Eurostat
Mais de uma em cada quatro pessoas (26,3%) morre de cancro na União Europeia, sendo o do pulmão o que causa mais óbitos (20,8%)...

Segundo o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), com dados de 2011, o cancro matou 1.281 pessoas e, ainda que o número total de óbitos tenha diminuído 0,5% de 2002 para 2011, as mortes por cancro aumentaram 6,3% no mesmo período.

O cancro no pulmão matou mais de 266 mil pessoas na UE em 2011 (20,8% dos óbitos por cancro), seguindo-se o colorretal (152 mil ou 11,9%), cancro da mama (93 mil ou 7,2%), o do pâncreas (78 mil ou 6,1%) e o da próstata (73 mil ou 10,2% dos cancros que matam homens).

Em Portugal, uma em cada quatro mortes deveu-se, em 2011, a cancro (24.8%), mas - ao contrário da média europeia – o cancro do pulmão é o que regista menos mortes (14,5%) no conjunto dos 28 Estados-membros.

Já no que respeita ao cancro colorretal, Portugal apresenta a terceira maior taxa de morte (15,%) entre os 28, ultrapassado apenas pela Hungria (15,5%) e pela Eslováquia (15,3%).

Em 15 anos
Mais de três milhões de crianças e jovens aprenderam a comer melhor através de um programa educativo que há 15 anos promove...

Em parceria com a Direcção-Geral da Educação, o programa trabalha, desde 1999, com crianças e jovens em idade escolar, com professores e famílias “nos princípios fundamentais de uma vida saudável assentes numa alimentação equilibrada e na prática da actividade física”, disse hoje à agência Lusa a coordenadora do programa, Ana Leonor Perdigão.

A edição deste ano do “Nestlé Crianças Saudáveis” envolveu mais de 500 mil alunos, entre os quatro e os 15 anos, que “aprenderam a comer melhor para viver melhor”, e a eles juntaram-se perto de 300 mil jovens através de um protocolo com a Federação Portuguesa de Atletismo para a promoção da actividade física.

Ana Leonor Perdigão explicou que o programa, que está presente em escolas de todo o país, desde o pré-escolar até ao terceiro ciclo, suporta-se em materiais lúdico-didáticos e pedagógicos que são fornecidos às escolas e aos professores para que possam trabalhar os conteúdos de alimentação e actividade física com os alunos.

“Em cada um dos anos lectivos chegamos a cerca de meio milhão de crianças com estes materiais, estas iniciativas e com estes objectivos”, disse a nutricionista, adiantando que, ao longo da sua existência, o programa envolveu mais de 3.300.000 crianças e jovens.

Ao longo do tempo, tem vindo a ser medido o impacto que o programa tem nos hábitos e comportamentos das crianças e que “a médio e a longo prazo se traduzirão em estados nutricionais mais saudáveis”.

“O que temos vindo a identificar de uma forma consistente é uma mudança progressiva de conhecimentos, de atitudes, comportamentos e do estado nutricional das crianças que trabalham com o programa ao longo de vários anos”, adiantou Ana Leonor Perdigão.

Deu como exemplo o caso de um grupo de crianças que está a ser acompanhado pelo programa e outro que não está.

“O primeiro grupo apresenta um comportamento de maior consumo regular de fruta, hortícolas, sopa e água, que são grandes marcadores daquilo que são hábitos de alimentação saudável e nos permitem concluir que as crianças ficam mais sensíveis aos temas e que mudam os seus hábitos alimentares”, explicou a coordenadora do programa.

Os resultados dos 15 anos de programa vão ser apresentados na quarta-feira, num evento que decorrerá no Centro de Alto Rendimento, no Jamor, em Oeiras.

O que fazer?
Uma boa noite de sono é importante para todos, pois é durante esta parte do dia que o corpo e mente
Dormir melhor

 

 

 

 

 

 

 

Apresentamos-lhe algumas dicas que poderão ajudá-lo a reconciliar-se com a almofada:

  • Não se levante tarde mesmo que tenha dormido mal na noite anterior, nem use os fins-de-semana para por o sono em dia, de modo a não interferir com o seu ritmo biológico;
  • Não tome refeições pesadas antes de dormir;
  • Não tome bebidas estimulantes perto da hora de ir para a cama;
  • Não faça esforços mentais ou físicos, como estudar ou ler textos complexos, 90 minutos antes de se ir deitar;
  • Se estiver acordado na cama durante mais de 20 minutos levante-se, saia do quarto e procure fazer alguma coisa relaxante até se sentir suficientemente cansado para voltar para a cama;
  • Reserve o quarto apenas para dormir;
  • Evite fazer sestas durante o dia;
  • Evite fazer exercício físico à noite. O exercício regular praticado próximo da hora de deitar pode dificultar o sono.

Se as alterações comportamentais não forem suficientes para resolver naturalmente o seu problema de sono é imprescindível procurar a ajuda de um médico.

Lembre-se que dormir bem é fundamental para que se sinta revigorado na manhã seguinte!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
3 de Dezembro
O acesso à inovação terapêutica em oncologia e as percepções dos portugueses sobre o cancro serão debatidos por um grupo de...

Na primeira parte deste encontro, promovido pela Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade Nova de Lisboa, com o apoio da Roche, são apresentadas as principais conclusões de um grupo de reflexão multidisciplinar formado com o objectivo de contribuir para encontrar caminhos que permitam o acesso à inovação terapêutica na área da oncologia, assegurando a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. Na segunda parte são divulgados os resultados de um estudo realizado junto de mais de mil portugueses, que avalia as percepções da população sobre o cancro e o investimento no seu tratamento.

O Think Tank 2014 conta com a participação de especialistas como Júlio Machado Vaz, Constantino Sakellarides e Maria de Belém Roseira e com a moderação da jornalista Clara de Sousa.

