Para a próxima semana
A Organização Mundial de Saúde anunciou que vai convocar, na próxima semana, a comissão de emergências sobre a Síndrome...

Ao todo, 126 pessoas foram infetadas na Coreia do Sul pelo coronavírus Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS, sigla em inglês) desde o primeiro diagnóstico, a 20 de maio, num homem que tinha estado na Arábia Saudita e em outros países do Golfo Pérsico.

"O número de novos casos diminuiu, mas devemos vigiar a situação de perto", declarou um porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tarik Jasarevic, numa conferência de impresa em Genebra.

"A comissão de emergências vai reunir-se" na próxima semana, mas a data ainda não foi marcada, disse.

"Trata-se de analisar a situação" e determinar se "constitui uma emergência de saúde pública de alcance internacional", acrescentou Jasarevic, precisando que a última reunião da comissão decorreu a 05 de fevereiro passado.

A Coreia do Sul anunciou hoje que o balanço de mortes causadas pelo coronavírus MERS aumentou para 11, mas as autoridades pediram calma à população, destacando a diminuição do número de novos contágios.

Pelo menos 3.680 pessoas estão atualmente de quarentena, em casa ou no hospital, contra 3.805 na quinta-feira. A quarentena foi levantada para 1.249 pessoas desde o início do surto, o maior fora da Arábia Saudita.

O MERS é um vírus mais mortal, mas menos contagioso, do que o responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS, sigla em inglês) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.

O vírus da MERS provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, vacina ou tratamento para o vírua. A doença regista uma taxa de mortalidade de cerca de 35%, de acordo com a OMS.

Na Arábia Saudita, mais de 950 pessoas foram contaminadas desde 2012 e 412 morreram.

ONU alerta
Num relatório, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura alertou que a região do Mediterrâneo está a...

Durante a Expo Mundial em Milão, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura apresentou um relatório que explica que devido ao aumento de alimentos importados, a dieta mediterrânica está a sofrer mudanças e pode mesmo estar em risco.

A dieta mediterrânica tem sido celebrada pelos seus benefícios para a saúde. "A região do Mediterrâneo está a passar por uma 'transição nutricional', que se distancia da sua dieta original, considerada por muito tempo como modelo de uma vida saudável", afirma o relatório citado pelo Notícias ao Minuto.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Centro Internacional de Estudos Avançados Agrónomos Mediterrâneos (CIHEAM) realizaram um estudo que concluiu que a alteração dos hábitos alimentares por todo o Mediterrâneo pode trazer muitos efeitos negativos como a obesidade, mas também invalidez e a morte prematura.

O relatório alerta ainda, como noticia o site Globo, que a globalização, o comércio de produtos alimentares e as mudanças no estilo de vida, incluindo a mudança do papel da mulher na sociedade, estão a alterar os hábitos de consumo no Mediterrâneo.

"A dieta mediterrânea é nutritiva, bem integrada com as culturas locais, respeitadora do ambiente e propícia para as economias locais", sublinha Alexandre Meybeck, coordenador do programa Sistemas Alimentares Sustentáveis da FAO.

Mas, com o aumento da importação de alimentos e a transformação das paisagens locais de monocultura, os sistemas alimentares tradicionais têm sofrido os efeitos das mudanças nos hábitos alimentares, adverte o relatório. Estima-se que, atualmente só são cultivadas 10% das variedades de culturas tradicionais locais na zona do Mediterrâneo.

 

E com riscos associados
O treino em jejum, já usado há muito tempo por atletas de competição, começa a tornar-se tendência para quem pretende emagrecer...

O treinador pessoal (‘personal trainer’) António Braz reconhece que, nos últimos dois anos, a prática de treinar em jejum começou a ser mais disseminada, acreditando que é apenas uma tendência para “procurar uma forma mais rápida de perder massa gorda”.

“As evidências científicas demonstram que os riscos existem. Pode ser um risco, uma vez que os processos metabólicos da gordura e a quantidade de açúcar disponível no sangue são extremamente difíceis de controlar”, afirmou.

A ideia de quem procura os treinos cardiovasculares (corridas ou caminhadas) em jejum é aproveitar o período em que as reservas de açúcar estão baixas, para estimular a queima de gordura mais cedo no treino.

“A questão é que o nosso cérebro consome preferencialmente açúcar e, na ausência deste, vamos obrigar o nosso corpo a produzir corpos cetónicos. Prolongando este quadro podemos causar cetose, elevando a acidez do sangue”, defende o ‘personal trainer’ e professor de capoeira António Braz, lembrando que a acidose prolongada pode ter efeitos nefastos.

Henrique Jones, ex-médico da seleção portuguesa de futebol, considera que uma refeição ligeira uma hora antes do exercício “é fundamental para preencher as reservas energéticas que permitem alimentar os músculos”.

Mesmo que em termos cardiovasculares não seja um risco imediato treinar em jejum, Henrique Jones defende que esta metodologia de treino é incorreta e pode provocar fadiga precoce e até eventual agravamento das micro lesões musculares.

“Existe uma tendência para esta metodologia associada à prática de exercício sobretudo quando o objetivo não é o bem-estar físico e psíquico mas a perda de peso e massa gorda corporal a qualquer custo”, admite.

Contudo, o médico especialista em medicina desportiva José Gomes Pereira recorda que o exercício físico em jejum é uma prática utilizada em atletas há décadas. Trata-se de um exercício que consome mais gordura do que aquele que não é feito em jejum e que se utiliza em atletas de fundo, como maratonistas, para melhorar a sua performance.

