Estudo
A cada ano que passa, mais e mais idosos sofrem de Alzheimer. Os investigadores ainda estão a procurar uma causa, mas um novo...

O estudo foi publicado na Nature Scientific Reports, e já está a provocar controvérsia no meio académico. Os biólogos moleculares Diana Pisa, Luis Carrasco e a sua equipa com mais 25 pesquisadores estudou 25 cadáveres, 14 dos quais eram de pessoas com Alzheimer. O que eles descobriram parecia impossível. Todos os 14 cérebros com Alzheimer sofriam de uma micose, escreve o Diário Digital.

É possível que essa micose seja a causa dos sintomas de demência? Pisa e os seus colegas não descartaram isso. Existem muitos tratamentos disponíveis para micoses, e os pesquisadores dizem que o próximo passo é testar a eficácia deles contra a doença de Alzheimer em organismos vivos.

O problema é que essa micose não explica todos os casos de demência, como destaca o The Economist.

John Hardy, um neurocientista na University College London, no Reino Unido, destaca que um (raro) caso de Alzheimer é bastante conhecido. Em algumas poucas famílias a doença parece ser hereditária, causada pela mutação de um de três genes. Se a micose fosse a principal causa, então essas mutações fariam essas pessoas tão susceptíveis à doença que 100% delas acabariam infectadas, algo que ele acredita ser improvável.

Se o resultado estiver certo, no entanto, ainda é possível que a correlação ocorra de outra forma, com a doença de Alzheimer a ser a porta de entrada do cérebro para a micose.

Também é bem provável que a Alzheimer, assim como o cancro, não seja uma doença com uma única causa. Podem haver dezenas de formas de uma pessoa desenvolver Alzheimer – e cada uma delas precisa de um tipo diferente de terapia. Ainda assim, se o estudo nos levar a uma terapia para um tipo específico de demência, já será uma vitória.

Estudo
Depois dos alertas da OMS sobre o perigo da ingestão das carnes transformadas, um relatório que avisa que o elevado consumo de...

Portugal é o país mediterrânico cuja alimentação mais faz mal ao planeta. E, por irónico que pareça, a maior culpa é do elevado consumo de peixe – um alimento saudável.

Esta conclusão surpreendente, escreve o jornal Público, resulta de um estudo publicado esta quinta-feira pela Global Footprint Network, a organização responsável pelos cálculos da “pegada ecológica”. Este indicador representa a área da Terra necessária para produzir o que cada pessoa consome ou necessita, dos alimentos a roupa, dos combustíveis a edifícios.

Para Portugal, este valor é de 4,5 hectares por habitante. É o quarto país mediterrânico com a maior pegada ecológica, depois de França, Eslovénia e Itália.

Mas na alimentação, o país lidera o ranking. Cerca de 1,5 hectares de terra ou mar são necessários para garantir o almoço, o lanche e o jantar dos portugueses. Ninguém necessita de tanto espaço produtivo para matar a fome entre os países do Mediterrâneo, região sobre a qual incide o estudo. A seguir vêm Malta (1,25 hectares por pessoa), Grécia (1,22) e Espanha (1,15).

Dois fatores contribuem para este resultado. O primeiro é simples: em Portugal, come-se muito. A FAO – a agência das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura – recomenda como saudável uma dieta diária de 2500 quilocalorias por pessoa. Em Portugal, consomem-se 3500 – 40% a mais. “Isto não é exclusivo de Portugal. Encontramos valores similares noutros países, como Espanha, Grécia e Itália”, afirma Alessandro Galli, director da Global Footprint Network para a área do Mediterrâneo.

O segundo factor encerra uma grande ironia. Portugal é um dos países com maior consumo per capita de peixe no mundo – um dado positivo pelo lado da saúde. Mas o apetite nacional dirige-se muito para espécies de topo, como o bacalhau e o atum, que requerem mais recursos para se desenvolver.

O atum, explica Alessandro Galli, alimenta-se de sardinhas, que por sua vez se alimentam de plâncton, os minúsculos organismos em suspensão na água. Na prática, é preciso uma área muito maior da plataforma continental para produzir o plâncton necessário para um peixe num elo superior da cadeia alimentar. “O impacto do consumo de um quilo de atum equivale ao de dez quilos de sardinhas”, explica Alessandro Galli.

A importação também pesa. Em 2014, 481 mil toneladas de pescado vieram de fora, contra 283 mil toneladas da exportação, segundo dados oficiais.

Dizer que comer peixe faz mal à Terra é mais uma má notícia para a mesa nacional. Na segunda-feira, a Agência Internacional de Investigação do Cancro da Organização Mundial de Saúde anunciou ter classificado as carnes processadas – como chouriços, presuntos e bacon – como produtos cancerígenos. As autoridades nacionais de saúde apressaram-se a esclarecer que o importante é garantir uma dieta equilibrada.

No caso do pescado, Alessandro Galli diz que não está em causa deixar de os comer, mas sim escolher melhor. “A minha recomendação é comer peixe mas diversificar, preferir peixes em posição mais baixa na cadeia alimentar, como as sardinhas”, diz.

Porém, neste momento, a maré também não está para as sardinhas. O stockibérico desta espécie nunca esteve tão baixo e os cientistas dizem que no próximo ano não se deve capturar mais do que 1600 toneladas nos mares de Portugal e Espanha – apenas 10% da quota de 2015. Mas outras espécies, como o carapau e a cavala, são hoje mais abundantes.

Os dados agora divulgados são uma nódoa na imagem positiva dos hábitos alimentares do Mediterrâneo. Alessandro Galli argumenta, porém, que a verdadeira dieta mediterrânica é composta sobretudo de produtos como legumes, verduras, cereais e azeite, com consumo moderado de carne ou peixe.

“O meu argumento é o de que a dieta mediterrânica é boa para o ambiente, mas acabámos por nos afastar um pouco dela”, afirma.

Com o peso da alimentação, Portugal vai muito além da sua capacidade biológica de satisfazer o consumo dos seus habitantes. A pegada ecológica é de 4,5 hectares por pessoa, mas o país só tem 1,3 hectares produtivos per capita.

A meta não é ser auto-suficiente, algo que seria impossível para a generalidade dos países. Mas, para a Global Footprint Network, cada nação deveria ter como guia a biocapacidade global para sustentar o consumo dos seus habitantes, que é de 1,8 hectares por pessoa.

