Nos EUA
Investigadores do Centro de Controlo de Doenças dos Estados Unidos descobriram um parasita que parece "transmitir" o...

Os cientistas estudaram o caso de um colombiano, com o sistema imunitário debilitado pelo VIH (vírus da imunodeficiência humana), que tinha células cancerígenas que se comportavam de forma estranha, escreve o Diário de Notícias. As biópsias efetuadas aos tumores espalhados pelo corpo do homem encontraram células que agiam como células cancerígenas, mas que eram dez vezes mais pequenas que as células de cancro normais, por exemplo.

A descoberta fez os médicos colombianos pedirem ajuda ao Centro de Controlo de Doenças (CDC) norte-americano. Dois anos após terem recebidos as células, os cientistas acreditam ter resolvido o mistério, mas a conclusão é preocupante.

O patologista Atis Muehlenbachs encontrou ADN de um parasita nas células dos tumores, Hymenolepis nana, e acredita que o homem terá ingerido comida contaminada com pequenos ovos do parasita que, devido aos problemas do sistema imunitário, se multiplicaram e invadiram outras parte do corpo.

Não é claro se as células já se comportavam como células cancerígenas fora do organismo do hospedeiro ou se se modificaram já dentro do corpo humano.

"Esta é a primeira vez que vemos células cancerígenas de um parasita espalharem-se dentro de uma pessoa. É uma doença única, muito pouco habitual", disse Muehlenbachs, citado pelo Washington Post. Mas Muehlenbachs também reconhece que os cientistas não sabem quão rara é esta condição.

Porque é que esta descoberta é preocupante? Porque, apesar de se saber que outros animais, além dos humanos, sofrem de cancro, até agora os cientistas acreditavam que não era possível um parasita ter células cancerígenas e muto menos transmiti-las aos humanos -ou que estas se transformassem em células cancerígenas dentro do corpo humano.

"Pode ser a ponta do icebergue de algo que pode ser muito importante", alerta Matthew B. Laurens, um infeciologista da Universidade de Maryland.

Após denuncias
Há professores a ser chamados a juntas médicas e vários clínicos estão sob a alçada dos conselhos disciplinares da Ordem dos...

Num único caso, confirmou o Diário de Notícias, uma médica espanhola passou dezenas de atestados a docentes.

As denúncias surgiram sobretudo no distrito de Bragança, onde um total de 360 professores foram colocados neste ano letivo ao abrigo dos chamados destacamentos por condição específica (DCE). Mais de uma centena dos quais num único agrupamento de escolas, localizado no centro na capital de distrito. No entanto, questionado pelo Diário de Notícias, o Ministério da Educação e da Ciência (MEC) esclareceu que "as averiguações" a casos que geraram suspeita "não se reportaram apenas a situações numa determinada zona do país".

A intenção de recorrer a juntas médicas para esclarecer o que foi classificado de "epidemia" de casos em Bragança já tinha sido assumida, no início de setembro, pelo então ministro Nuno Crato, que deixara essa diligência dependente das conclusões de uma investigação conduzida pela Inspeção-Geral da Educação e da Ciência (IGEC).

Confirmada a existência de casos suspeitos, a medida avançou. "Na sequência de queixas apresentadas e da incidência geográfica de elevado número de pedidos de mobilidade por doença, a DGAE [Direção Geral de Estabelecimentos Escolares], em articulação com a IGEC, procedeu a uma análise de diversas situações", confirma o gabinete da ministra Margarida Mano, numa resposta enviada ao Diário de Notícias. "Na sequência desta averiguação prévia, aquelas que suscitam dúvidas serão sujeitas a ação da junta médica da ADSE."

Disciplina da ordem averigua
O recurso a juntas médicas da ADSE - o subsistema de saúde dos funcionários públicos - foi uma solução de recurso encontrada pelo MEC que, apesar de ter prevista a criação de juntas médicas regionais na sua dependência, ainda não as operacionalizou. A solução passou por uma parceria com o Ministério da Saúde, formalizada num despacho conjunto dos secretários de Estado da Saúde e da Administração Escolar, no dia 23 de outubro. O documento estipula que a Direção-Geral da Educação irá reembolsar a ADSE pelo custo destas juntas, estipulado em 180 euros por cada professor (ou familiar deste) avaliado.

O ministério não quis adiantar quantos professores - e em que distritos - serão alvo destas perícias.

José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, revelou ao Diário de Notícias que partiu da própria ordem "a sugestão do recurso a juntas médicas", depois de ter sido confrontada pelo Ministério da Educação com os casos suspeitos por este identificados. "Estes casos são de alguma sensibilidade, pelo que as juntas médicas nos parecem uma forma adequada de esclarecer as dúvidas", disse explicando que o facto de surgirem vários atestados associados a um mesmo clínico não implica necessariamente que "estes sejam falsos. São provavelmente médicos residentes do distrito de Bragança, pelo que é fácil que um médico emita vários atestados", defendeu.

O bastonário admitiu no entanto que "houve de facto alguns [médicos] que emitiram um número elevado [de atestados]", pelo que a Ordem tomou também diligências para que sejam averiguadas essas situações. "O ministério enviou-nos a comunicação com os nomes de vários médicos que terão passado um número significativo de atestados. Enviámos isso para os conselhos disciplinares, pedindo uma análise", revelou.

Quadros ultrapassados
Contactado pelo Diário de Notícias, Filinto Lima, da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), admitiu que o sucedido em Bragança foi "o fim da macacada", mas acrescentou que neste ano os destacamentos causaram mais contestação em todo o país. Não necessariamente pelo facto de terem ocorrido mais casos suspeitos. A diferença, considerou, foi que neste ano, ao contrário do que era habitual, estes destacamentos "aconteceram mais cedo", antes das colocações de professores dos quadros de zona pedagógica (QZP), que assim se viram ultrapassados em lugares aos quais habitualmente tinham acesso.

"Neste ano notou-se mais porque nós, diretores, fomos obrigados a dar componente letiva a estes professores", explicou. "No passado, como eram colocados mais tarde, normalmente não tinham componente letiva [não davam aulas]. Eram professores de apoio, que poderiam estar numa sala de estudo, numa biblioteca", contou. "Neste ano o ministério entendeu - a meu ver bem - rentabilizar estes professores, pondo-os a dar aulas. Mas isso acabou por defraudar as expectativas de muitos colegas dos QZP."

Em declarações ao Diário de Notícias, João Dias da Silva, da Federação Nacional de Educação (FNE), confirmou a existência de "várias queixas de professores dos QZP que se dizem prejudicados", reconhecendo que a situação, "pelo elevado número de pessoas que têm esse destacamento", também "levanta dúvidas" a esta organização sindical.

No entanto, defendeu também que devem evitar-se medidas drásticas na sequência deste caso: "Não deve pagar o justo pelo pecador, aproveitando-se esta situação para pôr em causa a lei." Esta é uma boa lei quando é posta ao serviço das pessoas que reúnem as condições que lhes dão o direito a usufruir dela, por si e pelos seus familiares", considerou.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro defende que o rastreio ao cancro da mama deve ser feito às mulheres até aos 75 anos, por...