As inscrições para participação são gratuitas e já se encontram disponíveis no site http://www.inovarnasaude.pt/

Estudo descreve
Um estudo desenvolvido por investigadores de Coimbra descreve, pela primeira vez, o caso clínico de uma criança que, apesar de...

Uma equipa de investigadores descreveu, “pela primeira vez numa criança, uma variante do vírus da imunodeficiência humana (VIH) associada ao surgimento tardio de SIDA”, revela a Universidade de Coimbra (UC), numa nota hoje divulgada.

O estudo descreve “o caso clínico de uma criança de cinco anos de idade que, apesar de estar infectada por VIH, manteve-se saudável, registando apenas as patologias típicas da idade”, afirma a UC.

As “análises de rotina” a que a criança foi submetida, para ser sujeita a “uma pequena cirurgia”, revelaram “alterações das provas de coagulação e marcadores hepáticos”.

Foram ainda identificadas a “ausência de linfócitos CD4+ (glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo contra infecções) e um grau muito elevado de infecção pelo vírus VIH, apresentando mais de um milhão de vírus por mililitro de sangue (1.073.899 cópias/ml de sangue)”, adianta a UC.

“Através de um estudo detalhado do gene do VIH que codifica a proteína Vpr (responsável por regular o nível de virulência), os investigadores descobriram argumentos fortes para impedir o vírus de se manifestar durante tanto tempo”, salienta a mesma nota.

“Detectámos a presença de duas mutações associadas à proteína Vpr do HIV1, R77Q e Q3R, descritas como estando envolvidas no aparecimento tardio dos primeiros sintomas da Síndroma da Imunodeficiência Adquirida (SIDA)”, explica Teresa Gonçalves, coordenadora do estudo.

A descoberta destas duas mutações é muito relevante para “o prognóstico da doença”, sublinha a especialista, que é docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).

“Idealmente, a inclusão do estudo destas mutações na rotina clínica permitiria prever a evolução do vírus e evitar, por exemplo, a administração de medicação antirretrovírica numa fase precoce do diagnóstico”, acrescenta Teresa Gonçalves.

“Além de proteger o doente, uma vez que os tratamentos podem causar efeitos secundários indesejáveis (e no caso das crianças afectam o normal crescimento)” aquela circunstância também “possibilitaria reduzir custos aos serviços de saúde”, salienta a investigadora.

O estudo evidenciou ainda que a criança foi infectada por transmissão vertical, ou seja, a partir da mãe, também ela “assintomática, durante a gravidez, no parto ou no período de aleitamento materno”.

Trata-se de “um caso clínico excepcional porque, embora a criança frequente um infantário, nunca desenvolveu patologias infeciosas oportunistas e nunca foram registadas reacções adversas à vacinação efectuada de acordo com o Plano Nacional de Vacinação”, conclui Teresa Gonçalves.

Desenvolvido por uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da FMUC, o estudo já foi publicado no Journal of Medical Microbiology Case Reports da Society for General Microbiology.

Direcção-Geral da Saúde
A Direcção-Geral da Saúde reforçou hoje a recomendação para a vacinação contra a gripe às pessoas com idade igual ou superior a...

Em comunicado hoje divulgado, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) refere que este ano em Portugal ainda não se regista actividade gripal, adiantando que desde o início da vacinação contra a gripe, a 01 de outubro passado, já foram administradas, nos centros de saúde, mais de 780 mil vacinas, para além das que foram cedidas aos lares de idosos e residentes em instituições abrangidas pela vacinação gratuita.

A DGS reforça agora a recomendação de vacinação contra a gripe às pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e aos pertencentes a grupos de risco (doentes crónicos e imunodeprimidos com 6 ou mais meses de idade, grávidas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados).

A vacina contra a gripe é gratuita para todas as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e deverá ser tomada durante todo o outono e inverno, preferencialmente até ao final do ano, de acordo com a recomendação das autoridades de saúde.

A gripe é uma doença contagiosa que, na maior parte das vezes, tem cura espontânea, mas podem ocorrer complicações, em pessoas com determinadas doenças crónicas ou com idade igual ou superior a 65 anos., sendo a melhor prevenção a vacinação.

A vacina gratuita contra a gripe está disponível nos Centros de Saúde. É igual às vacinas que se encontram à venda nas farmácias e não necessita de receita ou guia médica para ser administrada, nem está sujeita a pagamento de taxa moderadora.

De acordo com o relatório do Vacinómetro, que monitoriza em tempo real a taxa de cobertura da vacinação em grupos prioritários, mais de um milhão de portugueses com mais de 60 anos já se vacinaram contra a gripe sazonal

Segundo os dados da primeira avaliação do vacinómetro para a época 2014-2015 divulgado a 06 de novembro, estima-se que tenham sido vacinados 44% dos portugueses com idade igual ou superior a 65 anos, o que representa mais de 900 mil idosos, e 26% com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos, num total de mais de 168 mil idosos.

Lançado em 2009, o Vacinómetro monitoriza a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários e recomendados, num projecto que é uma iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, com o apoio de uma farmacêutica.

Estudo divulga
Os custos da poluição do ar, pela indústria portuguesa, poderão ter custado mais de três mil milhões de euros, entre 2008 e...

"Para Portugal, nos cinco anos (2008/2012), a poluição das instalações industriais custaram à Europa, como um todo, pelo menos 3,320 mil milhões de euros", disse ontem o especialista da Agência Europeia do Ambiente (AEA) Martin Adams.

Este não é um custo só para Portugal, mas também para os países onde estes poluentes chegam, já que uma das características da poluição do ar é que se espalha por vários locais e não "conhece" fronteiras, acrescentou o responsável pelo grupo de técnicos que acompanha a área da Qualidade do Ar na AEA.

O relatório da entidade europeia, ontem divulgado, analisa as consequências de vários poluentes na saúde, com perdas de vidas, mas também na agricultura ou outros sectores, em 29 países.

