OCDE
A esperança de vida aumentou mais de 10 anos desde 1970 nos países da OCDE, atingindo os 80 anos e meio em média em 2013, mas...

Na zona da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que integra 34 países, muitos ricos e alguns emergentes, como o México, o Chile e a Turquia, a esperança de vida “continua a aumentar regularmente” de três a quatro meses por ano em média e “nada indica uma desaceleração”.

O estudo anual “Panorama da Saúde 2015” indica que os países mais virtuosos são o Japão, a Espanha, a Suíça, a Itália e a França, com a esperança de vida à nascença misturando os valores dos dois sexos a ultrapassar os 82 anos (calculada para 2013). O Japão aparece em primeiro lugar com 83,4 anos e a Espanha em segundo com 83,2 anos.

Na parte inferior da lista encontram-se o México (74,6 anos), a Hungria (75,7 anos), a Eslováquia (76,5 anos) e a Turquia (76,6 anos), embora este último país tenha realizado “importantes ganhos de longevidade” e se aproxime rapidamente da média, sublinha a OCDE.

Os Estados Unidos, em primeiro lugar nas despesas de saúde por habitante, aparecem em 28.º lugar entre os 34, com uma esperança de vida à nascença de 78,8 anos.

O aumento nos Estados Unidos naquele período foi “muito mais modesto” do que nos outros países ricos e a esperança de vida é atualmente “inferior à da maioria dos outros países da OCDE devido a taxas de mortalidade mais elevadas ligadas a comportamentos” nefastos, assinala a organização.

A OCDE precisa que os Estados Unidos apresentam “taxas de obesidade mais elevadas”, um “maior consumo de medicamentos e de drogas ilícitas” e “taxas mais elevadas de vítimas de acidentes rodoviários e de homicídios”.

A má classificação deve-se ainda à “difícil situação socioeconómica de uma grande proporção da população e a problemas de acesso e de coordenação dos cuidados para alguns grupos populacionais”, adianta a organização internacional.

A esperança de vida à nascença corresponde ao número de anos que uma geração pode esperar viver em média se sujeita às condições de mortalidade do seu ano de nascimento.

18 de Novembro - Dia Mundial da DPOC
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia em parceria com a Associação RESPIRA e com o apoio da Novartis assinalam o Dia Mundial da...

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é, atualmente, considerada a 4ª causa de morte no mundo e um problema de saúde pública em Portugal. Numa altura em que ainda há quem não saiba o que é nem em que consiste esta doença, que se afigura em crescimento e subdiagnosticada, as entidades Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e RESPIRA uniram esforços para desenvolver um guia prático e informativo de apoio ao doente, familiar e cuidador.

O Guia Prático foi pensado para toda a população interessada em saúde que não conhece a DPOC ou para aqueles que pretendem aprofundar os seus conhecimentos. Tem um formato prático, estilo livro de bolso, por forma a facilitar e incentivar as pessoas a leva-lo para casa para futuras consultas.

O livro “DPOC de A a Z” é composto por conteúdos científicos desenvolvidos por um painel de healthcare professionals da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação RESPIRA e será distribuído na Check-up – Expo Saúde e Bem-estar, que terá lugar de 5 a 8 de Novembro, no Meo Arena, Sala Tejo, na área dedicada às doenças respiratórias.

“Esta iniciativa visa ajudar e sensibilizar as pessoas para a prevenção da DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), necessidade de diagnóstico precoce e também para as limitações e comorbilidades de uma doença respiratória crónica grave e complexa que afeta consideravelmente a qualidade de vida” explica Luísa Soares Branco, Presidente da Associação Respira.

Apoio social
Vai ser criada uma instituição de solidariedade social para gerir fundo que vai ser alimentado com contribuições de empresas e...

Os portugueses mais carenciados vão passar a poder levar todos os medicamentos de que necessitam nas farmácias, mesmo que não tenham dinheiro, já a partir do próximo ano, se tudo correr como previsto, escreve o jornal Público. Para que esta ideia se torne realidade, vai ser constituída, em Coimbra, uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) que terá como missão principal a gestão de um programa e um fundo de apoio social, que será alimentado com contribuições de empresas mas também de cidadãos que queiram participar.

“Trata-se de um fundo permanente destinado a comparticipar a aquisição de medicamentos por parte de cidadãos com necessidades económicas, em toda a rede de farmácias”, explica a Associação Nacional de Farmácias (ANF), que é a promotora da ideia, em nota.

Com o nome Dignitude, a nova IPSS tem a ANF e a associação da indústria farmacêutica (Apifarma) como fundadoras, além da Cáritas Portugal e da Plataforma Saúde em Diálogo, organização que reúne várias associações de doentes. Conta ainda com o apoio de vários “embaixadores” de peso, como o ex-ministro dos Assuntos Sociais, António Arnaut, o ex-Presidente da República Ramalho Eanes e a ex-ministra da Saúde e atual candidata à Presidência da República Maria de Belém.

A ANF não quis adiantar mais detalhes, mas este programa de apoio já tinha sido antecipado ao jornal Público em Junho, quando se encontrava ainda numa fase embrionária. O objetivo é o de fazer com as pessoas que não conseguem comprar todos os medicamentos de que necessitam por falta de dinheiro tenham um apoio suplementar através de um fundo.

Atualmente, o Estado comparticipa os medicamentos (suportando uma parte do preço) na mesma proporção para todos os cidadãos, independentemente de estes ganharem muito ou pouco dinheiro. O que se pretende com este projeto é ajudar corrigir esta injustiça, enquanto não é revista a forma de comparticipação estatal, como é reclamado tempo, de maneira a que o apoio passe a ser dado em função do rendimento e das doenças dos cidadãos.

“Dói-me o coração quando vou à farmácia e vejo pessoas a perguntar quanto custam os medicamentos. Se [este programa] funcionar bem, isto deixará de acontecer. Isto não é caridade, é solidariedade”, enfatiza António Arnaut, para quem esta é uma “ação que o próprio Estado não está em condições de fazer”. “Seria bom que o Estado social pudesse fazer isto, mas o Estado não pode fazer tudo”, diz.

Este é um projeto de “responsabilidade social, não um sistema de comparticipação nacional, mas sim de acesso para pessoas muito desfavorecidas”, explicou na altura ao jornal Público o secretário-geral da ANF, Nuno Flora. Justamente para que não possa ser confundido com uma espécie de “sopa dos pobres” dos medicamentos, os beneficiários terão acesso a estas comparticipações sem serem identificados nas farmácias. Como é que isto vai ser operacionalizado? A ideia é a de que baste apresentar o cartão do cidadão, mas será necessário criar uma base de dados que poderá ser gerida pela Segurança Social que já tem o grupo carenciado identificado (pessoas que recebem o rendimento social de inserção ou o complemento solidário de idosos).

