Ministro da Saúde assegura
O ministro da Saúde assegurou que os hospitais estão preparados para responder aos efeitos do frio e das doenças mais...

O novo ministro, Fernando Leal da Costa, esteve reunido com as administrações regionais de Saúde para discutir o plano de contingência para o frio, tendo ainda visitado o hospital Amadora-Sintra, que, no natal passado, chegou a registar mais de 20 horas de espera nas urgências.

“Estivemos a fazer uma revisão da planificação para o inverno 2015/2016, que todos desejamos que corra melhor do que correu o de 2014/2015. Estamos preparados para as contingências, mas sabemos que serão sempre tempos mais difíceis e por isso nos preparamos com antecedência”, afirmou Leal da Costa, no final da visita às urgências do Amadora-Sintra.

O ministro sublinhou o “número muito elevado” de contratações de médicos e enfermeiros, ao longo deste ano, quer para o quadro dos hospitais, quer autorizando prestações de serviço necessárias.

Sobre estes médicos tarefeiros, cujas faltas ao trabalho chegaram a estar na origem de longas esperas nas urgências no inverno passado, Leal da Costa anunciou que, a partir deste mês, haverá uma “nova tipologia de acordo” que será “muito mais rigorosa” na contratualização destes profissionais prestadores de serviço.

Estes novos contratos, referiu o governante, “antecipam mecanismos para que não existam faltas, como em anos anteriores”.

Para o Ministério da Saúde, os hospitais e os cuidados de saúde primários estão, “sem exceção, em estado de prontidão”, com o plano de contingência para o frio em aplicação dentro dos prazos previstos.

Leal da Costa sublinhou que os centros de saúde podem alargar, sem necessidade de qualquer autorização governamental prévia, os horários de funcionamento durante os meses de inverno, sendo essa uma decisão que cabe a cada administração regional de saúde, à medida das necessidades e do aumento da procura.

Segundo o Ministério, as altas dos chamados “casos sociais” (que ocupam camas sem necessidade clínica e são cerca de uma centena em todo o país) devem ser resolvidas de forma rápida, com a transferência de pessoas para lares, de forma a libertar camas e facilitar novos internamentos.

Um reforço de macas e a prática de dar altas médicas ao fim-de-semana sempre, que clinicamente seja possível, são outras das “boas práticas” aconselhadas pelo Ministério da Saúde aos hospitais.

Quanto à vacina da gripe, que pode impedir o agravamento de situações que requeiram visitas à urgência, já foram dadas nos centros de saúde mais de 650 mil doses, que se elevam a 800 mil quando se juntam as unidades dadas em lares de idosos e fora do Serviço Nacional de Saúde.

Sobre o Amadora-Sintra, o ministro da Saúde indicou que a “perturbação” ocorrida no natal de 2014 se deve a circunstâncias que agora “estão antecipadas”, indicando que há um conjunto de medidas planificadas que “permitirão uma resposta mais pronta”.

“Mas convirá não esconder a realidade, este Hospital foi construído há 20 anos, tem algumas dificuldades estruturais, tem problemas de lotação. (…) Tudo será melhor, mas não posso comprometer que tudo será necessariamente perfeito”, declarou.

Estudo
Os produtos à base de carne comercializados em toda a Europa exibem rótulos pouco claros e com informação limitada, tornando-se...

Nomes que geram confusão, aditivos não especificados e o teor de carne não identificado são algumas das situações relatadas num relatório do Gabinete Europeu das Uniões de Consumidores (BEUC), que denunciou, por exemplo, que os consumidores estão a comprar carne injetada com água, carne picada com sulfitos e frango “disfarçado” de bovino em ‘kebabs’.

A indústria alimentar europeia tem estado sob escrutínio público desde que em 2013 foram descobertos vestígios de carne de cavalo em produtos de carne de vaca, como hambúrgueres, lasanhas ou almôndegas. A descoberta levou à retirada de milhões de produtos das prateleiras dos supermercados.

“Se estamos empenhados na reconstrução da confiança na carne, os Estados-membros da UE precisam de reforçar os controlos e de certificarem-se que os rótulos são completos e exatos”, afirmou Monique Goyens, diretora do BEUC, num comunicado.

“Os consumidores que compram carne de porco assada ou salsichas grelhadas devem saber através do rótulo quanta carne estes produtos contêm. Ninguém quer comprar água pelo preço de carne”, disse a representante.

No documento, o BEUC afirmou que nos últimos meses têm existido casos frequentes em que os rótulos não fornecem a quantidade de água adicionada ou declaram a percentagem de carne existente no produto.

Ao nível das recomendações, o gabinete defende controlos mais frequentes por parte das autoridades da UE, bem como instou Bruxelas a dar prioridade aos esforços de combate à fraude alimentar.

Este relatório é divulgado um dia depois de um estudo promovido por ativistas ter denunciado que um terço do peixe servido nos restaurantes em Bruxelas – incluindo nas próprias cantinas da UE -, é muitas vezes a versão mais barata do produto exibido no menu.

Fitoterapia
Conhecida por ser o método terapêutico que utiliza plantas medicinais no tratamento das doenças, a F

A Fitoterapia é, do ponto de vista etimológico, a “terapia pelo vegetal”ou do “mundo vegetal”.

Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como uma terapia tradicional, apoiada pela medicina não convencional, ela é, cada vez mais, utilizada na sociedade ocidental.

O primeiro sistema de Fitoterapia terá sido desenvolvido há cerca de quarto mil anos, na Índia.

Hoje em dia, o uso das plantas com fins curativos é usado um pouco por todo o Mundo.

A verdade é que, grande parte dos medicamentos, – cerca de mais de um terço -conhecidos como químicos ou alopáticos que hoje em dia são utilizados, são derivados de plantas. É o caso da aspirina, por exemplo. O ácido acetilsalicílico é um composto do salgueiro transformado quimicamente.

A morfina feita de sementes de ópio e até as pílulas anticoncepcionais tendo o seu composto origem no inhame selvagem.

Ao contrário do que acontece com os medicamentos – que extrai da planta apenas o seu princípio ativo (ou seja, uma pequena parte), a Fitoterapia utiliza a planta por inteiro ou grande parte dela.

Este método terapêutico faz uso de algas, bolbos, raízes, flores, cascas, folhas, sementes e até de plantas selvagens, especiarias, frutas e vegetais.

As ervas medicinais podem ter propriedades anti-inflamatórias, anti-bacterianas, anti-fúngicas, entre outras, ou uma ação calmante, fortificante, sedativa ou estimulante.

A Fitoterapia tem sido utilizada para aliviar sintomas de doenças crónicas como as alergias, a asma, a cistite, a depressão, nevralgia, bem como algumas doenças do aparelho digestivo, entre outras.

