Relatório revela
O número de pessoas com diabetes a fazer rastreio a complicações nos olhos teve uma “redução preocupante” em 2014, de 17%, mas...

Os dados constam do relatório “Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2014”, que dá conta de que o número de pessoas rastreadas para a retinopatia diabética no âmbito dos programas de rastreio passou de 115.284 para 95.535, entre 2013 e 2014, o que significa que estes rastreios atingiram apenas 13% dos diabéticos registados nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No entanto, o número de pessoas com diabetes abrangidas pelos Programas de Rastreio da Retinopatia Diabética tem vindo a subir desde 2009, registando um aumento de 223% nestes anos.

Esta tendência verificada com o rastreio à retinopatia diabética é igualmente visível no número de pessoas identificadas para tratamento.

Em sentido contrário, o relatório regista um aumento da avaliação do “pé diabético”, outra das complicações da doença, e uma diminuição das amputações.

Em 2014, o número total de amputações dos membros inferiores, por diabetes, registou uma “quebra significativa”, que se encontra associada à diminuição das amputações major, “apresentando o valor mais baixo desde que existe informação disponibilizada” (ano 2000).

Segundo o relatório, o número total de amputações baixou de 1.782 em 2005 para 1.385 (menos 397), sendo que, no mesmo período, as amputações major caíram das 958 para 560 (menos 42%).

Em termos de internamentos hospitalares por “pé diabético”, o documento indica que em 2014 houve um decréscimo de 141 episódios, comparativamente com o ano anterior.

Presidente executiva diz
A Luz Saúde continua a analisar oportunidades de aquisição e mantém a expansão de forma orgânica, adiantou a presidente...

"Estamos numa lógica de expansão orgânica das unidades e das plataformas onde já estamos, mas também continuamos a analisar oportunidades de aquisição, como foi o caso do Hospital [Privado] de Guimarães", disse Isabel Vaz, à margem da apresentação do primeiro seguro individual de saúde oncológico lançado pela seguradora Fidelidade (Multicare), um ano depois desta ter adquirido a Luz Saúde.

Sobre os ativos em que a Luz Saúde possa estar interessada, Isabel Vaz nada revelou, mas disse que "há sempre um ‘pipeline'[projeto em estudo]".

Por outro lado, a presidente executiva da Luz Saúde acrescentou que "a Luz Saúde continua no seu projeto normal de expansão de forma orgânica", como foi anunciado ao mercado e como aconteceu no caso do Hospital da Luz ou no da clínica de Oeiras, que se vai transformar "num pequeno hospital de 30 camas".

O projeto foi aprovado pela Câmara de Oeiras e a Luz Saúde vai iniciar agora as obras.

Até 2018
A presidente executiva da Luz Saúde adiantou que o Hospital da Luz vai duplicar de tamanho até 2018 num investimento de cerca...

"O Hospital da Luz vai duplicar o seu tamanho nos próximos três anos, será o maior investimento feito na saúde privada em Portugal", disse a presidente executiva Luz Saúde, Isabel Vaz, durante a apresentação do primeiro seguro individual de saúde oncológico lançado pela seguradora Fidelidade (Multicare), um ano depois de ter adquirido a Luz Saúde.

Isabel Vaz anunciou que a expansão do hospital vai envolver um investimento de cerca de 100 milhões de euros nos próximos três anos e que "em termos de emprego vai envolver entre 1.000 a 1.200 empregos novos".

Os licenciamentos e projetos de arquitetura vão ser apresentados à Câmara de Lisboa até ao final do ano e as novas instalações começarão a abrir, de forma faseada, a partir de 2018.

"Vamos reequacionar [o hospital], vamos abrir áreas novas, fazer obras nas partes velhas, esperamos entre 2018 e 2019 ter tudo concluído", disse Isabel Vaz.

De acordo com a presidente executiva da Luz Saúde, a expansão desta unidade hospitalar reflete "a continuação da aposta no centro oncológico, que duplica de tamanho", assim como nos blocos operatórios, nos cuidados intensivos e nos intermédios.

"Trata-se da continuação da aposta em cuidados altamente diferenciados e complexos e, portanto, o hospital vai crescer no seu parque tecnológico e depois em termos de estrutura assistencial em camas mais complexas", reforçou, destacando as áreas oncológica, cardiovascular e das neurociências como as "três apostas fortíssimas do hospital".

As novas instalações irão também ter um centro de simulação, ensino e investigação.

Tenosynovial Giant Cell Tumor
Daiichi Sankyo, Inc. and Plexxikon Inc., a member of the Daiichi Sankyo Group, today announced that the U.S. Food and Drug...

Breakthrough Therapy Designation is designed to expedite the development and review of medicines that may demonstrate substantial benefit over currently available treatments in order to ensure that patients with serious diseases have access to new treatments as soon as possible. Currently, there is no FDA-approved systemic therapy for the treatment of TGCT.

“Surgery is the primary treatment for TGCT, but for patients with a diffuse form of the condition, the tumor is more difficult to remove and has a high rate of recurrence, resulting in multiple complicated surgeries and even amputation in some patients,” said Mahmoud Ghazzi, MD, PhD, Executive Vice President and Global Head of Development for Daiichi Sankyo. “We are pleased that the FDA recognizes the unmet need for the treatment of TGCT and we look forward to working closely with the Agency on the expedited development of this potential non-surgical treatment for patients with TGCT.”

The Breakthrough Therapy Designation was granted based on results from an extension cohort of a single-arm, multi-center phase 1 study that assessed the safety and efficacy of pexidartinib. Results of this study were published in the July 30, 2015 issue of The New England Journal of Medicine.1

“The responses seen in our ongoing phase 1 study provided initial proof-of-concept that selective CSF-1R inhibition with pexidartinib may safely and effectively reduce tumor burden in patients with TGCT, providing the rationale to move directly into a phase 3 clinical trial,” said Gideon Bollag, PhD, Chief Executive Officer of Plexxikon. “This Breakthrough Therapy Designation represents another significant milestone in our commitment to develop novel targeted agents that address unmet medical needs in rare conditions such as TGCT.”

A pivotal, phase 3 study of pexidartinib called ENLIVEN is currently enrolling patients with symptomatic TGCT for whom surgical removal of the tumor would be associated with potentially worsening functional limitation or severe morbidity. More information about ENLIVEN is available at https://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02371369.

The most common treatment-related adverse events seen in the ongoing Phase 1 study of pexidartinib included fatigue, hair color changes, nausea, dysgeusia (abnormal taste), and periorbital edema (swelling around the eyes), which rarely led to drug discontinuation. Treatment-related severe adverse events included fatigue, diarrhea, anemia, hyponatremia, elevated liver enzymes and neutropenia.

