Estudo
Uma equipa de vinte investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra está a...

Depois de ter testado um programa em pessoas idosas com diagnóstico de doença de Alzheimer (fase inicial), a equipa de investigadores, coordenada por Mário R. Simões e Jorge Almeida, pretende agora aplicar um programa idêntico em idosos saudáveis.

O projeto Memória + tem “o objetivo de verificar a sua eficácia na prevenção do declínio da memória, típico do envelhecimento normal”, afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota divulgada.

Em projetos anteriores, os investigadores do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) daquela faculdade “desenvolveram de raiz um programa de treino cognitivo e aplicaram-no em pessoas idosas com diagnóstico de doença de Alzheimer” ainda numa fase inicial.

Então, o programa, constituído por “exercícios de treino das capacidades mnésicas baseados em técnicas já testadas quanto à sua eficácia (aprendizagem sem erros, recuperação espaçada, eliminação de pistas, etc.)”, evidenciou ser “bastante eficaz”, refere a UC.

O programa de estimulação de memória desenvolvido no âmbito da pesquisa consiste “num conjunto de tarefas com diferentes níveis de dificuldade, entre as quais associação de faces e nomes, aprendizagem e evocação de listas de palavras” ou “visualização de cenários visuais complexos”, como listas de compras ou paisagens, exemplificam Ana Rita Martins e Lénia Amaral, investigadoras envolvidas no projeto.

O plano, que inclui ainda “a estimulação neuronal (estimulação direta do cérebro)”, fornece estratégias que “possam melhorar a capacidade mnésica dos idosos, ou seja, apresenta uma abordagem eficaz para prevenir o declínio da memória, uma das principais capacidades cognitivas que diminui com o envelhecimento”, adiantam as investigadoras do CINEICC.

“O objetivo é treinar a capacidade de memória de forma a melhorar o desempenho diário dos participantes e prevenir o declínio, promovendo um envelhecimento saudável”, sintetizam.

Para desenvolverem o projeto, que é financiado pelas fundações Bial e para a Ciência e Tecnologia (FCT), os investigadores solicitam a colaboração de “pessoas com 60 ou mais anos, independentes, para participarem no programa composto por 15 sessões presenciais”, que vão decorrer na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UC, junto da qual, através da internet ou por telefone, os voluntários se podem inscrever.

Em Espanha
A Universidade de Alicante e o centro tecnológico IK-4-Tekniker de Eibar desenvolveram lasers baseados num material plástico,...
Esta descoberta de interesse médico, realizada em colaboração com um centro tecnológico do País Basco, foi publicada há umas semanas na revista internacional “Sensors and Actuators B: Chemical”, uma das primeiras publicações científicas na área da química analítica, e é fruto de um projeto de investigação financiado pelo Governo.

 

Os médicos levam tempo “tentando descobrir a maneira de se poder detetar” esta proteína, ligada à presença de “diversos tipos de cancro” e chamada ErbB2, existente em concentrações muito pequenas no sangue, disse à EFE a responsável do projeto na Universidade de Alicante (UA), a catedrática de Física Maria A. Díaz García.

“Quando uma pessoa já tem um tumor cancerígeno, a concentração da referida proteína é maior do que 14 nanogramas por milímetro (ng/ml)”, pelo que “ o correto é tentar medir concentrações de ErbB2 abaixo do limite dos 15 ng/ml”, para assim detetar a doença em estádios iniciais e travar o seu desenvolvimento com um tratamento atempado, explicou.

Precisamente, a importância do novo dispositivo, em cujo desenvolvimento participou também o centro tecnológico IK-4-Tekniker, de Eibar (Guipúzcoa), radica na sua sensibilidade para medir a ErbB2 no sangue em concentrações muito pequenas (14 ng/ml).

A sensibilidade que estes lasers têm capacita-os para detetar o cancro em estadios muito precoces, ou seja, antes de aparecerem os tumores, segundo a investigadora, que lidera o Grupo de Eletrónica e Fotónica Orgânica da UA, pertencente ao Departamento de Física Aplicada e ao Instituto Universitário de Materiais.

“Existem algumas técnicas que permitem ter uma maior sensibilidade do que a dos nossos lasers e detetar essa proteína, mas são mais complexas e, em todo o caso, este trabalho foi apenas uma primeira demonstração que, sem dúvida, se pode ser melhorado”, disse Maria Díaz García.

Em comparação com outros dispositivos já existentes para a mesma função, a técnica desenvolvida pela UA e pelo centro tecnológico basco é sensível e pode ser reutilizável por ser feito com material de plástico, destacou.

Estudo
Bebés a comerem fruta e legumes sólidos pela sua mão em vez das tradicionais sopas e papas é uma prática com cada vez mais...

A prática chama-se ‘Baby Led Weaning’ (BLW) e consiste em oferecer ao bebé, quando inicia a alimentação complementar, a partir dos seis meses, os alimentos que os pais estão a comer e deixá-lo comer o que quer, na quantidade que quer.

“O bebé deve acompanhar os pais em todas as refeições e, no tabuleiro, vamos dispor comida adequada para ele. Adequada no tamanho porque, com seis messes, não consegue fazer pinça fina, agarra com a mão inteira”, por isso, o ideal é oferecer-se a chamada “’finger food’ – com feitio de dedo”, disse a pediatra Graça Gonçalves.

Além disso, a comida não pode ser demasiado dura “porque o bebé não conseguiria roer e poderia engasgar-se”, nem demasiado mole porque irá esmagá-la.

Nos primeiros tempos, o ideal é oferecer-se legumes cozidos e fruta, alargando depois a oferta a outros alimentos, disse.

Habituados à tradição das sopas e papas, muitos pais temem “aventurar-se” no BLW por causa do engasgamento. Graça Gonçalves admitiu que pode ocorrer, mas assegurou que os bebés têm mecanismos de defesa.

Quanto às quantidades, o BLW “baseia-se naquilo que a criança já faz quando mama em livre demanda: o bebé vai comer a quantidade que quer e vai escolher, dentro da oferta, aquilo que quer comer”, disse Graça Gonçalves.

Questionada sobre as vantagens deste método, a pediatra disse que “não há batalhas à mesa, o bebé ganha confiança na comida e consegue adquirir a capacidade da mastigação, que é uma coisa que tem uma janela muito estreita para se conseguir fazer”. É também estimulada a motricidade fina e um bom desenvolvimento da arcada dentária e de todas as estruturas à volta da boca.

“Quando o bebé começa a olhar para aquilo que os pais comem, a abrir a boca quando eles levam comida à boca e a querer agarrar, essa criança começa a dar sinais de que está interessada em começar a comer”, afirmou.

Pela sua experiência, Graça Fonseca considera que há um “interesse crescente e cada vez mais pessoas a querer fazer o BLW” e deixa a receita para quem o quer praticar: “tem de haver uma certa dose de descontração”.

A praticar o BLW pela terceira vez, a recém mãe Claudine Wolf Stock defendeu a prática, afirmando que assim os bebés “estão expostos a uma alimentação sem pressões e sem stress”.

A pequena Leonor tem 13 meses, mas só mostrou interesse pela comida aos nove. Numa refeição feita na presença da Lusa, a menina mostrou que “não é esquisita” e comeu romã, pera, sementes de girassol, tangerina, tâmaras, frutos secos, ‘corn flakes’ e bolachas de arroz.

