Sessão de esclarecimento
A Sociedade Portuguesa de Reumatologia realiza na sexta-feira, em Gaia, uma sessão de esclarecimento sobre as espondilartrites,...

“A prevalência das espondilartrites na população portuguesa é de 1,6% e continua a existir um défice de reconhecimento das manifestações típicas da doença, porque muitas vezes se confundem com a lombalgia comum. Existe claramente uma necessidade de divulgação destas doenças, para que possam ser tratadas precocemente”, notou Elsa Sousa, da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR).

A responsável alerta que, sem tratamento, estas doenças evoluem para uma “perda de mobilidade ao nível da coluna, com limitações dos movimentos habituais e incapacidade de realizar tarefas do dia-a-dia, associadas a dor crónica”, a inflamações nas articulações, no aparelho visual e no intestino e a “alterações na pele, nomeadamente com o aparecimento de psoríase”.

Relativamente a uma dor de costas comum, “o que caracteriza as espondilartrites é a dor após o acordar e uma limitação da mobilidade mais forte nas primeiras horas do dia”, destaca Elsa Sousa.

Para dar a conhecer este grupo de doenças, a SPR decidiu fazer uma sessão de esclarecimentos durante o sétimo Fórum das Espondilartrites, que se realiza na sexta-feira e no sábado num hotel de Gaia, distrito do Porto.

“Temos, pela primeira vez, uma sessão aberta ao público para, numa linguagem clara, transmitir as características da doença e revelar muitas das terapêuticas disponíveis”, descreveu a médica e investigadora.

A iniciativa de esclarecimento está marcada para as 18:00 de sexta-feira.

“Queremos que conhecimento seja partilhado e chegue à população – sentimos que é uma das estratégias importantes para que diagnosticar mais precocemente, e reduzir o impacto das doenças reumáticas na população e combater um conceito de passividade perante essas doenças”, esclareceu Elsa Sousa.

Segundo a médica e investigadora, estas doenças crónicas surgem “muitas vezes numa população relativamente jovem” que, sem “uma sensibilização adequada” pode ter acesso ao reumatologista “já numa fase muito tardia da doença”.

As Espondilartrites são um grupo de doenças inflamatórias crónicas, que partilham um conjunto de características clínicas e genéticas.

Fazem parte deste grupo a espondilite anquilosante, a artrite psoriásica, a artrite associada às doenças inflamatórias do intestino (doença de Crohn ou colite ulcerosa) e a artrite reativa, entre outras formas.

O Fórum das Espondilartrites tem como participantes em vários painéis temáticos Raquel Duarte, do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho), Luís Figueira, do Centro Hospitalar São João, Pedro Alves, do Hospital de São José/Centro Hospitalar Lisboa Central) e Nuno Lança, do Hospital de Santa Maria/Centro Hospitalar Lisboa Norte.

A estes profissionais juntam-se Marcus Cequeira, da Unidade Local de Saúde do Alto Minho), Renata Aguiar, do Hospital Infante D. Pedro/Centro Hospitalar do Baixo Vouga), Pedro Ávila Ribeiro, do Hospital de Santa Maria/Centro Hospitalar Lisboa Norte, Fernando Pimentel-Santos, do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental) e Anabela Barcelos, do Hospital Infante D. Pedro/ Centro Hospitalar do Baixo Vouga).

Nobel da Química
O Prémio Nobel da Química Tomas Lindahl defendeu que o cancro poderá vir a ser tratado como uma doença crónica, considerando...

Que o cancro se torne um dia uma doença crónica é "agora um dos objetivos do nosso campo de investigação", afirmou Tomas Lindahl, um dos três investigadores distinguidos com o Nobel da Química pelos estudos dos mecanismos que permitem a reparação de ADN.

Os investigadores, segundo o Comité Nobel, conseguiram, através de uma espécie de "caixa de ferramentas de reparação de ADN", mapear, a nível molecular, a forma como reparar as células danificadas, permitindo também salvaguardar a informação genética.

“O trabalho desenvolvido forneceu conhecimento fundamental sobre como funciona uma célula viva e pode ser usada, por exemplo, no desenvolvimento de novas terapias contra o cancro", justificou o Comité Nobel, num comunicado divulgado a 7 de outubro.

Nascido em Estocolmo, na Suécia, e especialista na área do cancro, Tomas Lindahl, 77 anos, desenvolve o seu trabalho como responsável do grupo emérito do Instituto Francis Crick de investigação biomédica, em Londres.

"Mais do que falar da cura do cancro, prefiro olhar para o problema como se se tratasse da diabetes”, disse Tomas Lindahl em entrevista à agência espanhola Efe.

“Não se pretende curar a diabetes. Bem, pode tentar-se, apesar de ser muito difícil, mas pode viver-se com a doença, há uma boa medicação pode levar-se uma vida normal, sem estar o tempo todo assustado, explicou.

O objetivo “é conseguir o mesmo” com o cancro, “que se possa viver como ele, mas sem pensar nisso, e com uma medicação diária, conseguir ter uma normal”, frisou.

No entanto, o investigador não se aventura em estabelecer um prazo para atingir esse objetivo, uma vez que existem diferentes tipos de cancro.