About TGCT
Tenosynovial giant cell tumor (TGCT) – a group of neoplasms including pigmented villonodular synovitis (PVNS) and giant cell tumor of the tendon sheath (GCT-TS) – is a rare, usually non-metastatic tumor that affects the synovium-lined joints, bursae, and tendon sheaths, resulting in swelling, pain, stiffness and reduced mobility in the affected joint or limb.2 It is estimated that TGCT has an annual incidence of 11 cases per million.3 Patients are commonly diagnosed in their 20s to 50s,4 and depending on the type of TGCT, women can be up to twice as likely to develop a tumor as men.5

Primary treatment of TGCT includes surgery to remove the tumor, but in patients with a diffuse form where it can wrap around bone, tendons, ligaments and other parts of the joint, the tumor is more difficult to remove and may require multiple surgeries or joint replacement, eventually advancing to the point where surgery is no longer an option and amputation may be considered. It is estimated that the rate of recurrence in the diffuse form of the disease can be about 45 percent or higher in some case series.6

About Pexidartinib (PLX3397)
Pexidartinib is an investigational novel, oral small molecule that potently and selectively inhibits CSF-1R (colony stimulating factor-1 receptor), which is a primary growth driver of abnormal cells in the synovium that causes TGCT. Pexidartinib has not been approved by the U.S. Food and Drug Administration (FDA) or any other regulatory authority for uses under investigation.

In addition to Breakthrough Therapy Designation, pexidartinib has been granted Orphan Drug Designation by the U.S. Food and Drug Administration (FDA) for the treatment of PVNS and GCT-TS. Pexidartinib also has received Orphan Designation from the European Commission for the treatment of TGCT.

Pexidartinib is being evaluated in several other potential clinical indications including glioblastoma, melanoma, ovarian and breast cancer as well as in combination with anti-PD-1 therapy, pembrolizumab, for advanced melanoma and other multiple solid tumors. Pexidartinib also is being studied in the I-SPY 2 TRIAL, a collaborative research effort studying the effects of adding specific investigational drugs to standard chemotherapy prior to surgery in women with newly diagnosed, locally advanced breast cancer.

About Daiichi Sankyo Oncology
Daiichi Sankyo is focused on the discovery and development of novel oncology agents with the goal of delivering first-in-class and best-in-class treatments that address unmet medical needs. The oncology pipeline of Daiichi Sankyo continues to grow and currently includes both small molecules and monoclonal antibodies with novel targets in both solid and hematological cancers.

Daiichi Sankyo currently has four compounds in phase 3 clinical development in the U.S. each with a unique mechanism of action with three focusing on rare or orphan indications. These investiational compounds include quizartinib, an oral FLT3 inhibitor, for relapsed or refractory FLT3-ITD-positive acute myeloid leukemia (AML); pexidartinib (PLX3397), an oral CSF-1R inhibitor, for tenosynovial giant cell tumor (TGCT) being developed with Plexxikon, a member of the Daiichi Sankyo Group; tivantinib, an oral MET inhibitor, for second-line treatment of hepatocellular carcinoma in partnership with ArQule, Inc.; and patritumab, a HER3 monoclonal antibody, for non-small cell lung cancer.

About Plexxikon
Plexxikon, a member of the Daiichi Sankyo Group since April 2011, is a leader in the structure-guided discovery and development of novel small molecule pharmaceuticals to treat human disease. The company’s drug Zelboraf® (vemurafenib/PLX4032) was approved by the FDA in 2011, and is being co-promoted in the U.S. by Daiichi Sankyo Inc. and Genentech. Plexxikon is developing a portfolio of preclinical and clinical stage compounds to address significant unmet medical needs in oncology and other therapeutic areas. Plexxikon’s Scaffold-Based Drug DiscoveryTM platform integrates multiple state-of-the-art technologies, including structural screening as a key component that provides a significant advantage over other drug discovery approaches.

About Daiichi Sankyo, Inc.
Daiichi Sankyo Group is dedicated to the creation and supply of innovative pharmaceutical products to address diversified, unmet medical needs of patients in both mature and emerging markets. With over 100 years of scientific expertise and a presence in more than 20 countries, Daiichi Sankyo and its 17,000 employees around the world draw upon a rich legacy of innovation and a robust pipeline of promising new medicines to help people. In addition to its strong portfolio of medicines for

hypertension, dyslipidemia, bacterial infections, and thrombotic disorders, the Group’s research and development is focused on bringing forth novel therapies in cardiovascular-metabolic diseases, pain management, and oncology, including biologics. For more information, please visit: www.daiichisankyo.com. Daiichi Sankyo, Inc., headquartered in Parsippany, New Jersey, is a member of the Daiichi Sankyo Group. For more information on Daiichi Sankyo, Inc., please visit www.dsi.com.

References:
1 Tap WD, et al. N Engl J Med. 2015;373:428-37.
2 Rao AS, et al, J Bone Joint Surg AM. 1984;66(1):76-94.
3 Myers BW, et al. Medicine (Baltimore). 1980;59(3):223-238.
4 Verspoor FGM, et al. Future Oncol. 2013;10:1515-31.
5 Ravi V, et al. Curr Opin Oncol. 2011;23:361-66.
6 Verspoor, FGM, et al. Rheumatology. 2014;53:2063-70.  

Conselhos do Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
Numa altura em que assistimos à descida das temperaturas e o Inverno se aproxima, o Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade...

João Gorjão Clara, coordenador do Núcleo de Estudos de Geriatria (GERMI), afirma que estes conselhos são válidos para todos os idosos mas em particular para os doentes crónicos. “A doença coronária, a insuficiência cardíaca, a hipertensão, a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e diabetes podem agravar-se quando as temperaturas estão mais baixas. Adotar uma atitude preventiva pode ajudar estes doentes a evitar complicações das suas patologias que podem levar a internamentos prolongados ou mesmo à morte”.

Estes “Cinco mandamentos” passam pela alimentação, vacinação e exercício, entre outros.

1) Comer de forma equilibrada e hidratar-se – Uma alimentação equilibrada, repleta de frutas, vegetais e fontes de proteína ganha maior importância durante o Inverno. O corpo precisa das calorias dos alimentos para manter a temperatura e das vitaminas das frutas e vegetais para combater as infeções. E beber 1,5 l de água por dia é tão importante como comer adequadamente. Esta água pode ser ingerida na forma de chás, infusões, sopas ou caldos. Dar preferência a bebidas quentes, ajuda a manter o calor corporal. Por outro lado, deve evitar-se a ingestão de bebidas alcoólicas, que dão uma falsa sensação de calor, mas na verdade fazem com que o corpo perca temperatura pois provocam a dilatação dos vasos sanguíneos.

2) Vestir roupa e calçado quente e com bom isolamento térmico – Quando está frio deve procurar preservar a temperatura corporal, evitando a exposição prolongada ao frio e vestindo roupa confortável e quente antes de sair de casa. Proteger a cabeça e pescoço com gorros e cachecóis é essencial, bem como luvas para proteger as mãos. As peças de lã e tecidos sintéticos que geram calor (como as malhas polares) devem ser os escolhidos para esta altura do ano. A escolha de sapatos também deve ser particularmente criteriosa no Inverno. Devem ser quentes, impermeáveis, fáceis de apertar (velcro e fechos em vez de atacadores, que podem soltar-se e provocar quedas) e com solas antiderrapantes. As solas de borracha devem evitar-se pois escorregam no chão húmido.

3) Vacinar-se é fundamental – A vacinação contra as infeções respiratórias é primordial, em particular para os idosos portadores de doenças crónicas. As vacinas da gripe e da pneumonia são as mais recomendadas e ajudam o sistema imunitário a criar resistência a estas infeções. Em Portugal está também disponível a vacina para a zona, uma infeção que se manifesta na pele por uma reativação do vírus que provoca a varicela. Por vezes, com a idade ou por alguma fragilidade do sistema imunitário (o que é vulgar acontecer no inverno), o vírus pode reativar-se sob a forma de zona.

