Estudo britânico
Quase um em cada três casos de depressão entre jovens adultos britânicos pode estar relacionado com “bullying” sofrido na...

Investigadores publicaram dados na revista BMJ segundo os quais os adolescentes vítimas de práticas de agressão ou intimidação reiterada pelos pares tendem muitas vezes a sofrer mais tarde.

Os peritos analisaram as conclusões de um grande projeto em Bristol, Inglaterra, que se debruçou sobre a saúde de 14.500 residentes desde os primeiros anos da década de 90.

Numa fase do projeto, cerca de 4.000 participantes preencheram um questionário aos 13 anos e foram rastreados novamente cinco anos mais tarde para sintomas de depressão.

Em 683 pessoas que reportaram ter sofrido "bullying" pelo menos uma vez por semana aos 13 anos, cerca de 15 por cento estavam deprimidas aos 18 anos.

Isto foi quase o triplo da taxa para os adolescentes que não se incluíram neste parâmetro.

De janeiro a março
A despesa dos utentes com medicamentos aumentou, entre janeiro e março, 0,3%, o equivalente a mais 490 mil euros, face ao...

No mesmo período, o número de embalagens de fármacos dispensadas cresceu 1,6%, para mais 615 mil, tendo os encargos dos utentes do Serviço Nacional de Saúde diminuído 1,3%, sendo agora de 4,47 euros e 3,14 euros por embalagem no caso, respetivamente, de medicamento de marca e medicamento genérico.

Em comunicado, o Infarmed, autoridade nacional do medicamento, adianta que a quota de genéricos comercializados em Portugal aumentou, no primeiro trimestre deste ano, 1,2%, para os 46,9%, face a igual período de 2014.

A nota assinala que, no quadro de um acordo com as farmácias para a promoção da saúde pública, foi estabelecido um sistema de incentivos à venda de genéricos, cujo pagamento decorrerá em junho.

Relatório da Direção-Geral da Saúde
Dos 41 hospitais do Serviço Nacional de Saúde que fazem cirurgias, 22 não realizam qualquer auditoria ao cumprimento das normas...

O documento do Departamento da Qualidade na Saúde da Direção-Geral da Saúde (DGS) lembra que “em todas as cirurgias deve proceder-se ao registo da utilização” da chamada “Lista de Verificação da Segurança Cirúrgica”, que serve para evitar erros como intervenções no local errado do corpo ou esquecimento de objectos dentro do doente. O objetivo, escreve o Público Online, passa também por reduzir as infeções no local das cirurgias e as complicações no pós-operatório.

No ano passado só seis dos 41 hospitais públicos e mais uma unidade convencionada entregaram à DGS os relatórios de monitorização da implementação destas normas. A DGS optou por insistir diretamente com as Comissões da Qualidade e Segurança de cada unidade e conseguiu mais respostas. No total, foi possível concluir que 16% das utilizações das listas não são feitas de acordo com as normas. No entanto, este total é calculado apenas com os dados de 29 entidades, já que “12 indicaram não dispor desta informação ou apresentaram o valor de zero”.

Concretamente sobre as auditorias, no total foram feitas 1861 em 2014. Porém, há uma grande variação entre as instituições, com os valores a variarem entre as duas e as 590 auditorias e com 22 hospitais a admitir que não fizeram nenhuma. A recolha dos dados condiciona as conclusões da DGS: por exemplo, a taxa média do local cirúrgico errado ficou-se nos 0,02%, mas só dois hospitais deram informação e 39 disseram não ter estes valores. Também a taxa de procedimentos errados foi de 0,004% mas teve apenas como base um hospital. O indicador mais completo, apresentado por 40 das 41 entidades, diz respeito a intervenções nos doentes errados, que foi de 0%.

Os dados de três hospitais permitiram também apurar que em 0,098% das intervenções ficaram retidos objectos estranhos no corpo dos doentes. As restantes 38 unidades apresentaram valores de zero. Já duas unidades comunicaram que 0,25% dos doentes morreram durante as cirurgias e as outras 39 apresentaram valores zero – o que leva a DGS, nas recomendações, a apelar ao preenchimento de mais dados, apesar de reconhecer que têm existido problemas informáticos que dificultam os procedimentos.

Segunda edição
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação lançou hoje a segunda edição de uma campanha de apelo à dádiva de sangue,...

A campanha “Give Nexcare”, que se realiza este ano pela segunda vez, resulta de uma parceria entre o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e a área farmacêutica da empresa 3M Portugal e tem como objetivo consciencializar a população sobre a importância desta atitude solidária.

“A escassez de dadores de sangue é um problema que a sociedade enfrenta nos dias de hoje. Cabe a cada um de nós inverter esta tendência e com um pequeno gesto podemos ajudar quem mais precisa”, salienta o IPST.

Sob o lema “faz a diferença, salva uma vida”, a campanha tem este ano como embaixadora a atriz Sara Prata.

O alerta e apelo à dádiva surgem numa altura em que as dádivas habitualmente começam a descer, tendência que se costuma manter durante o verão.

Segundo dados do IPST, atualmente existe a nível nacional uma reserva de 12.567 unidades, sendo que a reserva do instituto é de 6.450.

Este valor nacional indicia já uma quebra de 29%, uma vez que no início do ano a reserva nacional era de 17.620 unidades.

Quanto aos tipos de sangue, o IPST tem atualmente reserva de nove dias para os 0 (zero) negativos e positivos, de 14 dias para os A+ e de 10 dias para os A-.

A nível nacional, existem disponíveis reservas de 14 dias para 0 positivo e de 21 dias para 0 negativo, de 19 para A+ e de 22 para A-.

Aspectos importantes e impacto na actividade desportiva
A patologia temporomandibular é uma causa importante e frequente de dor facial.

Actualmente existe um maior enfoque sobre esta temática, contudo ainda é relativamente comum esta patologia ser subdiagnosticada. Este artigo tem como objectivo, não só dar algumas noções básicas sobre a patologia temporomandibular, como também alertar para a importância da mesma. Por último, pretende chamar a atenção para o impacto desta patologia na actividade desportiva.

Começando pela base, ou seja, pela anatomia é importante saber que o crânio possui duas articulações temporomandibulares. Cada articulação temporomandibular é formada pelo côndilo da mandíbula e pela porção escamosa do osso temporal e compreende um disco articular ou menisco. A articulação temporomandibular tem três graus de movimento. Os músculos temporais, masseteres e pterigoideus mediais e laterais são os responsáveis pelos movimentos de elevação/depressão, protusão/retropulsão e de lateralidade da articulação temporomandibular. A inervação dos músculos mastigatórios é da responsabilidade do nervo trigémeo (V par craniano).