Helena Gervásio, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médico, recomenda a mamografia até à mesma idade, mas é mais cautelosa sobre a alteração do rastreio nacional. Nuno Miranda, diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas afirma que a avaliação do rastreio está sempre aberto, mas para que já os estudos mostram que não se justificam alterações, escreve o Diário de Notícias.

Vítor Veloso, presidente da secção norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro - entidade responsável pelo rastreio em quatro das cinco regiões do país -, considera que a janela entre os 45 e os 69 anos é pequena. "Penso que deveria ser estendido até aos 75 anos. A esperança de vida é maior e quanto maior é a idade, maior é a probabilidade de ter cancro. Este é um tema que está a ser debatido na Europa, mas é um processo moroso", afirma.

Helena Gervásio, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médicos, afirma que "os médicos devem recomendar às mulheres que façam mamografias até aos 75 anos porque têm uma longevidade maior de vida". Faz sentido pedi-lo a título particular, mas quanto a integrar a recomendação no rastreio nacional tem mais dúvidas: "Para alargar o rastreio temos de ter estudos que mostrem que faz sentido. É preciso mostrar que se obtém resultados semelhantes aos que temos com a atual faixa etária" dos 50-69 anos".

"Coloca-se a questão se se deve aumentar a idade do rastreio até aos 74 ou se o início deve ser aos 45 anos, de forma a detetar mais alguns casos. Os dados mais sólidos e consensuais é que o rastreio compensa entre os 50 e os 69 anos e realizada de dois em dois anos", diz Nuno Miranda, diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas.

Astellas Pharma e Immunomic Therapeutics
A Immunomic Therapeutics, uma empresa de desenvolvimento de vacinas de “próxima geração” baseadas na plataforma LAMP-VAX, e a...

A tecnologia LAMP-vax aumenta a eficácia de vacinas de DNA. Tem a capacidade de fazer com que as vacinas de DNA funcionem, o que potencialmente permite vacinas eficazes para um amplo espetro de doenças.

Em janeiro de 2015, a Immunomic Therapeutics e a Astellas celebraram um contrato exclusivo de licença para o Japão de forma a desenvolverem e comercializarem ASP4070 (anteriormente designado JRC2-LAMP-VAX) concebido para tratar alergias induzidas pelo pólen do cedro vermelho japonês. A Astellas iniciou um ensaio de fase I com ASP4070 no Japão este ano. Independentemente do novo acordo, esse contrato inicial permanece em vigor.

A Astellas já adquiriu os direitos mundiais exclusivos para investigar, desenvolver, fabricar e comercializar quaisquer potenciais produtos LAMP-VAX destinados ao tratamento ou prevenção de doenças alérgicas humanas, bem como outros programas de investigação em alergias alimentares ou ambientais.

"Estamos muito satisfeitos por a Astellas ter reconhecido o potencial da tecnologia LAMP-VAX para inaugurarmos numa nova era na vacinação contra alergias comuns e graves e estamos entusiasmados por colaborarmos juntos novamente", disse William Hearl, CEO da Immunomic Therapeutics. "Com esta nova parceria, a Astellas pode explorar a plataforma LAMP-VAX para doenças alérgicas, enquanto nós continuamos com aplicações noutras áreas, como a imunoterapia no cancro".

"A Astellas define um objetivo estratégico para avançar com novas oportunidades como parte do nosso Plano Estratégico para 2015-2017, e estamos a investir ativamente em novas áreas terapêuticas e novas modalidades tecnológicas, em especial, na medicina regenerativa e vacinas da próxima geração", comentou Kenji Yasukawa, Vice-Presidente Sénior e Chief Strategy Officer da Astellas. "O nosso foco é a imunologia enquanto uma das áreas prioritárias para investigação e estamos a explorar alvos para descobertas de novos medicamentos que envolvem vários distúrbios imunológicos, com o objetivo de desenvolvermos um tratamento causal para doenças imunológicas. Estamos, novamente, muito animados com a parceria com a Immunomic Therapeutics, pois esta operação apoia, ainda mais, os nossos objetivos estratégicos e reforça o nosso pipeline em imunologia".

Sobre a plataforma LAMP-vax
A plataforma LAMP-VAX é uma tecnologia inovadora que tem o potencial de melhorar substancialmente a utilização de vacinas para várias doenças. LAMP-vax é uma vacina de DNA de última geração que estimula uma resposta imunitária contra uma proteína particular, injetando o DNA que codifica a proteína em vez da própria proteína. No entanto, ao contrário das vacinas de DNA convencionais, o LAMP-VAX inclui uma sequência curta de DNA que codifica a Proteína de Membrana Associada ao Lisossoma (LAMP). Isso permite vacinas de DNA, desenvolvidas com base na plataforma LAMP-VAX, de utilizar a bioquímica natural do organismo para desenvolver uma resposta imune mais completa em relação às vacinas convencionais. Ao contrário das vacinas de DNA convencionais que provocam principalmente uma resposta imune pelas células T citotóxicas, as vacinas de DNA desenvolvidas utilizando LAMP-vax iniciam uma resposta imunitária mais completa, incluindo a produção de anticorpos, a libertação de citocinas e memória imunológica. A capacidade para ativar uma resposta imunitária completa dá potencial à tecnologia LAMP-vax numa grande número de doenças incluindo doenças alérgicas e imunoterapia no cancro.

Sobre a Immunomic Therapeutics
A Immunomic Therapeutics, Inc. é uma empresa privada de biotecnologia dedicada a vacinas pioneiras que transformam vidas. Sediada em Hershey e com instalações laboratoriais em Rockville, a Immunomic Therapeutics desenvolve vacinas de ”próxima geração” baseadas na tecnologia patenteada LAMP.

A visão da Immunomic Therapeutics é ter medicamentos aprovados pelas agências reguladoras mundiais em várias doenças: alergias (pólen, alimentação, ambiente, animais), cancro, doenças infecciosas e saúde animal.

Sobre Astellas
A Astellas Pharma é uma companhia farmacêutica comprometida com a melhoria do estado de saúde das populações mundiais, fornecendo as mais recentes e inovadoras terapêuticas. O foco da organização está na disponibilização de terapêuticas, ao nível da I&D e da comercialização de tratamentos eficazes, que melhorem a vida dos doentes, continuando a crescer de forma sustentada no seu setor. É uma das 20 maiores empresas farmacêuticas, que emprega cerca de 15 mil colaboradores em todo o mundo.

A Astellas está em Portugal desde 1967, conta com cerca de 53 colaboradores e focaliza-se nas seguintes áreas terapêuticas: Oncologia, Urologia, Dermatologia, Transplantação, Anti-infecciosos e Dor.

Para mais informações sobre a Astellas visite http://www.astellas.com.pt/pt/.

Agência Europeia do Medicamento
A administração de vacinas contra o vírus que provoca o cancro do colo do útero (papiloma vírus humano – HPV) não provoca...

