Evidência científica
O papel da vitamina D no fortalecimento ósseo é há muito conhecido.

Sobejamente conhecidos os efeitos da vitamina D na regulação do metabolismo fosfocálcico, assegurando, entre outras funções, uma mineralização óssea normal, um número crescente de estudos associa agora a insuficiência de vitamina D com um maior risco de desenvolver ou agravamento de diversas patologias crónicas.

Conceptualmente, associa-se a vitamina D à formação óssea e equilíbrio muscular, mas a evidência recente demonstra-nos que vai muito além. A vitamina D tem uma acção protectora, de redução de risco, ao nível das doenças cardiovasculares, podendo interferir na redução de eventos. Esta evidência científica recente vem demonstrar que a vitamina D pode ser uma aliada do coração.

Assim, níveis insuficientes de vitamina D estão relacionados com um risco aumentado de desenvolvimento de doenças não ósseas, como as doenças cardiovasculares, a hipertensão, à diabetes mas também a várias neoplasias, a esclerose múltipla, a demência ou doenças infecciosas.

Estas são as mais recentes evidências apuradas em diferentes estudos científicos: um estudo prospectivo que acompanhou, durante 5 anos, 1.739 participantes sem doença cardiovascular prévia mostrou que os indivíduos com hipertensão arterial e níveis baixos de vitamina D apresentaram um risco 2 vezes superior de eventos cardiovasculares em comparação com aqueles com níveis superiores da vitamina.

Uma análise de 454 indivíduos, sem doença cardiovascular diagnosticada previamente e que desenvolveram enfarte de miocárdio ou doença coronária durante 10 anos de seguimento, assim como de 900 indivíduos no grupo de controlo, indicou que o risco de enfarte duplicou nos indivíduos com níveis menores da vitamina, em comparação com aqueles com os que apresentavam níveis superiores. Um outro estudo de seguimento de 7 anos de 3.258 indivíduos que tinham sido encaminhados para angiografia coronária mostrou que a diminuição dos níveis de vitamina D estava associada a um risco crescente de mortalidade global e mortalidade cardiovascular.

Valores plasmáticos suficientes de vitamina D são, portanto, fundamentais para manter uma boa saúde em geral. Até porque sabe-se agora que os diferentes efeitos da vitamina D são mediados por vários receptores em diferentes localizações, que regulam mais de 200 genes. Além dos receptores presentes no intestino e no osso, foram identificados outros receptores no cérebro, próstata, mama, cólon, células do sistema imunitário, do músculo liso vascular e em miócitos cardíacos.

Fontes da vitamina D
Esta vitamina funciona como uma hormona e pode ser sintetizada na pele a partir da exposição à luz solar, embora esta síntese seja bastante variável, dependendo da pigmentação, latitude, estação do ano, vestuário, idade, uso de protector solar e condições meteorológicas locais.

Portugal é um país de sol e está assumido no senso comum que todos podem ter acesso aos níveis de vitamina D adequado. Para sintetizar a vitamina D nas doses diárias necessárias, seria necessário uma exposição solar diária entre 20 e 30 minutos com protecção UV inferior a 8. Tal não é muito viável na prática e uma exposição ao sol por períodos longos de tempo exige o uso de protecção solar com índice de protecção UV exponencialmente superior. Este facto é mais evidente nos idosos e crianças, aqueles que mais necessitam de vitamina D nas quantidades adequadas e que correspondem aos que menos exposição solar têm.

Já outra parte da vitamina D provém de fontes alimentares (entre 100-200 UI por dia), sendo os principais os óleos de peixe e os produtos alimentares enriquecidos, como os produtos lácteos e pão.

Recomendações actuais
A discussão científica em torno dos benefícios da suplementação de vitamina D é um tema actual e está cientificamente aceite que há populações de risco nas quais é obrigatório intervir. Por outro lado, e em consequência disso, à medida que se compreendem os recentes papéis da vitamina D na saúde e na doença, a importância da sua medição exacta torna-se essencial. Especialistas consideram que é necessária melhor concordância entre os métodos, tanto para permitir a comparação mais significativa entre os estudos de investigação como para facilitar um acordo sobre os objectivos mínimos adequados a uma terapêutica de substituição ideal com vitamina D.

Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) publicou em Abril de 2008 uma Circular Informativa aconselhando 700-800 UI/dia de vitamina D nas pessoas com idade superior a 65 anos com osteoporose.

De acordo com as recomendações da Endocrine Societ, em 2011, devem ser rastreados, para identificar potenciais deficiências de vitamina D, apenas indivíduos em risco tais como idosos com mais de 65 anos, institucionalizados (sobretudo acamados), mulheres pós-menopausa e grávidas.

Por expressa opção do autor, o texto não respeita o Acordo Ortográfico

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Associação para o Planeamento da Família preocupada
A Associação para o Planeamento da Família manifestou-se preocupada com as dificuldades no acesso a métodos contracetivos...

Um dos casos apontados pelo diretor-executivo da Associação para o Planeamento da Família (APF) é o da administração regional de saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS – LVT), onde não é disponibilizado o anel vaginal às utentes dos centros de saúde.