Na Europa, a poluição do ar por elementos como dióxido de carbono, óxidos de azoto ou poluentes orgânicos persistentes, terá tido custos superiores a um bilião (um milhão de milhões) de euros, entre 2008 e 2012.

Na maior parte das análises, por tipo de poluente, tendo em conta o Produto Interno Bruto (PIB), ou a população, Portugal situa-se no meio da tabela, entre o grupo daqueles países com mais custos, devido ao elevado número de fábricas, como Alemanha, Polónia, Reino Unido, França, Itália ou Roménia, e dos que apresentam valores mais baixos, como Letónia, Malta, Luxemburgo ou Chipre.

Entre as 200 unidades industriais que causam mais danos à saúde e ao ambiente, Portugal aparece citado duas vezes, com duas unidades em Sines: a central termoeléctrica (em 125.º lugar) e a refinaria da Petrogal (em 163.º lugar).

As empresas portuguesas que aparecem a seguir estão igualmente relacionadas com a produção de energia e são a central termoelétrica do Pego (em 296.º lugar) e a refinaria da Petrogal de Matosinhos, no Porto (posição 394).

Outras áreas de actividade também constam da lista da AEA, como o aterro sanitário da Figueira da Foz, que está no lugar 488, ou o centro de produção de Souselas, da Cimpor, no lugar 558.

Martin Adams disse que, "em Portugal, são cerca de 350 as unidades industriais que reportam anualmente à Europa as suas emissões, nomeadamente de dióxido de carbono, relevante (para as) alterações climáticas, e de outros poluentes que afectam a saúde e podem causar problemas respiratórios".

Estes poluentes "contribuem para mortes prematuras e são responsáveis por custos para a sociedade, como aqueles resultantes de hospitalizações ou outros gastos com a saúde, ou ainda das ausências ao trabalho", explicou o especialista.

"Algumas instalações industriais em Portugal contribuem muito para os custos relacionados com a saúde, devido à poluição do ar, mas também com os efeitos do ambiente", apontou Martin Adams, e recordou que outras fontes de poluição do ar são importantes, como aquelas relacionadas com as emissões dos transportes, nas cidades.

As maiores unidades de produção de electricidade são as mais poluentes e situam-se em Itália, no Reino Unido ou na Alemanha, registando os maiores custos por danos. Mas quando a análise tem em conta a eficiência, os resultados mudam e encontram-se mais instalações poluidoras, ou seja, necessitando de queimar mais combustível para obter a mesma quantidade de energia, no leste da Europa, disse ainda Martin Adams.

Em Outubro
A farmacêutica que comercializa o medicamento para Hepatite C Sofosbuvir disse o ter apresentado, em outubro, ao Ministério da...

Na sexta-feira, conforme noticiado pela agência Lusa, o Hospital S. João, no Porto, anunciou que iria apresentar queixa às autoridades competentes pelo elevado preço de um medicamento praticado pela empresa Gilead para tratar quatro doentes de Hepatite C e, apesar de fazer a encomenda, declarou a fornecedora "hostil".

Ontem, em comunicado, a Gilead referiu que "tem trabalhado com o Ministério da Saúde para finalizar as condições da comparticipação e permitir o acesso dos doentes portugueses ao Sofosbuvir o mais rapidamente possível".

A Gilead recordou que esta comparticipação "é decidida a nível nacional através do Ministério da Saúde e não de forma individual com os hospitais".

"A 23 de outubro de 2014, a Gilead apresentou a proposta revista ao Ministério da Saúde, oferecendo um preço substancialmente abaixo para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta proposta tem em conta o peso da doença em Portugal, a gravidade dos doentes, assim como as restrições económicas do país, de forma a proporcionar um preço que seja sustentável para o SNS", refere o comunicado.

Contactado pela agência Lusa, o Ministério da Saúde, através do Infarmed, sublinha que "até ao momento, o laboratório farmacêutico não foi ainda capaz de apresentar um preço e condições adequadas que possam ser consideradas comportáveis pelo SNS" e que o Infarmed "continua envolvido no processo de negociação, com o laboratório farmacêutico, com o objectivo de chegar a um acordo com condições que possam ser aceitáveis".

"Gostaríamos de sublinhar que os doentes que se encontrem em situações que, de acordo com os critérios clínicos aprovados, se encontrem em situação que necessite de início urgente do tratamento continuam a ter acesso através de Autorização Excepcional solicitada pelo hospital e autorizada pelo Infarmed", acrescenta a mesma resposta.

A Gilead referiu ainda que "já propôs ao Ministério Saúde que estas condições sejam aplicadas aos hospitais com retroactividade a janeiro de 2014" e que "isto significa que com a assinatura do contrato de comparticipação a empresa devolveria, à data de hoje, cerca de 500 mil euros aos hospitais".

De acordo com o Hospital S. João, o medicamento antiviral, aprovado pelo Infarmed tem um custo de 97.620 euros por doente, ou seja, 16.270 euros por embalagem, equivalente a um mês de tratamento.

O hospital referiu, na sexta-feira, que "encarregou o gabinete jurídico de comunicar estes dados à Provedoria de Justiça, Comissão Parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Comissão Parlamentar de Saúde, Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e à Entidade Reguladora da Saúde".

Segundo cálculos do hospital, para tratar todos os doentes "potencialmente curáveis", um total de 895, seria necessário um dispêndio de 65,5 milhões de euros.

No sábado o ministro da Saúde, Paulo Macedo, considerou "hostil" pedir 400 mil euros para tratar quatro doentes com Hepatite C.

“Perdido para sempre”
Um responsável governamental da Guiné-Conacri admitiu ontem que o recipiente térmico contendo uma amostra de sangue infectada...

