Associação Portuguesa contra a Leucemia
“O Amor e Outras Pedras Preciosas” é o nome do livro solidário que a Associação Portuguesa Contra a Leucemia lança dia 28 de...

Este livro, oferecido pela autora à Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), conta a história da luta de uma “gota preciosa” que vivia numa poça de água que fica doente, numa analogia com os cancros do sangue.

Manuel Abecassis, Presidente da APCL, afirma que “neste livro encantado, a autora ficciona a vida de uma gota de água a quem foi dada a vivência de uma situação maligna e destrutiva a que se segue o encantamento da vitória sobre tão terrível situação e o deslumbramento de uma nova vida. As excelentes ilustrações, que o enriquecem, espelham de forma encantadora esse mistério que é a renovação da vida quando tudo parece estar perdido. É um livro belo oferecido à APCL que, como nós, traz esperança mesmo nos momentos mais difíceis”.

A obra estará à venda em algumas lojas dos CTT e através da APCL (PVP 14,90€). O valor das vendas reverterá na íntegra para o projeto “Casa Porto Seguro”, uma instituição de acolhimento para apoiar famílias dos doentes que passaram por um transplante de medula e que vivem longe das Unidades de Transplantação existentes no país. Este local permitirá a estas pessoas acompanhar de perto o seu familiar, proporcionando a presença física e a troca de afetos essenciais à recuperação.

Sociedade Portuguesa de Transplantação
As políticas de saúde em transplantação orientadas para a melhoria de resultados uma gestão mais eficaz dos recursos é o tema...

Todos os profissionais de saúde com interesse pela área dos transplantes podem participar e contribuir com propostas para melhorar os resultados da transplantação em Portugal.

Assim, o primeiro tema em debate serão as estratégias de incentivos à doação e colheita de órgãos de dador cadáver, com especial enfoque nas conclusões do grupo de trabalho e o despacho do Secretário de Estado da Saúde. Será também discutido o valor do investimento nos dadores em paragem cardiocirculatória e a definição dos dadores e órgãos que não estão aptos para transplante.

Outro dos assuntos em debate e que a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) define como o “tópico quente” deste fórum é a necessidade de repensar as unidades de transplantação e os gabinetes de coordenação existentes, bem como a utilidade das unidades de referência em transplantação. Fernando Macário, presidente da SPT afirma que “é necessário discutir de forma aberta se a atual dispersão de unidades de transplantação renal na zona de Lisboa beneficia a eficácia da atividade e se todos os hospitais estão a detetar dadores e colher órgãos com a sua máxima eficácia”.

A doação em vida também será analisada e é um dos tópicos que mais preocupa os especialistas da área da transplantação. Apesar de o número de transplantes de rins ter estabilizado nos últimos anos - entre janeiro e julho de 2015 foram transplantados 305 rins -, a doação é um problema que preocupa os responsáveis, não só por não existirem tantos dadores vivos como seria desejável, mas também porque os rins provenientes de dadores cadáveres por vezes têm se ser rejeitados devido à idade e morbilidade prévias dos dadores. O que é importante no transplante a partir de dador vivo hoje, como aumentar os números, o dador altruísta e os caminhos que o Programa Nacional de Doação Renal Cruzada deve seguir serão algumas das questões a debater.

A imunossupressão, essencial para que o organismo não rejeite o órgão transplantado também será objeto de análise. Estará em debate a falta de novos imunossupressores e o papel dos genéricos na realidade atual. A lista de espera para transplante de rim era de 1970 pessoas no final de 2014 e destas 43 morreram à espera. A incidência novos casos de doença renal é de 230 novos casos por milhão de habitantes e a prevalência é superior a mil doentes por milhão de habitantes, só em diálise.

Em 2016
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pretende iniciar em janeiro as consultas de especialidade na futura Unidade de Cuidados...

Num comunicado publicado na sua página de internet, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) indicou que aquela unidade vai abrir portas em 2016 e adiantou que, até janeiro, prevê instalar serviços com consultas de especialidade.

A transformação daquele antigo hospital numa Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos tinha sido avançada pelo provedor da SCML de Lisboa, Pedro Santana Lopes, na cerimónia de transferência do edifício do Ministério da Defesa para a Santa Casa.

A SCML fez ainda saber que criou uma comissão de peritos para acompanhar e analisar o desenvolvimento da futura Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos, composta por Ana Jorge, Bagão Félix e Isabel Galriça Neto, especialistas nas áreas de Pediatria, Finanças e Cuidados Paliativos, respetivamente.

Foi também criada uma comissão instaladora que “tem a seu cargo a elaboração do plano estratégico e de ocupação faseada do antigo Hospital Militar da Estrela”.

Essa comissão é composta por sete elementos das várias unidades de saúde da Santa Casa e presidida pela diretora da Saúde da instituição, Tânia Matos.

Afirmando que aquela será a “maior Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos em Lisboa”, a SCML disse que pretende atingir a “excelência de serviços tais como o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, o Hospital de Sant’Ana e a Unidade de Cuidados Continuados Maria José Nogueira Pinto”.

A transferência do Hospital Militar da Estrela foi formalizada a 30 de julho de 2015, entre o Ministro da Defesa, Aguiar Branco, e o Provedor, Pedro Santana Lopes, num contrato de 14,883 milhões de euros que tem a duração de 30 anos.

Inaugurado em 1836, aquele hospital fechou portas em dezembro de 2013.

Direção-Geral da Saúde
Os hospitais e restantes unidades de saúde que contribuam para um uso mais racional de antibióticos ou que tenham menos...

A ideia foi apresentada na segunda-feira pelo diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos da Direção-Geral da Saúde (DGS), José Artur Paiva, no arranque de umas jornadas dedicadas a este problema de saúde pública, escreve o jornal Público.