“Neste caso, não se trata de atrasos, mas de uma incompreensível e grave decisão daquela ARS”, afirmou Duarte Vilar.

O anel vaginal é um método para mulheres que desejam uma contraceção hormonal combinada e não toleram ou não querem os contracetivos orais, sendo “uma boa alternativa” para quem não quer a pílula ou os implantes.

Duarte Vilar lembra que a lei define que todas as unidades do Serviço Nacional de Saúde devem dar acesso gratuito a todos os métodos contracetivos, incluindo o anel vaginal.

“É essencial que a mulher seja informada sobre todos os métodos disponíveis para fazer a escolha acertada e que tenha acesso gratuito a todos eles, sem interrupções”, defende a APF, lembrando que a situação económica e social em Portugal levou nos últimos anos a um aumento da procura das consultas de planeamento nos serviços públicos.

Além da situação verificada na ARS de Lisboa, a APF dá conta também de problemas pontuais no abastecimento de alguns métodos contracetivos na região Norte, como o caso do implante contracetivo.

Segundo Duarte Vilar, tem havido a preocupação de tentar reencaminhar as mulheres para a maternidade Júlio Diniz, no Porto, mas o responsável teme que neste processo haja sempre quem desista de procurar o seu método contracetivo.

“Quando a mulher não encontra o método contracetivo que costuma usar ou que pretende iniciar, acaba por se ver obrigada a optar por outros, mesmo tendo uma adesão muito menor”, refere a Associação.

Segundo os profissionais de saúde reprodutiva, a adesão das mulheres ao método contracetivo é considerada crucial. Por exemplo, esquecimentos frequentes na toma da pílula podem ser um indicador de falta de adesão e da necessidade de passar a outro método de toma não diária.

Duarte Vilar lamentou que sejam recorrentes os problemas no acesso a alguns métodos contracetivos, nomeadamente quando se registam atrasos "de ordem administrativa e burocrática" nos concursos para aquisição dos produtos.

A APF sublinha que “a legislação dita que o planeamento familiar é universal e gratuito, logo, deve garantir-se que todas as utentes têm acesso igual a todos os métodos contracetivos, sem situações de discriminação”.

4º Congresso da Associação Psiquiátrica do Alentejo
A diferença de género na saúde mental em Portugal é o tema central do 4º Congresso da Associação Psiquiátrica do Alentejo – APA...

Homens e Mulheres são suscetíveis a diferentes patologias mentais e vivem-nas de forma diversa – na procura de ajuda e de tratamento. As mulheres manifestam mais perturbações de ordem depressiva e de ansiedade; os homens são mais atreitos a perturbações do controlo dos impulsos e adição. Enquanto especialistas, importa-nos ter uma perceção realista das especificidades das várias patologias na saúde mental em homens e mulheres portugueses, para trabalhar de acordo.

De facto, de acordo com o primeiro Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental, publicado em 2013, as mulheres apresentam um maior risco que os homens de sofrer de perturbações depressivas (2,30 para 1) e perturbações de ansiedade (2,89 para 1), enquanto os homens têm uma maior probabilidade de sofrer de perturbações do controlo dos impulsos (1 para 0,77) e de perturbações pelo abuso de substâncias (1 para 0,21).

Paralelamente, são as mulheres quem mais procura ajuda: 48,8% das mulheres procuraram tratamento, versus 27,6% dos homens em todos os tipos de perturbação psiquiátrica, apresentando também uma maior probabilidade do que os homens de terem um tratamento adequado.

Isto acontece mesmo quando o tratamento adequado é sob a forma de fármacos. Em 2013, por exemplo quase um quarto (23.4 %) das mulheres e um décimo (9.8 %) dos homens da população geral tinham tomado ansiolíticos, números que, no caso das mulheres, são os mais altos na Europa e, no caso dos homens, se encontram entre os três mais altos. As mulheres também são as que tomam mais antidepressivos, verificou-se em 13.2% junto do público feminino, enquanto os homens têm uma percentagem de 3.9%.

O tema a Diferença de Géneros na Saúde Mental em Portugal vai ser repartido por duas sessões. A primeira, com moderação do Dr. José Salgado e do Dr. Afonso Albuquerque irá contar com as análises sobre a vertente da Psiquiatria Forense, pelo Prof. Jorge Costa Santos; na Patologia da Sexualidade, pelo Dr. Allen Gomes; a Neurobiologia, pelo Dr. A. Santinho Martins; e na Hiperatividade e Défice de atenção pelo Dr. Rui Durval. A segunda sessão, moderada pelo Dr. Eurico Allen Revez, e pelo Prof. Pedro Gamito, vai versar sobre os problemas relacionados com o Uso de Substâncias, com uma análise da Dra. Graça Vilar; na Medicina Interna, pelo Dr. J. Marques Penha; e na Pessoa Cultural, pelo Dr. Manuel Sardinha.