Segundo a Academia Americana de Dor Orofacial, a patologia da articulação temporomandibular pode ser dividida em dois grandes grupos: patologia temporomandibular relacionada com o componente muscular (miogênica) e patologia temporomandibular relacionada com o componente articular (artrogênica), sendo que o primeiro grupo é o mais frequente.

Para uma classificação mais rigorosa, o International Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) Consortium (apoiado na International Association for Dental Research), defende uma avaliação mais completa que compreende dois eixos principais e que incluem o diagnóstico clínico e a avaliação da dor e função, assim como o estado psicológico e o nível de incapacidade psicossocial relacionada com a patologia da articulação temporomandibular. Os Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), foram substituídos pelos Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (DC/TMD) em 2014 para fins clínicos e de investigação.

Fazendo uma análise demográfica e tendo como base os dados americanos, há a realçar que 5 a 10% da população dos Estados Unidos da América apresenta patologia temporomandibular. Esta patologia é mais frequente e de início mais precoce em indivíduos da raça caucasiana, afecta predominantemente indivíduos do sexo feminino num rácio homem/mulher de 1 para 4 e é mais prevalente em adultos jovens, na faixa etária dos 20 aos 40 anos.

Uma história clínica e um exame físico completos, incluindo uma história e exame dentário, são fundamentais ao diagnóstico e orientação terapêutica de doentes com patologia temporomandibular. A dor periauricular, associada à mastigação, que pode irradiar para a cabeça é o sintoma mais frequente. Podem existir sons (clicks e pops) associados à dor, assim como limitação da abertura da boca e episódios de bloqueio mandibular. Cefaleias, otalgias, cervicalgias, omalgias e tonturas são outros sintomas que podem estar presentes.

Relativamente aos meios complementares de diagnóstico, estes devem ser pedidos de acordo com a indicação clinica. Dependendo do caso clinico, os meios complementares de diagnóstico a pedir podem incluir os exames laboratoriais (se existe a suspeita de doença sistémica como causa), a radiografia (o perfil de Schuller é o mais utilizado), a ecografia (mais usada para estudo de lesões de partes moles) e a RMN (é o exame mais especifico, geralmente é o exame de eleição se o paciente tiver indicação cirúrgica). A análise quantitativa da força de oclusão usando o fenómeno fotoplástico de alguns polímeros e a análise cefalométrica pelo método de Delaire são outro tipo de testes possíveis, em situações específicas. Excepcionalmente pode ser necessário efectuar uma artroscopia diagnóstica.

A maioria das patologias da articulação temporomandibular são autolimitadas e não tendem a evoluir. Por outro lado, o tratamento da patologia da articulação temporomandibular crónica envolve uma equipa multiprofissional e um tratamento mais abrangente.

O tratamento conservador desta patologia deve sempre incluir a educação do doente e pode compreender o tratamento farmacológico, o tratamento de reabilitação, as ortóteses estomatológicas e o tratamento psicológico. Da educação do doente deve fazer parte o esclarecimento da patologia e do prognóstico provável. Os doentes devem tomar conhecimento dos sinais de deterioração e das medidas de autocuidado. O tratamento farmacológico pode incluir medicação anti-inflamatória, analgésica, relaxante muscular e antidepressiva, entre outras. Em situações determinadas, pode ser necessário efectuar procedimentos mais específicos, nomeadamente infiltrações com toxina botulínica, infiltrações com ácido hialurónico e infiltrações com plasma rico em plaquetas. O tratamento de reabilitação é importante tanto nas situações não cirúrgicas como nas situações cirúrgicas. Nestas últimas, o tratamento de reabilitação é parte integrante do tratamento tanto pré como pós operatoriamente. O período de tempo e a sequência do protocolo de tratamento pós-operatório podem variar, entre outros factores, com a resposta do doente à reabilitação e com a extensão do dano tecidular envolvido. O tratamento de reabilitação pode também incluir técnicas de relaxamento usando biofeedback electromiográfico e acupunctura. As ortóteses estomatológicas a utilizar são diversas e devem ser prescritas de acordo com a indicação clinica. As bases fisiológicas para o seu uso assentam no alívio da dor por alterações das relações de oclusão e redistribuição das forças de oclusão. O tratamento psicológico é fundamental em pacientes com perfil psicopatológico ou níveis elevados de ansiedade.

O tratamento cirúrgico geralmente inclui três procedimentos principais: a artrocentese, a artroscopia e a artroplastia. O grau de invasibilidade e de morbilidade aumenta segundo a ordem apresentada. Em situações de maior gravidade que não respondem a nenhum outro procedimento, pode ser necessário efectuar artroplastia da articulação temporomandibular.

A maioria dos doentes com patologia temporomandibular responde ao tratamento conservador e o prognóstico é bom. Em casos de envolvimento secundário da articulação temporomandibular, o prognóstico depende da doença primária. Nas situações de maior gravidade pode ser necessário efectuar tratamento cirúrgico.

A actividade desportiva, principalmente ao nível da alta competição, compreende metodologias de treino muito complexas e objectivos competitivos extremamente exigentes. Este contexto e estas condicionantes podem contribuir para níveis de stress e ansiedade muito elevados. Em atletas com determinado perfil psicopatológico, tais condicionantes podem levar a um maior risco de desenvolvimento de patologia temporomandibular. Por sua vez, é também importante salientar que se for diagnosticada patologia temporomandibular num atleta, esta condição clínica pode influenciar negativamente o rendimento desportivo do mesmo. Pelo explicitado, é fundamental identificar precocemente e correctamente estas situações, efectuando pesquisa primária e/ou orientando os atletas para centros de referenciação especializados nesta área.

NOTA: A autora decidiu redigir o texto não utilizando o acordo ortográfico.

 

Dra. Isabel Lopes, Directora do Departamento de Medicina Física e Reabilitação da Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre – FIFA Medical Centre of Excellence

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Serviço de aconselhamento
A Sexualidade em Linha é um serviço de aconselhamento sobre sexualidade, criado em junho de 1998 pelo Instituto Português da...