“Cada vez mais queremos entrar na área da auditoria e do financiamento, de forma a termos uma capacidade de percebermos o que está implementado, o que existe, e termos mecanismos de motivação não só psicológica, mas também financeira a hospitais, ACES [agrupamentos de centros de saúde] e cuidados continuados que tenham melhores resultados”, explicou José Artur Paiva, nas Primeiras Jornadas do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos. A ideia de pagar em função dos melhores resultados já tinha sido defendida pelo anterior ministro da Saúde, Paulo Macedo, no final da última legislatura.

Na sessão, o especialista fez um balanço de 33 meses de trabalho no programa da DGS e traçou planos para os próximos 15 meses. Segundo o coordenador, Portugal tem conseguido melhorar os resultados relacionados com as infeções hospitalares e a resistência a antibióticos em vários indicadores. Há, por exemplo, menos pneumonias nos internamentos de adultos em unidades de cuidados intensivos e menos infeções associadas a locais cirúrgicos – como é o caso da prótese da anca ou da prótese do joelho.

“Tanto em ambulatório como em hospital verificamos uma redução do consumo de antibióticos em Portugal”, afirmou, dando como exemplo a queda num tipo de antibióticos conhecidos como quinolonas, muito potentes, e que eram usados em muitos doentes sem necessidade. “Verifica-se uma melhoria muito boa na prescrição de quinolonas, com uma queda de 27% entre 2011 e 2014”, acrescentou. Segundo os dados da consultora IMS Health, citados pela Lusa, o consumo dos antibióticos em geral está em queda desde 2010, mas ainda assim foram vendidos mais de sete milhões de embalagens nos primeiros dez meses deste ano.

José Artur Paiva mostrou-se, no entanto, preocupado com uma bactéria recentemente mais mediatizada com os casos no Hospital de Gaia: a Klebsiella pneumoniae. O surto desta bactéria no Hospital de Gaia, resistente aos antibióticos de largo espectro conhecidos como carbapnemos, já fez três vítimas mortais. Desde Agosto já foram rastreadas mais de 340 pessoas e a bactéria foi detetada em mais de 100, ainda que só quatro pessoas estejam mesmo infetadas.

José Artur Paiva adiantou que em 2015, pela primeira vez, o consumo de carbapnemos caiu 5%, mas alertou que “o consumo em Portugal ainda é 2,3 vezes superior à média da União Europeia”. O especialista admitiu que há um risco cada vez maior de assistirmos a repetições de surtos por Klebsiella pneumoniae: “Portugal tem uma tendência baixa mas crescente, que é preocupante”. Como exemplo de mau uso de antibióticos, o médico lembrou que 36% dos doentes sem sinal de infeção ainda fazem mais de 24 horas de antibióticos antes de serem submetidos a uma intervenção cirúrgica.

Presente na mesma sessão, o ministro da Saúde também reconheceu que este tipo de surtos, como o de Gaia, merecem preocupação e uma maior atenção das autoridades de saúde, frisando que “as responsabilidades individuais têm consequências coletivas muito graves”. Para Fernando Leal da Costa, é preciso “mudar mentalidades” e conseguir processos “eminentemente inclusivos” de todos os profissionais e doentes. O governante deu como exemplo as campanhas da DGS que alertam que um antibiótico é tão eficaz numa gripe como um protetor solar, ou seja, não deve ser usado.

Após 30 anos de suspeitas
Há mais de 30 anos que especialistas suspeitavam da existência de uma nova doença cardíaca: uma alteração quase impercetível na...

O médico Manuel Martínez-Selléz, da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC), via com preocupação como pessoas portadoras dessa síndrome sofriam AVC com mais frequência e tinham riscos maiores de demência e morte, escreve o Diário Digital.

Martínez-Selléz fez um estudo com 80 centenários e 269 septuagenários e demonstrou que se trata de uma situação de pré-arritmia.

“Agora sabemos que as pessoas que sofrem este bloqueio interauricular têm um batimento adiantado das aurículas. E sabemos que pode levar à arritmia”, disse Martínez-Selléz à BBC.

O bloqueio interauricular é um transtorno entre as aurículas do coração, duas cavidades na parte superior do órgão.

“Trata-se de uma doença porque é uma alteração do circuito elétrico do coração, neste caso, do circuito elétrico das aurículas, que se associa a um risco demonstrado tanto de acidente cerebrovascular como de demência”.

As pessoas com esta alteração têm facilidade para formar um coágulo na aurícula esquerda do coração.

O facto de ser uma doença abre as portas para melhorar o diagnóstico de doenças cardíacas que surgem com a idade. A síndrome leva o nome do cardiologista Antonio Bayés de Luna.

A ONU estima que haverá cerca de 400 milhões de pessoas acima de 80 anos no ano de 2050, o que será um desafio para a área da saúde.

Para a equipa de pesquisadores, o principal aspeto positivo do estudo é melhorar o diagnóstico de idosos com este sintoma.

“Estamos convencidos que os portadores desta alteração beneficiarão de um tratamento antiarrítmico e anticoagulante que ajudará a prevenir AVC e a demência”, disse Martínez-Selléz.

Estudo
Em 2011, investigadores espanhóis usaram um medicamento antibacteriano para combater o excesso de peso. Mas a maioria dos...

Investigadores do Hospital do Mar, em Barcelona, em Espanha, concluíram, no final de 2011, que os efeitos colaterais de um conhecido antibiótico pode ajudar os pacientes a perder peso. Este medicamento antibacteriano injetável acelera o esvaziamento gástrico, o processo de chegada dos nutrientes ao intestino, fazendo diminuir o tempo que decorre entre a ingestão dos alimentos e a sensação de saciedade transmitida pelo cérebro. Na altura, a notícia correu mundo, escreve o Sapo.

Esta descoberta, para muitos especialistas, abre novas hipóteses terapêuticas para o excesso de peso no que diz respeito a novos fármacos mais efetivos e seguros contra a obesidade, um problema que afeta cada vez mais crianças e adultos. Um estudo francês, desenvolvido na Universidade do Mediterrâneo, em Marselha, adverte, contudo, para o problema da toma excessiva de antibióticos que, segundo a investigação, faz engordar.