De acordo com a OMS são utilizadas mais de 20 mil plantas, em todo o Mundo, graças às suas propriedades medicinais.

Mas apenas cerca de duas a três mil têm sido estudadas cientificamente.

Por isso, importa ainda referir que, muito embora, se trate de um método com recursos bem naturais, a Fitoterapia é segura quando usada de forma correta – respeitando sempre a dose recomendada e ter em atenção que nem sempre pode ser misturada com outros medicamentos.

Lembre-se: se pensar recorrer à Fitoterapia não deixe de consultar um especialista. Ele dará a resposta indicada ao seu caso e, melhor que ninguém, saberá qual o tratamento deve seguir.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Benefícios da fruta
Ricas em potássio, cálcio, sódio e fósforo, as laranjas, para além de promoverem a absorção do ferro

A laranja para além de ser uma excelente fonte de potássio – um nutriente essencial para a boa formação do sangue – ela é, ainda, rica em betacaroteno, um potente antioxidante que ajuda no combate ao cancro e que fornece uma proteção extra ao coração.

Sabe-se que uma alimentação rica em fruta e vegetais ajuda a prevenir o desenvolvimento de alguns tipos de cancro e de doenças cardiovasculares, nomeadamente, acidentes vasculares cerebrais. E é aqui que a laranja tem um papel importante – um copo de sumo de laranja, por dia, pode reduzir em mais do dobro as hipóteses de risco de AVC.

É importante referir que, uma alimentação saudável deve conter parte de todos os diferentes grupos de alimentos, de forma adequada as necessidades nutricionais do organismo.

A fruta e os legumes são alimentos que devem ocupar o lugar de destaque de uma dieta alimentar saudável.

De um modo geral, a fruta é rica em fibra vegetal, vitaminas e minerais, tendo uma importante ação protetora e reguladora do organismo.

A laranja é rica em vitamina C e pectina – um componente da fibra vegetal extremamente importante para a regulação dos níveis do colesterol.

O consumo de uma laranja por dia garante-nos a dose diária recomendada de vitamina C, bem como daquela que é a melhor reguladora do colesterol – a pectina.

A vitamina C ajuda-nos a combater doenças simples como constipações e a reduzir alguns sintomas provocado pelos stress, ajudando a reforçar o nosso sistema imunitário.

Quanto à sua ação reguladora do colesterol, o consumo desta fruta faz aumentar os valores do HDL – conhecido como o bom colesterol – ao mesmo tempo que diminui, exatamente na mesma proporção, o mau colesterol (LDL).

Isto acontece graças à ação das fibras presentes na maior parte das frutas e legumes, sobretudo nos citrinos.

As fibras presentes nestes alimentos são responsáveis pela eliminação de componentes digestivos, como os sais biliares e hepáticos. É aqui que entra a pectina. Ela absorve essas substâncias impedindo que voltem a ser reabsorvidas, obrigando o organismo a recorrer ao colesterol que já tinha sido armazenado.

Na realidade, quanto mais for utilizando as reservas menos colesterol ficará retido, acumulando-se nas artérias, impedindo o aparecimento de problemas vasculares. Eis a explicação!

Desta forma a pectina pega em substâncias nocivas para o organismo, eliminando-as ou neutralizando-as.

Este componente impede ainda a passagem de excesso de glicose pelas paredes intestinais, o que é extremamente benéfico para os diabéticos.

Conheça a composição nutricional de uma laranja
(por 100g)
Energia - 42 kcal
Hidratos de Carbono - 8,6g
Gorduras - 0,6g
Proteínas - 0,7g
Vitamina C - 60 mg

Ao comprar laranjas escolha sempre as mais firmes – quanto mais firmes mais frescas são! Manchas, furos ou casca enrugada são sinais de que a laranja já está velha.

Se não consumir de imediato as laranjas, conserve-as no frigorífico, mas não mais do que duas semanas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Campanha “Seja Sorridário”
A segunda edição da campanha de angariação de fundos “Seja Sorridário”, da Operação Nariz Vermelho, angariou um total de 35.669...

A campanha de angariação de fundos “Seja Sorridário” decorreu entre os dias 1 e 4 de outubro em Lisboa, Almada, Amadora, Sintra, Cascais, Oeiras, Coimbra, Porto e Braga.

“Recolher fundos junto das pessoas, numa ação de proximidade, permitiu-nos registar um aumento dos donativos recebidos e também vimos o número de voluntários envolvidos crescer”, explica Magda Ferro, coordenadora de comunicação e eventos da ONV. “Este apoio é muito significativo para nós e vai permitir levar alegria a mais de 7000 crianças internadas nos serviços de pediatria.”

A segunda edição da campanha “Seja Sorridário” contou com o apoio especial de figuras públicas que, nas suas páginas oficiais de Facebook, meteram o nariz pela causa da ONV e apelaram aos portugueses para participarem na campanha.

Nuno Markl e Ana Galvão – padrinhos da ONV – marcaram o arranque e término, respetivamente, de uma série de desafios entre figuras públicas para “meter o nariz por esta causa”.

Os atores Pedro Barroso, Ana Guiomar, Alda Gomes, Patrícia Bull, os apresentadores Hélder Reis, Jorge Gabriel, Sónia Araújo, Tânia Ribas de Oliveira, Inês Folque e Carolina Patrocínio, a modelo Diana Pereira, o tenista Frederico Gil e as bloggers Sónia Morais Santos (Cocó na Fralda) e Ana Garcia Martins (A Pipoca Mais Doce) responderam ao desafio e puseram o nariz pela causa. 

Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia
A Ventilação Não-Invasiva em doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é um dos temas em debate no Congresso da Sociedade...

No dia 5 pelas 14h30 decorre um Simpósio que abordará este tipo de tratamento respondendo a questões como: a quem se dirige, quais os benefícios ou quando deve ser utilizado.

“A Ventilação Não-Invasiva permite aumentar a sobrevida dos doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) estável, melhorar a sua função pulmonar e qualidade de vida, daí a importância de abordarmos e debatermos este tema junto dos profissionais da classe”, comenta o pneumologista e orador no Simpósio, João Carlos Winck.

Um estudo recente sugere um potencial impacto positivo da Ventilação Não-Invasiva de longa duração na sobrevida global dos doentes, mostrando uma diminuição da mortalidade de 76% nos doentes com DPOC grave.

“Verificamos que a Ventilação Invasiva, além de ser um procedimento intrusivo, está associada a complicações que podem comprometer significativamente a evolução clínica em casos graves, pelo que a Ventilação Não-Invasiva, feita através do uso de máscara, torna-se adjuvante ao tratamento da DPOC com bastantes benefícios para estes doentes”, defende o especialista.