4) Exercício físico em vez da braseira – O exercício físico recomenda-se não só porque contribui para a manutenção da integridade dos movimentos e para a saúde cardiovascular mas também porque produz calor e ajuda a manter a temperatura corporal. As caminhadas são uma boa opção mas muitas vezes difíceis de concretizar no Inverno devido ao frio e chuva. Para manter a atividade física, faça exercício em casa, subindo e descendo escadas, caminhando no corredor ou adquirindo uma pedaleira, por exemplo. O calor gerado pelo exercício é preferível aos sistemas de aquecimento, que são uma das maiores ameaças à segurança dos mais velhos nos dias mais frios. Utilize com cuidado as lareiras e todos os sistemas de aquecimento que libertem monóxido de carbono, mantendo sempre a casa bem ventilada. As braseiras nunca deverão ser utilizadas. Já mantas e cobertores são sempre uma boa opção.

5) Atenção à medicação – Sempre que o seu médico lhe receitar um medicamento, faça perguntas. Como se chama, para que serve, qual é o efeito, como se toma, quanto tempo dura o tratamento e se há efeitos secundários a ter em conta. Este conselho é válido para o ano inteiro, mas em particular para o Inverno. Se tem uma doença crónica e toma medicamentos diariamente, tenha essa medicação em conta antes de tomar qualquer outro fármaco. Até uma simples aspirina tomada para combater os sintomas de um resfriado pode ter consequências indesejáveis para quem toma medicamentos anticoagulantes, por exemplo. Visite o seu médico assistente sempre que necessário. Se o tempo frio trouxer uma constipação ou mais dores articulares não ignore estes sintomas. O seu médico pode ajudá-lo a passar este Inverno com mais saúde.

O impacto no apetite e a relação com a qualidade da dieta
A tendência humana para os sabores doces é inata e é fortemente influenciada por fatores genéticos e étnicos e experiências...

Na 12ª Conferência Europeia sobre Nutrição, o foco no sabor doce levou os especialistas de todo o mundo a discutir como podemos condicionar o nosso gosto por alimentos doces no contexto da nossa alimentação e da nossa saúde.

O simpósio “Sabor adocicado: a ciência por trás da preferência dos sabores doces, e o seu efeito sobre o apetite, controle de peso e a qualidade da alimentação”, reuniu os principais especialistas em psicologia, nutrição e ciências comportamentais para apresentar as mais recentes conclusões sobre alimentos doces baixos em calorias e debater se os adoçantes de baixas calorias podem ajudar a satisfazer o nosso desejo por sabores doces sem calorias adicionadas.

Na sua apresentação, o professor Dr. Fred Brouns, Presidente de “Health Food Innovation”, da Universidade de Maastricht, reconheceu que os meios têm prestado muita atenção às posições científicas aparentemente conflituantes relacionadas com o impacto de adoçantes de baixas calorias no nosso metabolismo, de forma que o objetivo do simpósio foi o de aprofundar o conhecimento e evidência científica atual, para que os nutricionistas e outros profissionais de saúde possam confiar na função dos adoçantes de baixas calorias, hoje em dia.

Atendendo especificamente ao nosso desejo por sabores doces, a Dra. France Bellisle concluiu que, após mais de 30 anos de pesquisa (estudos observacionais e ensaios clínicos randomizados, de curto e longo prazo, em crianças e adultos), "os adoçantes de baixas calorias não aumentam o nosso apetite por doces, pelo contrário as evidências sugerem que, na verdade, levam a uma diminuição do apetite por produtos doces."

O professor Peter Rogers apresentou os resultados do seu estudo, publicado online no International Journal of Obesity em Setembro de 2015, em que analisava todos os estudos relacionados com os efeitos do consumo de adoçantes baixos em calorias sobre o consumo de energia e peso corporal. Como refere o professor Rogers, “os dados disponíveis indicam claramente que o consumo de adoçantes de baixas calorias, em vez de açúcar, em crianças e adultos, conduz a uma redução no consumo de energia e o peso corporal, possivelmente também em comparação com a água".

Com base nas conclusões dos médicos Bellisle e Rogers, Sigrid Gibson apresentou os resultados de estudos internacionais sobre a qualidade da dieta em consumidores de adoçantes de baixas calorias. Estes resultados, juntamente com o trabalho recente a partir de dados do Inquérito Nacional do Reino Unido sobre Dieta e Nutrição (NDNS) sugerem pontuações superiores em índices de alimentação saudável entre os consumidores de bebidas de baixo teor calórico com adoçante em comparação com bebidas açucaradas com açúcar, o que demonstra que "tendem a seguir dietas de qualidade superior, incluindo mais frutas e vegetais, cereais integrais, produtos lácteos com pouca gordura e alimentos com menos gorduras e açúcares”.

Vários estudos científicos confirmam que adoçantes de baixas calorias são úteis e até mesmo benéficos para a dieta atual. "Adoçantes de baixas calorias não são comprimidos mágicos, mas representam uma ferramenta útil para a gestão de peso sem sacrificar o agradável sabor doce", refere Sigrid Gibson. Ao proporcionar um sabor doce sem calorias, as opções de adoçantes de baixas calorias podem contribuir de forma útil para que as pessoas tomem decisões informadas, ajudando-as a conseguir uma dieta saudável e um estilo de vida equilibrado.

Aberto caminho a transplantes
A Comissão de Ética para as Ciências da Vida de Macau aprovou os critérios e diretrizes que determinam a morte cerebral, uma...

As diretrizes, acordadas a 30 de outubro, foram submetidas a homologação do chefe do Executivo, revelaram os Serviços de Saúde, em comunicado.

Os novos critérios, que ainda não são conhecidos, fixam, pela primeira vez, que uma pessoa pode morrer sem haver morte cardíaca, permitindo que se faça, então, o transplante dos órgãos ainda viáveis.

Na mesma reunião, a Comissão de Ética discutiu também o transplante de órgãos e a procriação medicamente assistida, concordando que, tendo em conta que “os temas envolvem questões de ética e moral”, é necessário avançar com legislação de modo a evitar “a ocorrência de atos imorais e infrações”.

Enfermeiros
O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros elogiou os profissionais que mais empenhadamente procuram a melhoria dos cuidados que...

“É nosso compromisso defender uma profissão que zela pela qualidade dos cuidados prestados à população. É isso que o cidadão espera de nós – confiança na nossa profissão”, sublinhou o Enfº Germano Couto.

O Bastonário participava em Condeixa-a-Nova no colóquio de encerramento do concurso Cuidar, que premeia projetos de melhoria dos cuidados de enfermagem realizados em instituições dos distritos de Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Guarda, Leiria e Viseu.

“Não nos podemos esquecer que o enfermeiro é uma das personagens principais do palco da Saúde. É ele que está ao lado do cidadão, nos bons e nos maus momentos, para prevenir a doença e promover a saúde”, observou.

