Organização Mundial de Saúde explica
Um responsável da Organização Mundial de Saúde explicou que existem apenas alguns medicamentos susceptíveis de serem testados...

As explicações de Martin Friede à imprensa em Genebra surgem um dia depois do anúncio dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) sobre o início, em meados de Dezembro, de ensaios clínicos de três terapias diferentes.

Os testes poderão ajudar a identificar um tratamento eficaz na ausência de medicamentos aprovados contra o vírus que já matou mais de 5.160 pessoas desde o início do ano, essencialmente na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria.

Numa reunião de especialistas que decorreu esta semana em Genebra foram sublinhadas as dificuldades a ultrapassar para realizar as experiências previstas pelos MSF, disse Friede.

Foram propostos cerca de 120 medicamentos à Organização Mundial de Saúde (OMS), mas só é possível realizar testes em larga escala com alguns. A escolha dos centros onde os ensaios serão feitos também foi delicada, adiantou.

Os ensaios dizem respeito ao medicamento antiviral brincidofovir, que será testado por investigadores da Universidade de Oxford no centro ELWA 3 de Monróvia, na Libéria, e ao antiviral favipiravir, cujos testes, a cargo do Instituto francês para a Saúde e a Investigação Médica (INSERM), serão realizados em Guéckédou, na Guiné-Conacri.

O Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia, por seu turno, vai testar uma terapia à base de sangue e de plasma de convalescentes em Conacri.

“Como um dos principais operadores de cuidados de saúde na África Ocidental, os MSF participam nestes ensaios clínicos para dar aos que estão infectados uma maior hipótese de sobrevivência”, disse num comunicado divulgado Annick Antierens, que coordena os ensaios para os MSF.

 

Espaços de formação inadiável
A professora catedrática Maria Amélia Ferreira, empossada directora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, defendeu...

“É um ponto de indiscutível relevância para mim, agora como directora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), incluir expressamente a humanização e a medicina social como espaços de formação inadiável no projecto que se pretende de excelência de aprendizagem, nos seus processos de reflexão e de modelo de intervenção”, afirmou na primeira mulher a liderar a instituição em 189 anos de história.

Na cerimónia de tomada de posse que decorreu na Reitoria, a directora explicou que no programa já “bem definido” para os próximos quatro anos de mandato se “concilia uma FMUP com a prática sensível às pessoas e ao sentido humano”.

Maria Amélia Ferreira vincou estar em causa “uma nova liderança e uma liderança nova no género e no tempo”, identificando “o saber, a criatividade, a compaixão e a ética” como os valores pelos quais a formação na FMUP e na Universidade do Porto (UPorto) fará a diferença.

“Este mandato será determinante para demonstrar o nosso potencial para ensinar a profissão médica, integrar a Ciência e Cultura, transferir conhecimento e o transformar em valor, para nos afirmarmos pela qualidade do trabalho que desenvolvemos em conjunto”, defendeu, perante uma sala lotada.

Para Maria Amélia Ferreira, “o futuro da FMUP passa em larga medida pela capacidade de agregação de sinergias” e “pela capacidade de se afirmar como marca no Ensino Superior português e europeu”.

A directora pretende afirmar a FMUP como “escola de aprendizagem” que resulte na “prática de medicina tecnologicamente avançada e humanizada”.

Ao mesmo tempo, quer assegurar a capacidade de produção científica da instituição, nomeadamente optimizando os recursos disponíveis e “aumentando a captação de novos recursos para investigação” através da promoção de “grupos interdisciplinares”.

“Confio plenamente na minha equipa – nas minhas equipas – para mobilizar os recursos, criar novos expedientes, agregar os sentidos discordantes num projecto comum e olhar para a FMUP numa perspectiva humana, mas assumindo toda a responsabilidade de gestão institucional”, observou.

O seu antecessor, Agostinho Marques, enalteceu sucessos reconheceu falhanços numa gestão de sete anos.

“Esgotei as minhas ideias. É preciso uma equipa que ainda não sabe que não consegue, porque é preciso fantasia e apoio, e eles esgotam-se”, afirmou.

O alerta foi feito depois de Agostinho Marques reconhecer não ter conseguido o enquadramento legal adequado para conciliar a carreira docente na área da medicina com o exercício da mesma.

“A medicina clínica precisa de professores que sejam médicos. É muito complicado porque isto não tem a menor importância para o país”, frisou.

O reitor da UPorto, Sebastião Feyo de Azevedo, admitiu que em 2014 e 2015 a instituição vai trabalhar “com fortes restrições financeiras”, mas defendeu que “o cenário adverso vai ser ultrapassado com a tenacidade da comunidade académica”.

“Não tenho dúvidas de que temos todas as condições para o sucesso. Importa fortalecer relações de cooperação e sinergias”, observou, confiante de que a herança que a nova director da FMUP se vai transformar “numa herança ainda mais pesada” para quem lhe suceder.

 

Ministro da Saúde afirma
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou que a resposta dada pelos profissionais de saúde ao surto de ‘legionella’ é “um...

“Nesta semana tivemos um desafio particular que o Serviço Nacional de Saúde soube responder”, afirmou Paulo Macedo na cerimónia da assinatura do protocolo entre a União das Misericórdias Portuguesas e o Ministério da Saúde, que devolveu os hospitais de Fafe, Anadia e Serpa às Misericórdias locais.

No discurso, Paulo Macedo lembrou alguns “sinais de vitalidade” dados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), quando está a comemorar os 35 anos de existência, como a resposta dada pelos serviços de saúde ao surto de ‘legionella’ e a celebração dos contratos com as Misericórdias para a devolução de hospitais.

Paulo Macedo sublinhou que, neste trimestre, foram assinalados 35 anos do Serviço Nacional de Saúde, mas, afirmou, “não estamos a comemorar uma efeméride, estamos a comemorar uma realidade cujos profissionais dão hoje resposta às necessidades das pessoas”.

O surto de 'legionella' em Vila Franca de Xira atingiu hoje, 311 casos de infecção e sete mortos.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

A cerimónia de assinatura do protocolo entre o Ministério da Saúde e a União das Misericórdias Portuguesas foi presidida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e contou também com a presença do ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares.

 

Protocolo de colaboração
Estabelecer regras de colaboração quanto à partilha de informação especializada sobre risco ambiental do medicamento foi o...

O INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. e a Agência Portuguesa do Ambiente, assinaram hoje um protocolo que vem estabelecer, entre ambos os Institutos, as regras de colaboração e de cooperação quanto à partilha, disponibilização e actualização de informação especializada sobre risco ambiental do medicamento e sua ocorrência no meio hídrico.

O protocolo irá abranger, também, o enquadramento da responsabilidade pela gestão dos resíduos de embalagens dos titulares de autorização de introdução no mercado de medicamentos de uso humano, cuja avaliação do risco ambiental já faz parte integrante dos procedimentos adoptados, ou de outras autorizações que permitam a comercialização de medicamentos.

Esta iniciativa contou com a presença do Secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, e do Secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, e dos responsáveis pelas entidades que estabelecem o protocolo, Eurico Castro Alves e Nuno Sanchez Lacasta, Presidentes do Infarmed e da Agência Portuguesa do Ambiente, respectivamente.

Este protocolo, redigido em acordo com os objectivos estabelecidos pelos VI e VII Programas Quadro em Matéria de Ambiente da União Europeia, coloca em evidência a importância da articulação entre o Ambiente e a Saúde como conceitos visivelmente interligados na sociedade contemporânea, em que a sua protecção se impõe como essencial para a sustentabilidade do seu desenvolvimento.

 

Hospital e Cuidados Primários implementam Protocolo de Intervenção Pós-alta
O Hospital Vila Franca de Xira e o ACES Estuário do Tejo implementaram um Protocolo de Intervenção para os doentes com...

Este plano foi desenvolvido no sentido de evitar riscos de agravamento destes doentes no pós alta, bem como dar seguimento aos doentes da área de referência do Hospital Vila Franca de Xira (HVFX), e será alargado aos doentes que foram tratados nos outros hospitais de Lisboa.

Com base neste plano, todos os doentes diagnosticados com legionella com alta clínica são contactados pelo Hospital, entre 24 horas a 48 horas, no sentido de avaliar o estado clínico.

Estes doentes têm também uma consulta de pneumologia/legionella marcada no espaço de uma semana ou antes, se necessário.

Nos casos em que se justifique, serão realizadas visitas ao domicílio.

Em anexo disponibilizamos o folheto informativo que o HVFX entrega a todos os doentes diagnosticados com Legionella que têm alta clínica, no qual é disponibilizado um número para contacto, bem como outra informação útil para os doentes e seus familiares.

Até ao momento o HVFX deu 17 altas clínicas.

 

 

III World Congress of Public Health Nutrition
O desequilíbrio social global faz com que 805 milhões de pessoas sofram de fome crónica, mais dois milhões estejam desnutridas...

O mundo produz comida suficiente para alimentar toda a população, no entanto, a má nutrição encontra-se já generalizada, o que leva a elevados custos na economia dos países. A população mundial crescerá até 9 mil milhões em 2050, pelo que se estima que a procura de alimentos para esse ano sofra um aumento de 60%.

O desequilíbrio mundial no que se refere ao acesso a nutrientes faz com que 805 milhões de pessoas sofram de fome crónica e outros 2 milhões sofram de desnutrição. Isto, de acordo com Alexandre Meybeck, especialista em Sustentabilidade Sistemas Alimentares, envolve custos elevados para a economia dos países. "O preço da desnutrição inclui tanto os custos directos, como a produtividade, a perda de receitas ou aumento de despesas da saúde, como os custos indirectos, decorrentes de todos eles ". Meybeck participou numa mesa de debate intitulada “Sustentabilidade dos Sistemas Alimentares: a Segurança Alimentar e a Nutrição”. Nesta, o especialista explicou que a desnutrição “é um fardo intolerável não só para os indivíduos, mas para os Sistemas Nacionais de Saúde e todo o tecido social, uma vez que representa uma das maiores e evitáveis deficiências para que o homem possa desenvolver todo o seu potencial”.

O sistema alimentar mundial está a passar por uma série de pressões que não tinham ainda convergido. A população mundial está a crescer rapidamente estimando-se que em 2050 atinja os 9 mil milhões de habitantes. Isso fará com que a procura de alimentos cresça 60%. Isso, juntamente com o aumento dos preços dos alimentos, criará um grave problema às regiões com escasso acesso aos nutrientes. Meybeck relembra que “é muito mais caro combater a desnutrição do que preveni-la, por isso é preciso fazê-lo através do planeamento adequado da agricultura e garantindo o acesso a nutrientes por todos os sectores da população". Ao mesmo tempo, o especialista recorda que a agricultura, a produção e consumo de alimentos foram identificadas como uma das principais causas de pressão ambiental. "Actualmente, cerca de metade das terras do mundo é utilizada para a produção agrícola".

Por outro lado, a agricultura gera a maior parte da desflorestação e consumo de água, concretamente 70% da sua utilização. "Em 2050 mais de metade da população mundial viverá em áreas com escassez severa de água". Portanto, tratar a desnutrição, requer uma acção integrada, que inclua a agricultura, o sistema alimentar em geral, a saúde pública e a educação, bem como as áreas políticas mais amplas.

Para conseguir uma dieta sã é essencial um sistema alimentar saudável. "Para alcançar Isto é necessário ter um sistema alimentar sustentável, que possa resistir a choques e continuar a garantir a segurança alimentar e uma boa alimentação para todos" confirma Alexandre Meybeck.

 

Dia Mundial da Diabetes
Segundo o “Relatório do Observatório Nacional da Diabetes 2014 – Diabetes factos e números” a prevalência estimada da diabetes...

O impacto do envelhecimento da estrutura etária da população portuguesa (20-79 anos) reflectiu-se num aumento de 1,3 pontos percentuais (p.p) da taxa de prevalência da Diabetes entre 2009 e 2013, o que corresponde a um crescimento na ordem dos 11%.

Em termos de composição da taxa de prevalência da Diabetes, em 56% dos indivíduos esta já tinha sido diagnosticada e em 44% ainda não tinha sido diagnosticada. Verifica-se a existência de uma diferença estatisticamente significativa na prevalência da diabetes entre os homens (15.6%) e as mulheres (10.7%).

Verifica-se também a existência de um forte aumento de prevalência da diabetes com a idade. Mais de um quarto das pessoas entre os 60 e os 79 anos tem diabetes.

No entanto, nem tudo são más notícias. Em Portugal continua-se a registar uma evolução positiva de alguns indicadores nomeadamente ao nível hospitalar, onde se destaca a diminuição da letalidade intra-hospitalar nas pessoas com diabetes. Ao nível dos cuidados primários merece referência o incremento da abrangência da prestação dos cuidados de saúde na população diabética ou o aumento da observação do pé diabético.