A bebé segue a alimentação vegan dos pais, que tentam, por isso, oferecer-lhe uma grande diversidade alimentar.

A estrear-se nestas andanças, a também mãe Ana Stilwell considera que adotar o BLW “é uma aprendizagem” para os pais e para os bebés.

“A Marta começou a dar sinais de interesse. Fui experimentando e dando e percebendo que ela sabe que quando se engasga consegue resolver. Sabe escolher e escolhe alimentos que consegue agarrar”, contou.

Em Portugal, o BLW é divulgado sobretudo através de livros, do “boca a boca” e de vídeos na Internet. Não há associações nem movimentos dedicados ao tema, apenas um grupo no Facebook que foi criado há uns dois anos e que conta atualmente com 2.963 membros.

A administradora desta conta da rede social, Filipa dos Santos, disse que o “interesse pelo BLW tem vindo a aumentar e "só não se pratica mais porque, normalmente, nos regimes alimentares infantis que os profissionais de saúde distribuem, referem-se a sopa ou o puré”.

Distúrbios do sono
Uma boa noite de sono é essencial para acordarmos cheios de energia e com boa disposição.
Mulher a dormir com a cabeça na almofada

Durante a gravidez é importante que se descanse tanto quanto possível, mas é também durante este período, tão feliz e importante para a mulher, que surgem diversos distúrbios no sono.

Insónias, azia, dores nas costas e acordar frequentemente para ir à casa de banho são os principais entraves para uma noite bem dormida.

À medida que a gravidez avança estes fatores podem incomodar cada vez mais.

O aumento do volume da barriga, o desconforto físico, a ansiedade provocada pela antecipação do parto, o cansaço acumulado podem também fazer com que tenha dificuldade em adormecer e dormir de forma repousante.

Saiba que, o elevado nível de progesterona produzida na gestação, que torna a digestão mais lenta, é o responsável pelo refluxo dos ácidos produzidos no estômago, a que vulgarmente chamamos de azia.

Para melhorar estes sintomas experimente dormir com a cabeça elevada com a ajuda de uma almofada.

Nos últimos meses da gestação, pode também dar por si a ressonar em resultado do estreitamento das vias respiratórias provocado pela grande produção de progesterona que leva ao inchaço dos tecidos moles das vias nasais. Neste caso, tente dormir de lado.

À medida que a gravidez avança podem ainda ocorrer cãibras progressivamente mais dolorosas e intensas especialmente quando está a dormir.

Para prevenir as cãibras é importante que massaje suavemente as pernas após o banho, com movimentos amplos e circulares na direção dos pés para as ancas e tente levantar as pernas alguns minutos, durante o dia, sempre que tiver oportunidade para o fazer e evite cruzar as pernas quando está sentada. Procure também arranjar uma posição confortável para dormir apoiando as pernas em almofadas. Vai ver isso a vai ajudar, e muito!

As dores de costas tão típicas durante a gravidez podem ser aliviadas se dormir de lado, num colchão firme, com uma almofada debaixo da barriga e outra entre as pernas para manter a parte inferior das costas bem apoiada.

Evite ainda fazer refeições pesadas ao jantar. Prefira refeições leves e uma ceia se tiver fome antes de se deitar. E se necessário beba um leite morno ou infusões à base de ervas calmantes (passiflora ou tília) para a ajudar a adormecer.

Pratique exercício físico, mantenha-se ativa e reserve algum tempo para meditar ou relaxar antes de dormir. Vai ver que resulta!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
DGS
O diretor-geral de Saúde afirmou que o número de casos notificados de ‘legionella’ aumentou este ano em Portugal cerca de 50%,...

Há um ano, um surto de 'legionella' no concelho de Vila Franca de Xira, com maior incidência nas freguesias de Vialonga e da Póvoa de Santa Iria/Forte da Casa, causou 14 mortos e registou mais de quatro centenas de casos.

“O risco de doença dos legionários existe sempre. Todos os anos temos cerca de 100 casos, todos eles quase sempre esporádicos. É natural que os serviços de urgência quando recebem casos graves de pneumonia façam testes para ver se há ou não doença dos legionários. Durante este ano houve aumento de notificação, mas todos são casos esporádico, não sob a forma de surto”, afirmou o diretor-geral da Saúde aos jornalistas, à margem de uma conferência em Lisboa.

Francisco George sublinhou “a rapidez de resposta dos serviços de saúde” no caso de Vila Franca de Xira, que foi o segundo maior surto mundial de “legionella”.

“Vivemos uma situação grave, a segunda maior epidemia de sempre na história mundial de doença dos legionários, com 403 casos confirmados e 14 óbitos. Foi uma situação de grande gravidade que impos a reorganização do parque hospitalar em Lisboa, que teve um empenho magnífico”, afirmou.

Sobre uma eventual demora da justiça no caso do surto de Vila Franca, a que aludiu o antigo Presidente da República Jorge Sampaio numa conferência nas comemorações Dia do Instituto Nacional de Saúde, o diretor-geral da Saúde recusou pronunciar-se, adiantando apenas estar “solidário com a população das freguesias atingidas”.

Um ano depois de um surto de 'legionella' ter afetado o concelho de Vila Franca de Xira, as vítimas, que viram a sua vida mudar totalmente, continuam a aguardar que a justiça descubra os responsáveis.

Passado um ano ainda decorre um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Comarca de Lisboa Norte-Vila Franca de Xira.

Numa resposta, fonte do Ministério Público (MP) adiantou que "os trabalhos já se encontram numa fase avançada" e que ali deram entrada 211 queixas de lesados diretos e de familiares das vítimas.

Presença de mercúrio
Pavilhão estava encerrado há um mês por motivos de segurança. Instituição tenta encontrar soluções para relocalizar...

O edifício da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa que está encerrado há um mês por motivos de segurança não voltará a abrir e vai ser, em breve, demolido, escreve o jornal Público. A decisão foi tomada na sequência dos últimos testes feitos no local, que detetaram a presença de mercúrio, não só no piso da cave, como em partículas suspensas no ar. Apesar dos resultados dos testes, a direção da instituição garante que não há registo de problemas de saúde entre alunos, professores ou funcionários.

Há cerca de um mês que o edifício E, um dos mais recentes do conjunto histórico que compõe a faculdade lisboeta, está encerrado. Naquele espaço funcionavam, por exemplo o laboratório de Tecnologia Farmacêutica e aulas de disciplinas como Tecnologia Farmacêutica e Farmácia Galénica. No final de Setembro, a cave do edifício onde se guardavam reagentes químicos inativos, solventes e outros produtos potencialmente tóxicos que são usados nas atividades da faculdade foi alvo de uma operação de limpeza. Nos dias seguintes, vários alunos, professores e investigadores apresentaram queixas de irritações na pele. Face ao perigo destes sintomas estarem associadas a intoxicações com produtos químicos, a direção da faculdade fechou provisoriamente o pavilhão.