“Se o exercício for estritamente aeróbio, de baixo impacto e com uma pessoa clinicamente saudável, não oferece qualquer risco realizá-lo. Porque uma pessoa metabolicamente saudável vai privilegiar, no exercício de baixo impacto, a utilização das gorduras em detrimento dos açúcares. Não provoca a hipoglicemia reativa ao esforço, que é o risco associado a quem faz exercício em jejum”, indica.

Mas pode constituir um risco, caso a intensidade do esforço não seja rigorosamente monitorizado, podendo as pessoas ultrapassar o limiar da utilização dos açúcares durante o treino em jejum.

“Quem pode fazer exercício aeróbio em jejum? As pessoas que têm boa condição física, os atletas e quem está treinado. Os atletas de fundo usam preferencialmente as gorduras e poupam os açúcares, estão treinados para isso. Quem não está treinado, não o consegue fazer e tenta arranjar um truque e forçar o organismo a usar as gorduras, treinando em jejum. E indo em jejum correm riscos, porque não vão adaptados”, defende o antigo médico do Sporting.

Ainda assim, para Gomes Pereira, o treino em jejum “não é um bicho papão” se for devidamente orientado e dirigido a quem tem preparação física.

Também Pedro Carvalho, da Faculdade de Ciências de Nutrição da Universidade do Porto, defende que o treino em jejum “é uma estratégia que tem mais sentido ser usada em atletas do que em pessoas que não estão muito treinadas”.

“Não pode ser assumido por qualquer pessoa. Tem de existir o mínimo de capacidade cardiovascular. Quem quer queimar gordura, tem de se preocupar em treinar mais e comer melhor. Não é por treinar duas ou três vezes em jejum que vai recolher grandes benefícios”, declarou o especialista, acrescentando, aliás, que o maior determinante da queima de gordura é a capacidade física e a quantidade de massa muscular.

No site de uma das maiores cadeias de ginásios em Portugal, os benefícios do treino em jejum para perder peso são apontados como bastante reduzidos: “Pesando os benefícios, era necessário um ano de treino em jejum comparado com o treino a seguir à refeição, para ter uma diferença de menos um quilo. Será que esse quilo vale os riscos de saúde?”.

O médico Gomes Pereira vinca que muitos querem perder gorduras antes do verão, fazendo “dietas da moda” e treinos que lêem em revistas: “Quem faz treino em jejum com pressa de perder peso não faz só isso. Restringe-se muito a nível alimentar e isso tudo associado pode ser perigoso”.

Segundo resultados de estudo
Portugal continua a ser o segundo melhor país do mundo a receber e integrar imigrantes, segundo o estudo internacional MIPEX...

A avaliação de Portugal na quarta edição do MIPEX é apresentada hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, mas a lista comparativa e ordenada de 38 países só será conhecida na totalidade no próximo dia 30, em Bruxelas.

O acesso à saúde, educação e habitação permanente ressaltam no estudo como os menos positivos, enquanto emprego, luta contra a discriminação, acesso à nacionalidade e reunião de famílias conseguem as pontuações mais altas.

Portugal atinge uma pontuação de 75, subindo um ponto em relação ao último estudo, realizado em 2010, graças a melhorias como sistemas de proteção a vítimas de violência doméstica e programas de emprego.

O contexto português, refere-se no estudo, destaca-se por haver “atitudes altamente positivas antes e durante a crise económica, sem partidos de extrema-direita” a obterem resultados significativos nas eleições legislativas.

Portugal é considerado no estudo como o país da Europa do Sul que mais bem combate a discriminação e promove a igualdade, mas refere que o baixo número de queixas (a rondar os 2,8% da população) não significa que esteja tudo feito no que respeita a educar os imigrantes sobre os seus direitos e as leis existentes para os proteger.

No estudo, a Saúde é identificada como uma das áreas em que os imigrantes em Portugal têm mais dificuldades, por culpa da crise económica, que fez com que “encontrem mais obstáculos administrativos” e “serviços de saúde que dão menos respostas”.

Em Portugal, a igualdade no acesso à saúde para os imigrantes “não é uma prioridade das políticas de saúde ou uma obrigação específica” dos prestadores de cuidados, fatores que colocam o país na 22.ª posição entre 38 países.

Uma das áreas em que Portugal consegue mais pontos na análise do MIPEX é a integração dos imigrantes no mercado de trabalho: segundo números de 2011 e 2012, cerca de 28% dos cidadãos não oriundos da União Europeia estavam desempregados, abaixo dos cerca de 33% da média dos países analisados.

No MIPEX aponta-se Portugal como um dos melhores países no acesso dos imigrantes a emprego com igualdade de oportunidades e direitos, mas ressalva-se que é mais frequente haver imigrantes a trabalhar abaixo das suas qualificações e que não é tão fácil acederem a apoios sociais como subsídio de desemprego.

Na educação, destaca-se a facilidade do acesso dos filhos de imigrantes ao sistema de ensino, mas que este não dá saída às “novas oportunidades e necessidades” que esses alunos representam.

“O desafio é chegar a todos os alunos que precisam em todo o tipo de escolas”, ajudando-os a ultrapassar os obstáculos que encontrem e usando a escola como forma de integrar estudantes e pais, defende-se.

Em 2013, mais de 7.800 novos imigrantes chegaram a Portugal para se juntarem a familiares que já estavam no país, um número inferior a anos anteriores mas que mantêm o país como um dos mais favoráveis à reunião de famílias.

Quanto ao acesso à nacionalidade, registaram-se em 2012 mais de 10.800 naturalizações de pessoas nascidas fora da União Europeia, maioritariamente oriundas dos países de língua portuguesa, mas com um número crescente de moldavos, por exemplo.