Registam-se contudo outros indicadores com evoluções preocupantes, de que é exemplo o aumento dos internamentos associados ao pé diabético e o aumento das amputações dos membros inferiores, contrariando a tendência de redução que se vinha a verificar.

Perante estes factos e números a Ordem dos Nutricionistas lança um alerta à população no Dia Mundial da Diabetes.

“A alimentação contribui em muito para a prevenção de patologias ou para diminuir a carga de doenças para que o sistema de saúde possa ser comportável, daí que seja necessário que todos sejam sensibilizados para a importância associada ao cumprimento de bons hábitos alimentares quotidianos”, refere Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas. “As implicações de uma alimentação desequilibrada são dos problemas com maior impacto na saúde pública em Portugal e é importante para os cidadãos estarem cada vez mais alerta para o benefício de terem uma alimentação saudável”. Neste sentido, a Ordem dos Nutricionistas lançou, por ocasião do dia Mundial da Alimentação o vídeo “Escolha ser Saudável” https://www.youtube.com/watch?v=3RqYC1GDbSo que de uma forma simples poderá auxiliar a população para a aquisição de hábitos mais saudáveis.

 

Fonte: Relatório o Observatório Nacional da Diabetes 2014 – Diabetes factos e números http://www.apdp.pt/index.php/diabetes/factos-e-numeros/diabetes-factos-e-numeros-2014

 

Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2013
No Dia Mundial da Diabetes, o Observatório Nacional da Diabetes sublinha os dados agora revelados pelo Instituto Nacional de...

No último ano, perderam-se 4.683 anos potenciais de vida devido à Diabetes, o que significa, em média, 7,9 anos de vida perdidos para as pessoas que morreram com menos de 70 anos.

No entanto, a idade média das mortes por diabetes aumentou de 68,8 anos em 1983 para 80,2 anos em 2013 (mais 11,4 anos).

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o número total de óbitos por diabetes mais do que duplicou entre 1983 (1.237 óbitos) e 2013 (4.546 óbitos), registando-se um crescimento médio anual de 4,4% nesse período. Tal facto concorre para a divergência dos indicadores nacionais face à UE-28. Efectivamente, em proporção, morre-se mais de diabetes em Portugal do que na União Europeia.

Por tudo isto, no âmbito do Dia Mundial da Diabetes, estão agendadas várias acções para sensibilizar a sociedade e os responsáveis políticos para esta doença que, só em Portugal, afecta mais de um milhão de pessoas.

 

Programa – Dia Mundial da Diabetes

14 de Novembro

Iluminação a azul do Santuário do Cristo Rei, em Lisboa (AJDP)

Iluminação a azul da fachada da Sociedade Portuguesa de Diabetologia

SPD (Rua do Salitre, 149)

Spot Promocional da campanha Stop Diabetes em toda a rede de painéis da Associação de Turismo de Lisboa

(Programa Nacional para a Diabetes da DGS; APDP; SPD)

Cartazes e flyers informativos da campanha Stop Diabetes nos autocarros da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto

(Programa Nacional para a Diabetes da DGS; APDP; SPD)

 

08H30-14H00 | Acções de Rastreio e de Avaliação de Risco da Diabetes

APDP (Rua Rodrigo da Fonseca, n.º 1, em Lisboa)

09h00-14h00 | Aulas de Ginástica (Sessões de 30 minutos)

APDP - Escola da Diabetes (Rua do Sol ao Rato, n.º 11, em Lisboa) | Ginásio

12h00 | Aula de Culinária + Conselhos e Dicas para Pratos Saudáveis e Deliciosos

APDP - Escola da Diabetes (Rua do Sol ao Rato, n.º 11, em Lisboa) | Cozinha

 

15 de Novembro

10H30 | Caminhada pela Diabetes – 3km

Passeio Marítimo - entre as praias da Torre e Paço de Arcos (APDP; Lions)

10H00-13H00 | Rastreio da Diabetes e Jogos Tradicionais

Praça da Figueira (CML/Departamento de Desporto)

10H30-11H00 | Caminhada

Praça da Figueira – Ribeira das Naus – Praça da Figueira (APDP)

11H15-12H00 | Aula de Zumba

Praça da Figueira (Ginásio Clube Português)

12H15-13H00 | Aula de Yoga

Praça da Figueira (Confederação Portuguesa de Yoga)

 

Mais informações em:

Sites:

www.apdp.pt

www.spd.pt

www.dgs.pt/programa-nacional-para-a-diabetes.aspx

www.idf.org

www.idf.org/regions/europe

 

Facebook:

NucleoJovemApdp

Apdpdiabetes

Stop-Diabetes

17 Novembro: Dia Mundial do Não Fumador
Segundo a Organização Mundial de Saúde as doenças associadas ao tabagismo são responsáveis por 6 milhões de morte anuais. Entre...

As doenças associadas ao tabagismo são responsáveis por 6 milhões de mortes anuais, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A acupunctura, terapia da medicina tradicional chinesa, revela-se eficaz na cessação tabágica, reduzindo a ansiedade associada à privação de nicotina. Segundo o Centro de Terapias Chinesas (CTC), este tratamento apresenta taxas de sucesso em mais de 80% dos casos.

Conhecida pela aplicação de agulhas na estimulação de pontos energéticos no corpo, a acupunctura é uma das terapias da medicina tradicional chinesa mais conhecida em Portugal.

Na cessação tabágica, a abordagem é normalmente dupla: uma sessão focada no tratamento físico da habituação e uma segunda fase dedicada à componente psicológica. Nesta, a aplicação das agulhas induz a produção de hormonas de prazer, como a endorfina, serotonina e dopamina, reduzindo a ansiedade e o prazer no ato de fumar. O processo é completado por um elixir de ervas medicinais chinesas cuja inalação ajuda a controlar a vontade de fumar.

Segundo Wenqian Chen, especialista com mais de 30 anos de experiência em medicina tradicional chinesa (MTC), “a acupunctura é muito eficaz para quem pretende deixar de fumar, diminuindo o stress e ansiedade associados à privação. No CTC, mais de 80% dos doentes eliminam a dependência em média em três sessões. Quando o consumo é inferior a dois maços por dia, 85% deixa de fumar após a primeira sessão.”