A Ventilação Não-Invasiva, quando aplicada adequadamente à insuficiência respiratória aguda por DPOC, leva a uma redução da necessidade de intubação endotraqueal, da duração do internamento e uma maior sobrevida.

A DPOC é uma das doenças respiratórias mais comuns, afetando cerca de 14% da população portuguesa com mais de 40 anos. As pessoas que vivem com DPOC têm uma inadequada oxigenação do sangue, condicionando o normal funcionamento dos órgãos vitais como o cérebro, o coração, o fígado e o rim. Trata-se de uma doença crónica e incapacitante que se caracteriza pela falta de ar, tosse e aumento da produção de expetoração e que tem um grande impacto na qualidade de vida dos doentes a nível pessoal, profissional, familiar e social.

OCDE
A esperança de vida aumentou mais de 10 anos desde 1970 nos países da OCDE, atingindo os 80 anos e meio em média em 2013, mas...

Na zona da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que integra 34 países, muitos ricos e alguns emergentes, como o México, o Chile e a Turquia, a esperança de vida “continua a aumentar regularmente” de três a quatro meses por ano em média e “nada indica uma desaceleração”.

O estudo anual “Panorama da Saúde 2015” indica que os países mais virtuosos são o Japão, a Espanha, a Suíça, a Itália e a França, com a esperança de vida à nascença misturando os valores dos dois sexos a ultrapassar os 82 anos (calculada para 2013). O Japão aparece em primeiro lugar com 83,4 anos e a Espanha em segundo com 83,2 anos.

Na parte inferior da lista encontram-se o México (74,6 anos), a Hungria (75,7 anos), a Eslováquia (76,5 anos) e a Turquia (76,6 anos), embora este último país tenha realizado “importantes ganhos de longevidade” e se aproxime rapidamente da média, sublinha a OCDE.

Os Estados Unidos, em primeiro lugar nas despesas de saúde por habitante, aparecem em 28.º lugar entre os 34, com uma esperança de vida à nascença de 78,8 anos.

O aumento nos Estados Unidos naquele período foi “muito mais modesto” do que nos outros países ricos e a esperança de vida é atualmente “inferior à da maioria dos outros países da OCDE devido a taxas de mortalidade mais elevadas ligadas a comportamentos” nefastos, assinala a organização.

A OCDE precisa que os Estados Unidos apresentam “taxas de obesidade mais elevadas”, um “maior consumo de medicamentos e de drogas ilícitas” e “taxas mais elevadas de vítimas de acidentes rodoviários e de homicídios”.

A má classificação deve-se ainda à “difícil situação socioeconómica de uma grande proporção da população e a problemas de acesso e de coordenação dos cuidados para alguns grupos populacionais”, adianta a organização internacional.

A esperança de vida à nascença corresponde ao número de anos que uma geração pode esperar viver em média se sujeita às condições de mortalidade do seu ano de nascimento.

18 de Novembro - Dia Mundial da DPOC
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia em parceria com a Associação RESPIRA e com o apoio da Novartis assinalam o Dia Mundial da...

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é, atualmente, considerada a 4ª causa de morte no mundo e um problema de saúde pública em Portugal. Numa altura em que ainda há quem não saiba o que é nem em que consiste esta doença, que se afigura em crescimento e subdiagnosticada, as entidades Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e RESPIRA uniram esforços para desenvolver um guia prático e informativo de apoio ao doente, familiar e cuidador.

O Guia Prático foi pensado para toda a população interessada em saúde que não conhece a DPOC ou para aqueles que pretendem aprofundar os seus conhecimentos. Tem um formato prático, estilo livro de bolso, por forma a facilitar e incentivar as pessoas a leva-lo para casa para futuras consultas.

O livro “DPOC de A a Z” é composto por conteúdos científicos desenvolvidos por um painel de healthcare professionals da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação RESPIRA e será distribuído na Check-up – Expo Saúde e Bem-estar, que terá lugar de 5 a 8 de Novembro, no Meo Arena, Sala Tejo, na área dedicada às doenças respiratórias.

“Esta iniciativa visa ajudar e sensibilizar as pessoas para a prevenção da DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), necessidade de diagnóstico precoce e também para as limitações e comorbilidades de uma doença respiratória crónica grave e complexa que afeta consideravelmente a qualidade de vida” explica Luísa Soares Branco, Presidente da Associação Respira.

Apoio social
Vai ser criada uma instituição de solidariedade social para gerir fundo que vai ser alimentado com contribuições de empresas e...

Os portugueses mais carenciados vão passar a poder levar todos os medicamentos de que necessitam nas farmácias, mesmo que não tenham dinheiro, já a partir do próximo ano, se tudo correr como previsto, escreve o jornal Público. Para que esta ideia se torne realidade, vai ser constituída, em Coimbra, uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) que terá como missão principal a gestão de um programa e um fundo de apoio social, que será alimentado com contribuições de empresas mas também de cidadãos que queiram participar.

“Trata-se de um fundo permanente destinado a comparticipar a aquisição de medicamentos por parte de cidadãos com necessidades económicas, em toda a rede de farmácias”, explica a Associação Nacional de Farmácias (ANF), que é a promotora da ideia, em nota.

Com o nome Dignitude, a nova IPSS tem a ANF e a associação da indústria farmacêutica (Apifarma) como fundadoras, além da Cáritas Portugal e da Plataforma Saúde em Diálogo, organização que reúne várias associações de doentes. Conta ainda com o apoio de vários “embaixadores” de peso, como o ex-ministro dos Assuntos Sociais, António Arnaut, o ex-Presidente da República Ramalho Eanes e a ex-ministra da Saúde e atual candidata à Presidência da República Maria de Belém.

A ANF não quis adiantar mais detalhes, mas este programa de apoio já tinha sido antecipado ao jornal Público em Junho, quando se encontrava ainda numa fase embrionária. O objetivo é o de fazer com as pessoas que não conseguem comprar todos os medicamentos de que necessitam por falta de dinheiro tenham um apoio suplementar através de um fundo.

Atualmente, o Estado comparticipa os medicamentos (suportando uma parte do preço) na mesma proporção para todos os cidadãos, independentemente de estes ganharem muito ou pouco dinheiro. O que se pretende com este projeto é ajudar corrigir esta injustiça, enquanto não é revista a forma de comparticipação estatal, como é reclamado tempo, de maneira a que o apoio passe a ser dado em função do rendimento e das doenças dos cidadãos.

“Dói-me o coração quando vou à farmácia e vejo pessoas a perguntar quanto custam os medicamentos. Se [este programa] funcionar bem, isto deixará de acontecer. Isto não é caridade, é solidariedade”, enfatiza António Arnaut, para quem esta é uma “ação que o próprio Estado não está em condições de fazer”. “Seria bom que o Estado social pudesse fazer isto, mas o Estado não pode fazer tudo”, diz.

