquadrar” a comparticipação destes medicamentos: se será apenas no âmbito das consultas de apoio à cessação tabágica da linha saúde 24, ou se abrangerá as consultas de cessação tabágica (nos hospitais e centros de saúde) e as consultas de medicina geral e familiar, relativas ao mesmo problema.

A este propósito, Leal da Costa adiantou que o Governo decidiu progressivamente criar condições para que os médicos de medicina geral e familiar “estejam preparados para fazer intervenção ao nível da desabituação”.

Esta medida pretende dar resposta ao declínio do número de consultas de cessação tabágica, devido à baixa procura e frequência que tinham.

Além disso, o Ministério da Saúde está apostado em tentar “chegar às pessoas através do telefone”, passando a dotar a linha Saúde 24 de uma componente de apoio à cessação tabágica – uma espécie de consulta com aconselhamento – e incentivando os fumadores, compensando-os com a comparticipação dos medicamentos se se mantiverem a ser seguidos ao longo de seis meses.

Esta linha está em desenvolvimento já há alguns meses e irá iniciar-se em Janeiro, procurando fazer a compensação em relação à “falta de consultas de cessação tabágica”, que ficarem aquém dos objectivos estabelecidos.

Quanto a outras medidas concretas para combater o tabagismo, o responsável disse que sendo um “problema de comportamento aditivo”, há que diminuir a propensão para o inicio do hábito nos jovens, trabalhando com os pais, apostando em “mensagens mais gravosas com impacto pictórico” (imagens chocantes nos maços de cigarros), trabalhando junto das comunidades jovens e aumentando o preço do tabaco.

Está ainda prevista a criação de ambientes livres de tabaco, a diminuição das oportunidades para que o tabaco seja comprado (através da sensibilização dos operadores), taxar os produtos de tabaco e promover a desabituação.

O aumento do consumo de tabaco entre os jovens do secundário foi uma das conclusões que mais preocuparam a responsável pelo relatório e directora do Programa Nacional de Combate ao Tabagismo, Emília Nunes.

Sobre o consumo nos adolescentes, a responsável disse que um em cada quatro alunos do terceiro ciclo experimentaram fumar nos últimos 30 dias.

O relatório revela ainda que o tabaco mata por ano cerca de 11 mil pessoas em Portugal, mas ainda assim, a grande maioria dos fumadores tem pouca vontade de deixar de fumar (apenas 1,8% se afirmam muito motivados para deixar de fumar) e as consultas de cessação tabágica têm vindo a diminuir.

Legionella:
Muitas empresas utilizam fontes de água próprias, como furos ou poços, para o processo de produção, mas, com cuidado na...

"A maior parte das empresas tem fontes próprias de água, como furos e poços, e geralmente nem há uma contabilização em termos de caudal, depois depende da utilização que as fábricas fazem desta água", disse Teresa Santos, professora no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) e especialista em engenharia sanitária.

"Estas unidades têm de fazer operações de manutenção, com adição de um desinfectante para controlar propagação de microrganismos", como a bactéria 'legionella', acrescentou.

João Cardoso, especialista em climatização e professor do ISEL, realçou que "existem normas internacionais e, se os donos do equipamento tiverem cuidado e conhecimento, a probabilidade de sucederem acontecimentos como este baixa radicalmente, para uma percentagem nula", referindo-se ao surto de 'legionella' que infectou 336 pessoas e originou a morte a 10, na região de Vila Franca de Xira.

Os especialistas falavam à agência Lusa a propósito da conferência "Legionella – Engenharia e Saúde Pública" que decorre hoje ao final da tarde, em Lisboa, organizada pelo ISEL e que reúne profissionais de várias áreas para debater as circunstâncias da ocorrência de surtos desta bactéria.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares, provocando pneumonia.

"Se a operação não for bem cuidada, [equipamentos como torres de refrigeração] são fontes potenciais de acumulação e proliferação de microrganismos, de bactérias como a 'legionella', que pode sobreviver e proliferar entre 20 e 40 graus, embora as torres funcionem a temperaturas mais baixas, de 17 a 20 graus, mas utilizam ar exterior que pode estar muito quente", referiu João Gomes, professor coordenador em tecnologia química, igualmente do ISEL.

Embora na manutenção dos equipamentos devam ser utilizados biocidas, desinfectantes como o cloro, numa periodicidade relacionada com o caudal de ar e de água a ser tratados, geralmente o período de vigilância é mais acentuado no verão.