O tabagismo é responsável por seis milhões de mortes anuais, superando o número de vítimas da SIDA, malária e varíola juntas. Menos de 30% dos fumadores conseguem deixar de fumar sem apoio. No entanto, o acompanhamento especializado durante a cessação duplica as hipóteses de sucesso do mesmo.

Entre os riscos induzidos pelo consumo de tabaco destacam-se as doenças coronárias e do foro respiratório, bem como alguns tipos de cancro. Os efeitos nocivos do consumo de tabaco afecta não só os fumadores, como também os não fumadores. Segundo a OMS, registam-se 600 mil mortes anuais de fumadores passivos, dos quais 28% são crianças.

 

Termas de Portugal reivindicam
A Associação das Termas de Portugal defendeu que os cursos de medicina deveriam voltar a incluir a componente de hidrologia...

A presidente da Associação das Termas de Portugal (ATP) considerou que "era importantíssimo e essencial" que o ensino dessa especialidade - que pode ser usada tratamento de doenças músculo esqueléticas, respiratórias, de pele ou digestivas - voltasse a ser incluído nos currículos de "todos os cursos de medicina, bem como de outros na área da saúde".

"A hidrologia médica é uma cadeira que deveria ser obrigatória nos cursos de medicina e era importante que se continuasse a aprender nas cátedras de medicina e que a terapêutica termal continuasse a ser ensinada de maneira a que o público prescritor estivesse totalmente ciente de que esta é uma alternativa de terapêutica", sublinhou Teresa Vieira.

A dirigente ressalvou que o Instituto de Ciências Médicas Abel Salazar da Universidade do Porto já tem um mestrado integrado na área e que a Faculdade de Medicina da Universidade da Beira Interior tem realizado várias formações extracurriculares nesta área, mas reiterou que "é preciso ir mais longe e alargar o ensino a todos".

A inclusão do termalismo "na agenda daquilo que é a oferta da rede de cuidados de saúde" e a reposição da comparticipação estatal em termos dos tratamentos termais são outras das reivindicações apresentadas pela ATP.

Teresa Vieira sublinhou que os tratamentos termais são "reconhecidos pela tutela e realizados em unidades prestadoras de cuidados de saúde", pelo que também devem estar em "igualdade de circunstâncias relativamente a outras terapêuticas que se dirigem às mesmas patologias".

"Essa comparticipação funcionaria como uma valia para o prescritor, que obviamente procurará, dentro do que é a rede de cuidados, a terapêutica mais adequada e menos dispendiosa", afirmou.

Segundo Teresa Vieira, tal traduzir-se-ia em "ganhos efectivos em termos da saúde dos utilizadores e da economia de saúde", como comprovam os "estudos médico-económicos que demonstram que a prática termal permite uma poupança de gastos".

"O conhecimento dos factos indica que a aposta num programa preventivo de tratamento termal reduz as situações de cronicidade, de agravamento e de agudização da doença, as quais penalizam os doentes e conduzem a tratamentos mais caros", fundamentou.

De acordo com os dados fornecidos, existem actualmente 48 instâncias termais licenciadas, 35 das quais em pleno funcionamento, que geram cerca de cinco mil postos de trabalho e que, em 2013, tiveram uma procura superior aos 100 mil utilizadores.

"Se tivermos em conta toda a dinâmica criada nos locais em que as instâncias estão localizadas e o facto de estas estarem, na maior parte dos casos, em zonas do interior do país, facilmente percebemos que as termas também funcionam como pólos de desenvolvimento local e que contribuem para atenuar as assimetrias regionais", sublinhou.

Estas e outras questões estarão em análise no Congresso Internacional de Turismo de Saúde 2020, que se realiza no H2otel em Unhais da Serra, concelho da Covilhã, nos dias 17 e 18. O congresso, organizado pela ATP e PROVERE Termas Centro, contará com a participação especial da UNWTO - Organização Mundial de Turismo.

 

Lançamento da Campanha
Campanha "Epilepsia é mais do que ter crises", arranca esta semana até ao próximo dia 14 de Março de 2015, com várias...

 

A LPCE - Liga Portuguesa Contra a Epilepsia, em parceria com a EPI - Associação Portuguesa de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia, apresentam a campanha dirigida para ao público em geral, - "Epilepsia é mais do que ter crises" -, cujo objectivo é alertar e sensibilizar a sociedade para as questões de quem vive com epilepsia.

Esta é uma campanha também implementada a nível internacional, pela ILAE - Internacional League Against Epilepsy e pelo IBE - Internacional Bureau for Epilepsy, que a LPCE e a EPI promovem em Portugal. Neste sentido, esta campanha, assume assim uma dupla vertente de:

 Informação e sensibilização para a problemática de quem vive com Epilepsia;

 Angariação de fundos, para manter os projectos de actividades ocupacionais e vocacionais, direccionado para pessoas com epilepsia e/ou incapacidade e deficiência (projecto Arco-Íris), potenciando o seu alargamento às regiões de Lisboa e Porto.

 

Para o efeito, até ao próximo dia 14 de Março de 2015, data coincidente com a realização do ENE - Encontro Nacional de Epileptologia e encerramento da campanha, estão previstas a realização de iniciativas diversas:

  •  Novembro 2014 a Março 2015: Acções de Formação / Informação em escolas e entidades educativas (nível nacional);
  •  Outubro 2014: Open Day do desporto (Coimbra)
  •  Novembro 2014 a Março 201: Workshop's e dinâmicas de grupo no âmbito do projecto Arco-Íris, abertas ao público em geral (Coimbra e Cantanhede);
  •  13 Março 2015: Espectáculo Musical de angariação de fundos, com a participação de vários artistas nacionais, no Conservatório de Música de Coimbra;

 

A LPCE e a EPI convidam todos a acompanhar a programação de todas as actividades programadas, nas nossas páginas oficiais em:

  • Site: www.epilepsia.pt
  • Facebook: Epilepsia.pt
  • Facebook: Epilepsia - EPI-APFAPE (Página Oficial)

 

De dose única
Um novo contraceptivo de dose única vai estar disponível em breve por um dólar em 69 países de África, Ásia e América Latina.

O projecto amplia assim um programa piloto aplicado em alguns países africanos, onde se distribui aos organismos de ajuda sanitária o Sayana Press, um contraceptivo de dose única cuja eficácia dura pelo menos três meses e que é aplicado através de uma injecção descartável.