“Vários estudos demonstraram que a toma de antibióticos, nem que seja num único ciclo, pode interferir com o funcionamento do organismo, sobretudo com os intestinos, de forma permanente”, escreve mesmo Pierre Amaral, autor de um artigo sobre o tema. Uma outra investigação, liderada por Laura M. Cox, especialista do Centro Médico NYU Langone, em Nova Iorque, nos EUA, sugere que a toma destes fármacos na primeira década de vida, tenha o mesmo efeito.

Em 2014, os autores do estudo descobriram, numa experiência laboratorial, que os ratos tratados com antibióticos numa fase inicial de crescimento e de desenvolvimento tinham alterado a flora intestinal. Essa situação esteve na origem de uma mutação nas bactérias presentes nessa zona, que reprogramaram seu metabolismo, tornando-se mais propensas ao ganho de peso. O processo de análise ainda decorre, pretendendo os cientistas repetir a experiência em seis espécies de ratos no prazo de cinco anos.

Associação Portuguesa de Fibrose Quística
A Associação Portuguesa de Fibrose Quística vai organizar, no próximo dia 22 de novembro, entre as 9h e as 16h30, na Escola...

“A maioria das crianças nascidas com esta patologia em alguns países da União Europeia têm uma maior probabilidade de virem a apresentar uma forma mais grave por diagnóstico tardio e menor acesso a assistência médica apropriada. A fibrose quística é a doença genética grave mais frequente na Europa e, embora um em cada trinta europeus seja portador do gene causador da doença, são poucos os que a conhecem”, explica Herculano Rocha pediatra e presidente da direção da Associação Portuguesa de Fibrose Quística (APFQ).

E acrescenta: “Um diagnóstico precoce, um seguimento adequado por parte de especialistas de fibrose quística em Centros de Referência, uma higiene apropriada e um tratamento correto são pequenos gestos que podem prolongar e salvar vidas, evitando gastos em saúde desnecessários”.

Durante o encontro, escreve o Sapo, vão ser apresentados os resultados da primeira fase do programa de fisioterapia e exercício físico ao domicílio para doentes com fibrose quística e também dados sobre a continuação do projeto em 2016. No mesmo dia, vão ser ainda apresentados novos medicamentos para o tratamento da doença, cuja comparticipação ainda não está aprovada, em Portugal, pela Autoridade Nacional do Medicamento - Infarmed.

A fibrose quística é uma doença rara estando diagnosticados em Portugal cerca de 400 doentes. É uma doença genética, crónica, de evolução progressiva, que atinge crianças, adolescentes e adultos jovens. A patologia tem carácter multisistémico, já que afeta múltiplos órgãos e sistemas, estando associada a uma grande morbilidade e a uma diminuição da esperança de vida.

Estudo
Investigadores da Universidade de Cardiff descobriram a existência de uma ligação científica evidente entre um pequeno-almoço...

As crianças que tomam pequenos-almoços saudáveis antes de começarem o dia de aulas têm, segundo o Sapo, melhores resultados académicos do que os alunos que não o fazem.

De acordo com um novo estudo de investigadores da Universidade de Cardiff, publicado na revista científica Public Health Nutrition, as hipóteses de obter uma pontuação acima da média em testes escolares aos 11 anos é duas vezes mais alta para os alunos que tomam um pequeno-almoço saudável.

Os investigadores admitem que já existia evidência científica suficiente sobre a ligação positiva entre a ingestão de um pequeno-almoço saudável e a melhoria dos índices de concentração. No entanto, este trata-se do primeiro estudo a debruçar-se sobre a ingestão desta refeição diária e o desempenho escolar.

O estudo analisou 5 mil crianças entre os 9 e os 11 anos de mais de 100 escolas primária do País de Gales, no Reino Unido.

"Enquanto o consumo do pequeno-almoço tem sido consistentemente associado a uma melhor saúde global e a níveis mais altos de concentração e função cognitiva, não existia evidência clara sobre os efeitos [desta refeição] no desempenho escolar", disse Hannah Littlecott, líder do estudo, citada pelo britânico Guardian.

"Este estudo fornece, por isso, essa ligação forte entre aquilo que os alunos comem e o quão bem-sucedidos eles podem ser na escola", acrescentou.

A análise revela que comer um pequeno-almoço saudável - composto por laticínios, cereais, frutas e pão - pode melhorar o desempenho educacional, enquanto que a ingestão de doces e batatas fritas logo pela manhã - que foi relatado em um quinto das crianças - não têm qualquer impacto positivo na escolaridade.

Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças
Houve uma redução no consumo de antibióticos em Portugal, mas o combate a infeções com bactérias multirresistentes ainda é...

O consumo de antibióticos em Portugal está a baixar tanto nos hospitais como na comunidade, colocando o país acima da média dos países europeus, escreve o Diário de Notícias. Os dados revelados a nível nacional e pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) são positivos de forma geral, por mostrarem um controlo do uso de antibióticos, mas Portugal ainda é dos que mais recorrem a tratamentos de última linha, ou seja, aos últimos recursos para tratar infeções com bactérias multirresistentes. Ontem começou a Semana Mundial para a Sensibilização sobre o Antibiótico, que decorre até 22 de novembro.

Todos os anos morrem 25 mil pessoas na sequência de infeções, motivo que leva a Comissão Europeia a querer apostar no combate às resistências e no aumento do conhecimento sobre estes problemas, envolvendo todos os parceiros. Além do desenvolvimento de antibióticos, sem novidades desde 1987, é preciso apostar a prevenção e no controlo da doença.

José Artur Paiva, o diretor do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistências a Antimicrobianos, não tem dúvidas em assumir que "Portugal está a conseguir controlar o uso de antibióticos. Há uma redução global desde 2012, seja na comunidade ou nos hospitais. Na comunidade, há um aumento ligeiro em 2014 porque foram integrados os subsistemas públicos, como a ADSE", justifica.