O ano de 2006 marcou uma viragem no número de naturalizações, que antes estava entre as 2.000 a 4.000 por ano e que atingiu números superiores a 20.000 a partir de 2007.

O MIPEX avalia em 167 parâmetros a integração dos imigrantes em todos os países da União Europeia, Estados Unidos, Austrália, Canadá, Islândia, Japão, Coreia do Sul, Nova Zelândia, Noruega, Suiça e Turquia.

Para analisar proposta da direção
Os trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica de Lisboa vão reunir-se hoje em assembleia-geral para debater uma...

A Comissão de Trabalhadores e a direção do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) estiveram reunidas na terça-feira, mas sem resultados imediatos, como disse o coordenador da comissão, Rui Gonçalves, acrescentando que pelo menos até hoje os trabalhadores vão continuar a recusar-se a fazer trabalho extraordinário.

De acordo com Rui Gonçalves, a direção do INEM apresentou uma proposta de reestruturação dos meios em Lisboa, que vai ser analisada hoje em assembleia-geral.

Os técnicos de ambulância de emergência do INEM estão desde o início do mês a recusar-se a fazer horas extraordinárias, o que, segundo o sindicato do setor, pode pôr em causa a prestação de socorro especialmente na área de Lisboa.

Os técnicos queixam-se de sobrecarga de trabalho e da falta de pagamento de subsídios e horas extra, além de mais cortes no salário.

O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica, Paulo Campos, disse na segunda-feira que até setembro vai haver um reforço de 85 técnicos de emergência médica, um número que o sindicato considera insuficiente.

Na sequência da recusa dos trabalhadores do INEM em realizar trabalho extraordinário, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais emitiu um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário a partir das 00:00 de dia 24 deste mês.

A partir do próximo ano
O plasma português vai começar a ser totalmente utilizado a partir do próximo ano, através de um programa que permitirá, pela...

O presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Hélder Trindade, disse que este programa é “o corolário do trabalho que este instituto fez ao longo dos últimos anos” e que o mesmo se segue à inativação do plasma português para transfusões, que já é feita.

Faltava ainda o tratamento do plasma remanescente como matéria-prima para a produção de medicamentos derivados do plasma.

Para tal, foi lançado um concurso que está a correr, do qual deverá resultar uma empresa que irá fracionar o plasma, a começar pelos 30 mil litros que o IPST tem colhidos e conservados.

Em 2013, Portugal gastou 39.740.469 euros na aquisição de derivados do plasma (imunoglobulina, fator VIII, albumina, fator IX, fator von Willebrand.

Hélder Trindade não avança com o valor da poupança que deverá resultar do tratamento do plasma português para medicamentos, embora reconheça que deverão ser “alguns milhões”.

O presidente do IPST sublinha, no entanto, a importância de todo o plasma resultante da colheita de sangue de dadores em Portugal poder ser, desta forma, aproveitado.

A empresa vencedora do concurso deverá ser escolhida até setembro, estando previsto que, a partir de março, a transformação do plasma português em medicamentos avance.

Em 2013, foram colhidas 362 mil unidades de sangue em Portugal, das quais 214 mil através do IPST e as restantes pelos serviços de sangue hospitalares.

Para transfusão, o IPST tem capacidade para garantir todo o plasma, o qual é inativado por dois métodos diferentes: um efetuado pelo próprio instituto depois de comprado o reagente (amotosaleno) e outro (solvente reagente) por prestação de serviços da Octapharma.

O restante plasma destina-se ao fracionamento para obter os medicamentos derivados deste produto necessários aos doentes.

De acordo com o Programa Estratégico Nacional de Fracionamento de Plasma Humano, hoje apresentado em conferência de imprensa, em 2016 serão iniciadas as diligências para que o mesmo contemple a entrada dos serviços de sangue hospitalares como fornecedores de plasma.

Testado em ratos de laboratório
O tratamento com um novo medicamento abriu uma nova porta na medicina regenerativa ao ajudar ratos de laboratório a regredir o...

Se a terapia funcionar em humanos, os cientistas acreditam que pode salvar as vidas de pessoas que estão em estado crítico com doenças no cólon, doenças hepáticas ou alguns cancros. No entanto, os investigadores sublinharam que a pesquisa está ainda num estado muito inicial e que mais trabalho é necessário antes da terapia ser testada em humanos. O estudo, liderado por investigadores do Case Western Reserve e do UT Southwestern Medical Center, foi publicado na revista Science.

“Estamos muito entusiasmados”, afirmou o co-autor Sanford Markowitz, professor de genética oncológica na Case Western Reserve's School of Medicine. Desenvolvemos um medicamento que atua como uma vitamina para as células-mãe dos tecidos, estimulando a sua capacidade de reparar os tecidos mais rapidamente”, adiantou.

O medicamento “cura os danos em vários tecidos, o que nos sugere que pode ser aplicada no tratamento de várias doenças”.

O fármaco em questão – que para já tem a designação de SW033291 – consegue acabar com a atividade de um gene produzido em todos os humanos: 15-hydroxyprostaglandin dehydrogenase (15-PGDH). Isto proporciona mais espaço para a prostaglandin E2, que incentiva o crescimento de muitos tipos de células-mãe e promove a cura.

Os investigadores realizaram uma série de experiências que demonstraram que o SW033291 pode inativar o 15-PGDH, no interior de uma célula, quando injetado em animais de laboratório.

Lançada em Portugal
O website e aplicação móvel Observe, usado com sucesso em vários países, pretende contribuir para aumentar a adesão dos...