"A realidade é que hoje, 200 milhões de mulheres no mundo querem evitar ou programar a gravidez, mas não têm meios para fazê-lo", explicou Chris Elias, médico da Fundação Bill e Melinda Gates, cita a agência France Presse."Podemos garantir que este produto estará disponível nos países mais pobres a um dólar a dose", acrescentou.

Como eventuais efeitos colaterais, o laboratório Pfizer, que produz o medicamento, menciona, entre outros, a perda de densidade óssea.

O Sayana Press já está disponível no Bangladesh, Burkina Faso, Quénia, Níger, Nigéria, Senegal e Uganda.

Segundo o último relatório da organização Family Planning 2020, a quantidade de mulheres com acesso a métodos contraceptivos nestes 69 países aumentou em 8,4 milhões de pessoas em comparação com 2012.O planeamento familiar - informação, contracepção e saúde - permitiria evitar 100 mil mortes de mulheres por ano durante e depois do parto.

Esta é a principal causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos nos países pobres, segundo a organização Save the Children.

 

Obriga enfermeiros em greve a trabalhar
Despacho publicado a poucas horas do início da greve nacional de enfermeiros estabelece uma vasta lista de hospitais onde estes...

O Ministério da Saúde declarou o surto de Legionella em Vila Franca de Xira "uma situação de grave emergência de saúde pública" e estabeleceu uma lista de hospitais na região da Grande Lisboa onde os enfermeiros terão de se apresentar ao serviço, apesar da greve nacional marcada para hoje [14 de Novembro] e para o próximo dia 21, escreve o jornal Público na sua edição digital.

Num despacho publicado em Diário da República e assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, a tutela diz respeitar o direito à greve, mas entende que este não se sobrepõe ao “direito à vida e à saúde” das populações face ao surto que no período de uma semana infectou já mais de três centenas de pessoas e provocou sete vítimas mortais.

"Nesta conformidade, não deixando de reiterar que se reconhece o direito à greve, feita uma ponderação” entre este direito “e os direitos fundamentais dos cidadãos que podem ser lesados, em especial o direito à vida e à saúde [...], é indispensável que, nos termos legalmente admitidos, se adoptem algumas medidas de excepção, cujo fim último se destina a mobilizar os profissionais que possam vir a ser indispensáveis para assegurar a efectiva protecção de saúde relativamente aos utentes que dela venham a carecer", lê-se no despacho agora conhecido.

Os hospitais onde os enfermeiros terão de se apresentar em número e no horário estabelecido antes de a greve ser convocada são todas as grandes unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região de Lisboa, mas precisamente as que integram o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (hospitais de S. Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz), o Centro Hospitalar Lisboa Central (São José, Capuchos, Santa Marta e Curry Cabral) e o Centro Hospitalar Lisboa Norte (hospitais de Santa Maria e Pulido Valente).

Também o Hospital de Vila Franca de Xira, por estar no centro do surto e ser o concelho de origem da grande maioria dos doentes, e o Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) estão na lista de unidades a que esta "situação de excepção", como a define o ministério, será aplicada.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) tinha anunciado a decisão de manter para hoje e para dia 21 a greve nacional marcada no início desta semana, mesmo depois de o Governo ter apelado a que reconsiderasse as datas do protesto, tendo em conta o "cenário extraordinário" do surto que teve início na última sexta-feira e já é considerado um dos maiores de sempre da doença em todo o mundo.

Em resposta, o Ministério da Saúde admitiu logo aí a possibilidade de vir a estabelecer medidas extraordinárias para minorar os efeitos da paralisação, argumentando que esta "atingirá apenas os serviços integrados no SNS, onde estão a ser tratados mais de 90% dos doentes infectados com Legionella".

A greve convocada pelo SEP visa contestar os cortes salariais nas horas extraordinárias, ao mesmo tempo que exigem o descongelamento das progressões na carreira e a reposição das 35 horas de trabalho semanais. O surto de Legionella com origem no concelho de Vila Franca de Xira infectou, até esta quinta-feira, 311 pessoas e fez um total de sete vítimas mortais, segundo os dados mais recentes da Direcção-Geral da Saúde. Há 48 doentes que se mantêm internados em unidades de cuidados intensivos de vários hospitais da região de Lisboa.

 

Sindicato
A greve dos enfermeiros registou uma adesão de 78,6% durante o turno da noite, disse fonte sindical, considerando que esta é ...

“Não desconvocámos a greve, os enfermeiros estão a aderir em força e, como é habitual, os serviços mínimos estão assegurados, portanto não há qualquer problema com os doentes”, disse à agência Lusa José Carlos Martins, do Sindicato dos Enfermeiros.

De acordo com o dirigente sindical, os doentes estão a ter “as adequadas e necessárias respostas”, nomeadamente nos hospitais onde se encontram internadas pessoas infectadas com 'legionella'.

“Nos hospitais de Lisboa, que têm cerca de 320 doentes internados por causa do surto de ´legionella´ de Vila Franca de Xira, os dados de adesão variam entre os 80 e os 98% em São José”, indicou.

Para o sindicato, os enfermeiros estão a dar uma boa resposta a “toda a trapalhada” de tentar desmarcar a greve por parte do Ministério da Saúde.

Os enfermeiros cumprem desde as 00:00 de hoje o primeiro de dois dias de greve nacional em protesto pelos cortes salariais nas horas extraordinárias, exigindo a progressão na carreira e a reposição das 35 horas de trabalho semanais.

 

Legionella:
O Ministério Público revelou que está em curso um inquérito relacionado com o surto de 'legionella' no concelho de...

A Procuradoria-Geral da República precisou que o inquérito "corre termos no DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) da Comarca de Lisboa Norte-Vila Franca de Xira". A bactéria ‘legionella’, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detectada no concelho de Vila Franca de Xira.

O surto já infectou 303 pessoas na região de Lisboa e Vale do Tejo, dos quais 48 estão internados em unidades de cuidados intensivos, segundo informou a Administração Regional de Saúde.

Nas últimas 24 horas, registaram-se 12 novos casos nesta região e 19 doentes tiveram alta clínica. Segundo a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), o número de mortos confirmados mantém-se em sete.

No entanto, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) mantém a confirmação de apenas cinco mortos e de mais quatro que ainda estão por confirmar.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

 

Câmara de Vila Franca disponibiliza-se para dar apoio jurídico às famílias

O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, afirmou hoje que a autarquia está disponível para apoiar judicialmente as famílias que quiserem recorrer à justiça, na sequência do surto de ‘legionella' que afectou o concelho.