Europa quer
A União Europeia quer reduzir o tempo de investigação de novos antibióticos, que atualmente supera uma década. O objetivo é...

Recentemente, a UE publicou um documento que pretende encurtar o tempo de investigação, encontrando as doses adequadas e eficazes no tratamento. Em Portugal as infeções hospitalares afetam um em cada dez doentes, escreve o Diário de Notícias. Só em Gaia uma bactéria multirresistente matou três pessoas e infetou outras dezenas recentemente.

Tal como aconteceu nos Estados Unidos, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) tem tentado adequar a legislação na área dos antibióticos, proteger e aumentar o tempo das patentes e acelerar a investigação, produzindo documentos para a indústria. Agora, o organismo responsável pela avaliação de medicamentos a nível da UE colocou mais um no debate público.

José Artur Paiva, o diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos, diz que é "cada vez mais difícil tratar uma infeção, com o atual aumento das resistências a antibióticos; por outro lado, há menos medicamentos. Arriscamo-nos a viver num mundo sem antibióticos", alerta. Nos próximos tempos, "não está prevista a saída de novas moléculas, é por essa razão que é preciso tentar acelerar a investigação e criar mecanismos que a promovam".

O documento dedica-se ao papel da farmacocinética e da farmacodinâmica. A primeira é a forma como uma droga é absorvida pelo organismo, distribuída e excretada. A segunda estuda o efeito de uma determinada dose da substância na capacidade de matar ou travar o crescimento das bactérias.

Tendo em conta estes princípios, é possível evitar ou encurtar no tempo os estudos de dosagem durante os ensaios clínicos, exemplifica a guideline. Além de se acelerar a investigação, estas análises permitem identificar doses mais adequadas, mais seguras e com menor risco de se desenvolverem resistências.

Na semana passada, peritos de todo o mundo e representantes da Comissão Europeia e do departamento de Saúde dos Estados Unidos reuniram-se para definir estratégias para os próximos cinco anos para travar as resistências.

Quimioterapia e cirurgia em risco
Um estudo do The Lancet calcula que só nos EUA possa haver mais seis mil mortes por ano devido a uma quebra de 30% na eficácia dos antibióticos. Os peritos calculam que a taxa de resistência aos antibióticos seja de 39% a 51% nas bactérias associadas às cirurgias e que, na sequência de quimioterapia, essa taxa seja de quase 27%, o que levanta elevados receios quanto à perda de eficácia dos medicamentos atuais. Se os antibióticos que são dados antes da cirurgia e da quimioterapia perderem 30% de eficácia haverá no mínimo mais 120 mil infeções por ano.

Estudo
Uma investigadora americana decidiu analisar os ‘testers’ de maquilhagem que normalmente encontramos nas lojas e fez uma...

Durante dois anos Elizabeth Brooks decidiu analisar um dos grandes aliados das mulheres quando chega a altura de comprar maquilhagem: os famosos testers.

O estudo, publicado pela investigadora, revelou que entre 67-100% das amostras que estão expostas na lojas continham um grande nível de bactérias, escreve o Sapo.

A E.coli (presente em fezes) e a Staph Aurus (que pode ser nociva para os olhos e nariz) foram apenas duas das várias bactérias encontradas nestes produtos. E o mais surpreendente é que o nível bacteriológico oscila consoante o dia da semana.

Os resultados revelam que o sábado e o domingo são os piores dias para se experimentar maquilhagem. Isto deve-se ao facto de ao fim de semana existir um maior fluxo de pessoas nas lojas e centros comerciais levando a uma maior concentração de bactérias.

“A maquilhagem não possui nutrientes que proporcionem o crescimento das bactérias, por isso estas não se multiplicam. Isto significa que apesar das amostras estarem 100% contaminadas no domingo, as bactérias vão começar a morrer no início da semana seguinte”, explica.

Apesar da investigadora afirmar que não existem riscos para a saúde das mulheres, a verdade é que é nojento pensar nas centenas de pessoas que experimentaram aquele batom ou rímel.

Nos últimos dois anos
Instituto Nacional de Medicina Legal analisou autópsias de 2013 e 2014. Nesses dois anos foram registados 767 suicídios de idosos.

Nos últimos dois anos, das 2067 autópsias a casos de suicídio que o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) conduziu, quase 40% disseram respeito a mortes de idosos, que representaram 767 óbitos. A esmagadora maioria dos suicídios ainda acontece em homens, com quase 600 suicídios, e há também diferenças entre as várias zonas do país e os métodos utilizados, explica ao jornal Público o vice-presidente do INLMCF e autor do trabalho, João Pinheiro. O especialista considera que estes dados merecem uma reflexão, no sentido de elaborar melhores estratégias de prevenção desta realidade junto das populações mais vulneráveis.

O trabalho “O Suicídio de Idosos em Portugal: Estudo de 2 Anos de Autópsias”, antecipado ao jornal Público e feito em parceria com José Vieira de Sousa, Maria Cristina de Mendonça, António Padilha e Jorge Rosmaninho, será apresentado na conferência anual do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) em Coimbra, e que acolhe mais de 400 especialistas. O encontro, que se realiza pela segunda vez, pretende impor-se como “grande evento científico da medicina legal e das ciências forenses em Portugal”.

“A missão do instituto nestes e noutros trabalhos é pôr os mortos ao serviço dos vivos. Todas as nossas autópsias têm um objetivo imediato de um caso concreto, como encontrar o culpado de um homicídio. Mas temos imensos dados que estão fechados e a nossa conferência serve para promover que estes resultados – que resolvem problemas concretos – sirvam depois para a comunidade científica, para investigar e prevenir situações como o suicídio de idosos”, frisa João Pinheiro. Sobre os suicídios em geral, o médico forense adianta que os dados do INMLCF indicam que os números não aumentaram com a crise e que se mantiveram estáveis na última década.

Mas o responsável sublinha o “grande peso” que os idosos têm, representando 37% do total de suicídios nos anos em análise, numa altura em que a população mais velha ocupa uma fatia cada vez maior e em que o Eurostat, Serviço de Estatística da União Europeia, estima que em Portugal a percentagem de pessoas com idade igual ou superior a 80 anos tenha um peso de 5,5% e que este valor ultrapasse os 15% em 2080. O vice-presidente do instituto alerta, também, que os dados dos óbitos pecam por defeito, uma vez que existem casos em que os procuradores dispensam a realização de autópsia.