Este é um projeto de “responsabilidade social, não um sistema de comparticipação nacional, mas sim de acesso para pessoas muito desfavorecidas”, explicou na altura ao jornal Público o secretário-geral da ANF, Nuno Flora. Justamente para que não possa ser confundido com uma espécie de “sopa dos pobres” dos medicamentos, os beneficiários terão acesso a estas comparticipações sem serem identificados nas farmácias. Como é que isto vai ser operacionalizado? A ideia é a de que baste apresentar o cartão do cidadão, mas será necessário criar uma base de dados que poderá ser gerida pela Segurança Social que já tem o grupo carenciado identificado (pessoas que recebem o rendimento social de inserção ou o complemento solidário de idosos).

Atualmente, os cidadãos em dificuldades apenas podem recorrer aos bancos farmacêuticos. Sem conseguir precisar quantas pessoas deixam de comprar medicamentos por não terem dinheiro, Nuno Flora adiantava que "cerca de 20 a 25%" das prescrições médicas não são aviadas nas farmácias, por várias razões.

O montante a atribuir de maneira a reduzir ao máximo a parte da fatura que não é comparticipada pelo Estado vai depender das contribuições para o fundo. Não só contribuições diretas, mas também as resultantes de um processo angariação dirigido a cidadãos, empresas, indústria farmacêutica, instituições de solidariedade e agências governamentais. Os cidadãos podem ajudar com donativos ou através do “sistema de arredonda”, ou seja, arredondando o valor da fatura a pagar na farmácia, exemplificou Nuno Flora.

Melanoma
A agência do medicamento norte-americana aprovou um medicamento à base de um vírus modificado para combater o melanoma, a forma...

A radioterapia e a quimioterapia, embora continuem a ser os tratamentos mais usados para combater o cancro, têm efeitos secundários que comprometem o bem-estar dos doentes e, por vezes, mostram-se ineficazes para acabar com doença, escreve o Observador. As equipas especializadas no estudo do cancro têm tentado encontrar formas alternativas de vencer as células cancerígenas. Uma delas, agora aprovada pela agência do medicamento norte-americana (FDA, na sigla em inglês para Food and Drug Administration), usa um vírus como um cavalo de Tróia para conseguir entrar dentro das células.

O medicamento, cujo princípio ativo é talimogene laherparepvec ou T-Vec, é a primeira terapia à base de vírus aprovada pela FDA para o tratamento de cancro, segundo o comunicado da agência na semana passada. Este medicamento consiste de um vírus herpes (como aquele que provoca herpes labial) modificado e vivo. O objetivo é que entre dentro da célula cancerígena, a destrua e que, ao mesmo tempo, liberte um pedaço de um gene que vai estimular o sistema imunitário do doente a atacar aquelas células, como explica o Guardian.

Este medicamento destina-se apenas ao tratamento de lesões na pele causadas por melanoma (a forma mais agressiva de cancro de pele) que não possam ser removidas por cirurgia, refere a FDA. Em 16,3% dos doentes testados, que já tinham metástases no corpo, o medicamento mostrou que podia reduzir o tamanho das lesões na pele e nos nódulos linfáticos – contra 2,1% dos doentes sujeitos a outro tipo de terapia (grupo controlo). Porém, e como refere a FDA, não mostrou ter qualquer efeito no aumento da taxa de sobrevivência nem nos casos em que as metástases se tinham chegado ao cérebro, fígado, pulmões, outros órgãos internos e ossos.

Mais, a FDA desaconselha o uso deste tratamento em pessoas que tenham o sistema imunitário comprometido e em grávidas, porque, como é usado um vírus vivo, pode surgir uma infeção viral. Outros efeitos secundários são: fadiga, arrepios, febre, náuseas e sintomas equivalentes aos de uma gripe.

A principal vantagem das terapias à base de vírus ou de outros mecanismos, como a imunoterapia, em relação à radioterapia e quimioterapia, é que atacam alvos específicos em vez de matarem outras células do organismo que não estão envolvidas no cancro.

Uma descoberta recente, e acidental, mostrou que até o parasita da malária (Plasmodium) pode ter algum potencial no combate ao cancro. O parasita tem um açúcar à superfície capaz de se ligar às células cancerígenas e os investigadores querem recriá-lo em laboratório. A este açúcar, os investigadores podem ligar uma toxina que consegue entrar dentro das células do tumor e matá-las.

O que algumas equipas de investigação têm verificado, como a equipa de Bruno Silva Santos, investigador do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, é que o sistema imunitário não consegue vencer o cancro, porque as células cancerígenas têm a capacidade de travar a resposta imunitária. A FDA também já aprovou medicamentos que permitem desligar estes travões e alguns deles até já podem ser adquiridos em Portugal. Mais uma vez, os tratamentos estão aprovados para o melanoma metastático, mas existe potencial para os vir a utilizar noutro tipo de cancros.

Investigar novos tratamentos e novos medicamentos pode representar custos elevados, daí que um projeto coordenado pela Universidade Médica de Viena se queira dedicar ao estudo de novas utilizações para medicamentos já conhecidos. Todos os medicamentos incluídos no projeto – “CaSR Biomedicine” – têm como alvo um recetor de cálcio (calcium-sensing recetor), cujo mau funcionamento é comum a doenças como cancro, diabetes, doenças cardiovasculares ou Alzheimer. Como estes medicamentos já se mostraram seguros e já foram aprovados para o uso em humanos, descobrir novas utilizações diminuía o tempo e os custos de aprovação, tornando-se mais rapidamente disponíveis para o uso clínico.

Entre 2009 e 2013
Portugal foi o país da União Europeia onde a despesa com medicamentos vendidos nas farmácias mais caiu entre 2009 e 2013. Cada...

A despesa (pública e privada) com medicamentos, em Portugal, caiu 9% ao ano, entre 2009 e 2013. A conta, segundo o Observador, apresentada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), permite concluir que Portugal foi o país, dos 28 em análise, que mais cortou na despesa com medicamentos vendidos em farmácia, naquele período.

E se na análise nos restringirmos à despesa pública com medicamentos (excetuando os hospitalares), então aí a quebra foi sentida ainda de forma mais pronunciada: 11,1% ao ano. Logo a seguir a Dinamarca (-10,4%), a Islândia (-9,9%) e a Grécia (-9,6%). No conjunto dos países da OCDE, essa redução foi na ordem dos 3,2% ao ano, lê-se no relatório Health at a Glance 2015, divulgado pela OCDE.