Atualmente, os cidadãos em dificuldades apenas podem recorrer aos bancos farmacêuticos. Sem conseguir precisar quantas pessoas deixam de comprar medicamentos por não terem dinheiro, Nuno Flora adiantava que "cerca de 20 a 25%" das prescrições médicas não são aviadas nas farmácias, por várias razões.

O montante a atribuir de maneira a reduzir ao máximo a parte da fatura que não é comparticipada pelo Estado vai depender das contribuições para o fundo. Não só contribuições diretas, mas também as resultantes de um processo angariação dirigido a cidadãos, empresas, indústria farmacêutica, instituições de solidariedade e agências governamentais. Os cidadãos podem ajudar com donativos ou através do “sistema de arredonda”, ou seja, arredondando o valor da fatura a pagar na farmácia, exemplificou Nuno Flora.

Melanoma
A agência do medicamento norte-americana aprovou um medicamento à base de um vírus modificado para combater o melanoma, a forma...

A radioterapia e a quimioterapia, embora continuem a ser os tratamentos mais usados para combater o cancro, têm efeitos secundários que comprometem o bem-estar dos doentes e, por vezes, mostram-se ineficazes para acabar com doença, escreve o Observador. As equipas especializadas no estudo do cancro têm tentado encontrar formas alternativas de vencer as células cancerígenas. Uma delas, agora aprovada pela agência do medicamento norte-americana (FDA, na sigla em inglês para Food and Drug Administration), usa um vírus como um cavalo de Tróia para conseguir entrar dentro das células.

O medicamento, cujo princípio ativo é talimogene laherparepvec ou T-Vec, é a primeira terapia à base de vírus aprovada pela FDA para o tratamento de cancro, segundo o comunicado da agência na semana passada. Este medicamento consiste de um vírus herpes (como aquele que provoca herpes labial) modificado e vivo. O objetivo é que entre dentro da célula cancerígena, a destrua e que, ao mesmo tempo, liberte um pedaço de um gene que vai estimular o sistema imunitário do doente a atacar aquelas células, como explica o Guardian.

Este medicamento destina-se apenas ao tratamento de lesões na pele causadas por melanoma (a forma mais agressiva de cancro de pele) que não possam ser removidas por cirurgia, refere a FDA. Em 16,3% dos doentes testados, que já tinham metástases no corpo, o medicamento mostrou que podia reduzir o tamanho das lesões na pele e nos nódulos linfáticos – contra 2,1% dos doentes sujeitos a outro tipo de terapia (grupo controlo). Porém, e como refere a FDA, não mostrou ter qualquer efeito no aumento da taxa de sobrevivência nem nos casos em que as metástases se tinham chegado ao cérebro, fígado, pulmões, outros órgãos internos e ossos.

Mais, a FDA desaconselha o uso deste tratamento em pessoas que tenham o sistema imunitário comprometido e em grávidas, porque, como é usado um vírus vivo, pode surgir uma infeção viral. Outros efeitos secundários são: fadiga, arrepios, febre, náuseas e sintomas equivalentes aos de uma gripe.

A principal vantagem das terapias à base de vírus ou de outros mecanismos, como a imunoterapia, em relação à radioterapia e quimioterapia, é que atacam alvos específicos em vez de matarem outras células do organismo que não estão envolvidas no cancro.

Uma descoberta recente, e acidental, mostrou que até o parasita da malária (Plasmodium) pode ter algum potencial no combate ao cancro. O parasita tem um açúcar à superfície capaz de se ligar às células cancerígenas e os investigadores querem recriá-lo em laboratório. A este açúcar, os investigadores podem ligar uma toxina que consegue entrar dentro das células do tumor e matá-las.

O que algumas equipas de investigação têm verificado, como a equipa de Bruno Silva Santos, investigador do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, é que o sistema imunitário não consegue vencer o cancro, porque as células cancerígenas têm a capacidade de travar a resposta imunitária. A FDA também já aprovou medicamentos que permitem desligar estes travões e alguns deles até já podem ser adquiridos em Portugal. Mais uma vez, os tratamentos estão aprovados para o melanoma metastático, mas existe potencial para os vir a utilizar noutro tipo de cancros.

Investigar novos tratamentos e novos medicamentos pode representar custos elevados, daí que um projeto coordenado pela Universidade Médica de Viena se queira dedicar ao estudo de novas utilizações para medicamentos já conhecidos. Todos os medicamentos incluídos no projeto – “CaSR Biomedicine” – têm como alvo um recetor de cálcio (calcium-sensing recetor), cujo mau funcionamento é comum a doenças como cancro, diabetes, doenças cardiovasculares ou Alzheimer. Como estes medicamentos já se mostraram seguros e já foram aprovados para o uso em humanos, descobrir novas utilizações diminuía o tempo e os custos de aprovação, tornando-se mais rapidamente disponíveis para o uso clínico.

Entre 2009 e 2013
Portugal foi o país da União Europeia onde a despesa com medicamentos vendidos nas farmácias mais caiu entre 2009 e 2013. Cada...

A despesa (pública e privada) com medicamentos, em Portugal, caiu 9% ao ano, entre 2009 e 2013. A conta, segundo o Observador, apresentada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), permite concluir que Portugal foi o país, dos 28 em análise, que mais cortou na despesa com medicamentos vendidos em farmácia, naquele período.

E se na análise nos restringirmos à despesa pública com medicamentos (excetuando os hospitalares), então aí a quebra foi sentida ainda de forma mais pronunciada: 11,1% ao ano. Logo a seguir a Dinamarca (-10,4%), a Islândia (-9,9%) e a Grécia (-9,6%). No conjunto dos países da OCDE, essa redução foi na ordem dos 3,2% ao ano, lê-se no relatório Health at a Glance 2015, divulgado pela OCDE.

A maioria dos países membros da OCDE cortou na despesa com medicamentos. Na Europa, só a Noruega, Suíça e Eslovénia continuaram a registar uma subida da despesa naqueles anos. Os relatores escrevem mesmo a certa altura que em alguns países, como Portugal, Dinamarca e Grécia, a despesa com medicamentos caiu de forma “dramática”.

Lembre-se que no memorando da troika ficou inscrito que a fatura com medicamentos deveria cair para 1,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 e 1% do PIB em 2013, uma meta entretanto adiada para 2014. Ainda assim, não foi alcançada porque nestas contas a troika incluiu não só a fatura com o medicamentos vendidos em farmácias, como também as faturas dos medicamentos hospitalares.