Distritos com mais casos
Concretamente sobre os idosos, João Pinheiro destaca que “Lisboa, Porto, Faro, Setúbal e Santarém” são os cinco distritos com mais casos de suicídios acima dos 65 anos. Contudo, ressalva que é preciso cruzar estes dados com o peso da população dessas mesmas zonas. Mais importante, defende o médico, é a importância que os antecedentes psiquiátricos parecem ter neste desfecho. Menos expressivos mas também presentes estão os casos de pessoas com cancro ou com as chamadas comorbilidades, isto é, que acumulam várias doenças, como hipertensão, diabetes e outras patologias próprias da idade.

“Os antecedentes psiquiátricos, nos casos em que foi possível apurar, revelaram-se estatisticamente significativos como factor de risco para o suicídio precoce. As pessoas que tinham estes fatores de risco suicidaram-se mais cedo do que as outras dentro do grupo dos idosos, com uma média de 74 anos. É uma associação forte e em termos de estratégia de prevenção este é um factor importante. O acompanhamento psiquiátrico destas pessoas pode ajudar a prevenir o suicídio”, insiste João Pinheiro, que apela a um debate alargado sobre estas temáticas.

O dirigente do INMLCF reitera que é importante que a sociedade encontre mais respostas para o “isolamento, doenças, falta de apoio familiar, perda de autonomia e algumas dificuldades financeiras” que levam os idosos a caminhar para esta solução extrema. Na amostra total das 767 autópsias de idosos a idade média ultrapassou os 76 anos. O tema do isolamento foi destacado recentemente pela GNR, aquando da divulgação, em Maio, da Operação Censos Sénior 2015, em que esta força de segurança identificou mais de 5200 idosos a viverem sozinhos, isolados ou com limitações físicas e psicológicas. Os militares da GNR sinalizaram 39.216 pessoas com mais de 65 anos em situação precária, quando em 2011 eram 15.596 idosos nessas condições.

Quanto à localização das mortes, o trabalho agora dado a conhecer pelo INMLCF permitiu também apurar que, em 2013 e 2014, dos mais de 700 suicídios houve quase 600 localizados no litoral, 160 no interior e 12 nas ilhas. Quanto a uma divisão entre sul, centro e norte, foram registadas 400 autópsias, 175 e 180, respectivamente. No entanto, João Pinheiro alerta, mais uma vez, que falta aprofundar estas tendências cruzando estes dados com o total de população de cada uma das áreas.

Apesar disso, o médico legista diz que é possível identificar algumas diferenças, sobretudo entre as zonas rurais e as zonas urbanas e entre sexos. “Os homens preferem os métodos mais violentos, como consta da literatura e os nossos dados replicam. Preferem em geral os enforcamentos e as armas de fogo, enquanto as mulheres preferem os chamados métodos mais soft. Só uma mulher recorreu a arma de fogo nestes 700 casos. Predominam os afogamentos, que na nossa população é tipicamente em poços e em zonas rurais e as intoxicações com pesticidas”, adianta.

João Pinheiro refere que, ao contrário do que se possa pensar, os medicamentos não são um método usual. Só foram registados nove casos, contra 60 de pesticidas. Destaca também o “número impressionante” de enforcamentos, que ultrapassa os 400, e que predominam nos meios rurais, com as chamadas lesões traumáticas, como as quedas de zonas altas, a serem mais frequentes em meios urbanos. Depois dos enforcamentos, as armas de fogo foram o método mais utilizado, seguidas pelo afogamento, pesticidas e precipitação (quedas).

Dados revelam
Mais de 90% da população dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico está exposta a um nível...

Segundo os dados de 2010 – os mais recentes disponíveis – divulgados num relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre o meio ambiente, a contaminação por partículas tem um nível nefasto para o conjunto da população da Eslovénia, Eslováquia, Luxemburgo, Coreia do Sul, Israel, Hungria, Bélgica, Holanda, República Checa, Grécia e Alemanha, escreve o Sapo.

Estão igualmente sujeitos a contaminação por partículas considerada prejudicial pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 98% dos polacos, 97% dos italianos e japoneses, 96% dos turcos e suíços, 92% dos espanhóis, 88% dos franceses e 84% dos britânicos.

Em contrapartida, esse problema não existe na Estónia e na Finlândia e só afeta 4% dos australianos, 10% dos suecos, 16% dos noruegueses, 19% dos islandeses e 30% dos irlandeses.

No que diz respeito aos resíduos tratados pelas autarquias, a média na OCDE em 2013 era de 522 quilos por ano e por habitante, com fortes variações entre os 751 quilos dos dinamarqueses e os 725 dos norte-americanos e os 293 dos estónios e os 297 dos polacos.

Relatório revela
Cerca de um terço dos enfermeiros portugueses licenciados em 2013 foi trabalhar para o Reino Unido, atualmente o principal país...

De acordo com o documento elaborado pelo segundo ano consecutivo pelo gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, no ano passado um total de 30.544 portugueses foram viver para o Reino Unido, mantendo-se a tendência de crescimento dos últimos cinco anos, escreve o Sapo.

O fluxo migratório para o Reino Unido tem “características novas”, sendo o país de destino em que “é maior a proporção de portugueses qualificados”, lê-se no relatório.

Os enfermeiros constituem um caso particular: Portugal forma entre 3.000 a 3.500 enfermeiros por ano, segundo a Ordem dos Enfermeiros, e “cerca de um terço deste número, 1.211 enfermeiros portugueses, começou a trabalhar em 2013 no Reino Unido, segundo a Nursing and Midwifery Council”.

De forma geral, “o emprego no Reino Unido foi obtido através de agências empregadoras que, neste país ou em Portugal, recrutam enfermeiros portugueses”, acrescenta o documento do executivo.

A emigração permitiu, “na maioria dos casos, percursos de mobilidade profissional”, refere o relatório: “Se antes de emigrarem metade dos inquiridos procurava o seu primeiro emprego e 16% tinha perdido o emprego, depois da emigração para o Reino Unido todos estavam empregados”.

O número dos que tinham um posto especializado de trabalho mais do que duplicou com a emigração, passando de 72 para 167. Ou seja, a emigração não só permitiu o acesso ao emprego, tanto por recém-licenciados, como por profissionais desempregados, como permitiu concretizar percursos de promoção profissional”, de acordo com um estudo citado pelo documento do Governo que abrangeu 349 enfermeiros portugueses.