Citando um relatório do Comité de Avaliação de Riscos da Agência, conclui-se que não “há um nexo de causalidade” entre as vacinas e o desenvolvimento da síndrome de dor regional complexa ou síndrome de taquicardia.

A vacina é comercializada em Portugal desde 2006 e, nos primeiros três anos, foram notificados 21 casos de reações adversas, de acordo com a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que considerou que o benefício da vacina era claramente superior ao risco.

Diz a Agência Europeia que as vacinas contra o HPV são dadas a jovens mulheres para as proteger do cancro cervical e de outras doenças provocadas pelo HPV, assim como de condições pré-cancerosas.

E acrescenta que, com estas conclusões, “não há razão para mudar a forma como as vacinas são usadas ou alterar as informações sobre o produto”.

A Agência Europeia diz depois que, quer a síndrome de dor, quer a alteração da frequência cardíaca são situações que podem acontecer na generalidade da população, incluindo adolescentes, independentemente da vacinação.

O Comité, diz-se ainda no comunicado, reviu os dados existentes, as informações sobre os ensaios clínicos e os relatórios sobre casos suspeitos de efeitos secundários em pacientes e em profissionais de saúde. Analisou também dados fornecidos pelos Estados-membros e consultou especialistas e grupos de pacientes.

Estima-se, no comunicado, que os dois sintomas descritos (dor ou taquicardia) surgem em 150 jovens mulheres por cada milhão de habitantes, em cada ano.

E não foi encontrada nenhuma evidência de que estas taxas sejam diferentes em raparigas vacinadas.

Mais de 80 milhões de jovens mulheres já receberam a vacina, com uma taxa de cobertura da população alvo na ordem dos 90 por cento, em alguns países da União Europeia.

O cancro do colo do útero é responsável por “dezenas de milhar de mortes na Europa todos os anos”, diz-se no comunicado, que acrescenta: “Os benefícios das vacinas contra o HPV continuam portanto a ser superiores aos riscos. A segurança destas vacinas, bem como de todos os medicamentos, continuará a ser cuidadosamente monitorizada”.

DGS
Uma especialista da Direção-Geral de Saúde defendeu que as consequências do surto de 'legionella' de Vila Franca de...

Segundo Teresa Marques, da Direção-Geral de Saúde(DGS), apesar de terem sido identificados durante o surto 403 casos de possíveis doentes - dos quais se confirmaram 377 -, a taxa de mortalidade registada foi baixa, se comparada com outros surtos de intensidade semelhante, o que se deveu, em parte, à ação precoce das autoridades.

"Houve vários fatores coincidentes que fizeram com que houvesse um número elevado de doentes, apesar de termos atuado precocemente e de a taxa de mortalidade ter sido baixa", afirmou aquela responsável, recordando que, ao segundo dia da investigação sobre a origem do surto, foram encerradas as torres de refrigeração que depois se confirmou serem a fonte de disseminação da doença.

A coordenadora do Programa de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença dos Legionários falava durante o 31.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que decorre entre hoje e sábado em Albufeira, onde fez uma apresentação subordinada ao tema "Surto de doença dos legionários de Vila Franca de Xira: a ação de uma equipa multidisciplinar".

O surto de 'Legionella' teve, alegadamente, origem nas torres de refrigeração da empresa Adubos de Portugal, na freguesia de Forte da Casa, em Vila Franca de Xira, tendo afetado sobretudo homens entre os 50 e 60 anos, um padrão comum para surtos daquela doença.

Teresa Marques sublinhou que o surto foi originado por uma "coincidência de condições meteorológicas, ambientais e microbiológicas" favoráveis à propagação da doença, nomeadamente o facto de terem estado dias de muito calor, para a época, de o vento predominante ter sido de nordeste e de a humidade relativa ter estado muito alta.

Além disso, a bactéria tinha "características particulares de virulência" e houve ainda a ocorrência de ventos do norte de África que transportavam areia, sendo que os grãos de areia "podem servir de núcleo às gotículas" que propagam a doença, explicou.

O momento em que a equipa que investigou o caso percebeu que o surto não tinha origem na rede pública de água deu-se quando foi identificada uma doente que estava acamada e que era lavada na cama, logo, não poderia ter sido infetada através da inalação de água, tendo-se concluído que as gotículas foram transmitidas por via aérea, devido às janelas do quarto terem estado abertas, recordou.

Segundo Teresa Marques, as primeiras pessoas a iniciarem sintomas foram dois trabalhadores de uma empresa do norte do País que tinham ido fazer a limpeza das torres, sendo que um deles morreu.

Após o surto, foi elaborado um relatório que recomendava a criação de legislação específica que enquadrasse a atuação dos responsáveis por este tipo de equipamentos, mas, questionada pela Lusa, aquela responsável disse desconhecer se já teria sido criada alguma lei nesse sentido, remetendo a questão para o ministério do Ambiente.

O surto, o segundo com maior numero de casos a nível mundial, teve início a 7 de novembro de 2014 e foi considerado extinto a 21 de novembro, tendo o ministro da Saúde na altura, Paulo Macedo, realçado a resposta dos hospitais que terão tratado mais de 300 pneumonias.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Doença Venosa Crónica
Estima-se que 1/3 da população ocidental sofra de doença venosa crónica e, só em Portugal calcula-se
Varizes homem

A hereditariedade, a idade, a obesidade e as condições hormonais são alguns dos fatores de risco que fazem das mulheres o alvo preferido das varizes.

A verdade é que, as varizes se vão agravando à medida que envelhecemos, no entanto, isto não significa que uma pessoa mais jovem não as possa ter. Aqui a hereditariedade tem um peso muito elevado, deste modo, e sobretudo as mulheres que têm um historial familiar de varizes devem ter maior preocupação e cuidado no que à prevenção diz respeito.

A verdade é que, desde a puberdade, à menopausa, as mulheres passam por várias etapas marcadas por autênticas revoluções hormonais, ficando mais suscetíveis ao desenvolvimento de varizes.

O aparecimento de varizes é motivado por dificuldades de drenagem sanguínea relacio­nadas com o estado das veias e com a insuficiência das válvulas existentes no interior das mesmas, afetando sobretudo os membros inferiores.

Os sintomas mais frequentes são a sensação de cansaço e peso nas pernas, podendo, ou não, ser acompanhada de alguma dor, o inchaço nos pés, cãibras e comichão.

Existem dois tipos de varizes, as chamadas varizes primárias, que aparecem influenciadas por uma tendência hereditária e as chamadas varizes secundárias que aparecem por doenças adquiridas no decorrer da vida e que são de tratamento mais difícil.

As varizes primárias são as responsáveis pelas antiestéticas linhas vermelhas e azuis de diversos tamanhos na perna da mulher e também pelas varizes de maior calibre e são as mais frequentes. Elas são também designadas de Telangiectasias.

As varizes secundárias são provocadas por tromboflebites e, mais raramente, podem surgir por fístulas arteriovenosas, como consequência de hábitos prejudiciais ou, por exemplo, depois de acidentes que obrigam a pessoa a ficar muito tempo acamada sem tomar as devidas precauções profiláticas.