O encerramento vai, porém, tornar-se definitivo, em função dos testes feitos entretanto. Logo após a decisão de fechar o edifício E, foram recolhidas amostras no chão da cave que revelaram a presença de mercúrio. Uma unidade militar especializada foi posteriormente chamada ao local para fazer uma raspagem integral do piso e foi feita uma descontaminação. Os dois procedimentos não foram, no entanto, suficiente. Novos testes feitos na última semana na Faculdade de Farmácia detetaram também a presença de partículas de mercúrio no ar.

Face à persistência da situação, a direção da faculdade decidiu que aquela infra-estrutura não voltara a abrir. “Era a decisão certa a tomar”, explica a diretora, Matilde Fonseca e Castro. A faculdade também já comunicou à reitoria da Universidade de Lisboa a intenção de proceder à demolição do edifício em causa. “O seu estado já era tão degradado, que acabou por tornar-se inevitável”, acrescenta a mesma responsável.

Apesar dos sintomas apresentados por alguns alunos, professores e funcionários, a faculdade garante que não há registos de problemas de saúde graves motivados por este caso. Todos os utilizadores do edifício E foram avaliados por um médico de medicina do trabalho nas últimas semanas e não apresentam sintomas de intoxicação. O caso mais grave era o de uma aluna que apresentou tonturas e vómitos, que podem estar associadas a um quadro de neuro toxicidade, mas que depois de um período de tratamento mostrou melhorias e já não inspira cuidados.

Desde que o edifício E foi encerrado provisoriamente que as aulas foram transferidas para outros edifícios da faculdade de farmácia e têm estado, desde então, a decorrer “normalmente”, assegura a presidente da faculdade. A prioridade agora e retirar do edifício em causa dos equipamentos laboratoriais que ainda ali permanecem e um local para que possam ser retomadas as atividades de investigação que têm estado suspensas.

Nos EUA
Investigadores do Centro de Controlo de Doenças dos Estados Unidos descobriram um parasita que parece "transmitir" o...

Os cientistas estudaram o caso de um colombiano, com o sistema imunitário debilitado pelo VIH (vírus da imunodeficiência humana), que tinha células cancerígenas que se comportavam de forma estranha, escreve o Diário de Notícias. As biópsias efetuadas aos tumores espalhados pelo corpo do homem encontraram células que agiam como células cancerígenas, mas que eram dez vezes mais pequenas que as células de cancro normais, por exemplo.

A descoberta fez os médicos colombianos pedirem ajuda ao Centro de Controlo de Doenças (CDC) norte-americano. Dois anos após terem recebidos as células, os cientistas acreditam ter resolvido o mistério, mas a conclusão é preocupante.

O patologista Atis Muehlenbachs encontrou ADN de um parasita nas células dos tumores, Hymenolepis nana, e acredita que o homem terá ingerido comida contaminada com pequenos ovos do parasita que, devido aos problemas do sistema imunitário, se multiplicaram e invadiram outras parte do corpo.

Não é claro se as células já se comportavam como células cancerígenas fora do organismo do hospedeiro ou se se modificaram já dentro do corpo humano.

"Esta é a primeira vez que vemos células cancerígenas de um parasita espalharem-se dentro de uma pessoa. É uma doença única, muito pouco habitual", disse Muehlenbachs, citado pelo Washington Post. Mas Muehlenbachs também reconhece que os cientistas não sabem quão rara é esta condição.

Porque é que esta descoberta é preocupante? Porque, apesar de se saber que outros animais, além dos humanos, sofrem de cancro, até agora os cientistas acreditavam que não era possível um parasita ter células cancerígenas e muto menos transmiti-las aos humanos -ou que estas se transformassem em células cancerígenas dentro do corpo humano.

"Pode ser a ponta do icebergue de algo que pode ser muito importante", alerta Matthew B. Laurens, um infeciologista da Universidade de Maryland.

Após denuncias
Há professores a ser chamados a juntas médicas e vários clínicos estão sob a alçada dos conselhos disciplinares da Ordem dos...

Num único caso, confirmou o Diário de Notícias, uma médica espanhola passou dezenas de atestados a docentes.

As denúncias surgiram sobretudo no distrito de Bragança, onde um total de 360 professores foram colocados neste ano letivo ao abrigo dos chamados destacamentos por condição específica (DCE). Mais de uma centena dos quais num único agrupamento de escolas, localizado no centro na capital de distrito. No entanto, questionado pelo Diário de Notícias, o Ministério da Educação e da Ciência (MEC) esclareceu que "as averiguações" a casos que geraram suspeita "não se reportaram apenas a situações numa determinada zona do país".

A intenção de recorrer a juntas médicas para esclarecer o que foi classificado de "epidemia" de casos em Bragança já tinha sido assumida, no início de setembro, pelo então ministro Nuno Crato, que deixara essa diligência dependente das conclusões de uma investigação conduzida pela Inspeção-Geral da Educação e da Ciência (IGEC).

Confirmada a existência de casos suspeitos, a medida avançou. "Na sequência de queixas apresentadas e da incidência geográfica de elevado número de pedidos de mobilidade por doença, a DGAE [Direção Geral de Estabelecimentos Escolares], em articulação com a IGEC, procedeu a uma análise de diversas situações", confirma o gabinete da ministra Margarida Mano, numa resposta enviada ao Diário de Notícias. "Na sequência desta averiguação prévia, aquelas que suscitam dúvidas serão sujeitas a ação da junta médica da ADSE."

Disciplina da ordem averigua
O recurso a juntas médicas da ADSE - o subsistema de saúde dos funcionários públicos - foi uma solução de recurso encontrada pelo MEC que, apesar de ter prevista a criação de juntas médicas regionais na sua dependência, ainda não as operacionalizou. A solução passou por uma parceria com o Ministério da Saúde, formalizada num despacho conjunto dos secretários de Estado da Saúde e da Administração Escolar, no dia 23 de outubro. O documento estipula que a Direção-Geral da Educação irá reembolsar a ADSE pelo custo destas juntas, estipulado em 180 euros por cada professor (ou familiar deste) avaliado.

O ministério não quis adiantar quantos professores - e em que distritos - serão alvo destas perícias.

José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, revelou ao Diário de Notícias que partiu da própria ordem "a sugestão do recurso a juntas médicas", depois de ter sido confrontada pelo Ministério da Educação com os casos suspeitos por este identificados. "Estes casos são de alguma sensibilidade, pelo que as juntas médicas nos parecem uma forma adequada de esclarecer as dúvidas", disse explicando que o facto de surgirem vários atestados associados a um mesmo clínico não implica necessariamente que "estes sejam falsos. São provavelmente médicos residentes do distrito de Bragança, pelo que é fácil que um médico emita vários atestados", defendeu.

O bastonário admitiu no entanto que "houve de facto alguns [médicos] que emitiram um número elevado [de atestados]", pelo que a Ordem tomou também diligências para que sejam averiguadas essas situações. "O ministério enviou-nos a comunicação com os nomes de vários médicos que terão passado um número significativo de atestados. Enviámos isso para os conselhos disciplinares, pedindo uma análise", revelou.

Quadros ultrapassados
Contactado pelo Diário de Notícias, Filinto Lima, da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), admitiu que o sucedido em Bragança foi "o fim da macacada", mas acrescentou que neste ano os destacamentos causaram mais contestação em todo o país. Não necessariamente pelo facto de terem ocorrido mais casos suspeitos. A diferença, considerou, foi que neste ano, ao contrário do que era habitual, estes destacamentos "aconteceram mais cedo", antes das colocações de professores dos quadros de zona pedagógica (QZP), que assim se viram ultrapassados em lugares aos quais habitualmente tinham acesso.