Um bando de ladrões assaltou um táxi na semana passada, perto da cidade de Kissidougou, que transportava a amostra do município central de Kankan para Gueckedou, no sul do país, a cerca de 265 quilómetros de distância.

“Estamos certos de que não conseguiremos encontrar esse recipiente térmico. Com a atenção da comunicação social em torno do caso, temos a certeza de que os bandidos já se livraram dele”, disse Fode Tass Sylla, porta-voz da unidade governamental de resposta ao Ébola.

Segundo Tass, o vírus não terá sobrevivido na amostra, embora diversos estudos tenham mostrado que ele pode manter-se vivo nos fluidos durante várias semanas, se não for exposto à luz solar.

As autoridades da Guiné-Conacri exortaram os ladrões a devolver a amostra, recolhida da boca de um doente pouco depois de este ter morrido.

O incidente fez soar os alarmes quanto à segurança do transporte de amostras do altamente virulento agente patogénico, que se estima matar cerca de 70 por cento dos infectados.

“A maioria das amostras recolhidas na Guiné-Conacri nos últimos tempos chega-nos por transporte público”, disse Sakoba Keita, o ministro encarregado da resposta governamental ao Ébola na Guiné-Conacri.

“Embalamos as amostras três vezes e isolamo-las três vezes com fita adesiva antes de as colocarmos nas arcas térmicas. Esta amostra foi retirada da boca de uma vítima em Kankan, antes do seu funeral”, explicou.

O Ébola, que já matou cerca de 5.500 pessoas na Libéria, na Serra Leoa e na Guiné-Conacri, transmite-se por contacto com fluídos fisiológicos infectados.

“Lamentamos este acontecimento, porque ele representa um verdadeiro perigo para a população. É um produto biológico considerado perigoso pela Organização Mundial de Saúde”, acrescentou Keita.

De acordo com o ministro, se a amostra tiver sido deitada fora num local com exposição directa ao sol, o vírus não durará mais de uma semana e não poderá ser transmitido pelo ar.

“O verdadeiro risco é que outras pessoas toquem na arca térmica e tenham contacto com o líquido”, observou.

“Entretanto, pedimos à polícia para nos ajudar a garantir que um caso destes nunca mais se repete”, sublinhou.

Estudo
A esperança de vida dos habitantes de Paris reduziu-se em seis meses devido à poluição do ar que afecta os pulmões com o mesmo...

De acordo com os resultados de uma pesquisa feita em 15 distritos da principal cidade francesa, em média, os parisienses aspiram 200 mil partículas por cada litro de ar, um volume que pode chegar a seis milhões no pico da poluição em Paris, como aconteceu em dezembro de 2013 e março deste ano.

Citada pela agência francesa AFP, a pesquisa refere que até 42 mil mortes por ano na França podem estar ligadas a partículas finas, cuja origem principal está associada ao tráfego e à indústria.

Esta contaminação pode aumentar o risco de doença cardiovascular, doença respiratória e cancro do pulmão, sublinha o estudo.

As autoridades parisiense, que copatrocinaram o projecto, afirmam que estão a estudar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, tendo já restringido o tráfego durante o mês de dezembro passado, que registou o pico da poluição.

O estudo indica que a prefeitura da capital francesa está agora a estudar a possibilidade de restringir carros essencialmente movidos a gasóleo em alguns bairros de Paris.

Recentemente detectada no norte da Alemanha
A nova estirpe de gripe aviária recentemente detectada no norte da Alemanha está a ameaçar as rotas migratórias de aves...

Segundo a Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) e a agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), além do caso da detecção do vírus numa quinta de criação de perus na Alemanha, também a Holanda e o Reino Unido confirmaram a nova estirpe do vírus H5N8 da gripe aviária em quintas avícolas.

“A nova estirpe de gripe aviária detectada na Europa é semelhante às estirpes que circularam este ano, representando uma ameaça significativa para o sector avícola, especialmente nas rotas migratórias de aves selvagens nos países de baixos recursos situados ao longo do Mar Negro e do Atlântico”, afirmam as duas organizações, segundo um comunicado conjunto divulgado em Roma.

No entanto, “não foram detectados casos de infecção do vírus H5N8 em humanos”, embora seja “altamente patogénico para as aves domésticas, causando mortalidade em galinhas e perus”.

De acordo com as duas organizações, “o vírus pode infectar aves selvagens, que demonstram pequenos sinais de doença. Sabe-se que outros vírus da gripe são capazes de transmitir o vírus por longas distâncias”.

A nova estirpe da gripe aviária, baptizada H5N8, foi detectada pela primeira vez na Europa numa quinta de criação de perus no norte da Alemanha.

No início do mês, o ministério regional da Agricultura disse o vírus havia sido detectado numa quinta do Estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, atingida por uma vaga de mortes inexplicáveis de aves, mas os casos estavam confinados na Ásia, em particular na Coreia do Sul e que ainda não tinha sido detectada “entre a população de aves selvagens”.

No início do ano, a China, Japão e a Coreia assinalaram a ocorrência de surtos de H5N8 em aves de capoeira, bem como em aves migratórias e aquáticas.

“O fato de o vírus ter sido agora encontrados num intervalo de tempo muito curto em três países europeus, tanto em um pássaros selvagens e aves em três sistemas muito diferentes de geração, sugere que as aves selvagens desempenham um papel na propagação do vírus”, consideram especialistas da FAO e da OIE.

Para as duas instituições, o aparecimento e a propagação H5N8 demonstram a capacidade de evolução do vírus, com grande impacto na saúde e alimentação e alertam para a necessidade de se implementar mecanismos de controlo e vigilância.

Em Baião
Foram registados 13 casos de brucelose desde Agosto no concelho de Baião. A Administração Regional de Saúde do Norte remeteu...

A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) confirmou terem sido registados 13 casos de brucelose desde Agosto no concelho de Baião.