"Durante o Outono e inverno relaxa-se um bocadinho mais e alarga-se o período [de manutenção] e, com situações [climatéricas] não expectáveis, podem acontecer problemas como infelizmente veio a acontecer", em Vila Franca de Xira, acrescentou João Gomes. Este especialista realçou que "os próprios industriais não estão interessados em que se acumulem algas e se desenvolvam bactérias porque isso faz baixar muito a eficiência dos sistemas".

Leonor Pássaro, médica especialista em infecciologia no Centro Hospitalar Barreiro Montijo, disse à Lusa que, regra geral, a pneumonia por 'legionella' em adultos corresponde a 2% das pneumonias da comunidade.

Quanto ao surto de Vila Franca de Xira, "a resposta foi boa e conseguiu-se conter uma epidemia em duas semanas", referiu, acrescentando que, "nestas situações, o mais importante é perceber qual é o foco" da contaminação.

Portugal tem 315 ensaios clínicos a decorrer
Portugal tem actualmente 315 ensaios clínicos a decorrer, principalmente nas áreas oncológicas, virais, neurológicas,...

De acordo com o organismo que regula o sector, em 2013 foram autorizados 116 ensaios clínicos. Este ano, até ao segundo trimestre obtiveram autorização 88 ensaios.

Os ensaios clínicos serão quarta-feira um dos temas da conferência "Portugal: o sítio certo para investir e construir parcerias em Saúde", promovido pela Health Cluster Portugal.

Neste encontro, o presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, irá fazer uma intervenção sobre “Portugal: um destino competitivo para a realização de ensaios clínicos.

Portugal tem desde 16 de Junho uma nova legislação de investigação clínica, que abrange os ensaios e que visou aumentar esta actividade.

Isto porque assistiu-se nos últimos anos a uma diminuição do número de ensaios clínicos, que a nova lei visa inverter.

Segundo o Infarmed, em 2009 foram autorizados 116 ensaios clínicos, 105 em 2010, 87 em 2011, 99 em 2012 e 116 em 2013.

O reduzido número de doentes que participa em ensaios clínicos em Portugal é um dos aspectos que merece preocupação por parte da tutela.

Em Maio, o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde manifestou-se preocupado com o reduzido número de doentes que participa em ensaios clínicos em Portugal, que não ultrapassa os mil por ano, o que considerou “manifestamente muito pouco”.

Fernando Leal da Costa, que falava durante a III Conferência sobre Economia e Financiamento em Saúde, que decorreu em Lisboa, disse que, mais do que a redução de 33% dos ensaios clínicos em Portugal, o que o preocupa é o número de doentes recrutados.

“Grande parte dos doentes [que participam nos ensaios clínicos] sente a investigação clínica como uma experimentação em si própria e não como uma melhoria em si mesmo”, disse, lamentando esse facto.

O governante revelou-se confiante na aplicação da lei da investigação clínica, que entrou em vigor a 16 de Junho.

Reduzir fumadores em 2% e aumentar consultas
O Governo quer rever a lei do tabaco, reduzir em 2% os fumadores até 2016, aumentar o número de consultas de apoio intensivo...

Estas são algumas das recomendações constantes do relatório da Direcção-Geral da Saúde (DGS) “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2014”, que é hoje apresentado em Lisboa.

Uma das recomendações é no sentido de promover a revisão da lei do tabaco, transpondo uma directiva europeia aprovada em abril, com o objectivo de controlar o tabaco, garantindo a protecção da saúde e promovendo uma redução sustentada do consumo, em particular nos jovens.

Neste contexto, haverá alterações de rotulagem, de ingredientes e de comercialização dos produtos do tabaco e serão adoptadas medidas restritivas de proibição de fumar em locais de trabalho e outros locais fechados.

Alguns dos principais objectivos do Governo são reduzir a prevalência do consumo de tabaco (diário ou ocasional) na população com 15 ou mais anos em pelo menos 2%, até 2016, e eliminar a exposição ao fumo ambiental do tabaco.

A DGS recomenda também que seja definida uma rede de referenciação de apoio intensivo à cessação tabágica, que garanta uma resposta equitativa e ajustada às necessidades de saúde da população a nível de todos os agrupamentos de centros de saúde (ACES).

A medida visa criar “pelo menos uma consulta de apoio intensivo em todos os ACES que ainda não atingiram esse objectivo”.

Além disso, o Governo considera necessário melhorar a formação pré e pós graduada dos profissionais de saúde na realização de intervenções breves e reduzir os custos das terapêuticas de cessação tabágica, para aumentar o incentivo dos fumadores para deixar de fumar.

