Estados Unidos aprovam
A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos aprovou a primeira vacina contra a meningite bacteriana de tipo...

A vacina Trumenba, da farmacêutica Pfizer, é autorizada para pessoas entre os 10 e os 25 anos e previne a infeção meningocócica provocada pela bactéria 'neisseria meningitidis' de tipo B, anunciou a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla inglesa) em comunicado.

Dos 500 casos de meningite meningocócica reportados nos Estados Unidos em 2012, 160 foram causados pelo meningococo de tipo B, a estirpe mais letal, segundo dados dos Centros de Controlo e Prevenção da Doença.

A vacinação é o método mais eficaz para prevenir a doença, mas até hoje as aprovadas nos Estados Unidos só cobriam quatro dos cinco principais tipos de meningococo, A, C, Y e W.

Portugal melhora no ranking
O país tem o 97.º maior hiato entre salários de homens e mulheres, de acordo com o Índice Global das Diferenças de Género, do...

Portugal melhorou a sua posição no Índice Global das Diferenças de Género, do Fórum Económico Mundial. É o 39.º em 142 países. Há um ano estava no lugar 51 em 136, escreve o jornal Público na sua versão digital. Olhando para cada um dos diferentes indicadores tidos em conta, sai-se particularmente bem nos relacionados com educação — faz parte do grupo dos que eliminaram as disparidades entre rapazes e raparigas no acesso ao ensino — e particularmente mal em matéria de igualdade salarial.

Na lista que ordena as nações em função das diferenças observadas entre o que ganha um homem e uma mulher por tarefas semelhantes, Portugal apresenta-se com o 97.º maior hiato do mundo e atrás da maioria dos países europeus.

A desigualdade salarial “é um problema persistente em Portugal, há anos”, diz Rosa Monteiro, investigadora do Centro de Estudos Sociais em Coimbra e professora do Instituto Superior Miguel Torga. "Ela existe nas profissões mais desqualificadas mas é ainda maior quando falamos de mulheres com maiores qualificações." Em 2013, o país tinha o 109.º maior hiato salarial.

Apesar de ter havido uma ligeira melhoria na edição de 2014, esta é uma questão que persiste e “para a qual os próprios sindicatos não estão muito sensibilizados”.

Segundo o Índice Global das Diferenças de Género, os países nórdicos são os mais igualitários. Os primeiros lugares são ocupados pela Islândia (repetindo a posição que ocupa desde 2009) e pela Finlândia (que desde 2006 oscila entre o 2.º e o 3.º lugar). Seguem-se a Noruega, a Suécia e a Dinamarca.

O Mali, a Síria, o Chade, o Paquistão e, por fim, o Iémen são aqueles onde as diferenças entre homens e mulheres são, globalmente, mais acentuadas.

O relatório divulgado esta semana conclui que, a julgar pela evolução observada nos últimos anos, serão precisos 81 anos para que o mundo possa alcançar a paridade na área do trabalho, por exemplo.

Na verdade, se do ponto de vista global tem havido progressos em vários países (105 em 111 diminuíram as suas diferenças de género) outros estão pior agora do que há nove anos: Sri Lanka, Mali, Croácia, Macedónia, Jordânia e Tunísia.

Olhando para a evolução em áreas específicas, em 30% do mundo o hiato ao nível da Educação entre homens e mulheres acentuou-se de há nove anos a esta parte e em 40% dos países aconteceu o mesmo em relação aos indicadores de saúde e esperança de vida.

Klaus Schwab, presidente executivo do Fórum Económico Mundial, citado no comunicado que resume as principais conclusões do relatório, lembra: “Alcançar a igualdade de género é obviamente necessário por razões económicas. Apenas as economias que tiverem total acesso a todos os seus talentos permanecerão competitivas e prosperarão. Mas, ainda mais importante, a igualdade de género é uma questão de justiça.”

Estudo relaciona
Um estudo publicado pela Faculdade de Medicina de Harvard estabelece uma relação entre certos medicamentos usados para...

De acordo com a publicação Britânica de Urologia as conclusões da pesquisa sobre a utilização da terapia de privação de androgénio, uma técnica utilizada para controlar ou retardar o crescimento do cancro da próstata, vão ajudar os médicos e os doentes a dosearem o uso de certas drogas.

Apesar dos efeitos anticancerígenos, a terapia de privação de androgénio, ou terapia hormonal, tem sido associada a problemas cardíacos e aumento do risco de diabetes.

A equipa da Faculdade de Medicina de Harvard analisou 5.077 homens com cancro da próstata que foram tratados entre 1997 e 2006, dos quais 30% receberam terapia hormonal. Depois de um período de acompanhamento médio de 4,8 anos, houve uma associação 3,3 vezes mais ao risco de mortes em homens com insuficiência cardíaca.

Neste subgrupo, as mortes relacionadas ao coração ocorreram em 7,01% dos homens que receberam a terapêutica, contra 2,01% dos que não receberam o tratamento depois de cinco anos.

No entanto, os médicos da Faculdade de Medicina de Harvard não estabeleceram nenhuma relação entre a administração do medicamento e mortes de pessoas sem factores de risco cardíaco (1,08% para administração da terapia de privação de androgénio em cinco anos, contra 1,27) ou em homens com diabetes, hipertensão, ou colesterol elevado (2,09%, contra 1,97%).

