EMA reforça
O Infarmed emitiu circular informativa com recomendações da EMA a restrições de utilização de medicamentos contendo valproato e...

O Grupo de Coordenação (CMDh) adoptou as recomendações do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) de reforço das restrições de utilização de medicamentos contendo valproato e ácido valpróico em raparigas e mulheres grávidas, ou com possibilidade de engravidar, devido ao risco de malformações e problemas no desenvolvimento de crianças expostas durante a gestação, conforme divulgado na Circular Informativa n.º 222/CD/8.1.6 de 10/10/2014.

Assim, para que os benefícios da utilização dos medicamentos contendo valproato e ácido valpróico continuem a superar os riscos conhecidos, a EMA e o Infarmed recomendam o seguinte:

 

Profissionais de saúde

Tratamento da epilepsia ou doença bipolar em mulheres com possibilidade de engravidar:

- Estes medicamentos apenas devem ser prescritos se os outros tratamentos não tiverem sido eficazes ou tolerados;

 - As doentes devem ser aconselhadas a utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento;

- As doentes em idade fértil devem ser alertadas para os riscos associados à utilização destes medicamentos durante a gravidez;

- Deve ser considerado um tratamento alternativo nas mulheres que engravidem ou que planeiem engravidar;

- O tratamento deve ser revisto regularmente em raparigas que estejam a atingir a puberdade;

- O tratamento destas patologias deve ser supervisionado por um médico com experiência.

Prevenção da enxaqueca:

- A utilização destes medicamentos, em doentes em idade fértil que não estejam a usar métodos contraceptivos eficazes ou que já se encontrem grávidas, é contra-indicada;

- A possibilidade de gravidez deve ser excluída antes de ser iniciado o tratamento.

- Deve ser utilizado um tratamento alternativo nas mulheres que engravidem ou que planeiem engravidar;

- As doentes em idade fértil devem ser alertadas para a importância de manter uma contracepção eficaz durante o tratamento, assim como sobre os riscos associados à utilização destes medicamentos durante a gravidez.

 

Doentes

- A toma de medicamentos contendo valproato ou ácido valpróico não deve ser interrompida sem antes consultar o médico;

- As mulheres grávidas que estejam a tomar medicamentos contendo valproato ou ácido valpróico devem consultar o médico com urgência;

- Estes medicamentos podem causar malformações e problemas no desenvolvimento do feto;

- As doentes em idade fértil devem usar um método contraceptivo eficaz. Fale com o seu médico caso tenha alguma dúvida sobre este assunto;

- As doentes que tencionem engravidar devem consultar previamente o médico, para que lhe possa ser prescrita uma alternativa.

A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar este assunto e a divulgar toda a informação relacionada.

EMA recomenda
O Infarmed emitiu uma circular informativa para divulgar as recomendações da EMA na utilização dos medicamentos contendo...

O Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) adoptou as recomendações do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) de restrição da utilização dos medicamentos contendo ivabradina, divulgadas na circular informativa nº 233/CD/8.1.7, para reduzir o risco de problemas cardíacos associados à toma destes medicamentos.

Em Portugal, apenas é comercializado o medicamento Procoralan, o qual é utilizado em adultos no tratamento sintomático da angina de peito crónica estável e da insuficiência cardíaca crónica.

Para que os benefícios da utilização dos medicamentos contendo ivabradina continuem a superar os riscos conhecidos, a EMA e o Infarmed recomendam o seguinte:

 

Profissionais de saúde

- A relação benefício/risco da ivabradina permanece positiva para as indicações terapêuticas autorizadas, desde que sejam seguidas as recomendações para diminuir o risco cardíaco;

- A utilização deste medicamento apenas é benéfica no tratamento sintomático da angina de peito crónica estável em doentes que não podem tomar bloqueadores beta, ou em combinação com bloqueadores beta quando estes não controlam completamente a doença;

- A ivabradina não apresenta efeitos benéficos em doentes cardíacos sem insuficiência cardíaca clínica;

- O tratamento sintomático de doentes com angina de peito crónica estável só deve ser iniciado se a frequência cardíaca do doente em repouso for igual ou superior a 70 batimentos por minuto (bpm);

- A dose inicial não deve exceder os 5 mg duas vezes por dia e a de manutenção os 7,5 mg duas vezes por dia;

- O tratamento deve ser interrompido se, após 3 meses de tratamento, não houver melhoria dos sintomas da angina de peito. A descontinuação da terapêutica deve também ser considerada se não houver uma melhoria significativa dos sintomas e uma redução clínica relevante na frequência cardíaca em repouso em três meses;

- O uso concomitante de ivabradina com verapamilo ou diltiazem está contra-indicado;

- Antes de se iniciar o tratamento ou no ajuste da dose, na determinação da frequência cardíaca, devem considerar-se a monitorização de 24h em ambulatório, o ECG e medições sistemáticas do ritmo cardíaco;

- O risco de fibrilhação auricular está aumentado em doentes tratados com ivabradina, pelo que os doentes devem ser monitorizados regularmente. Caso ocorra fibrilhação auricular durante o tratamento, deve ser ponderada a sua manutenção;

- Se, durante o tratamento, a frequência cardíaca descer abaixo dos 50 bpm em repouso ou se o doente revelar outros sintomas consistentes com bradicardia, a dose do medicamento deve ser reduzida (a dose mais baixa é de 2,5 mg duas vezes por dia). O tratamento deve ser descontinuado caso a frequência cardíaca se mantenha abaixo dos 50 bpm ou os sintomas de bradicardia persistam, apesar da redução da dose.

 

Doentes

- Os benefícios da utilização de ivabradina para o tratamento da angina de peito e insuficiência cardíaca crónicas continuam a ser superiores aos riscos, desde que sejam seguidas as recomendações do médico;

- Durante o tratamento, em particular no início ou na alteração da dose, é necessário medir regularmente a frequência cardíaca;

- Os doentes que apresentem sintomas associados à angina de peito (como a falta de ar) durante o tratamento devem contactar o médico;

A posição do CHMP será agora enviada para a Comissão Europeia, a quem compete emitir uma decisão vinculativa.