Na sua perspetiva, o concurso Cuidar, organizado pela Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE), incide sobre os princípios enformadores dos Padrões de Qualidade de Enfermagem, e cumpre desígnios da Ordem, de promover o intercâmbio de ideias, experiências e conhecimentos científicos entre os seus membros e entidades congéneres.

“Aqui temos mais um exemplo em como a OE promove concursos de boas práticas, de melhoria da qualidade das unidades de Saúde. É este espírito de iniciativa, empenho e dedicação a projetos que visam a excelência do Cuidar que faz a diferença e dá um contributo decisivo para o desenvolvimento e valorização da Enfermagem”, concluiu o Bastonário Enfª Germano Couto.

A Presidente do Conselho Diretivo Regional da SRC lembrou que o concurso teve como principal objetivo incentivar, não só a implementação e desenvolvimento de programas de melhoria contínua, mas também criar um espaço de partilha entre os enfermeiros da Região Centro.

“Vários são os caminhos que conduzem ao progressivo reconhecimento e valorização da profissão. Não há caminhos únicos nem fórmulas mágicas. É a intervenção de cada um de nós, nos nossos locais de trabalho, nos contextos onde participamos enquanto enfermeiros e enquanto cidadãos que criam valor para a profissão”, sublinhou a Enfª Isabel Oliveira.

Na sua perspetiva, cuidar não é só um fim, mas também um percurso em constante evolução.

“O concurso Cuidar pretende premiar, não só quem se compromete com os outros, mas os enfermeiros que, para além disso, se comprometem com a Enfermagem”, concluiu.

O Presidente do Conselho de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros, outro dos oradores na sessão inaugural, elogiou o trabalho desenvolvido pelos colegas da SRC, e os enfermeiros que se empenharam em realizar projetos de melhoria dos cuidados de enfermagem prestados aos cidadãos.

Nesta filosofia de melhoria dos cuidados de enfermagem, na ótica do Enfº José Carlos Gomes, estão muitas das soluções para os problemas que enfrenta atualmente o setor da Saúde em Portugal.

O Prémio Cuidar, na sua versão final, depois das edições de 2012, 2013 e 2014, a contemplar dois distritos da Região Centro de cada vez, distingue com 2000 euros o melhor projeto.

Ao concurso final apresentaram-se Reabilitar + (Hospital de Sousa Martins da ULS da Guarda, EPE), Promoção e Educação para a Saúde na Escola Secundária/3 Quinta das Palmeiras, Covilhã (UCSP Covilhã), Cuidar de Quem Cuida (CQC) (Unidade de Cuidados na Comunidade de Oliveira de Azeméis - UCCOAz) e Registos com Linguagem CIPE na Consulta de Enfermagem de Saúde Materna (Unidades Funcionais dos Centros de Saúde de Estarreja, Murtosa e Ovar do ACeS Baixo Vouga).

RelaxARTE (Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental, Centro Hospitalar do Baixo Vouga), Aprender SBV para Salvar…início de um percurso (Centro Hospitalar do Oeste, Caldas da Rainha - S. Pediatria – Urgência Pediátrica), Literacia e Educação Terapêutica: Capacitar a pessoa com diabetes tipo 2 a lidar com a sua condição de saúde (UCSP de Eiras – ACeS Baixo Mondego) e Assistência personalizada pelo enfermeiro ESMO em Bloco de Partos (Bloco de Partos do Centro Hospitalar de Leiria, EPE), são os restantes concorrentes.

DGS
O Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas, elaborado para prevenir e minimizar os efeitos negativos do frio...

Este plano da Direção-Geral da Saúde (DGS) apresenta “orientações estratégicas que permitem preparar e adequar a resposta dos serviços de saúde e dos cidadãos, perante a perspetiva de ocorrerem condições meteorológicas adversas de frio extremo ou um aumento da incidência de infeções respiratórias”.

Mais camas hospitalares, o adiamento de cuidados não urgentes e altas de casos sociais são algumas das medidas previstas pelo Módulo Inverno deste plano, que decorre até 31 de março.

Entre as medidas de saúde pública definidas no documento está “o reforço das medidas de higiene das mãos, aplicável ao público e aos profissionais de saúde e o aconselhamento aos doentes com infeções respiratórias, nomeadamente com síndrome gripal, a adoção de medidas de ´distanciamento social`”.

A DGS reitera a importância da vacinação contra a gripe, tendo definido como objetivo “vacinar, pelo menos, 60% dos cidadãos com 65 ou mais anos de idade”.

Ao nível da prestação dos cuidados de saúde, e no que diz respeito ao ambulatório, o plano determina, entre outras medidas, a “adequação da oferta de consultas (em espaço dedicado, se necessário)”, mediante a “adequação dos horários da consulta aberta ou de recurso” e do “número de consultas para pedidos no próprio dia”.

No internamento, a autoridade de saúde defende uma “adequação da capacidade instalada”, através de “camas suplementares, o adiamento de cuidados não urgentes e altas de casos sociais, se necessário” e o “reforço das medidas de controlo de infeção”.

Está igualmente definido que as instituições devem prever a “necessidade de expansão da área de internamento”.

Coimas até 44 mil euros
A partir de 1 de Novembro passou a ser proibida a publicidade enganosa em saúde, estando previstas coimas superiores a 44 mil...

O novo decreto-lei que estabelece o regime jurídico a que devem obedecer as práticas de publicidade em saúde estabelece os princípios gerais que a publicidade nesta área deve cumprir, enuncia as práticas consideradas enganosas neste âmbito e prevê coimas que começam nos 250 euros e podem ultrapassar os 44 mil euros.

Com o novo diploma, passam a ser proibidas todas as práticas enganosas que descrevam o ato ou serviço como “grátis”, “gratuito”, “sem encargos”, “com desconto” ou “promoção”, mas também aquelas que de algum modo pretendam promover um ato ou serviço diferente do publicitado.

Ficam também proibidas as práticas de publicidade em saúde que sejam suscetíveis de induzir em erro o utente quanto às características principais do ato ou serviço, designadamente através de menções de natureza técnica e científica sem suporte de evidência.

É ainda passível de coima a publicitação de expressões de inovação ou de pioneirismo sem prévia avaliação das entidades com competência no sector, bem como as práticas que se refiram falsamente a garantias de cura ou de resultados sem efeitos adversos ou secundários.

A publicitação de atos e serviços de saúde como prémio, brinde ou condição de prémio, no âmbito de concursos, sorteios ou outras modalidades no género passam também a ser ilegais.

À Entidade Reguladora da Saúde cabe o papel de fiscalizar, instruir processos e decidir da aplicação de coimas e sanções acessórias para os infratores.

Nutrição
Com a chegada do Outono, o nosso sistema imunitário começa a deixar de conseguir fazer frente a toda

O sistema imunitário é o sistema responsável por combater os micro organismos invasores que podem afetar o bom funcionamento do nosso organismo.

É constituído por certos tipos de leucócitos, sobretudo linfócitos, e também por órgãos onde ocorre a formação, amadurecimento e multiplicação desses leucócitos.

As células que fazem parte do sistema imunitário são os neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos T, linfócitos B, células NK, macrófagos, mastócitos e monócitos.

Os nutrientes que têm vindo a ser apontados como responsáveis por um sistema imunitário forte são a vitamina A, C, E e B6, cobre, ferro e zinco.