As varizes afetam, normalmente, as veias superficiais e podem ser tratadas através de medicamentos flebotónicos, da secagem das veias (escleroterapia) e, se for necessário, da sua posterior remoção.

Se já tem varizes e quer controlar o seu reaparecimento, ou se tem antecedentes familiares e pretende prevenir a manifestação dos sintomas, deixamos-lhe aqui alguns conselhos:

  • Evite estar muito tempo de pé ou sentado sem mexer as pernas. Se não puder andar, faça movimentos com os pés, rodando os tornozelos, como se estivesse a fazer o aquecimento para uma prova desportiva. Ao contrair os músculos, vai ajudar a circulação do sangue.
  • Não cruze as pernas quando se senta, uma vez que, ao fazê-lo estará a aumentar a pressão na perna que fica em baixo.
  • Use meias elásticas (ou de “descanso) que ajudam a prevenir o aparecimento de varizes. Mas tenha atenção para que estas não fiquem demasiado apertadas e não as use quando estiver muito calor.
  • Eleve as pernas para descansar enquanto dorme. Mas não utilize almofadas para esse fim. Com o peso, as almofadas têm tendência para ceder e comprimem as pernas. Em vez disso, experimente elevar o colchão, cerca de 20 centímetros, colocando uma manta dobrada por baixo.
  • Evite os alimentos fritos e a acumulação de gorduras, que podem dificultar a circulação sanguínea.
  • Beba cerca de 1,5 litros de água por dia. A ingestão de líquidos tornará o sangue menos denso facilitando o seu fluxo no sistema venoso.
  • Pratique exercício físico regularmente. Fazer caminhadas, andar de bicicleta e natação são a melhor escolha para quem tem insuficiência venosa.
  • No Verão não se exponha demasiado ao sol uma vez que o calor dilata as veias. E tenha o cuidado de ir molhando as pernas para as manter frescas.
  • No final do banho molhe sempre as pernas com água fria. Com o frio, as veias vão contrair, sendo esta uma forma de melhorar o seu funcionamento.
  • Evite usar vestuário apertado e escolha calçado confortável. No caso das mulheres, não use sapatos rasos, nem saltos com mais de 5 cm.
  • Se fuma fique a saber que o consumo de tabaco prejudica também a fluidez do sangue no retorno venoso para o coração, agravando o problema a quem sofre de varizes.

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Tratamento de varizes: mitos e realidades

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Saúde capilar
Todos sabemos que com a chegada do Outono aumentam as queixas no que diz respeito à queda de cabelo.
Mulher com olhar preocupado a olhar para o cabelo

Lavar todos os dias a cabeça faz cair o cabelo?

Mito – Especialistas explicam que a frequência com que lavamos o cabelo não interfere com os bulbos capilares. Os cabelos que caem durante o banho cairiam de qualquer maneira, por isso não se assuste! Aconselha-se até uma boa higienização do couro cabeludo uma vez que a sujidade impede o crescimento do cabelo e obstrui os poros.

Lavar a cabeça com água quente faz cair o cabelo?

Mito - Lavar a cabeça com água quente não faz o cabelo cair. No entanto, a temperatura da água poderá estimular a produção de oleosidade. Nos casos de dermatite seborreica, por exemplo, este factor, pode até piorar o problema e favorecer a queda.

Cabelo muito oleoso e com caspa intensifica a queda?

Verdade - A oleosidade impede o crescimento saudável do cabelo, como já referimos. O aumento de oleosidade pode gerar caspa e descamação do couro cabeludo, e estes podem ser, de facto, fatores que levam à queda de cabelo.

Pintar o cabelo fá-lo cair?

Mito – Os químicos presentes nos produtos de coloração apenas afetam a haste do cabelo, e não a raiz (que é a responsável pelo seu crescimento). Pintar os cabelos com frequência apenas afeta a sua resistência e promove a perda de brilho, tornando-o mais seco também.

Dormir com os cabelos molhados faz mal?

Verdade – Deitarmo-nos com o cabelo molhado vai facilitar a proliferação de fungos e caspa, o que poderá levar à queda de cabelo.

Os champôs anti-queda podem atrasar ou reverter a calvíce?

Mito - Um champô é apenas um complemento de qualquer tratamento capilar. A sua principal função é manter o couro cabeludo limpo e estável, e só por si não garante outros resultados.

O cloro das piscinas por provocar a queda de cabelo?

Mito – Apesar de poder aumentar a fragilidade ou secura do cabelo, não o faz cair.

A alimentação influencia a queda de cabelo?

Verdade – Uma alimentação pobre em vitaminas e minerais afeta a saúde do seu cabelo. Na realidade, estes elementos são essenciais para manter um cabelo saudável e bonito. As proteínas, ferro, zinco, vitamina A e C são os melhores aliados do seu cabelo. Não se esqueça!

Os anti-depressivos fazem cair o cabelo?

Verdade – Alguns anti-depressivos, assim como outros medicamentos, podem interferir com o ciclo dos cabelos aumentando, assim, a queda. Podem até encurtar a fase do crescimento dos cabelos fazendo com que eles caiam antes do tempo.

Cortar o cabelo torna-o mais forte?

Mito - Esta sensação deve-se ao facto de o cabelo ser cortado a meio da haste, onde é mais grosso do que na ponta. A verdade é que, quanto mais curto estiver o cabelo, mais forte ele nos parece. No entanto, cortar o cabelo não afeta o seu crescimento nem impede que caia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para a importância de rastrear a doença
A Retinopatia Diabética é uma manifestação oftalmológica da Diabetes Mellitus, sendo considerada uma das principais causas de...

Todos os anos mais de 3 mil pessoas cegam de forma irreversível no nosso país devido a esta doença. Por outro lado, o número de doentes para tratamento tem aumentado, passando de 3425 em 2010 para 8110 em 2013, correspondendo a um aumento de 137 por cento, informa a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) por ocasião do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala a 14 de novembro.

A Retinopatia Diabética (RD) ocorre por alterações dos vasos de pequeno calibre (microangiopatia), aumento do fluído no espaço extra-vascular (edema), redução do fluxo sanguíneo (isquémia) e formação de novos vasos (neovasos). A investigação no desenvolvimento desta patologia foca-se principalmente nos mecanismos moleculares que contribuem para estas alterações que ocorrem de forma assintomática.

Rita Flores, secretária-geral da SPO, explica que “como a RD é silenciosa, as alterações na visão surgem em fases avançadas da doença. O rastreio oftalmológico é fundamental na deteção precoce, antes do aparecimento dos sintomas e de lesões irreversíveis”.

“O rastreio é realizado pelo oftalmologista através de um exame oftalmológico periódico, no qual é observado o fundo ocular após dilatação (oftalmoscopia). Para rastreios em grandes massas populacionais, a observação oftalmoscópica pode ser substituída por fotografias do fundo ocular. O exame oftalmológico deve ser realizado nos diabéticos tipo I, 5 anos após o seu diagnóstico e nos diabéticos tipo II, aquando do diagnóstico. Posteriormente deverá ser realizado anualmente. Na gravidez o rastreio deve ser efetuado trimestralmente”, refere a especialista.