O mesmo estudo revela ainda que mais de metade dos inquiridos não pretende regressar a Portugal antes da reforma, posição inversa à intenção de regresso ao país de origem no curto-médio prazo expressa por uma grande percentagem de imigrantes, no contexto das migrações internacionais.

Direção-Geral da Saúde
Mais camas hospitalares, o adiamento de cuidados não urgentes e altas de casos sociais são algumas das medidas previstas pelo...

O documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) visa “prevenir e minimizar os efeitos negativos do frio extremo e das infeções respiratórias, nomeadamente da gripe, na saúde da população em geral e dos grupos de risco em particular”.

Este plano da DGS apresenta “orientações estratégicas que permitem preparar e adequar a resposta dos serviços de saúde e dos cidadãos, perante a perspetiva de ocorrerem condições meteorológicas adversas de frio extremo ou um aumento da incidência de infeções respiratórias”.

Entre as medidas de saúde pública definidas no documento está “o reforço das medidas de higiene das mãos, aplicável ao público e aos profissionais de saúde e o aconselhamento aos doentes com infeções respiratórias, nomeadamente com síndrome gripal, a adoção de medidas de ´distanciamento social`”.

A DGS reitera a importância da vacinação contra a gripe, tendo definido como objetivo “vacinar, pelo menos, 60% dos cidadãos com 65 ou mais anos de idade”.

Ao nível da prestação dos cuidados de saúde, e no que diz respeito ao ambulatório, o plano determina, entre outras medidas, a “adequação da oferta de consultas (em espaço dedicado, se necessário)”, mediante a “adequação dos horários da consulta aberta ou de recurso” e do “número de consultas para pedidos no próprio dia”.

No internamento, a autoridade de saúde defende uma “adequação da capacidade instalada”, através de “camas suplementares, o adiamento de cuidados não urgentes e altas de casos sociais, se necessário” e o “reforço das medidas de controlo de infeção”.

Está igualmente definido que as instituições devem prever a “necessidade de expansão da área de internamento”.

O diagnóstico laboratorial quando aplicável e a verificação dos stocks de medicamentos estão igualmente definidos no documento que a partir de hoje está disponível no site da DGS.

O plano está ativo até 31 de março.

Sociedade Portuguesa de Oncologia
A presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia considera desnecessário “alarmismos ou a abolição do consumo de carnes...

“Não há necessidade de abolir completamente o consumo, a carne também tem componentes essenciais e precisamos de proteínas. O que chamamos a atenção é que estes produtos têm o seu papel se consumidos com outros”, como as frutas, os vegetais, os produtos hortícolas, explicou.

Gabriela Sousa, do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, falava a propósito do estudo divulgado pela Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro, que revelou que a carne processada é cancerígena para os seres humanos e classificou a carne vermelha como provavelmente cancerígena.

“Não veio acrescentar nada mais ao que já sabíamos. Sabe-se que as carnes vermelhas são as mais perigosas, sobretudo depois de cozinhadas. O estudo, acrescentou, foi alguma evidência em relação às carnes processadas”, disse a presidente, acrescentando que a população em geral tinha já a perceção de que carnes vermelhas e processadas (enchidos por exemplo) não eram alimentos saudáveis.

A solução, diz, está na moderação, sendo que a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) tem continuamente chamado a atenção para a necessidade de formação da população relativamente à alimentação e que os “pequenos desvios” se corrigem com outros nutrientes, em que pontuam as frutas e os legumes.

“Basicamente o que chamamos à atenção é que estes produtos têm o seu papel se consumidos com outros, a palavra-chave é Equilíbrio”, salientou.

Sendo certo, acrescentou a especialista, que o cancro do colon retal é “um problema de saúde pública”, o que a SPO alerta é para a necessidade de medidas de prevenção, que passam por uma alimentação saudável.

E depois “o cancro é uma doença multi-fatorial” e como tal é difícil estabelecer uma causa-efeito , disse quando questionada sobre se era possível estabelecer uma relação entre um grande consumo de carnes vermelhas e processadas e algum tipo de cancro.

Organização Mundial de Saúde
A taxa de mortalidade da tuberculose diminuiu 47% desde 1990, mas a doença continua a provocar milhares de mortes anualmente...

De acordo com o último relatório da OMS sobre a doença, uma das principais causas de mortalidade no planeta, a maioria dos avanços registou-se desde 2000, quando foram aprovados os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio pelas Nações Unidas.

No total, as intervenções médicas com meios de diagnóstico e tratamentos eficazes permitiram salvar 43 milhões de pessoas nos últimos 15 anos e a incidência da tuberculose diminuiu 18% neste período, assinala a OMS.

“O relatório mostra que a luta contra a tuberculose teve um impacto enorme em termos de vidas salvas e de curas”, congratula-se a diretora-geral daquela agência da ONU, Margaret Chan.

“Estes avanços são reconfortantes, mas se o mundo quer acabar com esta epidemia é preciso reforçar os serviços e, fundamentalmente, apostar na investigação”, adiantou.

Para combater a tuberculose “é necessário preencher as lacunas na deteção e tratamento, assim como no financiamento, e desenvolver novos medicamentos, vacinas e meios de diagnóstico”, indicam os autores do relatório apresentado em Washington.

O estudo refere ainda que o número de novos casos foi de 9,6 milhões em 2014, superior aos dos anos anteriores.

Mais de metade dos casos de tuberculose foi registada na China, Índia, Indonésia, Nigéria e Paquistão.

“Os avanços conseguidos estão longe de ser suficientes”, lamentou Mario Raviglione, diretor do programa mundial de luta contra a tuberculose da OMS.

Assinalou que a doença “causa ainda 4.400 mortos por dia, um número inaceitável numa altura em que se pode diagnosticar e curar quase todos os doentes”.

Aberta a discussão
A proposta de Carta de Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários do Porto, que visa orientar os investimentos futuros nesta...

O documento foi elaborado por uma comissão em que participaram elementos designados pela Câmara Municipal e pela Administração Regional de Saúde do Norte e pode ser consultada no site institucional da Câmara do Porto, em http://www.cm-porto.pt/discucao-publica e os contributos enviados por email para [email protected]/.

A Carta de Equipamentos de Cuidados de Saúde resulta de um protocolo assinado em janeiro de 2014 entre a Câmara do Porto e a Administração Regional de Saúde do Norte para a realização do documento, identificando alternativas e prioridades do setor da saúde no Porto.