Com vista a alcançar estas metas, o Governo deitou mãos a uma série de medidas de contenção de despesa tais como as reduções administrativas (e não só) dos preços dos medicamentos, a descida das margens de lucro das farmácias e grossistas, mudanças nos preços que servem de referência à comparticipação do Estado, a retirada de comparticipação em alguns medicamentos e redução noutros, a prescrição por denominação comum internacional ao invés de ser pela marca e a alteração ao sistema de comparação de preços internacional.

Em 2013, cada português estava a gastar na farmácia (direta e indiretamente), em média, 355 euros por ano — o sétimo da Europa que menos gastava –, contra os 467 euros que eram gastos, em média, por cada habitante, no conjunto dos estados membros da OCDE.

Portugal é dos países da EU onde famílias mais pagam dos seus bolsos

A fatia com a farmácia é uma das mais importantes (pesa quase 20% na despesa total), mas as despesas com saúde não se ficam por aí. Em Portugal, em 2013, a despesa com saúde rondava os 2.279 euros per capita, abaixo da média dos países da OCDE que se fixava nos 3.131 euros.

Portugal foi o quarto país onde a despesa com saúde mais caiu entre 2009 e 2013: registando uma quebra média anual de ­3% ao ano. Maior quebra só mesmo a vivida na Grécia (­7,2%), no Luxemburgo (­4,3) e na Irlanda (­4%). Na média dos países da OCDE, a despesa cresceu 0,6% ao ano. Entre 2005 e 2009 tinha crescido 3,4% ao ano.

E quando olhamos para a despesa da saúde decomposta por financiadores, facilmente se verifica o grande peso que assume a despesa privada e, mais em concreto, os pagamentos diretos dos bolsos dos portugueses. Em 2013, 27,2% da despesa total com saúde era despesa direta das famílias. Naquele ano, Portugal foi o terceiro país da União Europeia onde as famílias mais contribuíram diretamente para a saúde, sendo apenas ultrapassado pela Grécia (30,7%) e Hungria (28,1%).

Na OCDE, em média, os países apresentam taxas de pagamentos diretos dos doentes na ordem dos 19%.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico volta a lembrar porém que a despesa privada em saúde “pode criar barreiras no acesso”.

Outras conclusões:

·         Em 2014, mais de 6.500 enfermeiros portugueses estavam a trabalhar noutros países da União Europeia, a maioria dos quais no Reino Unido. Portugal é dos países com um rácio de enfermeiro por médico mais baixo (1,4) e apresentava, em 2013, uma média de 6,1 enfermeiros por 1.000 habitantes. Nesse ano, a média da OCDE era de 9,1 enfermeiros por 1.000 habitantes.

·         A esperança média de vida à nascença, em Portugal, em 2013, fixou-se nos 80,8 anos, acima da média da OCDE (80,5 anos), mais do que os 80,6 registados em 2012, e mais 14,1 anos do que aquela que era a esperança média de vida à nascença na década de 70. Em 43 anos, Portugal foi o país da Europa que mais melhorou este indicador.

·         Portugal registou, em 2013, menos consultas médicas por ano (4,1 por pessoa) do que a média dos países da OCDE (6,5 por pessoa).

·         Em grande parte dos países da OCDE, a maioria dos adultos considera estar de boa saúde. Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos e Austrália são os quatro países onde mais de 85% dos adultos responderam estar de boa saúde. Já Portugal integra o grupo dos países onde menos de metade dos adultos deu essa resposta. Portugal é mesmo o país onde uma maior percentagem de pessoas considera o seu estado de saúde mau ou muito mau (19%).

·         Em 2013, 15,4% dos adultos em Portugal tinham excesso de peso ou eram obesos, um pouco abaixo da média da OCDE que se fixou, naquele ano, nos 19%. Em 12 dos países membros da OCDE um em cada cinco adultos era obeso, em 2013. Desde o ano 2000, a taxa de obesidade aumentou um terço ou mais em 14 países.

·         Mantendo o tema, mas mudando o foco para as crianças, em 2013, em Portugal, uma em cada três raparigas tinha excesso de peso ou era mesmo obesa. Na Europa, só a Grécia pontuava pior neste indicador.

Iniciativa da Associação de Cardiologia Médico-Cirúrgica do Centro
Pela primeira vez este ano foi atribuído no âmbito das Jornadas de Cardiologia do Centro, o Prémio Dr. Ubach Ferrão que conta...

Organizado pela Associação de Cardiologia Médico-Cirúrgica do Centro (ACMCC), as Jornadas de Cardiologia do Centro decorreram recentemente na Batalha reunindo os dez serviços de Cardiologia e Cirurgia Cardíaca da região.

O trabalho vencedor selecionado por um júri designado, intitula-se “Imagem molecular da placa de ateroma com 18F-Fluoreto de Sódio. Uma análise em indivíduos de alto risco vascular” apresentado pelo médico Miguel Oliveira Santos, do Serviço de Cardiologia A do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

O prémio no valor pecuniário de 1.500 euros, servirá para suportar um curso de investigação e/ou a visita a um centro de investigação nacional, com o propósito de estimular e incentivar a investigação científica junto dos mais jovens. Fruto da iniciativa da ACMCC-NIPC em parceria com a Jaba Recordati no seguimento do compromisso para com a inovação, esta bolsa tem como principal objetivo apoiar o desenvolvimento e investigação científica na área de Cardiologia no nosso país.

Com este prémio os cardiologistas da região pretenderam homenagear uma figura ímpar da Cardiologia do Centro. O Dr Ubach Ferrão foi o fundador e primeiro diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital Geral de Coimbra (Hospital dos Covões), atualmente um dos mais prestigiados serviços de Cardiologia do país. Ao Dr Ubach Ferrão se deve, entre outras iniciativas, a criação da primeira unidade coronária de Coimbra e uma das primeiras em Portugal. 

Diretor-Geral da Saúde revela
Os cerca de 4.500 refugiados que Portugal se prepara para receber vão ter médico de família no prazo de uma semana e estarão...

Francisco George é o responsável para a Saúde do Grupo de Trabalho para a Agenda Europeia para as Migrações, criado pelo governo a 31 de agosto com “a missão de aferir a capacidade instalada e preparar um plano de ação e resposta em matéria de reinstalação, relocalização e integração dos imigrantes”.