Inicialmente destinada a apoiar os mais jovens, ao longo de 17 anos de atividade a Sexualidade em Linha tornou-se um serviço público permanente no atendimento a jovens mas também a profissionais, e a mães e pais, contribuindo para o aconselhamento e prevenção de situações relacionadas com a saúde sexual e reprodutiva da juventude portuguesa.

Trata-se de uma linha de ajuda telefónica, anónima e confidencial, que informa, encaminha e esclarece dúvidas sobre Saúde Sexual e Reprodutiva, tais como questões sobre relações de namoro, amizade, conjugalidade, contraceção, gravidez e gravidez não desejada, violência sexual, infeções sexualmente transmissíveis e orientação sexual. É a única linha telefónica de ajuda em Portugal com estas características e contribui ativamente para a promoção de escolhas livres, informadas e comportamentos sexuais seguros, advogando a sexualidade e a afetividade como componentes essenciais da intimidade e das relações interpessoais, indispensáveis ao bem-estar e equilíbrio de todas as pessoas.

Factos e números:

• A Sexualidade em Linha recebe em 2014 cerca de 4.000 chamadas e deu resposta a mais de 1.300 e-mails, contactos efetuados na sua maioria por pessoas do sexo feminino, que representam cerca de 86% do total de utilizadores e utilizadoras do serviço.

• Numa primeira fase de funcionamento da linha, verificou-se que o grupo que mais recorria a este serviço situava-se na faixa etária dos 16 aos 18 anos de idade, sendo que em 2014 cerca de 57% dos seus utilizadores tinham entre os 18 e os 25 anos, seguidos dos maiores de 30 anos, com cerca de 16% das chamadas efetuadas.

• Em 2014, 70% das questões colocadas relacionavam-se com o tema "Métodos Contracetivos", entre as quais se destacaram dúvidas sobre a toma da pílula, nomeadamente o esquecimento e a interação medicamentosa.

“O balanço de 17 anos de atividade da Sexualidade em Linha, por telefone e mais recentemente também por e-mail, demonstra as potencialidades deste serviço pela sua acessibilidade, confidencialidade, absoluto anonimato e especialização dos profissionais que fazem o atendimento e garantem a transmissão de informação”, sublinha Paula Pinto, Coordenadora Sexualidade em Linha.

“A Sexualidade em Linha é um verdadeiro serviço público, ao qual qualquer pessoa pode recorrer para esclarecer dúvidas sem necessidade de marcar consultas. Desempenha um papel fundamental ao nível dos cuidados de saúde primários, garantindo um primeiro atendimento e o encaminhamento no âmbito da saúde sexual e reprodutiva. Além disso, permite respostas imediatas sobre dúvidas que não podem esperar, como são exemplos as situações relacionadas com o uso da contraceção e as Infeções Sexualmente Transmissíveis”, conclui a responsável.

A Sexualidade em Linha tem também registado uma procura crescente por parte de profissionais de saúde que procuram esclarecer questões específicas sobre saúde sexual e reprodutiva, que lhes são colocadas pelos seus utentes. São exemplos, casos de enfermeiros e enfermeiras que ligam e passam a chamada aos seus utentes e de farmacêuticos que procuram informações técnicas sobre o uso da contraceção ou sobre um determinado método contracetivo.

Em 2014, a experiência da Sexualidade em Linha orientou a criação pela APF e o IPDJ de uma segunda linha de apoio telefónico - a Linha do Professor. Um serviço que é destinado a apoiar os docentes na implementação de programas de educação sexual nas suas escolas, dando assim continuidade e reforçando a promoção da saúde sexual e reprodutiva nas suas dimensões física, comportamental e afetiva, junto das crianças, jovens e famílias portuguesas. 

Durante três dias na Escola de Coimbra
Profissionais debatem os contextos de alta complexidade, e por vezes de imprevisibilidade, que dominam os ambientes clínicos....

Que desafios se colocam, hoje, aos enfermeiros e à equipa multiprofissional de saúde, nos contextos de alta complexidade que caraterizam os diversos ambientes clínicos? Esta é a pergunta de partida para a realização, já entre os dias 4 e 6 de junho de 2015, do “III Congresso Internacional de Enfermagem Médico-Cirúrgica - Gerir a (im)previsibilidade e complexidade”, que a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) acolhe e no âmbito do qual se procuram respostas, quer ao nível da prática clínica, da gestão dos cuidados, da investigação e da formação dos profissionais.

Organizado pela Associação de Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica e pela Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem Médico-Cirúrgica da ESEnfC, este congresso propõe uma discussão em torno do conhecimento e da investigação que se vem produzindo na área da Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica e na área da Enfermagem à Pessoa com Doença Crónica e Paliativa.

«Os ambientes clínicos são cada vez mais considerados contextos de alta complexidade, e por vezes de imprevisibilidade, não só pela natureza dos cuidados aí prestados, como pela tecnologia que lhes está associada. As crescentes necessidades de cuidados e a multiplicidade de contextos do cuidar têm conduzido ao desenvolvimento de novas respostas aos processos de transição da pessoa e família, ao longo do seu ciclo vital», constatam os promotores do “III Congresso Internacional de Enfermagem Médico-Cirúrgica”, cuja sessão solene de abertura está agendada para a próxima sexta-feira (dia 5 de junho, às 9h00), nas instalações da ESEnfC - Polo A, situada na Avenida Bissaya Barreto, em Celas.

“Complexidade e imprevisibilidade”, “Eventos adversos e cultura de segurança”, “O enfermeiro especialista no sistema de saúde - custo ou investimento”, “Colheita de órgãos na PCR (paragem cardiorrespiratória) irreversível” e “A música como instrumento de cuidado, de bem-estar e de qualidade de vida” são os títulos das conferências programadas para os dias 5 e 6 de junho.

Já o dia 4 (atividades pré-congresso) está reservado para vários pequenos cursos e workshops sobre matérias relevantes no domínio da Enfermagem Médico-Cirúrgica.

Profissionais da Direção-Geral da Saúde, representantes da Ordem dos Enfermeiros, de hospitais e de serviços de saúde, professores universitários, enfermeiros e médicos especialistas integram a equipa de preletores portugueses e espanhóis convidados para o encontro.

Mais informações sobre o programa e os oradores do “III Congresso Internacional de Enfermagem Médico-Cirúrgica” podem ser obtidas no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/congemc, espaço onde, até dia 6, ainda será possível realizar a inscrição no encontro.

Estudo
A perturbação de processamento auditivo atinge 5% das crianças portuguesas, tendo consequências a vários níveis, nomeadamente...