Banco Mundial avisa
O Banco Mundial avisou, num relatório divulgado, que o aquecimento global pode "agravar consideravelmente" a pobreza,...

"Sem uma acção forte e rápida, o aquecimento (...) e as suas consequências poderão agravar consideravelmente a pobreza em numerosas regiões do mundo", vaticinou a instituição, num relatório publicado um ano antes da conferência de Paris sobre o clima.

Seca, canícula, acidificação dos oceanos e rarefacção do acesso à água são alguns dos fenómenos para os quais o Banco Mundial (BM) chama a atenção, colocando em alerta três regiões do mundo: América Latina, Médio Oriente e Europa Oriental.

Para o Banco Mundial, fenómenos que ocorrem "uma vez por século" podem vir a tornar-se na "nova norma climática".

O rendimento das culturas de soja poderá cair 30 a 70% no Brasil, enquanto o de trigo arrisca-se a ser reduzido em metade na América Central ou na Tunísia, segundo o relatório, elaborado com o apoio do Instituto de Investigação do Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha.

"As consequências para o desenvolvimento serão graves com uma quebra nas colheitas, um recuo nos recursos aquáticos, uma subida das águas e a vida de milhões de pessoas em perigo", enumera o BM, acrescentando que as populações "mais pobres" e as mais "excluídas socialmente" serão as primeiras vítimas.

Num cenário de aquecimento de +4ºC, até 80% da área do Médio Oriente e da América do Sul poderá ser atingida por vagas de calor de uma amplitude "sem precedente", ao ponto de provocarem grandes ondas de migração, refere o mesmo documento.

De acordo com o Banco Mundial, "mesmo com medidas de controlo muito ambiciosas", certas desregulações ambientais serão inevitáveis.

Para tratar quatro doentes
O ministro da Saúde considerou "hostil" pedir 400 mil euros para tratar quatro doentes com Hepatite C, depois de o...

No Porto, para a entrega ao ex-titular da pasta da Saúde Paulo Mendo da 1ª Distinção de Mérito em Gestão dos Serviços de Saúde pela Ordem dos Médicos, Paulo Macedo salientou que apesar da verba pedida o S. João "disse que sim".

Segundo fonte hospitalar disse à Lusa o medicamento antiviral, aprovado pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), tem um custo de 97.620 euros por doente, ou seja, 16.270 euros por embalagem, equivalente a um mês de tratamento.

"Eu acho hostil é terem pedido 400 mil euros para tratar 4 doentes e que reparem, o S. João disse que sim", afirmou o ministro.

Para Paulo Macedo é importante para "todos os portugueses registar que uma entidade para tratar quatro pessoas pede 400 mil euros" e que esta é a "tal" questão: "Depois é preciso ver as escolhas que se faz, porque nós obviamente temos que tratar as pessoas, e que reflexos é que há para o resto do sistema".

Na sexta-feira, o Hospital S. João, anunciou que vai apresentar queixa às autoridades competentes pelo preço exigido para tratar aqueles quatro doentes e declarou a fornecedora "hostil".

Secretaria dos Assuntos Sociais
A secretaria dos Assuntos Socais da Madeira apresentou, no Funchal, a Plataforma de Dados de Saúde, uma ferramenta informática...

"Considero muito importante este instrumento porque aproxima e torna interactiva a relação entre o utente e o profissional de saúde", disse o secretário regional.

Jardim Ramos salientou que o projecto representa "uma viragem e uma vantagem acrescida, sobretudo quando está em causa a mobilidade do utente ou uma situação de urgência".

A plataforma permite ao cidadão registar os seus dados de saúde, monitorizar a sua informação clínica, marcar consultas e verificar a lista de cirurgias.

Por outro lado, disponibiliza aos profissionais de saúde o acesso à informação dos cidadãos em diversos pontos do sector público dos sistemas nacionais e regionais de saúde (hospitais, urgências, cuidados primários, rede nacional de cuidados continuados).

Na Madeira, a plataforma abrange apenas o sector público, mas a Secretaria dos Assuntos Sociais pretende torná-la acessível também ao sector privado a curto prazo.

A Plataforma de Dados de Saúde é um projecto dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e conta já com 897 mil utentes registados a nível nacional.

"Nesta primeira fase, o apelo que fazemos é que todos os cidadãos exerçam este direito de cidadania inscrevendo-se no Portal do Utente", salientou Ana d'Avó, directora de comunicação dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, que orientou o lançamento do projecto na Madeira.

A responsável assegurou que a Plataforma de Dados de Saúde está "revolucionar a interoperabilidade" ao nível dos sistemas de saúde.

 

Uma em cada três mulheres são vítimas
A Organização Mundial de Saúde considerou “inadequados” os esforços feitos para prevenir a violência doméstica, apelando aos...

“Apesar do aumento do foco global à violência perpetrada contra as mulheres e raparigas e os recentes avanços no conhecimento sobre como travar os abusos, os níveis de violência contra as mulheres - incluindo a violência íntima do parceiro, o estupro, a mutilação genital feminina, o tráfico, e os casamentos forçados - permanecem inaceitavelmente elevados, com graves consequências para a saúde física e mental das vítimas”, afirma a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em comunicado hoje publicado na sua página na Internet, a agência da ONU, que cita um estudo recente da revista Lancet, refere que “uma em cada três mulheres foram vítimas de violência física ou sexual, e que 7% destas vai passar por uma situação idêntica na sua vida”.

Assinalando que os conflitos e crises humanitárias podem exacerbar a violência em curso, a OMS estima que, a nível mundial, entre 100 e 140 mil mulheres e raparigas, foram submetidas à excisão feminina, com mais de três milhões de jovens raparigas em risco de serem submetidas a estas práticas anualmente.

“Cerca de 70 milhões de raparigas no globo casaram-se antes dos 18 anos e muitas delas contra a sua vontade”, assinala o documento, em que apela para a necessidade de se “adoptar um plano global para fazer face à crise oculta da violência às mulheres”.