Quatro desses casos obrigaram a internamento em duas unidades hospitalares do Porto, acrescentou aquele organismo.

A ARS-N remeteu para um comunicado a divulgação de mais pormenores.

Entretanto, fonte da Câmara de Baião confirmou esta tarde terem sido detectados 13 casos de brucelose associados ao consumo de queijo fresco produzido no concelho, informação que hoje foi comunicada oficialmente à autarquia pela tutela.

O município diz estar a acompanhar a situação, tendo-se já disponibilizado para colaborar na resolução do problema.

No Serviço Nacional de Saúde
A polícia Judiciária está hoje a efectuar buscas em farmácias e empresas de distribuição de medicamentos no âmbito de uma...

A mesma fonte adiantou que a operação policial ainda decorre e que se insere no combate à prescrição fraudulenta, que envolve medicamentos comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não chegam aos utentes e que são ilegalmente exportados.

Esta operação, dirigida pelo Ministério Público, está relacionada com o processo principal, denominado “Remédio Santo”, indicou ainda a fonte.

O "Remédio Santo" envolve mais de duas centenas de casos de fraude no SNS, no valor global superior a 200 milhões de euros.

Também no âmbito do processo "Remédio Santo", em Outubro, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) comunicou o encerramento de um inquérito com a acusação de 20 arguidos, três dos quais pessoas colectivas, que “forjavam receitas” médicas.

As receitas, neste caso, eram depois submetidas ao "pagamento da comparticipação pelo SNS dos medicamentos, de elevado preço e comparticipados a 100% ou 95%".

A notícia das buscas da PJ foi hoje avançada pela SIC notícias.

Doença mental:
Na sociedade atual aceita-se com facilidade uma doença orgânica não se passando o mesmo com as doenç

A pertença a um grupo social implica que se reconheçam certos comportamentos como integradores e, portanto, é criado um padrão fora do qual se considera a anormalidade, ou seja, o desviante. Neste sentido, uma função protectora será a de criar a sua própria identidade, de pertença a um grupo, fora da qual facilmente se pode destacar a dissemelhança (7). O modo como são percebidos aqueles a quem são atribuídos papéis desviantes é negativo e afeta não apenas o observador, mas também o observado. Trata-se de uma forma de regulamentar os comportamentos “normais” e desviantes. Os papéis desviantes, fonte de estereótipos negativos, tendem a ser objeto de reprovação/desaprovação da sociedade (10) e a fomentar o distanciamento social (afastar o que lhe é diferente). São exemplo de estereótipos associados à doença mental:

- A agressividade (9; 14);

- A baixa confiabilidade;

- Os comportamentos perturbadores;

- A baixa inteligência (1; 14);

- A imprevisibilidade (13);

- A menor competência e menos capacidades de trabalho (1);

- A violência e comportamentos à margem da lei (4; 8; 13; 14).

 

O estigma é, em grande parte, uma percepção negativa da pessoa com doença mental. As pessoas estigmatizadas têm, ou presume-se que tenham, um atributo que as assinale enquanto "diferentes", levando a que sejam desvalorizadas e discriminadas aos olhos dos outros (6; 9). Pese embora, o facto das diferentes formas de caracterizar outrem, serem tentativas de encontrar um padrão. Sucede que, na procura de uma explicação para o comportamento, podemos encontrar justificação em causas externas à pessoa (a culpa é da família, do stress) ou então culpar o próprio pela condição em que se encontra. Esta é uma forma de podermos “desculpabilizar” (ou não) determinado comportamento (5). Como consequência da atribuição a causas externas ao próprio diminui o distanciamento social. Se há crença de causalidade inerente ao próprio (o individuo é culpado por ter aquela doença), verifica-se o efeito inverso. Basta pensarmos em dois exemplos para a mesma doença – a depressão. Exemplo 1: “ela sempre foi ‘fraca’…ela não quer trabalhar”. Exemplo 2: “Com aquela família é normal que não consiga concentrar-se ou trabalhar…o trabalho dela é demasiado exigente”.

 

Assim, falar de estigma em saúde mental implica falar de ignorância, de estereótipos, de discriminação, mas também de preconceitos, pois esquecemo-nos (ou não sabemos) o quanto estas doenças são incapacitantes e não dependem da vontade do próprio.

 

O preconceito está ligado ao processo de socialização do indivíduo e será, portanto, dependente do meio sociocultural onde se insere. O preconceituoso tende a desenvolver diferentes crenças em relação a diversos objectos (doente mental, homossexualidade...) independentemente das características próprias deste. Neste sentido, o preconceito é um juízo preconcebido, manifestado através de uma atitude de discriminação perante pessoas, lugares ou tradições. É indicador de desconhecimento e atribui uma conotação pejorativa ao que lhe é diferente (3).

 

O estigma afeta de diferentes formas a pessoa ou grupo sobre o qual recai. As pessoas são sujeitas a tratamento negativo e discriminação directa (afectando o seu bem-estar, estatuto social e saúde), a processos de confirmação (há tendência para a confirmação das ideias estigmatizantes perante qualquer tipo de comportamento), a activação automática de estereótipos e a processos de ameaça à sua identidade (as ideias estigmatizantes podem não ir de encontro a determinadas características da pessoa, porém, esta será vista como detentora dela) (9). A partir do momento em que o indivíduo é rotulado como ente “desviante” muito dificilmente se pode desprender desta imagem implicando, muitas vezes, situações de isolamento e distanciamento social (10).

Por outro lado, o estigma pode ter a ver com as reacções que a população em geral tem para com a doença mental e/ou com as crenças do próprio relativamente à sua doença.

 

O estigma prejudica as pessoas com doença mental a três níveis, nomeadamente:

- Ao tentar evitar o rótulo a que estão sujeitas há maior dificuldade de adesão aos tratamentos;

- Há um bloqueio no alcance de objectivos de vida podendo apresentar maior dificuldade em lidar com situações de stress;

- A pessoa com doença internaliza ideias estigmatizantes e acredita que é menos valorizada por causa do seu transtorno psiquiátrico (2).