Deste modo, os alimentos como açúcares refinados, álcool, fritos, aditivos alimentares, fontes de gorduras saturadas e trans e cereais refinados, estão fora desta lista.

Os alimentos que estimulam e fortalecem o sistema imunitário são sobretudo os legumes, frutas, sementes e peixe uma vez que são ricos em nutrientes que ajudam na formação das células que constituem o sistema imunitário.

Para que possa reequilibrar o seu organismo deixamos-lhe aqui uma pequena lista de alimentos que o vão tornar mais resistente a certos vírus:

  1. Alho: o selénio tem um efeito poderoso no nosso sistema imunitário. Pode ser encontrado, para além do alho, no atum, sardinha e brócolos, entre outros.
  2. Cogumelos: para além de selénio, os cogumelos são ricos em antioxidantes e contém vitaminas B – como riboflavina e niacina – que fortalecem o sistema imunitário. Alguns estudos mostram que os cogumelos têm ainda um efeito antiviral, antibacteriano e anti tumoral.
  3. Couve: este é um alimento barato, que facilmente se encontra no Inverno, e que está cheio de glutamina e vitamina C. Procure adicionar este alimento à sua dieta alimentar, por exemplo, em sopas ou nos refogados. E quem fala de couve, falar de outros vegetais de folhas verdes, como os espinafres ou couves de bruxelas, por exemplo.
  4. Ervilhas: ricas em ácido fólico e vitamina B12 que atuam independentemente na formação dos glóbulos vermelhos normais e na produção de um componente essencial do ADN, a timidina. A carência de uma destas vitaminas pode provocar uma anemia grave. Fígado, espargos, ovos, salmão, leite e queijo são alguns exemplos de alimentos ricos em ácido fólico e vitamina B12.
  5. Amêndoas: constituídas por vitamina E, riboflavina e niacina, são o alimento perfeito para o ajudar a combater stress.
  6. Chá: o chá preto e o chá verde contêm polifenóis e flavonóides, antioxidantes que potenciam o sistema imunitário, ao combaterem espécies reativas de oxigénio (tóxicas para o metabolismo normal das nossas células).
  7. Batata-doce: não só as batatas-doces mas também as cenouras têm β-carotenos e vitamina A, que possuem um efeito antioxidante ajudando a combater o envelhecimento e reduzindo o aparecimento de alguns tipos de cancro.
  8. Iogurte magro: rico em vitamina D pode ser uma arma contra constipações e gripes.
  9. Ostras: ricas em zinco, este nutriente costuma ser responsável por ter efeito afrodisíaco e estimular o sistema imunitário. O zinco também protege o organismo por ter ação antioxidante, diminuindo a quantidade de radicais livres em nosso corpo. Pode ser encontrado em outros alimentos como as nozes, castanhas, feijão, aveia ou arroz integral. 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Eu pego? Não pego?
Enquanto consumidor deve saber distinguir se há benefícios para a saúde nos produtos que diariamente

Ultimamente tem-se assistido na televisão portuguesa ao crescimento acentuado de anúncios a suplementos alimentares (vitaminas e minerais) que prometem acabar com as dores articulares, regenerar a cartilagem, curar a osteoporose, etc.

Muitas pessoas questionam-se sobre a real eficácia dos ditos produtos. Frequentemente baseiam a sua atitude e avaliação na experiência de alguém conhecido, ou do conhecido de um conhecido, ao invés de profissionais de saúde.

Neste artigo abordarei alguns aspetos deste problema, apontando algumas formas de o cidadão tentar avaliar convenientemente estas situações.

O “filtro” científico por profissionais de saúde ao acesso a medicamentos reduziu significativamente desde 2005, ano em que foi liberalizado o mercado de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica. Sabe-se hoje que, só nos últimos cinco anos, a venda deste tipo de medicamentos mais do que duplicou em Portugal1. Está, inclusivamente, neste momento em discussão o alargamento dos pontos de venda destes medicamentos, por exemplo a quiosques e gasolineiras...

Como diferenciar o que é credível, ou não? Consulte um profissional de saúde
A principal questão que se coloca é como pode o cidadão comum, sem conhecimento específico na área da saúde, diferenciar se determinado produto é credível ou não?

Esta não é uma tarefa fácil, sendo que até os profissionais de saúde precisam, quer de treino acrescido em metodologia científica, quer de sentido crítico para conseguir interpretar os resultados dos estudos publicados em revistas científicas.

Ao contrário do que muitas pessoas possam pensar, nem todos os artigos publicados nestas revistas são credíveis. Algumas delas possuem uma “capa” de cientificidade mas integram empresas recentes, de credibilidade duvidosa e centradas no negócio em detrimento da ciência. Nestas é possível, a troco de 2000-3000€, publicar de forma relativamente fácil (não me refiro ao pagamento de taxas para disponibilizar os artigos de forma gratuita na internet)2,3. Como tal, o primeiro e principal conselho que dou ao cidadão é para consultar um profissional de saúde antes de comprar estes medicamentos.

 Muitas vezes existem suplementos muito mais baratos e que passam por processos de produção muito mais rigorosos. Não se esqueça que nenhum produto é inócuo. Também por isso deverá referir a toma de “produtos naturais” quando lhe é pedido que informe da sua “lista de medicamentos”.

Deve ter ainda em mente que a informação transmitida na TV e noutros meios de comunicação (revistas, internet, etc.) é cada vez mais “cuidadosa e trabalhada”.

Verdadeiros apenas 23% dos anúncios a medicamentos na TV americana
Numa análise à veracidade do conteúdo das mensagens e slogans publicitários de anúncios a medicamentos na TV Americana, constatou-se4 que apenas 23% dos anúncios a medicamentos de venda livre eram objetivamente verdadeiros, 60% eram potencialmente enganadores e 17% eram falsos. De sublinhar que os Estados Unidos da América são dos poucos países no mundo onde a publicidade a medicamentos que necessitam de receita médica é também possível. Contudo, o debate alarga-se já a vários outros países, nomeadamente ao Brasil#.

Seja um consumidor informado. Saiba interpretar os anúncios da TV
Assim, a melhor maneira de se proteger contra produtos e serviços de saúde questionáveis é ser um consumidor informado. Existem alguns sinais de alarme que deverá avaliar em termos de técnicas de venda e publicidade, nomeadamente se5:

  • O vendedor promete resultados imediatos, garantidos e sem esforço;
  • O anúncio contém palavras como “revolucionário”, "milagroso", "especial" ou "segredo" – estes termos são utilizados para apelar às suas emoções e não são terminologias médicas ou científicas;
  • O produto ou serviço é um "remédio secreto" ou uma “descoberta recente” que não encontrará em qualquer outro lugar;
  • O produto é promovido como "natural", afirmando que vai ajudar a "desintoxicar", "revitalizar" e "purificar" o seu corpo;
  • O produto é promovido por figuras públicas destacadas;
  • O vendedor reivindica que o produto é eficaz para uma larga variedade de doenças, um "cura tudo" – quanto mais amplas as indicações, menos provável é que sejam verdadeiras;
  • Os anúncios apresentam depoimentos ou estórias de pessoas que foram "curadas";
  • O vendedor afirma que o produto está disponível em quantidades limitadas e apela à rapidez na compra, ou oferece vantagens (como o “dois por um”) a quem ligue primeiro;
  • Existe a promessa de satisfação total e de "garantia de reembolso".