A maioria dos países membros da OCDE cortou na despesa com medicamentos. Na Europa, só a Noruega, Suíça e Eslovénia continuaram a registar uma subida da despesa naqueles anos. Os relatores escrevem mesmo a certa altura que em alguns países, como Portugal, Dinamarca e Grécia, a despesa com medicamentos caiu de forma “dramática”.

Lembre-se que no memorando da troika ficou inscrito que a fatura com medicamentos deveria cair para 1,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 e 1% do PIB em 2013, uma meta entretanto adiada para 2014. Ainda assim, não foi alcançada porque nestas contas a troika incluiu não só a fatura com o medicamentos vendidos em farmácias, como também as faturas dos medicamentos hospitalares.

Com vista a alcançar estas metas, o Governo deitou mãos a uma série de medidas de contenção de despesa tais como as reduções administrativas (e não só) dos preços dos medicamentos, a descida das margens de lucro das farmácias e grossistas, mudanças nos preços que servem de referência à comparticipação do Estado, a retirada de comparticipação em alguns medicamentos e redução noutros, a prescrição por denominação comum internacional ao invés de ser pela marca e a alteração ao sistema de comparação de preços internacional.

Em 2013, cada português estava a gastar na farmácia (direta e indiretamente), em média, 355 euros por ano — o sétimo da Europa que menos gastava –, contra os 467 euros que eram gastos, em média, por cada habitante, no conjunto dos estados membros da OCDE.

Portugal é dos países da EU onde famílias mais pagam dos seus bolsos

A fatia com a farmácia é uma das mais importantes (pesa quase 20% na despesa total), mas as despesas com saúde não se ficam por aí. Em Portugal, em 2013, a despesa com saúde rondava os 2.279 euros per capita, abaixo da média dos países da OCDE que se fixava nos 3.131 euros.

Portugal foi o quarto país onde a despesa com saúde mais caiu entre 2009 e 2013: registando uma quebra média anual de ­3% ao ano. Maior quebra só mesmo a vivida na Grécia (­7,2%), no Luxemburgo (­4,3) e na Irlanda (­4%). Na média dos países da OCDE, a despesa cresceu 0,6% ao ano. Entre 2005 e 2009 tinha crescido 3,4% ao ano.

E quando olhamos para a despesa da saúde decomposta por financiadores, facilmente se verifica o grande peso que assume a despesa privada e, mais em concreto, os pagamentos diretos dos bolsos dos portugueses. Em 2013, 27,2% da despesa total com saúde era despesa direta das famílias. Naquele ano, Portugal foi o terceiro país da União Europeia onde as famílias mais contribuíram diretamente para a saúde, sendo apenas ultrapassado pela Grécia (30,7%) e Hungria (28,1%).

Na OCDE, em média, os países apresentam taxas de pagamentos diretos dos doentes na ordem dos 19%.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico volta a lembrar porém que a despesa privada em saúde “pode criar barreiras no acesso”.

Outras conclusões:

·         Em 2014, mais de 6.500 enfermeiros portugueses estavam a trabalhar noutros países da União Europeia, a maioria dos quais no Reino Unido. Portugal é dos países com um rácio de enfermeiro por médico mais baixo (1,4) e apresentava, em 2013, uma média de 6,1 enfermeiros por 1.000 habitantes. Nesse ano, a média da OCDE era de 9,1 enfermeiros por 1.000 habitantes.

·         A esperança média de vida à nascença, em Portugal, em 2013, fixou-se nos 80,8 anos, acima da média da OCDE (80,5 anos), mais do que os 80,6 registados em 2012, e mais 14,1 anos do que aquela que era a esperança média de vida à nascença na década de 70. Em 43 anos, Portugal foi o país da Europa que mais melhorou este indicador.

·         Portugal registou, em 2013, menos consultas médicas por ano (4,1 por pessoa) do que a média dos países da OCDE (6,5 por pessoa).

·         Em grande parte dos países da OCDE, a maioria dos adultos considera estar de boa saúde. Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos e Austrália são os quatro países onde mais de 85% dos adultos responderam estar de boa saúde. Já Portugal integra o grupo dos países onde menos de metade dos adultos deu essa resposta. Portugal é mesmo o país onde uma maior percentagem de pessoas considera o seu estado de saúde mau ou muito mau (19%).

·         Em 2013, 15,4% dos adultos em Portugal tinham excesso de peso ou eram obesos, um pouco abaixo da média da OCDE que se fixou, naquele ano, nos 19%. Em 12 dos países membros da OCDE um em cada cinco adultos era obeso, em 2013. Desde o ano 2000, a taxa de obesidade aumentou um terço ou mais em 14 países.

·         Mantendo o tema, mas mudando o foco para as crianças, em 2013, em Portugal, uma em cada três raparigas tinha excesso de peso ou era mesmo obesa. Na Europa, só a Grécia pontuava pior neste indicador.

Iniciativa da Associação de Cardiologia Médico-Cirúrgica do Centro
Pela primeira vez este ano foi atribuído no âmbito das Jornadas de Cardiologia do Centro, o Prémio Dr. Ubach Ferrão que conta...

Organizado pela Associação de Cardiologia Médico-Cirúrgica do Centro (ACMCC), as Jornadas de Cardiologia do Centro decorreram recentemente na Batalha reunindo os dez serviços de Cardiologia e Cirurgia Cardíaca da região.

O trabalho vencedor selecionado por um júri designado, intitula-se “Imagem molecular da placa de ateroma com 18F-Fluoreto de Sódio. Uma análise em indivíduos de alto risco vascular” apresentado pelo médico Miguel Oliveira Santos, do Serviço de Cardiologia A do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

O prémio no valor pecuniário de 1.500 euros, servirá para suportar um curso de investigação e/ou a visita a um centro de investigação nacional, com o propósito de estimular e incentivar a investigação científica junto dos mais jovens. Fruto da iniciativa da ACMCC-NIPC em parceria com a Jaba Recordati no seguimento do compromisso para com a inovação, esta bolsa tem como principal objetivo apoiar o desenvolvimento e investigação científica na área de Cardiologia no nosso país.

Com este prémio os cardiologistas da região pretenderam homenagear uma figura ímpar da Cardiologia do Centro. O Dr Ubach Ferrão foi o fundador e primeiro diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital Geral de Coimbra (Hospital dos Covões), atualmente um dos mais prestigiados serviços de Cardiologia do país. Ao Dr Ubach Ferrão se deve, entre outras iniciativas, a criação da primeira unidade coronária de Coimbra e uma das primeiras em Portugal. 

Diretor-Geral da Saúde revela
Os cerca de 4.500 refugiados que Portugal se prepara para receber vão ter médico de família no prazo de uma semana e estarão...

Francisco George é o responsável para a Saúde do Grupo de Trabalho para a Agenda Europeia para as Migrações, criado pelo governo a 31 de agosto com “a missão de aferir a capacidade instalada e preparar um plano de ação e resposta em matéria de reinstalação, relocalização e integração dos imigrantes”.