Neste sentido, a discriminação a que as pessoas com doença mental estão sujeitas desenvolve-se de diferentes formas - coerção, segregação, hostilidade, evitamento.

 

Discriminação será, portanto, uma forma de fazer uma distinção a nível social e o preconceito uma avaliação pejorativa da pessoa pelo facto de ser percebida como pertencente a um grupo (12). Neste sentido, a discriminação resultará, em última análise, da expressão do preconceito, mediado pelos estereótipos.

O reconhecimento da doença mental ainda não é feito de forma adequada. Constata-se que das dez causas de incapacidade mais frequentes, cinco são perturbações relacionadas com a saúde mental, estimando-se um incremento das mesmas no futuro (11). Dois em cada dez portugueses sofrem de perturbações psiquiátricas, colocando Portugal no topo da Europa quando associada a perturbações deste foro. A taxa de prevalência remete-nos para cerca de 43% de portugueses a sofrerem de perturbações mentais ao longo da vida (15). Esta questão é crucial, pois sabe-se existir carência de informação, a qual associada a estigma, preconceito e discriminação, se revela um dos grandes obstáculos à intervenção, tanto na prevenção como no apoio à pessoa com doença. Este facto tem implicações cruciais na vida das pessoas, na convivência familiar e em sociedade. É, pois motivo para nos preocuparmos e repensarmos de forma crítica a forma como nos catalogamos e como podemos colocar em risco a nossa saúde, a saúde de pessoas que nos são importantes, bem como a de todos os que nos rodeiam. Não podemos descurar o facto de ser um problema nosso e não do “outro”, pois a probabilidade de contactar ou vir a contactar com alguém com doença (ou vir a ter doença) deve estar bem presente.

 

Bibliografia

  1. Angermeyer, M., C. [et al.] - Public attitudes toward psychiatric treatment. An international comparison. Social Psychiatry And Psychiatric Epidemiology. [Em Linha] Vol. 40 (11) (Nov. 2005), p. 855-864. [Consult. 23 Fev. 2011] MEDLINE with Full Text.
  2. CORRIGAN, P.W - How Clinical Diagnosis Might Exacerbate the Stigma of Mental Illness. National Association of Social Workers. [Em Linha]  Vol. 52, nº I (Jan 2007) [Consult a 1 Dez 2011] Disponível em: http://digilib.bc.edu/reserves/sw722/corrigan722.pdf ISSN: 0037-8046.p. 31-39
  3. Crochik, J. L. - Preconceito, indivíduo e cultura. 3ª ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. ISBN 85-7396-489-8.
  4. Furnham, A. e Pereira, S. - Beliefs about cause, manifestation, and cure of schizophrenia: a cross-cultural comparison. Mental Health, Religion & Culture. [Em Linha] Vol. 11(2) (Mar.2008) [Consult. 13 Maio 2010]. ISSN 1367-4676. CINAHL Plus with full text.  p.173-191.
  5. GLEITMAN, H. - Psicologia. Lisboa. 3ªedição. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa.1986. ISBN: 972-31-0584-5.
  6. GOFFMAN, E. - ESTIGMA - NOTAS SOBRE A MANIPULAÇÃO DA IDENTIDADE DETERIORADA. (S.l.) 4ª ed. 1981. Disponível em: http://www.se-rj.com.br/IBMR/TEXTOS%20IBMR/institucional2011sem01noite/E....
  7. LOUREIRO, L. - Representações para a promoção da saúde mental. Dissertação de doutoramento em Saúde mental - Porto: ICBAS. (2008)
  8. MAGLIANO, L. [et al]. - Perception of patient's unpredictability and beliefs on the causes and consequences of schizophrenia: A community survey. Social Psychiatry & Psychiatric Epidemiology. [Em Linha] vol. 39 Issue 5 (Mai. 2004) [Consult. 13 Maio 2010]. ISSN: 09337954. Academic Search Complete.  p.410-416.
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  12. PEREIRA, C. R.; VALA, J. - Do preconceito à discriminação justificada. Inquisitive Mind Português. [Em Linha] Vol.1, N.º 2-3 (2010) p. 1-13.[Consult.: 18 Jul. 2011] Disponível em: http://www.rui-s-costa.com/iM_pt/artigos/v1_n2-3/pereira_e_vala_2010.pdf.
  13. Speller, H. K. - Mental Health Literacy: A comparative Assessment of Knowledge and opinions of mental Illness between Asian American and Caucasian College Students. (Abril, 2005) Psychology Department, Boston College [Consult. a 10 Dez. 2011] Disponível em: http://dcollections.bc.edu/view/action/singleViewer.do?dvs=1331074039408.... p.67
  14. Veer, J. [et al.] - Determinants that shape public attitudes towards the mentally ill. Soc Psychiatr Epidemiol. [Em Linha] Vol. 41.(4):3 (Abril 2006). [Consult 14 Mai. 2010]. ISSN: 09337954 p.310-317 Academic Search Complete
  15. XAVIER, M.; MATEUS, P., CALDAS-ALMEIDA, J. - Reforming mental health services in Portugal. European Psychiatry. [Em Linha] Vol. 26 Supplement 1 (Março 2011) [Consult a: Janeiro de 2012]. ISSN: 09249338 p. 588-588.

 

Marta Cristina da Silva Gouveia, Enfermeira Especialista em enfermagem de saúde mental e psiquiatria, Mestre em enfermagem de saúde mental e psiquiatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu, unidade de Viseu, Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental, sector feminino e equipa de intervenção no primeiro surto psicótico

 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
57º Congresso Português de Oftalmologia recebe 16 convidados internacionais
800 oftalmologistas portugueses vão reunir-se no Hotel Tivoli Marina Vilamoura, de 4 a 6 de Dezembro, no 57º Congresso...