"Os nossos juristas e os nossos advogados também estarão disponíveis, caso as famílias queiram recorrer à Câmara Municipal", afirmou Alberto Mesquita. O autarca ressalvou, contudo, que, apesar do apoio dos juristas e advogados da autarquia, terão de ser as famílias das vítimas a mover acções individuais.

Já anteriormente a junta de freguesia de Vialonga, uma das mais afectadas pelo surto de ‘legionella', se tinha disponibilizado para dar apoio jurídico às famílias.

Relativamente às conclusões da reunião, Alberto Mesquita referiu que ficou decidido manter as medidas preventivas, tomadas no domingo, que prevêem o encerramento dos equipamentos desportivos das freguesias mais afectadas pelo surto e a suspensão das aulas de Educação Física, apesar de reconhecerem que a "situação está a melhorar"

"O problema hoje é melhor do que ontem e esperemos que amanhã seja melhor do que hoje. Há uma manifestação de desaceleração deste processo", apontou.

Alberto Mesquita referiu-se ainda à decisão tomada pelas autoridades de saúde de serem desligadas as torres de refrigeração, fazendo uma associação entre essa medida e a "desaceleração" do surto de ‘legionella'.

"Desde que as torres de refrigeração deixaram de funcionar - e há aqui uma coincidência -, não sei se será apenas uma coincidência, mas é um facto que essa desaceleração se acentuou. Eu não quero com isto dizer que o foco foi encontrado. É uma grande probabilidade. Poderá haver outras situações, mas só os estudos e análises poderão mais tarde revelar", apontou.

14 de Novembro – Dia Mundial da Diabetes
Apresenta-se uma inovadora aplicação móvel para registo e monitorização de feridas diabéticas.

O pé diabético é uma das mais graves complicações da Diabetes Mellitus (DM). É causado por um descontrolo metabólico e caracteriza-se por problemas circulatórios ou infecções nos membros inferiores que levam ao aparecimento de feridas. As feridas podem evoluir para gangrena existindo o risco de amputação se não houver um acompanhamento constante. O tratamento é dispendioso e complexo por necessitar do envolvimento de uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde.

Portugal conta com uma das taxas mais elevadas de prevalência da DM levando ao aumento de gastos para o Sistema Nacional de Saúde (SNS) devido aos custos com medicação e com o incremento dos reinternamentos e das amputações de membros inferiores (que aumentou 9% desde 2011) 1.

No sentido de contrariar estas premissas e de facilitar o processo de monitorização das feridas, em particular em doentes diabéticos, desenvolveu-se uma aplicação móvel3 que surgiu da parceria entre o Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro da Universidade de Aveiro e o Serviço de Especialidades Médicas do Centro Hospitalar do Baixo Vouga-EPE-Unidade de Aveiro.

Esta aplicação móvel diferencia-se por permitir a captação e manipulação de imagens e por disponibilizar a informação clínica em formato digital junto do local de prestação de cuidados ao doente.

O recurso à imagem valoriza o processo de monitorização das feridas do pé diabético porque os tratamentos ocorrem por longos períodos de tempo, em diferentes locais e por vários profissionais de saúde.

 

Tratamento mais eficaz com registo visual e temporal da evolução da ferida

Existindo acesso a um registo visual e temporal da evolução da cicatrização, o tratamento a aplicar pode ser melhor e mais rapidamente ajustado, e torna-se possível avaliar a eficácia dos cuidados previamente prestados à ferida. Há, portanto, uma monitorização contínua das feridas que é reforçada pela inclusão de uma escala quantificável (isto é, a medição do tamanho da ferida) e que apoia a avaliação da melhoria dessa lesão ao longo do tempo e a decisão clínica.

Por sua vez, a aplicação está ligada a outros dispositivos através de uma rede informática segura e específica para partilha de dados clínicos: a Rede Telemática da Saúde (RTS). Desta forma, os profissionais de saúde podem aceder a registos anteriores (p.e. às imagens captadas), registar informação clínica adicional e processá-la junto do utente, ficando imediatamente disponível para consulta, em qualquer outra instituição do SNS dentro da RTS, quer seja num computador fixo ou noutro dispositivo móvel. Tal processo facilita o acesso ao registo electrónico de cada utente e melhora a colaboração entre os diversos profissionais de saúde de diferentes instituições. A consequência direta deste sistema tecnológico é uma vigilância facilitada e mais eficiente da ferida e a melhoria da actuação aquando da prestação de cuidados ao utente com ganhos óbvios para a saúde dos cidadãos.

No Serviço de Especialidades Médicas do Centro Hospitalar do Baixo Vouga-EPE- Unidade de Aveiro, as consultas em Hospital Dia de Diabetes visam promover a educação dos utentes, prevenir complicações e acompanhar de modo personalizado os utentes com DM.

 

Inovadora aplicação móvel de registo e monitorização das feridas

Por isto, este sistema inovador foi testado neste serviço, ao longo de 9 meses, e contou com a participação de profissionais de saúde escolhidos pela sua experiência e conhecimentos na área da DM, e que prestavam regularmente cuidados a utentes com lesões por complicações do pé diabético. Estiveram ainda envolvidos, utentes com a patologia DM tipo II pois estavam em processo de tratamento de lesões no pé.

O contato quotidiano com utentes que sofrem de pé diabético permitia antever que uma boa estratégia de registo de informação e de comunicação de informação entre profissionais de saúde auxiliaria no acompanhamento da evolução do pé diabético.

De facto, após apreciação junto dos profissionais de saúde, a aplicação móvel foi um sucesso tendo sido considerada uma mais-valia no apoio à prestação de cuidados. Algumas das vantagens apontadas pelos profissionais de saúde foram a facilidade de uso, a versatilidade no acesso a informação e o potencial de expansão a outros serviços e a outras áreas da saúde que envolvam a monitorização de feridas. Foram ainda valorizados, o registo clínico da informação em tempo real e no local de tratamento e o enriquecimento da monitorização da ferida através de captação de imagens.

Numa primeira fase, este sistema tecnológico pretendeu dar resposta efectiva às necessidades identificadas para promover a melhoria contínua na prestação de cuidados de enfermagem a utentes com DM. Porém, para além de possibilitar melhorar a qualidade de vida do utente, contribuirá para minimizar custos quer para o utente quer para o Estado Português. As perspectivas futuras serão as de aproveitar todas as potencialidades da Rede, melhorar e acrescentar funcionalidades à aplicação e, ainda, integrar o sistema com outros softwares já existentes.