O Diretor–Geral da Saúde garante que o setor está preparado para acolher estes refugiados e que, “mesmo que possam eventualmente adquirir doenças, essas serão imediatamente controladas, definidas e tratadas”.

“Não estamos em crer que problemas de caráter exótico possam acontecer, até porque temos uma grande experiência de atender imigrantes de diversas regiões, da América do Sul, da Europa de Leste, África. Não estamos preocupados em termos de risco”, afirmou.

Francisco George disse ainda que a Direção-Geral da Saúde (DGS) tem sido informada do estado de saúde destes cidadãos, prestados pelas organizações que os acompanham, e que não há, para já, preocupações de maior.

A vacinação tem sido efetuada, a qual deverá depois ser prosseguida em Portugal, declarou.

Sobre o número de refugiados que Portugal deverá acolher – cerca de 4.500 – Francisco George disse que “não representa um número importante de pressão para os serviços”.

“Estamos absolutamente preparados para dar respostas muito rápidas”, reiterou.

A DGS irá em breve, em conjunto com as Administrações Regionais da Saúde (ARS), “dar orientações para os centros de saúde do local de residência [dos refugiados] darem resposta em termos de atribuição de médico de família no prazo de uma semana”.

Também no prazo de uma semana, estes refugiados receberão um número de utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS), adiantou Francisco George.

Estes migrantes, que irão ter uma autorização de residência até lhes ser atribuído o estatuto de refugiado, estarão, por esta condição, isentos do pagamento de taxa moderadora.

De acordo com a legislação em vigor desde agosto de 2014, estão isentos do pagamento de taxas moderadoras “os requerentes de asilo e refugiados e respetivos cônjuges ou equiparados e descendentes diretos”.

Ainda na saúde, foi efetuado um levantamento aos serviços de saúde mental, de forma a assegurar uma resposta a eventuais necessidades nesta área.

“Sabemos, pelas descrições, que todos eles têm sido expostos a riscos, a stress, sobretudo de caráter psicológico, psicossocial e organizativos. Temos de estar atentos a estas questões e tratá-los devidamente”, disse.

O Grupo de Trabalho para a Agenda Europeia para as Migrações é constituído por representantes da Direção-Geral dos Assuntos Europeus, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Instituto da Segurança Social, do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, da Direção-Geral da Educação e do Alto Comissariado para as Migrações, além da DGS.

Ministro da Saúde quer
O ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, mostrou-se desiludido com os rastreios à retinopatia diabética no Algarve, que...

Durante a apresentação do relatório “Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2014”, Luís Gardete, coordenador do Observatório, revelou que as retinografias realizadas no âmbito dos programas de rastreio da retinopatia diabética tiveram uma descida acentuada na região do Algarve.

Apesar de o número de pessoas com diabetes abrangidas por este programa ter vindo a aumentar desde 2009 (223%), em 2014 verificou-se uma diminuição acentuada (17%) de utentes observados (de 115.284 para 95.535), assim como do número de pessoas identificadas para tratamento.

Por região, o documento demonstra que a maior descida se verificou no Algarve (menos 91%), seguida do Norte, com uma quebra de 17%.

Em sentido contrário, o Alentejo teve uma subida acentuada, de 354%, no número de rastreios realizados.

Comentando as conclusões do observatório, Fernando Leal da Costa saudou “o êxito do Alentejo”, e mostrou-se “preocupado” e “desiludido” com o Algarve, sublinhando que, entre os que não fizeram rastreios, existem certamente muitos a quem deve ter escapado a necessidade de fazer tratamento.

“Levo a mensagem para transmitir ao presidente da ARS [Administração Regional da Saúde] do Algarve. É preciso recuperar o número que tínhamos em 2013, de 16 mil e qualquer coisa”, afirmou.

Entre 2013 e 2014, a ARS do Algarve o número de utentes com que realizaram retinografias baixou de 16.103 para 1.420.

Leal da Costa justificou esta quebra com a falta de recursos aliada à recusa de profissionais de saúde em fazerem o rastreio.

Para o ministro, situações como esta acontecem “quando temos falhas relativamente à não participação de profissionais onde os recursos são mais escassos”.

O governante considera que é preciso perceber se os recursos em 2015 servem para acautelar a recuperação em 2016 e sublinha a necessidade de “aumentar verbas para a prevenção secundária”.

Leal da Costa sublinhou que em consequência dos rastreios que não foram feitos, cerca de 6% dos utentes poderão ter que vir a ser sujeitos a processos terapêuticos específicos de retinopatia.

“Podemos ter uma intervenção ainda em tempo útil, mas mais dispendiosa do que se fosse feito mais precocemente”, acrescentou.

Segundo o ministro, o país tem tido “maiores gastos em saúde do que se julga”, designadamente em profilaxia como a vacinação.

“Mas onde temos carência e temos que dobrar o que gastamos é na área do rastreio. Esta deve ser a principal prioridade da política do Governo dos próximos anos”, defendeu.

Urologista diz
O urologista Mário Reis disse que a disfunção sexual na mulher, embora frequente, “passa muitas vezes despercebida”, sendo...

O especialista, que falava a propósito das 12ª Jornadas de Urologia, dirigidas a médicos de Medicina Geral e Familiar, que se realizam na quinta e sexta-feira, no Porto, salientou que no caso do homem já se encontraram soluções “satisfatoriamente eficazes”, mas “na mulher continua sem tratamento, na maioria dos casos, dada a sua complexidade”.

Disfunção sexual, incontinência urinária, cancro da próstata, infeção urinária, litíase (pedra nos rins), hiperplasia benigna da próstata, ética e boas práticas são alguns dos temas que serão abordados no encontro, organizado pelo Serviço de Urologia do Hospital da Venerável Ordem da Lapa, no Porto.

O responsável pela organização das jornadas esclareceu que a disfunção sexual feminina envolve aspetos como alterações do desejo, alterações de excitação e do orgasmo e dispareunia (dor durante o ato sexual).

Problemas psicológicos, uso de medicamentos, ansiedade, desequilíbrios hormonais, traumas sexuais, falta de experiência sexual e de conhecimento do corpo e problemas afetivos ou de natureza relacional são algumas das causas apontadas para o problema.

“Apenas 11% a 30% das mulheres procuram ajuda profissional e 68% revelam-se satisfeitas com o seu relacionamento sexual global”, afirmou.

Em seu entender, o médico de família é fundamental na mudança deste panorama, dado a relação de proximidade e de confiança que mantém com a doente, mas “exige tato, conhecimento e profissionalismo”.

“A abordagem terapêutica da disfunção sexual feminina é fundamentalmente do foro psicológico, o que nem sempre é fácil”, sublinhou Mário Reis.