"Neste ano notou-se mais porque nós, diretores, fomos obrigados a dar componente letiva a estes professores", explicou. "No passado, como eram colocados mais tarde, normalmente não tinham componente letiva [não davam aulas]. Eram professores de apoio, que poderiam estar numa sala de estudo, numa biblioteca", contou. "Neste ano o ministério entendeu - a meu ver bem - rentabilizar estes professores, pondo-os a dar aulas. Mas isso acabou por defraudar as expectativas de muitos colegas dos QZP."

Em declarações ao Diário de Notícias, João Dias da Silva, da Federação Nacional de Educação (FNE), confirmou a existência de "várias queixas de professores dos QZP que se dizem prejudicados", reconhecendo que a situação, "pelo elevado número de pessoas que têm esse destacamento", também "levanta dúvidas" a esta organização sindical.

No entanto, defendeu também que devem evitar-se medidas drásticas na sequência deste caso: "Não deve pagar o justo pelo pecador, aproveitando-se esta situação para pôr em causa a lei." Esta é uma boa lei quando é posta ao serviço das pessoas que reúnem as condições que lhes dão o direito a usufruir dela, por si e pelos seus familiares", considerou.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro defende que o rastreio ao cancro da mama deve ser feito às mulheres até aos 75 anos, por...

Helena Gervásio, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médico, recomenda a mamografia até à mesma idade, mas é mais cautelosa sobre a alteração do rastreio nacional. Nuno Miranda, diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas afirma que a avaliação do rastreio está sempre aberto, mas para que já os estudos mostram que não se justificam alterações, escreve o Diário de Notícias.

Vítor Veloso, presidente da secção norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro - entidade responsável pelo rastreio em quatro das cinco regiões do país -, considera que a janela entre os 45 e os 69 anos é pequena. "Penso que deveria ser estendido até aos 75 anos. A esperança de vida é maior e quanto maior é a idade, maior é a probabilidade de ter cancro. Este é um tema que está a ser debatido na Europa, mas é um processo moroso", afirma.

Helena Gervásio, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médicos, afirma que "os médicos devem recomendar às mulheres que façam mamografias até aos 75 anos porque têm uma longevidade maior de vida". Faz sentido pedi-lo a título particular, mas quanto a integrar a recomendação no rastreio nacional tem mais dúvidas: "Para alargar o rastreio temos de ter estudos que mostrem que faz sentido. É preciso mostrar que se obtém resultados semelhantes aos que temos com a atual faixa etária" dos 50-69 anos".

"Coloca-se a questão se se deve aumentar a idade do rastreio até aos 74 ou se o início deve ser aos 45 anos, de forma a detetar mais alguns casos. Os dados mais sólidos e consensuais é que o rastreio compensa entre os 50 e os 69 anos e realizada de dois em dois anos", diz Nuno Miranda, diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas.

Astellas Pharma e Immunomic Therapeutics
A Immunomic Therapeutics, uma empresa de desenvolvimento de vacinas de “próxima geração” baseadas na plataforma LAMP-VAX, e a...

A tecnologia LAMP-vax aumenta a eficácia de vacinas de DNA. Tem a capacidade de fazer com que as vacinas de DNA funcionem, o que potencialmente permite vacinas eficazes para um amplo espetro de doenças.

Em janeiro de 2015, a Immunomic Therapeutics e a Astellas celebraram um contrato exclusivo de licença para o Japão de forma a desenvolverem e comercializarem ASP4070 (anteriormente designado JRC2-LAMP-VAX) concebido para tratar alergias induzidas pelo pólen do cedro vermelho japonês. A Astellas iniciou um ensaio de fase I com ASP4070 no Japão este ano. Independentemente do novo acordo, esse contrato inicial permanece em vigor.

A Astellas já adquiriu os direitos mundiais exclusivos para investigar, desenvolver, fabricar e comercializar quaisquer potenciais produtos LAMP-VAX destinados ao tratamento ou prevenção de doenças alérgicas humanas, bem como outros programas de investigação em alergias alimentares ou ambientais.

"Estamos muito satisfeitos por a Astellas ter reconhecido o potencial da tecnologia LAMP-VAX para inaugurarmos numa nova era na vacinação contra alergias comuns e graves e estamos entusiasmados por colaborarmos juntos novamente", disse William Hearl, CEO da Immunomic Therapeutics. "Com esta nova parceria, a Astellas pode explorar a plataforma LAMP-VAX para doenças alérgicas, enquanto nós continuamos com aplicações noutras áreas, como a imunoterapia no cancro".

"A Astellas define um objetivo estratégico para avançar com novas oportunidades como parte do nosso Plano Estratégico para 2015-2017, e estamos a investir ativamente em novas áreas terapêuticas e novas modalidades tecnológicas, em especial, na medicina regenerativa e vacinas da próxima geração", comentou Kenji Yasukawa, Vice-Presidente Sénior e Chief Strategy Officer da Astellas. "O nosso foco é a imunologia enquanto uma das áreas prioritárias para investigação e estamos a explorar alvos para descobertas de novos medicamentos que envolvem vários distúrbios imunológicos, com o objetivo de desenvolvermos um tratamento causal para doenças imunológicas. Estamos, novamente, muito animados com a parceria com a Immunomic Therapeutics, pois esta operação apoia, ainda mais, os nossos objetivos estratégicos e reforça o nosso pipeline em imunologia".

Sobre a plataforma LAMP-vax
A plataforma LAMP-VAX é uma tecnologia inovadora que tem o potencial de melhorar substancialmente a utilização de vacinas para várias doenças. LAMP-vax é uma vacina de DNA de última geração que estimula uma resposta imunitária contra uma proteína particular, injetando o DNA que codifica a proteína em vez da própria proteína. No entanto, ao contrário das vacinas de DNA convencionais, o LAMP-VAX inclui uma sequência curta de DNA que codifica a Proteína de Membrana Associada ao Lisossoma (LAMP). Isso permite vacinas de DNA, desenvolvidas com base na plataforma LAMP-VAX, de utilizar a bioquímica natural do organismo para desenvolver uma resposta imune mais completa em relação às vacinas convencionais. Ao contrário das vacinas de DNA convencionais que provocam principalmente uma resposta imune pelas células T citotóxicas, as vacinas de DNA desenvolvidas utilizando LAMP-vax iniciam uma resposta imunitária mais completa, incluindo a produção de anticorpos, a libertação de citocinas e memória imunológica. A capacidade para ativar uma resposta imunitária completa dá potencial à tecnologia LAMP-vax numa grande número de doenças incluindo doenças alérgicas e imunoterapia no cancro.

Sobre a Immunomic Therapeutics
A Immunomic Therapeutics, Inc. é uma empresa privada de biotecnologia dedicada a vacinas pioneiras que transformam vidas. Sediada em Hershey e com instalações laboratoriais em Rockville, a Immunomic Therapeutics desenvolve vacinas de ”próxima geração” baseadas na tecnologia patenteada LAMP.