A elaboração de propostas que possam orientar os investimentos futuros nesta área incluiu a avaliação da organização da prestação de cuidados de saúde primários na cidade, nomeadamente utentes inscritos, profissionais existentes, unidades funcionais disponíveis, produção efetuada, necessidades atuais e futuras.

Foi realizada uma análise das instalações, com visitas a todos os locais, verificando a sua localização e caracterização, bem como a adequabilidade à prestação de cuidados de saúde, para além da verificação no terreno das alternativas existentes e a identificação das acessibilidades, em transporte público (autocarro e metro) e privado (vias e parques de estacionamento), bem como em deslocações a pé, para cada uma das localizações (atuais e eventuais futuras), para a identificação de constrangimentos.

Foi ainda feita uma proposta de substituição dos equipamentos considerados inadequados para a prestação de cuidados de saúde, com eventual calendário de execução e provável orçamentação.

Os responsáveis pela elaboração do documento explicam que o trabalho realizado “reflete a realidade da cidade e aponta soluções para os casos considerados mais graves em termos de instalações, programando uma visão sobre qual deverá ser a aposta em termos de investimentos futuros, condicionando (diríamos positivamente) a ação do(s) Governo(s) atual (e futuros)”.

Consideram que “era importante, nesta fase final e antes de se proceder a qualquer aprovação pelas partes envolvidas, proceder-se a uma ampla divulgação da proposta e a audição de todos os interessados, de forma a identificarem-se problemas não equacionados ou questões menos valorizadas, que possibilitem a melhoria do documento e que o mesmo possa contribuir para o envolvimento de todos na implementação das soluções propostas”.

O concelho do Porto dispõe de dois Agrupamentos de Centros de saúde (ACeS) que englobam oito centros de saúde, incluindo 35 unidades funcionais prestadoras de cuidados de saúde, distribuídas por 23 edifícios, dando resposta a 300.547 utentes, ou seja, a uma população cerca de 26% superior aos habitantes da cidade (Censos 2011).

Para concretizar os seus objetivos os ACeS possuem um mapa de pessoal com 693 elementos, sendo que 438 (cerca de 63%) estão afetos a Unidade de Saúde Familiar (USF)/Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP).

De acordo com os dados disponibilizados, 95,6% dos utentes frequentadores destes ACeS possuem médico de família.

Em termos de faixa etária destes utentes, verifica-se “uma população idosa significativa, que coloca problemas em termos da prestação de cuidados de saúde, exigindo um planeamento adequado dos serviços de saúde, nomeadamente quanto à localização e tipologia das unidades, bem como o apoio domiciliário requerido”, lê-se no documento.

A gestão dos profissionais de saúde, que existe nestes ACeS, com uma mediana de rácio de médico/utente de 1.757, bem como uma mediana de rácios de enfermeiro/utente e secretariado clínico/utente, com valores de 1.773 e 2.426, refletem de uma forma global “um excelente desempenho”, considera a comissão que elaborou a carta.

Na Galiza
O guineense que está internado num hospital da Galiza por suspeita de ter ébola entrou na Europa através do aeroporto de Lisboa...

O homem guineense, de 24 anos e residente em Espanha, deu entrada no Complexo Hospitalar Universitário da Corunha na tarde de terça-feira, onde lhe fizeram vários testes porque o quadro clínico que apresentava poderia ser compatível com uma infecção pelo vírus da ébola.

Hoje de manhã foi transferido para o Hospital Meixoeiro, em Vigo, a unidade de referência na Galiza para este tipo de casos.

O chefe de Medicina Preventiva do Complexo Hospitalar Universitário de Vigo, Víctor del Campo, declarou hoje aos meios de comunicação social na Galiza que o doente chegou no domingo a Lisboa, num voo procedente da Guiné. O jovem esteve a visitar a família na Guiné-Conacri durante cinco meses.

Foi na capital portuguesa - acrescentou - que o homem apanhou um autocarro até à Corunha, onde pretendia visitar a sua mulher e o filho recém-nascido.

Em conferência de imprensa, o sub-diretor geral de Informação sobre Saúde e Epidemiologia (governo regional galego), Xurxo Hervada, também confirmou esta versão, explicando que o homem chegou à Corunha na segunda-feira e que deu entrada nas urgências do Complexo Hospitalar Universitário da Corunha na terça-feira, às 15:00. Estava febril, com vómitos e diarreia e 45 minutos depois foi levantada a possibilidade de estar contagiado com o vírus Ébola.

Hervada acrescentou que os serviços demoraram "algumas horas" a confirmar os dados da viagem e do trajeto do doente a partir da Guiné-Conacri.

Víctor del Campo, por seu lado, afirmou que o "quadro clínico é bom" e que o guineense está "consciente" e colaborativo.

"O doente está clinicamente estável e já não tem vómitos nem diarreia", disse.

Caso se confirme que tem Ébola, o guineense poderá ser transferido para o Hospital Carlos III, ou o Hospital Gómez Ulla, ambos em Madrid, centros de referência para esta doença a nível nacional em Espanha. O transporte seria feito mediante um novo protocolo de segurança entre o Ministério da Saúde e a Xunta da Galiza (Governo regional), em ambulância especializada e por ar, com a colaboração da Força Aérea Espanhola (Ejército del Aire).

No entanto, caso a primeira amostra colhida se revelar negativa, as autoridades vão colher - por segurança - uma nova amostra para cultivo na quinta-feira. Assim, não deverá haver um diagnóstico definitivo sobre se o guineense tem ou não Ébola até à próxima sexta-feira.

O especialista também afirmou que já "foram identificadas" as pessoas que estiveram em contacto com o doente. Todas foram informadas das recomendações pertinentes nestes casos, afirmou Víctor del Campo, colocando a tónica nos profissionais de Saúde das urgências da Corunha.

"O risco para as pessoas que estiveram nas urgências da Corunha ao mesmo tempo do paciente é mínimo", assegurou a mesma fonte. Já quanto aos passageiros do autocarro em que viajou o guineense até à Galiza, os dois responsáveis informaram que não conseguiram tomar medidas, porque os bilhetes não continham os nomes dos mesmos.

Hervada acrescentou, no entanto, que as autoridades galegas estão a "trabalhar para identificar outros possíveis contactos".