Na reunião estarão também em análise as infeções urinárias e a problemática da resistência desenvolvida pelas bactérias aos antibióticos.

O urologista salientou que a resistência aos antibióticos transformou-se recentemente numa "ameaça global" e doenças que eram curadas com relativa facilidade até há pouco tempo podem “voltar a matar cerca de 10 milhões de pessoas até 2050”, de acordo com um alerta Organização Mundial de Saúde.

O objetivo das Jornadas é alertar os médicos de Medicina Geral e Familiar para estas patologias, “muitas vezes diagnosticadas tardiamente”. Além disso, pretende-se uma atualização dos pontos mais controversos e esclarecer áreas habitualmente menos conhecidas e discutidas, refere a organização.

Em Lisboa
Especialistas mundiais em cancro genético vão juntar-se em Lisboa para criar um consórcio que permita combater de forma mais...

A Evita – Associação de Apoio a Portadores de Alterações nos Genes Relacionados com Cancro Hereditário pretende, com este congresso europeu, que decorre quinta-feira em Lisboa, mudar o panorama da mortalidade das doenças oncológicas hereditárias.

Segundo disse a fundadora da Associação, Tamara Milagre, todos os anos morrem mais de 20 mil e surgem cerca de 40 mil novos casos de cancro, sendo o hereditário responsável por 5 a 10% dos casos.

O debate vai centrar-se na investigação e nas soluções para minimizar o impacto da mutação dos genes BRCA, mutação associada ao cancro da mama e do ovário e também ao cancro da próstata.

Tamara Milagre lembra a importância do caso da atriz Angelina Jolie (que se submeteu à remoção de ovários e peito) para a divulgação da mutação BRCA, mas frisa que é necessário juntar os investigadores nacionais e internacionais para “dar passos concretos”.

Em pessoas com história familiar de cancros da mama ou ovários pode ser indicado o rastreio genético para esta mutação e, em alguns casos, pode estar indicada a remoção de ovários e mamas de forma preventiva.

Em primeiro lugar, a presidente da Associação Evita defende que é necessário recolher dados concretos e reais sobre o cancro hereditário, já que em Portugal nem se conhece ao certo o número de mulheres que realizaram rastreios genéticos ou que se submeteram a cirurgias preventivas.

O consórcio de investigadores será ainda fundamental para encontrar novas formas de prevenir o aparecimento dos casos de cancro hereditário.

Atualmente, além da cirurgia preventiva, pode fazer-se vigilância apertada e tomar medicação de “quimo-prevenção”, mas Tamara Milagre acredita que, a nível genético, os investigadores consigam, em conjunto, encontrar outras soluções preventivas.

A história da fundadora da Associação Evita cruzou-se com a mutação do BRCA quando, em 2008, enquanto enfermeira num hospital, seguiu de perto uma grávida de 27 anos que descobriu um tumor na mama que a levou à morte dois anos depois.

“Depois deste caso, e tendo eu história familiar, fui à geneticista, fiz o teste e deu positivo”, contou, acrescentando que se submeteu primeiro à remoção dos seios e depois à dos ovários.

Contar e conhecer casos reais concretos pode ajudar muito à consciencialização sobre a mutação do BRCA, defende Tamara Milagre, recordando outra vez o caso de Angelina Jolie: “levantou uma grande onda de preocupação nas pessoas e fomos inundados com perguntas, tendo ajudado a descobrir casos reais. Foi uma onda quase de histeria, mas já passou”.

No congresso de quinta-feira vão estar especialistas da Alemanha, do Canadá, Polónia e Reino Unido, além de investigadores portugueses dos institutos portugueses de oncologia, do Instituto de Medicina Molecular, da Universidade do Algarve, da Fundação Champalimaud, da Direção-Geral da Saúde, bem como representantes do setor farmacêutico.

Vamos dar um bigode ao cancro!
Dia 6 de Novembro, 6ªfeira, o Largo de Camões, em Lisboa, será palco de uma ação de sensibilização, entre as 14:00 e as 18:00...

O mês de Novembro é o mês do cancro da próstata e a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) e a Associação Portuguesa de Urologia (APU) com o apoio da Bayer, vão falar deste tema ao longo do mês, que culminará num evento de angariação de fundos que inclui artistas como o Eduardo Madeira, o Manuel Marques e o António Raminhos no dia 23 de Novembro, no Tivoli BBVA. Por cada presença confirmada, a Associação Portuguesa de Doentes da Próstata (APDP) vai receber 5 euros.

“Cancro da Próstata: Vamos tocar neste assunto e dar um bigode ao cancro” é o mote desta campanha que vai incentivar os homens a deixar crescer o seu bigode, para fazer awareness da doença. Vamos incentivar homens - e mulheres - a publicar fotos com bigodes (postiços ou não) nas suas redes sociais como forma de promover awareness para o cancro da próstata.

Em Portugal, todos os anos surgem 3500 a 4000 novos casos de cancro da próstata. A vigilância médica periódica é essencial para despistar o cancro da próstata uma vez que este não apresenta sintomas numa fase inicial.

A possibilidade de cura é de 85% quando detetado precocemente.

Visitantes apoiam o Centro de Mama do Centro Hospitalar de São João
“Costuras à Flor da Pele”, exposição fotográfica constituída por imagens de mulheres que sofreram de cancro da mama ou lidaram...

Esta exposição, que estará patente até ao dia 18 de novembro, com entrada livre, é apresentada pela Sanofi, que traz a Portugal o trabalho do premiado fotógrafo e cineasta Koen Suidgeest. Por cada visitante da exposição, a Sanofi doará 1€ ao Centro de Mama do Centro Hospitalar de São João (CHSJ).

O objetivo de “Costuras à Flor da Pele”, um grande sucesso junto do público de Lisboa, Madrid e Barcelona, onde já esteve exposta, é contribuir para a sensibilização para o cancro, particularmente para o cancro da mama. A exposição é o resultado de uma iniciativa de Koen Suidgeest, na qual participaram mais de 200 mulheres que vivem com cancro da mama. Algumas mulheres acompanharam a doença em familiares e amigos, enquanto outras a viveram na sua própria pele.

“Para mim, a arte ser apenas arte não tem sentido. Preciso que o meu trabalho mostre algo sobre mim, em vez de ser apenas uma fotografia ou um filme bonitos. Por isso, o nascimento de “Costuras à Flor da Pele” é fruto de dois interesses distintos. Por um lado, é fruto do meu compromisso com a consciencialização sobre o cancro, porque o vivi de perto, e por outro da fotografia documental, neste caso com a componente da nudez. Uma combinação de arte com causa. Eu coloco a arte ao serviço da causa, é a minha forma de contribuir e melhorar a sociedade que nos rodeia – em pequenos passos mas de forma constante” afirma Koen Suidgeest.