Rastrear e prevenir é fundamental porque o tratamento da RD é difícil e envolve várias etapas e objetivos. “O doente assume um papel fundamental, uma vez que é de extrema importância o controlo da glicemia, da tensão arterial, do perfil lipídico, evitar fatores de risco como obesidade (controlo do perímetro abdominal e índice de massa corporal), praticar exercício físico regularmente e realizar uma alimentação saudável com fibras, verduras e frutos). O doente deve ter consciência da importância da sua colaboração e o seu médico de família deve ser informado”, defende Rita Flores.

A oftalmologista ainda afirma que “neste momento, dispomos de diversos tratamentos para a retinopatia diabética, nomeadamente fotocoagulação LASER, injeções intra-vítreas de fármacos anti-VEGF e corticóides. Diversos estudos tem mostrado a importância da combinação de tratamentos potencializando os seus efeitos. No entanto cada doente deve ser considerado individualmente e a orientação terapêutica deve ser adequada a cada situação clínica”.

A Diabetes Mellitus atinge 371 milhões de pessoas em todo o mundo e estima-se que em 2030 atinja os 552 milhões, correspondendo a um aumento de cerca de 50% da população afetada. Em Portugal 13,0% da população entre os 20 e os 79 anos apresenta Diabetes (estudo PREVADIAB 2013). O estilo de vida sedentário, obesidade, hábitos alimentares e envelhecimento progressivo da população são os grandes fatores de risco para a evolução desta doença.

Estudo
Os doentes com cancro da mama avançado e com níveis de produção de insulina mais elevados, têm um prognóstico ...

Pequenas mudanças no estilo de vida dos doentes e um maior conhecimento médico sobre o efeito que a resistência à insulina tem na progressão da doença poderão ajudar a lutar contra o problema, afirma uma das investigadoras, Nicoletta Provinciali, médica oncologista do Hospital Galliera, em Génova.

Os resultados da investigação, que vão ser divulgados hoje durante a 3ª Conferência Internacional de Consenso sobre cancro da Mama Avançado (ABC3), que decorre até dia 7, indicam que os doentes com um cancro de mama que já avançou para outras partes do corpo (metastizado) e que têm níveis de insulina mais altos, sem serem diabéticos, têm um prognóstico pior.

O estudo conclui que o efeito dos níveis mais elevados de insulina nas fases iniciais de cancro da mama já era conhecido, mas que esta é a primeira vez que se demonstra que a resistência à insulina - em que o corpo não usa convenientemente a insulina que produz, o que o leva a produzir em excesso – é “um fator que conduz a um pior prognóstico em doentes com cancro da mama avançado”.

A investigação envolveu 125 doentes com cancro da mama metastizado, não diabéticos, com tumores HER2 negativos, a receber quimioterapia de primeira linha como parte de um ensaio clinico.

Os investigadores verificaram então a relação entre a resistência à insulina e o período de tempo em que o doente viveu sem que a doença progredisse (sobrevivência sem progressão da doença), bem como a sua sobrevivência global (período de tempo que permaneceu vivo).

“Após ter em conta outros fatores que afetam a sobrevivência sem progressão da doença (PFS) e a sobrevivência global, como a idade e o índice de massa corporal (IMC), verificámos que os níveis elevados de insulina são um fator independente de mau prognóstico nos doentes com cancro da mama avançado, refere Nicoletta Provinciali.

Os investigadores mediram os níveis de glucose nos doentes usando um índice que mede os níveis individuais de sensibilidade à insulina e concluíram que 46,95% dos doentes foram classificados como resistentes à insulina, 40,5% tinham peso a mais e 16,37% eram obesos.

Um nível normal de insulina ronda os 2, doentes com um nível de 2,5 ou mais têm resistência à insulina.

As 125 mulheres envolvidas tinham uma média de idades de 60 anos, a PFS foi de cerca de 11,5 meses nas mulheres com um nível menor que 2,5 e de 8,5 meses naquelas que tinham um valor de 2,5 ou superior.

Encontrada esta “clara evidência”, a responsável considera agora ser necessário “encontrar formas de atacar este metabolismo para desenvolver novos tratamentos para estes doentes”.

Umas das características das células cancerígenas é a sua capacidade para crescer rápida e incontrolavelmente, e para resistir à morte programada que ocorre em células não-cancerígenas.

“Sabemos que os fatores de crescimento são críticos para o desenvolvimento e progressão do cancro, e que a insulina é um importante fator de crescimento dos tecidos do nosso corpo, apesar de não sabermos como é que isso afeta diretamente o desenvolvimento das células cancerígenas”, refere a médica.

Os investigadores consideram que uma das formas de lutar contra o problema pode passar por simples mudanças no estilo de vida, como uma melhor dieta, mais exercício e uso de terapêuticas baratas e disponíveis como a metformina (um antidiabético).

União Europeia
Instituições científicas de 11 países recebem dinheiro da União Europeia para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra o...

Um consórcio de 22 instituições recebeu 23 milhões de euros para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus da imunodeficiência humana (VIH), segundo um comunicado divulgado, escreve o jornal Público. O financiamento atribuído pelo programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia será usado para encontrar as melhores candidatas a vacinas.

O consórcio é liderado pelo Imperial College em Londres, no Reino Unido, e conta com a colaboração de universidades e empresas de mais oito países europeus (Alemanha, Áustria, Espanha, França, Holanda, Hungria, Itália e Suécia), e ainda da Austrália e do Canadá.

Há 30 anos que se tenta desenvolver uma vacina contra o HIV, mas sem sucesso. Este vírus mata células do sistema imunitário e acaba por deixar as pessoas vulneráveis a qualquer microorganismo, desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida, ou sida. Sem tratamento, os doentes acabam por morrer das infecções que se propagam pelo corpo. Apesar de não haver cura, os medicamentos anti-retrovirais existentes fazem diminuir muito o número de vírus no corpo, o que permite viver durante décadas com o vírus.

No final de 2013, existiam 35 milhões de pessoas com este vírus, segundo as contas da Organização Mundial da Saúde. Muitas delas sem acesso aos medicamentos, principalmente na áfrica subsariana. Todos os anos, dois milhões de pessoas são infetadas pelo VIH. E, por ano, estima-se que sejam gastos cerca de 20.000 milhões de euros no mundo inteiro para o tratamento de pessoas com o VIH e sida.

“Criar uma vacina eficaz contra o VIH representa um dos maiores desafios biológicos para esta geração”, considera Robin Shattock, coordenador do Iniciativa Europeia da Vacina da Sida (EAVI2020, sigla em inglês), e professor no Imperial College. Naquele instituto, a equipa vai estudar a resposta imunitária de pessoas saudáveis a potenciais vacinas para o VIH, analisando depois como se dá a produção dos anticorpos contra o vírus. Desta forma, poderão avaliar quais são os melhores candidatos a vacina.