O conselho final que reitero é de que procure o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro para se aconselhar e encontrar soluções para o seu problema, que vão frequentemente além de medicamentos/suplementos.

Referências bibliográficas:
# Pode assistir a um debate televisivo muito interessante sobre “Propaganda de Medicamentos” em http://tvbrasil.ebc.com.br/vertv/episodio/propaganda-de-medicamentos
[1] “Consumo de MNSRM mais do que duplicou”. SIC Notícias (25/07/2015). Acessível em http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-07-25-Consumo-de-medicamentos-de-venda-livre-duplicou-desde-2010-
[2] van Noorden, R. (2013). Open access: The true cost of science publishing: Cheap open-access journals raise questions about the value publishers add for their money. Nature, 495, 426–429 (28 March 2013). Dísponível em http://www.nature.com/news/open-access-the-true-cost-of-science-publishing-1.12676
[3] “Quanto custa publicar em acesso aberto?”. SciElo em Perspectiva (18/09/2013). Disponível em http://www.ufrgs.br/bibicbs/noticias/quanto-custa-publicar-em-acesso-aberto
[4] Faerber, A.E. e Kreling, D.H. (2014). Content analysis of false and misleading claims in television advertising for prescription and nonprescription drugs. J Gen Intern Med, 29(1): p. 110-8. Disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3889958/
[5] Bellows, L. e Moore, R. (2013). Nutrition Misinformation: How to Identify Fraud and Misleading Claims. Disponível em http://www.ext.colostate.edu/pubs/foodnut/09350.html


Ricardo Ferreira

Enf. de Investigação. Serviço de Reumatologia – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra EPE. Estudante de Doutoramento em Ciências da Saúde: Enfermagem - Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Vogal do CD da SRC da OE. [[email protected]]

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Este ano
O Ministério da Saúde anunciou que nos últimos quatro anos foram contratados ou abertos concursos para mais de cinco mil...

“Em menos de um ano, o Ministério da Saúde (…) atribuiu autorizações a 2.203 pedidos de contratação de enfermeiros pelos hospitais do setor empresarial do Estado”, refere uma nota da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

No comunicado emitido hoje, no último dia de mandato do ministro Paulo Macedo, a ACSS recorda ainda que em 2014 foram contratados mil enfermeiros e outros 579 em 2013.

“A ACSS deu também sequência a vários concursos de recrutamento de profissionais de enfermagem para o Serviço Nacional de Saúde, num total de 1.750 vagas, tendo sido desenvolvido o concurso de 750 vagas de 2012 e, já este ano, foi aberto novo concurso para mais 100 vagas”, indica o comunicado.

Possíveis novas terapias
90% das mortes por cancro devem-se ao facto de este se espalhar pelo corpo, através de metástases. Uma equipa de investigadores...

Essas tais proteínas, afinal milhões de vesículas de milionésimo de um milímetro, funcionam como uma espécie de "código postal", escreve o Jornal de Notícias.

Meia centena de cientistas, provenientes de sete países, asseguram esta investigação, cujos avanços foram esta quinta-feira publicados na revista "Nature". "Estamos a abrir caminho a possíveis novas terapias", declarou um dos investigadores, Héctor Peinado.

As experiências realizadas, que incluem o apagar desse "código postal" em ratos, revelam resultados muito satistatórios. "Uma redução de 80% das metástases".

O que as equipas têm conseguido é enganar as células tumorais, alterando as instruções que habitualmente provocam inflamações ou formação de vasos sanguíneos, favoráveis à chegada das células tumorais.

A investigação tem concentrado a sua atenção no cancro da mama, que invade o pulmão, e no cancro do pâncreas que viaja até ao fígado.

Na comunidade científica há já quem avance que estamos diante de uma das maiores descobertas recentes sobre o cancro. Héctor Peinado mostra-se, no entanto, ao jornal El Pais, cauteloso, explicando que o "código postal" não funciona a 100%, ainda que crie predisposição ao órgão de destino.

Até Agosto
Balanço da Administração Central do Sistema de Saúde é feito no último dia de Paulo Macedo como ministro da Saúde, antes de...

No último dia de Paulo Macedo como ministro da Saúde foram publicados os dados relativos à atividade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) até Agosto, escreve o jornal Público. Nos primeiros oito meses do ano, em comparação com igual período de 2014, foram feitas mais consultas médicas e de enfermagem nos centros de saúde. Também os hospitais fizeram mais cirurgias e deram mais consultas. O aumento desta actividade programada não conseguiu, contudo, evitar que o recurso às urgências hospitalares tenha continuado a subir. No período em análise, o SNS atendeu mais 5086 urgências do que no ano anterior, num total de mais de quatro milhões de episódios.

A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), numa nota divulgada na quinta-feira, salienta que as urgências hospitalares cresceram 1% no período em análise. “A evolução da actividade de urgência hospitalar está muito dependente da sazonalidade e da severidade dos surtos de doenças respiratórias infecciosas e ondas de calor e de frio”, justifica-se.

No entanto, alguns trabalhos têm alertado que 40% destas urgências são consideradas desnecessárias e acontecem por os doentes não encontrarem resposta noutros locais. Por exemplo, o estudo Desempenho clínico dos hospitais do SNS em 2008 e 2014, divulgado neste mês pela própria ACSS e feito pela consultora espanhola Iasist, concluía que em sete anos, apesar do grande aumento das taxas moderadoras, os atendimentos em serviços de urgência diminuíram apenas 0,3% – o que faz com que as urgências continuem a representar o dobro das primeiras consultas na atividade hospitalar.

A ACSS ainda, ainda, que o número de consultas nos cuidados de saúde primários “mantém a disposição de crescimento registada ao longo dos primeiros oito meses do ano”. “Perto de 6 milhões de utentes tiveram pelo menos uma consulta nos CSP, representando uma subida de 1,6%, quando comparado com o período homólogo de 2014”, lê-se. O balanço destaca que o aumento é também sentido nas consultas presenciais e nos domicílios médicos – numa resposta às críticas que têm sido feitas aos centros de saúde, de estarem a realizar mais atos sem a presença do utente, como a mera renovação de receitas.

Ainda no que diz respeito aos centros de saúde, o documento aponta para que quase nove milhões de portugueses já tenham médico de família. Foram dadas 14.608.429 consultas médicas presenciais, mais 47.734 do que em igual período de 2014. As consultas de enfermagem totalizaram 12.962.082, mais 231.053 do que no período homólogo. O objetivo de dar um médico de família a todos os portugueses era uma das promessas eleitorais de Passos Coelho que ficou por cumprir nesta legislatura.

Apesar deste aumento, é de recordar que nos primeiros seis meses do ano as consultas nos centros de saúde estavam em queda em comparação com o período homólogo, pelo que a recuperação foi feita apenas em Julho e Agosto. Em todos os casos, os valores estão aquém do que acontecia em 2011 quando Paulo Macedo chegou ao ministério.