A exposição pôde ser produzida devido a uma campanha de microfinanciamento e de apoio de empresas como a Sanofi. “A Sanofi tem uma experiência de 30 anos nesta área, tendo desenvolvido fármacos inovadores que aumentaram a esperança de vida dos doentes com cancro, a isto somamos o nosso compromisso de estar mais perto do doente e acompanhá-lo não apenas durante o tratamento, mas também após a remissão do cancro. Esta exposição é uma homenagem às mulheres com cancro e a Sanofi quer agradecer-lhes o gesto de se deixarem fotografar, normalizando a doença e ajudando assim outras mulheres que estão a passar por uma situação semelhante” afirma Fernando Sampaio, Diretor-Geral da Sanofi Portugal.

Em Portugal há todos os anos 1.500 mortes devido a cancro da mama, e são detetados 4.500 novos casos.

Em Janeiro
Portaria completa algumas das novas regras previstas na legislação que entra em vigor em 2016. Um dos objetivos é encaminhar as...

A partir do dia 1 de Janeiro, com a entrada em vigor da nova lei do tabaco, as embalagens em que são vendidos estes produtos passam a ter exigências adicionais. Além das mensagem de alerta para os riscos e consequências de fumar, os maços passam a ter também informação sobre onde procurar apoio para deixar este hábito, escreve o jornal Público. O número de telefone da Linha Saúde 24 (808 24 24 24) e o site da Direção-Geral da Saúde são duas das exigências do Ministério da Saúde.

A informação sobre os contactos de apoio a quem quer deixar de fumar consta de uma portaria publicada nesta segunda-feira em Diário da República, assinada pelo então secretário de Estado Fernando Leal da Costa, agora ministro da Saúde. O documento define “os números de telefone e os sítios web destinados a informar os consumidores sobre os programas de apoio disponíveis para as pessoas que pretendam deixar de fumar, que devem ser incluídos nas advertências de saúde combinadas e na advertência de saúde geral”.

A portaria vem dar resposta à nova lei do tabaco, publicada em Agosto e que entra em vigor em 2016. A nova legislação determina que “cada embalagem individual e cada embalagem exterior de produtos do tabaco para fumar, incluindo cigarros, tabaco de enrolar e tabaco para cachimbo de água, deve apresentar advertências de saúde combinadas, que incluem uma das advertências de texto e uma correspondente fotografia a cores”. No caso do texto, as embalagens devem disponibilizar “informações para deixar de fumar”, como telefones ou sites. “A informação para deixar de fumar a incluir nas advertências de saúde combinadas é a seguinte: Para deixar de fumar: 808 24 24 24 ou www.dgs.pt”, lê-se na portaria.

O diploma, assinado em Outubro mas só agora publicado, completa algumas das mudanças previstas para Janeiro. A legislação alarga os espaços públicos onde não se pode fumar, ainda que preveja um período transitório para quem fez investimentos em ventilação. Atualmente os maços de cigarro já têm frases que alertam para os riscos do consumo de tabaco, mas em 2016 a ideia é que as frases sejam acompanhados por imagens de choque, como um casal junto a um caixão de criança, lesões nos dentes, gengivas e pulmões. Os cigarros eletrónicos que contêm nicotina passam a ser abrangidos por esta lei e os rótulos passam a ser obrigatórios também nas embalagens de tabaco para cachimbo de água. Há também novas regras para o tabaco com aromas e para os termos “light” e “slim”. Na maior parte dos casos há períodos de transição.

Novembro, mês de sensibilização
As regras são publicadas em Novembro, o mês de sensibilização para o cancro do pulmão, que conta com várias iniciativas. Uma delas, da Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, é uma campanha dirigida aos jovens que alerta para os perigos do tabaco. O consumo deste produto é responsável pela maioria dos casos destes tumores malignos, com dez novos doentes por dia em Portugal.

“Apaixona-te pela vida. Não fumes! Informa-te sobre o cancro do pulmão” é o tema da campanha, que conta com várias personalidades, desde atores a desportistas. A mensagem foca-se nos mais novos, uma vez que em Portugal os jovens começam a fumar entre os 15 e os 18 anos, sendo objetivo da campanha apelar para que “não iniciem o consumo de tabaco ou, se já iniciaram, deixem de fumar”, explicou à Lusa o presidente da associação, António Araújo, que adianta que o facto de o cancro do pulmão e as outras doenças associadas ao tabaco surgirem dez, 15 ou mais anos depois de começarem a fumar leva os jovens a não associarem o risco a este comportamento.

Em Portugal são diagnosticados, por ano, cerca de 4000 novos casos de cancro do pulmão e registadas cerca de 3500 mortes. O tabaco está implicado em 85% dos casos desta doença, mas também noutras patologias como a doença pulmonar obstrutiva crónica, enfisema pulmonar e infeções respiratórias baixas, tuberculose pulmonar, doença cardíaca isquémica e doença cerebrovascular.

Cientistas usam
Cientistas do Instituto Wyss da Universidade de Harvard e da Universidade de Massachusetts estão a desenvolver uma nova solução...

As equipas envolvidas na pesquisa explicam que esse método pode “dissolver” rapidamente esses coágulos, desobstruindo completamente os vasos sanguíneos no cérebro. Basicamente, as nanopartículas juntamente com os medicamentos específicos fazem um “buraco” no coágulo que se expande gradativamente para libertar o fluxo de sangue.

“Mesmo com este procedimento, nem todos os coágulos podem ser removidos com um bom resultado. Fragmentos de coágulos podem ser deslocados, o que pode levar a danos nos tecidos no sistema circulatório do cérebro”, disse Matthew Gounis, Ph.D e professor da Universidade de Massachusetts.

O Instituto Wyss trouxe para a pesquisa o uso de nanopartículas biodegradáveis revestidas com um anti-coagulante chamado “ativador do plasminogénio tecidual” (tPA), que imita a forma de como as plaquetas do sangue se comportam dentro do corpo humano. Quando os vasos sanguíneos estão limitados/obstruídos, a pressão do fluxo sanguíneo aumenta no local para produzir um sinal físico que faz com que as plaquetas furem a parede do vaso. Da mesma forma, essa nanoterapia reage libertando nanopartículas revestidas de tPA nessas regiões onde os vasos estão bloqueados, que se ligam ao coágulo de sangue e dissolvendo-o por dentro.