“Embora a terapia de privação de androgénio possa ser uma terapêutica que salva vidas a homens com cancro da próstata e aumenta significativamente as taxas de cura quando usada com radiação para doença agressiva, este estudo também levanta a possibilidade de que um pequeno subgrupo de homens que têm doença cardíaca significativa possa ter risco acrescido de morte por problemas cardiovasculares derivados da administração da terapia hormonal”, disse Paul Nguyen, da Faculdade de Medicina de Harvard.

 

Como optimizar o negócio da Farmácia
Programa de formação que visa contribuir para uma melhor gestão da Farmácia Comunitária.
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Workshop na ESEnfC
Iniciativa de investigadores de Portugal e da Noruega visa promover a segurança dos profissionais de Enfermagem.

Especialistas da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e do Haukeland University Hospital de Helse Bergen (Noruega), organizam, na quinta-feira, dia 30 de Outubro, um workshop sobre “Segurança dos profissionais de saúde em contexto psiquiátrico: técnicas de gestão de comportamentos agressivos”.

Esta oficina de trabalho, a decorrer entre as 09h00 e as 17h00, nas instalações da ESEnfC - Polo A, resulta de uma parceria entre a equipa de investigadores do projecto “Violência em contexto psiquiátrico”, inserido na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E) da ESEnfC, e um grupo de formadores da instituição hospitalar escandinava.

O workshop tem por finalidade promover a segurança dos profissionais de Enfermagem em contexto psiquiátrico, a partir de uma discussão em torno dos diferentes procedimentos a ter em conta na gestão dos comportamentos agressivos.

 

Circular Informativa N.º 229/CD/8.1.7.
O Infarmed emitiu uma circular com informação de recolha voluntária do medicamento Zoviraz, pomada oftálmica dos Laboratórios...

Na sequência da detecção de partículas contaminantes no lote n.º 3M940, com a validade 12/2018, do medicamento Zovirax, aciclovir, pomada oftálmica, 30mg/g com o número de registo 8583807, a empresa Laboratórios Wellcome de Portugal, Lda. irá proceder à recolha voluntária.

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização deste lote.

Face ao exposto:

- As entidades que possuam este lote de medicamento em stock não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

- Os doentes que estejam a utilizar medicamentos pertencentes a este lote deverão interromper o tratamento, e logo que possível, devem consultar o médico assistente para que lhes seja prescrito um medicamento alternativo.

 

Associados a Hiperplasia Benigna da Próstata
Um novo medicamento será apresentado aos urologistas no próximo dia 31 de Outubro no âmbito do Simpósio da Associação...

Esta nova terapêutica, uma combinação fixa de solifenacina e tansulosina, é indicada para o tratamento dos sintomas de armazenamento moderados a graves (urgência, aumento da frequência urinária) e de esvaziamento associados à hiperplasia benigna da próstata (HBP) em doentes que mantêm sintomas de armazenamento após tratamento prévio com monoterapia.

A HBP é uma condição médica caracterizada pelo aumento benigno da próstata, que normalmente se inicia em homens com mais de 40 anos. A HBP está muitas vezes associada a sintomas de esvaziamento (dificuldade em iniciar a micção, gotejo terminal ou sensação de esvaziamento incompleto da bexiga) e sintomas de armazenamento (urgência, frequência aumentada e noctúria). Numa percentagem significativa de doentes os sintomas de armazenamento, que têm um grande impacto na sua qualidade de vida, persistem após o tratamento de 1ª linha.

Vesomni mostrou eficácia no tratamento dos sintomas de armazenamento moderados a graves e de esvaziamento associados à Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) em homens que não respondem adequadamente ao tratamento em monoterapia.

A apresentação do novo medicamento Vesomni decorre no primeiro dia do Encontro da Associação Portuguesa de Urologia (APU), num Simpósio integrado no programa científico, e conta com as intervenções dos especialistas Arnaldo Figueiredo, Urologista no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Presidente da Associação Portuguesa de Urologia e Professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; José Palma dos Reis, Urologista no Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Presidente do Colégio da Especialidade de Urologia da Ordem dos Médicos e Philip Van Kerrebroeck, Urologista no Hospital Universitário de Maastricht. Neste simpósio serão apresentados os resultados dos ensaios clínicos com Vesomni e os benefícios desta nova terapêutica.

O XIII Simpósio da Associação Portuguesa de Urologia (APU) decorre entre 31 de Outubro e 2 de Novembro em Albufeira.

 

Projecto de sensibilização para o Cancro da Mama
“Costuras à Flor da Pele”, exposição fotográfica constituída por imagens de mulheres que sofreram de cancro da mama ou lidaram...

Esta exposição, que estará patente até ao dia 20 de Novembro, com entrada livre, é apresentada pela Sanofi, que traz a Portugal o trabalho do premiado fotógrafo e cineasta Koen Suidgeest. Por cada visitante da exposição, a Sanofi doará 1€ à Liga Portuguesa Contra o Cancro.

O objectivo de “Costuras à Flor da Pele”, um grande sucesso junto do público de Madrid e Barcelona, onde já esteve exposta, é contribuir para a sensibilização para o cancro, particularmente para o cancro da mama. A exposição é o resultado de uma iniciativa de Koen Suidgeest, na qual participaram mais de 200 mulheres que vivem com cancro da mama. Algumas mulheres acompanharam a doença em familiares e amigos, enquanto outras a viveram na sua própria pele.

Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, todos os anos, em Portugal há 1.500 mortes devido a cancro da mama, e são detectados 4.500 novos casos.

A exposição poderá ser visitada de 6 de 20 Novembro entre as 10h e as 20h. O Lisbon Story Centre fica na Praça do Comércio 78, em Lisboa.

 

Internistas alertam para necessidade de campanhas de esclarecimento
O início da época da gripe, uma doença que provoca febre e má disposição, sintomas comuns à infecção por Ébola, pode aumentar...

O início da época da gripe, uma doença que provoca febre e má disposição, sintomas comuns à infecção por Ébola, pode aumentar as entradas nas urgências de pessoas com medo de estarem infectadas com Ébola, pelo que é fundamental aumentar as campanhas educação / informação da população sobre esta doença. O alerta é lançado pelo Núcleo de Estudos de Urgência e do Doente Agudo (NEUrgMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

Maria da Luz Brazão, coordenadora do NEUrgMI, defende que a prevenção deve ser a palavra de ordem em todos os serviços de urgência, o que inclui a elaboração de um Plano de Contingência por parte de todas as unidades de saúde com este tipo de serviços.

Este plano, deve, segundo a especialista, incluir uma formação para todos os funcionários da urgência sobre os seguintes aspectos:

- O que é a doença como se transmite e como se previne – O que é um caso suspeito ou provável e caso confirmado;

- Saber como se proteger e incidir na formação sobre Equipamentos de Protecção Individual (EPIs);

- Esclarecimentos sobre o circuito do doente. Neste ponto é fundamental o isolamento do doente e acompanhantes.

A internista afirma ainda que “não deve haver pânico, mas sim alerta, por isso é importante alimentar a importância da formação prática sobre o Ébola, saber utilizar os EPIs – treinando a forma de vestir e, especialmente, de despir o fato de protecção, utilizando vídeos, cumprir sempre os protocolos de circuito do doente e seguir as normas do Programa de Prevenção e Controle de infecção e Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA)”.

Relativamente ao número de hospitais seleccionados para lidar com os doentes infectados, a coordenadora do NEUrgMI considera que são suficientes, mas realça que “é importante que todos os hospitais tenham o seu plano de contingência no qual esteja bem estabelecido o que fazer perante a recorrência a esse mesmo hospital de um caso suspeito que não se tenha dirigido ao hospital de referência mais próximo.”

Nesta fase, o essencial é informar, para evitar o pânico afirma Maria da Luz Brazão. “É fundamental a educação e informação da população através dos meios de comunicação social: O que é a doença pelo vírus Ébola (DVE), como se transmite e como se previne e o que devem fazer em caso de contacto com pessoa infectada”, afirma a especialista.

O NEUrgMI considera também importante informar a população sobre as características de num caso suspeito. A suspeita de Ébola é levantada perante os seguintes critérios clínicos e epidemiológicos:

 

Critérios clínicos:

Febre de início súbito e pelo menos 1 dos seguintes sintomas/ sinais:

- Dores musculares, falta de força, cãibras, dor de garganta

- Vómitos, diarreia, falta de apetite, dor abdominal

- Dor de cabeça, Confusão, Prostração

- Conjuntivite, Faringe hiperemiada

- Exantema maculopapular, predominante no tronco

- Tosse, dor torácica, dificuldade respiratória e / ou falta de ar

- Hemorragias

 

Critérios epidemiológicos:

História recente, nos 21 dias ANTES DO INÍCIO DOS SINTOMAS, de viagem, escala ou residência na Guiné - Conacry, Libéria, Serra Leoa, Nigéria ou noutros países onde tenham sido reportados casos suspeitos ou confirmados de infecção por vírus Ébola ou contacto próximo com doente infectado por vírus Ébola, com objectos ou materiais contaminados.

Um surto de Doença por Vírus Ébola decorre na Costa Ocidental de África desde Fevereiro de 2014. A infecção resulta do contacto directo com líquidos orgânicos de doentes (tais como sangue, urina, fezes, sémen). A transmissão da doença por via sexual pode ocorrer até 3 meses depois da recuperação clínica. Uma vez que o período de incubação pode durar até 3 semanas é provável que novos casos venham ainda a ser identificados. O risco para os países europeus é considerado baixo.

Sobre o NEUrgMI

O Núcleo de Estudos de Urgência e do Doente Agudo (NEUrgMI) da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna (SPMI) dedica-se ao estudo da patologia emergente, urgente e aguda, na dependência directa da SPMI, e é constituído por associados da mesma, inscritos neste Núcleo de Estudos. O Núcleo de Estudos de Urgência e do Doente Agudo da SPMI pretende ser um veículo de formação, investigação e desenvolvimento da Medicina Interna em Portugal, formando internistas que sejam especialistas ideais para lidar com todas as exigências da prestação deste tipo de cuidados médicos.

 

14 de Novembro - Dia Mundial da Diabetes
Um estudo desenvolvido pela Universidade Niigata, no Japão, demonstrou que existe uma relação directa entre a diabetes e o...

Existe uma relação directa entre a diabetes e o desenvolvimento de perda auditiva, afectando principalmente pessoas com idade inferior a 60 anos, segundo um estudo desenvolvido pela Universidade Niigata, no Japão. O risco até esta faixa etária duplica comparativamente às pessoas mais velhas e pode até levar à perda auditiva definitiva.