O Diretor–Geral da Saúde garante que o setor está preparado para acolher estes refugiados e que, “mesmo que possam eventualmente adquirir doenças, essas serão imediatamente controladas, definidas e tratadas”.

“Não estamos em crer que problemas de caráter exótico possam acontecer, até porque temos uma grande experiência de atender imigrantes de diversas regiões, da América do Sul, da Europa de Leste, África. Não estamos preocupados em termos de risco”, afirmou.

Francisco George disse ainda que a Direção-Geral da Saúde (DGS) tem sido informada do estado de saúde destes cidadãos, prestados pelas organizações que os acompanham, e que não há, para já, preocupações de maior.

A vacinação tem sido efetuada, a qual deverá depois ser prosseguida em Portugal, declarou.

Sobre o número de refugiados que Portugal deverá acolher – cerca de 4.500 – Francisco George disse que “não representa um número importante de pressão para os serviços”.

“Estamos absolutamente preparados para dar respostas muito rápidas”, reiterou.

A DGS irá em breve, em conjunto com as Administrações Regionais da Saúde (ARS), “dar orientações para os centros de saúde do local de residência [dos refugiados] darem resposta em termos de atribuição de médico de família no prazo de uma semana”.

Também no prazo de uma semana, estes refugiados receberão um número de utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS), adiantou Francisco George.

Estes migrantes, que irão ter uma autorização de residência até lhes ser atribuído o estatuto de refugiado, estarão, por esta condição, isentos do pagamento de taxa moderadora.

De acordo com a legislação em vigor desde agosto de 2014, estão isentos do pagamento de taxas moderadoras “os requerentes de asilo e refugiados e respetivos cônjuges ou equiparados e descendentes diretos”.

Ainda na saúde, foi efetuado um levantamento aos serviços de saúde mental, de forma a assegurar uma resposta a eventuais necessidades nesta área.

“Sabemos, pelas descrições, que todos eles têm sido expostos a riscos, a stress, sobretudo de caráter psicológico, psicossocial e organizativos. Temos de estar atentos a estas questões e tratá-los devidamente”, disse.

O Grupo de Trabalho para a Agenda Europeia para as Migrações é constituído por representantes da Direção-Geral dos Assuntos Europeus, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Instituto da Segurança Social, do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, da Direção-Geral da Educação e do Alto Comissariado para as Migrações, além da DGS.

Ministro da Saúde quer
O ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, mostrou-se desiludido com os rastreios à retinopatia diabética no Algarve, que...

Durante a apresentação do relatório “Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2014”, Luís Gardete, coordenador do Observatório, revelou que as retinografias realizadas no âmbito dos programas de rastreio da retinopatia diabética tiveram uma descida acentuada na região do Algarve.

Apesar de o número de pessoas com diabetes abrangidas por este programa ter vindo a aumentar desde 2009 (223%), em 2014 verificou-se uma diminuição acentuada (17%) de utentes observados (de 115.284 para 95.535), assim como do número de pessoas identificadas para tratamento.

Por região, o documento demonstra que a maior descida se verificou no Algarve (menos 91%), seguida do Norte, com uma quebra de 17%.

Em sentido contrário, o Alentejo teve uma subida acentuada, de 354%, no número de rastreios realizados.

Comentando as conclusões do observatório, Fernando Leal da Costa saudou “o êxito do Alentejo”, e mostrou-se “preocupado” e “desiludido” com o Algarve, sublinhando que, entre os que não fizeram rastreios, existem certamente muitos a quem deve ter escapado a necessidade de fazer tratamento.

“Levo a mensagem para transmitir ao presidente da ARS [Administração Regional da Saúde] do Algarve. É preciso recuperar o número que tínhamos em 2013, de 16 mil e qualquer coisa”, afirmou.

Entre 2013 e 2014, a ARS do Algarve o número de utentes com que realizaram retinografias baixou de 16.103 para 1.420.

Leal da Costa justificou esta quebra com a falta de recursos aliada à recusa de profissionais de saúde em fazerem o rastreio.

Para o ministro, situações como esta acontecem “quando temos falhas relativamente à não participação de profissionais onde os recursos são mais escassos”.

O governante considera que é preciso perceber se os recursos em 2015 servem para acautelar a recuperação em 2016 e sublinha a necessidade de “aumentar verbas para a prevenção secundária”.

Leal da Costa sublinhou que em consequência dos rastreios que não foram feitos, cerca de 6% dos utentes poderão ter que vir a ser sujeitos a processos terapêuticos específicos de retinopatia.

“Podemos ter uma intervenção ainda em tempo útil, mas mais dispendiosa do que se fosse feito mais precocemente”, acrescentou.

Segundo o ministro, o país tem tido “maiores gastos em saúde do que se julga”, designadamente em profilaxia como a vacinação.

“Mas onde temos carência e temos que dobrar o que gastamos é na área do rastreio. Esta deve ser a principal prioridade da política do Governo dos próximos anos”, defendeu.

Urologista diz
O urologista Mário Reis disse que a disfunção sexual na mulher, embora frequente, “passa muitas vezes despercebida”, sendo...

O especialista, que falava a propósito das 12ª Jornadas de Urologia, dirigidas a médicos de Medicina Geral e Familiar, que se realizam na quinta e sexta-feira, no Porto, salientou que no caso do homem já se encontraram soluções “satisfatoriamente eficazes”, mas “na mulher continua sem tratamento, na maioria dos casos, dada a sua complexidade”.

Disfunção sexual, incontinência urinária, cancro da próstata, infeção urinária, litíase (pedra nos rins), hiperplasia benigna da próstata, ética e boas práticas são alguns dos temas que serão abordados no encontro, organizado pelo Serviço de Urologia do Hospital da Venerável Ordem da Lapa, no Porto.

O responsável pela organização das jornadas esclareceu que a disfunção sexual feminina envolve aspetos como alterações do desejo, alterações de excitação e do orgasmo e dispareunia (dor durante o ato sexual).

Problemas psicológicos, uso de medicamentos, ansiedade, desequilíbrios hormonais, traumas sexuais, falta de experiência sexual e de conhecimento do corpo e problemas afetivos ou de natureza relacional são algumas das causas apontadas para o problema.

“Apenas 11% a 30% das mulheres procuram ajuda profissional e 68% revelam-se satisfeitas com o seu relacionamento sexual global”, afirmou.

Em seu entender, o médico de família é fundamental na mudança deste panorama, dado a relação de proximidade e de confiança que mantém com a doente, mas “exige tato, conhecimento e profissionalismo”.