A OMS afirma que, mesmo em países onde as leis são progressivas, muitas mulheres continuam a ser discriminadas e a ter dificuldades de acesso aos serviços de saúde e jurídicos.

“A violência é frequentemente vista como um problema de justiça social e criminal, e não como um problema de saúde público de clínico, mas o sistema de saúde ainda desempenha um papel crucial no tratamento tanto das consequências da violência e na prevenção”, defende a OMS.

A coordenadora de pesquisa contra a violência doméstica da OMS, em Genebra, Claudia Garcia-Moreno, afirmou que “os profissionais de saúde são muitas vezes o primeiro ponto de contacto para mulheres e raparigas vítimas de violência”.

Por isso, assinalou, “a identificação precoce de mulheres e crianças vítimas de violência e uma resposta favorável e eficaz” visando “melhorar a vida e o bem-estar das mulheres, e ajudar-lhes no acesso a serviços vitais”.

No caso de Portugal, no início deste mês, e por ocasião das III Jornadas Nacionais Contra a Violência Doméstica e de Género, a secretária de Estado da Igualdade, Teresa Morais, afirmou que a comunidade deve despertar para o problema da violência doméstica e denunciar estes casos, que constituem “uma grosseira e grave violação” dos direitos humanos. Na mesma ocasião, Teresa Morais lembrou as mulheres assassinadas em contexto familiar em Portugal, que este ano já eram 32.

Citando os dados do Relatório Anual da Segurança Interna, a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade referiu ainda que, em 2013, houve 40 homicídios conjugais, dos quais 30 foram de mulheres.

Comissão europeia autoriza introdução no mercado de Harvoni
Regime de comprimido único diário que elimina a necessidade de Interferão e Ribavirina, em doentes com infecção por vírus da...

A Gilead Sciences, Inc. anunciou que a Comissão Europeia aprovou a Autorização de Introdução no Mercado (AIM) de Harvoni® (ledipasvir 90 mg/sofosbuvir 400 mg), o primeiro regime de comprimido único diário para tratar a hepatite C crónica em adultos com infecção pelos genótipos 1 e 4 do vírus da hepatite C (VHC). Harvoni® combina o inibidor da NS5A ledipasvir (LDV) com o análogo nucleotídeo inibidor da polimerase sofosbuvir (SOF), aprovado pela Comissão Europeia, sob o nome comercial Sovaldi®, em Janeiro de 2014.

Ledipasvir/sofosbuvir está indicado para o tratamento da hepatite C crónica (HCC) em adultos, sendo recomendado no tratamento de doentes de genótipo 1 ou 4, com ou sem experiência prévia a tratamento, com ou sem cirrose, num regime terapêutico com a duração de 12 ou 24 semanas, dependendo do historial de tratamento prévio e da existência de cirrose. Podem ainda ser consideradas 8 semanas de tratamento com ledipasvir/sofosbuvir em doentes infectados pelo genótipo 1, sem cirrose e sem tratamento prévio. Nos genótipos 1 e 4 com cirrose descompensada e no genótipo 3 com cirrose e/ou sem resposta a tratamento prévio, ledipasvir/sofosbuvir deve ser usado em associação com ribavirina durante 24 semanas. Harvoni® também é no tratamento da hepatite C crónica indicado em doentes co-infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH).

A Autorização de Introdução no Mercado baseia-se num programa de desenvolvimento clínico que incluiu mais de 2 mil doentes com infecção pelo VHC e surge após um procedimento de avaliação acelerado, concedido pela Agência Europeia de Medicamentos, nos casos em que se antecipa grande interesse para a saúde pública. A aprovação desta AIM permite a comercialização de Harvoni® (ledipasvir 90 mg/sofosbuvir 400 mg) nos 28 países da União Europeia.

A AIM é sustentada essencialmente pelos dados de três estudos de fase 3, ION-1, ION-2 e ION-3. Esses estudos avaliaram 8, 12 ou 24 semanas de tratamento com ledipasvir/sofosbuvir, com ou sem Ribavirina, em cerca de 2 mil doentes com infecção pelo VHC do genótipo 1, com doença hepática compensada.

Estes estudos incluíram doentes sem cirrose, sem experiência prévia a tratamento (ION-3), doentes com e sem cirrose, sem experiência prévia a tratamento (ION-1) e doentes com e sem cirrose, sem resposta a tratamento prévio com um regime com base em interferão, incluindo regimes contendo um inibidor da protease (ION-2). O parâmetro de avaliação primário nestes estudos foi a RVS (VHC indetectável) 12 semanas após o fim do tratamento (RVS12). Os doentes que alcançam RVS12 são considerados curados da hepatite C. Nestes estudos, a ribavirina não demonstrou aumentar as taxas de resposta. Os participantes no ensaio clínico, nos braços onde não foi utilizada ribavirina (n=1 080), alcançaram taxas de RVS12 entre 94 e 99%.

A aprovação foi também apoiada nos dados preliminares do estudo clínico SOLAR-1, que avaliou doentes difíceis de tratar, com cirrose descompensada ou que foram submetidos a transplante hepático, e no ensaio ERADICATE, que avaliou doentes com infecção pelo genótipo 1 do VHC co-infectados pelo VIH. O parâmetro de avaliação primário foi a RVS12. Na altura da submissão, apenas estavam disponíveis os resultados preliminares destes estudos. No estudo clínico SOLAR-1, os doentes com cirrose descompensada, que receberam um regime de tratamento de 12 semanas de ledipasvir/sofosbuvir com ribavirina apresentaram uma taxa de RVS4 de 90% (n=45/50). Nos doentes pós-transplante de fígado sem doença hepática descompensada, as taxas de RVS4 foram superiores a 95% (n=109). Numa análise interina do estudo ERADICATE, 40 dos 50 doentes tinham atingido as 12 semanas pós-tratamento e apresentaram taxas de RVS12 de 98% (n=39/40).

O ELECTRON-2, um estudo aberto de fase 2, forneceu dados preliminares sobre doentes infectados pelo VHC de genótipo 3, demonstrando uma taxa de RVS12 de 100% (n=26/26), quando ledipasvir/sofosbuvir foi administrado em associação com ribavirina durante 12 semanas.