O Ébola é um vírus que altera as células, danificando os vasos sanguíneos e as plaquetas. Os doentes ficam incapazes de coagular, o que provoca hemorragias internas e externas até lhes causar a morte. Trata-se de uma doença muito grave, com uma taxa de mortalidade que chega aos 90%.

Desconhece-se a sua origem, mas foi detetado pela primeira vez em 1976 no Sudão e na República Democrática do Congo, numa aldeia perto do rio Ébola, que assim deu o nome à doença.

Em Lisboa
A exposição internacional "Real Bodies", que apresenta mais de 350 órgãos e corpos humanos reais e que permite...

"Real Bodies - Descubra o corpo humano" é apresentada como a "maior e mais completa exposição de órgão e corpos humanos reais", organizada por uma empresa norte-americana e que já foi exibida noutras cidades, somando mais de 15 milhões de visitantes.

Em 2007, Lisboa acolheu uma exposição semelhante - com 17 cadáveres e 270 órgãos humanos conservados segundo a técnica de polimerização - que chegava a Portugal com um rasto de polémica e dúvidas sobre a origem dos corpos utilizados.

"Real Bodies", que também conta com corpos reais inteiros, apresentará corpos em várias posições anatómicas, órgãos afetados por doenças e ainda corpos de atletas durante a prática desportiva.

Tendões, ossos, músculos, pele, os aparelhos urinário e respiratório, tudo será mostrado nesta exposição que, lê-se na página oficial, "é adequada para todos os públicos".

Segundo a organização, os corpos utilizados na exposição "Real Bodies" são de cidadãos que viveram na China, morreram de causas naturais e, por não terem sido reclamados, foram entregues para estudo e investigação científica.

Em Portugal
A Maratona da Saúde, associação sem fins lucrativos, abre concurso, no âmbito da sua segunda edição dedicada à diabetes, para...

Os Prémios Maratona da Saúde 2015 para a Investigação em Diabetes, no valor total de 60 mil Euros, são o resultado dos donativos angariados durante o espetáculo televisivo anual da Maratona da Saúde, transmitido pela RTP em Março de 2015, e de outras iniciativas e apoios entre os quais o da Roche Diabetes Care, que financiará um dos prémios a serem atribuídos neste concurso.

O concurso para atribuição destes prémios está aberto para a comunidade científica até ao dia 27 de Novembro, e conta com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Os Prémios Maratona da Saúde foram criados com o objetivo de promover a investigação científica portuguesa em diferentes áreas da biomedicina. Nesta segunda edição, procuramos os melhores projetos na área da diabetes e incentivamos as candidaturas que contemplem parcerias entre instituições de investigação, sediadas em Portugal, e hospitais ou outras instituições de saúde, nacionais ou estrangeiras. Os Prémios destinam-se a investigadores e a médicos que se proponham a desenvolver um projeto de investigação autónomo sob sua responsabilidade numa instituição sediada em Portugal. Entre as mais de 80 candidaturas recebidas na primeira edição dedicada ao Cancro, foram atribuídos 4 prémios de investigação aos investigadores Ana Teresa Maia e Pedro Castelo Branco com projetos em cancro da mama no Centro de Biomedicina Molecular e Estrutural da Universidade do Algarve; a Peter Jordan com um projeto em cancro do cólon no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em Lisboa, e a Sónia Melo com um projeto em cancro do pâncreas no IPATIMUP, no Porto (http://www.maratonadasaude.pt/all-project-list/2014-o-cancro/).

A avaliação das candidaturas é realizada por um júri proposto pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, constituído por cientistas de reconhecido mérito internacional no domínio da biomedicina. Depois de seriados os melhores projetos a concurso, o Conselho Científico e a Direção da Maratona da Saúde validam a decisão do júri e terão a decisão final na atribuição dos prémios. O processo de avaliação e seleção é baseado em vários critérios, entre os quais o mérito científico dos candidatos e o impacto que o trabalho de investigação proposto poderá ter na descoberta de melhores tratamentos, cura e prevenção da diabetes. Um dos Prémios a ser atribuído será financiado pela Roche Diabete Care e terá a denominação de Prémio Maratona da Saúde/Roche Diabetes Care.

Em Março de 2015, o espetáculo solidário da Maratona da Saúde dedicado à Diabetes, transmitido em direto dos estúdios da RTP e pela RTP Internacional, contou com o apoio de milhares de Portugueses que se juntaram a esta causa, e com muitos parceiros que tornaram possível a organização deste evento. Durante as mais de 9 horas de emissão foram realizados milhares de donativos através de chamadas telefónicas para o número de valor acrescentado e para os Call Centers, gentilmente cedidos pela Fundação PT, os quais contaram com mais de 50 voluntários ao nível nacional. A Pricewaterhouse Coopers (PwC) também se juntou a esta maratona televisiva na auditoria de todos os donativos que foram efetuados.

“Agradecemos o contributo de todos os que tornaram possível realizar este espetáculo e agradecemos também a todos os portugueses que contribuíram com os seus donativos. O seu envolvimento comprova que acreditam na capacidade da ciência que se faz em Portugal e nas descobertas que abrem novos caminhos à prevenção, ao diagnóstico e às terapêuticas de doenças que não têm cura definitiva”, refere António Coutinho, Presidente da Maratona da Saúde.

Para além do evento televisivo, a Maratona da Saúde desenvolveu, ao longo da 2ª edição dedicada à Diabetes, um conjunto de iniciativas nas comunidades locais, sensibilizando para a importância da prevenção da doença e da investigação científica na descoberta de novos avanços. Entre estas, destacam-se o concurso Ciência em Cena, que decorreu em escolas de norte a sul do país em parceria com o Programa Descobrir da Fundação Calouste Gulbenkian, o torneio de golfe solidário na Quinta do Fojo, em Vila Nova de Gaia, a corrida Braga a Mexer, em Braga e a aula de Surf Solidária, em Faro. A Maratona da Saúde contou também com o apoio de várias empresas entre as quais a Roche Diabetes Care, que vai financiar um dos Prémios Maratona da Saúde, a MSD, a Saúde Cuf, a Novo Nordisk, a HMS Sports e a Silincode, que desde o início da edição se juntaram a esta causa. Refira-se ainda que a segunda edição da Maratona da Saúde contou com o apoio essencial de outros parceiros como o Instituto Gulbenkian de Ciência, a Cev Fiscalidade, a Lift Consulting, a Caixa Geral de Depósitos, a Vieira de Almeida, entre outros, e com o apoio institucional do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação e Ciência e com o alto patrocínio da Presidência da República para a Gala Solidária dedicada à diabetes.