O preenchimento de formulários em papel já lá vai, na área da monitorização da higiene das mãos. O Bode Science Center, inspirou-se no formulário da Organização Mundial de Saúde disponibilizado para o efeito e criou uma ferramenta digital – disponível no formato de website e de aplicação para Ipad – que promete facilitar a observação e monitorização da higiene das mãos pelos profissionais de saúde.

 “Com esta ferramenta, nova em Portugal, a recolha dos dados relativos aos comportamentos de higiene das mãos fica mais fácil e rápida. O Observe é bastante intuitivo e permite uma análise imediata dos dados”, informou Ricardo Maio, gestor de produto, adiantando que as informações aí introduzidas podem ser filtradas consoante o interesse e exportadas para Excel, o que permitirá “mais estudos observacionais”.

No evento, Daniel Troncoso, cirurgião do Hospital Universitário Príncipe das Astúrias de Madrid, partilhou a experiência desse centro espanhol com a ferramenta. “Fomos um dos hospitais pioneiros a usar o Observe, em 2012. Tem sido muito importante para monitorizar e avaliar os comportamentos de higiene das mãos, para além de ser muito prático”, comentou.

E-learning sobre os 5 momentos de desinfeção das mãos

Outra Inovação apresentada durante o evento, que contou com a presença de mais de cem profissionais de saúde, foi uma ferramenta de e-learning que apoia, de uma forma lúdica, na formação relativa aos cinco momentos de desinfeção das mãos (antes do contacto com o doente; antes de procedimentos assépticos; após o risco de exposição a fluidos orgânicos; após contacto com o doente; e após contacto com o ambiente envolvente do doente).

Disponível no site www.hartmann.pt, esta ferramenta dispõe de unidades de aprendizagem específicas para o dia-a-dia de um profissional de saúde. “A nossa prioridade é contribuir para reduzir o número de infeções nos hospitais”, afirmou Ricardo Maio.

Cerca de um terço das infeções associadas aos cuidados de saúde – cuja incidência em Portugal (11,5%) é superior à da média Europeia (cerca de 7%) – poderiam ser prevenidas com a adoção de um conjunto de boas práticas, que incluem a desinfeção das mãos.

 

 

Fisioterapeutas avisam
A Associação Portuguesa de Fisioterapeutas avisa que há vários profissionais sem habilitações a exercer as funções de um...

“A fisioterapia deverá ser efetuada por um profissional, designado de fisioterapeuta, que é um profissional com uma formação superior, tendencialmente uma licenciatura, e que possui uma carteira profissional outorgada pelo Ministério da Saúde”, refere a Associação de Fisioterapeutas, que realiza a partir de sexta-feira no Estoril (Cascais) um congresso em que será debatida a valorização e reconhecimento da profissão pela sociedade.

Segundo Pedro Rebelo, da direção nacional da Associação, a lei é clara ao definir quem pode exercer fisioterapia, mas há “procedimentos menos corretos e usurpação de funções”.

“Os utentes devem informar-se sobre as habilitações de quem está a efetuar os tratamentos”, aconselha Pedro Rebelo em declarações à agência Lusa, acrescentando que pode ainda ser efetuada uma denúncia caso o profissional não seja efetivamente fisioterapeuta.

A Associação defende ainda mais fiscalização aos profissionais e empresas que trabalham na área da fisioterapia ou reabilitação, para detetar e dissuadir usurpações de funções.

Para Pedro Rebelo, há pessoas e outros grupos profissionais que se julgam capazes de fazer um conjunto de tarefas ou funções que equivalem à fisioterapia.

Contudo, os pacientes “podem correr riscos de saúde” caso as práticas usadas não sejam as mais adequadas à sua situação.

Dos cerca de 8.500 fisioterapeutas em Portugal, não serão mais de mil os que trabalham nos serviços públicos de saúde, refere Pedro Rebelo, para quem o percurso de acesso a um fisioterapeuta dentro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é muito lento.

“As instituições públicas não são suficientes para abarcar todos os fisioterapeutas. Mas o sistema hospitalar está montado de problemas mais agudos e mais imediatos. Os utentes procuram uma resposta rápida, mas o Estado não tem estrutura montada para os tratamentos de continuidade, como no caso de doenças crónicas”, argumentou.

Pedro Rebelo defende que devia ser possível, mesmo através do sistema público, ter um primeiro contacto com um fisioterapeuta, sem antes passar por outras consultas, como acontece noutros países como Inglaterra.

“Isto pouparia dinheiro ao SNS, uma vez que se poupavam umas cinco ou seis consultas, que são os passos necessários até chegar ao fisioterapeuta”, sugere, sublinhando que os fisioterapeutas têm capacidade para referenciar o problema para um médico de especialidade quando identificam que o problema ou caso não é da sua competência.

Uma das soluções para permitir aos utentes do SNS um maior, mais rápido e facilitado acesso a fisioterapia poderia ser um mecanismo semelhante ao dos cheques-dentista, em que o Estado paga tratamento a privados para determinados grupos de pessoas.

Estas são algumas das preocupações que vão ser debatidas no 9.º Congresso Nacional de Fisioterapeutas, que reúne entre sexta-feira e domingo cerca de 600 profissionais no Estoril, que irão também discutir as evidências científicas da prestação de cuidados de fisioterapia.

Levedura de arroz vermelho
O colesterol é um constituinte normal do organismo e que é transportado através do sangue.