Nestes estudos clínicos, a fadiga e a dor de cabeça foram as reacções adversas mais comuns em doentes tratados com ledipasvir /sofosbuvir.

Ledipasvir/sofosbuvir foi aprovado pela U.S. Food and Drug Administration. e pela Health Canada em Outubro de 2014 e na Nova Zelândia em Novembro de 2014. As submissões regulamentares do ledipasvir/sofosbuvir encontram-se em avaliação no Japão e na Suíça. Sovaldi (sofosbuvir) está aprovado na União Europeia, nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Egipto, Suíça e Turquia. Os Resumos das Características do Medicamento estão disponíveis em www.ema.europa.eu.

Poupança de 15 milhões para o Estado
Os preços dos medicamentos vão baixar nos primeiros meses de 2015, prevendo-se poupanças de 15 milhões de euros para o Estado e...

Segundo Eurico Castro Alves, esta descida vai acontecer porque os preços dos medicamentos vão mudar nos países de referência para Portugal: Espanha, França e Eslovénia.

“Vamos olhar e fazer a média e aplicar esse regime de preços aos nossos medicamentos”, adiantou o presidente da autoridade que regula o sector em Portugal.

O Sistema de Preços de Referência (SPR) abrange os medicamentos comparticipados, prescritos no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que têm genéricos autorizados, comparticipados e comercializados.

A descida dos preços, que deverá sentir-se nos primeiros meses do próximo ano, não irá ser igual em todos os mais de 16 mil medicamentos que existem em Portugal.

Nalguns casos prevêem-se subidas mais significativas do que noutros.

Esta baixa tinha sido hoje referida pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, no final da cerimónia de assinatura do acordo entre os ministérios da Saúde e das Finanças e a Associação Portuguesa da Indústria Financeira (Apifarma). Este acordo pressupõe um contributo da indústria farmacêutica de 180 milhões de euros em 2015.

No ano passado em Portugal
Quase três casos por dia de infecção por VIH/sida foram diagnosticados no ano passado em Portugal, num total de 1.093 situações...

O relatório do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) relativo à situação da doença a 31 de Dezembro de 2013 refere que 20,7% das situações diagnosticadas nesse ano já se encontravam no estadio Sida, quando a infecção evolui para doença.

O número de novos diagnósticos em homens foi 2,4 vezes superior ao das mulheres, com a idade mediana à detecção da infecção a ser de 40 anos.

O modo de transmissão mais frequente do VIH foi o contacto heterossexual, referido em 61% dos casos, com a transmissão por relações sexuais entre homens a surgir em 43% dos novos casos. Os homossexuais tendem a ser mais jovens que os heterossexuais à data do diagnóstico, com metade a terem menos de 32 anos.

A transmissão por consumo de droga representou 7% cento dos diagnósticos, segundo o documento revelado hoje pelo INSA.

Quanto aos óbitos, foram notificados 226 mortes ocorridas no ano passado em pessoas com a infecção por VIH, 145 das quais no estadio sida.

Entre 1985 e 2013 foram diagnosticados ao todo 47.390 casos de infecção por VIH/sida.

No que se refere à infecção nas crianças, desde o diagnóstico do primeiro caso pediátrico, em 1984, foram notificados 479 casos, com igual distribuição entre sexos e com o modo de transmissão mais frequente a ser o contágio mãe-filho.

Ainda assim, desde a introdução do rastreio na gravidez o número de casos diagnosticados “diminuiu continuamente”.

Ordem dos Médicos
O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos afirmou que a falta de anestesistas obrigou a uma "redução...

"Há cerca de um ano, o Hospital Garcia de Orta perdeu 10 anestesistas - passou de 24 para 14 - e não consegue contratar outros", disse Jaime Teixeira Mendes, após uma reunião com a administração do Hospital Garcia de Orta, realizada esta sexta-feira.

"Há algumas cirurgias que só têm bloco de operações disponível de duas em duas semanas e o Hospital Garcia de Orta calcula que houve uma redução de 20/24 cirurgias por semana, o que representa um número muito grande ao fim de um mês", acrescentou.

Segundo Jaime Teixeira Mendes, a saída de médicos anestesistas do Hospital Garcia de Orta coincidiu com a entrada em funcionamento dos novos hospitais público-privados de Loures e Vila Franca de Xira.

"A lei permite que esses hospitais público-privados venham recrutar nos hospitais do SNS (Serviço Nacional de Saúde), como o Garcia de Orta, oferecendo melhores condições aos médicos", disse, lamentando que as administrações hospitalares só possam substituir os profissionais de saúde que deixam os hospitais públicos através de empresas de prestação de serviços.

"Defendemos que os hospitais públicos deveriam poder contratar médicos directamente, quando têm falta de especialistas, mas estão proibidos de o fazer pela nova lei, pelo que têm sempre de contratar através das empresas de prestação de serviços, o que tem sido um cancro para o SNS", disse.

Para Jaime Mendes trata-se de uma restrição incompreensível, uma vez que existe a convicção de que a contratação de médicos através de empresas de prestação de serviços, em detrimento da contratação directa pelos hospitais, "acaba por ficar muito mais cara" ao erário público.

"Além disso, essas empresas [de prestação de serviços] ficam com uns 30 a 40% do valor pago pelos hospitais e pagam muito menos aos médicos", acrescentou o Presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos.

Lusa

No âmbito da Semana Europeia do Teste VIH
Iniciativa decorre no dia 24 de Novembro entre as 11h00 e as 14h00, na Assembleia da República.

Os deputados da Assembleia da República vão ter uma manhã diferente no dia 24 de Novembro, segunda-feira. A todos será proposta a realização do teste à infecção pelo VIH no âmbito da Semana Europeia do Teste VIH, que decorre entre os dias 21 e 28 de Novembro. Alertar para a importância do diagnóstico precoce da infecção e incentivar os portugueses a realizarem o teste são os objectivos do GAT (Grupo de Activistas em Tratamento) ao dinamizar em Portugal esta iniciativa europeia.