A diferença de género na saúde mental dos alentejanos é tema de uma mesa específica, moderara pelo Dr. Luiz Gamito, em que o Dr. José Pacheco vai analisa Os poderes das Mulheres Alentejanas e a Prof.ª Dr.ª Glória Santos faz uma revisão d’As representações da doença mental na ficção de Manuel da Fonseca sobre o Alentejo. “A especificidade do povo alentejano da sua vivência e do seu contexto geográfico, social e cultural fazem com que tenha uma vivência diferenciada no que se refere à saúde mental. Espera-se que a mulher alentejana viva todas as vicissitudes do dia-a-dia estoicamente, só, no ambiente do lar, enquanto o homem tem a sua vida na comunidade masculina. Todos estes aspectos fazem com que a doença mental se manifeste e seja gerida de forma distinta, que nos importa analisar” explica o Dr. Luiz Gamito.

Cuidados hospitalares
Investigação realizada por professora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra revela que as infeções associadas aos...

Os enfermeiros da zona Centro do país consideram-se motivados para a adoção de práticas seguras ao nível dos cuidados hospitalares, mas dizem que estas são, por vezes, limitadas por fatores como o stresse laboral ou a baixa dotação de profissionais, revela uma investigação realizada pela professora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Amélia Filomena Castilho.

Os dados resultam de um de três estudos feitos no contexto dessa investigação, segundo o qual 73,8% de enfermeiros (de uma amostra de 800 enfermeiros de 65 unidades de internamento de Medicina e de Cirurgia pertencentes a quatro hospitais de adultos da zona Centro) sente “motivação para a prática segura”, embora 73,2% afirme apresentar “níveis elevados de stresse laboral” e 52,7% considere as “dotações inadequadas”.

No âmbito deste estudo, o “trabalho de equipa” e a “aprendizagem organizacional - melhoria contínua” são aspetos considerados positivos pela maioria de um conjunto de 1152 profissionais de saúde (sobretudo enfermeiros, mas também médicos e assistentes operacionais) que participaram num questionário sobre “Política de segurança”, respetivamente por 78,5% e por 74,6% dos respondentes.

No mesmo estudo, mas a partir de outro questionário exclusivamente dirigido aos 800 enfermeiros, constata-se que os eventos adversos ligados às práticas de Enfermagem que ocorrem com mais frequência nos serviços “são as infeções associadas aos cuidados de saúde, o risco de agravamento/complicações do doente por défice de vigilância e julgamento clínico, as quedas e as úlceras de pressão”, refere a investigadora Amélia Filomena Castilho.

De acordo com os resultados obtidos pela docente da ESEnfC, com base nas declarações daqueles enfermeiros, «os erros de medicação são relativamente raros e acontecem sobretudo na fase de preparação e vigilância da medicação».

Noutro estudo desta investigação, o qual teve por base entrevistas a 18 enfermeiros de diferentes instituições hospitalares que se encontravam a frequentar cursos de especialização na ESEnfC, “em 26% dos relatos assume-se que coexistem falhas na comunicação (entre profissionais e entre profissionais e doentes) e falhas nos processos de gestão, nomeadamente na organização dos processos de admissão, alta e distribuição dos doentes”.

Por outro lado, “os profissionais referem que a subdotação e a instabilidade nas equipas reduzem a sua capacidade de resposta segura em contextos de sobrecarga de trabalho, de imprevisibilidade”, prossegue a autora da investigação.

Ainda neste pequeno estudo, é referido que “o ambiente físico da prestação de cuidados” é caraterizado, essencialmente, por “poder dificultar o trabalho dos profissionais”. “Salas muito distantes, pequenas, mal organizadas, foram alguns dos aspetos estruturais referidos como fatores que dificultam a vigilância dos doentes e/ou a preparação da medicação”, observa a docente da ESEnfC.

A professora Amélia Filomena Castilho defende que “o caminho para a transformar as instituições de saúde em organizações mais seguras exige maior compromisso na gestão do topo organizacional, na liderança das equipas e nos profissionais, apontando pistas de desenvolvimento na formação, na gestão, na investigação e nas práticas profissionais”.

Parte da investigação que Amélia Filomena Castilho realizou entre 2009 e 2014, intitulada “Eventos adversos nos cuidados de Enfermagem ao doente internado: contributos para a política de segurança”, será apresentada amanhã (dia 5 de junho), durante “III Congresso Internacional de Enfermagem Médico-Cirúrgica - Gerir a (im)previsibilidade e complexidade” que a ESEnfC acolhe, nas instalações no Polo A (Avenida Bissaya Barreto, em Celas).

Publicados em Diário da República
Os médicos que aceitem trabalhar em zonas geográficas consideradas carenciadas vão passar a receber incentivos, entre eles um...

Entre os incentivos financeiros define-se que o pagamento de mil euros mensais é reduzido para 50% após os seis meses de colocação e para 25% após um ano da duração no posto de trabalho.

O decreto-lei hoje publicado em Diário da República estabelece os termos e condições de atribuição de incentivos a médicos situados em zonas geográficas tidas como carenciadas, mas essas zonas só vão ficar definidas num despacho a publicar dentro de um mês.

Depois deste despacho, as zonas carenciadas passam a ser definidas anualmente, por estabelecimento de saúde e especialidade médica, no primeiro trimestre de cada ano.

Os incentivos financeiros são pagos durante os primeiros cinco anos. Caso os médicos decidam cessar funções antes desse prazo, são obrigados a devolver parte do incentivo para a colocação.