“Agora, sabemos muitos mais sobre como os humanos desenvolvem respostas imunitárias protectoras e como devemos estruturar os candidatos a vacinas”, diz Robin Shattock, citado num comunicado da sua instituição, acrescentando que o consórcio permitirá reunir o conhecimento de especialistas em diferentes áreas e acelerar os ensaios clínicos.

Relatório revela
Portugal tem o dobro da mortalidade de Espanha por acidente vascular cerebral, registando 88,1 óbitos por cada cem mil...

As diferenças não são fáceis de explicar, mas podem atribuir-se ao facto de haver mais acidentes vasculares cerebrais (AVC) do que em Espanha em parte associados à hipertensão. Há ainda diferenças culturais e no tratamento da doença, referem os especialistas, que avisam que esta devia ser uma área prioritária.

Os resultados nas doenças cardiovasculares têm pontos positivos e negativos. E, se é verdade que Portugal está entre os países que têm a maior taxa de mortalidade, ficando em 7º lugar entre 34, é também um dos que mais progrediram nas últimas duas décadas. De 1990 a 2013, a taxa caiu 73%. Nessa altura, havia 330 óbitos por cem mil habitantes. "Partimos de um ponto elevado. Temos uma taxa de incidência que influencia os resultados. Há fatores de risco como o excesso de sal, que está associado à hipertensão. Temos cerca de metade da população com este problema, mas grande parte não está diagnosticada ou devidamente tratada", diz ao Diário de Notícias Vítor Cruz, da direção da Sociedade Portuguesa de AVC.

Em Portugal, morreram 12 273 pessoas com AVC em 2013 - mais de uma por hora -, quase o dobro das por enfarte. Além da hipertensão, há múltiplos fatores. "Desde logo o tabagismo, que ainda afeta quase 20% da população, o sedentarismo e a obesidade. Se olhar para as pessoas com 40 ou 50 anos, estas já acumulam quase sempre três fatores de risco", refere, acrescentando que também existirão fatores genéticos a explicar esta taxa da doença.

Rui Ferreira, o diretor do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, avança que Portugal e Espanha são diferentes. "Desde logo, a mortalidade é maior do que por enfarte, o que não acontece numa grande parte dos países europeus."

Instituto Nacional de Estatística
O Índice de Bem-estar para Portugal recuperou o crescimento em 2013, que deve continuar em 2014, principalmente nos indicadores...

Elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) pelo terceiro ano consecutivo, o índice abrange o período de 2004 a 2014 (ano em que os resultados são preliminares), escreve o Sapo, e baseia-se em metodologia definida por um conjunto de organizações internacionais (OCDE e o Eurostat), aplicada por vários institutos de estatística.

Segundo o INE, o Índice de Bem-estar em Portugal (IBE) evoluiu positivamente entre 2004 e 2011, atingindo o valor de 108,8 em 2011. Em 2012 reduziu-se para 108,1, tendo recuperado em 2013 (108,6) e estimando-se que atinja 110,5 em 2014.

Dos 10 domínios que integram o IBE, a Educação, o Ambiente e a Saúde são as componentes do bem-estar com evolução mais favorável. Inversamente, os domínios Trabalho e remuneração e Vulnerabilidade económica são aqueles cuja evolução foi mais desfavorável em 10 anos.

Agravamento desde 2006
“Em praticamente todos os anos desde 2006, verificou-se um agravamento do índice relativo à Vulnerabilidade económica, atingindo-se em 2013 o índice 76,21”, refere o INE.

Entre outros parâmetros, para a área da Saúde são usados indicadores como taxas de mortalidade (por várias doenças) e a satisfação dos utentes com os serviços e, para a da Educação, o número de doutoramentos, proporção de pessoas com níveis de escolaridade correspondentes ao ensino superior e o número de publicações científicas e patentes pedidas.

Já para a área do Ambiente são usados parâmetros como a qualidade da água e do ar, a perceção da população sobre a intensidade do ruído e a análise do destino final dos resíduos e, para a área do Trabalho, entre outros, são considerados a qualidade e a vulnerabilidade do trabalho e a disparidade salarial segundo o sexo.

Os dados preliminares de 2014 apontam para uma nova quebra, representando na comparação com o ano base uma variação de 24,7 pontos percentuais.

Estes dados refletem “a progressiva vulnerabilidade das famílias fortemente induzida pelo afastamento das mesmas do mercado de trabalho, pelos elevados níveis de endividamento e pela intensificação da dificuldade em pagar os compromissos assumidos com a habitação”.

Já o “Trabalho e remuneração” foi a componente do bem-estar com evolução mais desfavorável, devido essencialmente ao aumento do desemprego e outras variáveis relacionadas, que se acentuou a partir de 2009. O valor projetado para 2014 indicia uma ligeira inversão desta tendência.

No período analisado, os dois índices sintéticos “Condições materiais de vida” e “Qualidade de vida” evoluíram em sentidos opostos, com o primeiro a evidenciar uma tendência decrescente, que se atenuou a partir de 2012, e o segundo a apresentar uma tendência crescente, ligeiramente atenuada após 2011.

Os dados para 2014 “permitem perspetivar uma ligeira alteração da trajetória referida no que se refere ao índice relativo às Condições materiais de vida”.

“Depois, do (contínuo) agravamento ao longo dos últimos 10 anos, que implicou uma desvalorização de 15,7 pontos percentuais entre 2004 e 2013 ─ devido à forte correlação entre muitas das variáveis que compõem este indicador sintético e o funcionamento do sistema económico -”, este índice poderá apresentar um ligeiro acréscimo em 2014.

Para a evolução das Condições materiais de vida “contribuiu positivamente o comportamento do domínio do Bem-estar económico, o qual atinge um índice de 108,6 no ano 2009 decrescendo nos anos seguintes até 2012 e crescendo a partir desse ano”.

O acréscimo projetado de 4,8 pontos percentuais no domínio do Bem-estar económico ocorrido entre 2004 e 2014 não foi, contudo, suficiente para evitar o decréscimo do índice agregado das Condições materiais de vida, dada a forte descida ocorrida nos outros dois domínios: Vulnerabilidade económica e Trabalho e remuneração.

Com mais de 65 anos
Mais de 1,1 milhões de portugueses com mais de 65 anos vacinaram-se contra a gripe nesta época, de acordo com o relatório do...

Segundo a 2ª avaliação do Vacinómetro nesta época gripal (2015/16), foram já vacinados 1.108.711 de pessoas com mais de 65 anos.

Com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos, receberam a vacina 167.595 pessoas.

Em relação às profissões de risco, aderiram à campanha de vacinação 42,2 por cento (%).

Até ao momento, 21,4% dos doentes crónicos foram vacinados contra a gripe.

Do total dos inquiridos, 7,2% foram vacinados pela primeira vez contra a gripe, enquanto os restantes já tinham recebido esta medida profilática.

Ministro da Saúde assegura
O ministro da Saúde assegurou que os hospitais estão preparados para responder aos efeitos do frio e das doenças mais...