Durante uma semana, por todo o país vários centros de saúde e associações disponibilizam-se para realizar testes ao VIH a todas as pessoas interessadas, além de promoverem informação sobre prevenção. Os profissionais de saúde dos centros aderentes proporão o teste a todas as pessoas que possam ter sido expostas ao VIH, que tenham sido diagnosticadas com outras doenças sexualmente transmissíveis, que tenham sido diagnosticadas com hepatite C ou tuberculose e que apresentem sinais ou sintomas da infecção por VIH.

Em Portugal estima-se que existam entre 38 mil e 62 mil pessoas infectadas, o que faz com que o nosso país tenha uma das prevalências mais altas de toda a Europa (entre os 0,7 e o 0,9 % - UNAIDS, 2013). Portugal encabeça assim a lista dos cinco países mais afectados por esta epidemia na Europa.

Em 2014, 685 organizações de 57 países da União Europeia vão disponibilizar durante uma semana testes ao VIH de forma rápida, gratuita e confidencial.

Em Portugal, o GAT, em parceria com 26 organizações da sociedade civil, proporá o teste (gratuito, confidencial e anónimo) de forma consistente fora dos contextos formais de saúde, facilitando assim o acesso ao teste do VIH. O GAT terá tendas no Largo de Camões, em Lisboa, onde qualquer pessoa poderá realizar o teste do VIH.

Em Angola
O director do Programa Africano de Luta Contra a Oncocercose inicia no domingo uma visita oficial a Angola, enquadrada nos...

Segundo um comunicado da Organização Mundial de Saúde (OMS) Jean-Baptiste Roungou realiza uma visita de seis dias a Angola, para reforçar o empenho das autoridades angolanas e dos parceiros internacionais do sector da saúde na luta contra a oncocercose, também conhecida por "cegueira dos rios".

Em Angola, a oncocercose é endémica em nove das suas 18 províncias, estimando-se que em 44 municípios mais de 2,5 milhões de pessoas estão expostas ao risco de contrair a doença.

A presença de Jean-Baptiste Roungou em Luanda visa igualmente motivar os agentes comunitários para o aumento das campanhas de sensibilização e mobilização social das populações em risco.

O Governo angolano tem em execução oito projecto sob direcção comunitária (TIDC), que cobrem mais de 3.240 comunidades endémicas, apoiadas pela OMS e o Programa Africano de Luta Contra a Oncocercose (APOC).

O comunicado da OMS adianta que apesar da inexistência de um estudo sobre o impacto socioeconómico da oncocercose em Angola, estima-se que os casos de cegueira causados pela doença afectam consideravelmente a mão-de-obra, desestruturam famílias e reduzem a sua capacidade de sustento familiar.

No continente africano, 31 países totalizam cerca de meio milhão de pessoas cegas, numa estimativa de 120 milhões de pessoas em risco, devido a oncocercose, a principal causa de cegueira em vários Estados de África.

Transmitida por uma mosca preta, denominada "zimúlio", a oncocercose é geralmente encontrada em regiões próximas de rios e com vegetação abundante, provocando igualmente infecções na pele, que se manifestam pela despigmentação e prurido persistente.

De acordo com a OMS, a doença pode ser eliminada com um tratamento massivo com ivermectina, administrado uma vez por ano em áreas de risco, sob direcção comunitária.

O APOC existe desde 1995, com vista a eliminar a oncocercose como um problema de saúde pública na região africana e as suas actividades tiveram início em Angola, em 2005. Desde então, as autoridades sanitárias angolanas têm executado a estratégia recomendada pelo APOC, que consiste no tratamento massivo com ivermectina, sob Direção Comunitária, que se baseia numa participação activa das comunidades locais.

O APOC fornece apoio técnico, material e financeiro a Angola, com a oferta de meios de transporte, realização de mapeamentos epidemiológicos, capacitação de técnicos de saúde e missões de supervisão.

Entre 2005 e 2010, Angola beneficiou de uma contribuição financeira do APOC de 1,3 milhões de dólares (cerca de um milhão de euros).

Cascais, Oeiras e Sintra
Mais de um terço dos utentes dos lares, centros de dia e serviços de apoio domiciliário de Cascais, Oeiras e Sintra têm...

O principal objectivo do diagnóstico foi identificar e caracterizar em termos sócio-demográficos as pessoas com demência, que são utentes dos equipamentos sociais nestes concelhos.

“Recolhemos informação junto destes equipamentos e conseguimos apurar que, de um total de 4.002 utentes, que representam a amostra do estudo, 938 têm diagnóstico de demência e outros 505 têm suspeita de demência”, disse hoje à agência Lusa Catarina Alvarez, coordenadora do projecto Cuidar Melhor, que apoia pessoas com demência e os seus cuidadores.

No total destes equipamentos, 36% dos utentes estão diagnosticadas com demência ou suspeita-se de terem esta doença.

“Se olharmos para a situação dos lares, a situação é ainda mais grave, já que aí o número ascende a 50%, se juntarmos as pessoas com diagnóstico e com suspeita de demência”, salientou Catarina Alvarez.

Para a coordenadora, é um número muito elevado e representa um problema que “ainda não está a ter a o enfoque devido”.

“Estamos com um problema grave a nível institucional”, disse, explicando que estas instituições têm cada vez mais pessoas com alterações cognitivas, mas a maior parte delas ainda não está preparada para as receber e prestar-lhes cuidados específicos.

Esta questão “tem de começar a ser encarada de frente de maneira a conseguir-se prestar cuidados de qualidade a essas pessoas”, defendeu.

Nos centros de dia, 30% dos utentes têm diagnóstico ou suspeita de demência, o que coloca “novos desafios” a estes equipamentos, que foram criados para um determinado público-alvo e “agora vêem-se confrontados com outras necessidades”.

“Esta resposta social foi criada para pessoas com uma relativa autonomia e muitas vezes a única solução que os cuidadores têm para não institucionalizar a pessoa num lar é colocá-la num centro de dia”, adiantou Catarina Alvarez.