A imagem como ferramenta numa aplicação móvel: simulação

da medição de uma ferida (à direita) e do registo de alguns dados

visuais adicionais (à esquerda)

 

Profissional de saúde a fazer o registo visual da ferida em

utente com pé diabético

 

Profissional de saúde a testar a aplicação móvel acedendo

ao registo do utente em ambiente hospitalar

Bibliografia

1 Relatório do Observatório Nacional da Diabetes, 2013 – Diabetes factos e números.

2 Oliveira, I. C., Silva, N., da Veiga, I. & Cunha, J. P. S. (2012). Supporting nursing care assessment protocols with smartphones. In E. Conchon, C. M. B. A. Correia, A. L. N. Fred & H. Gamboa (eds.), HEALTHINF (pp. 81-86): SciTePress. ISBN: 978-989-8425-88-1

 

Nelson Américo de Oliveira e Silva, Enfermeiro no Serviço de Especialidades Médicas do Centro Hospitalar do Baixo Vouga-EPE- Unidade de Aveiro. Mestre em Engenharia de Eletrónica e Telecomunicações.

 

Conceição Fernandes Silva Neves, Enfermeira-Chefe no Serviço de Especialidades Médicas do Centro Hospitalar do Baixo Vouga-EPE- Unidade de Aveiro.

 

Ilídio Castro Oliveira, Professor Auxiliar, Dep. de Electrónica Telecomunicações e Informática, e Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro, Universidade de Aveiro (DETI/IEETA, UA).

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Instituto Nacional de Estatística
As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas foram a quinta causa de morte em 2013, sendo que a diabetes representou cerca...

Mais de 5 mil pessoas (5.773) morreram no ano passado em Portugal vítimas de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, representando 5,4% do total de mortes no país. Três décadas antes, estas doenças representavam 1,6% do total de mortes, acrescenta o relatório. Nesse mesmo ano, a diabetes mellitus esteve na origem de 4,3% das mortes, ou seja, cerca de 80% dos óbitos por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas.

Em números concretos, morreram devido à diabetes 4.546 mil pessoas, 58% das quais eram mulheres (2.636 óbitos). Ainda em 2013, perderam-se 4.683 anos potenciais de vida devido a esta doença, numa média de 7,9 anos de vida, tendo em conta os óbitos de pessoas com menos de 70 anos (595 pessoas).

Os anos potenciais de vida perdidos são um indicador da perda que as mortes prematuras representam para a sociedade, reflectindo o número de anos perdidos pelas pessoas que morrem antes dos 70 anos.

O Alentejo e a Região Autónoma dos Açores foram as regiões mais afectadas, com mais de 60 óbitos por 100 mil habitantes, com destaque para as mulheres (mais de 80 óbitos por 100 mil habitantes). O número total de óbitos por diabetes mellitus mais do que duplicou entre 1983 (1.237 óbitos) e 2013 (4.546 óbitos), registando-se um crescimento médio anual de 4,4% nesse período. O Instituto Nacional de Estatística destaca que, em proporção, morre-se mais de diabetes mellitus em Portugal do que na União Europeia.

 

Campanha de âmbito mundial
No próximo dia 17 de Novembro, o Cristo Rei, em Almada, vai estar iluminado a roxo, a cor escolhida para simbolizar o Dia...

Em Portugal, a iniciativa é promovida pela XXS, Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro, e conta com a fadista Mariza como madrinha.

"Iniciativa de Iluminação Global, lançando luz sobre a prematuridade” (“Global Illumination Initiative, Shedding Light on Premature Birth”, no original em inglês) é o slogan da campanha mundial, que conta com o apoio de entidades como a European Foundation for Care of Newborn Infants (EFCNI), a Fundação March of Dimes, de apoio a mães e bebés, a australiana National Premmie Foundation e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Com esta iniciativa juntamo-nos a muitos outros países. Iluminar a roxo o Cristo Rei é uma iniciativa simbólica que, além de chamar a atenção para a prematuridade, significa dar luz a cada bebé prematuro que nasce no nosso país. Queremos contribuir para a prevenção da prematuridade e alertar para a necessidade de alargar o apoio aos bebés e às suas famílias”, afirma Sidónia Santos, presidente da Associação XXS.

Anualmente nascem cerca de 500 mil bebés prematuros na Europa e 14,9 milhões em todo o Mundo. A prematuridade é responsável por cerca de 73% da mortalidade neonatal, sendo os recém-nascidos com idade gestacional <a 32 semanas e/ou peso <a 1500g os que apresentam maior risco de morte. Por outro lado, os prematuros sobreviventes têm morbilidades diversas que lhes podem provocar sequelas que comprometem a sua saúde e o seu desenvolvimento a médio e longo prazo, tais como problemas de aprendizagem. Neste sentido, a prematuridade é um elemento alarmante e é imprescindível agir no domínio da prevenção e controlo da morbilidade.

Em Portugal, nove em cada 100 bebés nascerem com menos de 37 semanas de gestação e um por cento dos recém-nascidos terem menos de 1.500 gramas. Os prematuros representam um terço da mortalidade infantil no nosso país. As crianças que nascem antes do tempo têm problemas específicos que exigem apoios especializados.

 

Sobre a Associação XXS

A Associação XXS é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2008, que adquiriu o seu estatuto de IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) em Março de 2010. Tem como missão ajudar os bebés prematuros e as suas famílias a ultrapassarem aqueles que poderão ser os momentos mais difíceis das suas vidas. A Associação XXS integrou a European Foundation for Care of Newborn Infants (EFCNI) em 2008 e em Novembro de 2012 um dos membros fundadores da XXS passou a integrar o Parents’ Advisory Board da EFCNI. Este ano, a Associação XXS, membro da European Foundation for Care of Newborn Infants (EFCNI) foi distinguida com o prémio "Our Common Future", na categoria de European Idea.

 

Apesar do apelo do Ministério da Saúde
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses anunciou que vai manter a greve nacional, marcada para sexta-feira e dia 21,...

No final de uma reunião dos dirigentes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para avaliar o apelo do Ministério da Saúde para os enfermeiros reconsiderarem as datas da greve nacional, tendo em conta o "cenário extraordinário" do surto de ‘legionella’, o dirigente sindical José Carlos Martins disse que esta não é uma questão suficiente para desconvocar o protesto. “Um surto de `legionella´ não justifica a desconvocação da greve nacional”, disse José Carlos Martins aos jornalistas.