Além destes incentivos de colocação, os médicos que optem por trabalhar em zonas carenciadas recebem ainda compensação das despesas de deslocação e transporte.

Além dos financeiros, o diploma define também incentivos não pecuniários, como o aumento da duração do período de férias em dois dias durante os primeiros cinco anos, ou ainda a garantia de transferência escolar.

Outro incentivo é a dispensa de autorização do serviço de origem para a transferência do cônjuge, no caso de trabalhador com vínculo de emprego público.

Mafalda Ramos Martins
A médica portuguesa Mafalda Ramos Martins, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, recebeu o prémio de "Melhor...

O prémio foi atribuído no Congresso da Sociedade Europeia de Anestesiologia, que decorreu em Berlim, entre sábado e terça-feira.

A premiada, que é responsável pela formação dos médicos internos de Anestesiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), agradeceu a confiança em si depositada pela direção do serviço.

“O prestígio do reconhecimento europeu pela excelência do ensino da Anestesiologia no nosso hospital coloca Portugal na liderança europeia da formação e ensino desta especialidade e facilita a internacionalização do conhecimento aqui gerado", considerou.

Também a diretora do serviço de Anestesiologia do CHUC, Clarinda Loureiro, que acompanhou Mafalda Ramos Martins na cerimónia de atribuição do prémio, manifestou a sua “profunda alegria pelo reconhecimento internacional a uma destacada médica” da sua equipa.

O presidente do conselho de administração do CHUC, Martins Nunes, enviou felicitações à médica, dando conta do seu “regozijo pela atribuição deste prémio, corolário do ensino de excelência que caracteriza o serviço de Anestesiologia” do centro hospitalar.

Segundo o CHUC, estavam a concurso representantes de vários países europeus, tendo as candidaturas sido avaliadas por um júri internacional pertencente aos órgãos decisores da Sociedade Europeia de Anestesiologia.

Este centro hospitalar tem atualmente em formação 42 internos da especialidade, sendo o maior centro de formação de internatos de Anestesiologia do país.

Durante o Congresso Europeu de Anestesiologia, o serviço de Anestesiologia do CHUC apresentou 35 trabalhos científicos provenientes da investigação clínica que realizou.

Segundo especialista
A poluição luminosa causada pela iluminação pública, viária, de monumentos, desportiva ou publicitária, tem um grande impacto...

De acordo com Pedro Telhado, do Centro Português de Iluminação (CPI), a poluição luminosa "é toda a iluminação interior ou exterior artificial, produzida pelo homem, [sendo algo] recente e que tem evoluído muito porque a sociedade vive 24 horas por dia".

A mais falada é a relacionada com situações em que "a luz incide onde não deve incidir, tanto a nível de locais como a nível da atmosfera, do céu", especificou, falando a propósito do Dia Mundial do Ambiente, que se assinala na sexta-feira, e quando decorre o Ano Internacional da Luz.

A principal fonte de poluição é a iluminação pública, viária, de monumentos, desportiva ou publicitária.

Numa rua ou monumento, por exemplo, uma quantidade de luz direta pode ir além do espaço a que se destina ou refletir no pavimento ou na fachada dos edifícios e desloca-se para a atmosfera, provocando poluição luminosa, um aspeto sem legislação específica.

A mais visível consequência da poluição luminosa é que "nas cidades não vemos o céu estrelado", mesmo que a noite não tenha lua e o céu esteja limpo porque "a luz que sai das cidades contamina de tal maneira que não temos o contraste suficiente para nos apercebermos da beleza" da natureza, relatou o fundador do CPI.

Na saúde, adiantou, "o impacto é enorme, [pois] o ser humano tem o seu ritmo circadiano imposto pela luz [natural], no qual, através do olho, o cérebro interpreta a situação de dia e de noite e, na ausência de luz, o corpo produz melatonina que abranda o ritmo biológico e leva a dormir", permitindo a regeneração de células.

"Com a poluição luminosa não conseguimos produzir melatonina suficiente e altera todo este ciclo", realçou Pedro Telhado, acrescentando que nas profissões noturnas, cada vez mais frequentes, isto não funciona e citou estudos a apontar para a existência de "maior incidência de doenças, como diabetes ou cancro da mama, em pessoas expostas a outros ciclos de luz ou a poluição luminosa externa".

Plantas e animais a viver na cidade estão "formatados" para o ciclo dia-noite e um jardim iluminado durante a noite impede a flora de concretizar as suas funções e afeta o comportamento de aves que podem ser atraídas pelas luzes e chocar com edifícios.

"A Reserva Dark Sky Alqueva é a prova de que se pode retirar frutos económicos de ter um céu limpo, sem poluição luminosa. Há um turismo crescente que procura estes locais e o Alqueva tem qualidades de céu quase únicas no mundo", descreveu Pedro Telhado.

Recordando que as cidades portuguesas têm mais luz que a média europeia, o especialista lista problemas como a falta de legislação, a ausência de técnicos certificados nos projetos de iluminação, ou a existência de "poucos ou quase nenhuns planos diretores de iluminação, que deviam ser parte integrante dos Planos Diretores Municipais".