"Há alguns que podemos curar ou regredir, mas há outros, como o cancro do pâncreas, que ainda não entendemos e que ainda é uma doença muito perigosa".

A esperança dos investigadores, segundo Lindahl, é "entender porque é que alguns tipos de cancro não respondem bem aos tratamentos". Se conseguirem responder a esta questão poderão encontrar novos medicamentos e melhores tratamentos para os doentes.

"Mas, primeiro, temos de entender qual é o problema", reconheceu o investigador e perito e e para isso precisamos de realizar mais investigação básica, um tipo de ciência fundamental para o desenvolvimento de todas as disciplinas.

12 mil euros
A Irmandade dos Clérigos, no Porto, entregou 12 mil euros, valor da receita de bilheteira de quatro dias, à Liga Portuguesa...

O donativo, fruto de uma campanha que decorreu de 30 de novembro a 2 de dezembro, é o resultado da “generosidade dos visitantes nacionais e estrangeiros”, referiu a Irmandade dos Clérigos, responsável pelo monumento.

O presidente da Irmandade dos Clérigos, padre Américo Aguiar, realçou o “excelente” trabalho desenvolvido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, sobretudo no apoio dos voluntários junto da comunidade, dos doentes oncológicos e dos familiares.

“Um trabalho que pretendemos continuar a apoiar com a ajuda de todos aqueles que nos visitam”, disse.

Por seu lado, o presidente do Núcleo Norte e secretário nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, sublinhou que o número de pessoas com cancro é “assustador”.

“Morrem por ano 42 mil pessoas com cancro em Portugal. Se não forem tomadas medidas na prevenção a nível mundial, na Europa e mesmo a nível nacional, a Organização Mundial da Saúde estima que o número de mortes aumente para o dobro. Todos os dias, em todo o mundo, morrem 7,6 milhões de pessoas com cancro, é um número catastrófico”, salientou.

Este ano, a Liga Portuguesa Contra o Cancro é a quinta instituição apoiada pela Irmandade dos Clérigos, depois do Instituto Português de Oncologia, da Liga dos Bombeiros Portugueses, da Operação Nariz Vermelho e da Cáritas da Jordânia.

Distúrbios do sono
Se costuma ter insónias ou um sono agitado, este artigo é ideal para si!

A adoção de uma alimentação saudável, rica em vitaminas e minerais, vai ajudá-lo a sentir um maior equilíbrio e bem-estar físico e mental, inclusive quando chega a hora de ir dormir.

Por isso, à noite fuja dos alimentos açucarados e das bebidas estimulantes, como as bebidas alcoólicas, refrigerantes, chá ou café.

E não se esqueça que as refeições devem ser regulares e tornarem-se cada vez mais ligeiras, à medida que o dia avança.

Para que possa comprovar os seus benefícios, deixamos-lhe algumas sugestões para a ceia que o vão ajudar a dormir melhor.

Leite com Mel

Quem não se lembra de beber um copo de leite morno, antes de ir para cama, quando era criança?

A verdade é que a temperatura do leite morno é reconfortante e ajuda a relaxar. Além disso, o leite é fonte de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, responsável por baixar os níveis de stress no nosso corpo, preparando-o para o sono.

Já o mel é um hidrato de carbono simples, que facilita a absorção do triptofano.

Um copo de leite desnatado com uma colher de sopa de mel tem em média 150 calorias.  

Iogurte com Aveia

Além de ser uma fonte rica em proteínas, cálcio, fibras e vitaminas do complexo B, que promovem um bom trânsito intestinal, ajuda na saciedade e melhora os níveis de colesterol bom, esta combinação - iogurte com aveia - segue a mesma lógica do leite com mel - enquanto o primeiro é fonte rica em triptofano, o segundo é um hidrato de carbono que vai ajudar na sua absorção.

Uma combinação leve e nutritiva, que fornece uma sensação de bem-estar. Saiba que um copo de 140g de iogurte light sem açúcar acompanhado de três colheres de sopa de aveia tem aproximadamente 220 calorias.

Nozes

As nozes possuem gordura monoinsaturada, selénio e proteínas. Elas equilibram os tipos de gorduras que dão saúde ao coração e melhoram os níveis sanguíneos de colesterol. Também são ricas em triptofano, por isso ideais para serem incluídas na ceia.

Uma porção de três nozes tem 80 calorias.

Banana

A banana é uma fonte riquíssima de triptofano. Fonte de potássio, vitaminas do complexo B e pectina, ajuda no controlo da pressão arterial, na regulação do intestino e na diminuição do colesterol alto.

Por ser de fácil digestão, esta fruta é uma boa opção para a ceia.

Uma unidade média tem cerca de 90 calorias.

Soja

A soja é uma das maiores fontes de triptofano que podemos encontrar na nossa dieta. Rica em proteínas, cálcio e fibras, ajuda na redução do colesterol. Pode ser ingerida em formato de grão, leite ou mesmo em creme (em substituição da manteiga), com uma torrada. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
União Europeia
As autoridades portuguesas enviaram três notificações para o sistema alerta rápido e de resposta da União Europeia sobre as...