Os investigadores analisaram as informações de estudos que decorreram ao longo de 34 anos - entre 1977 e 2011 - onde foram examinadas 7.377 pessoas com diabetes e 12.817 sem diabetes. As conclusões revelam que os diabéticos apresentavam 2.15 vezes mais de probabilidade de sofrer perda auditiva comparativamente ao grupo sem o problema. Também o grupo com 60 anos ou menos apresentou o dobro (2.6 vezes mais) da probabilidade de perda auditiva comparativamente ao grupo com mais de 60 anos, sendo que os efeitos da velhice não são uma explicação para o aparecimento deste problema.

“Queremos sensibilizar a população para esta data que tem cada vez mais peso em Portugal uma vez que existe mais de 1 milhão de pessoas com diabetes e que é um dos países da Europa com mais incidência deste problema. Entre as várias consequências, a diabetes pode provocar perda auditiva mesmo em idade precoce, por isso é imperativo que o diabético siga as recomendações do médico para evitar que as complicações se alastrem no organismo, assim como é essencial que realize rastreios regularmente para aferir o estado da sua saúde auditiva”, afirma Pedro Paiva, audiologista.

A Diabetes é uma doença crónica que se caracteriza por um grande nível de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose que deriva dos alimentos. A explicação para uma relação directa com a perda auditiva está no facto de a diabetes atingir todos os vasos sanguíneos do corpo e, como as artérias que ligam o ouvido interno, médio e externo são muito delicadas, passam a estar muito expostas ao problema. A diabetes surge, normalmente, em pessoas com mais de 40 anos e o agravamento do problema pode levar à perda definitiva de audição.

 

Sexta-feira 31 de Outubro
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica cumprem na sexta-feira o primeiro de dois dias de greve nacional, uma paralisação que...

O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde exige a revisão da carreira, contesta a interrupção de negociações por parte do Ministério da Saúde e reclama da sobrecarga de trabalho devido à falta de substituição de funcionários que se foram aposentando.

O presidente do Sindicato, Almerindo Rego, disse que o pré-aviso da greve marcada para sexta-feira e para segunda-feira, dia 3 de Novembro, abrange cerca de 10 mil profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), do ensino superior e especial do Ministério da Educação, serviços de saúde do Ministério da Defesa e serviços forenses e de investigação do Ministério da Justiça.

Almerindo Rego reconhece que é no SNS que o impacto da greve será maior, afectando serviços como radiografias, análises e outros exames de diagnóstico, podendo levar até ao cancelamento de cirurgias programadas.

Contudo, o sindicalista salienta que “nunca será posta em causa a vida dos doentes”, aludindo ao cumprimento de serviços mínimos.

Sobre os motivos da greve, o Sindicato frisa que a necessidade de revisão das carreiras dos profissionais de diagnóstico e terapêutica tem sido reconhecida pelos governos nos últimos 14 anos sem que ainda se concretizasse a alteração pretendida.

Relativamente ao diálogo com o actual Ministério da Saúde, Almerindo Rego disse que as negociações “foram bloqueadas” em Junho, porque o Governo só pretenderia resolver a questão se isso não implicasse gastar mais dinheiro.

“Somos os únicos licenciados na área da saúde que não recebemos como tal”, lamentou o presidente do Sindicato, vincando ainda a “sobrecarga de trabalho” a que estão sujeitos os actuais profissionais.

“Lamentamos ter de recorrer à greve, mas face à violência institucional que se abateu sobre os profissionais que representamos só temos que atribuir as responsabilidades das consequências desta luta a um Governo que não nos respeita”, refere o Sindicato.

 

Auditoria do Tribunal de Contas
Uma auditoria do Tribunal de Contas ao Hospital Amadora Sintra, hoje divulgada, revela que a maioria das consultas efectuadas...

O Tribunal de Contas analisou o desempenho do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca como entidade pública empresarial (EPE), entre 2009 e 2012, com o objectivo de “apreciar os resultados no que respeita a economia, eficiência e eficácia da gestão, abrangendo o cumprimento de critérios de equidade e qualidade”.

Comparando com outros hospitais do grupo de referência (EPE) - Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Centro Hospitalar de Vila Nova Gaia/Espinho, hospitais de Braga, Faro, Espírito Santo de Évora, Garcia Orta e Centro Hospitalar Tondela-Viseu -, o Tribunal de Contas (TdC) concluiu que “o desempenho do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca fica aquém nas dimensões do acesso e da qualidade”.

Segundo a auditoria, apenas 44,7% das consultas efectuadas, em 2012, foram realizadas em “tempo considerado adequado”, constituindo o segundo pior registo do grupo de oito hospitais, apenas superado pelo Hospital do Espírito Santo de Évora.

Estes números foram, entretanto, melhorados, tendo sido realizadas, em 2013, mais cerca de 18 mil consultas face a 2012.

O número de consultas realizadas em tempo adequado também aumentou, subindo de 44,7%, em 2012, para 57,5%, no ano seguinte, e para 63,6%, em 2014.

No entanto, o relatório observa que, em 2014, o Hospital Amadora-Sintra “ainda apresenta os resultados mais baixos dos hospitais do mesmo grupo”.