Segundo o estudo, assinado por Cristiane Nunes e divulgado na última edição do jornal online da Universidade do Minho (UMinho), 83% das crianças com baixo desempenho nos testes de perturbação de processamento auditivo (PPA) feitos durante a investigação tinham notas inferiores aos restantes colegas.

Cristiane Nunes sublinha que a PPA tem ainda consequências na socialização, na realização das tarefas do dia-a-dia, e, em alguns casos, na gaguez e na dislexia.

Autora do primeiro livro dedicado àquele tema em Portugal, que acaba de ser publicado, Cristiane Nunes explica que a PPA se traduz na incapacidade em interpretar sons, sendo, por isso, diferente de surdez.

“Enquanto uma pessoa surda nem sempre consegue detetar os sons, a que tem PPA apresenta dificuldade em interpretar o que ouviu e em perceber mudanças acústicas rápidas. Além disso, costuma demorar mais tempo para processar a informação que passa pelo nervo auditiva”, refere.

O livro baseia-se no doutoramento feito no Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC) da UMinho, que começou pela elaboração de testes padronizados para a população portuguesa, recorrendo a uma amostra de 60 crianças dos 10 aos 13 anos, sendo que a base de dados contém hoje mais de 500 pacientes.

Os resultados obtidos nos testes mostram que as crianças com problemas de audição apresentam maior dificuldade no desempenho escolar, na comunicação, na leitura, na escrita e na articulação.

“Algumas não conseguiram repetir, por exemplo, um conjunto de números depois de os ter ouvido ou distinguir entre sons curtos, longos, agudos e graves. Isso tem implicações na leitura, escrita, fala e na forma como a informação é interpretada”, afirma.

Os sintomas associados variam em função da idade e da intensidade da perturbação.

Em crianças com menos de 5 anos, verifica-se um atraso na aquisição da fala e, especialmente, dos sons “r” e “l”, o que as leva, muitas vezes, a pronunciarem “plato” em vez de “prato”.

A partir dos 7 anos, recorrem a expressões como “hein?” e “quê?”, são mais distraídos e não percebem de imediato o que dizem o professor e os colegas em contexto de trabalho de grupo.

“Sem tratamento, o problema arrasta-se para a vida adulta, tendo repercussões no sucesso profissional, social e amoroso”, alerta a investigadora.

Sublinha que os diagnósticos de PPA podem ser obtidos a partir dos 6 anos e que a quase totalidade das crianças normaliza após a realização de exercícios e técnicas que estimulam a formação de novas conexões no nervo auditivo.

“O segredo está no tratamento precoce da perturbação”, diz a especialista, que no seu livro recomenda o envolvimento dos educadores no processo de deteção.

Diz que há testes do CIEC capazes de detetar os casos mais graves e que, se fossem aplicados no início do 1.º ciclo, contribuiriam para eliminar "pelo menos metade das ocorrências".

"O objetivo é identificar os alunos mais afetados e reencaminhá-los para um audiologista ou terapeuta da fala”, realça.

O tratamento personalizado pode, por exemplo, ajudar em caso de gaguez e atraso na linguagem, além de munir as crianças disléxicas de estratégias para melhorar a sua leitura e escrita.

Segundo Cristiane Nunes, a PPA é discutida desde a década de 1950 nos Estados Unidos da América e, pelo menos, desde 1980 no Brasil, ao passo que em Portugal o tema ainda “é pouco abordado”.

“O Estado não comparticipa os exames nem o tratamento, serviços que também só estão disponíveis em cinco ou dez locais. Ainda há um longo caminho a fazer”, remata.

A partir de julho
A vacina Prevenar vai passar, a partir de julho, a ser gratuita para todos os doentes com infeção por VIH/sida, para doentes...

Segundo uma norma publicada na segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), estes são alguns dos grupos de risco definidos para quem é recomendada e gratuita a vacina Prevenar, que previne doenças provocadas pela bactéria pneumococo, como a pneumonia, meningite, otite e septicemia.

Esta vacina passa também a 1 de julho a estar integrada no Programa Nacional de Vacinação, sendo gratuita nos centros de saúde para todas as crianças nascidas a partir de 1 de janeiro deste ano.

Na norma publicada na segunda-feira, a DGS definiu os grupos de risco com direito a vacina da Prevenar gratuita, que foram identificados “em função dos potenciais ganhos em saúde a obter”.

Assim, passam a estar poder estar abrangidas pela vacina gratuita todas as crianças e adultos com infeção por VIH/sida e para todos os portadores ou candidatos a implantes cocleares (dispositivo auditivo para perda auditiva profunda bilateral).

Nas crianças e jovens até aos 18 anos, passam também a ser abrangidos pela vacina gratuita os diabéticos, os doentes cardíacos crónicos, os doentes hepáticos crónicos, os insuficientes renais e crianças ou jovens com algumas patologias respiratórias crónicas (como fibrose quística ou insuficiência respiratória crónica).

Estão ainda contemplados os menores de 18 anos com síndrome de Down, com síndrome nefrótico, crianças com cancros ativos, para dadores de medula óssea ou em casos de pre´-transplantação de órgãos.

No caso dos adultos, são abrangidos pela vacinação gratuita as pessoas com implantes cocleares (candidatos ou portadores), os portadores de VIH/sida, os recetores de alguns transplantes, doentes de células falciformes e pessoas com algumas neoplasias, como leucemias ou linfomas.

A DGS define ainda, para os adultos, um grupo de risco a quem é recomendada a vacina, mas sem ter direito a ela de forma gratuita. Neste grupo estão doentes respiratórios crónicos, adultos com insuficiência renal ou com doenças cardíacas crónicas, entre outros.

A vacina Prevenar passou, desde segunda-feira, a ter uma comparticipação estatal de 15% para todos os cidadãos que se dirijam à farmácia com receita médica.

Comissão Europeia aprova
A Comissão Europeia aprovou, no passado dia 27 de Maio, uma nova indicação de Esmya® 5mg, para o tratamento intermitente de...

Esta decisão vem no seguimento da opinião positiva de 23 de Abril de 2015 do Comité Europeu para os Produtos Medicinais para uso Humano (CHMP) da Agencia Europeia do Medicamento (EMA), e que passou a ser aplicável, com efeitos imediatos, a todos Estados membros da Comunidade Europeia.