De nome científico Monascus purpureus, a levedura de arroz vermelho, é um alimento extraído de um fungo que cresce no arroz, usado desde há séculos na cozinha chinesa, não só pelo seu interesse gastronómico como também pelos seus efeitos medicinais e impacto no sistema vascular. O alimento é composto por fitoesteróis, ácidos gordos, e pelas monacolinas, entre as quais, a Monacolina K.

A Monacolina K é uma molécula de origem natural, a partir da qual foram desenvolvidas as estatinas - substâncias químicas atualmente utilizadas, que visam a diminuição do colesterol. A Monacolina K inibe, pelo mesmo efeito de classe das estatinas, uma das enzimas integrantes do processo de síntese do colesterol, diminuindo assim a sua produção. Devido ao seu mecanismo de ação, que atua na origem da síntese do colesterol, a Monacolina K tem a capacidade de diminuir em 17% os valores do colesterol total e em 22% os valores das concentrações de LDL, também conhecido como o “mau colesterol”.

Diversos estudos provaram a importância da utilização da levedura de arroz vermelho pelas pessoas que têm dificuldade em tolerar as terapêuticas com as estatinas tradicionais, devido aos efeitos secundários que estas produzem, como o cansaço e dores musculares. A levedura de arroz vermelho não apresentou até à data efeitos adversos significativos, contribuindo para a manutenção de níveis normais de colesterol no sangue e apresentando-se como uma boa alternativa para estes casos.

No entanto, o recurso a suplementos alimentares à base da levedura do arroz vermelho, que podem ser adquiridos em farmácias e parafarmácias, não dispensa a implementação de alterações no estilo de vida tais como: modificação nos hábitos alimentares com diminuição da ingestão de gorduras, prática de exercício físico regular e abstenção tabágica, que em confluência contribuem para a redução dos níveis de colesterol no sangue.

Previna-se e evite que esta ameaça silenciosa do colesterol se transforme num problema a longo prazo. Adote desde já um estilo de vida mais saudável, protegendo o seu coração e as suas artérias.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Secretaria da Saúde da Madeira
As autoridades de saúde da Madeira anunciaram a intensificação do plano de ação para combate à Dengue, embora a atividade do...

“A Secretaria Regional de Saúde vai intensificar o plano de ação para a Dengue, que está ativo desde março de 2013, integrando toda a componente de vigilância entomológica e resultados de projetos desenvolvidos desde 2005, data de introdução e implementação do vetor Aedes aegypti na Madeira”, disse fonte deste departamento do Governo Regional.

Segundo a mesma fonte, depois do surto registado em 2012, “desde fevereiro de 2014 que não há casos importados de dengue na Região e desde fevereiro de 2013 que não há casos de Dengue com origem na Região Autónoma da Madeira”.

As autoridades regionais de saúde destacam que uma das vertentes deste plano é a vigilância epidemiológica, sendo “uma doença de declaração obrigatória em Portugal”, reforçando que “a monitorização e a notificação dos casos suspeitos ou prováveis de dengue são mantidas através do sistema regional de notificação.

Outra vertente do plano é a vigilância entomológica, cujo ciclo decorre entre a décima semana de um ano civil e a nona do ano seguinte, que passa pela observação das mais de 200 armadilhas espalhadas pela região, para ovos e mosquitos adultos, que permitem avaliar “a situação do vetor Aedes aegypti em termos de densidade, localização e expansão territorial, bem como a possível interação entre atividade do vetor e o clima”.

Segundo os dados da Secretaria Regional de Saúde, “o ano 2015 apresenta-se, até à data, como aquele em que as armadilhas observadas mais vezes estiveram negativas, quando comparadas com 2013 e 2014”.

A mesma informação revela que “a variação entre 2015 e 2014 é de 140 por cento, o que quer dizer que, em 2015, as armadilhas observadas foram 12 vezes negativas, enquanto, em 2014, foram apenas 5 vezes negativas”

Também aponta que na comparação do total de ovos de mosquito capturados, regista “uma variação de menos 68 por cento em 2015, quando comparado com o ano 2014, sendo que em número absoluto, até à data foram capturados 259 ovos e em 2014 tinham sido coletados 799 ovos”.

A Secretaria Regional de Saúde da Madeira informa que a 15 de junho também serão enviadas amostras da população de mosquitos presentes na Madeira para, em parceria com o Instituto de Higiene e Medicina Tropical e o Instituto Pasteur de Paris, “serem avaliadas as suscetibilidades do mosquito aos vírus da Dengue, Chikungunya e Zika” transmitidos pelo Aedes aegypti.

A retoma do diálogo intersetorial, a intensificação das parcerias com as autarquias e a divulgação nos meios de comunicação de medidas de prevenção, são algumas das medidas preconizadas pelas autoridades de saúde da região.

 

Portugal cumpre
A União Europeia ultrapassou os limites de emissões de poluentes do ar e 10 países apresentam valores acima das metas em, pelos...

Um relatório da Agência Europeia do Ambiente (EEA na sigla em inglês) hoje divulgado conclui que, em 2013, "as emissões de poluentes do ar continua a exceder os limites legais na União Europeia" e os dados preliminares mostram que 10 Estados membros ultrapassam um ou mais dos tetos de emissão fixados".

Para Portugal, a informação recolhida pela entidade revela que as emissões estão abaixo dos limites fixados em todos os poluentes, ou seja, óxido de azoto (NOx), relacionado com o tráfego automóvel, NMVOCs (compostos orgânicos não voláteis), dióxido de enxofre (S02) e amoníaco (NH3), nos anos entre 2010 e 2013.

São 14 os Estados membros que conseguem apresentar valores de emissões baixo dos limites máximos fixados em todos os poluentes, entre os quais Grécia, República Checa, Itália ou Polónia, além de Portugal.