O novo ministro, Fernando Leal da Costa, esteve reunido com as administrações regionais de Saúde para discutir o plano de contingência para o frio, tendo ainda visitado o hospital Amadora-Sintra, que, no natal passado, chegou a registar mais de 20 horas de espera nas urgências.

“Estivemos a fazer uma revisão da planificação para o inverno 2015/2016, que todos desejamos que corra melhor do que correu o de 2014/2015. Estamos preparados para as contingências, mas sabemos que serão sempre tempos mais difíceis e por isso nos preparamos com antecedência”, afirmou Leal da Costa, no final da visita às urgências do Amadora-Sintra.

O ministro sublinhou o “número muito elevado” de contratações de médicos e enfermeiros, ao longo deste ano, quer para o quadro dos hospitais, quer autorizando prestações de serviço necessárias.

Sobre estes médicos tarefeiros, cujas faltas ao trabalho chegaram a estar na origem de longas esperas nas urgências no inverno passado, Leal da Costa anunciou que, a partir deste mês, haverá uma “nova tipologia de acordo” que será “muito mais rigorosa” na contratualização destes profissionais prestadores de serviço.

Estes novos contratos, referiu o governante, “antecipam mecanismos para que não existam faltas, como em anos anteriores”.

Para o Ministério da Saúde, os hospitais e os cuidados de saúde primários estão, “sem exceção, em estado de prontidão”, com o plano de contingência para o frio em aplicação dentro dos prazos previstos.

Leal da Costa sublinhou que os centros de saúde podem alargar, sem necessidade de qualquer autorização governamental prévia, os horários de funcionamento durante os meses de inverno, sendo essa uma decisão que cabe a cada administração regional de saúde, à medida das necessidades e do aumento da procura.

Segundo o Ministério, as altas dos chamados “casos sociais” (que ocupam camas sem necessidade clínica e são cerca de uma centena em todo o país) devem ser resolvidas de forma rápida, com a transferência de pessoas para lares, de forma a libertar camas e facilitar novos internamentos.

Um reforço de macas e a prática de dar altas médicas ao fim-de-semana sempre, que clinicamente seja possível, são outras das “boas práticas” aconselhadas pelo Ministério da Saúde aos hospitais.

Quanto à vacina da gripe, que pode impedir o agravamento de situações que requeiram visitas à urgência, já foram dadas nos centros de saúde mais de 650 mil doses, que se elevam a 800 mil quando se juntam as unidades dadas em lares de idosos e fora do Serviço Nacional de Saúde.

Sobre o Amadora-Sintra, o ministro da Saúde indicou que a “perturbação” ocorrida no natal de 2014 se deve a circunstâncias que agora “estão antecipadas”, indicando que há um conjunto de medidas planificadas que “permitirão uma resposta mais pronta”.

“Mas convirá não esconder a realidade, este Hospital foi construído há 20 anos, tem algumas dificuldades estruturais, tem problemas de lotação. (…) Tudo será melhor, mas não posso comprometer que tudo será necessariamente perfeito”, declarou.

Estudo
Os produtos à base de carne comercializados em toda a Europa exibem rótulos pouco claros e com informação limitada, tornando-se...

Nomes que geram confusão, aditivos não especificados e o teor de carne não identificado são algumas das situações relatadas num relatório do Gabinete Europeu das Uniões de Consumidores (BEUC), que denunciou, por exemplo, que os consumidores estão a comprar carne injetada com água, carne picada com sulfitos e frango “disfarçado” de bovino em ‘kebabs’.

A indústria alimentar europeia tem estado sob escrutínio público desde que em 2013 foram descobertos vestígios de carne de cavalo em produtos de carne de vaca, como hambúrgueres, lasanhas ou almôndegas. A descoberta levou à retirada de milhões de produtos das prateleiras dos supermercados.

“Se estamos empenhados na reconstrução da confiança na carne, os Estados-membros da UE precisam de reforçar os controlos e de certificarem-se que os rótulos são completos e exatos”, afirmou Monique Goyens, diretora do BEUC, num comunicado.

“Os consumidores que compram carne de porco assada ou salsichas grelhadas devem saber através do rótulo quanta carne estes produtos contêm. Ninguém quer comprar água pelo preço de carne”, disse a representante.

No documento, o BEUC afirmou que nos últimos meses têm existido casos frequentes em que os rótulos não fornecem a quantidade de água adicionada ou declaram a percentagem de carne existente no produto.

Ao nível das recomendações, o gabinete defende controlos mais frequentes por parte das autoridades da UE, bem como instou Bruxelas a dar prioridade aos esforços de combate à fraude alimentar.

Este relatório é divulgado um dia depois de um estudo promovido por ativistas ter denunciado que um terço do peixe servido nos restaurantes em Bruxelas – incluindo nas próprias cantinas da UE -, é muitas vezes a versão mais barata do produto exibido no menu.

Fitoterapia
Conhecida por ser o método terapêutico que utiliza plantas medicinais no tratamento das doenças, a F

A Fitoterapia é, do ponto de vista etimológico, a “terapia pelo vegetal”ou do “mundo vegetal”.

Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como uma terapia tradicional, apoiada pela medicina não convencional, ela é, cada vez mais, utilizada na sociedade ocidental.

O primeiro sistema de Fitoterapia terá sido desenvolvido há cerca de quarto mil anos, na Índia.

Hoje em dia, o uso das plantas com fins curativos é usado um pouco por todo o Mundo.

A verdade é que, grande parte dos medicamentos, – cerca de mais de um terço -conhecidos como químicos ou alopáticos que hoje em dia são utilizados, são derivados de plantas. É o caso da aspirina, por exemplo. O ácido acetilsalicílico é um composto do salgueiro transformado quimicamente.

A morfina feita de sementes de ópio e até as pílulas anticoncepcionais tendo o seu composto origem no inhame selvagem.

Ao contrário do que acontece com os medicamentos – que extrai da planta apenas o seu princípio ativo (ou seja, uma pequena parte), a Fitoterapia utiliza a planta por inteiro ou grande parte dela.

Este método terapêutico faz uso de algas, bolbos, raízes, flores, cascas, folhas, sementes e até de plantas selvagens, especiarias, frutas e vegetais.

As ervas medicinais podem ter propriedades anti-inflamatórias, anti-bacterianas, anti-fúngicas, entre outras, ou uma ação calmante, fortificante, sedativa ou estimulante.

A Fitoterapia tem sido utilizada para aliviar sintomas de doenças crónicas como as alergias, a asma, a cistite, a depressão, nevralgia, bem como algumas doenças do aparelho digestivo, entre outras.

De acordo com a OMS são utilizadas mais de 20 mil plantas, em todo o Mundo, graças às suas propriedades medicinais.

Mas apenas cerca de duas a três mil têm sido estudadas cientificamente.

Por isso, importa ainda referir que, muito embora, se trate de um método com recursos bem naturais, a Fitoterapia é segura quando usada de forma correta – respeitando sempre a dose recomendada e ter em atenção que nem sempre pode ser misturada com outros medicamentos.