A visão da Immunomic Therapeutics é ter medicamentos aprovados pelas agências reguladoras mundiais em várias doenças: alergias (pólen, alimentação, ambiente, animais), cancro, doenças infecciosas e saúde animal.

Sobre Astellas
A Astellas Pharma é uma companhia farmacêutica comprometida com a melhoria do estado de saúde das populações mundiais, fornecendo as mais recentes e inovadoras terapêuticas. O foco da organização está na disponibilização de terapêuticas, ao nível da I&D e da comercialização de tratamentos eficazes, que melhorem a vida dos doentes, continuando a crescer de forma sustentada no seu setor. É uma das 20 maiores empresas farmacêuticas, que emprega cerca de 15 mil colaboradores em todo o mundo.

A Astellas está em Portugal desde 1967, conta com cerca de 53 colaboradores e focaliza-se nas seguintes áreas terapêuticas: Oncologia, Urologia, Dermatologia, Transplantação, Anti-infecciosos e Dor.

Para mais informações sobre a Astellas visite http://www.astellas.com.pt/pt/.

Agência Europeia do Medicamento
A administração de vacinas contra o vírus que provoca o cancro do colo do útero (papiloma vírus humano – HPV) não provoca...

Citando um relatório do Comité de Avaliação de Riscos da Agência, conclui-se que não “há um nexo de causalidade” entre as vacinas e o desenvolvimento da síndrome de dor regional complexa ou síndrome de taquicardia.

A vacina é comercializada em Portugal desde 2006 e, nos primeiros três anos, foram notificados 21 casos de reações adversas, de acordo com a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que considerou que o benefício da vacina era claramente superior ao risco.

Diz a Agência Europeia que as vacinas contra o HPV são dadas a jovens mulheres para as proteger do cancro cervical e de outras doenças provocadas pelo HPV, assim como de condições pré-cancerosas.

E acrescenta que, com estas conclusões, “não há razão para mudar a forma como as vacinas são usadas ou alterar as informações sobre o produto”.

A Agência Europeia diz depois que, quer a síndrome de dor, quer a alteração da frequência cardíaca são situações que podem acontecer na generalidade da população, incluindo adolescentes, independentemente da vacinação.

O Comité, diz-se ainda no comunicado, reviu os dados existentes, as informações sobre os ensaios clínicos e os relatórios sobre casos suspeitos de efeitos secundários em pacientes e em profissionais de saúde. Analisou também dados fornecidos pelos Estados-membros e consultou especialistas e grupos de pacientes.

Estima-se, no comunicado, que os dois sintomas descritos (dor ou taquicardia) surgem em 150 jovens mulheres por cada milhão de habitantes, em cada ano.

E não foi encontrada nenhuma evidência de que estas taxas sejam diferentes em raparigas vacinadas.

Mais de 80 milhões de jovens mulheres já receberam a vacina, com uma taxa de cobertura da população alvo na ordem dos 90 por cento, em alguns países da União Europeia.

O cancro do colo do útero é responsável por “dezenas de milhar de mortes na Europa todos os anos”, diz-se no comunicado, que acrescenta: “Os benefícios das vacinas contra o HPV continuam portanto a ser superiores aos riscos. A segurança destas vacinas, bem como de todos os medicamentos, continuará a ser cuidadosamente monitorizada”.

DGS
Uma especialista da Direção-Geral de Saúde defendeu que as consequências do surto de 'legionella' de Vila Franca de...

Segundo Teresa Marques, da Direção-Geral de Saúde(DGS), apesar de terem sido identificados durante o surto 403 casos de possíveis doentes - dos quais se confirmaram 377 -, a taxa de mortalidade registada foi baixa, se comparada com outros surtos de intensidade semelhante, o que se deveu, em parte, à ação precoce das autoridades.

"Houve vários fatores coincidentes que fizeram com que houvesse um número elevado de doentes, apesar de termos atuado precocemente e de a taxa de mortalidade ter sido baixa", afirmou aquela responsável, recordando que, ao segundo dia da investigação sobre a origem do surto, foram encerradas as torres de refrigeração que depois se confirmou serem a fonte de disseminação da doença.

A coordenadora do Programa de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença dos Legionários falava durante o 31.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que decorre entre hoje e sábado em Albufeira, onde fez uma apresentação subordinada ao tema "Surto de doença dos legionários de Vila Franca de Xira: a ação de uma equipa multidisciplinar".

O surto de 'Legionella' teve, alegadamente, origem nas torres de refrigeração da empresa Adubos de Portugal, na freguesia de Forte da Casa, em Vila Franca de Xira, tendo afetado sobretudo homens entre os 50 e 60 anos, um padrão comum para surtos daquela doença.

Teresa Marques sublinhou que o surto foi originado por uma "coincidência de condições meteorológicas, ambientais e microbiológicas" favoráveis à propagação da doença, nomeadamente o facto de terem estado dias de muito calor, para a época, de o vento predominante ter sido de nordeste e de a humidade relativa ter estado muito alta.

Além disso, a bactéria tinha "características particulares de virulência" e houve ainda a ocorrência de ventos do norte de África que transportavam areia, sendo que os grãos de areia "podem servir de núcleo às gotículas" que propagam a doença, explicou.

O momento em que a equipa que investigou o caso percebeu que o surto não tinha origem na rede pública de água deu-se quando foi identificada uma doente que estava acamada e que era lavada na cama, logo, não poderia ter sido infetada através da inalação de água, tendo-se concluído que as gotículas foram transmitidas por via aérea, devido às janelas do quarto terem estado abertas, recordou.

Segundo Teresa Marques, as primeiras pessoas a iniciarem sintomas foram dois trabalhadores de uma empresa do norte do País que tinham ido fazer a limpeza das torres, sendo que um deles morreu.

Após o surto, foi elaborado um relatório que recomendava a criação de legislação específica que enquadrasse a atuação dos responsáveis por este tipo de equipamentos, mas, questionada pela Lusa, aquela responsável disse desconhecer se já teria sido criada alguma lei nesse sentido, remetendo a questão para o ministério do Ambiente.

O surto, o segundo com maior numero de casos a nível mundial, teve início a 7 de novembro de 2014 e foi considerado extinto a 21 de novembro, tendo o ministro da Saúde na altura, Paulo Macedo, realçado a resposta dos hospitais que terão tratado mais de 300 pneumonias.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Doença Venosa Crónica
Estima-se que 1/3 da população ocidental sofra de doença venosa crónica e, só em Portugal calcula-se
Varizes homem

A hereditariedade, a idade, a obesidade e as condições hormonais são alguns dos fatores de risco que fazem das mulheres o alvo preferido das varizes.

A verdade é que, as varizes se vão agravando à medida que envelhecemos, no entanto, isto não significa que uma pessoa mais jovem não as possa ter. Aqui a hereditariedade tem um peso muito elevado, deste modo, e sobretudo as mulheres que têm um historial familiar de varizes devem ter maior preocupação e cuidado no que à prevenção diz respeito.

A verdade é que, desde a puberdade, à menopausa, as mulheres passam por várias etapas marcadas por autênticas revoluções hormonais, ficando mais suscetíveis ao desenvolvimento de varizes.

O aparecimento de varizes é motivado por dificuldades de drenagem sanguínea relacio­nadas com o estado das veias e com a insuficiência das válvulas existentes no interior das mesmas, afetando sobretudo os membros inferiores.