No ano em que a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia assinala 75 anos de existência, 800 oftalmologistas portugueses vão reunir-se no Hotel Tivoli Marina Vilamoura, de 4 a 6 de Dezembro, no 57º Congresso Português de Oftalmologia, para conhecer as últimas novidades terapêuticas da área. Nesta edição do congresso irão participar 16 convidados internacionais e estará em destaque a forte cooperação e intercâmbio de conhecimentos que é feita com os especialistas brasileiros.

Entre as várias áreas da oftalmologia, vão ser discutidos temas importantes como as doenças da retina, uma das principais causas de cegueira evitável em Portugal, e as cirurgias refractivas, utilizadas para corrigir a miopia, hipermetropia e astigmatismo. Todos os anos são realizadas no nosso país 15 mil cirurgias refractivas: 2500 correspondem a implantações de lentes intra-oculares e 12500 a cirurgias com laser.

As doenças da retina que mais afectam os portugueses são a degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) e a retinopatia diabética. A DMI é principal causa de baixa visão nos países desenvolvidos. Trata-se de uma doença crónica e progressiva da zona central da mácula, onde a visão é mais importante, atinge cerca de 350 mil portugueses, um número que tende a aumentar à medida que a população portuguesa fica mais envelhecida. Já a retinopatia diabética é, actualmente, a maior causa de cegueira nos adultos entre os 20 e os 70 anos de idade. A prevalência desta complicação aumenta com a duração da doença e afecta mais de 60% dos doentes com diabetes do tipo 2 com mais de 20 anos de evolução de doença. Em Portugal, calcula-se que existam cerca de 30 mil indivíduos com baixa visão por retinopatia diabética.

Paulo Torres, presidente da SPO, explica que “este nosso 57º Congresso Nacional será um espaço de partilha de conhecimentos entre especialistas nacionais e internacionais, que aqui poderão ter contacto com os mais recentes avanços científicos e tecnológicos no tratamento das patologias oftalmológicas”. E, a propósito do 75º aniversário da SPO, o especialista lembra que “a oftalmologia portuguesa acompanha a evolução científica e tecnológica que acontece no mundo. Temos no país as melhores técnicas de diagnóstico, tratamento e de seguimento de todas as doenças oculares. Os nossos oftalmologistas e os nossos hospitais estão ao nível dos melhores do mundo. E a SPO tem contribuído para este panorama de excelência através da promoção da divulgação da ciência médica, do ensino médico e desenvolvimento profissional continuado e da cooperação com os Países Africanos de Língua Portuguesa”.

O 57º Congresso Português de Oftalmologia contará com 450 apresentações em forma de comunicações livres, posters e vídeos, 19 simpósios, cursos e workshops, 9 conferências magistrais, 6 mini-conferências e apresentação da monografia "Neuroftalmologia baseada na evidência".

O que são?
As doenças reumáticas periarticulares podem estar relacionadas com o trabalho.
Doenças reumáticas

 

O que são doenças reumáticas periarticulares?
As doenças reumáticas periarticulares (DRP), também chamadas dos tecidos moles ou abarticulares, são um grupo alargado de síndromes clínicas músculo-esqueléticas dolorosas que resultam de patologia que pode envolver bolsas serosas, tendões e bainhas tendinosas, músculos e fáscias.

São frequentemente provocadas por lesões repetitivas, habitualmente provocadas por traumatismos relacionados com o trabalho.

 

Quais são os factores de risco?
As DRP relacionam-se com o desempenho de actividades laborais ou de desporto e lazer. Contudo e independentemente das circunstâncias em que surgem, as pessoas mais afectadas são as que sofrem cronicamente traumatismos de baixo impacto e repetitivos.

Como prevenir?
A prevenção das DRP nas situações relacionadas com actividades de desporto e lazer passa pelo respeito de medidas como:

  • Escolha do desporto adequado;
  • Selecção do equipamento apropriado;
  • Planeamento do programa de exercício em função das características antropomórficas do indivíduo.

O diagnóstico precoce das DRP depende da caracterização da dor e da incapacidade que lhe está associada. As DRP podem surgir isoladamente ou associadas a doenças sistémicas, como a artrite reumatóide, o que contribui para uma maior dificuldade no diagnóstico e exige especificidade terapêutica.

Quais são os sintomas?
Dor localizada em áreas justa-articulares, exacerbada por determinados movimentos, o que a distingue das patologias articulares.

Como se trata?
A maioria das DRP é autolimitada, melhorando em semanas e curável. Apenas alguns doentes mantêm queixas por mais de seis meses.

Não há um tratamento universal e não há evidência científica sobre qual é a abordagem mais eficaz.

Os objectivos da terapêutica são, essencialmente, aliviar a dor e reduzir a incapacidade.

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Calvície
Vulgarmente conhecida como calvície, a alopecia androgenética, na maior parte dos casos, é um proble
Calvície

Os folículos pilosos são sensíveis à acção dos androgénios (hormonas sexuais masculinas), afectando a regeneração normal dos cabelos. Ao longo do tempo os cabelos vão perdendo a força, ficando cada vez mais finos e começam a cair com mais facilidade acabando mesmo por não crescer novamente.

Geralmente a perda de cabelo começa por ser na zona frontal, com o aparecimento das tão conhecidas “entradas” e também na zona superior e posterior da cabeça. Estas perdas vão aumentando gradualmente, porém raramente afectam a totalidade da cabeça pois os cabelos continuam a crescer de forma normal nas zonas consideradas mais fortes, a parietal e occipital.

Estes casos não são muito comuns nas mulheres, embora possam acontecer com efeitos mais reduzidos geralmente após a menopausa.