Comentando as conclusões da auditoria, o Conselho de Administração do Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca refere que a consulta externa foi identificada em 2011 como uma “actividade a melhorar” e definida em 2012 como “área prioritária de intervenção”, tendo sido definido um novo enquadramento orgânico.

“O crescimento contínuo da produção nesta linha de actividade é resultado das alterações” realizadas e ”demonstra uma inequívoca promoção da acessibilidade e encurtamento dos tempos de resposta”, refere o hospital nas alegações ao TdC publicadas no relatório.

Relativamente à actividade cirúrgica, o hospital apresentou “o pior resultado (51,4%)” do grupo de hospitais (cujo valor mais eficiente é de 83,16%) no que respeita à percentagem de cirurgias realizadas em ambulatório no total cirurgias deste género programadas. O peso da cirurgia de ambulatório no total da actividade cirúrgica, entre 2009 e 2012, aumentou em todas as especialidades cirúrgicas, destacando-se a especialidade de oftalmologia com crescimentos de 70% em 2009, 79% em 2010, 89% em 2011 e 91% em 2012.

Já o número de doentes em lista de inscritos para cirurgia registou um aumento de cerca de 24% (786 doentes) em 2012, face a 2011, sendo o maior acréscimo na especialidade de oftalmologia (118%). Em 2010, a mediana do tempo de espera em lista de inscritos para cirurgia de todas as especialidades foi de 91,3 dias, tendo diminuído progressivamente de 85,2 dias em 2011, para 79,1 dias em 2012.

O TdC recomenda ao ministro da Saúde que tome “iniciativas pertinentes” que asseguram “uma redução significativa dos tempos médios de acesso à prestação de cuidados de saúde dos utentes” e estipule “tempos máximos de resposta garantidos para a generalidade dos cuidados de saúde, definindo penalizações para os gestores que não assegurem o seu cumprimento”.

 

Espera para realizar exames duplicaram entre 2010 e 2012

O número de utentes em lista de espera para realização de exames no Hospital Amadora-Sintra duplicou entre 2010 e 2012, e 95% dos exames realizados externamente foram feitos por entidades privadas.

Em 2010 estavam 2.455 utentes em lista de espera para a realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT), número que subiu para 4.940 em 2012, refere a auditoria, que analisa o desempenho do Hospital Fernando Fonseca (HFF) como entidade pública empresarial (EPE), entre 2009 e 2012.

Segundo o Tribunal de Contas, no período 2009-2012, 95% dos exames realizados externamente foram efectuados por entidades privadas, sendo que em 2012, dos 895 realizados externamente, 849 foram feitos no privado. O hospital justificou esta situação com “a maior competitividade dos preços praticados pelas entidades privadas face aos preços estabelecidos na tabela de preços do Serviço Nacional de Saúde”.

A auditoria sublinha que o hospital só remeteu as situações mais urgentes para os hospitais do SNS, ao contrário do que seria de esperar, “uma vez que as entidades privadas devem ser colocadas no plano da complementaridade”.

As alegações apresentadas pelo Ministério da Saúde lembram um despacho de Agosto de 2011 que “enuncia o princípio de utilização da capacidade instalada em cada unidade hospitalar e apenas e após esta estar esgotada poder recorrer à prestação por parte de terceiros”. “As disposições vigentes procuram alcançar o equilíbrio entre a utilização mais racional dos recursos e a garantia do acesso dos cidadãos, em qualidade e segurança e em tempo útil”, sustenta

“Contudo, dado o imperativo de salvaguarda do estado de saúde, nem sempre é viável recorrer a unidades do SNS para a realização de MCDT”, sublinha o ministério.

O ministério considera que a decisão do HFF “não se limitará ao preço ‘tout curt’ fixado na tabela mas terá, sempre subjacente (…) um critério de custo pela deslocação do utente e respectivo transporte, bem como a garantia de acesso efectivo do utente aos meios necessários”.

Apesar das alegações, o TdC afirma que “o hospital mantém a falta de percepção global sobre o que seria mais vantajoso para o SNS” e defende o “recurso prioritário” à utilização dos recursos existentes no sector público.

Havendo capacidade instalada disponível noutras entidades do sector público, os custos consolidados para o SNS são apenas os custos variáveis de produção, justifica.

Segundo a auditoria, a produção de MCDT realizada internamente, aumentou 31% (55.656) em 2012 face ao ano anterior.

Já os custos com a realização MCDT em entidades externas diminuíram de 1.826.837 euros em 2010, para 1.314.485 euros em 2011 e 1.164.619 euros em 2012, em resultado de uma renegociação dos preços praticados pelos privados.

Nesse período, o número exames realizados em entidades externas aumentou 19% (+148 exames), mas a lista de espera aumentou 66% (mais 1.968 utentes) devido a mais pedidos.

 

Oito meses é o tempo médio de espera para colonoscopia com anestesia

Os tempos médios de espera no Hospital Fernando Fonseca (HFF) para realização de colonoscopias em ambulatório eram, em Junho, de 151 dias sem anestesia e de 254 com anestesia, revela a auditoria. Estes tempos de espera ultrapassam o prazo máximo recomendado, numa norma da Direcção-Geral da Saúde (DGS), de oito semanas após a prescrição do exame.