"As emissões do transporte rodoviário são uma das principais razões para o elevado número de excedências de NOx, em parte porque o transporte cresceu mais que o esperado", mas também devido ao aumento do número de veículos a gasóleo, mais poluentes que os carros a gasolina, explica a EEA.

Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Irlanda e Luxemburgo foram os seis países que excederam os seus tetos de emissão de NOx entre 2010 e 2013.

A EEA salienta que a Alemanha foi o único país que ultrapassou os limites para os quatro elementos referenciados, enquanto a Áustria, Dinamarca e Irlanda apresentam valores de emissões acima do fixado em dois poluentes.

São seis os países que mantêm "problemas persistentes" no objetivo de cumprir a meta nacional de emissões para o NH3, poluente que, na sua maior parte (95%), tem origem na atividade agrícola, principalmente relacionado com os fertilizantes e o tratamento do estrume dos animais.

O relatório "O Ambiente na Europa – Estado e Perspetivas 2015", elaborado pela EEA, publicado em março, refere que a poluição do ar continua a ter sérios impactos nas zonas urbanas e, "em 2011, cerca de 430 mil mortes prematuras eram atribuídas às partículas finas".

"Uma parte significativa da população urbana europeia continua exposta a níveis prejudiciais de poluição atmosférica", segundo a EEA, e os transportes continuam a ser os maiores responsáveis pela fraca qualidade do ar nas cidades, mas a indústria, centrais elétricas, agricultura e setor doméstico também contribuem para a poluição.

Aliás, "a poluição atmosférica continua a contribuir para grande parte do fardo do cancro do pulmão e das doenças respiratórias na Europa", refere a instituição.

O custo associado à poluição do ar representa, pelo menos, 330 mil milhões de euros relacionados com a mortalidade, segundo estimativas de 2010 da EEA, que apontam ainda para 15 mil milhões de euros devido a ausências no trabalho, e quatro mil milhões por gastos em cuidados médicos.

Consórcio nacional apresenta
Existem atualmente mais de 2 milhões de idosos¹ em Portugal. Estima-se que até 2060, este grupo etário represente entre 35 a 43...

A Assembleia da República e o consórcio Ageing@Coimbra, Região Europeia de Referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável, debatem no próximo dia 16 de junho – terça-feira -, das 14h30 às 17h00, no Auditório do Edifício Novo da Assembleia da República, o tema “Envelhecimento Ativo e Saudável”.

Serão apresentados os principais resultados dos estudos e indicadores sobre Envelhecimento, Saúde e Bem-Estar e um conjunto de documentos de compromisso e recomendações com a finalidade de vincular os parceiros em ações concretas cujo objetivo geral é, até ao ano 2020, aumentar em cerca de 2 anos a esperança de vida ativa dos cidadãos.

Para além de Maria Antónia de Almeida Santos, Presidente da Comissão Parlamentar da Saúde, o debate conta com a presença do Prof. João Malva, Coordenador Científico do Ageing@Coimbra, do Dr. Jorge Pinto Antunes, Acting Head of Unit, Directorate General for Health and Food Safety, European Commission, do Prof. Manuel Teixeira Veríssimo, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e Centro

¹Pessoas com 65 anos ou mais. Dados do INE, publicados no Dia Mundial da População a 11 de julho de 2014

 

 

Roche distingue
Motivar as pessoas com diabetes para a autogestão através de Comunicação Digital e acesso remoto a dados de saúde.

Este é o objetivo da iniciativa da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) que esteve entre os projetos distinguidos pela farmacêutica Roche, pela inovação na defesa dos direitos dos doentes e na promoção da saúde na comunidade.

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, em colaboração com a empresa informática Evolute, criou a plataforma digital A minha APDP através da qual os cerca de 13 mil pacientes com diabetes seguidos anualmente na clínica da APDP poderão aceder aos seus registos médicos. Para a implementação alargada desta plataforma, envolvendo as pessoas com diabetes no seu desenvolvimento em conjunto com investigadores da Universidade Lusófona e da Universidade do Texas em Austin, a APDP recebeu uma bolsa de financiamento da Roche Portugal no montante de 5 mil euros.

Esta plataforma confidencial permitirá aos utentes da APDP consultarem e requererem tarefas administrativas, consultarem análises, prescrições terapêuticas e relatórios médicos e seguirem a evolução dos indicadores clínicos do controlo glicémico, comparando-os com os objetivos determinados em conjunto com o seu médico assistente.

Para o investigador Rogério Ribeiro, responsável pelo projeto, “com esta plataforma pretende-se apoiar a autonomia dos utentes no acesso à informação digital e o seu envolvimento efetivo nas decisões partilhadas em saúde”.

Este projeto internacional conta com a participação dos vários parceiros nas suas respetivas áreas de conhecimento, nomeadamente: a APDP, através da sua atividade assistencial às pessoas com diabetes e da sua experiência em Educação Terapêutica; a Universidade Lusófona, com a capacidade de produção de materiais multimédia com foco nos temas de Saúde; a Evolute, com a capacidade técnica de desenvolvimento e implementação de soluções informáticas; e a Universidade do Texas, com a experiência em desenvolver soluções remotas de motivação para a saúde.

Para suplementos alimentares e Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica
A Farmoz Genéricos lança a plataforma Meet&Learn para profissionais de farmácia.