A diretiva europeia com o objetivo de reforçar a capacidade para coordenar a resposta a emergências incluiu o alerta rápido e de resposta acerca de doenças, envolvendo ameaças biológicas, químicas, de origem ambiental e desconhecidas.

Segundo o relatório da Comissão Europeia sobre os resultados da implementação, desde 05 de novembro de 2013 a 04 de setembro de 2015, um total de 168 mensagens foram colocadas no sistema, entre alertas (90) e informações (78).

A maior parte foi proveniente da Comissão Europeia (28), seguindo-se França (22), Reino Unido (20) e Alemanha (12). Portugal integrou o grupo que registou três notificações, a par da Áustria, República Checa, Dinamarca, Islândia, Suécia e Suíça.

Das notificações de alerta, 49 estiveram relacionadas com o vírus Ébola, 13 com sarampo, nove com gripe, seguindo-se raiva e meningite (8), hepatite (6), botulismo, dengue e vírus do Vale do Nilo (5), poliovírus e doença do legionário (4). Outras menções foram cólera, difteria, tuberculose ou malária.

Em 2016
O ministro da Saúde anunciou que as taxas moderadoras vão baixar em 2016 e que os utentes previamente referenciados pela Linha...

“Paga quem tiver de pagar, porque tem um consumo ou uma utilização de cuidados inapropriada. Não pode, ou não deve, pagar quem não tem uma alternativa a não ser recorrer a um ponto de cuidados de saúde que a pessoa julga o mais adequado”, disse Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, no final de uma visita às instalações da Linha Saúde 24.

De acordo com o ministro, o valor das taxas moderadoras vai baixar, respeitando assim “o compromisso político que está no programa do governo”.

“Nós honramos os nossos compromissos e estamos neste momento a trabalhar no sentido de fazer as alterações que estão desenhadas”, adiantou.

Para já, Adalberto Campos Fernandes confirmou que está em curso “uma revisão do modelo de taxas moderadoras em vigor”.

“As taxas moderadoras não podem ser taxas frenadoras, castigadoras. Têm de ser taxas que modelam uma procura e que visam construir uma procura que é mais adequada ao interesse dos doentes”.

O ministro quer que as taxas moderadoras sejam “um instrumento de inteligência no acesso e circulação dos doentes”.

“As taxas não são e nunca foram um mecanismo de receita. É importante que elas sejam equilibradas, proporcionais às condições de rendimento dos cidadãos, mas não podem ser um elemento que frena - através de uma barreira económica inaceitável - o acesso aos cuidados de saúde”.

Em concreto, Adalberto Campos Fernandes revelou que está em cima da mesa e a ser objeto de avaliação a possibilidade dos utentes referenciados pelos cuidados de saúde primários não pagarem taxa nas urgências hospitalares.

Por outro lado, pagarão os utentes que não estiverem referenciados previamente e os que não tiverem quadro clínico que justifique uma ida à urgência hospitalar.

“O cidadão tem de perceber que vale a pena ir ao seu médico de família, ao enfermeiro de família ou visitar a sua equipa de saúde e devem, em primeira instância, recorrer a um serviço com enfermeiros treinados e com instrumentos de decisão, clinicamente testados”, prosseguiu.

A “novidade legislativa” vai estar em vigor no início do próximo ano e o objetivo do Governo é que “a Linha Saúde 24 passe a ser verdadeiramente o primeiro ponto de contacto entre os cidadãos que precisam de cuidados agudos de saúde e os serviços”.

Para o ministro, é preciso “garantir que as pessoas doentes têm uma resposta e utilizar as taxas moderadoras no sentido de que, tendo uma resposta adequada - que deve ser a linha e depois a equipa de saúde no centro de saúde ou na unidade de saúde familiar -, se a pessoa ainda assim persistir numa má utilização dos serviços, faz sentido que tenha uma penalização”.

Ministério tem dúvidas
Novo ministro estuda medida que terá sido aprovada pelo anterior secretário de Estado da Saúde.

O Ministério da Saúde está a avaliar se o pagamento aos médicos por doente observado - uma das medidas previstas no plano de contingência do Hospital de Amadora-Sintra para fazer face ao habitual pico da procura no Inverno - é ou não uma prática permitida por lei. “O Ministério está a analisar a situação e tomará uma decisão no devido tempo”, adianta o gabinete do novo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Para poder pagar aos médicos por doente atendido em vez de pagar à hora, como é habitual, os responsáveis do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) terão alegado que tal medida foi autorizada pelo anterior secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, que estipulou por despacho os valores máximos que os médicos que trabalhem neste período mais crítico podem receber e que podem chegar aos 45 euros/hora. Mas o Diário de Notícias refere que a opção de pagamento por doente atendido já está em vigor no hospital desde 2 de Novembro, num serviço de internamento que foi criado para alargar a resposta e evitar o caos do Inverno passado.

No Amadora-Sintra, no último Natal houve doentes a esperar mais de 20 horas para serem observados por médicos, o que deu origem a uma auditoria do Tribunal de Contas muito crítica para os gestores do hospital.