Desde 2014, a Maratona da Saúde e a RTP + estão juntas numa iniciativa inédita em Portugal que visa, através de um espetáculo solidário anual de muitas horas (maratona televisiva), sensibilizar a sociedade e angariar fundos para a investigação biomédica, essencial no combate a doenças ainda sem cura. Em cada ano a Maratona da Saúde dedica-se a um tema, sobre o qual será delineado um plano de atividades. Depois da 1ª e 2ª edição dedicadas ao cancro e à Diabetes respetivamente, a 3ª edição que decorre de Junho de 2015 a Abril de 2016 é dedicada às Doenças Neurodegenerativas (Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla, E.L.A., Doença dos Pezinhos, entre outras) e pretende apoiar a investigação científica na área destas doenças ainda sem cura e, na sua maioria, com causas desconhecidas.

A Maratona da Saúde considera que permitir o avanço da ciência e do conhecimento em Portugal, contribui para uma sociedade mais informada, motivada e competitiva, capaz de integrar os pilares essenciais do progresso económico global.

Os donativos à Maratona da Saúde podem ser realizados ao longo de todo ano através de chamadas de valor acrescentado para o 760 20 60 90 (0,60€+IVA) ou do IBAN: PT50 0035 0413 00044189730 73 BIC SWIFT: CGDIPTPL.

Saiba mais em www.maratonadasaude.pt.

Médicos dizem
A imagem de rebeldia associada às tatuagens ficaram para trás, juntamente com antigos padrões baixos de higiene. Mas, apesar...

O texto, escrito por autores de dez diferentes países, incluindo EUA, Reino Unido e Alemanha, afirma que pouco se sabe sobre os riscos toxicológicos dos materiais usados nas tatuagens, escreve o Diário Digital.

De acordo com o artigo, apesar de as tintas modernas conterem principalmente pigmentos orgânicos, metais pesados ainda aparecem em algumas análises.

E mais: um estudo feito na Dinamarca e publicado no Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology apontou que seis de 58 embalagens de tinta lacradas estavam contaminadas com bactérias.

Segundo Christa De Cuyper, dermatologista do Hospital AZ St. Jan, em Bruges, na Bélgica, os requerimentos em relação às tintas na Europa são insuficientes para garantir um uso seguro.

Ela vai na mesma linha dos autores do artigo citado e diz que as tintas precisam de ser testadas quanto ao seu potencial de toxicidade, fototoxicidade, a migração das substâncias, o potencial cancerígeno e a possível conversão metabólica dos ingredientes das tintas. Mas, antes, afirma, é necessário ter um único padrão na Europa para assegurar a segurança das tatuagens, como uma lista de ingredientes e pigmentos seguros, por exemplo.

“Em muitos casos, os ingredientes nem sequer aparecem nos rótulos. Esse mercado é mal controlado”, afirmou De Cuyper no Congresso Europeu de Dermatologia, que ocorreu em Copenhaga.

A própria FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos nos EUA) admite que não exerce a sua atividade regulatória em relação às tintas para tatuagem por causa de outras prioridades relacionadas com a saúde pública.

A agência, porém, tem investigado a composição química das tintas e como estas são metabolizadas no corpo, a segurança delas a curto e longo prazo e como o corpo responde à interação da luz com as tintas, mas ainda não há esses dados.

Estudo
Tirar férias das bebidas alcoólicas de vez em quando pode ter efeitos significativos para a saúde a longo prazo. Segundo um...

O trabalho, realizado pelo hospital Royal Free, no Reino Unido, contou com 102 homens e mulheres na faixa dos 40 anos, que bebiam cerca de 29 unidades de álcool por semana. Cada unidade equivale a aproximadamente um copo pequeno de vinho ou uma lata de cerveja.

Os especialistas recomendam, segundo o Diário Digital, que as mulheres não ultrapassem três unidades por dia ou 14 por semana. Para os homens, o conselho é não beber mais de quatro unidades por dia ou 21 por semana.

Após quatro semanas de abstinência, os participantes da experiência apresentaram 40% menos gordura no fígado e três quilos a menos na balança. Além disso, a sua resistência à insulina havia diminuído 28%. Também relataram melhorias no sono e na concentração.

Os investigadores afirmam que os resultados reforçam experiências anteriores. E provam que, apesar de parecer pouco tempo, um mês de abstinência pode fazer uma enorme diferença para a saúde.

Estudo
Investigadores da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, descobriram uma possível forma para tratar a queda de cabelo...

O ruxolitinib, um medicamento usado nas doenças do sangue, e o tofacitinib, para a artrite reumatoide, inibem certas enzimas dos folículos capilares e estimulam-nos a produzir cabelo, revela um estudo publicado na revista científica Science Advances.

Os cientistas administraram doses destes fármacos em camundongos, escreve o Sapo. Os compostos fazem com que a família de enzimas Janus kinase, ou JAK, sejam bloqueadas, possibilitando o nascimento do pelo.

Foram alcançados ainda melhores resultados quando as drogas foram aplicadas diretamente na pele.

"Não existem muitos compostos que possam estimular o ciclo de crescimento dos folículos capilares tão depressa. Alguns agentes tópicos induzem tufos de cabelo aqui e ali semanas depois, mas poucos compostos têm um efeito rápido tão potente", comentou a principal autora da investigação Angela M. Christiano.

Os cientistas negam, contudo, ter encontrado uma cura. Os folículos capilares passam por alturas de atividade e de dormência e não se sabe se estas drogas atuam nesses períodos.

Este ano
Balanço, revelado na terça-feira, supera as médias registadas em 2013 e 2014.

A GNR revelou que, este ano, já morreram 40 mulheres portuguesas por violência doméstica, valor que supera as médias registadas em 2013 e 2014, no Relatório Anual da Segurança Interna, escreve a Rádio Renascença.

O comunicado do Núcleo de Investigação e de Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) do comando territorial de Lisboa da GNR, refere que "já morreram às mãos de parceiros ou familiares próximos, 40 mulheres portuguesas, provocando a existência de 122 crianças órfãs".

No ano passado, e de acordo com a então secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade Teresa Morais, tinham sido assassinadas 32 mulheres, em contexto familiar, até final de Novembro.