O relatório do ECDC coloca Portugal a meio da tabela, em 15º lugar entre 30 países. No âmbito hospitalar, apesar de dados serem apenas do SNS, Portugal está em 12º lugar em 21. Os resultados estão relacionados com as três áreas centrais do programa nacional: a prevenção das infeções, a ausência de tratamento nos casos em que não se justifica e o tratamento com os antibióticos de menor espectro, ou seja, que tratam o mínimo de bactérias possível para que não haja resistências. O tempo de tratamento também tem de ser cumprido. Não se deve deixar de tomar um antibiótico antes de tempo, nem o usar por demasiado.

Prioridade na prescrição
O programa pretende agora reforçar os mecanismos de controlo dentro dos hospitais, com maior rigor na prescrição dos antibióticos de última linha, sobretudo, mas ainda se pretende implementar mais medidas no combate às taxas de infeção. "Queremos intervir em seis áreas, como as pneumonias associadas ao ventilador, as infeções pós-operatórias, urinárias associadas à algália ou a dos cateteres", diz José Artur Paiva. Ontem foram apresentadas algumas medidas destas intervenções, que se espera virem a reduzir as infeções.

Travar casos como o de Gaia
A grande prioridade a nível europeu é o combate às resistências aos antibióticos, em especial quando se trata daqueles que são o último recurso quando tudo falha. É o caso dos carbapenems, um grupo de antibióticos usados em fim de linha, por exemplo, na bactéria que provocou o surto que afetou mais de cem doentes no Hospital de Gaia, a klebsiella pneumoniae. Portugal tem um consumo muito acima da UE neste grupo, sendo o segundo maior consumidor depois da Grécia. Está ainda em quinto na polimixinas, outro grupo de fim de linha.

O país tem elevados níveis de resistência em várias bactérias, mas na que se tornou mais mediática recentemente - a de Gaia - a resistência ligada aos carbapenems é até reduzida. "Estamos muito abaixo da UE. Agora, estamos a registar um aumento como acontece na maior parte dos países. As infeções com esta bactérias são mais frequentes, mas nós ainda registamos apenas surtos em hospitais. O que temos de fazer agora é definir estratégias para evitar que cheguem a um nível regional".

Outro dado positivo foi a redução do nível de resistência que mas marcava Portugal. A taxa de Staphylococcus aureus resistente à meticilina era a pior da Europa, superando os 50%. Baixou de 54,6% para 47,4% e apenas quatro anos. As estratégias realizadas o âmbito do programa nacional contribuíam para a melhoria.

"De forma global, os países escandinavos e a Holanda têm resultados melhores, mas Portugal é semelhante aos países da Europa Central. Conseguimos reduções na generalidade das bactérias. Mais do que nos compararmos, é importante compararmo-nos connosco próprios".

Mais de um ano após o anúncio
Mais de um ano após a primeira data anunciada pelo Governo para o arranque da linha de cessação tabágica, e após sucessivos...

Segundo o diretor-geral da Saúde, já foi lançado um novo concurso para a exploração da Linha Saúde 24, que entra em vigor em maio, que prevê um módulo próprio para a cessação tabágica, tanto no plano de conteúdos como no plano financeiro.

Ou seja, no âmbito do novo concurso, está previsto um financiamento global para a Linha Saúde 24 no valor aproximado de 28 milhões de euros, que conta já com a integração da linha de cessação tabágica.

A Linha Saúde 24 é uma iniciativa da Direção-Geral da Saúde (DGS) operacionalizada por um operador privado que conduz os trabalhos no seguimento de um concurso com a validade de dois anos, cujo contrato termina no final de abril de 2016.

Assim, o contrato que atualmente vigora para a linha foi acordado há dois anos e contou com um financiamento que não incluía o módulo da cessação tabágica, uma vez que esta foi uma ideia que surgiu posteriormente, tendo sido anunciada pela primeira vez em agosto de 2014.

No entanto, existe a expectativa de conseguir arrancar com a linha de cessação tabágica ainda antes do início do próximo operador, disse à Lusa Francisco George.

O serviço está a ser monitorizado e havendo folga financeira e validação técnica, deverá começar a funcionar ainda durante o primeiro trimestre, acrescentou.

Quanto à parte técnica, o atual administrador da Linha Saúde 24, Luís Pedroso Lima, afirma que o projeto está concluído “há muito tempo”, aguardando apenas validação por parte da DGS.

O responsável lembra a portaria publicada no início deste mês, que complementa as regras previstas na nova lei do tabaco que entra em vigor em 2016, que prevê que as embalagens de tabaco passem a ter imagens e informação sobre onde procurar apoio para deixar de fumar, incluindo a indicação do número da linha Saúde 24.

“Está tudo desenvolvido. Estamos a um mês e meio [da entrada em vigor da lei] e ainda tenho que fazer a formação de 500 enfermeiros”, disse.

A linha de cessação tabágica foi anunciada pela primeira vez no final de agosto do ano passado, com data prevista para final do mês seguinte (setembro).

No final de novembro, o então secretário de Estado da Saúde Leal da Costa anunciou para o início de 2015 o arranque da linha de cessação tabágica, bem como a revisão da lei do tabaco.

Em abril deste ano, a linha ainda não estava a funcionar e o Ministério da Saúde anunciou novamente o seu arranque para o dia 31 de maio, Dia mundial sem tabaco.

No entanto, no final desse mês foi tornado público pela tutela que a linha de cessação tabágica ficaria afinal a aguardar a lei do tabaco, para fazer coincidir o seu lançamento com a publicação da legislação.

O diploma foi publicado em agosto, mas a linha de cessação tabágica continua sem existir.

Hoje assinala-se o Dia do Não Fumador.

Estudo
Mais de 20% dos estudantes do terceiro ciclo e do secundário fumam e os mais novos são, entre estes, os que mais relatam terem...