Os sintomas mais frequentes são a sensação de cansaço e peso nas pernas, podendo, ou não, ser acompanhada de alguma dor, o inchaço nos pés, cãibras e comichão.

Existem dois tipos de varizes, as chamadas varizes primárias, que aparecem influenciadas por uma tendência hereditária e as chamadas varizes secundárias que aparecem por doenças adquiridas no decorrer da vida e que são de tratamento mais difícil.

As varizes primárias são as responsáveis pelas antiestéticas linhas vermelhas e azuis de diversos tamanhos na perna da mulher e também pelas varizes de maior calibre e são as mais frequentes. Elas são também designadas de Telangiectasias.

As varizes secundárias são provocadas por tromboflebites e, mais raramente, podem surgir por fístulas arteriovenosas, como consequência de hábitos prejudiciais ou, por exemplo, depois de acidentes que obrigam a pessoa a ficar muito tempo acamada sem tomar as devidas precauções profiláticas.

As varizes afetam, normalmente, as veias superficiais e podem ser tratadas através de medicamentos flebotónicos, da secagem das veias (escleroterapia) e, se for necessário, da sua posterior remoção.

Se já tem varizes e quer controlar o seu reaparecimento, ou se tem antecedentes familiares e pretende prevenir a manifestação dos sintomas, deixamos-lhe aqui alguns conselhos:

  • Evite estar muito tempo de pé ou sentado sem mexer as pernas. Se não puder andar, faça movimentos com os pés, rodando os tornozelos, como se estivesse a fazer o aquecimento para uma prova desportiva. Ao contrair os músculos, vai ajudar a circulação do sangue.
  • Não cruze as pernas quando se senta, uma vez que, ao fazê-lo estará a aumentar a pressão na perna que fica em baixo.
  • Use meias elásticas (ou de “descanso) que ajudam a prevenir o aparecimento de varizes. Mas tenha atenção para que estas não fiquem demasiado apertadas e não as use quando estiver muito calor.
  • Eleve as pernas para descansar enquanto dorme. Mas não utilize almofadas para esse fim. Com o peso, as almofadas têm tendência para ceder e comprimem as pernas. Em vez disso, experimente elevar o colchão, cerca de 20 centímetros, colocando uma manta dobrada por baixo.
  • Evite os alimentos fritos e a acumulação de gorduras, que podem dificultar a circulação sanguínea.
  • Beba cerca de 1,5 litros de água por dia. A ingestão de líquidos tornará o sangue menos denso facilitando o seu fluxo no sistema venoso.
  • Pratique exercício físico regularmente. Fazer caminhadas, andar de bicicleta e natação são a melhor escolha para quem tem insuficiência venosa.
  • No Verão não se exponha demasiado ao sol uma vez que o calor dilata as veias. E tenha o cuidado de ir molhando as pernas para as manter frescas.
  • No final do banho molhe sempre as pernas com água fria. Com o frio, as veias vão contrair, sendo esta uma forma de melhorar o seu funcionamento.
  • Evite usar vestuário apertado e escolha calçado confortável. No caso das mulheres, não use sapatos rasos, nem saltos com mais de 5 cm.
  • Se fuma fique a saber que o consumo de tabaco prejudica também a fluidez do sangue no retorno venoso para o coração, agravando o problema a quem sofre de varizes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Saúde capilar
Todos sabemos que com a chegada do Outono aumentam as queixas no que diz respeito à queda de cabelo.
Mulher com olhar preocupado a olhar para o cabelo

Lavar todos os dias a cabeça faz cair o cabelo?

Mito – Especialistas explicam que a frequência com que lavamos o cabelo não interfere com os bulbos capilares. Os cabelos que caem durante o banho cairiam de qualquer maneira, por isso não se assuste! Aconselha-se até uma boa higienização do couro cabeludo uma vez que a sujidade impede o crescimento do cabelo e obstrui os poros.

Lavar a cabeça com água quente faz cair o cabelo?

Mito - Lavar a cabeça com água quente não faz o cabelo cair. No entanto, a temperatura da água poderá estimular a produção de oleosidade. Nos casos de dermatite seborreica, por exemplo, este factor, pode até piorar o problema e favorecer a queda.

Cabelo muito oleoso e com caspa intensifica a queda?

Verdade - A oleosidade impede o crescimento saudável do cabelo, como já referimos. O aumento de oleosidade pode gerar caspa e descamação do couro cabeludo, e estes podem ser, de facto, fatores que levam à queda de cabelo.

Pintar o cabelo fá-lo cair?

Mito – Os químicos presentes nos produtos de coloração apenas afetam a haste do cabelo, e não a raiz (que é a responsável pelo seu crescimento). Pintar os cabelos com frequência apenas afeta a sua resistência e promove a perda de brilho, tornando-o mais seco também.

Dormir com os cabelos molhados faz mal?

Verdade – Deitarmo-nos com o cabelo molhado vai facilitar a proliferação de fungos e caspa, o que poderá levar à queda de cabelo.

Os champôs anti-queda podem atrasar ou reverter a calvíce?

Mito - Um champô é apenas um complemento de qualquer tratamento capilar. A sua principal função é manter o couro cabeludo limpo e estável, e só por si não garante outros resultados.

O cloro das piscinas por provocar a queda de cabelo?

Mito – Apesar de poder aumentar a fragilidade ou secura do cabelo, não o faz cair.

A alimentação influencia a queda de cabelo?

Verdade – Uma alimentação pobre em vitaminas e minerais afeta a saúde do seu cabelo. Na realidade, estes elementos são essenciais para manter um cabelo saudável e bonito. As proteínas, ferro, zinco, vitamina A e C são os melhores aliados do seu cabelo. Não se esqueça!

Os anti-depressivos fazem cair o cabelo?

Verdade – Alguns anti-depressivos, assim como outros medicamentos, podem interferir com o ciclo dos cabelos aumentando, assim, a queda. Podem até encurtar a fase do crescimento dos cabelos fazendo com que eles caiam antes do tempo.

Cortar o cabelo torna-o mais forte?

Mito - Esta sensação deve-se ao facto de o cabelo ser cortado a meio da haste, onde é mais grosso do que na ponta. A verdade é que, quanto mais curto estiver o cabelo, mais forte ele nos parece. No entanto, cortar o cabelo não afeta o seu crescimento nem impede que caia.

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Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para a importância de rastrear a doença
A Retinopatia Diabética é uma manifestação oftalmológica da Diabetes Mellitus, sendo considerada uma das principais causas de...

Todos os anos mais de 3 mil pessoas cegam de forma irreversível no nosso país devido a esta doença. Por outro lado, o número de doentes para tratamento tem aumentado, passando de 3425 em 2010 para 8110 em 2013, correspondendo a um aumento de 137 por cento, informa a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) por ocasião do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala a 14 de novembro.

A Retinopatia Diabética (RD) ocorre por alterações dos vasos de pequeno calibre (microangiopatia), aumento do fluído no espaço extra-vascular (edema), redução do fluxo sanguíneo (isquémia) e formação de novos vasos (neovasos). A investigação no desenvolvimento desta patologia foca-se principalmente nos mecanismos moleculares que contribuem para estas alterações que ocorrem de forma assintomática.