Há alguns anos, cientistas descreveram um método que usava partículas magneticamente carregadas para orientar as drogas para o ponto certo, mas este novo método trabalha com stents, tubos minúsculos para injectar medicamentos, que já são vulgarmente usados na medicina.

Em 2016
A molécula "ORY-2001", cujos resultados têm demonstrado capacidade de impedimento do declínio cognitivo e perda de...

O anúncio sobre a eficácia pré-clínica desta molécula, segundo o Sapo, será feito por Tamara Maes, diretora científica da Oryzon Genomics, no decurso da 8ª reunião anual de ensaios clínicos sobre a doença de Alzheimer (CTAD, sigla em inglês), que vai decorrer em Barcelona.

A molécula "Ory-2001”, um medicamento para o tratamento da disfunção cognitiva em outras doenças neuro-degenerativas, como Parkinson e Alzheimer ou demências, foi desenvolvida pela própria biofarmacêutica catalã, fundada em Barcelona em 2000 e que se dedica ao desenvolvimento de terapias epigenéticas em oncologia e doenças neuro-degenerativas.

A empresa Oryzon Genomics anunciou que estima que esta molécula, que impede o declínio cognitivo e perda de memória em ratos com envelhecimento acelerado, possa entrar na fase clínica no início de 2016.

Molécula com potencial para tratar disfunções cognitivas
De acordo com a responsável pela empresa da Catalunha, a droga tem um “um excelente perfil farmacológico e tem sido administrado a animais por via oral por longos períodos sem problemas de segurança”.

Citada pela Agência EFE, Tamara Maes manifestou a sua satisfação pelo facto de "os dados obtidos em estudos pré-clínicos validarem o enorme potencial desta molécula para tratar a disfunção cognitiva resultante de doenças neuro-degenerativas".

Mais de 800 investigadores internacionais vão assistir à conferência, a qual equipas de cientistas de todo o mundo com estudos clínicos vão apresentar resultados de pesquisas de identificação de novos biomarcadores e ferramentas mais sensíveis para identificar pessoas em risco de desenvolver a doença e avaliar a eficácia de novos tratamentos.

A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo e não existe até agora nenhum tratamento eficaz comprovado cientificamente em humanos.

Estudo
Quase 40% dos jogadores de futebol profissionais do Reino Unido têm cáries, o que nos casos mais graves pode afetar os...

A investigação, publicada no British Journal of Sports Medicine, revela que um em cada 20 desportistas sofre de doenças irreversíveis nas gengivas.

Embora os especialistas em saúde soubessem da má saúde buco-dental dos jogadores, os investigadores tentaram no estudo determinar o seu eventual impacto nos resultados desportivos, escreve o Sapo.. Para isso, examinaram 187 jogadores profissionais de oito clubes em Inglaterra e País de Gales, com idade média de 24 anos (entre os 18 e os 39 anos).

Concretamente, cinco das equipas eram da Premier League (Primeira Divisão inglesa) - Hull, Manchester United, Southampton, Swansea City e West Ham -, outros dois da Championship (Segunda divisão) e o último, da League One (Terceira Divisão).

O cientista Ian Needleman, do Eastman Dental Institute de Londres e uma equipa de seis dentistas inspecionaram os dentes e as gengivas dos jogadores, a quem questionaram o impacto da sua saúde dental na vida profissional e pessoal.

8 em cada 10 jogadores com doenças nas gengivas
As análises revelaram dentes e gengivas em mau estado, apesar de quase três quartos dos jogadores afirmarem terem ido ao dentista no ano anterior. 37% tinham cáries e mais de 50% erosão dentária. Oito em cada dez jogadores sofriam de algum tipo de doença nas gengivas. "Também encontramos jogadores com infeções nos dentes do siso que podem ser muito dolorosas", comentou Needleman à agência France Presse.

No passado, vários jogadores da Premier League, entre eles o atacante do Arsenal Robin van Persie, disseram ter recuperado a forma física após a extração de dentes do siso. Os "casos catastróficos" não tratados podem chegar a ter repercussões consideráveis, como parar de treinar ou deixar de jogar um jogo, afirmou o cientista, já que as pequenas infeções podem ser dolorosas e afetar até o sono.

Quase a metade dos jogadores disse sentir que a dor nos dentes e nas gengivas "incomodava" e um quinto afirmou que afetava a sua qualidade de vida.

7% dos jogadores consultados disseram que a má saúde dentária prejudicava os seus resultados ou a sua formação.

O estudo conclui ainda que o estado de saúde dentária dos jogadores no Reino Unido é pior, em média, do que o dos restantes dos jovens do Reino Unido.

Estudo
Um novo estudo publicado na semana passada vem reforçar uma ideia já avançada em investigações anteriores: a de que ter um cão...

A investigadora Tove Fall, que liderou a investigação publicada na revista JAMA Pediatrics, explica que foi motivada por estudos anteriores que demonstravam que as crianças que crescem em quintas têm significativamente menos riscos de vir a ter asma. "Queríamos ver se essa ligação também se verificava para crianças que cresciam com cães em casa", afirmou Tove Fall, citada num comunicado.

O estudo da Universidade de Uppsala, na Suécia, analisou a informação de mais de um milhão de crianças, tomando em conta se tinham sido expostas regularmente a cães na infância e se tinham ou não desenvolvido asma, escreve o Diário de Notícias. A conclusão? Ter um cão em casa nos primeiros anos de vida diminui em 15 por cento a probabilidade de ter asma.

Os investigadores propõem que a presença dos cães na infância ajude a criar mudanças no microbioma intestinal - os micróbios que vivem nos intestinos humanos - deixando o corpo mais preparado para lidar melhor com certos alergénios, como o pelo de cão.

Graças à sua amostra muito grande de mais de um milhão de pessoas, os investigadores puderam mesmo tomar em conta o facto de que a asma tem fatores genéticos. "Pudemos compensar por outros fatores como a presença de asma nos pais, a zona de residência e o estatuto socioeconómico", explicou Tove Fall.

No entanto, os investigadores sublinham que a exposição aos cães deve acontecer antes de as crianças desenvolverem asma ou alergias, e não depois. As pessoas que têm alergias a cães e a gatos devem evitar estar junto desses animais.

Ordem dos Enfermeiros
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros realiza quarta-feira no Centro Hospitalar do Baixo Vouga, em Aveiro, uma...

A iniciativa decorre pelas 15:00 no Salão Nobre daquele centro hospitalar e será realizada em conjunto com a Unidade de Farmacovigilância do Centro (UFC), com sede em Coimbra, na AIBILI – Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem.