Quanto aos hospitais, a ACSS diz que cresceram tanto as primeiras consultas como as consultas subsequentes: “Nos primeiros oito meses de 2015 realizaram-se mais primeiras consultas externas (2,7%) e mais consultas subsequentes (1,6%) nos hospitais do SNS, do que em período idêntico do ano de 2014”. As cirurgias também representaram um crescimento de 1,4%, num total de 367 mil intervenções. As cirurgias de ambulatório, isto é, sem necessidade de internamento, já representam 58,5% do total. O número de altas apresenta uma tendência de estabilização, o que “está relacionado com uma maior ambulatorização dos cuidados cirúrgicos”. A demora média de internamento segue uma tendência contrária e está a aumentar ligeiramente.

Estudo
Estudo acompanhou mais de 1000 idosos de lares de Lisboa durante seis meses e alerta para a necessidade destas entidades terem...

A falta de profissionais de saúde nos lares coloca os idosos em risco e há sinais disso: quase 20% dos idosos incluídos num estudo da Ordem dos Enfermeiros deram pelo menos uma queda no período de seis meses em que foram analisados e quase 10% tinham as chamadas úlceras de pressão em várias zonas do corpo. Para o enfermeiro António Simões Bala, autor do trabalho, a carência de recursos humanos especializados é ainda mais preocupante já que “99% das pessoas nestas estruturas residenciais para idosos precisam de ajuda para mais do que uma atividade da vida diária e 56% têm uma dependência total”.

O trabalho a que o jornal Público teve acesso, conduzido pelo tesoureiro da Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros, responsável pela área dos idosos, contou com uma amostra de 1019 pessoas que residem em 17 lares da região de Lisboa e Vale do Tejo. Os resultados dizem respeito a um período de seis meses do ano de 2014. “Criámos uma equipa de acompanhamento de estruturas residenciais de idosos – a que chamamos lares – e desenvolvemos uma série de visitas a estas unidades e identificámos grandes dificuldades. Existiam falta de cuidados de saúde em termos dos lares, com poucas horas de profissionais de saúde e de enfermagem em particular”, explicou ao jornal Público António Simões Bala.

O enfermeiro destaca que estes idosos tinham em média 83,5 anos e viviam quase há cinco anos em lares. Em relação às principais conclusões, sublinha que “destes 1019 idosos, mais de 200 foram a umas urgências hospitalares pelos menos uma vez durante o meio ano”. Além disso, 8,6% das pessoas tinham já úlceras de pressão, sobretudo na chamada região sagrada, a zona inferior das costas, junto ao cóccix. Outros 31,7% de idosos estavam em alto risco de desenvolver estas feridas. Em relação às quedas, António Simões Bala adianta que identificaram que “cerca de 20% dos doentes caíram em seis meses e 2% dos idosos caíram pelo menos duas vezes”, sendo grande partes destes episódios registados logo de manhã.

Para o especialista, o facto de um em cada cinco idosos terem caído é especialmente importante se tivermos em consideração a dificuldade de recuperação nestas idades. “Falta um programa de intervenção urgente na qualidade. Uma queda traz consequências graves do ponto de vista da funcionalidade. Se a pessoa já tem algum nível de dependência e ocorre uma queda com um traumatismo grave ou necessidade por exemplo de uma prótese na anca e de um internamento prolongado a perda de autonomia será ainda maior”, reitera.

António Simões Bala alerta que a situação de dependência dos idosos analisados nestes lares é muito semelhante ao que se encontra na chamada Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, em especial nas unidades da rede dedicadas aos cuidados de longa duração. “Em termos do nível de dependência os idosos das estruturas residenciais estão um pouco abaixo dos cuidados continuados, mas do ponto de vista do défice cognitivo, das demências e da doença cardiovascular os dados são mais elevados”, diz.

Por isso, o enfermeiro defende que as exigências para os lares deveriam ser semelhantes ao que acontece na rede de cuidados continuados. “Na rede está legislado que tem de haver uma equipa de saúde com enfermeiro permanente e nas estruturas residenciais para idosos a legislação é muito parca e fala num enfermeiro para 40 idosos”, explica, dizendo que as regras “também não distinguem o nível de dependência nem da escala que se deve utilizar para classificar os doentes ou as horas que se deve contratualizar com o profissional de enfermagem”.

O autor insiste que “a introdução de um ou dois enfermeiros consegue trazer ganhos substanciais” e defende que os lares deveriam contar com “profissionais mais habilitados que consigam introduzir programas de prevenção, vigilância e acompanhamento” dos idosos. Simões Bala ressalva que os dados podem, quanto muito, pecar por defeito, uma vez que as estruturas analisadas contavam com enfermeiro (mesmo que só parcialmente), sublinhando que há outras que nem isso têm. Sobre os custos, o enfermeiro contrapõe que é preciso “pensar em novos modelos de financiamento” e ter em consideração que se vão evitar outras despesas, como as idas às urgências. “O investimento nas equipas de saúde vai melhorar a qualidade e autonomia das pessoas”, conclui.

OMS alerta
A Organização Mundial de Saúde disse que o relatório divulgado na segunda-feira que associa o consumo de carnes processadas a...

A Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Cancro (IARC), organismo da Organização Mundial da Saúde (OMS), colocou o consumo excessivo de carnes processadas como enchidos no Grupo 1 de risco de cancro, sobretudo colorretal, escreve o Sapo.

O consumo excessivo de carnes vermelhas em geral - incluindo bovina, suína e caprina - foi incluído no Grupo 2, como "provavelmente cancerígenas".

O estudo não pede, por isso, para que as pessoas deixem de comer carnes processadas, mas aconselha uma redução do seu consumo, o que pode diminuir o risco de cancro colorretal, explicou a OMS num novo comunicado.

A agência da ONU cita estudos que atribuem 34.000 mortes por ano à alimentação rica em carnes processadas. Um número baixo quando comparado ao milhão de mortes anuais atribuídas ao tabaco, às 60.000 mortes geradas pelo consumo de álcool.

Contudo, não existe ainda evidência científica que permita determinar uma quantidade segura para o consumo de carne, ressalta ainda a OMS.

Investigadores alertam
Com um escasso número de psicólogos e psiquiatras a trabalhar com doentes oncológicos, a grande maioria das cerca de 6100...

O alerta, segundo o Sapo, é de um grupo de investigadoras de Psicologia da Universidade de Aveiro (UA) que desenvolveu o InMama Group, um programa inédito de intervenção em grupo que otimiza o trabalho dos técnicos de saúde mental sem descurar a eficácia dos resultados.

“Existe um número reduzido de psiquiatras e psicólogos nos institutos de oncologia nacional, que só conseguem alcançar uma parte reduzida da população que passa pela doença. No Instituto Português de Oncologia de Coimbra existe uma equipa constituída por uma Psiquiatra e uma Psicóloga para todos os doentes de todos os tipos de cancro”, exemplifica Ana Torres, psicóloga, autora do InMama Group juntamente com Anabela Pereira, Sara Monteiro e Filipa Araújo. Por isso, aponta, “o acompanhamento [psicológico e emocional] é escasso e a maioria das mulheres não o recebe”.

Por isso, “o facto do InMama Group apontar para uma intervenção de grupo tem também como objetivo que os poucos profissionais que trabalham nesta área consigam intervir em simultâneo num grupo de doentes e não somente num doente”. Ou seja, explica Ana Torres, “com este tipo de intervenção consegue-se chegar a um maior número de pessoas”.