Esta é uma plataforma online de formação e atualização dos conhecimentos dos farmacêuticos, tendo como objetivo estimular a partilha de informação e conhecimento entre os elementos da comunidade Meet&Learn, de uma forma privada ou pública, permitindo ainda a interação com o painel de formadores. Neste espaço, no chamado Meet&Talk, poderá discutir-se assuntos relacionados com as formações e/ou casos práticos, por exemplo, como notificar uma reação adversa de um suplemento alimentar ou de um medicamento não sujeito a receita médica.

A plataforma Meet&Learn pretende ser uma ferramenta de formação e revalidação de competências à distância com o objetivo de chegar aos profissionais de saúde de forma eficaz, cómoda e sem o transtorno da deslocação. Este programa está dividido em quatro módulos de formação: 1) Aconselhamento Farmacêutico em Suplementação Alimentar, lecionado pelo farmacêutico Dr. António Hipólito de Aguiar; 2) Farmacovigilância nos Produtos de Venda Livre, lecionado pela Tecnimede; 3) Gestão Financeira na Farmácia, pelo formador Nuno Justo da Triangulu Pharma; 4) Kaizen nas Farmácias, pelo Kaizen Institute.

Com esta ferramenta, a Farmoz Genéricos pretende posicionar-se no mercado como um parceiro que investe na formação, relacionamento e partilha de conhecimento entre profissionais de saúde nas farmácias com claros benefícios para o utente.

Aula de Suporte Básico de Vida na praia
O objectivo é ensinar aos Surfistas a prática de Suporte Básico de Vida, desde a chamada do 112 e as informações correctas a...

A equipa de enfermagem das Unidades CUF Porto preparou uma Mega Acção de Suporte Básico de Vida que vai ter lugar no dia 13 de Junho, na Praia de Matosinhos, e que vai juntar surfistas, profissionais e amadores, para aprender a salvar vidas.

Esta formação, conduzida por profissionais das Unidade, direccionada para praticantes de Surf, vai de encontro às necessidades demonstradas pelos próprios instrutores da modalidade, dado que são eles, muitas vezes, protagonistas de histórias de salvamento.

As inscrições são gratuitas e abertas a alunos e professores de Surf através do email info@ondapura.com ou através do 967347697.

A formação marcada para o dia 13 de Junho, pelas 10h00, na Escola de Surf Onda Pura, Praia do Passeio Atlântico, em Matosinhos, vai estar a cargo de sete instrutores especializados, distribuídos por estações de treino com manequins. Todos os formandos vão ter oportunidade de treinar, de forma prática, as manobras básicas de reanimação através de simulação de situações de emergência.

A aprendizagem de Suporte Básico de Vida é cada vez mais importante, não apenas para Surfistas, mas para a população em geral. De acordo com a equipa de enfermagem das Unidades CUF Porto, “é fundamental que todos saibam como agir numa situação de emergência e que sejam os porta vozes das regras básicas de suporte básico de vida. Esta aprendizagem pode significar, em muitos casos, o salvamento de uma vida”.

Administração diz que é mal-entendido
Os chefes da Urgência do Centro Hospitalar do Algarve ameaçam demitir-se na segunda-feira caso se mantenham as alterações...

Segundo a edição de hoje do Diário de Notícias, o conflito entre os 17 chefes médicos chefes da Urgência e a administração resulta de algumas medidas contempladas no novo regulamento da Urgência, nomeadamente, a equiparação dos coordenadores de enfermagem aos médicos no que respeita a decisões como a transferência de doentes e a validação de ambulâncias.

O administrador do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Pedro Nunes, garantiu que recua "totalmente" nessa decisão caso os médicos façam questão de serem eles a autorizar a validação de ambulâncias, embora considere que essa tarefa é um "ato administrativo" e não um ato médico, pelo que pode ser atribuída a outros profissionais, não sobrecarregando os médicos.

No abaixo-assinado entregue pelos chefes da Urgência à administração, datado de 26 de maio e publicado no sítio de Internet do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), os médicos manifestam-se contra a "chefia bicéfala" estabelecida no regulamento e criticam que seja equiparada, "em absoluto pé de igualdade", a autoridade do chefe de equipa e do enfermeiro de coordenação.

Segundo disse à Lusa João Dias, dirigente sindical do SIM, a medida de atribuir os mesmos poderes, nessa matéria, a ambos os profissionais, "não faz qualquer sentido" e pode mesmo colocar em risco a assistência aos doentes, uma vez que a autorização de uma ambulância "não é assim tão simples", sobretudo se o enfermeiro coordenador não estiver a ver o doente.

Outro dos pontos com que os médicos não concordam é a sobrecarga de consultas externas atribuídas a um médico, para além do seu horário normal de trabalho, caso um colega falte ao serviço, acrescentou aquele responsável, acusando a administração do CHA de não ter discutido as novas medidas do regulamento interno com os sindicatos.

Segundo o dirigente sindical, está também a ser avaliada uma nova reestruturação no CHA, que visa coloca os médicos da Urgência de Obstetrícia na dependência da Urgência Central, o que, a concretizar-se, pode fazer com que os chefes deste serviço se associem à intenção de demissão dos 17 chefes das equipas de Urgência do CHA.

De acordo com o abaixo-assinado entregue pelos chefes da Urgência à administração, publicada no sítio de Internet do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), a manterem-se estas condições "os chefes de equipa manifestam a sua indisponibilidade para a continuidade de funções a partir de 15 de junho".

Na próxima sexta-feira às 12:00, a administração do centro hospitalar vai reunir-se com o sindicato para discutir a questão.

No Porto
Evento médico-científico na área da gastrenterologia, decorre entre os dias 10 e 13 de junho, no Porto.

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva, a Associação Portuguesa para o Estudo do Figado e a Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia Hepatologia e Nutrição Pediátrica organizam a Semana Digestiva 2015.