Os estudantes mais novos, com idades compreendidas entre os 12 e os 13 anos, são “os que mais relatam ter começado a fumar na escola, sendo a tendência maior nas raparigas”, concluiu um estudo sobre hábitos tabágicos em meio escolar, afirma a Universidade de Coimbra (UC).

De acordo com a investigação, “a grande maioria (79%) de estudantes não fuma” e, entre os 21% de fumadores, “cerca de metade (10,2%) fá-lo regularmente, consumindo em média meio maço de cigarros por dia”.

Desenvolvido pela delegação em Coimbra da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) e pelo Laboratório de Bioestatística e Informática Médica (LBIM) da Faculdade de Medicina da UC (FMUC), o estudo envolveu 3.289 alunos (1.584 do sexo masculino e 1.705 do sexo feminino) do terceiro ciclo do ensino básico (7º, 8º e 9º anos de escolaridade)e do ensino secundário (10º, 11º e 12º anos) de vinte escolas do concelho de Coimbra.

Os resultados do inquérito, aprovado pelo Ministério da Educação e Ciência, que também avalia o conhecimento dos alunos relativamente à relação entre doenças pulmonares e o tabaco, vão ser apresentados terça-feira, 17 de novembro, às 17:30, na delegação da FPP em Coimbra, no âmbito da III Semana do Pulmão.

As conclusões da pesquisa alertam, designadamente, para “a necessidade de se apostar em campanhas de sensibilização nas escolas sobre os malefícios do tabaco” e de “sensibilizar os pais para esta realidade, dado que a maioria dos alunos fumadores (51,9%) diz que os pais fumam em casa”, salienta João Rui de Almeida, presidente da FPP em Coimbra.

“Este estudo revela ainda que é nas escolas que os alunos mais jovens (12-13 anos) começam a fumar”, adverte aquele responsável.

Francisco Caramelo, coordenador da equipa do LBIM que realizou a análise dos dados, sublinhou, por seu lado, o facto de se observar nestes alunos "um padrão de crescimento do número de fumadores com a idade”.

O fenómeno significa que “existe um efeito cumulativo, ou seja, quem começa a fumar dificilmente deixa de o fazer, e a probabilidade de fumar aumenta cerca de 1,5 vezes por cada ano”, adiantou Francisco Caramelo.

A maioria dos alunos fumadores (51,9%) refere ter familiares na sua residência que fumam, mas esta percentagem desce (para 40, 6%) no caso dos não fumadores, notando-se que há “uma grande prevalência de alunos fumadores passivos”.

Embora a generalidade dos alunos (95,8%) afirma ter consciência dos malefícios do tabaco, só 57,9% dos fumadores revelou que gostaria de deixar de fumar, refere a nota da UC.

Na Grã-Bretanha
Minerais e descargas elétricas podem substituir os tratamentos convencionais quando as cáries estão no início.

Cientistas na Grã-Bretanha desenvolveram uma nova técnica para tratar o início de cáries, a que chamaram EAER ("remineralização melhorada assistida eletricamente", numa tradução livre).

A EAER promete reparar estas cáries sem qualquer dor, através da limpeza e não de qualquer tipo de perfuração do dente, escreve a TSF.

O tratamento pressupõe o uso de minerais e a estimulação do dente com um recurso a descargas elétricas (daí a palavra "remineralização").

Rebecca Moazzez, do King's College, em Londres, explica que observa que o tratamento tradicional das cáries acaba por ser um ciclo vicioso para os pacientes.

O novo tratamento é apenas preventivo e útil quando usado na etapa inicial da desmineralização.

Ervas medicinais
O mau colesterol (LDL) é uma das principais causas das doenças cardiovasculares – aumenta o risco de

O colesterol é uma gordura presente nos tecidos do corpo e no plasma sanguíneo do organismo. Ele existe em grande concentração no fígado, pâncreas, cérebro e medula.

O colesterol é algo natural e benéfico para o corpo exceto quando excede as suas concentrações normais, tornando-se então prejudicial para a saúde.

Uma das consequências mais graves da concentração excessiva de colesterol no sangue é a obstrução do fluxo sanguíneo. Na realidade, o colesterol em excesso fixa-se nas paredes das artérias, formando uma placa que impede o sangue de circular.

Quando os níveis de colesterol se mantém elevados corremos o sério risco de sofrer graves problemas cardíacos.

Este risco aumenta com a idade e, habitualmente, não traz qualquer sinal ou sintoma associado. No entanto, saiba que uma simples análise pode ser a chave para a prevenção.

E como a prevenção é, quase sempre, o melhor remédio, a Fitoterapia apresenta-lhe algumas soluções no combate ao mau colesterol.

Conheça alguns “remédios” naturais que o ajudam a reduzir o colesterol:

  1. Alho – ajuda no controlo do colesterol e melhora a circulação. Aconselha-se a comer um dente de alho por dia.
  2. Alcachofra – possui ácidos que ajudam na redução do colesterol. Baixa a pressão arterial e melhora a circulação. Recomenda-se a infusão de duas colheres de chá para cada litro de água e deve beber-se três vezes ao dia, antes das refeições.
  3. Curcuma – os seus componentes ajudam a baixar o mau colesterol – LDL – e os triglicéridos.
  4. Cardo – é uma planta com propriedades depurativas e descongestionantes. Ajuda a reduzir o colesterol e os triglicéridos
  5. Dente de Leão – muito eficaz a regular os níveis de colesterol no sangue. Aconselha-se a ingestão de duas a três chávenas de chá por dia.
  6. Chá verde, branco e vermelho – ajudam a baixar o peso e a regular o colesterol. O chá contem catequinas e taninos com propriedades antioxidantes. Deve beber-se duas a três chávenas por dia. 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Associação de Jovens Diabéticos de Portugal
No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Diabetes e inserido no projecto “AJDP nas Escolas”, a Associação de Jovens...