“A abordagem terapêutica da disfunção sexual feminina é fundamentalmente do foro psicológico, o que nem sempre é fácil”, sublinhou Mário Reis.

Na reunião estarão também em análise as infeções urinárias e a problemática da resistência desenvolvida pelas bactérias aos antibióticos.

O urologista salientou que a resistência aos antibióticos transformou-se recentemente numa "ameaça global" e doenças que eram curadas com relativa facilidade até há pouco tempo podem “voltar a matar cerca de 10 milhões de pessoas até 2050”, de acordo com um alerta Organização Mundial de Saúde.

O objetivo das Jornadas é alertar os médicos de Medicina Geral e Familiar para estas patologias, “muitas vezes diagnosticadas tardiamente”. Além disso, pretende-se uma atualização dos pontos mais controversos e esclarecer áreas habitualmente menos conhecidas e discutidas, refere a organização.

Em Lisboa
Especialistas mundiais em cancro genético vão juntar-se em Lisboa para criar um consórcio que permita combater de forma mais...

A Evita – Associação de Apoio a Portadores de Alterações nos Genes Relacionados com Cancro Hereditário pretende, com este congresso europeu, que decorre quinta-feira em Lisboa, mudar o panorama da mortalidade das doenças oncológicas hereditárias.

Segundo disse a fundadora da Associação, Tamara Milagre, todos os anos morrem mais de 20 mil e surgem cerca de 40 mil novos casos de cancro, sendo o hereditário responsável por 5 a 10% dos casos.

O debate vai centrar-se na investigação e nas soluções para minimizar o impacto da mutação dos genes BRCA, mutação associada ao cancro da mama e do ovário e também ao cancro da próstata.

Tamara Milagre lembra a importância do caso da atriz Angelina Jolie (que se submeteu à remoção de ovários e peito) para a divulgação da mutação BRCA, mas frisa que é necessário juntar os investigadores nacionais e internacionais para “dar passos concretos”.

Em pessoas com história familiar de cancros da mama ou ovários pode ser indicado o rastreio genético para esta mutação e, em alguns casos, pode estar indicada a remoção de ovários e mamas de forma preventiva.

Em primeiro lugar, a presidente da Associação Evita defende que é necessário recolher dados concretos e reais sobre o cancro hereditário, já que em Portugal nem se conhece ao certo o número de mulheres que realizaram rastreios genéticos ou que se submeteram a cirurgias preventivas.

O consórcio de investigadores será ainda fundamental para encontrar novas formas de prevenir o aparecimento dos casos de cancro hereditário.

Atualmente, além da cirurgia preventiva, pode fazer-se vigilância apertada e tomar medicação de “quimo-prevenção”, mas Tamara Milagre acredita que, a nível genético, os investigadores consigam, em conjunto, encontrar outras soluções preventivas.

A história da fundadora da Associação Evita cruzou-se com a mutação do BRCA quando, em 2008, enquanto enfermeira num hospital, seguiu de perto uma grávida de 27 anos que descobriu um tumor na mama que a levou à morte dois anos depois.

“Depois deste caso, e tendo eu história familiar, fui à geneticista, fiz o teste e deu positivo”, contou, acrescentando que se submeteu primeiro à remoção dos seios e depois à dos ovários.

Contar e conhecer casos reais concretos pode ajudar muito à consciencialização sobre a mutação do BRCA, defende Tamara Milagre, recordando outra vez o caso de Angelina Jolie: “levantou uma grande onda de preocupação nas pessoas e fomos inundados com perguntas, tendo ajudado a descobrir casos reais. Foi uma onda quase de histeria, mas já passou”.

No congresso de quinta-feira vão estar especialistas da Alemanha, do Canadá, Polónia e Reino Unido, além de investigadores portugueses dos institutos portugueses de oncologia, do Instituto de Medicina Molecular, da Universidade do Algarve, da Fundação Champalimaud, da Direção-Geral da Saúde, bem como representantes do setor farmacêutico.

Vamos dar um bigode ao cancro!
Dia 6 de Novembro, 6ªfeira, o Largo de Camões, em Lisboa, será palco de uma ação de sensibilização, entre as 14:00 e as 18:00...

O mês de Novembro é o mês do cancro da próstata e a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) e a Associação Portuguesa de Urologia (APU) com o apoio da Bayer, vão falar deste tema ao longo do mês, que culminará num evento de angariação de fundos que inclui artistas como o Eduardo Madeira, o Manuel Marques e o António Raminhos no dia 23 de Novembro, no Tivoli BBVA. Por cada presença confirmada, a Associação Portuguesa de Doentes da Próstata (APDP) vai receber 5 euros.

“Cancro da Próstata: Vamos tocar neste assunto e dar um bigode ao cancro” é o mote desta campanha que vai incentivar os homens a deixar crescer o seu bigode, para fazer awareness da doença. Vamos incentivar homens - e mulheres - a publicar fotos com bigodes (postiços ou não) nas suas redes sociais como forma de promover awareness para o cancro da próstata.

Em Portugal, todos os anos surgem 3500 a 4000 novos casos de cancro da próstata. A vigilância médica periódica é essencial para despistar o cancro da próstata uma vez que este não apresenta sintomas numa fase inicial.

A possibilidade de cura é de 85% quando detetado precocemente.

Visitantes apoiam o Centro de Mama do Centro Hospitalar de São João
“Costuras à Flor da Pele”, exposição fotográfica constituída por imagens de mulheres que sofreram de cancro da mama ou lidaram...

Esta exposição, que estará patente até ao dia 18 de novembro, com entrada livre, é apresentada pela Sanofi, que traz a Portugal o trabalho do premiado fotógrafo e cineasta Koen Suidgeest. Por cada visitante da exposição, a Sanofi doará 1€ ao Centro de Mama do Centro Hospitalar de São João (CHSJ).

O objetivo de “Costuras à Flor da Pele”, um grande sucesso junto do público de Lisboa, Madrid e Barcelona, onde já esteve exposta, é contribuir para a sensibilização para o cancro, particularmente para o cancro da mama. A exposição é o resultado de uma iniciativa de Koen Suidgeest, na qual participaram mais de 200 mulheres que vivem com cancro da mama. Algumas mulheres acompanharam a doença em familiares e amigos, enquanto outras a viveram na sua própria pele.

“Para mim, a arte ser apenas arte não tem sentido. Preciso que o meu trabalho mostre algo sobre mim, em vez de ser apenas uma fotografia ou um filme bonitos. Por isso, o nascimento de “Costuras à Flor da Pele” é fruto de dois interesses distintos. Por um lado, é fruto do meu compromisso com a consciencialização sobre o cancro, porque o vivi de perto, e por outro da fotografia documental, neste caso com a componente da nudez. Uma combinação de arte com causa. Eu coloco a arte ao serviço da causa, é a minha forma de contribuir e melhorar a sociedade que nos rodeia – em pequenos passos mas de forma constante” afirma Koen Suidgeest.