O plano de contingência para o período do frio e da epidemia de gripe sazonal do Amadora-Sintra a que o jornal Público teve acesso prevê, de facto, a contratação de médicos “com pagamento por doente observado e não por hora”, medida que, refere, foi “aprovada pela ARS [Administração Regional de Saúde]“. Mas um elemento da ARS de Lisboa e Vale do Tejo garantiu ao jornal Público que esta medida não foi aprovada pela instituição, e defende mesmo que esta prática é “ilegal”, se não tiver sido previamente aprovada por algum responsável governamental.

De resto, o plano de contingência do hospital inclui muitas outras medidas para fazer face aos picos de procura da urgência neste Inverno. Por exemplo, os doentes triados com pulseira verde (pouco urgentes) e azul (não urgentes) serão atendidos num pavilhão adjacente à urgência geral por uma equipa específica e no horário compreendido entre as 8h00 e as 24h00.

Está também prevista a “captação” de médicos de família e o reforço da remuneração nos dias "críticos" (24, 25, 26, 27 e 30 de Dezembro e 1, 2 e 3 de Janeiro próximos), além da contratação de camas de cuidados continuados no exterior (30) e de camas para os chamados casos sociais (seis), pessoas com alta clínica mas sem retaguarda familiar.

O plano de contingência do Hospital Amadora-Sintra contempla ainda a possibilidade de os doentes serem transferidos para serviços de urgência de outros hospitais, caso estejam a aguardar mais tempo do que aquele que está estipulado na lei para serem observados por médicos.

DGS
A Direção-Geral da Saúde vai lançar um manual com orientações alimentares para os refugiados, população com especificidades que...

O manual, intitulado "Acolhimento de refugiados: Alimentação e necessidades nutricionais em situações de emergência", foi elaborado no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) e consiste num "documento inovador a nível nacional", que utiliza a evidência científica mais recente e útil para quem ajuda no acolhimento a refugiados.

O manual parte da cultura alimentar portuguesa e dos produtos alimentares existentes no país, adaptando as refeições a grupos de refugiados, cujos gostos e preferências não se afastam muito da matriz mediterrânica comum, já que a maioria desta população provém do Médio Oriente e de África, escreve o Jornal de Notícias.

"O nosso país possui uma cultura alimentar comum a tantos outros povos da bacia mediterrânica e uma já larga tradição científica de pensamento no domínio das ciências da nutrição que, em conjunto com a nossa tradicional capacidade de bem receber, podem fazer escola nesta área tão carenciada de ação qualificada", considera Pedro Graça, diretor do PNPAS.

O manual está organizado em três partes: começa com a avaliação do estado nutricional da população a receber, apresenta estratégias para o desenho da intervenção nutricional e alimentar tendo por base as necessidades nutricionais destes grupos e aborda o tema da higiene e segurança dos alimentos.

Esta última parte pretende ser particularmente útil para as instituições que podem receber muitas pessoas e onde a confeção de refeições necessita de obedecer a critérios exigentes de higio-sanidade.

O manual apresenta ainda algumas considerações relacionadas com os cuidados básicos na área da psicologia destinados às equipas que estão no terreno a prestar apoio alimentar.

Este documento pretende ser um contributo para a receção de refugiados, no âmbito da sua distribuição pelos diversos Estados Membros acordada pela Comissão Europeia.

Na quarta-feira, o diretor nacional adjunto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou que o primeiro grupo de migrantes que vão ser recolocados a partir de Itália e da Grécia deverão chegar a Portugal antes do Natal.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde decidiu clarificar a situação do pagamento de medicamentos na sequência de acidentes que devem ser pagos...

"Sempre que se apure a entidade financeira responsável pelo encargo com o medicamento, deve promover-se o ressarcimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mediante cobrança das quantias devidas", refere um diploma publicado na sexta-feira passada em Diário da República.

Em abril deste ano, segundo o Jornal de Notícias, a agência Lusa noticiou que o Estado gastava indevidamente dinheiro com a comparticipação de medicamentos prescritos na sequência de acidentes e que deviam ser pagos pelas seguradoras.

A jurista Ana Andrade, que há mais de 20 anos trabalha no setor da saúde, alertava na altura para a despesa que o Estado tem vindo a pagar ao longo dos anos com a comparticipação de medicamentos que devia ser suportada por terceiros, como as seguradoras, quando os remédios são prescritos na sequência de acidentes e são comprados pelos utentes nas farmácias.

Agora, uma portaria assinada pelo anterior secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Manuel Teixeira, vem "clarificar os mecanismos de identificação e cobrança [de medicamentos e respetivas comparticipações] nos casos em que a responsabilidade pelos encargos compete a entidade financeira distinta do SNS".

"Nos casos em que não seja de imediato apurada a entidade financeira responsável distinta do SNS, nomeadamente por motivos de acidentes ou ocorrência semelhante, os sistemas de prescrição eletrónica devem assegurar a sinalização dessa situação".

Quando se apurar a entidade financeira responsável, o SNS deve ser ressarcido das quantias devidas.

A jurista Ana Andrade foi pela primeira vez confronta como uma situação destas durante o episódio de acidente que se passou com a filha enquanto praticava desporto num clube privado com segurou, e que motivou um ida à urgência e consequente prescrição de medicamentos.