Esta norma da DGS surgiu na sequência de um despacho do Governo que determina que todas as colonoscopias no Serviço Nacional de Saúde (SNS) sejam feitas com recurso a sedação, uma forma de reduzir o receio da realização deste exame.

A auditoria do Tribunal de Contas (TdC) refere que o hospital não recorreu, em 2013, a entidades externas para a realização destes exames, apesar da “diminuição acentuada” das colonoscopias realizadas nesse ano e do aumento do tempo médio de espera.

O Hospital Amadora-Sintra justificou esta situação com a ausência temporária de dois médicos da especialidade em 2013, ano em que foram realizados 1.638 exames, menos 373 do que em 2012.

Sobre os tempos de espera para a realização de colonoscopias sem anestesia, a auditoria refere que era de 134 dias em 2011 e de 148 dias no ano seguinte.

O Tribunal de Contas refere na auditoria que, na marcação destes exames, o HFF segue um sistema de triagem que categoriza a sua realização em períodos de um mês, três meses, seis meses e um ano, correspondentes à prioridade atribuída a cada caso clínico.

Contudo, no período 2009-2013, “não existia uma monitorização periódica da lista de espera dos exames de colonoscopia marcados para exames com prioridade urgente (um mês), o que no limite terá estado na origem de situações que foram objecto de inquérito interno”, ressalva a auditoria, que analisa o desempenho do hospital como entidade pública empresarial entre 2009 e 2012.

 

E promete consequências
Todas as reclamações dos utentes das instituições privadas, públicas e sociais passaram a ser tratadas pela Entidade Reguladora...

A concentração do tratamento das queixas dos utentes é uma das novidades das novas competências da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), que entraram em vigor a 01 de Setembro e que estão a ser divulgadas junto dos operadores de saúde, de norte a sul do país. Segundo Jorge Simões, presidente do organismo, até agora, as reclamações estavam distribuídas entre a ERS, que tratava as queixas realizadas nos privados, e a Direção Geral da Saúde (DGS), no sector público.

“As reclamações que apresentem nos privados, público e social serão tratados pela ERS e todas elas vão ter um tratamento próprio e uniforme. Não só acompanharemos as reclamações, como tiraremos daí as conclusões e consequências”, disse Jorge Simões.

Para o presidente da ERS, o acesso dos utentes aos cuidados de saúde públicos “em tempo oportuno”, o cumprimento das regras por parte dos estabelecimentos e o respeito pelos direitos dos cidadãos são as questões que mais preocupam o regulador.

Além destas, existe uma questão “transversal” a todos os serviços de saúde: “A qualidade dos cuidados prestados”.

Sobre as competências da Entidade, Jorge Simões considerou que existem confusões que não têm razão de ser, como a questão levantada pela Ordem dos Enfermeiros sobre a intervenção da ERS e do Infarmed.

Segundo esta Ordem, “a prestação de cuidados de saúde nas farmácias e para farmácias está a ser foco de desentendimentos entre o Infarmed, órgão regulador da actividade das farmácias, e a ERS, regulador dos estabelecimentos que podem prestar cuidados de saúde”.

“O Infarmed tem competência própria de intervenção nas farmácias na área do medicamento. A ERS só intervém nas farmácias quando estas disponibilizam serviços de saúde, que vão para além da dispensa de medicamentos”, esclareceu.

Jorge Simões sublinhou que, “tudo aquilo que são cuidados de saúde, além da dispensa de medicamentos, tem a ver com a intervenção da ERS”.

 

Cientistas descobrem como:
Um estudo liderado pela investigadora Sónia Melo, do Ipatimup, explica o mecanismo que pode levar as células cancerígenas a ...

O trabalho demonstra que as células tumorais têm a capacidade de transformar células normais através de exossomas (vesículas expelidas por células humanas, incluindo células tumorais). Os resultados deste estudo foram publicados no passado dia 23 na revista Cancer Cell e foram tema de editorial na Nature.

Em comunicado, o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Porto (Ipatimup) explica que todas as células humanas produzem nano-vesículas chamadas exossomas que contêm material característico de cada célula. Ao isolar os exossomas de sangue de doentes com cancro da mama, a equipa liderada pela investigadora Sónia Melo demonstrou que os exossomas são capazes de “infectar” as células vizinhas normais, tornando-as cancerosas.

Os investigadores consideram que “este trabalho vem revolucionar a forma como entendemos a progressão do cancro e abre possibilidades novas nas áreas de detecção, monitorização e tratamento desta doença”.

Do ponto de vista do diagnóstico, este método também é considerado “revolucionário” porque o material é isolado através de sangue, logo é um método não-invasivo.

Os cientistas não conseguiram desvendar até que distância estes exossomas podem atravessar o corpo humano, mas o estudo sugere que têm bastante mobilidade.

De acordo com a investigação, este mecanismo também pode tornar mais agressivas as células cancerígenas próximas.

O trabalho publicado foi desenvolvido pela investigadora durante o seu período de pós-doutoramento nos Estados Unidos, na Harvard Medical School, em Boston, e mais recentemente no MD Anderson Cancer Center, em Houston.

Sónia Melo iniciou o seu percurso de investigadora no Ipatimup, ao qual regressou este ano na qualidade de investigadora principal. Sónia Melo encontra-se neste momento a desenvolver o seu trabalho de investigação centrado na aplicação dos exossomas como uma forma de detectar e monitorizar o cancro.