Rita Flores, secretária-geral da SPO, explica que “como a RD é silenciosa, as alterações na visão surgem em fases avançadas da doença. O rastreio oftalmológico é fundamental na deteção precoce, antes do aparecimento dos sintomas e de lesões irreversíveis”.

“O rastreio é realizado pelo oftalmologista através de um exame oftalmológico periódico, no qual é observado o fundo ocular após dilatação (oftalmoscopia). Para rastreios em grandes massas populacionais, a observação oftalmoscópica pode ser substituída por fotografias do fundo ocular. O exame oftalmológico deve ser realizado nos diabéticos tipo I, 5 anos após o seu diagnóstico e nos diabéticos tipo II, aquando do diagnóstico. Posteriormente deverá ser realizado anualmente. Na gravidez o rastreio deve ser efetuado trimestralmente”, refere a especialista.

Rastrear e prevenir é fundamental porque o tratamento da RD é difícil e envolve várias etapas e objetivos. “O doente assume um papel fundamental, uma vez que é de extrema importância o controlo da glicemia, da tensão arterial, do perfil lipídico, evitar fatores de risco como obesidade (controlo do perímetro abdominal e índice de massa corporal), praticar exercício físico regularmente e realizar uma alimentação saudável com fibras, verduras e frutos). O doente deve ter consciência da importância da sua colaboração e o seu médico de família deve ser informado”, defende Rita Flores.

A oftalmologista ainda afirma que “neste momento, dispomos de diversos tratamentos para a retinopatia diabética, nomeadamente fotocoagulação LASER, injeções intra-vítreas de fármacos anti-VEGF e corticóides. Diversos estudos tem mostrado a importância da combinação de tratamentos potencializando os seus efeitos. No entanto cada doente deve ser considerado individualmente e a orientação terapêutica deve ser adequada a cada situação clínica”.

A Diabetes Mellitus atinge 371 milhões de pessoas em todo o mundo e estima-se que em 2030 atinja os 552 milhões, correspondendo a um aumento de cerca de 50% da população afetada. Em Portugal 13,0% da população entre os 20 e os 79 anos apresenta Diabetes (estudo PREVADIAB 2013). O estilo de vida sedentário, obesidade, hábitos alimentares e envelhecimento progressivo da população são os grandes fatores de risco para a evolução desta doença.

Estudo
Os doentes com cancro da mama avançado e com níveis de produção de insulina mais elevados, têm um prognóstico ...

Pequenas mudanças no estilo de vida dos doentes e um maior conhecimento médico sobre o efeito que a resistência à insulina tem na progressão da doença poderão ajudar a lutar contra o problema, afirma uma das investigadoras, Nicoletta Provinciali, médica oncologista do Hospital Galliera, em Génova.

Os resultados da investigação, que vão ser divulgados hoje durante a 3ª Conferência Internacional de Consenso sobre cancro da Mama Avançado (ABC3), que decorre até dia 7, indicam que os doentes com um cancro de mama que já avançou para outras partes do corpo (metastizado) e que têm níveis de insulina mais altos, sem serem diabéticos, têm um prognóstico pior.

O estudo conclui que o efeito dos níveis mais elevados de insulina nas fases iniciais de cancro da mama já era conhecido, mas que esta é a primeira vez que se demonstra que a resistência à insulina - em que o corpo não usa convenientemente a insulina que produz, o que o leva a produzir em excesso – é “um fator que conduz a um pior prognóstico em doentes com cancro da mama avançado”.

A investigação envolveu 125 doentes com cancro da mama metastizado, não diabéticos, com tumores HER2 negativos, a receber quimioterapia de primeira linha como parte de um ensaio clinico.

Os investigadores verificaram então a relação entre a resistência à insulina e o período de tempo em que o doente viveu sem que a doença progredisse (sobrevivência sem progressão da doença), bem como a sua sobrevivência global (período de tempo que permaneceu vivo).

“Após ter em conta outros fatores que afetam a sobrevivência sem progressão da doença (PFS) e a sobrevivência global, como a idade e o índice de massa corporal (IMC), verificámos que os níveis elevados de insulina são um fator independente de mau prognóstico nos doentes com cancro da mama avançado, refere Nicoletta Provinciali.

Os investigadores mediram os níveis de glucose nos doentes usando um índice que mede os níveis individuais de sensibilidade à insulina e concluíram que 46,95% dos doentes foram classificados como resistentes à insulina, 40,5% tinham peso a mais e 16,37% eram obesos.

Um nível normal de insulina ronda os 2, doentes com um nível de 2,5 ou mais têm resistência à insulina.

As 125 mulheres envolvidas tinham uma média de idades de 60 anos, a PFS foi de cerca de 11,5 meses nas mulheres com um nível menor que 2,5 e de 8,5 meses naquelas que tinham um valor de 2,5 ou superior.

Encontrada esta “clara evidência”, a responsável considera agora ser necessário “encontrar formas de atacar este metabolismo para desenvolver novos tratamentos para estes doentes”.

Umas das características das células cancerígenas é a sua capacidade para crescer rápida e incontrolavelmente, e para resistir à morte programada que ocorre em células não-cancerígenas.

“Sabemos que os fatores de crescimento são críticos para o desenvolvimento e progressão do cancro, e que a insulina é um importante fator de crescimento dos tecidos do nosso corpo, apesar de não sabermos como é que isso afeta diretamente o desenvolvimento das células cancerígenas”, refere a médica.

Os investigadores consideram que uma das formas de lutar contra o problema pode passar por simples mudanças no estilo de vida, como uma melhor dieta, mais exercício e uso de terapêuticas baratas e disponíveis como a metformina (um antidiabético).

União Europeia
Instituições científicas de 11 países recebem dinheiro da União Europeia para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra o...

Um consórcio de 22 instituições recebeu 23 milhões de euros para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus da imunodeficiência humana (VIH), segundo um comunicado divulgado, escreve o jornal Público. O financiamento atribuído pelo programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia será usado para encontrar as melhores candidatas a vacinas.

O consórcio é liderado pelo Imperial College em Londres, no Reino Unido, e conta com a colaboração de universidades e empresas de mais oito países europeus (Alemanha, Áustria, Espanha, França, Holanda, Hungria, Itália e Suécia), e ainda da Austrália e do Canadá.

Há 30 anos que se tenta desenvolver uma vacina contra o HIV, mas sem sucesso. Este vírus mata células do sistema imunitário e acaba por deixar as pessoas vulneráveis a qualquer microorganismo, desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida, ou sida. Sem tratamento, os doentes acabam por morrer das infecções que se propagam pelo corpo. Apesar de não haver cura, os medicamentos anti-retrovirais existentes fazem diminuir muito o número de vírus no corpo, o que permite viver durante décadas com o vírus.

No final de 2013, existiam 35 milhões de pessoas com este vírus, segundo as contas da Organização Mundial da Saúde. Muitas delas sem acesso aos medicamentos, principalmente na áfrica subsariana. Todos os anos, dois milhões de pessoas são infetadas pelo VIH. E, por ano, estima-se que sejam gastos cerca de 20.000 milhões de euros no mundo inteiro para o tratamento de pessoas com o VIH e sida.