Mas, explicou, “uma pessoa com demência necessita de um apoio muito maior das pessoas que estão nos equipamentos e essas pessoas também precisam de uma formação específica para lidar com estas questões, porque não é fácil e é preciso saber”.

O estudo verificou também que, numa população potencialmente atingida por demência, apenas 29% está sinalizada nos cuidados de saúde primários.

“Temos um problema de sub-diagnóstico, há uma série de pessoas que têm os sintomas e que não estão a ser devidamente acompanhadas porque não têm um diagnóstico formal”, disse Catarina Alvarez, considerando que ainda “há muita sensibilização a fazer na área do diagnóstico precoce”.

“As pessoas quando têm queixas de memória devem valorizar essas queixas junto dos seus médicos de família” e os clínicos quando “acharem pertinente” devem referenciar os doentes para especialistas.

Perante esta realidade, o estudo faz três recomendações: Sensibilizar a comunidade para esta problemática, investir na adequação dos equipamentos sociais a esta realidade e dar formação específica sobre demências aos dirigentes, técnicos e auxiliares destes equipamentos. Os dados apontam para a existência de 153 mil pessoas com demência em Portugal, das quais 90 mil têm doença de Alzheimer.

Segundo o ministro da Saúde
As empresas que subscrevam o acordo que prevê a contribuição da indústria farmacêutica de 180 milhões de euros em 2015 ficam...

Paulo Macedo falava aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura do acordo entre os ministérios das Finanças e da Saúde e a indústria farmacêutica, através do qual a indústria aceita “colaborar numa redução da despesa pública com medicamentos no ano de 2015, mediante uma contribuição no valor de 180 milhões de euros”.

A contribuição total das empresas associadas da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) e aderentes ao acordo apresenta como mínimo o valor de 135 milhões de euros.

Isto porque, como explicou Paulo Macedo, é fixado para o ano de 2015 um objectivo de despesa pública com medicamentos de 2 mil milhões de euros. Se esse valor for ultrapassado, os laboratórios terão de devolver o excedente em notas de crédito que os hospitais poderão usar na aquisição de fármacos, sem os pagar.

Desde 2012 que os ministérios e a Apifarma têm firmado acordos com vista à sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o acesso ao medicamento, mas este é o primeiro que é acordado antes da aprovação do orçamento do Estado e de ter início o ano ao qual se destina.

Para 2015, este acordo contempla uma novidade, já que as empresas que ao mesmo aderirem não irão pagar a taxa sobre vendas prevista no orçamento do Estado.

A existência em simultâneo do acordo com um imposto exige, segundo Paulo Macedo, que “o grau de controlo e fiscalização seja ainda maior”.

No final do encontro, o vice-presidente da Apifarma sublinhou o esforço que a indústria vem fazendo com estes acordos e que revela como esta “prefere a via do diálogo e da negociação”.

A indústria tem “procurado ajustar os objectivos de sustentabilidade do SNS a este momento particularmente difícil para Portugal”, adiantou Eduardo Pinto Leite.

Reunião da 'taskforce'
Desde 07 de Novembro, registaram-se 336 casos de 'legionella' no concelho de Vila Franca de Xira. Hoje no final da...

Ministro da Saúde declarou extinto surto que começou no dia 07

No final da última reunião da 'taskforce' constituída para acompanhar o surto de 'legionella' em Vila Franca de Xira, o ministro Paulo Macedo sublinhou a resposta dos hospitais que “trataram mais de 300 pneumonias”, sem que tal afectasse a produção normal destas unidades de saúde.

Segundo Paulo Macedo, os resultados laboratoriais agora divulgados reforçam a informação obtida anteriormente que apontam para uma relação entre as bactérias encontradas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal e as recolhidas para análise de doentes.

Trata-se de “uma informação que confirma todas as outras que já tivemos, em relação à fonte de emissão”, disse. Paulo Macedo ressalvou que ainda poderão ser conhecidos novos dados, uma vez que ainda há análises a decorrer.

 

Resultados das análises à Centralcer são 100% negativos

A Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) informou que deram negativos os resultados das análises realizadas às torres de refrigeração da empresa, na sequência do surto de 'legionella'.

"Os resultados das nossas análises chegaram ontem à noite [quinta-feira] e são 100% negativos. Enviamos os resultados ao início da manhã de hoje para as autoridades a fim de sermos libertados de qualquer condicionamento que existisse nas nossas instalações", adiantou hoje à agência Lusa o responsável da comunicação da SCC.

Nuno Pinto de Magalhães sublinhou que os resultados já foram recepcionados pelo inspector-geral do Ambiente, acrescentando que, face ao resultado negativo das análises, a Centralcer aguarda "a qualquer momento o levantamento de qualquer restrição ou condicionamento" imposto pelas autoridades à empresa situada na freguesia de Vialonga.

Na quinta-feira o inspector-geral do Ambiente disse que tinham sido levantados os mandados sobre as empresas DanCake e Solvay, pelo que estas empresas podiam voltar a laborar, depois de uma paragem devido à infecção por 'legionella', no concelho de Vila Franca de Xira.

Nuno Banza, inspector-geral do Ambiente, do Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, explicou, na ocasião, que as duas empresas provaram ter realizado procedimentos, nomeadamente de limpeza das torres de refrigeração, que garantem a laboração sem colocar em risco a saúde pública ou o ambiente.

Os casos que restam "serão levantados assim que as empresas comprovarem que cumprem as condições para poder laborar sem pôr em risco a saúde e o ambiente", acrescentou.

Nuno Pinto de Magalhães explicou que, à semelhança da DanCake e da Solvay, a Centralcer foi obrigada a realizar análises em laboratórios credenciados e indicados pelas autoridades.

"Os resultados das nossas análises é que só chegaram ontem à noite [quinta-feira] ", justificou o responsável pela comunicação da SCC.

Hoje, o director geral da saúde revelou que as bactérias encontradas em doentes com 'legionella' são semelhantes às detectadas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal.