Promover o aumento anual dos preços dos produtos do tabaco é outra das medidas em vista, dado tratar-se de uma medida de “reconhecida efectividade na redução do consumo, em particular nos jovens e nos grupos populacionais com menores recursos económicos”, bem como “adoptar medidas fiscais que possam ser consignadas ao combate ao tabagismo e ao tratamento das suas consequências”.

A DGS recomenda ainda que se melhore a monitorização do consumo de tabaco, que se desenvolva um sistema de informação para melhorar o conhecimento sobre o consumo e a exposição ao fumo ambiental e que se crie um módulo clínico para registo das intervenções breves e das actividades realizadas nas consultas de apoio intensivo à cessação tabágica.

Maioria dos fumadores com pouca vontade de deixar de fumar
O tabaco mata por ano cerca de 11 mil pessoas em Portugal, ainda assim, a grande maioria dos fumadores tem pouca vontade de...

“Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2014” é o título do relatório da Direcção-Geral da Saúde, que será hoje apresentado e que revela que mais de 10% do total de mortes anuais em Portugal (11 mil) se devem ao consumo de tabaco e que 845 óbitos se deveram à exposição ao fumo passivo, 96% dos quais devido a doenças cardiovasculares, segundo dados referentes a 2010.

Apesar desta realidade, o estudo revela que a maioria dos fumadores não está motivada para deixar de fumar.

Citando os resultados do III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas na População, o relatório indica que cerca de 19% dos inquiridos fumadores responderam não ter interesse em parar de fumar, cerca de 65% responderam ter um interesse ligeiro ou moderado e 17% um forte interesse em parar de fumar.

Apenas 2,5% dos inquiridos fumadores responderam que, com toda a certeza, iriam tentar parar de fumar nas próximas duas semanas, mais de metade respondeu negativamente a esta questão e cerca de 43% revelaram-se hesitantes.

O teste de Richmond, que avalia a motivação para a cessação tabágica, também citado pelo relatório, revela por sua vez uma realidade ainda mais negativa: a grande maioria dos consumidores (85,5%) tem uma motivação baixa, 12,6% uma motivação moderada e apenas 1,8% uma motivação elevada para deixar de fumar.

A percepção dos riscos do fumo também parece não ser clara para os inquiridos no III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas, já que “apenas 66% da população dos 15 aos 64 anos considerou que fumar um ou mais maços de tabaco por dia tinha um elevado risco para a saúde, cerca de 4% considerou que tinha pouco ou nenhum risco”.

Para tratar a dependência tabágica, alguns hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e centros de saúde oferecem consultas para ajudar a deixar de fumar.

No entanto, em 2014, apenas cerca de 70% dos Agrupamentos de Centros de Saúde ofereciam este tipo de consultas e o número de equipas para a realização destas consultas tem diminuído nos últimos anos, embora sem uma redução significativa do número anual de consultas efectuadas.

O relatório destaca a “inexistência de um sistema de informação adequado a esta área de intervenção”, o que “limita a possibilidade de dispor de dados nacionais sobre o trabalho realizado nestas consultas, em particular, no que se refere às intervenções breves”.

Nos últimos quatro anos (entre 2009 e 2013), em Portugal continental, o número total de consultas de cessação tabágica diminuiu de 25.765 para 21.577, o número de utentes atendidos nas consultas de apoio intensivo à cessação tabágicas baixou de 7.748 para 5.377, enquanto o número de locais de consultas para esse fim caíram de 223 para 116.

O relatório aponta ainda dados do Inquérito Nacional sobre Asma, que indicam que a exposição ao fumo ambiental do tabaco em casa foi reportada por 26,6% dos inquiridos, 39% dos quais eram crianças e jovens com menos de 25 anos.

Investigadora afirma
A presidente da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro, Leonor David, afirmou hoje em declarações à Lusa que Portugal...

“Temos uma investigação de qualidade, mas estamos sem futuro à vista. Não sabemos quando vão abrir concursos, com que montantes. Isto é verdade para a saúde e para outras áreas. O impacto da saúde é que é um pouco maior porque tem uma relação directa com a qualidade da medicina que é exercida no país”, disse a investigadora.

Leonor David falava à Lusa no início do Congresso Internacional da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro (ASPIC), que decorre até quarta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com a participação de cerca de 250 investigadores e clínicos.

A responsável pelo encontro considerou que “os investigadores não podem aceitar como razoável que venhamos daqui a dois anos a ter apenas dois ou três grupos que tenham conseguido financiamento para trabalhar. Vamos ter que ter confiança para dizer que não vai ser assim. Vamos ter que arranjar formas de se poder financiar e continuar a trabalhar com a qualidade que temos, que é excepcional”.

