Cardeal-patriarca diz
O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou que o trabalho de apoio social da Igreja é “silencioso”, não dá nas vistas e por isso ...

Manuel Clemente, em entrevista, disse que tem “constantemente” testemunhos deste trabalho que “nunca vem à ribalta nem nas paragonas” dos jornais.

O prelado lisboeta referiu o trabalho de religiosos e leigos junto “dos mais fracos”, das pessoas doentes, que precisam de cuidados, “tratar de expedientes que as pessoas não sabem tratar” ou das mães que não têm onde deixar os filhos, para irem trabalhar.

Um trabalho que “é muito difícil de contabilizar”, sublinhou, para referir em seguida: “daí eu utilizar a palavras inúmeras, pois é muito difícil de contabilizar. É muito importante, e estimulante encontrarmos estas situações no dia-a-dia, que geralmente não dão nas vistas, o que é uma boa marca, e não fazem as contas, o que também é uma boa marca”.

“São pessoas que estão por convicção e devo sublinhar com uma entrega, pessoas que se reformam e que em vez de ficar em casa” se tornam visitadores de hospitais ou de prisões, de pessoas que vivem sós, e que de forma espontânea ou organizada.

E “isto acontece constantemente”, acrescentou.

Para Manuel Clemente essa entrega “mostra que a proposta cristã não só tem uma atualidade permanente, mas agora reforçada, dadas as atuais circunstâncias", dizendo que está "constantemente a alertar as instituições civis para terem em conta essa espontaneidade social, para que não se trabalhe ao lado, e que tudo isto conviva numa ação comum e mais capaz”.

O prelado referiu também as diferentes instituições de cariz católico, centros sociais paroquiais ou as Misericórdias, que canonicamente são irmandades, e “a presença muito difundida de católicos em diversas instituições” laicas.

“Costumo dizer que, [esses católicos] são profissionais, mas isso não os dispensa de serem voluntários, pois vão muito além, em muitos casos, do que seria estritamente contratual, têm vontade de fazer o bem e a maneira como estão, mesmo sendo assalariados, é uma maneira que excede aquilo que ganham”.

Manuel Clemente chamou a atenção para instituições que não são católicas, mas geridas, maioritariamente, por católicos, e citou o Banco Alimentar Contra a Fome.

O cardeal defendeu uma “atitude humanitária, pois não seria cristão se fizesse o contrário”, e nesse sentido realçou que “o bem é o bem, e quem o faz, faz muito bem, e nós estamos com ele e ele connosco e estamos todos juntos”, mesmo que não seja católico ou professe outro credo religioso.

Refira-se que em fevereiro, na sua primeira catequese quaresmal, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, Manuel Clemente, citando o papa Francisco, exortou os católicos a “serem “ilhas de misericórdia no mar de indiferença” e a cumprir “o sonho missionário de chegar todos”.

Clemente frisou na altura que a Igreja de Lisboa está “em caminho sinodal para cumprir o sonho missionário de chegar a todos, tendo sublinhado: “sobretudo aos nossos concidadãos que mais precisam de ser sustentados e fortalecidos no corpo e no espírito”.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde anunciou que pediu à administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central e à Inspeção-Geral das...

Numa curta nota, o Ministério da Saúde informa que solicitou a abertura imediata de um inquérito às duas entidades na sequência das notícias hoje difundidas na comunicação social, referentes a um jovem de 29 anos que faleceu no dia 14 de dezembro no Hospital de São José, em Lisboa, por não haver um neurocirurgião para efetuar uma intervenção cirúrgica.

A decisão da tutela surge algumas horas depois dos presidentes da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), do Centro Hospitalar de Lisboa Central e do Centro Hospitalar Lisboa Norte se demitirem, na sequência desta morte, devido à falta de um neurocirurgião.

O jornal Correio da Manhã noticiou que David Duarte, de 29 anos, foi transferido de urgência para o Hospital de São José, devido a uma hemorragia cerebral resultante de um aneurisma, com indicação para ser operado de imediato, o que não aconteceu porque aquela unidade hospitalar não tinha um neurocirurgião disponível.

O presidente da ARSLVT, Luís Cunha Ribeiro, afirmou, durante o anúncio da sua demissão que "foram tomadas medidas" para que situações análogas não voltem a acontecer.

"A partir de agora, foi autorizado que passe a haver resposta para situações deste género. Hoje, doentes em situações semelhantes não terão o mesmo destino do que ocorreu há uma semana", declarou.

"Enquanto presidente da ARS e com responsabilidade em todos os hospitais [da ARS de Lisboa e Vale do Tejo] acabei de apresentar a minha demissão ao ministro da Saúde", disse a seguir, na curta declaração, explicando que não responderia a perguntas dos jornalistas por o caso estar a ser alvo de um inquérito.

Os presidentes dos centros hospitalares Lisboa Central e Lisboa Norte, que também se demitiram e estavam presentes, não fizeram qualquer declaração.