A indicação inicial de curto prazo atribuída a Esmya® em 2012, para o tratamento pré-operatório dos sintomas moderados a severos relacionados com miomas uterinos em mulheres adultas e em idade reprodutiva, mantem-se igualmente em vigor. A nova extensão da indicação vem dar uma nova alternativa às mulheres com Miomas Uterinos sintomáticos, que a partir de agora poderão beneficiar do primeiro tratamento médico aprovado para uso de longo prazo no controlo desses mesmos sintomas, podendo assim adiar ou evitar a cirurgia (Histerectomia ou Miomectomia).

Esta decisão da aprovação da nova indicação foi baseada nos resultados de 2 estudos de fase III de longo prazo - PEARL III e PEARL IV - ambos desenhados para avaliar a eficácia e segurança do acetato de ulipristal (UPA) no tratamento intermitente de longo prazo dos miomas uterinos sintomáticos:

  • Estudo PEARL III e extensão avaliou a eficácia e segurança do acetato de ulipristal (UPA) 10mg por um período de 4 ciclos intermitentes com a duração de 3 meses cada, com intervalos de 2 menstruações entre cada ciclo adicional de tratamento(1).
  • Estudo PEARL IV avaliou a eficácia e segurança do acetato de ulipristal (UPA) 5mg e 10mg por um período de 4 ciclos intermitentes com a duração de 3 meses cada, com intervalos de 2 menstruações entra cada ciclo adicional de tratamento (2).

Ambos os estudos confirmaram a eficácia e segurança do acetato de ulipristal (UPA). A eficácia foi demonstrada através da redução das percas sanguíneas, redução do volume dos Miomas, redução da intensidade da dor e na significativa melhoria na qualidade de vida das mulheres com Miomas Uterinos sintomáticos.

Os resultados do estudo PEARL IV demonstraram que 70% das doentes e fazer 5mg de UPA entraram em amenorreia após o 4º ciclo de tratamento e a redução do volume dos miomas vs. baseline foi em média de -71,8%, durante o período estudado.

O uso de acetato de Ulipristal (UPA) demonstrou uma significativa melhoria na qualidade de vida e na redução da dor, quando comparados com baseline, mesmo durante os intervalos de tempo entre os diversos ciclos de tratamento.

Segundo o Dr. Dace Matule, um dos investigadores dos estudos PEARL III e PEARL IV estes resultados confirmam os benefícios do uso repetido e intermitente com Esmya® no tratamentomédico de longo prazo dos miomas uterinos sintomáticos. Agora já temos a oportunidade de propor um tratamento médico às mulheres que sofrem desta patologia, que poderá potencialmente evitar ou adiar intervenções cirúrgicas”.

Sobre os Miomas Uterinos

Os miomas uterinos são os tumores benignos mais frequentes do trato genital feminino, afectando 20% a 40% das mulheres em idade fértil. Esta situação é caracterizada por percas sanguíneas uterinas excessivas, anemia, dor, desconforto e infertilidade.

Os Miomas Uterinos sintomáticos representam a primeira causa de histerectomia. Estima-se que na Europa se realizem 300.000 cirurgias/ano devido a miomas uterinos, das quais 230.000 são histerectomias.

Até à presente data as alternativas médicas disponíveis tinham apenas indicação para o tratamento de curto prazo, limitando assim o seu uso prolongado. Em determinados casos a cirurgia (Histerectomia ou Miomectomia) poderá não estar indicada devido a contra-indicações médicas específicas, ou por razões de preferência pessoal da mulher, que poderá preferir optar pelo controlo dos sintomas até á idade da Menopausa, período onde os mesmos regridem naturalmente. Com a aprovação desta nova indicação do tratamento intermitente de longo prazo essa possibilidade tornou-se agora uma realidade, o que comprovadamente vem preencher uma lacuna terapêutica no tratamento médico dos miomas uterinos sintomáticos.

Sobre Esmya®

Esmya® contém 5mg de acetato de Ulipristal (UPA) por comprimido e é o primeiro de uma nova classe terapêutica denominada de “Modelador Seletivo dos Recetores da Progesterona” apresentando uma actividade mista agonista/antagonista, dependente do tecido alvo.

Como previamente publicado, em 2012, no “New England Journal of Medicine” 3,4,5 ficou provado que o tratamento de curto prazo com Esmya® demostrou ser eficaz e seguro no controlo hemorrágico, correcção da anemia, redução do volume dos miomas e na significativa melhoria da qualidade de vida destas doentes.

Mais recentemente, em 2014 e 2015, novos estudos (1,2) vieram demonstrar a eficácia e segurança no uso intermitente de longo prazo com Esmya® no tratamento dos miomas uterinos sintomáticos, permitindo que muitas destas mulheres possam agora decidir adiar ou evitar intervenções cirúrgicas (Histerectomia ou Miomectomia) devido a esta patologia.

1 Donnez J, Vazquez F, Tomaszewski J, et al. Long-term treatment of uterine fibroids with ulipristal acetate. Fertil Steril 2014;101(6):1565-73

2 Donnez, J; Hudecek, R; Donnez, O. et al. Efficacy and Safety of repeated use of ulipristal acetate in uterinefibroids. Fertil Steril 2015; 103(2):519-27

3 Donnez J, Tatarchuk TF, Bouchard P, et al. Ulipristal acetate versus placebo for fibroid treatment before surgery. NEngl J Med 2012;366(5):409-20.

4 Donnez J, Tomaszewski J, Vazquez F. et al. Ulipristal acetate versus leuprolide acetate for uterine fibroids. N EnglJ Med 2012;366(5):421-32.

5 Stewart EA. Uterine fibroids and evidence-based medicine--not an oxymoron.N Engl J Med. 2012;366(5):471-73

Sono
Um estudo da Universidade de Northumbria, no Reino Unido, revela qual a terapia mais eficaz para acabar, de vez, com a insónia.

A insónia é um dos problemas que mais pessoas afeta e aquele que mais consequências para a saúde e bem-estar pode trazer. Mas já há uma forma de resolver, ou pelo menos, atenuar esta condição que altera e interfere com o sono e descanso de milhões de pessoas.

O Daily Mail, citado pelo Notícias ao Minuto, revela que um estudo levado a cabo na Universidade de Northumbria, no Reino Unido, indica que uma hora de terapia é o suficiente para acabar com a insónia em apenas três meses. Mas que terapia é essa? Simples: olhar para o quarto (e em especial para a cama) apenas como uma zona de descanso, banindo todo e qualquer sentimento de raiva e frustração antes de lá entrar.