Quanto a soluções, Pedro Telhado defendeu não serem de difícil implementação e exemplificou com a decisão de fechar as luzes durante a noite, "das ações talvez das mais fáceis de fazer, das mais rápidas de ter resultados, e já adotadas em muitas cidades a nível mundial", tal como em alguns municípios portugueses.

Relatório indica
A União Europeia regista por ano mais de um milhão de infrações à lei em matéria de droga, a grande maioria por consumo de ...

Em 2013 foram registadas 1,25 milhões de infrações, das quais 781.000 por consumo de ‘cannabis’, a que se juntam mais 116.000 por oferta do mesmo produto. O consumo de outras drogas levou a 223.000 infrações. E as infrações relacionadas com a oferta de droga, que têm aumentado todos os anos, chegaram a 230.000.

Estes são números do “Relatório Europeu sobre Drogas 2015: Tendências e evoluções”, da responsabilidade da agência europeia de informação sobre droga (EMCDDA), que assinala 20 anos, a analisar o fenómeno da droga na Europa.

Nele se dá conta de que quase 20 milhões de cidadãos da União Europeia (UE) consumiram ‘cannabis’ no último ano e que 3,4 milhões consumiram cocaína. Ou que, do total das apreensões, 10% foram de cocaína (a segunda droga mais apreendida depois da ‘cannabis’) e que só dois por cento foi de ‘ecstasy’.

Ou ainda que, em 2013, foram notificadas 671.000 apreensões de ‘cannabis’ na UE e mais 30.000 apreensões de plantas (‘cannabis herbácea’). Ao todo, foram apreendidas, nesse ano, 460 toneladas de haxixe, 130 de marijuana e 3,7 milhões de plantas de ‘cannabis’.

Revela o documento ainda que, no mesmo ano, foram apreendidas 5,6 toneladas de heroína (preços entre 25 e 158 euros por grama), e 62,6 toneladas de cocaína (47 a 103 euros o grama).

Quanto à anfetamina (6,7 toneladas apreendidas em 2013) e metanfetamina, os dados indicam que a produção da primeira “tem sobretudo lugar na Bélgica, nos Países Baixos, na Polónia e nos Estados Bálticos e, em menor escala, na Alemanha, enquanto a produção de metanfetamina está concentrada nos Estados Bálticos e na Europa Central”, diz-se no relatório.

Já a produção de MDMA (‘ecstasy’) “parece concentrar-se em redor dos Países Baixos e da Bélgica”, segundo a agência europeia, que dá conta que, após indícios de diminuição de produção, parece haver agora “sinais de ressurgimento”. Em 2013, terão sido apreendidos 4,8 milhões de comprimidos na UE, o dobro do registado em 2009.

O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência diz em relação ao consumo que este é normalmente mais elevado entre o sexo masculino, para todas as drogas, e que quase um em cada quatro europeus já experimentou alguma droga ilícita.

“Estima-se que mais de 80 milhões de adultos, ou seja, quase um quarto da população adulta na União Europeia, já terão experimentado drogas ilícitas em algum momento das suas vidas”, diz o relatório, no qual se estima ainda que 2,3 milhões de jovens (15-34 anos) consumiram cocaína no último ano, que 1,3 milhões consumiram anfetaminas e que 1,8 milhões consumiram ‘ecstasy’.

Em mais de 80 páginas, o documento, que é apresentado em Lisboa, pelo comissário europeu responsável pela Migração, Assuntos Internos e Cidadania, Dimitris Avramopoulos, deixa ainda outras estimativas, como a de que, em 2013, cerca de 1,4 milhões de europeus receberam tratamento por consumo de drogas.

Relatório Europeu sobre Drogas
Portugal tem baixos índices de consumo e de tráfico de drogas em relação à média da União Europeia, de acordo com o último...

Em todo o documento, de 82 páginas, Portugal tem uma presença discreta, com exceção no número de diagnósticos de VIH atribuídos ao consumo de droga injetada - 7,4 casos por milhão de habitantes -, quando a média europeia é de 2,9 casos. Apenas cinco países estão acima de Portugal.

Nos restantes indicadores, os índices estão sempre abaixo da média europeia. No consumo de cocaína, por exemplo, a percentagem de consumidores adultos (15 a 64 anos) está em 1,2, quando a média da União Europeia (UE) é de 4,6%. Já a percentagem dos jovens que dizem ter consumido nos últimos doze meses é, em Portugal, de 0,4 e na Europa de 1,9.

Quanto ao consumo de anfetaminas, a prevalência em Portugal é de 0,5%, bastante menos do que a média da UE, 3,5%. Na Dinamarca, a prevalência em adultos, ao longo da vida, é de 6,6 por cento e, no Reino Unido, chega-se aos 11,1%.

No ‘ecstasy’, a tendência é a mesma: Portugal com uma prevalência (adultos, ao longo da vida) de 1,3%, contra os 3,6% da média europeia. Abaixo de Portugal, apenas estão a Grécia, o Chipre, Malta, Polónia e Roménia. Os índices mais altos pertencem à Irlanda (6,9) e ao Reino Unido (9,3).