 

Adubos de Portugal já tem autorização para tratar torres de refrigeração

A empresa Adubos de Portugal obteve na quarta-feira autorização da Inspecção Geral do Ambiente para tratar as torres de refrigeração ainda paradas devido ao surto de 'legionella'. O director geral da Saúde revelou que as bactérias encontradas em doentes com ´legionella´ são semelhantes às detectadas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal.

Antes de ser conhecido o resultado destas análises, fonte da Adubos de Portugal disse que "o pedido para realização do procedimento de tratamento necessário ao levantamento do mandado de suspensão do funcionamento das torres de refrigeração foi devidamente autorizado no dia 19 de Novembro pela Inspecção-geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território" (IGAMAOT).

Hoje, a empresa escusou-se a fazer qualquer comentário quando confrontada com os resultados divulgados no encontro da 'task force'.

 

38 pessoas continuam nos cuidados intensivos

Trinta e oito das 336 pessoas infectadas no surto de 'legionella' de Vila Franca de Xira continuam internadas nos cuidados intensivos, informaram as autoridades de saúde e ambiente, adiantando que o risco de infecção é agora "praticamente nulo".

"Trinta e oito doentes ainda se encontram em cuidados intensivos, 23 dos quais com suporte ventilatório", indica um comunicado distribuído aos jornalistas no final do último encontro da equipa composta por elementos de vários organismos da saúde e do ambiente.

O comunicado da Direcção-Geral da Saúde, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Inspecção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, adianta ainda que outros 183 doentes já tiveram alta.

Até ao momento ocorreram dez mortes confirmadas por Doença dos Legionários em doentes com idades compreendidas entre 52 e 89 anos (sete homens e três mulheres).

Desde 07 de Novembro, registaram-se 336 casos de 'legionella' e em 327 dos casos, os doentes foram internados em hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo, em três na região norte, e em cinco na região centro e um na região do Algarve.

O documento informa que tiveram já alta 179 doentes internados nos hospitais de Vila Franca de Xira e nos restantes hospitais de Lisboa e Vale do Tejo, um dos doentes internados nos hospitais do norte, dois no centro e um no Algarve.

Porque acontecem?
As cefaleias podem ser primárias ou secundárias a outras doenças, tais como traumatismo craniano ou
Dor de cabeça

O que são cefaleias?

Sensação dolorosa na cabeça.

Que tipos de dor de cabeça existem?

Existem vários tipos de cefaleias (dor de cabeça), com causas e significados diferentes. Estas podem ser primárias ou secundárias a outras doenças/acontecimentos (ex: traumatismo craniano, meningite, hipertensão arterial, punção lombar, etc).

Quais os sintomas das dores de cabeça?

As cefaleias mais frequentes são as chamadas cefaleias de tensão. Caracterizam-se por uma dor tipo pressão ou capacete, geralmente dos dois lados da cabeça, podendo estender-se à nuca e pescoço, piorando ao longo do dia, mas sem agravar com os movimentos ou esforços. Associam-se a situações de cansaço, stress, falta de repouso (não dormir bem ou não dormir o suficiente) e ansiedade.

As enxaquecas são o segundo tipo de cefaleias primárias mais frequentes. A dor de cabeça da enxaqueca habitualmente afecta apenas um lado da cabeça, é pulsátil, intensa, frequentemente incapacitante (perturbando a rotina diária da pessoa), piora com o esforço e pode estar associada a náuseas e vómitos, intolerância à luz (fotofobia), ao som (sonofobia) e a cheiros (osmofobia).

Pode ser desencadeada por vários factores, tais como estímulos visuais (luz / movimento), cheiros intensos, tensão emocional/stress, esforço físico, álcool, jejum prolongado, entre outros.

Algumas pessoas podem apresentar sintomas antes da dor, designados por "aura", alguns exemplos são alterações da visão (ver manchas negras, perder a visão num olho), sensação de formigueiros ou falta de força num braço.

Como se faz o diagnóstico das dores de cabeça?

O diagnóstico é feito com base no tipo de dor que o doente tem, que permite perceber qual o tipo de cefaleia. Habitualmente não são necessários exames complementares de diagnóstico.

Como se trata as dores de cabeça?

O tratamento das cefaleias de tensão deve ter em conta medidas não farmacológicas (ex: repor sono em falta, descansar, realizar exercício físico e evitar situações de stress), podendo estas ser complementadas com medicação antidepressiva, calmantes e relaxantes musculares.

O tratamento das enxaquecas, nas situações agudas, necessita de medicação que resulte no alívio rápido da dor. Em alguns casos, pode haver indicação para tomar medicamentos a longo prazo, para prevenir recorrência de novos episódios.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Bactérias de doentes semelhantes à encontrada na empresa
O director geral da saúde revelou que as bactérias encontradas em doentes com legionella são semelhantes às detectadas numa...

A revelação foi feita durante um encontro da 'task force' para lidar com a infecção por legionella que começou no dia 07 deste mês, em Vila Franca de Xira. O presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), também presente no encontro com os jornalistas, reiterou que "existe semelhança entre a legionella encontrada numa das torres de refrigeração da empresa Adubos de Portugal" e a detectada nos doentes.

Contactada pela Lusa, a empresa Adubos de Portugal escusou-se a comentar o assunto.

Segundo um comunicado conjunto dos vários organismos que compõem esta 'task force', lido pelo director geral da Saúde, Francisco George, desde o início do surto registaram-se 336 casos de doença dos legionários, dos quais dez morreram.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Estes dados – que estabelecem o cruzamento entre a bactéria encontrada nos doentes e na torre de refrigeração na empresa Adubos de Portugal – seguem agora para o Ministério da Saúde, segundo anunciou o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

Jorge Moreira da Silva esclareceu que, apesar de se manter o segredo de justiça – que há uma semana foi a razão apontada pelas autoridades para não revelar a origem do surto – os resultados agora disponíveis apresentam dados mais concretos.

“Estamos perante resultados que resultam de análises de cultura e uma coincidência com a estirpe clínica. Só se avança para este tipo de informação para o Ministério Público quando existem dados robustos”, disse.