Esta terapia, explica o professor e autor do estudo Jason Ellis, tem sessões de uma hora e ajuda as pessoas com problemas em dormir a associar a cama apenas ao sono. Além disso, ensina a mente a ‘mentir’ para que os pensamentos negativos não sejam a causa da falta de sono e obriga as pessoas a abandonarem o quarto se não conseguirem adormecer passados 15 minutos.

Para o estudo, Ellis recrutou 40 pessoas portadoras de insónia e que não recorriam a qualquer medicamento ou terapia para conseguir dormir. Divididos em dois grupos (nove homens e 11 mulheres), os inquiridos anotaram em diários como estavam a ser as suas noites durante o período em análise. Um dos grupos teve direito a sessões de uma hora e a guias de ajuda para lerem em casa.

Um mês depois da investigação ter sido iniciada, 60% dos inquiridos que tiveram direito às sessões de terapia mostraram melhorias na qualidade do sono. Passados três meses, a insónia tinha sido reduzida em 73% dos participantes.

 

Estudo apresentado
Dois medicamentos conseguiram parar, em quase 60% dos casos, a progressão deste tipo de cancro. Nova terapia "tira os...

Um estudo internacional que contou com a participação de 945 doentes conseguiu, através da combinação de dois medicamentos, parar o crescimento do melanoma - o mais perigoso dos cancros da pele - em 58% dos casos.

Os resultados são inéditos e podem significar um avanço importante no controlo deste tipo de cancro, extremamente agressivo, diz a BBC. O estudo, levado a cabo por uma equipa de cientistas britânicos, foi apresentado na Sociedade Americana de Oncologia Clínica. Os dois agentes responsáveis pelo sucesso do tratamento, e que até agora não tinham sido combinados, são o ipilimumab e o nivolumab. Os dois conseguem agir sobre o sistema imunitário, que incorpora inúmeros "travões" que o impedem de atacar os seus próprios tecidos. O cancro, que é uma versão corrompida do tecido humano saudável, consegue beneficiar destes travões para atacar o organismo. Combinando estes medicamentos, foi possível controlar o avanço da doença: das 945 pessoas que participaram nesta pesquisa, 58% viram o tumor encolher pelo menos um terço, redução que se manteve ou estabilizou nos 11 meses e meio seguintes.

Usando apenas o ipilimumab no tratamento, os números são bem menos impressionantes: o tumor reduziu em 19% dos doentes, mantendo-se estável por dois meses e meio. Os resultados do estudo foram publicados no New England Journal of Medicine.

Um dos principais investigadores britânicos em oncologia, James Larkin, disse à BBC que fornecendo ambos os medicamentos aos pacientes é possível tirar dois travões ao sistema imunitário, permitindo-lhe reconhecer tumores que antes não reconhecia e agir para os destruir. "Em imunoterapia, nunca vimos diminuição de tumores superior a 50% e isso é muito significativo", reconheceu. "Esta é uma modalidade de tratamento que julgo que irá ter um grande futuro no tratamento do cancro".

No entanto, há dois fatores que não permitem reações mais entusiastas da comunidade científica a estes avanços: para já, não se sabe por quanto tempo sobrevivem os doentes com melanoma sujeitos a este tratamento combinado e, por outro lado, os efeitos secundários que derivam da terapia são muito agressivos, incluindo fadiga, erupções na pele ou diarreia.

Também não é possível saber porque há doentes que reagem de forma excecional aos medicamentos, ao passo que outros não tiram qualquer benefício da toma. "Identificar os doentes que têm mais probabilidade de beneficiar deste tratamento será a chave para combater a doença", sublinhou Alan Worsley, especialista do Cancer Research UK.

Neste momento, outras farmacêuticas estão a desenvolver medicamentos semelhantes, com os mesmos efeitos secundários. Mas a expectativa dos cientistas, diz a BBC, é que estas imunoterapias abram o caminho a um tratamento efetivo de outros tipos de cancro.

Cait Chalwin, britânica de 43 anos, é uma das doentes que foi sujeita ao tratamento combinado: os médicos que lhe detetaram o melanoma deram-lhe entre 18 a 24 meses de vida, uma vez que o tumor já tinha chegado aos pulmões. Apesar de ter saído dos ensaios clínicos, devido aos efeitos secundários, Cait conseguiu estabilizar o cancro e acredita que se não tivesse feito este tipo de imunoterapia não teria conseguido sobreviver. "Sinto-me extremamente bem agora", disse à BBC.

Saiba como evitar
Prisão de ventre ou obstipação não é uma doença, mas sim uma designação para descrever a dificuldade

 

Quem sofre de prisão de ventre pode apresentar:

  • dificuldade em evacuar, podendo ter dor;
  • intervalo de tempo entre cada evacuação superior a 3 dias;
  • fezes duras e secas difíceis de expulsar;
  • sensação de evacuação incompleta geradora de mal-estar;
  • flatulência e sensação de inchaço abdominal.

 

 

A prisão de ventre pode ser classificada como:

Crónica
Quando começa a pouco e pouco e se prolonga no tempo (mais de 3 meses), resultado de uma dieta pobre em fibras e de uma vida sedentária, entre outras.

Aguda
Quando surge de forma repentina (resolve-se em 4-5 dias), podendo estar associada a alterações recentes do estilo de vida.

A prisão de ventre pode ter múltiplas causas:

  • Alimentação desequilibrada (ausência de fibras)
  • Ingestão insuficiente de líquidos
  • Stress
  • Sedentarismo e falta de exercício físico
  • Psicológicas (ansiedade, depressão)
  • Outros problemas de saúde (hipotiroidismo, diabetes, etc)
  • Certos medicamentos (ex: antidepressivos, antihipertensores, antiácidos, etc)
  • Gravidez
  • Viagens

Não espere que o assunto se resolva por si só!

O tratamento da prisão de ventre, na maioria dos doentes, assenta em dois pilares fundamentais: modificação do estilo de vida e terapêutica farmacológica.

A terapêutica farmacológica, baseada na utilização de laxantes, deverá ser realizada de forma sequencial e progressiva.