Quanto à ‘cannabis’ (não há dados de Portugal quanto aos opiáceos), Portugal tem uma estimativa de prevalência de 9,4% (adultos, ao longo da vida) e a UE chega aos 23,3%. Os romenos são os que menos usaram ‘cannabis’ (1,6) e os que apresentam maiores consumos são os franceses (40,9), seguidos dos dinamarqueses (35,6) e dos espanhóis (30,4).

Segundo o relatório, em termos gerais as estatísticas referem-se a 2013 mas, por vezes, variam consoante o país, sendo sempre os mais atualizados. Nele compara-se ainda o número de mortes devido à droga por milhão de habitantes, tendo Portugal contabilizado 21 casos, o que dá três mortos por milhão, quando a média na UE é de 17,3 por milhão. A Estónia destaca-se com os seus 126,8 mortos por milhão de habitantes.

Quanto às apreensões de droga, Portugal está também numa posição intermédia. São 792 apreensões de heroína (o Reino Unido mais de 10 mil, a Espanha 6.502), 1.108 de cocaína (a Espanha mais de 38 mil), 48 de anfetaminas (a Alemanha mais de 12 mil), 80 de ‘ecstasy’ (o Reino Unido, quase quatro mil).

Nas apreensões de haxixe (resina de ‘cannabis’), o país tem algum destaque, com mais de três mil casos, nada comparado com as 180 mil apreensões em Espanha, as 17 mil do Reino Unido ou as 11 mil da Dinamarca. E Portugal volta a uma modesta posição, de novo, com as apenas 559 apreensões de marijuana, com 18 países a apresentarem números muito mais altos.

Com o nome “Relatório Europeu sobre Drogas 2015: Tendências e evoluções”, o documento hoje apresentado em Lisboa foi elaborado pela agência da UE de informação sobre droga (EMCDDA), assinalando 20 anos com esta edição.

Nele se destaca que o consumo da heroína está a diminuir, que os casos de contágio de sida devido a drogas diminuíram ou estabilizaram, que a ‘cannabis’ continua a ser a droga mais consumida e que quase todos os dias surgem novas drogas sintéticas, muitas vezes vendidas na internet.

Relatório revela
Em 2014 foram detetadas na União Europeia duas “novas drogas” por semana, substâncias psicoativas que normalmente provocam...

A um ritmo que está a preocupar as autoridades europeias, só no ano passado foram detetadas 101 novas substâncias, quando em 2013 tinham sido notificadas 81. Ao todo, diz o relatório, estão a ser monitorizadas 450 substâncias psicoativas (ou “novas drogas”), mais de metade delas identificadas nos últimos três anos.

Estas novas drogas sintéticas são essencialmente canabinóides (substitutos da ‘cannabis’) e catinonas (estimulante parecido com a anfetamina), e só em 2013 foram notificadas 35 mil apreensões destes produtos psicoativos, embora o relatório diga que o número é uma “estimativa mínima”.

“Na maior parte dos países da União Europeia (UE), o consumo destas substâncias parece ter uma prevalência baixa. Mas, apesar do consumo limitado destas substâncias este pode ser preocupante devido à elevada toxicidade que algumas apresentam”, alerta-se no relatório hoje divulgado em Lisboa, sede da agência europeia de informação sobre droga, que produz o relatório anual.

Assinalando 20 anos de monitorização, o “Relatório Europeu sobre Drogas 2015: Tendências e evoluções” reflete outras preocupações, como o papel “cada vez mais importante” da internet na oferta e comercialização de drogas aos europeus e a maior potencia e pureza dessas drogas.

Na internet, afirma-se no documento, estão disponíveis para venda tanto as novas drogas psicoativas como as tradicionais. A agência europeia identificou na última década cerca de 650 páginas na internet que vendem “euforizantes legais” aos europeus. A droga, explica a agência, tanto é vendida na chamada internet de superfície (acessível através de motores de busca comuns) como na “deep web”, o que é mais “preocupante” porque nessa internet criptada, onde tudo se vende e compra, é mais fácil o anonimato e usam-se pagamentos virtuais (‘bitcoin’).

Destacando que também as aplicações informáticas e as redes sociais têm um papel na compra e venda de droga, diz o relatório que “o crescimento dos mercados de droga em linha e virtuais constitui um grande desafio para a aplicação da lei e para as políticas de luta contra a droga”.

Quanto ao “aumento acentuado” da potência e pureza das drogas ilícitas consumidas na Europa diz a Agência que tal suscita preocupação com a saúde dos consumidores, que mesmo inconscientemente podem estar a usar produtos mais fortes. A inovação técnica e a concorrência do mercado são dois dos fatores que estarão a impulsionar esta tendência, justifica-se no documento.

Depois, acrescenta-se ainda, a Europa está confrontada com um mercado sobrelotado de estimulantes, no qual a cocaína, as anfetaminas, o ‘ecstasy’ e um crescente número de drogas sintéticas têm como alvo grupos de consumidores semelhantes.

A cocaína continua a ser a droga estimulante mais consumida na Europa, ainda que o uso esteja em queda.

No ano passado, cerca de 3,4 milhões de adultos consumiram, enquanto 1,6 milhões consumiram anfetaminas, com um “aumento acentuado” de consumo de alto risco (injetado).

Quanto ao ‘ecstasy’, a agência estima que, no último ano, 2,1 milhões de adultos o tenham consumido.