“Criar uma vacina eficaz contra o VIH representa um dos maiores desafios biológicos para esta geração”, considera Robin Shattock, coordenador do Iniciativa Europeia da Vacina da Sida (EAVI2020, sigla em inglês), e professor no Imperial College. Naquele instituto, a equipa vai estudar a resposta imunitária de pessoas saudáveis a potenciais vacinas para o VIH, analisando depois como se dá a produção dos anticorpos contra o vírus. Desta forma, poderão avaliar quais são os melhores candidatos a vacina.

“Agora, sabemos muitos mais sobre como os humanos desenvolvem respostas imunitárias protectoras e como devemos estruturar os candidatos a vacinas”, diz Robin Shattock, citado num comunicado da sua instituição, acrescentando que o consórcio permitirá reunir o conhecimento de especialistas em diferentes áreas e acelerar os ensaios clínicos.

Relatório revela
Portugal tem o dobro da mortalidade de Espanha por acidente vascular cerebral, registando 88,1 óbitos por cada cem mil...

As diferenças não são fáceis de explicar, mas podem atribuir-se ao facto de haver mais acidentes vasculares cerebrais (AVC) do que em Espanha em parte associados à hipertensão. Há ainda diferenças culturais e no tratamento da doença, referem os especialistas, que avisam que esta devia ser uma área prioritária.

Os resultados nas doenças cardiovasculares têm pontos positivos e negativos. E, se é verdade que Portugal está entre os países que têm a maior taxa de mortalidade, ficando em 7º lugar entre 34, é também um dos que mais progrediram nas últimas duas décadas. De 1990 a 2013, a taxa caiu 73%. Nessa altura, havia 330 óbitos por cem mil habitantes. "Partimos de um ponto elevado. Temos uma taxa de incidência que influencia os resultados. Há fatores de risco como o excesso de sal, que está associado à hipertensão. Temos cerca de metade da população com este problema, mas grande parte não está diagnosticada ou devidamente tratada", diz ao Diário de Notícias Vítor Cruz, da direção da Sociedade Portuguesa de AVC.

Em Portugal, morreram 12 273 pessoas com AVC em 2013 - mais de uma por hora -, quase o dobro das por enfarte. Além da hipertensão, há múltiplos fatores. "Desde logo o tabagismo, que ainda afeta quase 20% da população, o sedentarismo e a obesidade. Se olhar para as pessoas com 40 ou 50 anos, estas já acumulam quase sempre três fatores de risco", refere, acrescentando que também existirão fatores genéticos a explicar esta taxa da doença.

Rui Ferreira, o diretor do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, avança que Portugal e Espanha são diferentes. "Desde logo, a mortalidade é maior do que por enfarte, o que não acontece numa grande parte dos países europeus."

Instituto Nacional de Estatística
O Índice de Bem-estar para Portugal recuperou o crescimento em 2013, que deve continuar em 2014, principalmente nos indicadores...

Elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) pelo terceiro ano consecutivo, o índice abrange o período de 2004 a 2014 (ano em que os resultados são preliminares), escreve o Sapo, e baseia-se em metodologia definida por um conjunto de organizações internacionais (OCDE e o Eurostat), aplicada por vários institutos de estatística.

Segundo o INE, o Índice de Bem-estar em Portugal (IBE) evoluiu positivamente entre 2004 e 2011, atingindo o valor de 108,8 em 2011. Em 2012 reduziu-se para 108,1, tendo recuperado em 2013 (108,6) e estimando-se que atinja 110,5 em 2014.

Dos 10 domínios que integram o IBE, a Educação, o Ambiente e a Saúde são as componentes do bem-estar com evolução mais favorável. Inversamente, os domínios Trabalho e remuneração e Vulnerabilidade económica são aqueles cuja evolução foi mais desfavorável em 10 anos.

Agravamento desde 2006
“Em praticamente todos os anos desde 2006, verificou-se um agravamento do índice relativo à Vulnerabilidade económica, atingindo-se em 2013 o índice 76,21”, refere o INE.

Entre outros parâmetros, para a área da Saúde são usados indicadores como taxas de mortalidade (por várias doenças) e a satisfação dos utentes com os serviços e, para a da Educação, o número de doutoramentos, proporção de pessoas com níveis de escolaridade correspondentes ao ensino superior e o número de publicações científicas e patentes pedidas.

Já para a área do Ambiente são usados parâmetros como a qualidade da água e do ar, a perceção da população sobre a intensidade do ruído e a análise do destino final dos resíduos e, para a área do Trabalho, entre outros, são considerados a qualidade e a vulnerabilidade do trabalho e a disparidade salarial segundo o sexo.

Os dados preliminares de 2014 apontam para uma nova quebra, representando na comparação com o ano base uma variação de 24,7 pontos percentuais.

Estes dados refletem “a progressiva vulnerabilidade das famílias fortemente induzida pelo afastamento das mesmas do mercado de trabalho, pelos elevados níveis de endividamento e pela intensificação da dificuldade em pagar os compromissos assumidos com a habitação”.

Já o “Trabalho e remuneração” foi a componente do bem-estar com evolução mais desfavorável, devido essencialmente ao aumento do desemprego e outras variáveis relacionadas, que se acentuou a partir de 2009. O valor projetado para 2014 indicia uma ligeira inversão desta tendência.

No período analisado, os dois índices sintéticos “Condições materiais de vida” e “Qualidade de vida” evoluíram em sentidos opostos, com o primeiro a evidenciar uma tendência decrescente, que se atenuou a partir de 2012, e o segundo a apresentar uma tendência crescente, ligeiramente atenuada após 2011.

Os dados para 2014 “permitem perspetivar uma ligeira alteração da trajetória referida no que se refere ao índice relativo às Condições materiais de vida”.

“Depois, do (contínuo) agravamento ao longo dos últimos 10 anos, que implicou uma desvalorização de 15,7 pontos percentuais entre 2004 e 2013 ─ devido à forte correlação entre muitas das variáveis que compõem este indicador sintético e o funcionamento do sistema económico -”, este índice poderá apresentar um ligeiro acréscimo em 2014.

Para a evolução das Condições materiais de vida “contribuiu positivamente o comportamento do domínio do Bem-estar económico, o qual atinge um índice de 108,6 no ano 2009 decrescendo nos anos seguintes até 2012 e crescendo a partir desse ano”.

O acréscimo projetado de 4,8 pontos percentuais no domínio do Bem-estar económico ocorrido entre 2004 e 2014 não foi, contudo, suficiente para evitar o decréscimo do índice agregado das Condições materiais de vida, dada a forte descida ocorrida nos outros dois domínios: Vulnerabilidade económica e Trabalho e remuneração.

Com mais de 65 anos
Mais de 1,1 milhões de portugueses com mais de 65 anos vacinaram-se contra a gripe nesta época, de acordo com o relatório do...

Segundo a 2ª avaliação do Vacinómetro nesta época gripal (2015/16), foram já vacinados 1.108.711 de pessoas com mais de 65 anos.

Com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos, receberam a vacina 167.595 pessoas.

Em relação às profissões de risco, aderiram à campanha de vacinação 42,2 por cento (%).

Até ao momento, 21,4% dos doentes crónicos foram vacinados contra a gripe.

Do total dos inquiridos, 7,2% foram vacinados pela primeira vez contra a gripe, enquanto os restantes já tinham recebido esta medida profilática.

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