Leonor David disse acreditar que “os grupos melhores terão capacidade de concorrer a financiamento europeu, mas é necessário encontrar outras formas de financiamento. É preciso encontrar na sociedade o suporte para que o país compreenda que não pode deixar de investir nesta área”.

A dirigente da ASPIC salientou “a qualidade e o entusiasmo dos investigadores portugueses desta área”, considerando tratar-se de “uma mensagem de confiança no futuro, apesar das circunstâncias dramáticas que vivemos”.

De acordo com Leonor David, “o último concurso realizou-se em 2012 e foi um financiamento de seis projectos com um milhão de euros. Em 2013, tivemos um financiamento de 140 mil euros, para três projectos pequeninos. Neste momento, não sabemos quando é que vai haver concursos, quanto dinheiro é que vai haver, não sabemos nada. A nossa capacidade de programar o futuro é extremamente reduzida e estamos muito preocupados”.

De qualquer maneira, a participação dos investigadores portugueses neste encontro “está a ser maciça, a qualidade dos trabalhos é enorme e eu acredito que vamos chegar ao fim deste congresso com a força suficiente para contra tudo e contra todos continuarmos a fazer uma investigação de qualidade”, referiu.

No primeiro congresso internacional da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro, que foi oficialmente criada em fevereiro de 2013, participam investigadores oriundos de Espanha, Israel, Reino Unido e Portugal, entre outros.

Nas sessões científicas serão apresentadas novas abordagens de investigação, as últimas novidades sobre o diagnóstico precoce de cancro, os genes do cancro e o que já aprendemos com eles e ainda mecanismos e implicações da diversidade de cada tumor.

Leonor David realçou a presença do investigador português Samuel Aparício, que apresentará os resultados da sequenciação de tumores sólidos e implicações terapêuticas mais recentes, e de Moshe Oren, que apresentará resultados inovadores sobre um dos genes mais importantes em cancro humano.

Samuel Aparício é doutorado em Genética do Desenvolvimento pela Universidade de Cambridge (Reino Unido, 1995) e dirige o programa de Oncologia Molecular e Cancro da Mama da British Columbia Cancer Research Center, em Vancouver, no Canadá desde 2005. Foi como líder de uma equipa de investigadores deste centro que descodificou pela primeira vez, em 2009, a evolução genética de um cancro da mama.

Moshe Oren nasceu na Polónia em 1948 e trabalha actualmente no Instituto Weizmann, em Israel. Grande parte do seu trabalho é centrado no gene p53, um gene considerado “guardião do genoma”, mas que, quando mutado, perde essa função de protecção. Sabe-se que é um fator importante na formação de mais de 50 por cento de todos os cancros humanos.

Este investigador foi também presidente da EACR - European Association for Cancer Research – e é defensor de uma política europeia de cancro e da necessidade de uma estratégia de coordenação a nível europeu.

Serviço Nacional de Saúde
Um farmacêutico, professor universitário, foi detido pela presumível prática dos crimes de falsificação de documento agravada e...

Em comunicado, a PJ revelou que, no decurso desta operação, foram ainda constituídos arguidos cinco pessoas (profissionais de saúde e outros), por suspeitas da prática dos crimes de crimes de falsificação de documento agravada, burla qualificada, associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Foram realizadas “40 buscas em domicílios, farmácias, clínicas médicas, armazenistas de medicamentos e escritórios de contabilidade”.

As autoridades investigam “um esquema fraudulento de obtenção de medicamentos comparticipados pelo Estado Português entre 95% e 100%, com base em receituário falso”.

“Esses medicamentos são depois canalizados para armazenistas de produtos farmacêuticos, farmácias e distribuidores que depois os exportam, ou os introduzem novamente no mercado nacional, assim se obtendo ganhos ilícitos significativos”, adianta o comunicado.

“A investigação prossegue com vista à continuação de recolha de prova e ao apuramento do prejuízo causado ao Estado Português através de comparticipações indevidas”, prossegue o comunicado.

Esta operação, dirigida pelo Ministério Público, está relacionada com o processo principal, denominado “Remédio Santo”, indicou ainda a fonte.

O "Remédio Santo" envolve mais de duas centenas de casos de fraude no SNS, no valor global superior a 200 milhões de euros.

Também no âmbito do processo "Remédio Santo", em outubro, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) comunicou o encerramento de um inquérito com a acusação de 20 arguidos, três dos quais pessoas colectivas, que “forjavam receitas” médicas.

As receitas, neste caso, eram depois submetidas ao "pagamento da comparticipação pelo SNS dos medicamentos, de elevado preço e comparticipados a 100 por cento ou 95 por cento".

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