Os alunos do Curso Técnico Auxiliar de Saúde da Escola Secundária do Entroncamento dedicam, em conjunto com a Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), todo o dia 17 de novembro à diabetes, com rastreios a várias turmas e uma palestra sobre os vários aspetos e mitos associados à diabetes que estará à responsabilidade de Carlos Neves, presidente da AJDP e Jenifer Duarte, nutricionista e membro da associação.

Ainda inserido no projeto “AJDP nas Escolas” decorre, a 18 de Novembro, uma sessão de esclarecimento no Agrupamento de Escolas de Amadora Oeste dirigida a Professores e Auxiliares de Educação.

Para Carlos Neves, presidente da AJDP e jovem com diabetes tipo I, “com estas atividades, ainda inseridas nas comemorações do Dia Mundial da Diabetes, pretendemos informar jovens, pais e professores, sobre a melhor forma de aceitar e lidar com os problemas associados à diabetes. Atualmente, um jovem com diabetes pode ter uma vida perfeitamente normal, participando em atividades desportivas, mantendo uma alimentação saudável e estando consciente dos princípios de controlo da diabetes.”

Para informar e desmistificar a diabetes, a AJDP tem vindo a desenvolver, desde 2009, o projeto “AJDP nas Escolas”, organizando sessões de esclarecimento em escolas, abordando temáticas como a diabetes tipo I e tipo II, as rotinas das pessoas com esta patologia, a importância do exercício físico.

Rastreios e Palestras sobre a Diabetes
Data: 17 de novembro de 2015
Local: Escola Secundária do Entroncamento, Rua Carlos Ayala Vieira Rocha, Entroncamento, Santarém

Sessão de Esclarecimento para Professores e Auxiliares de Educação
Data: 18 de novembro de 2015
Hora: 17h00
Local: Agrupamento de Escolas de Amadora Oeste, Rua Elias Garcia, 329, Amadora

Em Portugal
Um ano depois do ‘boom’ da moda de fumar cigarros eletrónicos, que chegou a ter 300 mil ‘vapeadores’ em Portugal, estima-se que...

Tiago Machado, que representou a Associação Portuguesa de Empresa de Cigarros Eletrónicos, entretanto desconstituída, explicou que o setor sofreu um “duro revés há precisamente um ano”, quando um estudo japonês indicou que os cigarros eletrónicos continham até dez vezes mais agentes cancerígenos do que o tabaco convencional.

“O setor caiu completamente com a notícia do estudo japonês, com dados falsos. Foi o princípio do fim. O ‘formaldeído’ [composto líquido utilizado nos cigarros eletrónicos], só afeta a saúde das pessoas quando é ‘vapeado’ a 900 graus e sabe-se que o cigarro eletrónico é ‘vapeado’ a 180/200 graus”, disse Tiago Machado.

Segundo aquele responsável, depois do ‘boom’ de 2013-2014, em que se contabilizavam entre 300 a 400 mil ‘vapeadores’ em Portugal, o número atualmente de pessoas que fuma cigarros eletrónicos desceu para cerca de cinco mil.

“Deixou de ser um negócio em Portugal. Em países como França, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos, o ‘vapeio’ é defendido por ordens médicas e instituições de saúde. Em Portugal deixou de ser negócio”, sublinhou.

De acordo com Tiago Machado, também o alargamento do Imposto sobre o Tabaco aos cigarros eletrónicos, com uma carga fiscal “demasiado elevada” e “12 vezes superior à de Espanha”, levou “ao fim de esperança que havia em recuperar o setor”.

Patrícia Figueiredo foi uma das fumadoras de tabaco tradicional que passou a ‘vapear’ em março de 2014, quando a moda estava no auge. Fumadora desde os 14 anos, decidiu, numa altura em que estava debilitada fisicamente, trocar o tabaco normal pelos cigarros eletrónicos, sobretudo por uma questão de dinheiro.

“Antes gastava cerca de 120 euros por mês, passei a gastar cinco (…)”, declarou.

Patrícia revelou não se ter assustado com o facto de os estudos afirmarem que afinal este tipo de cigarros também é prejudicial à saúde, acreditando que “nunca irá ser mais prejudicial que o tabaco” e estando consciente de que qualquer tipo de inalação é prejudicial: “esta será menos má e mais barata”.

Para Patrícia Figueiredo, os cigarros eletrónicos trouxeram-lhe uma vantagem, pois deixou de fumar.

“Na realidade, já não fumo. Comecei a ‘vaporizar’ há cerca de um ano e oito meses, com um nível de nicotina de 12. Durante o primeiro ano fui reduzindo gradualmente e há mais de meio ano que tenho sempre comigo o ‘vaporizador’, mas com nicotina a zero. Serve muitas vezes para aquelas alturas em que se dão os almoços e jantares de empresa e/ou amigos e para não arriscar o ‘vou fumar só um’, tenho sempre o vaporizador comigo”, explicou.

Segundo um inquérito do Eurobarómetro divulgado a 29 de maio passado, os cigarros eletrónicos eram a escolha de 2% dos fumadores portugueses, em linha com a média da UE, sendo que 1% respondeu ao estudo ter usado e desistido (UE 3%) e 3% experimentaram e desistiram (UE 7%).

No total, 6% dos portugueses já experimentaram o cigarro eletrónico (UE 12%), mais os homens (PT 7%, UE 13%) do que as mulheres (PT 4%, UE 10%).

Hoje, assinala-se o Dia do Não Fumador.

Sociedade Portuguesa de Pneumologia
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia alertou para os fatores de risco associados ao consumo de tabaco, seja através de...

Em declarações, na véspera de mais um Dia Mundial do Não Fumador, a coordenadora da Comissão de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), disse que o tabagismo "é a principal causa de doenças respiratórias em Portugal e em todo o mundo".

Ana Maria Figueiredo adiantou que a incidência das doenças respiratórias pode ser reduzida através da cessação tabágica, que não deve passar pelo uso do cigarro eletrónico.

“Há estudos que apontam para o facto de que os cigarros eletrónicos podem causar doenças. Lembro que as pessoas inalam o vapor, que pode fazer mal. Muitas pessoas acham que faz menos mal, mas na verdade não sabemos ao certo”, explicou.