Cunha Ribeiro lamentou que, "nos últimos anos", não tivesse havido recursos humanos de forma a impedir a morte de pessoas por falta de assistência.

Após morte de doente
Os presidentes da ARSLVT, do centro Hospitalar de Lisboa Central e do Centro Hospitalar Lisboa Norte demitiram-se, na sequência...

A demissão dos responsáveis da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Cunha Ribeiro, do Centro Hospitalar Lisboa Central, Teresa Sustelo, e do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Carlos Martins, foi anunciada ontem ao princípio da noite no Ministério da Saúde, numa comunicação dos três responsáveis sem direito a perguntas dos jornalistas.

O jornal Correio da Manhã noticiou ontem que David Duarte, de 29 anos, foi transferido de urgência para o Hospital de São José, devido a uma hemorragia cerebral resultante de um aneurisma, com indicação para ser operado de imediato, mas não o foi porque aquela unidade hospitalar não tinha um neurocirurgião disponível.

Na comunicação, Luís Cunha Ribeiro adiantou que "foram tomadas medidas" para que situações análogas não voltem a acontecer.

"A partir de agora, foi autorizado que passe a haver resposta para situações deste género. Hoje, doentes em situações semelhantes não terão o mesmo destino do que ocorreu há uma semana", declarou.

Luís Cunha Ribeiro, que lamentou o ocorrido e endereçou condolências à família do jovem que morreu, disse que a ARSLVT solicitou ao conselho de administração do Centro Hospitalar Lisboa Central a instauração de um inquérito, o mesmo fazendo junto da Inspeção-Geral da Saúde.

"Enquanto presidente da ARS e com responsabilidade em todos os hospitais [da ARS de Lisboa e Vale do Tejo] acabei de apresentar a minha demissão ao ministro da Saúde", disse a seguir, na curta declaração, explicando que não responderia a perguntas dos jornalistas por o caso estar a ser alvo de um inquérito.

Os presidentes dos centros hospitalares Lisboa Central e Lisboa Norte, que também se demitiram e estavam presentes, não fizeram qualquer declaração.

Cunha Ribeiro lamentou que, "nos últimos anos", não tivesse havido recursos humanos de forma a impedir a morte de pessoas por falta de assistência.

OMS
A dengue, doença transmitida por mosquitos, com sintomas semelhantes aos da gripe e que pode, nos casos mais graves, levar à...

A informação é divulgada no mês em que a primeira vacina contra a doença, desenvolvida pela farmacêutica francesa Sanofi Pasteur, recebeu autorizações de comercialização para o México e para as Filipinas.

O vírus da dengue é transmitido aos seres humanos através de picadas de mosquitos nativos de África mas agora presentes em todas as áreas tropicais e subtropicais, bem como por mosquitos do Sudeste Asiático que já criaram colónias na Europa e na América do Norte, e a doença caracteriza-se por febre até 40 graus, dor de cabeça, náuseas, vómitos, dores musculares e articulares e erupção cutânea.

A perda de plasma e as hemorragias, presentes na forma grave da doença, podem causar a morte, tendo a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertado que "a incidência da dengue tem aumentado dramaticamente em todo o mundo nas últimas décadas", pois até 1970 só nove países haviam tido epidemias de dengue grave, enquanto agora a doença é endémica em mais de 100 países na África, nas Américas, no Mediterrâneo Oriental, na Ásia e no Pacífico.

Uma incidência importante da dengue foi registada na Ilha da Madeira em 2012/2013, com a ocorrência de cerca de 2.000 casos, tendo a França sido atingida por casos esporádicos na metrópole e várias epidemias na Guiana e nas Antilhas Francesas, estimando a OMS que 3,9 mil milhões de pessoas em 128 países estejam "expostas" aos quatro tipos de vírus da dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de casos em todo o mundo multiplicou-se por 30 nos últimos cinquenta anos, tornando a dengue a doença viral transmitida por mosquitos que "mais depressa se espalha" pelo mundo.

De acordo com um estudo britânico, publicado na revista científica Nature em abril de 2013, existiam aproximadamente 390 milhões de pessoas a ser infetadas com dengue a cada ano, das quais 96 milhões acabavam por desenvolver a doença.

A OMS assinala que 500.000 pessoas adoecem com uma gravidade que exige hospitalização e, desse total, "cerca de 2,5% morrem".

Frequentemente designada de "gripe tropical" ou "pequeno paludismo", a dengue é uma infeção causada por um vírus da mesma família que o da febre-amarela e não tem tratamento específico, sendo a medicação destinada a contrariar a febre e a dor.

Diversas empresas farmacêuticas, como a norte-americana Merck, a japonesa Takeda e a britânica GSK, também estão na corrida para colocar no mercado a sua própria vacina contra a doença.

Na Colômbia
A Colômbia juntou-se ao grupo de países que autorizam o uso médico da canábis, com a publicação de um decreto presidencial, que...