Pela terceira vez
Uma comissão da Administração de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos vai debater, pela terceira vez, a viabilização do...

Se obtiver ‘luz verde’ por parte da entidade reguladora norte-americana tornar-se-á no primeiro medicamento a ser colocado no mercado para aumentar a libido feminina.

Duas tentativas anteriores (em 2010 e 2013) fracassaram depois de os especialistas terem considerado que os resultados sobre a efetividade do medicamento não eram convincentes.

O medicamento, que destinar-se-ia às mulheres na pré-menopausa, também apresentava efeitos secundários significativos, incluindo náuseas e tonturas.

A comissão de conselheiros da Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) vai ouvir a apresentação de mais resultados de estudos clínicos por parte de especialistas tanto do lado a favor como do contra ao medicamento.

E, no final do dia, essa comissão vai votar se aprova ou não o medicamento, numa decisão que, apesar de não ser vinculativa, regra geral é adotada pela entidade reguladora.

Estudo
As mulheres entre os 50 e os 69 anos que efetuam mamografias regularmente, a cada dois anos, reduzem em 40% o risco de morrer...

O trabalho, publicado no “New England Journal of Medicine”, indica que para as mulheres que não realizam o exame esse risco baixa em 23%.

Este estudo foi desenvolvido por especialistas de seis países que avaliaram os impactos positivos e negativos dos diferentes métodos de despistagem do cancro da mama, com base numa análise de resultados de 11 ensaios clínicos controlados, bem como de 40 estudos de observações.

Os trabalhos foram coordenados pela Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro (IARC), um organismo da Organização Mundial de Saúde (OMS).

As conclusões contribuirão para uma atualização do manual da IARC sobre a despistagem do cancro mamário, cuja última edição remonta a 2002.

“Esta análise importante, deverá, esperamos, esclarecer as mulheres no mundo sobre o efeito da mamografia nas suas vidas e que a despistagem do cancro da mama é essencial para o diagnóstico precoce, que faz reduzir a mortalidade”, afirmou o professor Stephen Duffy, da Universidade “Queen Mary”, em Londres, um dos co-autores.

Este estudo confirma estudos precedentes segundo os quais as mulheres entre os 50 e os 69 anos beneficiam mais das mamografias.

Dicionário de A a Z
Sedação é uma técnica que permite a diminuição do nível de consciência do doente sem afetar a capaci

O conceito de sedação consciente difere totalmente da anestesia geral. A sedação consciente é uma baixa mínima do nível de consciência produzida por métodos farmacológicos ou não-farmacológicos (ou a sua combinação), onde é mantida a respiração espontânea, os reflexos protetores e a capacidade de resposta a estímulos físicos e comandos verbais. Um dos principais métodos de sedação consciente é a utilização de sedação inalatória. É uma técnica fácil, muito segura e que normalmente resolve o problema de comportamento ansioso do doente.

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Na anestesia local, pequenas doses de anestésico local são administradas em redor da lesão que vai s

Efectua-se com o doente acordado através da infiltração de anestésicos locais na proximidade da área a ser operada, num determinado local do corpo de pequena área. Exemplos desta anestesia são a injecção de anestésico para suturar uma pequena ferida da mão ou face.

A anestesia local corresponde ao bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda das sensações sem alteração do nível de consciência. Reversibilidade de efeito é a principal característica que diferencia anestésicos locais de agentes neurolíticos.

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Com este tipo de anestesia pretende-se anestesiar apenas a porção do corpo a ser intervencionada.

A anestesia regional é efectuada em determinadas regiões do corpo através da injecção de um fármaco numa determinada área nervosa, insensibilizando essa região.

Pode ser realizada com ou sem o auxílio de fármacos sedativos, portanto o doente encontra-se acordado ou ligeiramente adormecido, mas facilmente despertável ao chamamento.

Exemplos deste tipo de anestesia são as designadas raquianestesia e epidural para cirurgia abdominal ou dos membros inferiores (cesariana, varizes), bem como o bloqueio do plexo braquial para cirurgia do membro superior e o bloqueio peribulbar para cirurgia oftalmológica.

A Anestesia Regional está dividida da seguinte forma: anestesia raquidiana ou raquianestesia, anestesia epidural, anestesia sequencial e bloqueio de nervos periféricos.

 

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A anestesia geral provoca a inconsciência total e bloqueia a dor.

Na anestesia geral o doente está inconsciente e não tem qualquer sensação. Refere-se a um estado de inconsciência reversível, imobilidade, analgesia e bloqueio dos reflexos autonómicos, obtidos pela administração de fármacos específicos. A anestesia geral pode ser aplicada por via endovenosa, inalatória ou ambas. Está indicada para procedimentos mais complexos, como cirurgias cerebrais, torácicas e abdominais.

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1º Fórum Imunologia Janssen
Debater a psoríase e a artrite psoriática sob diversas vertentes e juntando especialistas de Reumatologia e Dermatologia foi o...

O evento, integrado na atividade do PEARLS, Programa de Educação Médica para a imunologia aplicada à dermatologia e reumatologia, desenvolvido pela Janssen Portugal, juntou mais de 200 participantes.