A despesa hospitalar foi suportada pela seguradora, como manda a lei, mas os fármacos foram em parte pagos pelo SNS, uma vez que são comparticipados pelo Estado. Isto, mesmo apesar de a instituição a que pertencia o médico prescritor, saber qual a seguradora e a apólice de seguro.

Além disto, jurista lembrava ainda, em abril, que nem sempre o terceiro responsável é conhecido no momento do acidente e da prestação de cuidados e consequente prescrição de medicamentos.

"O SNS paga o que as seguradoras ou outros terceiros deveriam pagar, sem possibilidade de retorno quando se conhecer o terceiro responsável", referia Ana Andrade, sendo esta situação que a portaria agora publicada pretende inverter.

Federação Nacional de Educação
A Federação Nacional de Educação quer que o stress seja incluído na lista de doenças profissionais, depois de um inquérito...

Em comunicado, a Federação Nacional de Educação (FNE) adianta que o resultado da Campanha da Saúde, que terminou hoje, revelou situações de stress agudo nas escolas.

No decorrer da campanha, escreve o Diário Digital, foi realizado um inquérito junto dos professores que, entre os 223 questionários validados, mostrou que “cerca de um quarto (23,3%) revelou que no seu percurso profissional já experienciou situações agudas de stress profissional”.

Centro Europeu de Investigação
Cinco investigadores portugueses foram incluídos no apoio do Centro Europeu de Investigação, no âmbito do Horizonte 2020, de...

Segundo a informação divulgada pelo centro, sob responsabilidade do comissário português Carlos Moedas, dois investigadores portugueses do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa receberão bolsas do financiamento que chegará a outros três cientistas lusos a trabalhar no estrangeiro, escreve o Sapo.

Um cientista israelita a trabalhar na Fundação Champalimaud faz ainda parte do fundo, num total de 429 milhões de euros e que pode chegar aos 1,5 milhões por concessão para permitir aos bolseiros criarem as suas equipas.

O comissário Calos Moedas frisou a importância de “manter os investigadores mais talentosos na Europa, assim como atrair novas e diversas perspetivas de investigadores de topo de qualquer parte do mundo”.

“Estas bolsas garantem que muitas das ideias mais empolgantes do mundo são desenvolvidas aqui. Dar aos investigadores e cientistas a liberdade e a segurança para continuarem a sua carreira e ambições no nosso continente", acrescentou.

Entre os tópicos apoiados estão trabalhos sobre o antigo clima da Terra, doenças tropicais negligenciadas e como a diplomacia se transforma com os novos meios de comunicação.

Os fundos do centro destinam-se a investigadores de qualquer nacionalidade a trabalhar, ou com intenções de se transferirem, para a Europa, tendo este pacote sido divido por 38 nacionalidades e por 23 países europeus.

Cada vez mais
A maioria dos hospitais públicos portugueses já têm terapias alternativas à medicina convencional, como é o caso da acupuntura,...

A mais usada, segundo o Diário de Notícias, é mesmo a acupuntura médica - diferente da que tem origem na medicina chinesa, e que é a única reconhecida como competência médica, desde 2002 - aplicada na medicina da dor e na reabilitação e já presente em mais de metade dos hospitais públicos. Os cursos para formação de médicos têm listas de espera e as consultas anuais triplicaram em algumas unidades.

Helena Ferreira é atualmente a coordenadora da competência de acupuntura médica da Ordem dos Médicos e reconhece que só em relação a esta terapia "o número de consultas duplicou nos últimos anos". Os cursos pós-graduados são quatro e não abrem todos os anos. "Neste momento estão cheios e há quase 30 médicos em espera." Na associação nacional, já há mais de 300 médicos inscritos

A técnica é usada sobretudo nas unidades de medicina da dor ou na medicina física e de reabilitação, onde há mais evidência científica, mas o controlo da náusea e da dor em doentes operados ou que fazem quimioterapia também tem bons resultados. "O controlo da dor no parto ou a aplicação de técnica para tratamento de infertilidade também é prática, neste caso associada à especialidade de ginecologia e obstetrícia", refere a médica de família de Lisboa, que tem tratado seis/oito doentes por semana.

Maria Manuel Marques, anestesista do Hospital Beatriz Ângelo, que usa a técnica no âmbito da medicina da dor, diz que em Loures houve 2371 consultas desde há quatro anos: "Nos primeiros anos foram 200 consultas/ano, hoje os números triplicaram: 600 a 700."

Em Coimbra, Paula Capelo tem uma espera de dois meses. "Sempre que posso faço acupuntura, mas sou anestesista, por isso não consigo ver mais do que 16 doentes por semana. A nossa especialidade faz muita falta." Desde 2008 que trabalha juntamente com outro médico que dá um dos cursos de formação pós-graduada. E todos os anos trata cerca de cem doentes.

Benefícios e poupanças
O normal é os doentes precisarem de quatro a seis sessões para resolver o seu problema, mas os casos mais complexos, de dor crónica, fibromialgia, podem precisar de mais sessões. "Há os que ficam bem, mas têm de voltar mais tarde para novos tratamentos." Os benefícios, além da redução da dor, em problemas dos intestinos e até na desabituação tabágica, são "o aumento do bem-estar e menor uso de medicamentos. Nem sempre conseguimos tirar toda a medicação mas é positivo sobretudo em doentes muito medicados, como os idosos".