Lembre-se: se pensar recorrer à Fitoterapia não deixe de consultar um especialista. Ele dará a resposta indicada ao seu caso e, melhor que ninguém, saberá qual o tratamento deve seguir.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Benefícios da fruta
Ricas em potássio, cálcio, sódio e fósforo, as laranjas, para além de promoverem a absorção do ferro

A laranja para além de ser uma excelente fonte de potássio – um nutriente essencial para a boa formação do sangue – ela é, ainda, rica em betacaroteno, um potente antioxidante que ajuda no combate ao cancro e que fornece uma proteção extra ao coração.

Sabe-se que uma alimentação rica em fruta e vegetais ajuda a prevenir o desenvolvimento de alguns tipos de cancro e de doenças cardiovasculares, nomeadamente, acidentes vasculares cerebrais. E é aqui que a laranja tem um papel importante – um copo de sumo de laranja, por dia, pode reduzir em mais do dobro as hipóteses de risco de AVC.

É importante referir que, uma alimentação saudável deve conter parte de todos os diferentes grupos de alimentos, de forma adequada as necessidades nutricionais do organismo.

A fruta e os legumes são alimentos que devem ocupar o lugar de destaque de uma dieta alimentar saudável.

De um modo geral, a fruta é rica em fibra vegetal, vitaminas e minerais, tendo uma importante ação protetora e reguladora do organismo.

A laranja é rica em vitamina C e pectina – um componente da fibra vegetal extremamente importante para a regulação dos níveis do colesterol.

O consumo de uma laranja por dia garante-nos a dose diária recomendada de vitamina C, bem como daquela que é a melhor reguladora do colesterol – a pectina.

A vitamina C ajuda-nos a combater doenças simples como constipações e a reduzir alguns sintomas provocado pelos stress, ajudando a reforçar o nosso sistema imunitário.

Quanto à sua ação reguladora do colesterol, o consumo desta fruta faz aumentar os valores do HDL – conhecido como o bom colesterol – ao mesmo tempo que diminui, exatamente na mesma proporção, o mau colesterol (LDL).

Isto acontece graças à ação das fibras presentes na maior parte das frutas e legumes, sobretudo nos citrinos.

As fibras presentes nestes alimentos são responsáveis pela eliminação de componentes digestivos, como os sais biliares e hepáticos. É aqui que entra a pectina. Ela absorve essas substâncias impedindo que voltem a ser reabsorvidas, obrigando o organismo a recorrer ao colesterol que já tinha sido armazenado.

Na realidade, quanto mais for utilizando as reservas menos colesterol ficará retido, acumulando-se nas artérias, impedindo o aparecimento de problemas vasculares. Eis a explicação!

Desta forma a pectina pega em substâncias nocivas para o organismo, eliminando-as ou neutralizando-as.

Este componente impede ainda a passagem de excesso de glicose pelas paredes intestinais, o que é extremamente benéfico para os diabéticos.

Conheça a composição nutricional de uma laranja
(por 100g)
Energia - 42 kcal
Hidratos de Carbono - 8,6g
Gorduras - 0,6g
Proteínas - 0,7g
Vitamina C - 60 mg

Ao comprar laranjas escolha sempre as mais firmes – quanto mais firmes mais frescas são! Manchas, furos ou casca enrugada são sinais de que a laranja já está velha.

Se não consumir de imediato as laranjas, conserve-as no frigorífico, mas não mais do que duas semanas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Campanha “Seja Sorridário”
A segunda edição da campanha de angariação de fundos “Seja Sorridário”, da Operação Nariz Vermelho, angariou um total de 35.669...

A campanha de angariação de fundos “Seja Sorridário” decorreu entre os dias 1 e 4 de outubro em Lisboa, Almada, Amadora, Sintra, Cascais, Oeiras, Coimbra, Porto e Braga.

“Recolher fundos junto das pessoas, numa ação de proximidade, permitiu-nos registar um aumento dos donativos recebidos e também vimos o número de voluntários envolvidos crescer”, explica Magda Ferro, coordenadora de comunicação e eventos da ONV. “Este apoio é muito significativo para nós e vai permitir levar alegria a mais de 7000 crianças internadas nos serviços de pediatria.”

A segunda edição da campanha “Seja Sorridário” contou com o apoio especial de figuras públicas que, nas suas páginas oficiais de Facebook, meteram o nariz pela causa da ONV e apelaram aos portugueses para participarem na campanha.

Nuno Markl e Ana Galvão – padrinhos da ONV – marcaram o arranque e término, respetivamente, de uma série de desafios entre figuras públicas para “meter o nariz por esta causa”.

Os atores Pedro Barroso, Ana Guiomar, Alda Gomes, Patrícia Bull, os apresentadores Hélder Reis, Jorge Gabriel, Sónia Araújo, Tânia Ribas de Oliveira, Inês Folque e Carolina Patrocínio, a modelo Diana Pereira, o tenista Frederico Gil e as bloggers Sónia Morais Santos (Cocó na Fralda) e Ana Garcia Martins (A Pipoca Mais Doce) responderam ao desafio e puseram o nariz pela causa. 

Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia
A Ventilação Não-Invasiva em doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é um dos temas em debate no Congresso da Sociedade...

No dia 5 pelas 14h30 decorre um Simpósio que abordará este tipo de tratamento respondendo a questões como: a quem se dirige, quais os benefícios ou quando deve ser utilizado.

“A Ventilação Não-Invasiva permite aumentar a sobrevida dos doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) estável, melhorar a sua função pulmonar e qualidade de vida, daí a importância de abordarmos e debatermos este tema junto dos profissionais da classe”, comenta o pneumologista e orador no Simpósio, João Carlos Winck.

Um estudo recente sugere um potencial impacto positivo da Ventilação Não-Invasiva de longa duração na sobrevida global dos doentes, mostrando uma diminuição da mortalidade de 76% nos doentes com DPOC grave.

“Verificamos que a Ventilação Invasiva, além de ser um procedimento intrusivo, está associada a complicações que podem comprometer significativamente a evolução clínica em casos graves, pelo que a Ventilação Não-Invasiva, feita através do uso de máscara, torna-se adjuvante ao tratamento da DPOC com bastantes benefícios para estes doentes”, defende o especialista.

A Ventilação Não-Invasiva, quando aplicada adequadamente à insuficiência respiratória aguda por DPOC, leva a uma redução da necessidade de intubação endotraqueal, da duração do internamento e uma maior sobrevida.

A DPOC é uma das doenças respiratórias mais comuns, afetando cerca de 14% da população portuguesa com mais de 40 anos. As pessoas que vivem com DPOC têm uma inadequada oxigenação do sangue, condicionando o normal funcionamento dos órgãos vitais como o cérebro, o coração, o fígado e o rim. Trata-se de uma doença crónica e incapacitante que se caracteriza pela falta de ar, tosse e aumento da produção de expetoração e que tem um grande impacto na qualidade de vida dos doentes a nível pessoal, profissional, familiar e social.

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