O 1º Fórum Imunologia Janssen percorreu vários aspetos relacionados com a psoríase e a artrite psoriática, abrangendo elementos da imunologia básica (como os mecanismos mediados pelas células T), passando também pela ciência básica, nomeadamente o seu papel nas abordagens terapêuticas. Em análise estiveram também os mais recentes dados sobre psoríase e artrite psoriática, a importância dos registos, a farmacoeconomia na perspetiva da prática clínica, os biomarcadores e as estratégias de gestão do tratamento da psoríase e artrite psoriática.

Na abertura das jornadas, José Antonio Burón, Diretor-Geral da Janssen, revelou que esta é uma das áreas terapêuticas prioritárias para a Janssen: “A Imunologia é uma das áreas que denominamos de stronghold, onde somos fortes em investigação, e onde se esperam mudanças científicas substanciais nos próximos cinco a 10 anos. Neste momento, encontram-se em pipeline duas novas moléculas que irão alargar o portefólio de produtos nesta área terapêutica”.

O primeiro dia das jornadas foi dedicado à análise da inibição de mecanismos que defendem o organismo da invasão de corpos estranhos, como é o caso das proteínas TNF, IL12, IL23, e IL17, numa intervenção realizada pelo Professor Doutor Rik Lories, (Bélgica). Para o Professor Doutor João Eurico Fonseca, um dos moderadores juntamente com o Dr. Rui Tavares-Bello, esta intervenção destacou-se por ter unido as duas áreas médicas, “confrontando alguns pontos de ligação entre a inflamação articular, nos doentes com artrite psoriática, e a inflamação cutânea nesses mesmos doentes.

A jornada prosseguiu no sábado, 30 de maio, desenvolvendo quatro grandes painéis temáticos: “A Decisão Terapêutica na Psoríase e na Artrite Psoriática”; “O Balanço entre Eficácia e Segurança”; “Tratamento Individualizado na Dermatologia e Reumatologia”, e a finalizar “State-of-the-Art na Psoríase e na Artrite Psoriática em 2015”.

A vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, Dr.ª Isabel Viana, sublinhou a importância destas reuniões, que contribuem “para a formação médica e que permitem reunir duas especialidades que lidam com a mesma doença e o mesmo doente”.

O Dr. Menezes Brandão, do Serviço de Dermatologia do Hospital dos Lusíadas; a Professora Dra. Sofia Magina, responsável pelas unidades de psoríase e de fototerapia do Departamento de Dermatologia do Hospital São João; o Prof. Dr. Américo Figueiredo, da Universidade de Coimbra; o Dr. Paulo Varela, do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, o Dr. Rui Tavares-Bello, do Serviço de Dermatologia do Hospital dos Lusíadas; o Prof. Doutor João Eurico da Fonseca do Centro Académico de Medicina de Lisboa, o Dr. Luís Cunha Miranda do Instituto Português de Reumatologia e a Dra. Anabela Barcelos do Centro Hospitalar de Aveiro fazem parte da Comissão Científica do Programa PEARLS.

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Anestesia é uma palavra de origem grega que quer dizer ausência de sensações.

A anestesia é um procedimento médico que visa bloquear temporariamente a capacidade do cérebro de reconhecer um estímulo doloroso. Anestesia é uma palavra de origem grega que quer dizer ausência de sensações. Graças a este estado de ausência de dor e outras sensações, os médicos são capazes de realizar cirurgias e outros procedimentos invasivos de terapêutica e/ou diagnósticos.

Os tipos mais comuns de anestesia na prática médica incluem a anestesia geral, a anestesia eperidural, a anestesia raquidiana e a anestesia local.

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A lactose é o único hidrato de carbono do leite e é exclusivo desse alimento.

A lactose é um hidrato de carbono, mais especificamente um dissacarídeo, que é composto por dois monossacarídeos: a glicose e a galactose. A lactose é o único hidrato de carbono do leite e é exclusivo desse alimento, porque apenas é produzida nas glândulas mamárias dos mamíferos: no leite humano representa cerca de 7,2% e no leite de vaca cerca de 4,7%. Para ser absorvida, a lactose tem de ser dividida em glicose e galactose e, por isso, todos os mamíferos produzem uma enzima que tem essa função – a lactase.

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A hipotensão ortostática é uma redução excessiva da pressão arterial ao adotar-se a posição vertical

As pessoas que sofrem de hipotensão ortostática, geralmente, sofrem desmaios, enjoos ligeiros, vertigem, confusão ou visão esfumada. Não é uma doença específica, apenas a incapacidade de regular a pressão arterial rapidamente. Essa incapacidade pode ser devida a diversas causas.

Quando uma pessoa se levanta bruscamente, a gravidade faz com que uma parte do sangue se detenha nas veias das pernas e na parte inferior do corpo.

A acumulação reduz a quantidade de sangue que volta ao coração e, portanto, a quantidade bombeada. A consequência disso é uma descida da pressão arterial. Perante esta situação, o organismo responde rapidamente: o coração bate com mais rapidez, as contrações são mais fortes, os vasos sanguíneos contraem-se e reduz-se a sua capacidade. Quando estas reações compensatórias falham ou são lentas, verifica-se a hipotensão ortostática.

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