O ministro adiantou ainda que são estes dados que irão, junto do Ministério Público, ajudar no esclarecimento sobre a existência de um “eventual crime ambiental em relação a esta empresa”, numa referência à Adubos de Portugal.

10 internados em estado crítico
O número de bebés que morreram por falta de oxigénio nas incubadoras de um hospital no leste do Paquistão aumentou para 15,...

Os 15 bebés, nascidos prematuramente, morreram no Hospital Universitário do distrito de Sarghoda, na província de Punyab, onde outros dez estão internados em estado crítico, de acordo com uma médica citada pela agência noticiosa espanhola Efe e que pediu anonimato.

A profissional explicou que o hospital carece dos recursos necessários para dar respostas às necessidades dos 60 a 70 bebés internados, muitos dos quais "precisam de cuidados especiais" por terem nascido antes dos nove meses de gestação.

"O hospital admite qualquer criança que se encontre em estado crítico, mas a ala infantil só tem 26 incubadoras precárias e 50 camas, que os menores dividem", relatou à Efe um administrador do centro, Ejaz Akram, na quarta-feira passada, quando os primeiros oito bebés morreram.

Na quinta-feira, outros quatro bebés morreram no hospital e, hoje de madrugada, mais três, entre eles dois gémeos e um recém-nascido, com dois dias.

Esta é a segunda tragédia deste tipo em dois meses na província de Punyab, onde outros sete bebés morreram em Setembro passado em incubadoras do Hospital do distrito de Vihari.

Notícias revelam falta de tratamento desde Junho
Desde Junho que vários hospitais públicos e privados têm sentido a ruptura de stock de fármacos para o cancro da bexiga, deu...

O Jornal de Notícias revelou que face à ruptura de stock de fármacos para o cancro da bexiga há doentes que não estão a fazer o tratamento adequado, dando conta que o Infarmed não tem ainda uma data para repor o medicamento em causa, o BCG-MEDAC. De acordo com a informação avançada pelo jornal, o medicamento BCG-MEDAC escasseia desde Junho deste ano. Face a esta notícia o Infarmed emitiu a seguinte informação:

1. Atendendo a problemas de fabrico do medicamento BCG-MEDAC, reportados pelo fabricante sedeado na Holanda, este medicamento está em ruptura no mercado europeu desde Junho de 2014.

2. Desde a notificação da ruptura, o Infarmed tem mantido contactos frequentes com o titular de autorização no mercado deste medicamento.

3. Apesar da ruptura, o medicamento esteve sempre acessível para o tratamento dos doentes portugueses, através das autorizações especiais que o Infarmed tem concedido de modo a não prejudicar os tratamentos.

4. De acordo com informação disponibilizada pelo titular da autorização de introdução no mercado, Medac, GmbH, a sua reposição, em condições normais, está prevista para Abril de 2015.

5. Atendendo ao impacto da falta deste medicamento nos doentes em tratamento, o Infarmed criou um mecanismo especial para aprovação em 24 horas de pedidos de autorização especial solicitados pelos hospitais para importar o medicamento.

6. Para o efeito, o Infarmed criou a “Via Verde BCG MEDAC”, que passa a estar acessível pelos hospitais através do endereço [email protected].

7. Este mecanismo consiste num canal prioritário, que visa minimizar os impactos provocados pelo fabricante e permitir uma resposta rápida aos hospitais para facilitar o acesso a este medicamento.

Estudo da Ordem dos Enfermeiros
Idosos carenciados, maioritariamente mulheres, com baixa escolaridade e elevada incapacidade e dependência são o retrato da...

O estudo da Secção Regional Sul da Ordem dos Enfermeiros (OE) visou caracterizar as 117 unidades de internamento da rede na região sul do país, descrever a sua população e as equipas de enfermagem. Do total das 117 unidades, 44 aceitaram participar no estudo, tendo a amostra envolvido 1.049 pessoas internadas, com uma média de idades de 74 anos. Mais de metade (57%) das pessoas internadas na rede têm dependência total e 40% uma dependência leve, moderada ou severa, disse o presidente da secção regional sul da Ordem dos Enfermeiros, Alexandre Tomás.

Estes dados demonstram que 97% da população que hoje está na rede tem um nível de dependência efectiva para as actividades diárias, adiantou o enfermeiro.

Para Alexandre Tomás, esta realidade “exige um conjunto de cuidados de saúde” e o “reforço de equipas com enfermeiros e enfermeiros especialistas para prevenir um conjunto de complicações e promover a recuperação destas pessoas”.

Observou ainda que 70% das pessoas que estão internadas nestas unidades “têm risco de queda”, o que obriga ao acompanhamento permanente destes doentes.

Quarenta por cento dos utentes têm mais do que uma doença. Destes, 10% têm mais de três patologias, o que significa “uma enorme necessidade em cuidados de enfermagem”, sublinha o estudo.

Nas 44 unidades trabalham 452 enfermeiros, faltando 659 para assegurar os cuidados. Esta situação leva a que os enfermeiros que trabalham nestes equipamentos tenham “um volume de trabalho muito significativo”, disse Alexandre Tomás.

“Não só fazem mais horas, como a necessidade de cada uma das pessoas que está internada coloca uma pressão muito grande no trabalho do enfermeiro”, sublinhou.

Advertiu que esta carga de trabalho pode condicionar a segurança das intervenções e, sobretudo, os processos de recuperação da saúde destas pessoas.

“Há um limiar de segurança que os enfermeiros asseguram, mas há um conjunto de actividades que deviam ser desenvolvidas e não são porque não há recursos disponíveis”, lamentou.

O estudo refere que “o reforço de recursos humanos permitiria também o desenvolvimento de projectos na capacitação de cuidadores para uma melhor preparação da alta e assim evitar reinternamentos, agudizações das doenças crónicas e também perdas de capacidades das pessoas com alta destas unidades”.

As 117 unidades de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) da região sul dão resposta a 4,4 milhões de habitantes, sendo que 851.694 habitantes têm mais de 65 anos, representando 19,2% da população.

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