Em Viseu, "o hospital com a consulta mais antiga do país, desde 1997, não se consegue dar resposta a todos os doentes", diz António Almeida Ferreira, confirmando a duplicação dos pedidos. O médico de família trabalha com um anestesista e diz que só pode tratar "sete/oito doentes semanais, mas há bons resultados. Por vezes quase não precisam de medicação".

Helena Ferreira diz que há estudos internacionais que mostram poupanças pelos "ganhos na qualidade de vida e redução da medicação". O doente só paga a taxa moderadora. O tratamento de eletroacupuntura custa cerca de 30 euros.

Reiki e osteopatia no SNS
Helena Ferreira diz que há médicos com formação em osteopatia a trabalhar nas unidades públicas. "São sobretudo fisiatras, que utilizam estes princípios na sua rotina", refere. Almeida Ferreira refere que "já tem havido cursos de formação no Norte para fisioterapeutas na área".

Quanto ao reiki, que não integra a lista de terapêuticas não convencionais regulamentadas (ao lado), já houve várias experiências, em centros de saúde e no hospital, experiências que nem sempre duram. O caso mais sólido é o do Hospital de São João, que tem uma equipa de enfermeiros voluntários a fazer reiki com doentes oncológicos na área do sangue. Zilda Alarcão, enfermeira reformada, diz que fez uma investigação que confirmou os benefícios nos doentes e ajudou o projeto a avançar. "Os doentes têm melhoria da qualidade de vida, autoestima, redução da dor, melhor sono, menos náuseas. Muitos ficam a dormir depois da sessão", que é de uma hora.

Depois de tratar doentes no hospital de dia, começaram a responder aos internados em 2014, mas os nove terapeutas já não conseguem responder a todos. "Cada doente tem um terapeuta responsável e há fases do tratamento em que podem precisar de mais de uma sessão semanal, mas o tempo que temos nos gabinetes é pouco."

Angariação de fundos
Amanhã, às 21h30, as portas do Salão Preto e Prata do Casino Estoril abrem-se para a 1ª Gala de Natal Solidária Instituto...

O espetáculo, apadrinhado por Nicolau Breyner e com o apoio do Casino Estoril, será uma noite de música humor e solidariedade, tendo como anfitrião o humorista Eduardo Madeira. Contará com as atuações musicais de Luís Represas e Paulo Gonzo, Virgem Suta, ÀTOA e João Só e as atuações em formato de stand-up comedy de Manuel Marques, Luís Filipe Borges, António Raminhos, Joel Rodrigues e Joana Machado

“O objetivo é retribuir. O Instituto Português de Oncologia (IPO) faz tanto por tantas pessoas que vivem a realidade do cancro mas também precisa que se faça alguma coisa pelo Instituto”, afirma Tomás Mello Breyner “Queríamos fazer algo concreto e falámos com a administração do IPO Lisboa. Acolheram de imediato a ideia”.

Com esta iniciativa, Tomás Melo Breyner quer também enviar um sinal de força aos doentes do IPO Lisboa e a todos os doentes com cancro: “Nunca percam a esperança na recuperação e, sobretudo, não fiquem parados à espera que o mundo vá ter com vocês. Temos de lutar pelos nossos objetivos e por aquilo em que acreditamos.” E uma das coisas em que ele acredita é que para o ano haverá mais. “Desejo dar continuidade a esta iniciativa por muitos anos e associar-me a outros projetos que possam beneficiar o IPO de Lisboa.”

Os bilhetes já estão à venda na Ticketline e Fnac com preços a partir de 20€, com 100% das receitas da noite a reverter a favor do IPO Lisboa. Também é possível apoiar o IPO Lisboa ligando o nº 760 200 350 (custo da chamada 0,60€ + IVA), linha disponível até 2 janeiro de 2016.

Saiba mais sobre esta iniciativa em www.ipolisboa.min-saude.pt.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra organiza, na próxima quinta-feira (dia 10 de dezembro), uma tertúlia/debate...

Intervirão, enquanto oradores, o presidente do Instituto Padre António Vieira responsável pela recém-criada Plataforma de Apoio aos Refugiados, Rui Marques, e o professor no Núcleo de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Daniel Pinéu.

A tertúlia está marcada para as 16h00, no bar do Polo B da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), e a entrada é livre.

Trata-se de uma iniciativa do Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Prática e Investigação em Enfermagem e do Capítulo Phi Xi da Sigma Theta Tau International - Honor Society of Nursing, sediados na ESEnfC e coordenados, respetivamente, pelas professoras Ananda Maria Fernandes e Aida Cruz Mendes.

Sendo um problema de ordem social que, ao afetar a Europa e o mundo, tem implicações na saúde regional e global, o tema dos refugiados não podia passar ao lado da reflexão da comunidade educativa da ESEnfC.

Enquanto Centro Colaborador da OMS para a Prática e Investigação em Enfermagem, a ESEnfC preocupa-se, justamente, em promover a saúde global, regional e local, trabalhando em estreita colaboração com o Gabinete Regional da OMS para a Europa.