No entender da especialista, os portugueses continuam a eleger o tabaco tradicional para os seus consumos de fumadores.

“Houve uma altura, quando os cigarros eletrónicos apareceram, em que as pessoas aderiram e isso se tornou uma moda. Mas não nos pareceu que em Portugal fosse uma 'epidemia' tão importante como em outros países. Contudo, não temos dados específicos sobre o número de pessoas que usam os cigarros eletrónicos", referiu.

Na opinião de Ana Maria Figueiredo, independentemente dos estudos, as pessoas têm de ter é a noção de que "fumar faz mal".

“Há estudos que dizem que os cigarros eletrónicos podem causar doenças, mas, acima de tudo, o que é importante ter em conta é que o cigarro não é bom. O ideal era não fumarem nada”, vincou.

A coordenadora da Comissão de Trabalho de Tabagismo lembrou que, segundo dados do Eurobarómetro, a prevalência de fumadores em Portugal era de 25% em 2014 e de 23% em 2013.

Na véspera de mais um Dia Mundial do Não Fumador, Ana Maria Figueiredo salientou que "o tabaco faz mal e que as pessoas devem deixar de fumar".

“O fundamental era as pessoas terem a noção de que fumar faz mal e de que o cigarro eletrónico pode fazer tão mal como o cigarro tradicional. Os nossos pulmões não foram feitos para inalar qualquer outra substância que não o ar, e de preferência puro”, concluiu.

Este ano
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica detetou este ano 147 infrações à Lei do Tabaco e instaurou 113 contraordenações...

A falta de sinalização ou sinalização incorreta, a criação de espaços para fumadores sem requisitos, a proibição de fumar em determinados locais e a falta de aviso de proibição de venda a menores são as principais infrações detetadas pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), entidade que tem competências para fiscalizar.

Segundo aquele órgão de polícia criminal, os estabelecimentos de restauração e bebidas e os retalhistas são os operadores mais fiscalizados pela ASAE.

Numa resposta, a ASAE refere que, entre 1 de janeiro e 16 de novembro deste ano, foram detetadas 147 infrações e instaurados 113 processos de contraordenação.

Durante o ano de 2014, a ASAE registou 217 infrações e foram instaurados 200 processos de contraordenação.

A Lei do Tabaco entrou em vigor a 01 de janeiro de 2008 e limita o fumo em locais públicos fechados e estabelece sanções até 250 mil euros para os incumpridores, sendo a ASAE a entidade responsável por a fiscalização.

Estudo
Um medicamento utilizado para tratar o alcoolismo associado a outras substâncias poderá contribuir para eliminar o vírus da...

O medicamento, denominado Dissulfiram (nome da marca segundo os país: Antabuse, Esperal), acorda o vírus latente no organismo infetado, destruindo assim as células, bem como o anfitrião, e sem efeitos secundários, referem os autores.

Atualmente, a terapia antirretroviral pode controlar o vírus, mas sem o eliminar definitivamente.

O vírus permanece no organismo das pessoas tratadas, mas de forma inativa. O reservatório onde permanece o vírus é um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento de um tratamento que cure definitivamente.

Acordar o vírus latente é uma estratégia promissora para curar o paciente com sida.

Mas, acordar o vírus é apenas a primeira etapa para o eliminar, sublinhou Julian Elliot, diretora de pesquisa clínica nos serviços de doenças infecciosas no hospital Alfred, em Melbourne, Austrália, e autora do estudo.

“Agora, temos de trabalhar para nos livrarmos das células infetadas”, acrescentou.

No ensaio clínico, dirigido por Sharon Lewin, do Instituto Doherty, em Melbourne, 30 pessoas a fazer tratamento antirretroviral tomaram doses de Dissulfiram, que foram sendo aumentadas, ao longo de três dias.

Com a dose mais elevada, estimularam o vírus adormecido, sem efeitos secundários para os pacientes.

“O teste demonstra que o Dissulfiram não é tóxico, é seguro de usar e poderá, muito provavelmente, ser o único que muda tudo”, referiu, em comunicado, Sharon Lewin.

O próximo passo é testar a droga com o próprio vírus como alvo, acrescentaram os pesquisadores.

Mais de 34 milhões de pessoas morreram devido a problema de saúde relacionados com a Sida, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

No final de 2014, havia cerca de 36,9 milhões de pessoas contaminadas com o vírus.

Estudo
A maioria dos portugueses estaria disponível para trabalhar mais horas e sob maior pressão, com compensações associadas à...

As conclusões do estudo ‘Portugal: Escolhas para o futuro’ resultam de um inquérito a 2.000 portugueses com mais de 18 anos, que se baseou num sistema de trocas de incentivos e custos, para saber que compromissos os portugueses estariam dispostos a sacrificar para melhorar o seu bem-estar socioeconómico.

Nesse sentido, conclui o estudo da McKinsey, os portugueses inquiridos “estariam, em média, dispostos a trabalhar mais e por mais tempo, bem como a sacrificar alguns dos seus benefícios sociais em troca, principalmente, de mais rendimento disponível, de melhor educação, e de melhores cuidados de saúde, segurança pública e proteção ambiental”.

Num cenário de consenso generalizado entre os inquiridos, 76% dos portugueses estariam disponíveis para trabalhar sob maior pressão sobre o desempenho individual, com compensações associadas à produtividade, 18% para trabalhar mais horas e 7% disponíveis para reduzir ligeiramente o nível da proteção social.

Em troca, 39% dos inquiridos procuram um aumento do rendimento disponível, 25% da qualidade dos serviços de saúde, 24% dos da educação, 9% da segurança pública e 3% das políticas ambientais.

“Os compromissos revelados no cenário de consenso poderiam elevar o crescimento anual do PIB [Produto Interno Bruto] para níveis de 2,0 a 2,5% ao longo da próxima década, aproximadamente o dobro da taxa de crescimento projetada pela União Europeia”, segundo o estudo.