O evento médico-científico na área da Gastrenterologia terá lugar no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, nos dias 10, 11, 12 e 13 de junho.

Da agenda dos quatro dias de congresso fazem parte conferências, simpósios, palestras, mini-cursos e comunicações diversas sobre temas como a Doença Inflamatória Intestinal, Hepatites Víricas, Colonoscopia, Endoscopia Digestiva e Oncologia Digestiva.

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) é uma sociedade científica que tem por objeto promover o desenvolvimento da Gastrenterologia ao serviço da saúde da população portuguesa, estimular a investigação no domínio da Gastrenterologia, difundir ideias, promover a atualização de conhecimentos e trabalhos de Gastrenterologia, promover contactos e o intercâmbio nacional e internacional entre os diversos profissionais ligados à especialidade, desenvolver atividades educacionais no domínio da Gastrenterologia e exercer atividades de consultadoria no campo da Gastrenterologia.

 

Estudo revela
A maioria das campanhas publicitárias de prevenção da Sida apresenta discursos pouco esclarecedores e promove até mensagens...

O estudo analisou o discurso de 81 campanhas realizadas em Portugal, Brasil, Angola e Moçambique, entre 2000 e 2010.

Em declarações à Lusa, a autora do estudo, Ana Frias, disse que "a maioria das campanhas esclarece pouco sobre o VIH/Sida enquanto infeção sexualmente transmissível, não especificando, por exemplo, modos de prevenção e as vias de transmissão".

"Em muitas das campanhas surge apenas um logótipo que permite levar as pessoas a pensar que se está a abordar o VIH/Sida, mas a informação nem sempre é clara", diz a investigadora. Igualmente preocupantes são "as mensagens vagas ou incorretas" veiculadas em algumas das campanhas.

Como exemplo, Ana Frias refere o caso de duas campanhas moçambicanas que, procurando alcançar a problemática da poligamia em África, dizem que "fazer parte de uma rede sexual é o mesmo que todos terem relações sexuais uns com os outros".

Por outro lado, as campanhas parecem não contemplar alguns públicos que também merecem investimento, como as pessoas envelhecidas, aponta a autora da investigação, apresentada em abril e desenvolvida no âmbito do Doutoramento em Didática e Formação da Universidade de Aveiro (UA).

Patente nos 81 'spots' publicitários oriundos daqueles quatro países, "o preservativo masculino surge como ‘protagonista' central da prevenção do VIH/Sida".

"As campanhas que promovem o uso do preservativo jamais concebem a possibilidade de outras práticas sexuais que não as convencionais, descurando, por exemplo, o sexo oral, nunca sequer insinuado nestes discursos", refere a enfermeira no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC).

No sentido contrário, a investigadora encontrou também campanhas que "demonstram claramente indícios de querer veicular informações relevantes sobre a problemática, bem como a preocupação por omitir estereótipos de sexualidade e de género, a promoção de valores e a abrangência de diversos públicos".

O 'spot' publicitário português "5 razões para não usar preservativo" é exemplo disso, indicou Ana Frias, lembrando que este anúncio governamental foi premiado a nível internacional e "distingue-se também pela promoção do preservativo enquanto parte integrante da sexualidade humana".

A enfermeira no CHUC lamentou ainda o desinvestimento que tem havido na promoção de campanhas de prevenção da SIDA em Portugal, nos últimos anos.

"Estes 'spots' publicitários têm vindo a ser menos divulgados, sobretudo na televisão", afirmou, alertando que isso "pode gerar uma falsa sensação de invulnerabilidade à problemática que ainda não foi extinta".

 

Combate à obesidade infantil
O novo Plano Nacional de Saúde para 2020, divulgado na passada sexta-feira pelo Ministério da Saúde, coloca o combate ao...

Como há muito tem sido advogado pela Ordem dos Nutricionistas, a Nutrição e a Alimentação devem estar no centro das políticas nacionais de saúde, assumindo-as como uma prioridade para a promoção de uma vida saudável junto da população portuguesa. O Plano Nacional de Saúde admite que “uma alimentação inadequada é a principal responsável pelos anos de vida prematuramente perdidos”.

A colocação do combate à obesidade infantil como uma prioridade do Ministério da Saúde, em particular num país em que 50% dos adultos sofre de excesso de peso, contabilizando cerca de 1 milhão de obesos e 3,5 milhões de pré-obesos, é já um passo significativo no reconhecimento da importância da Nutrição e da Alimentação para a saúde pública.

No entanto, para atingir as metas propostas no Plano Nacional de Saúde será necessário uma abordagem mais ampla e transversal do que o simples “reforço dos programas de combate e prevenção da obesidade infantil”.

Será impossível combater de forma eficaz a obesidade infantil quando apenas 10% das autarquias portuguesas – as principais responsáveis pelo fornecimento de refeições escolares – têm nutricionistas e dietistas integrados nos seus quadros de pessoal.

Vários estudos científicos têm demonstrado a fraca qualidade nutricional da maioria das refeições escolares em Portugal, nomeadamente no que toca à prevalência excessiva de sal e ao insuficiente valor energético, uma situação que pode estar diretamente relacionada com o baixo número de nutricionistas e dietistas contratados pelas câmaras municipais.

Como tem sido defendido pela Ordem dos Nutricionistas, as autarquias necessitam de aumentar exponencialmente os nutricionistas e de dietistas integrados nas suas estruturas de modo a conseguirem salvaguardar a qualidade das refeições servidas nas cantinas escolares e, desta forma, combater a prevalência da obesidade infantil.

Páginas