Para o SEP, se o Ministério da Saúde acha mesmo importante desconvocar a greve, isso seria possível se tivesse respondido a um conjunto de reivindicações que o sindicato tem vindo a apresentar, como medidas para acabar com a exaustão dos profissionais ou a não admissão de mais funcionários. José Carlos Martins assegurou que, havendo necessidade, designadamente ao nível de Lisboa, poderão existir alguns ajustes.

“Haverá um número ajustado, em cada equipa e em cada hospital, a essa situação concreta”, disse. Segundo José Carlos Martins, “a Direcção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde sabem que, mesmo em greve, os enfermeiros prestarão os cuidados necessários”.

 

Sindicato dos Enfermeiros solicita reunião urgente com tutela

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses solicitou ao Ministério da Saúde a realização de uma reunião conjunta “ainda hoje”, tendo em conta a carta enviada quarta-feira pelo Ministério da Saúde a solicitar a reprogramação da greve.

Numa missiva dirigida ao ministro da Saúde, e disponível no site do SEP, pode ler-se a solicitação do sindicato de uma “reunião conjunta”, a realizar “face ao actual contexto”, motivada pelo pedido do Ministério da Saúde para reconsiderar as datas da greve nacional devido ao surto de ‘legionella’. Fonte do gabinete do ministro da Saúde não confirmou a realização da reunião.

 

Direcção-Geral da Saúde diz que fazer greve agora "não dignifica o processo reivindicativo"

O director geral da Saúde, Francisco George, considerou que fazer greve no contexto do actual surto de 'legionella' não dignifica o processo reivindicativo dos enfermeiros, depois do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses ter anunciado que vai manter a greve nacional, marcada para sexta-feira e dia 21, respondendo negativamente ao apelo do governo para reconsiderar as datas do protesto, tendo em conta o "cenário extraordinário" do surto de ‘legionella’.

Ainda antes de se conhecer a decisão do Sindicato, Francisco George disse aos jornalistas que fazer uma greve no contexto de “uma epidemia não iria dignificar os processos reivindicativos dos enfermeiros”.

Para George, os enfermeiros teriam ficado numa posição cimeira de negociação se tivessem desconvocado a greve nacional marcada para sexta-feira, como pediu o governo. “Estou convencido que se os enfermeiros adiarem estes movimentos reivindicativos ficam numa posição cimeira de negociação, com mais força”, declarou o director geral da Saúde.

“De manhã cedo falei com [a dirigente sindical] Guadalupe Simões e expliquei que não era oportuno, em termos de riscos que isso representa para os doentes”, acrescentou.

O diretor-geral da Saúde está convicto de que a greve pode ter implicações nos cuidados de saúde. “Em função da greve, ou não, teremos seguramente uma tradução nos cuidados aos doentes. Estamos a falar de 300 pneumonias em tratamento, cada uma delas com terapêutica endovenosa de 12 dias de duração, de quase 50 doentes em regime de cuidados intensivos e intermédios, alguns deles em ventilação. Chamei a atenção à senhora enfermeira, citei a minha experiência de médico, em cargos públicos, pai de uma enfermeira, expliquei que não era oportuno”.

 

 

Legionella:
A direcção do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses reúne-se hoje de manhã para avaliar o pedido do Governo para sejam...

Segundo fonte sindical, os dirigentes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) estarão reunidos durante toda a manhã, anunciando depois uma decisão em relação à greve nacional marcada para esta sexta-feira e para a próxima, dia 21, numa conferência de imprensa a realizar às 13:00.

O Ministério da Saúde pediu ao Sindicato dos Enfermeiros para reconsiderar as datas da greve nacional, tendo em conta o "cenário extraordinário" do surto de ‘legionella’.

Numa carta, com data de quarta-feira [12 de Novembro], o Ministério afirma recear que a greve, a acontecer nos dias anunciados, "possa comprometer a prestação de cuidados de saúde", considerando que estão em causa "necessidades em saúde indispensáveis e inadiáveis".

"Sem questionar o direito constitucional à greve, solicita-se que, tendo em conta o interesse público e o cenário epidemiológico extraordinário actual, se dignem avaliar a oportunidade da paragem laboral já decretada, as consequências nos cuidados prestados às pessoas e a percepção social sobre a greve e os seus riscos", refere a carta, assinada pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira.

O Ministério argumenta que o surto de ‘legionella’ "ainda não se encontra debelado, podendo ainda aumentar o número de doentes com necessidade de cuidados de saúde" bem como a necessidade de recursos humanos, nomeadamente enfermeiros.

Indica ainda que não é possível estimar a evolução do número de infectados por ‘legionella’, nem quantificar o número de enfermeiros indispensáveis para assegurar os cuidados de saúde exigidos.

"(...) nesta situação de desafio excepcional torna-se ainda mais importante que todos os agentes do sector demonstrem o grau de profissionalismo e responsabilidade que tem sido a chave do sucesso na resposta aos desafios do momento", refere também a carta dirigida ao presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

O SEP anunciou no início da semana uma greve nacional de dois dias, esta sexta-feira e dia 21 deste mês, em protesto pelos cortes salariais nas horas extraordinárias, exigindo a progressão na carreira e a reposição das 35 horas de trabalho semanais.

O surto de ‘legionella’ com origem no concelho de Vila Franca de Xira infectou, até quarta-feira, 302 pessoas e o número de mortos pode subir para nove, segundo dados oficiais.

Num comunicado com a situação actualizada até às 15:00 de quarta-feira, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) fala também em nove mortes, explicando que cinco deles morreram de facto devido à ‘legionella’ e que os outros quatro permanecem em investigação.

A confirmarem-se os quatro casos, sobe para nove o número de mortos.

A ‘legionella’, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detectada na sexta-feira, no concelho de Vila Franca de Xira, tendo provocado já 302 casos de infecção. Estão confirmadas cinco mortes enquanto quatro óbitos estão em investigação.

O secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal da Costa, disse quarta-feira que as autoridades estão convictas de que eliminaram todas as fontes de contaminação por ‘legionella’ em Vila Franca de Xira e que o assunto "está resolvido".

Leal da Costa acrescentou que "há um conjunto de investigações que estão a ser feitas", mas não apontou qualquer local em concreto.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

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