Para além desta otimização de recursos, esclarece a investigadora, “a intervenção de grupo neste tipo de problema tem sido indicado também por proporcionar a oportunidade de partilha de experiências comuns relacionadas com o cancro e de estratégias para lidar com as dificuldades, para além de se acreditar que as pessoas se sentem úteis ao fornecer ajuda aos outros membros do grupo”.

Sintomas emocionais que podem ser tratados

“Existem efeitos físicos e psicológicos em todas as fases da doença, nomeadamente efeitos tardios e de longa duração, que persistem para além da remissão da fase ativa da doença, por exemplo, alterações da auto-imagem, alterações do auto-conceito e da auto-estima, sintomatologia depressiva e ansiosa, medo de recorrência ou dificuldades sexuais”, descreve Ana Torres.

Uma sintomatologia de sofrimento emocional “que pode comprometer a qualidade de vida, ou pelo menos alguns domínios da qualidade de vida destas doentes, o domínio físico, sexual, psicológico, social, de papel e espiritual”.

Escrito a pensar nos psicólogos e psiquiatras que trabalham com doentes oncológicos, em especial com mulheres que sobreviveram ao cancro da mama, o livro descreve, passo a passo, oito sessões psico-educativas contendo a descrição e informação para liderar este tipo de intervenção, potenciando a replicação dos benefícios alcançados. O InMamaGroup é um programa de natureza essencialmente psicoeducativa e tem como objetivo familiarizar as doentes com estratégias que promovam o ajustamento psicológico, emocional, social e espiritual às dificuldades resultantes da doença, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida.

Constituído por oito sessões, de frequência semanal e com a duração de aproximadamente 90 minutos, o programa tem como objetivos permitir uma adaptação saudável da mulher aos efeitos do cancro da mama e dos tratamentos, diminuir a sintomatologia psicopatológica e o sofrimento psicológico, melhorar as estratégias de coping, os estados de humor e o autoconceito contribuindo para o ajustamento emocional e o crescimento pessoal e, por consequência, promover a qualidade de vida da mulher.

Testado ao longo dos últimos anos, as melhorias encontradas nas mulheres que já passaram pelo cancro da mama e, posteriormente, pelo programa InMama Group são notórias.
“Encontramos um efeito significativo especialmente a nível da perceção que as mulheres têm de si [ao nível do auto-conceito], para além da diminuição da predisposição à ansiedade”, congratula-se Ana Torres. Portanto, desejam as autoras, “esperamos que muitas outras mulheres consigam beneficiar destes e de outros efeitos”.

Em 25 anos
O programa de rastreio da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que arrancou em 1990 na região Centro, identificou 6.935 cancros da...

Os resultados dos 25 anos do programa, que são apresentados no sábado, em Coimbra, permitem concluir que há uma "maior probabilidade" de mulheres que repetem a mamografia de apresentarem "lesões menos graves", sublinhou o membro da direção do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC-LPCC), Vitor Rodrigues.

Segundo os dados a que a Lusa teve acesso, por cada mil mulheres rastreadas pela primeira vez, 62 são chamadas a uma consulta de aferição, 7,6 são encaminhadas para o hospital e quatro têm cancro.

Já nas mulheres que repetem o rastreio mamográfico, por cada mil 21 são chamadas a uma consulta de aferição, 4,1 são encaminhadas para o hospital e 2,8 têm cancro.

A repetição da mamografia resulta num diagnóstico do cancro da mama "mais precoce", o que leva a "um tratamento menos agressivo e a uma maior potencialidade de controlo", explanou.

Apesar dessa constatação, Vitor Rodrigues afirmou que, quer num caso quer noutro, a maioria dos tumores detetados são de pequena dimensão.

Cerca de 80% dos tumores detetados nas mulheres que repetem o rastreio têm pequena dimensão (até 15 milímetros) e 78% não apresentam extensão para os gânglios linfáticos, sendo que nas mulheres rastreadas pela primeira vez essa percentagem é um pouco mais baixa (75% dos tumores têm pequena dimensão e 72% não apresentam extensão para os gânglios), acrescentou.

O programa de rastreio da LPCC começou em 1990 na região Centro, em 1997 estendeu-se ao Alentejo e parte do distrito de Santarém, através do núcleo regional do Sul, e em 1999 começou a ser realizado pelo núcleo regional do Norte e na Madeira, através do Governo Regional.

O rastreio realiza-se também nos Açores, desde 2008, e no Algarve, desde 2005.

De acordo com Vitor Rodrigues, desde o início do projeto que se registou um aumento das mulheres que procuram o programa.

"No início, abrangíamos perto de 40%. Neste momento, abrangemos 65% das mulheres" em idade rastreável (dos 45 aos 69 anos) nos territórios em que o programa está implementado, frisou.

Para o também professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, "há, sem sombra de dúvida, uma maior sensibilização e um interiorizar por parte das pessoas de que têm de tomar conta da sua saúde".

Os resultados vão ser apresentados no sábado, no Hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra, no âmbito da sessão comemorativa de 25 anos do programa de rastreio da LPCC.

Barómetro
Quase metade dos portugueses não vai ao dentista há mais de um ano, tendo-se registado uma diminuição de consultas de saúde...

Estas são algumas das principais conclusões do II Barómetro Nacional de Saúde Oral, e que mostram que mais de 16% dos portugueses cortou nas consultas de medicina dentária em 2015, comparativamente ao ano anterior.

Contudo, em 2014 era mais elevado (20%) o número de pessoas que indicava ter diminuído as visitas ao dentista.

Segundo este barómetro, 46,7% dos portugueses não visitam o médico dentista há mais de um ano e os que foram a uma consulta são, sobretudo, mulheres, jovens, do interior Norte e de classe social mais elevada.

No oposto, surgem os idosos, os moradores no Sul e as pessoas das classes sociais com menores rendimentos.

Aliás, quando é assumida a diminuição de visitas ao dentista no último ano, o principal motivo elencado são as questões monetárias, como já se tinha verificado em 2014.

Outro dos indicadores mostra que um terço dos portugueses nunca visitaram o médico dentista ou só o fizeram apenas em caso de urgência, enquanto 9,5% dizem mesmo nunca ir ao dentista.

A Ordem dos Médicos Dentistas, responsável por este barómetro, salienta que existe uma correlação entre a falta de dentes e as poucas visitas ao dentista.

Este ano, 37% dos portugueses inquiridos afirmaram que têm falta de mais do que seis dentes naturais, mais cinco pontos percentuais do que em 2014.

Além disso, mais de metade (54%) dos portugueses com falta de dentes naturais não têm nada a substituí-los (nem dentaduras, nem dentes fixos) e apenas 28% dizem ter a dentição completa, excluindo os dentes do siso.

Quanto aos hábitos de higiene oral, 97,4% dizem escovar os dentes com frequência e até aumentou, em comparação com 2014, a quantidade dos que usam elixir e fio dentário.

O barómetro demonstrou ainda que são poucos os portugueses que recorreram ao Serviço Nacional de Saúde para tratar um problema de dentes – 6,9% nos últimos doze meses e, destes, 22% não tiveram o seu problema resolvido.

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