 

Ébola:
Os médicos de saúde pública alertaram que a resposta de combate ao Ébola a nível local precisa de ser melhorada, com espaços de...

O alerta foi deixado pela Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP), numa conferência de imprensa que visou principalmente mostrar que uma situação epidemiológica é altamente improvável em Portugal e que a as condições de resposta à doença “a nível central estão reunidas”.

“Pode esperar-se a chegada de casos isolados, orientados para locais de referência com profissionais preparados, mas para passar daqui para a epidemia era preciso passar pela barreira de defesa que são as autoridades de saúde”, explicou Mário Durval, dirigente da ANMSP, considerando que este “importante” dispositivo está em montado e bem preparado.

No que respeita à resposta a nível local, na qual “os médicos de saúde pública têm um papel central”, está a ser “reforçada a preparação” de meios, de equipamentos e de profissionais. “Se houver uma situação epidemiológica é a nível local que se joga o combate. As condições a nível central estão reunidas, mas a nível local é preciso melhorar a rede, é uma das medidas que é necessário aprofundar e melhorar. Localmente, estamos a formar pessoal para criar planos de contingência locais”, acrescentou.

Fátima Dias, membro da direcção da ANMSP, lembrou que, apesar de estar previsto o encaminhamento de todos os casos suspeitos – têm que ter sintomas e ter estado num dos países de risco – para as unidades de referência, é preciso acautelar a eventualidade de alguém menos informado se dirigir a um centro de saúde.

Para tal, estas unidades de saúde terão afixado à entrada um cartaz (escrito em três línguas) alertando quem tenha estado num dos países afectados pela epidemia há menos de 21 dias e apresente sintomas para que se dirija a um espaço específico a indicar pela respectiva unidade de saúde.

Estes espaços ainda estão a ser preparados nos centros de saúde, tratando-se de uma qualquer divisão o mais próximo da entrada possível, facilmente lavável, com o mínimo de equipamento possível, onde o doente deve permanecer até à chegada do INEM, que o transportará para um dos centros de referência.

Quanto à formação, os profissionais já têm alguma formação, que foi obtida antes da gripe A. “Agora vamos proceder à formação em cascata. É formação, formação, treino, treino”, salientou.

No entanto, os médicos esclareceram que o contágio do Ébola não é fácil, só sendo transmissível através de contacto directo com fluidos, que não incluem o suor nem a saliva, e após o início dos “sintomas específicos”, tais como vómitos e diarreias.

Mário Durval sublinhou que todas as investigações indicam que o contágio não se efectua durante o período de incubação do vírus (ausência de sintomas), nem tão pouco durante a fase dos “sintomas gerais”, que são a febre e o mau estar.

Isto dá aos profissionais uma “grande margem de segurança”, no sentido de saberem que uma pessoa que apareça num serviço de saúde oriunda de um país de risco e já com febre alta ainda não está contagiosa.

Por este mesmo motivo, não está contemplada em Portugal quarentena para pessoas que tenham estado em contacto com um infectado, como aconteceu noutros países.

Os profissionais de saúde afirmam que não basta ter contactado com um infectado para colocar alguém em quarentena. Essa pessoa apenas será vigiada que se começar a revelar sinais de febre.

 

Investigadora da Universidade do Minho
Uma investigadora da Universidade do Minho está a trabalhar no aperfeiçoamento de uma nanopartícula capaz de controlar a...

Eugénia Nogueira, responsável pelo trabalho de investigação, explica que “a libertação direccionada e selectiva de substâncias terapêuticas para combater determinadas células é muito vantajosa, uma vez que exige menor dosagem do fármaco, não afecta as células saudáveis e reduz os efeitos secundários”.

A investigadora, doutoranda em Biologia Molecular e Ambiental, conseguiu caracterizar um método inovador que permite colocar ácido fólico à superfície de lipossomas - as nanopartículas em estudo. Este ácido, reconhecido pelo seu receptor, existe apenas à superfície das células do cancro e dos macrófagos activados (células que intervêm na defesa do organismo contra infecções).

“Sabendo que estas células do sistema imunológico são, por exemplo, as principais intervenientes na artrite reumatóide, foi possível delinear uma terapia direccionada e específica para actuar contra esta doença, que atinge 50 milhões de pessoas e é altamente incapacitante no seu estado avançado”, esclarece Eugénia Nogueira.

O trabalho da portuguesa insere-se no projecto europeu Nanofol, cujo objectivo é o desenvolvimento de métodos de diagnóstico e/ou terapêutica capazes de proporcionar tratamentos para as doenças inflamatórias crónicas mais eficazes do que os já existentes.

Eugénia Nogueira, de 29 anos, é natural de Barcelos e licenciada em Bioquímica pela Universidade do Porto (2007), onde efectuou posteriormente o mestrado. Frequenta, desde 2009, o doutoramento na Universidade do Minho, sob orientação dos professores Ana Preto (Departamento de Biologia) e Artur Cavaco-Paulo (Departamento de Engenharia Biológica).

Actualmente, a sua investigação está focada, na sua maioria, no desenvolvimento e optimização de lipossomas como sistemas direccionados para a libertação de agentes terapêuticos.

 

30 de Outubro - Dia Nacional da Prevenção
As estátuas do Cristo Rei e Marquês de Pombal vão iluminar-se de cor-de-rosa amanhã contra o cancro da mama, a partir das 19...