A Secção Regional do Centro (SRC) integra o Conselho Cientifico da UFC através da sua Presidente do Conselho Diretivo, Enfª Isabel Oliveira.

Com esta ação de promoção da notificação de suspeitas de reações adversas, pretende-se proporcionar aos enfermeiros noções gerais sobre monitorização de segurança de medicamentos em contexto clínico.

“Pelo tempo que passam junto dos doentes, os enfermeiros são os profissionais de saúde em melhores condições para detetarem precocemente as reações adversas a medicamentos (RAM)”, realça a Enfª Isabel Oliveira.

A comunicação das RAM – acrescenta - são um dos meios de aumentar a segurança dos doentes no que concerne especificamente ao uso do medicamento.

Para a Presidente do Conselho Diretivo Regional da SRC, esta ações de sensibilização têm por objetivo reforçar juntos dos enfermeiros o papel fundamental que desempenham na segurança dos doentes e incentivar à notificação das reações adversas.

Subordinada ao título “Sistema Nacional de Farmacovigilância – Noções gerais e atividade da Unidade de Farmacovigilância do Centro”, tem como objetivo promover a notificação espontânea de reações adversas a medicamentos (RAM) por profissionais de saúde.

“Sistema Nacional de Farmacovigilância”, “Reação adversa a medicamento (RAM)”, “Importância da notificação espontânea de RAM”, “Geração de sinais de segurança”, “Relação benefício-risco” “Como notificar RAM”, “Boletim de notificação”, “Portal UFC” e “Portal RAM”, são algumas dos temas da formação.

A Unidade de Farmacovigilância do Centro divulga trimestralmente um boletim informativo das suas atividades, com alertas de notificações de reações ao medicamente, que a SRC faz chegar aos 14 mil enfermeiros dos seis distritos que abrange.

Em 2014
A prevalência da diabetes em Portugal voltou a aumentar em 2014, atingindo mais de 13% da população, assim como aumentaram os...

De acordo com o relatório “Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2014”, a prevalência estimada da doença na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) foi de 13,1%, isto é, mais de 1 milhão de portugueses, a que se juntam mais de 2 milhões de pessoas com pré-diabetes.

O relatório sublinha que em 2014 foram detetados cerca de 150 novos casos de diabetes por dia e que quase metade dos doentes com diabetes (40%) não sabe que tem a doença, permitindo a progressão silenciosa da doença e das suas complicações.

O impacto do envelhecimento da população refletiu-se num aumento de 1,4 pontos percentuais da taxa de prevalência entre 2009 e 2013, o que corresponde a um crescimento de 14%.

De facto, verifica-se um “forte aumento” da diabetes com a idade, já que uma em cada quatro pessoas entre os 60 e os 79 anos tem diabetes.

Além disso, os diabéticos perdem mais anos de vida: em 2013, apontava-se para uma perda de oito anos de vida por cada óbito abaixo dos 70 anos. Em 2014, o número de anos perdidos subiu para nove.

O relatório aponta ainda para uma relação entre o excesso de peso e a diabetes, sendo a prevalência da doença quatro vezes maior nos obesos.

“Cerca de 90% da população com diabetes apresentam excesso de peso (49,2%) ou obesidade (39,6%)”.

Também a diabetes gestacional verificou um “aumento significativo” - 6,7% dos partos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) – sobretudo nas mulheres com mais de 40 anos, entre as quais a prevalência da diabetes foi de 16,5%.

No que respeita às crianças e jovens, a diabetes tipo 1 atingia, no ano passado, 3.365 pessoas até aos 19 anos, o que corresponde a 0,16% da população portuguesa nesta faixa etária, “número que se tem mantido estável”, sublinha o relatório.

Considerando apenas as crianças até aos 14 anos, o relatório indica que houve uma ligeira descida, tendo sido detetados 17,5 novos casos de diabetes tipo 1 por cada 100 mil jovens daquelas idades, o que consubstancia “valores inferiores aos registados nos últimos anos”.

Em termos de género, verifica-se uma maior prevalência de diabetes nos homens (15,8%) do que nas mulheres (10,8%).

Quanto aos internamentos, os de doentes com diabetes associada a outros diagnósticos aumentaram acentuadamente (89,3% entre 2005 e 2014), mas têm vindo a diminuir os casos de internamento em que a diabetes surge como diagnóstico principal (menos 23,4% entre 2009 e 2014).

No que respeita à letalidade intra-hospitalar, o relatório revela que em 2014, cerca de um quarto (24,8%) das pessoas que morreram nos hospitais tinham diabetes, correspondendo a 11.736 óbitos em números absolutos.

O relatório realça que houve uma diminuição de mortes nos internamentos em que a diabetes foi o diagnóstico principal (menos 46% na última década) e um aumento do número de óbitos nos internamentos em que a diabetes era diagnóstico associado (mais 44% nos últimos dez anos).

A duração média dos internamentos por diabetes foi superior em 3,5 dias ao valor médio de dias de internamento global no SNS.

Quanto às consultas de diabetes nos cuidados de saúde primários, houve um aumento de 0,5% no número de diabéticos registados, mas a representatividade destas consultas no total das consultas médicas passou de 6,1% e, 2011 para 8,3% em 2014.

Num ano
Os custos com a diabetes em Portugal aumentaram cerca de 50 milhões de euros em 2014, face ao ano anterior, e o custo médio dos...

Segundo o relatório “Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2014”, a diabetes representou um custo direto estimado entre 1.300 e 1550 milhões de euros, um acréscimo aproximado de 50 milhões, face a 2013.

Baseando-se em dados da Federação Internacional da Diabetes, o documento dá ainda conta de que a doença em Portugal representou em 2014 um custo de 1.540 milhões de euros por indivíduo, valores que representam 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e 10% das despesas em saúde.

Quanto ao custo médio das embalagens de medicamentos da Diabetes, mais do que duplicou o seu valor nos últimos dez anos.

O crescimento do custo dos medicamentos da Diabetes (mais 260%) tem assumido uma especial relevância face ao crescimento efetivo do consumo, quantificado em número de embalagens vendidas (mais 67%).

Segundo o observatório, os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm encargos diretos de 20,6 milhões de euros com o consumo de antidiabéticos orais e de insulinas, o que representa 8,5% dos custos do mercado de ambulatório com estes medicamentos no último ano.

Neste sentido, apesar do acréscimo de despesa registado no último ano, o relatório realça o facto de os encargos totais dos utentes com estes medicamentos terem estabilizado nos últimos três anos.

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