Comparando o cenário de consenso em Portugal com o dos outros 10 países europeus estudados neste inquérito da consultora a nível europeu, as preferências dos portugueses “estão em geral alinhadas com as dos inquiridos de países com menor rendimento ‘per capita’”, como Polónia, Roménia, Espanha e Itália, que podem estar “mais disponíveis para sacrificar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional”, enquanto os inquiridos de países mais ricos (Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Suécia) mostraram maior disponibilidade para abdicar da proteção social.

Este é um cenário de consenso, ou seja, que seria aceite pela maior parte dos inquiridos com um nível baixo de controvérsia entre a sociedade, mas a consultora apresenta ainda um segundo cenário que contaria com o total apoio de dois terços dos inquiridos, mas com a total oposição de um terço dos portugueses, um cenário que, considera, poderia ser, ainda assim, “politicamente viável”.

Neste caso, 52% dos portugueses estariam dispostos a aumentar a pressão no trabalho e 48% a aumentar as horas de trabalho, mantendo o nível atual de proteção social. Em troca, 54% dos inquiridos exigiram um aumento do rendimento disponível, 22% uma melhoria dos serviços de saúde, 15% na educação, 8% na segurança pública e 1% no ambiente.

Este cenário permitiria “um aumento médio de crescimento económico entre os 2,5% e os 3% durante os próximos 10 anos”, admite a McKinsey.

A possibilidade de aumentar as horas de trabalho “foi um dos atributos mais controversos do estudo”, com 44% dos inquiridos a declararem disponibilidade para trabalhar mais horas, 33% preferiam manter o ‘status quo’ e 23% preferiam trabalhar menos horas.

Essa disponibilidade aumentaria para 76% caso houvesse uma maior flexibilidade de horários (35% até mais duas horas e o restante acima dessas horas).

“É interessante notar que os inquiridos portugueses revelaram uma elevada predisposição para aceitar uma remuneração associada ao desempenho. Quando lhes foi perguntado especificamente, 74% disseram que uma componente variável dos salários deveria refletir o desempenho do trabalho, em comparação com uma média de 64% nos outros países europeus abrangidos pelo estudo”, considera a consultora, lembrando que atualmente apenas 36% dos empregos em Portugal tem um sistema de remuneração baseado no desempenho.

Além disso, o estudo revelou igualmente “a vontade de melhorar a produtividade do setor público e a qualidade geral dos serviços públicos. Os inquiridos [onde se incluem, propositadamente, funcionários públicos] afirmaram pretender que os serviços públicos reduzissem os custos através do aumento da eficácia e da produtividade, bem como da simplificação da estrutura do setor público”.

Já no que diz respeito à proteção social, a maioria dos portugueses inquiridos “revelaram disponibilidade para sacrificar uma pequena parte da proteção social e libertar recursos para os outros fins”.

Contudo, esta é uma medida “especialmente controversa”, uma vez que os inquiridos “repartiram-se de forma bastante equitativa entre os que afirmaram querer uma maior proteção social, os que não quiseram mudança nenhuma, e os que quiseram menos benefícios”.

A nível europeu, a tensão em torno da proteção social foi mais evidente entre os inquiridos de países com menores rendimentos, enquanto os inquiridos de países com rendimentos mais elevados revelaram uma inclinação muito maior para cortar benefícios.

Quando questionados sobre como sustentar a Segurança Social em Portugal, 37% dos inquiridos apresentaram como primeira ou segunda escolha o aumento das contribuições empresariais. A redução de benefícios, o aumento da idade de reforma e o aumento de outros impostos indicados foram respostas apresentadas por menos de 20% dos inquiridos.

O estudo foi apresentado na semana passada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e foi divulgado numa apresentação pública em Lisboa para assinalar os 30 anos da consultora.

Sociedades científicas apresentam
As primeiras orientações para a preservação da fertilidade em doentes oncológicos serão apresentadas no Simpósio Nacional da...

O documento foi elaborado pela SPO, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR) e a Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH), e prevê um aumento do número de pessoas que poderão ser pais após uma doença oncológica.

Intituladas “Recomendações para a preservação da fertilidade no doente oncológico”, constituem um conjunto de guidelines nacionais, que procuram aumentar a informação aos profissionais envolvidos no tratamento do doente oncológico e aos doentes que se deparam com o cancro, sobre as possibilidades da sua fertilidade ser preservada. 

«Diversos estudos epidemiológicos investigaram a fertilidade de sobreviventes de doença oncológica, face a controlos saudáveis, e demonstraram que a probabilidade destes doentes produzirem descendência é significativamente inferior, quer em homens quer em mulheres» afirma Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia. «Graças à evolução médica e científica recente, os doentes atualmente têm uma maior esperança de vida e é necessário informá-los sobre a possibilidade do seu material genético ser preservado, antes das terapias, pois alguns tratamentos contra o cancro podem pôr em causa a fertilidade dos doentes», acrescenta a especialista.

De entre as mulheres diagnosticadas com cancro da mama e ginecológico, até 15% e 43%, respetivamente, têm idade inferior a 45 anos, ou seja, encontram-se ainda em idade fértil e 90% dos novos casos de cancro testicular são em homens em idade reprodutiva.

Em Portugal, a criopreservação de gâmetas masculinos vem sendo praticada há largos anos. A preservação da fertilidade feminina, bastante mais complexa, iniciou-se mais recentemente. Hoje são vários os centros existentes em Portugal dotados dos meios técnicos e com recursos humanos especificamente dedicadas a esta atividade multidisciplinar, e para ajudar na tomada de decisão dos doentes que pretendem ter mais informação sobre o assunto.

São vários os doentes que no ano passado foram atendidos nestes serviços e num futuro próximo estima-se que entre 300 a 400 mulheres possam vir a beneficiar das várias técnicas de preservação da fertilidade, através dos vários centros existentes no país.

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