A Sigma Theta Tau International é uma sociedade honorífica de Enfermagem que dedica a sua ação à melhoria da saúde das populações, através do desenvolvimento científico da prática de Enfermagem. No seu seio procura-se congregar todos os que se distinguem pela excelência, seja na prática clínica, na educação, na investigação e/ou na liderança em Enfermagem.

Em Coimbra
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, liderada por Nuno...

Os cientistas conseguiram desvendar, “pela primeira vez, a função de uma enzima envolvida na produção de um tipo de redes em forma de espiral, que participam no transporte interno de ‘blocos’ para construção da parede robusta destas bactérias (as micobactérias), a principal ‘linha de defesa’ contra o ataque do sistema imunitário e uma barreira eficaz contra antibióticos convencionais”, afirma a Universidade de Coimbra (UC) numa nota divulgada.

“A enzima incorpora uma ‘âncora’ estabilizadora naquelas redes transportadoras”, acrescenta a UC.

O estudo, já publicado na revista Scientific Reports, esclarece que, “por ser essencial, esta enzima é um alvo terapêutico potencial”, sublinha Nuno Empadinhas.

A compreensão da função da enzima na “construção daquelas redes vitais exclusivas das micobactérias permitirá criar compostos para a bloquear seletivamente e o transporte dos ‘tijolos’, impedindo a formação da parede, sem a qual não sobreviverão”, sustenta o investigador, considerando que “esses compostos poderão ser antibióticos muito específicos contra a tuberculose”.

A descoberta surge num momento em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reforça o alerta para “uma iminente co-pandemia tuberculose-diabetes, consequência do aumento global na incidência de diabetes, doença crónica que enfraquece o sistema imunitário e facilita a infeção”, realça a UC.

Nuno Empadinhas relembra “lições da pandemia HIV-SIDA, que, ao ‘desligar’ o sistema imunitário dos pacientes, potenciou um novo alastramento de tuberculose, que em muitos casos acumulou novas resistências aos antibióticos em uso há décadas”.

O envelhecimento da população constitui “outro fator de risco preocupante”, adverte o investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC).

O estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pela fundação japonesa Mizutani Foundation for Glycoscience, teve como primeira autora a investigadora do CNC Ana Maranha e contou com a colaboração de investigadores dos institutos de Tecnologia Química e Biológica, em Oeiras, e de Biologia Molecular e Celular, no Porto, e da Universidade de Guelph (Canadá).

Instituto Português do Sangue e da Transplantação
Numa época festiva do ano, associada à vertente solidária, em que as colheitas são prioridade para os bancos nacionais de...

Com os feriados festivos à porta, que implicam mais deslocações de carro, aumentando a probabilidade de mais acidentes rodoviários, impõe-se um reforço nos níveis de sangue nos hospitais. “O Natal e o fim de ano, com os feriados e as férias, tornam-se períodos críticos que acentuam a necessidade de colheitas de sangue. Ao longo de 2015, voltámos a sentir uma tendência de quebra na ordem dos 3% a nível nacional, o que nos parece bastante significativo”, refere Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto, que lança o apelo a todos aqueles que queiram ser solidários e desejem contribuir para esta causa, invocando todo o espírito da quadra festiva e, acima de tudo, contrariando a tendência de diminuição nas doações de sangue nacionais.

MAR Shopping e Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) continuam assim uma parceria, pelo terceiro ano consecutivo, e da qual resultaram, aproximadamente, 375 inscritos para recolhas de sangue.

Num mês pautado por valores como a solidariedade e a partilha, apenas uma pequena quantidade de sangue por gerar um imenso milagre: o da vida!

CNS realizou
Com o objetivo de ensinar estratégias para reconhecer os sinais deste problema e aprender a geri-lo, o foco incidiu na...

O Campus Neurológico (CNS), centro português dedicado a doenças neurológicas, organizou no passado dia 28 de Novembro, o 1º Curso sobre Alimentação Adaptada para Doentes com problemas de Deglutição (disfagia).

O objetivo desta iniciativa, aberta à comunidade e de participação gratuita, foi partilhar os conceitos-chave por detrás da alteração da capacidade de deglutir, ensinar os principais sinais de alerta e educar as famílias para que consigam preparar de forma adequada e fácil as refeições para quem tem este tipo de dificuldade.

Os familiares e profissionais de saúde foram o principal público-alvo da iniciativa, que contou com casa cheia. “A intervenção de áreas não médicas, como a terapia da fala e a fisioterapia, assume uma relevância e utilidade cada vez maior no tratamento das doenças neurológicas” disse o diretor clínico do Campus, o professor Doutor Joaquim Ferreira, na sessão de abertura do curso.

Rita Cardoso, Terapeuta da Fala, defende que “a educação para a saúde é uma responsabilidade de todas as instituições de saúde. O conhecimento é um bem comum que deve chegar a quem lida diariamente com os problemas”, referindo-se ao papel do Campus Neurológico Sénior no apoio às comunidades.

O CNS complementa assim o seu programa de acompanhamento para doentes e cuidadores, tendo registado um feedback muito positivo por parte dos participantes. Com a constante preocupação de se posicionar lado a lado com quem mais precisa, o CNS pondera agendar para breve uma segunda edição. A comunidade pode manter-se atualizada sobre esta e outras iniciativas através do sítio de internet ou facebook do Campus.