A Associação Ame e Viva a Vida (AAVV), no âmbito das comemorações do Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, realiza o evento “Monumentos Solidários”, ligando as duas margens do Tejo na luta contra este tipo de cancro.

O cancro da mama continua a ser a segunda maior causa de morte entre as mulheres em todo o mundo, pelo que a AAVV "acredita que é importante assinalar o Dia Nacional de Cancro da Mama com iniciativas que sensibilizem a população em geral para este problema de saúde", segundo comunicado enviado ao Boas Notícias.

Numa fase inicial, menos de 3% da mulheres acabam por morrer, pelo que, para a Associação, o acesso à informação pode fazer a diferença na vida das mulheres com cancro da mama, seja ele numa fase inicial ou avançada.

 

Informação organizada e simples
Os médicos de família vão passar a ter um “guia de bolso” para prescrever cuidados respiratórios domiciliários, terapêuticas...

Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Carlos Robalo Cordeiro, o objectivo deste guia é que os médicos de clínica geral e familiar tenham sempre disponível informação organizada e simples sobre os cuidados respiratórios no domicílio.

Os cuidados respiratórios domiciliários (como terapia com oxigénio e aerossóis) são inicialmente prescritos por um médico especialista, mas a continuidade destes cuidados é feita pelos médicos de família.

O guia, apresentado em conjunto com a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, vem definir de forma simples as boas práticas nos cuidados de saúde respiratórios feitos em casa e contém também uma parte específica destinada à idade pediátrica.

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia lembra que a passagem destes tratamentos do meio hospitalar para o domicílio “promove melhor integração familiar e social dos doentes crónicos” e contribui ainda para uma redução de custos do Serviço Nacional de Saúde.

Perturbações respiratórias do sono, doença pulmonar obstrutiva crónica ou asma são algumas das doenças onde podem ser prescritos os cuidados respiratórios no domicílio.

Leia também:

Pocket Guide sobre Cuidados Respiratórios Domiciliários

Financiado pela Progeria Research Foundation
Duas crianças portuguesas partem no sábado para o hospital infantil de Boston com o objectivo de participarem num novo ensaio...

A Progeria Research Foundation (PRF) financiou a participação no novo ensaio clínico a mais 40 crianças de todo o mundo, entre as quais a Cláudia, de Viseu, que tem 16 anos, e o João, de Portalegre, que tem 11 anos.

“Em comum, o facto de serem dois doentes portadores da progeria, uma doença rara que afecta 300 crianças em todo o mundo. Ambos vão participar em Novembro num ensaio clínico mundial com um novo tratamento que promete retardar o envelhecimento precoce”, avança a PRF.

Além de financiar o estudo com o novo “farnesyltransferase inhibitor lonafarnib”, a fundação dará apoio às famílias destas crianças durante a estadia em Boston.

Segundo a PRF, “todas as crianças com progeria morrem de doença cardíaca numa idade média de 14 anos”. Entre os sintomas da doença estão a falha de crescimento, a perda de gordura corporal e cabelo, a pele envelhecida, a rigidez das articulações e a luxação do quadril.

A fundação estima que “existam apenas cerca de 300 crianças com progeria em todo o mundo, tornando-a entre a mais rara das doenças muito raras”.

Além deste ensaio clínico, a PRF quer encontrar e ajudar as crianças com esta doença, tendo em curso a campanha “Find the other 150”.

Esta iniciativa mundial tem ajudado a fundação a identificar e a ter contacto com mais de 60 crianças com progeria desde o seu lançamento inicial, em 2009 (um aumento de 120%).

A PRF foi criada em 1999 com o intuito de encontrar a causa, tratamentos e cura para a progeria. Uma pesquisa realizada em parceria com a fundação identificou o gene que causa a doença, o tratamento e vários possíveis candidatos para cada ensaio clínico em progresso ou em planeamento.

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Apoio à investigação de doenças raras em simpósio nacional

 

 

Estudo
Um estudo realizado por cientistas suecos pretende provar que o leite pode não fazer tão bem quanto se julga aos ossos.

Durante toda a nossa vida ouvimos dizer que o leite faz bem aos ossos e previne fracturas. Um estudo realizado na Suécia veio deitar agora deitar a teoria por terra. E mais: o leite pode ainda fazer aumentar o risco de uma pessoa morrer por doença cardíaca.

Um estudo levado a cabo por um grupo de dietistas a mais de 100 mil pessoas, com base na comparação de inquéritos e consultas de nutrição com exames médicos, permitiu verificar que as pessoas que bebem mais leite não têm, afinal, ossos mais fortes. Nas mulheres verificou-se até que as que bebiam mais leite tinham mais probabilidades de sofrer uma fractura da anca.

A investigação mostrou ainda que os que bebem mais de três copos de leite por dia, perfazendo cerca de 680 ml, tinham mais probabilidades de morrer durante a execução do estudo, as mulheres num período de 20 anos e os homens de 11 anos.

Porém, investigadores de Nova Iorque não se mostram convencidos com a conclusão deste estudo e dizem que o mesmo não deve ser levado à letra até porque a metodologia utilizada não será a mais fidedigna.

Defendem que é importante ingerir um valor mínimo de cálcio todos os dias, que é conseguido com o consumo de leite, pelo que não deve eliminar este produto da sua dieta diária.

 

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