A exposição pôde ser produzida devido a uma campanha de microfinanciamento e de apoio de empresas como a Sanofi. “A Sanofi tem uma experiência de 30 anos nesta área, tendo desenvolvido fármacos inovadores que aumentaram a esperança de vida dos doentes com cancro, a isto somamos o nosso compromisso de estar mais perto do doente e acompanhá-lo não apenas durante o tratamento, mas também após a remissão do cancro. Esta exposição é uma homenagem às mulheres com cancro e a Sanofi quer agradecer-lhes o gesto de se deixarem fotografar, normalizando a doença e ajudando assim outras mulheres que estão a passar por uma situação semelhante” afirma Fernando Sampaio, Diretor-Geral da Sanofi Portugal.

Em Portugal há todos os anos 1.500 mortes devido a cancro da mama, e são detetados 4.500 novos casos.

Em Janeiro
Portaria completa algumas das novas regras previstas na legislação que entra em vigor em 2016. Um dos objetivos é encaminhar as...

A partir do dia 1 de Janeiro, com a entrada em vigor da nova lei do tabaco, as embalagens em que são vendidos estes produtos passam a ter exigências adicionais. Além das mensagem de alerta para os riscos e consequências de fumar, os maços passam a ter também informação sobre onde procurar apoio para deixar este hábito, escreve o jornal Público. O número de telefone da Linha Saúde 24 (808 24 24 24) e o site da Direção-Geral da Saúde são duas das exigências do Ministério da Saúde.

A informação sobre os contactos de apoio a quem quer deixar de fumar consta de uma portaria publicada nesta segunda-feira em Diário da República, assinada pelo então secretário de Estado Fernando Leal da Costa, agora ministro da Saúde. O documento define “os números de telefone e os sítios web destinados a informar os consumidores sobre os programas de apoio disponíveis para as pessoas que pretendam deixar de fumar, que devem ser incluídos nas advertências de saúde combinadas e na advertência de saúde geral”.

A portaria vem dar resposta à nova lei do tabaco, publicada em Agosto e que entra em vigor em 2016. A nova legislação determina que “cada embalagem individual e cada embalagem exterior de produtos do tabaco para fumar, incluindo cigarros, tabaco de enrolar e tabaco para cachimbo de água, deve apresentar advertências de saúde combinadas, que incluem uma das advertências de texto e uma correspondente fotografia a cores”. No caso do texto, as embalagens devem disponibilizar “informações para deixar de fumar”, como telefones ou sites. “A informação para deixar de fumar a incluir nas advertências de saúde combinadas é a seguinte: Para deixar de fumar: 808 24 24 24 ou www.dgs.pt”, lê-se na portaria.

O diploma, assinado em Outubro mas só agora publicado, completa algumas das mudanças previstas para Janeiro. A legislação alarga os espaços públicos onde não se pode fumar, ainda que preveja um período transitório para quem fez investimentos em ventilação. Atualmente os maços de cigarro já têm frases que alertam para os riscos do consumo de tabaco, mas em 2016 a ideia é que as frases sejam acompanhados por imagens de choque, como um casal junto a um caixão de criança, lesões nos dentes, gengivas e pulmões. Os cigarros eletrónicos que contêm nicotina passam a ser abrangidos por esta lei e os rótulos passam a ser obrigatórios também nas embalagens de tabaco para cachimbo de água. Há também novas regras para o tabaco com aromas e para os termos “light” e “slim”. Na maior parte dos casos há períodos de transição.

Novembro, mês de sensibilização
As regras são publicadas em Novembro, o mês de sensibilização para o cancro do pulmão, que conta com várias iniciativas. Uma delas, da Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, é uma campanha dirigida aos jovens que alerta para os perigos do tabaco. O consumo deste produto é responsável pela maioria dos casos destes tumores malignos, com dez novos doentes por dia em Portugal.

“Apaixona-te pela vida. Não fumes! Informa-te sobre o cancro do pulmão” é o tema da campanha, que conta com várias personalidades, desde atores a desportistas. A mensagem foca-se nos mais novos, uma vez que em Portugal os jovens começam a fumar entre os 15 e os 18 anos, sendo objetivo da campanha apelar para que “não iniciem o consumo de tabaco ou, se já iniciaram, deixem de fumar”, explicou à Lusa o presidente da associação, António Araújo, que adianta que o facto de o cancro do pulmão e as outras doenças associadas ao tabaco surgirem dez, 15 ou mais anos depois de começarem a fumar leva os jovens a não associarem o risco a este comportamento.

Em Portugal são diagnosticados, por ano, cerca de 4000 novos casos de cancro do pulmão e registadas cerca de 3500 mortes. O tabaco está implicado em 85% dos casos desta doença, mas também noutras patologias como a doença pulmonar obstrutiva crónica, enfisema pulmonar e infeções respiratórias baixas, tuberculose pulmonar, doença cardíaca isquémica e doença cerebrovascular.

Cientistas usam
Cientistas do Instituto Wyss da Universidade de Harvard e da Universidade de Massachusetts estão a desenvolver uma nova solução...

As equipas envolvidas na pesquisa explicam que esse método pode “dissolver” rapidamente esses coágulos, desobstruindo completamente os vasos sanguíneos no cérebro. Basicamente, as nanopartículas juntamente com os medicamentos específicos fazem um “buraco” no coágulo que se expande gradativamente para libertar o fluxo de sangue.

“Mesmo com este procedimento, nem todos os coágulos podem ser removidos com um bom resultado. Fragmentos de coágulos podem ser deslocados, o que pode levar a danos nos tecidos no sistema circulatório do cérebro”, disse Matthew Gounis, Ph.D e professor da Universidade de Massachusetts.

O Instituto Wyss trouxe para a pesquisa o uso de nanopartículas biodegradáveis revestidas com um anti-coagulante chamado “ativador do plasminogénio tecidual” (tPA), que imita a forma de como as plaquetas do sangue se comportam dentro do corpo humano. Quando os vasos sanguíneos estão limitados/obstruídos, a pressão do fluxo sanguíneo aumenta no local para produzir um sinal físico que faz com que as plaquetas furem a parede do vaso. Da mesma forma, essa nanoterapia reage libertando nanopartículas revestidas de tPA nessas regiões onde os vasos estão bloqueados, que se ligam ao coágulo de sangue e dissolvendo-o por dentro.

Há alguns anos, cientistas descreveram um método que usava partículas magneticamente carregadas para orientar as drogas para o ponto certo, mas este novo método trabalha com stents, tubos minúsculos para injectar medicamentos, que já são vulgarmente usados na medicina.

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