A verdade é que o enfraquecimento do cabelo é também influenciado por alguns factores externos como a poluição, produtos de higiene desadequados, dietas desequilibradas ou algum tipo de doenças.

Como a causa principal é genética, a melhor maneira de prevenir a queda de cabelo será ter um cuidado especial com todos os outros factores externos de modo a não potencializar o factor genético.

Procure informar-se sobre o seu tipo de cabelo e utilize sempre produtos específicos que contribuam para a saúde do mesmo.

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Sintomas e tratamento
Hiperplasia Benigna da Próstata é uma doença benigna, muito frequente a partir dos 50 anos, que não
Hiperplasia Benigna da Próstata

O que é?
A Hiperplasia Benigna da Próstrata (HBP) consiste num aumento das dimensões da próstata (glândula que só existe nos homens, que rodeia a uretra masculina e produz um dos constituintes do sémen). Este aumento acarreta progressivamente uma obstrução ao fluxo de urina. É uma doença benigna, muito frequente a partir dos 50 anos e não apresenta qualquer associação ao cancro (tumor maligno) desta mesma glândula.

Quais os sintomas?
Esta doença manifesta-se pela diminuição do jacto urinário; necessidade frequente e urgente de urinar, sobretudo durante a noite (é habitual ser preciso levantar-se várias vezes durante a noite para ir à casa de banho); a necessidade de um maior esforço para começar a urinar; gotejamento de urina depois de urinar; sensação de esvaziamento incompleto da bexiga; e incontinência urinária.

Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico passa principalmente pela sintomatologia e pelo toque rectal (manobra indolor, realizada pelo médico para confirmar que a próstata está aumentada).

Podem ser realizados exames confirmatórios, como análises sanguíneas e exames de imagem, de acordo, com a situação clínica.

Como se trata?
Existem actualmente terapêuticas farmacológicas e cirúrgicas.

Os medicamentos podem aliviar a sintomatologia e reduzir as dimensões da próstata após alguns meses de tratamento.

A cirurgia habitualmente realizada é através da uretra, podendo ter como consequência a ejaculação retrógrada (ejaculação não é libertada para o exterior, fica acumulada na bexiga, sendo posteriormente expulsa juntamente com urina). Mais raramente também podem ocorrer incontinência urinária e impotência sexual, como complicações pós-operatórias.

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Ordem dos Médicos recebe
Todos os anos entra na Ordem dos Médicos uma média de seis queixas relativas a cirurgias plásticas que correram mal.

A maioria diz respeito à situação estética, segundo Vítor Fernandes, presidente do Colégio da Especialidade de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética da Ordem. De Janeiro a Outubro, a DECO recebeu 366 reclamações, por os resultados não serem os esperados e por preços pouco transparentes, avança o Correio da Manhã.

"Em 10% dos casos as queixas devem-se a complicações da cirurgia, porque implica riscos, é invasiva", explica Vítor Fernandes.

O médico refere que, antes das cirurgias, as pessoas são informadas das probabilidades de os resultados não serem os desejados e dos riscos das intervenções: "Muitas vezes, as pessoas ouvem, mas não escutam o que diz o médico e, mesmo assim, decidem pela cirurgia".

Segundo o especialista, o utente não tem razão na maioria das queixas: "Em 90% dos casos, as pessoas queixam-se porque os resultados obtidos não correspondem às expectativas. Não há nada a fazer". Vítor Fernandes sublinha ainda que o número de cirurgias estéticas tem diminuído nos últimos anos, devido "à crise".

As lipoaspirações são das operações estéticas mais populares. "Há menos complicações, mas há casos mais graves", frisa o cirurgião Biscaia Fraga.

Infarmed emite circular informativa
Para que os benefícios da utilização dos medicamentos contendo testosterona continuem a superar os riscos conhecidos, a EMA e o...

O Grupo de Coordenação (CMDh) adoptou as recomendações do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência do Medicamento (EMA) sobre a inexistência de evidência consistente de aumento do risco de problemas cardíacos nos homens tratados com testosterona.

O CMDh concordou que estes sejam unicamente usados nos casos de défice da hormona clinicamente comprovados e com a actualização do Resumo das Características do Medicamento (RCM) e Folheto Informativo (FI) dos medicamentos contendo testosterona, conforme divulgado na Circular Informativa nº 221/CD/8.1.6 de 10/10/2014.

Para que os benefícios da utilização dos medicamentos contendo testosterona continuem a superar os riscos conhecidos, a EMA e o Infarmed recomendam o seguinte:

 

Profissionais de saúde

- Apesar de alguns estudos apontarem para um aumento do risco de efeitos cardiovasculares em homens tratados com testosterona, os seus resultados não demonstraram consistência, pelo que o aumento deste risco permanece inconclusivo;
- A terapia de substituição com testosterona deve ser apenas utilizada em homens com hipogonadismo clinicamente comprovado;

- Os níveis de testosterona, a hemoglobina, hematócrito, função hepática e perfil lipídico devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento;

- O tratamento deve ser imediatamente interrompido nos homens com insuficiência cardíaca, hepática ou renal graves ou doença cardíaca isquémica, uma vez que estes medicamentos podem causar complicações graves, tais como edema associado, ou não, a insuficiência cardíaca congestiva;

- Estes medicamentos devem ser utilizados com precaução em doentes hipertensos, atendendo a que a testosterona pode aumentar a pressão arterial;

- Os dados de segurança e eficácia destes medicamentos em doentes com mais de 65 anos são limitados, pelo que não está aprovado o seu uso para aumentar os níveis da hormona em homens saudáveis, nestas idades.

 

Doentes

- Os medicamentos contendo testosterona só devem ser usados nos homens com défice comprovado desta hormona;

- Os doentes medicados para a hipertensão arterial devem informar o médico, pois os medicamentos contendo testosterona podem aumentar a pressão arterial.

A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar este assunto e a divulgar toda a informação relacionada.

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