De acordo com as orientações clínicas para tratamento da prisão de ventre crónica, em 1ª opção, devem ser privilegiados os laxantes cujo mecanismo de atuação é o mais parecido com a ação fisiológica: os laxantes expansores de volume fecal. Estes são fibras terapêuticas que vão aumentar o volume das fezes no intestino. Estas fibras de origem vegetal, não são digeridas e dissolvem-se no fluído intestinal, conduzindo à retenção de água no interior do intestino, com aumento do volume das fezes e diminuição da sua consistência.

Estes laxantes são reeducadores intestinais que são geralmente bem tolerados, estimulando o peristaltismo e acelerando o trânsito intestinal, de modo a que o intestino volte a funcionar normalmente.

Como evitar/prevenir prisão de ventre?

  1. Faça várias pequenas refeições ao longo do dia
  2. Adote uma alimentação saudável e rica em fibra (ex: vegetais, fruta, cereais/pão integrais).
  3. Ingira grandes quantidades de líquidos, no mínimo 1,5 litros. (ex: comece o dia bebendo um copo de água ou sumo de laranja logo de manhã. Evite as bebidas com gás).
  4. Respeite os horários das refeições.
  5. Coma lentamente e mastigue bem os alimentos.
  6. Tenha uma atividade física regular.
  7. Evite uma vida sedentária (procure andar um pouco a pé após as refeições).
  8. Não espere quando tem vontade de evacuar.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Hospital de Santa Cruz anuncia
O Hospital de Santa Cruz anunciou ter implantado, pela primeira vez em Portugal, o “pacemaker” mais pequeno do mundo, tornando...

De acordo com o coordenador da Unidade de Arritmologia de Intervenção do Hospital de Santa Cruz, Pedro Adragão, este primeiro implante marca “uma nova etapa no tratamento das arritmias cardíacas”.

Em comunicado, o especialista explica que, ao contrário da “pacemaker” convencional, este dispositivo é implantado diretamente no coração através de um procedimento “minimamente invasivo”, sem necessidade de colocação de cabos/elétrodos, que são “os principais responsáveis” pelas complicações a longo prazo.

“Outra das vantagens desta cápsula cardíaca é o facto de não ser necessária uma incisão cirúrgica no peito, eliminando assim qualquer sinal visível do 'pacemaker' e reduzindo o risco de infeções e tempo de recuperação dos doentes”, lê-se no documento.

A nova cápsula mede 2,5 centímetros (um décimo do tamanho de um dispositivo convencional) e é colocada no coração através de um cateter inserido na veia femoral.

“Uma vez colocado, fica preso à parede do coração, podendo ser reposicionado, caso seja necessário”, acrescenta-se na informação.

Organizações Não Governamentais defendem
Organizações Não Governamentais da área da saúde manifestaram-se preocupadas com os dados do tabagismo divulgados pelo...

“A prevalência do consumo está a aumentar em Portugal, ao contrário da tendência observada na União Europeia”, afirmam as Organizações Não Governamentais (ONG) em comunicado conjunto.

Os dados divulgados na semana passada, em Bruxelas, indicam que um em cada quatro portugueses (25%) é fumador, mais dois pontos percentuais do que em 2012, 12% deixaram de fumar e quase dois terços (63%) nunca fumaram, segundo um inquérito Eurobarómetro.

“A exposição da população ao fumo de tabaco nos locais de restauração e diversão e até nos locais de trabalho é elevada e está acima da média europeia”, lamentam as organizações.

Na União Europeia (UE), a média de fumadores é de 26%, uma quebra de dois pontos na comparação com o inquérito de 2012.

De acordo com as ONG, Portugal é o país da UE onde menos fumadores querem deixar de fumar e deixam efetivamente de fumar e um dos países onde os jovens começam a fumar mais cedo.

“Esta situação é preocupante e demonstra a falência das políticas vigentes”, acusam.

Em Portugal, fumam mais os homens (34%) do que as mulheres (18%), em linha com a média da UE: 31% e 22%, respetivamente, segundo o relatório.

Para as ONG da saúde, a “ineficácia dos sucessivos governos e decisores políticos” para aplicar as medidas de controlo do tabaco “prejudica gravemente a saúde da população” e a economia do país.

É na faixa 25-39 anos que se concentra a maior percentagem de fumadores portugueses (38%), seguindo-se a dos 40-54 (35%), a dos 15-24 (22%) e mais de 55 anos (13%).

As organizações defendem que é urgente criar locais 100 por cento livres de fumo e instam os decisores políticos a adotarem as medidas inscritas na Convenção-Quadro de Controlo de Tabagismo da Organização Mundial de Saúde (OMS), que Portugal ratificou em 2005.

Associação Nacional de Farmácias defende
A Associação Nacional de Farmácias vai apresentar a proposta de um “novo contrato social para a farmácia” que preveja, entre...

Num seminário que decorre durante a manhã no auditório do Edifício Novo da Assembleia da República, será debatido “o novo contrato social para a farmácia”, uma proposta que já tinha sido abordada pelo presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), em maio, na Comissão Parlamentar de Saúde.

Segundo Paulo Duarte, trata-se de um modelo que estabelece novas obrigações e remunerações para as farmácias.

Na altura, Paulo Duarte explicou aos jornalistas que havia um contrato que estabelecia “obrigações das farmácias com direito a remuneração equilibrada”, mas esse “contrato quebrou-se”.

A ANF quer agora lançar as bases para um novo contrato a ser desenvolvido a médio/longo prazo, que, entre outros aspetos, preveja que a componente da margem fixa seja maior, “para haver interesse direto [da farmácia] em dispensar o medicamento mais barato”.

“Ganha o farmacêutico, ganha o utente e o Estado ganha também”, disse, acrescentando que, neste modelo, “os medicamentos muito baratos têm que ser um bocadinho mais caros, para compensar os muito caros””.

Para Paulo Duarte deveria ser criado “um sistema que incentivasse e beneficiasse o farmacêutico a dispensar genéricos”.

“Há comprimidos, muitos, que são mais baratos do que uma carcaça. Algo está mal neste processo. O modelo que foi criado é, na nossa opinião, totalmente ineficaz”, considerou.

Hoje
Vinte e duas regiões do continente e o Porto Santo (Madeira) apresentam hoje risco muito alto de exposição à radiação...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Aveiro, Beja, Bragança, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Porto, Portalegre, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu e Vila Real estão hoje com risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV).

O IPMA adianta que o Porto Santo, na Madeira apresenta igualmente risco alto de exposição, enquanto a Horta, nos Açores, apresenta risco alto de exposição e Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Santa Cruz (Açores) apresentam risco moderado.