Números do observatório da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), divulgados no final do ano passado, referiam a morte de 40 mulheres em 2014, a maioria às mãos de atuais ou ex-companheiros, apontando ainda que 46 conseguiram escapar a tentativas de homicídio. Os números da UMAR resultam do tratamento de dados, recolhidos através dos casos de violência doméstica, noticiados na imprensa.

Em 2013, os dados do Relatório Anual da Segurança Interna apontavam para 40 homicídios conjugais, dos quais 30 eram mulheres.

O Núcleo tem-se dedicado a investigar processos relacionados com violência doméstica e maus-tratos e, nesse âmbito, realizou, desde o início do ano, 27 operações de busca, apreendendo 42 armas de fogo e 1.480 munições.

Além disso, realizou 27 detenções, que culminaram com a aplicação a estes suspeitos da medida de coação de prisão preventiva, e a retirada de 15 menores vítimas de maus-tratos por parte de familiares.

Estudo
Um estudo refere que a redução do consumo de açúcar pode melhorar a saúde em apenas nove dias. E que o açúcar faz mal,...

O açúcar faz mal. E não é pelo número de calorias ou por provocar aumento de peso. O açúcar faz mal… porque é açúcar. É o que diz um estudo publicado pela revista Obesity, que refere que o açúcar coloca muita pressão sobre o organismo, ao nível do metabolismo.

A investigação foi realizada com 43 crianças obesas com idade entre os 9 e os 18 anos no Hospital Pediátrico Benioff da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA e revela que cortar o consumo de açúcar durante apenas 9 dias produz resultados significativos na redução da pressão arterial e do colesterol, escreve o Observador.

Durante nove dias as crianças seguiram um plano alimentar que incluía vários snacks e bebidas, mas com um consumo de açúcar reduzido. Os níveis de açúcar foram reduzidos de 28 para 10% e os de frutose de 12 para 4% do total de calorias ingeridas. Nesse espaço de tempo, as crianças comeram a mesma quantidade de gorduras, proteínas e hidratos de carbono que comiam antes, mas o açúcar foi substituído por alimentos ricos em amido como cereais e massas. A dieta incluía também alimentos considerados menos saudáveis como cachorros quentes, batatas fritas e pizzas. O estudo pretendia isolar o efeito do açúcar, sem considerar as calorias, ou seja, o valor energético dos alimentos.

O objetivo da dieta não era a perda de peso mas avaliar o impacto da redução de açúcar na síndrome metabólica, um termo médico que designa um conjunto de fatores de risco – tais como a hipertensão, o colesterol e a obesidade – correlacionados com o desenvolvimento de doenças cardíacas, o acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes tipo II. As crianças que participaram no estudo para além de obesas tinham outro fator de risco, como a hipertensão.

A redução de consumo de açúcar, mesmo durante um curto período de tempo, teve um impacto significativo na melhoria da saúde das crianças: a tensão arterial baixou, os níveis de gorduras no sangue baixaram 33% e o “mau” colesterol (LDL) caiu 10%.

“Todos os parâmetros metabólicos melhoraram apenas com a substituição do açúcar por amido nos alimentos processados e tudo sem alterar a quantidade de calorias, o peso ou exercício”, disse Robert H. Lustig, o autor principal do estudo ao Telegraph.

Robert H. Lustig, pediatra e endocrinologista e um defensor de longa data dos malefícios do açúcar, reforçou que “este estudo demonstra que nem todas as calorias são iguais. A origem das calorias determina o sítio onde se acumulam no organismo.”

“As calorias do açúcar são as piores porque se transformam em gordura no fígado e provocam resistência à insulina e aumentam o risco de diabetes, doenças cardiovasculares e doenças do fígado,” reforçou Lustig.

As calorias não são todas iguais. E a ingestão de calorias não pode ser avaliada apenas em termos de quantidade, mas também em termos de qualidade e do seu impacto no corpo humano. Segundo o estudo, em termos metabólicos, é mais importante reduzir o consumo de açúcar que o consumo de calorias.

No Algarve
A unidade móvel de radiologia que entrou em funcionamento no Algarve vai permitir uma poupança financeira significativa e uma...

"A realização dos exames de radiologia digitais no local e o envio imediato das imagens para os centros de saúde confere maior segurança e melhor gestão de tempo dos profissionais", disse o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, João Moura dos Reis, durante a apresentação da unidade móvel no estabelecimento prisional de Silves, no Algarve.

Equipada com um sistema informático, a Unidade Móvel de Radiologia permite a transmissão dos dados clínicos diretamente através da rede 4G (tecnologia de quarta geração, que possibilita um maior número de utilizadores em simultâneo sem perda de eficiência) para os serviços hospitalares e centros de saúde.

De acordo com João Moura dos Reis, o sistema digital bem como todo o equipamento informático custou cerca de 500 mil euros, "investimento que irá gerar uma poupança significativa dos recursos financeiros e profissionais".

Além de flexibilizar o acesso aos dados clínicos, ao trabalhar em rede, o sistema possibilita aos profissionais de saúde a realização de “um número ilimitado de imagens de rastreio na unidade móvel de radiologia", destacou o responsável pela ARS do Algarve.

Na opinião de João Moura dos Reis, "contorna-se o procedimento anterior que implicava transferir fisicamente as imagens clínicas entre a unidade móvel e o centro de saúde, sem poder efetuar um diagnóstico imediato".

"Com este novo programa informático, o processo torna-se mais eficaz, imediato e racional em caso de deteção de patologias, tornando também a notificação médica e o tratamento do utente mais céleres", enfatizou.

Por seu turno, o diretor do estabelecimento prisional de Silves, Ricardo Torrão, destacou a importância do novo equipamento móvel, "porque implica a utilização de menos recursos humanos e menos deslocações, bem como uma resposta rápida na triagem de patologias como a tuberculose, para evitar a sua propagação".

"É efetivamente uma grande poupança em termos de recursos humanos e de despesas com as deslocações aos centros de saúde, sublinhou Ricardo Torrão acrescentando que "em média são efetuados entre 60 a 70 exames e rastreios mensais naquele estabelecimento prisional".

O presidente da ARS do Algarve disse ainda que o projeto-piloto ou seja, a Unidade Móvel de Radiologia da ARS do Algarve poderá no futuro ser utilizada no Alentejo, ao abrigo de um protocolo que está a ser preparado com a administração regional de saúde daquela região.

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