Em Angola
As autoridades sanitárias angolanas estão a realizar a primeira pesquisa de diabetes em doentes com tuberculose, no âmbito de...

A pesquisa, que decorre desde outubro de 2014 e com duração de dois anos, está a ser realizada em vários centros de saúde da capital angolana, visando garantir um melhor diagnóstico e atendimento aos pacientes, bem como capacitar os profissionais neste tipo de teste.

O projeto visa institucionalizar o teste glicémico para pacientes com tuberculose nas seis unidades de atendimento deste tipo de doença em Luanda.

No âmbito do projeto, está em Luanda o coordenador de programas da Fundação Mundial de Diabetes, o dinamarquês Bent Lautrup-Nielsen, para constatar a execução do projeto.

O responsável disse que o projeto surgiu sob proposta da organização Médicos com África, em colaboração com o Programa Nacional de Luta contra a Tuberculose e da Associação dos Diabéticos de Angola.

Bent Lautrup-Nielsen disse que cientificamente está comprovado que o risco de contrair diabetes é mais elevado em pacientes com tuberculose, salientando a importância do projeto.

Alerta OMS
Das cerca de 130 milhões de mulheres que dão à luz todos os anos no mundo, 303 mil morrem durante o parto, a maioria oriunda de...

A agência das Nações Unidas também indicou que todos os anos são registados, a nível mundial, 2,6 milhões de casos em que o bebé nasce morto (nado-morto) e outros 2,7 milhões de casos em que o recém-nascido morre durante os primeiros 28 dias de vida.

A grande parte das mortes, tanto de mães como de recém-nascidos, acontece nas 24 horas seguintes ao parto e, segundo a OMS, a maioria é evitável.

Em reação a estes números, a organização internacional lançou um novo guia em que destaca as principais complicações que podem surgir e desencadear a morte da mãe ou do recém-nascido, tais como as hemorragias pós-parto, infeções, obstruções, pré-eclampsia (que se manifesta através de hipertensão arterial) ou asfixia.

A OMS espera que este novo guia “ajude os profissionais da área da saúde a seguir os cuidados essenciais e uniformizados em cada parto” e assim evitar estes casos de morte.

No manual destacam-se quatro momentos em que os profissionais têm de verificar que “tudo está em ordem”: quando a mãe é admitida nas instalações de saúde, antes do início do parto ou da cesariana, durante a primeira hora após o nascimento e antes da mãe e da criança terem alta hospitalar.

De acordo com a OMS, estes quatro momentos são decisivos para que os profissionais de saúde possam antecipar e atuar perante qualquer complicação.

VIH/SIDA
Uma nova imunoterapia, tendo em conta o comportamento das células "T", que constituem um componente importante da...

A investigação foi feita pelo Grupo da Biologia de Infeções da Universidade Pompeu Fabra (UPF), em Barcelona, hoje publicada na revista científica "PLOS Pathogens".

Segundo o estudo, a investigação parte do princípio de que a infeção crónica pelo HIV dá lugar a uma exaustão do sistema imunitário, fenómeno caracterizado pela alteração do funcionamento das chamadas células "T".

Nesse sentido, essas células exaustas mostram proteínas de inibição à superfície que poderão ser elementos chave na restauração da função imunitária.

Andreas Meyerhans, diretor do Grupo da Biologia de Infeções do Departamento de Ciências Experimentais e da Saúde (DCESX) da UPF, é quem dirige a investigação, que procura estabelecer as condições em que os sinais negativos transmitidos por estas proteínas melhoram o tratamento médico.

Segundo os investigadores, o sistema imunitário humano é formado por uma complexa rede de reguladores positivos e negativos que coordenam a resposta a ameaças patogénicas.

Uma pessoa infetada com HIV desenvolve uma resposta imunitária que evita a expansão do vírus, mas, ao mesmo tempo, as células "T", reguladoras, mantêm a resposta sob controlo, evitando também uma sobre reação das células humanitárias, uma vez que, caso contrário, provocaria lesões nos órgãos e tecidos do infetado.

À medida que a infeção avança e que fica evidenciado que o vírus não será eliminado, muitas das células "T" "adormecem" face a um mecanismo denominado "exaustão".

Desta forma, os investigadores concluíram que bloquear esta exaustão pressupõe uma resposta melhorada das células "T", levando também uma melhoria no tratamento.

Na investigação, os cientistas isolaram células sanguíneas de indivíduos infetados com HIV e observaram a resposta depois de as acordarem mediante o uso de anticorpos "anti-PD-L1".

"Os indivíduos que tinham a infeção controlada medicamente e que, por isso, mostravam poucos vírus no sangue, viram multiplicado o número de células «T»", explicam, os investigadores.

"No entanto, nas amostras em que o vírus não estava controlado medicamente, as células reguladoras «T» multiplicavam-se muito, permitindo uma maior expansão do vírus e dando lugar a um efeito prejudicial", assinalaram.

Estas observações podem trazer consequências importantes na altura de utilizar estes anticorpos como tratamento, uma vez que apenas os doentes com HIV que estejam sob tratamento médico obterão uma melhoria na resposta imunitária antivírica.

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