Para as regiões com níveis muito altos e altos, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar, assim como evitar a exposição das crianças ao sol.

De acordo com o IPMA, a radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde, caso o nível exceda os limites de segurança, sendo que o índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade até ao início da manhã no litoral Centro e durante a tarde no interior das regiões Centro e Sul.

O vento tende a soprar em geral fraco predominando de norte, soprando moderado de noroeste no litoral oeste, em especial a sul do Cabo Carvoeiro e durante a tarde.

O IPMA prevê ainda uma pequena descida da temperatura mínima, em especial no litoral oeste, bem como uma pequena subida da temperatura máxima.

As regiões do interior sul vão ser as mais quentes de Portugal continental com as temperaturas a variar entre os 13 e os 34 graus Celsius em Beja, 11 e 33 em Évora, 16 e 32 em Portalegre e os 15 e os 32 em Castelo Branco.

Em Lisboa, as temperaturas vão variar entre os 13 e os 27, em Santarém entre os 11 e os 30, em Leiria entre os 10 e 22, em Coimbra entre os 10 e os 26 e no Porto entre os 11 e os 21. Bragança deverá chegar aos 30 graus Celsius de máxima e Braga aos 29.

Mais a sul, em Faro, as temperaturas vão oscilar entre os 19 e os 29 e em Sagres, entre os 13 e os 25.

Roche atribui
A Roche Portugal vai atribuir cinco bolsas de financiamento, no valor de 45 mil euros, que pretendem viabilizar os melhores...

Os 35 projetos que se candidataram a estas bolsas foram avaliados por um júri independente, do qual fazem parte personalidades como Maria de Belém Roseira (deputada e ex-Ministra da Saúde), Hélder Mota Filipe (Vice-Presidente do Infarmed, José Manuel Pereira de Almeida (Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde), Diana Mendes, Jornalista do Diário de Notícias, e Miguel Sanches, Diretor Médico da Roche, que escolheram os projetos mais originais, focados na defesa dos direitos dos doentes e na promoção da saúde na comunidade.

A sessão de entrega das bolsas contará também com a participação de Jorge Morgado, Presidente da DECO, Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor, que falará sobre o Doente no Séc. XXI: Cidadão, Decisor e Consumidor.

Esta iniciativa enquadra-se na Política de Responsabilidade Social da Roche e resulta do seu compromisso em assumir um papel ativo na sociedade apoiando, de forma transparente, iniciativas inovadoras e orientadas para a missão de suporte ao doente.

Os melhores projetos vão ser premiados numa sessão pública agendada para o dia 8 de junho, às 14h30, no auditório da Roche.

Assinado protocolo
A Direção-Geral da Saúde e a associação Raríssimas assinaram um protocolo que pretende ajudar a diagnosticar e tratar doenças...

Segundo um comunicado enviado pela Raríssimas, o protocolo de colaboração entre o organismo do Ministério da Saúde e a Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras visa implementar programas de formação nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe), Brasil e outros países da América Latina.

Incluído na Estratégia Integrada para as Doenças Raras 2015-2020, o protocolo vai desenvolver “programas de formação, educação e treino a profissionais dos setores da saúde e social, que ajudem na identificação, diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças raras”, adianta o comunicado da associação fundada em 2002.

Com a iniciativa, a Raríssimas pretende ainda “capacitar os doentes raros e seus cuidadores de técnicas que lhes permitam a satisfação das suas necessidades especiais”.

Investigadores de Coimbra
Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram uma vacina nasal para cenários de ameaça de bioterrorismo com antraz,...

Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu “uma vacina nasal para cenários de ameaça fatal de bioterrorismo com antraz, que poderá vir a ser administrada por qualquer pessoa numa situação de perigo público”, anunciou a UC.

“Não está completamente provado que a vacina injetável, disponível no mercado português apenas para militares, seja 100% eficaz contra a inalação fatal de antraz em ataques bioterroristas, como aqueles que aconteceram nos EUA em 2001”, salienta a UC numa nota divulgada.

Mas a vacina nasal “atua no local onde o antraz é inalado, impede que ocorra infeção e desenvolvimento da doença numa fase mais precoce, podendo ser mais eficaz do que uma vacina injetável”, afirma a UC.

“A introdução no mercado de uma vacina deste tipo poderá dissuadir a utilização de armas biológicas com antraz”, acreditam os especialistas envolvidos no estudo.

A nova vacina “promove a produção de anticorpos protetores nas mucosas, formando uma barreira à entrada do antraz na corrente sanguínea”, explica Olga Borges, docente da Faculdade de Farmácia da UC e investigadora do CNC que liderou o estudo feito ao longo dos últimos três anos.

Foram desenvolvidas “nanopartículas muco-adesivas que têm como função estimular o sistema imunitário, permitindo que este responda de forma mais eficaz à presença do antigénio (molécula estranha ao organismo) do antraz”, esclarece a especialista.

“As nanopartículas asseguram ainda que a vacina não seja destruída pelas enzimas das mucosas ou que se desloque para o estômago, onde seria inativada pelos ácidos”, acrescenta Olga Borges.

“São necessários novos estudos para confirmar”, no entanto, a eficácia da vacina em humanos, salienta a UC, adiantando que “a formulação desenvolvida poderá ser aplicada a outras vacinas, tais como a vacina contra a hepatite B”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui uma elevada taxa de infeções na utilização de vacinas injetáveis em países em desenvolvimento, recorda a UC, considerando que o fenómeno se deve ficar a dever à “reutilização de agulhas ou à falta de cumprimento de boas práticas durante a sua administração, provavelmente explicado pela escassez de profissionais de saúde”.

Naqueles países, principalmente em zonas rurais, “o antraz é endémico (ainda não foi eliminado), conduzindo a infeções ao nível das vias respiratórias, da pele e gastrointestinais, resultantes do contacto direto com animais infetados (domésticos e selvagens), ou indireto através da lã, couro, ossos e pelo”.

A administração nasal da vacina “não apresenta os riscos de infeção reportados pela OMS” e “não necessita de ser aplicada por profissionais de saúde, escassos em países em desenvolvimento”, destaca a ainda a UC.

A investigação começou por fazer parte de um projeto europeu, proposto pelo Ministério da Defesa português e aprovado pela Agência Europeia de Defesa, mas, “devido a restrições orçamentais” e outras circunstâncias, “o projeto ficou sem o financiamento da área da defesa”, acabando por ser suportado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

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