“Hoje, a Colômbia deu um passo importante para se posicionar na vanguarda da luta contra as doenças e fazemo-lo através de um decreto que pretende aproveitar os benefícios da canábis para melhorar a vida das pessoas”, declarou o Presidente, Juan Manuel Santos.

O decreto “permite a concessão de licenças para a posse de sementes de canábis, de marijuana e a cultura desta planta para fins exclusivamente médicos e científicos”, adiantou, durante uma alocução televisiva, a partir do palácio presidencial Casa de Nariño, em Bogotá.

Santos quis também tranquilizar quanto à luta contra os estupefacientes ilegais.

“Autorizar o uso médico da canábis não vai contra os nossos compromissos internacionais em matéria de controlo de drogas”, disse.

O tráfico de drogas é um dos flagelos da Colômbia, principal produtor mundial da folha de coca, que também tem um uso médico, e de cocaína, segundo a Organização das Nações Unidas.

“A produção, a exportação, o comércio, bem como o uso médico e científico deste estupefaciente, e de outros, são permitidos desde há várias décadas na Colômbia, mas nunca tinha sido regulamentado. E é o que estamos a fazer agora”, acrescentou Santos, a propósito do decreto, redigido conjuntamente pelos Ministérios da Saúde, da Justiça e da Agricultura.

A utilização da marijuana com fins terapêuticos é autorizada na Colômbia desde 1986. Mas, sem regulamentação, “até aqui não era possível permitir a produção legal” em grande escala, disse à agência noticiosa AFP uma fonte do Ministério da Saúde.

Se já existem produtos terapêuticos à base de marijuana, designadamente para aliviar doentes que sofrem de epilepsia, só estão disponíveis em pequenas quantidades e em circuitos fechados.

A cultura está limitada a 20 pés e a posse a 20 gramas para um consumo estritamente privado, sendo proibidos o consumo e a comercialização.

Com o novo texto, a Colômbia junta-se aos outros países que, à semelhança do Uruguai, adotaram legislação que legaliza a canábis. Mais de 20 Estados dos EUA também já autorizam o uso médico da planta.

No Chile, o Congresso está a examinar o assunto e no México o debate sobre a despenalização da marijuana está muito aceso, depois de uma decisão neste sentido do Supremo Tribunal, em novembro.

Remédios caseiros
As hemorróidas podem ser dolorosas e incapacitantes, dependendo do nível da inflamação.

Banhos de assento, compressas e unguentos podem ser um tratamento alternativo e natural para as hemorróidas. Não se esqueça, no entanto, que uma dieta rica em fibras e a ingestão de líquidos são essenciais para combater o problema.

Os banhos de assento são remédios naturais utilizados para tratar ou aliviar alguns problemas como as hemorróidas. Para fazê-lo deve usar um bidé, ou uma bacia grande, e uma esponja macia para molhar a zona afetada ou, simplesmente, deixar-se ficar ali sentado.

1. Banho de assento de calêndula – coloque duas colheres de sopa de flores de calêndula secas em dois copos de água. Ferva durante cinco minutos e deixe a infusão arrefecer antes de fazer o banho de assento.

2. Banho de assento de cavalinha – faça uma infusão em que use cinco gramas de cavalinhas para cada 100 ml de água. Depois de arrefecer, lave a zona a tratar.

3. Banho de assento de camomila – prepare a infusão com um punhado de flores de camomila em três litros de água. Ferva e deixe repousar durante 10 minutos. De seguida filtre a infusão e misture com água morna. Faça um banho de assento durante 15 minutos, todos os dias até melhorar.

4. Banho de assento de castanha da índia – ferva, em dois litros de água, cinco colheres de sopa de castanha da índia em pó. Deixe repousar até estar morno. Faça, de seguida, o banho de assento durante 20 minutos. Repita este tratamento durante cinco dias.

5. Banho de assento de hamamélis, cipreste e alfazema – Em dois litros de água ferva uma colher de sopa de hamamélis, uma colher de sopa de cipreste, três gotas de óleo essencial de limão e três gotas de óleo essencial de alfazema. Deixe amornar e faça o banho durante 20 minutos. Pode repetir o tratamento entre três a quatro vezes por dia.

As compressas são uma forma de tratamento fisiológico que consiste em colocar sobre a zona lesionada um pano limpo humedecido com água ou algum medicamento. No caso das hemorróidas, as compressas têm como objetivo ajudar a aliviar a dor e a inflamação.

1. Compressa com folhas de amora silvestre – ferva em 50 ml de água cerca de 50 gramas de folhas frescas de amoreira. Coe e pique finamente as folhas. Faça a compressa com as folhas colocando-as num pano limpo e aplique-a sobre a zona a tratar durante 20 minutos.

2. Compressa de argila verde – misture a argila com água fria até obter uma pasta. Com a ajuda de uma gaze aplique na zona a tratar.

3. Compressa de hamamélis – para esta compressa basta amassar algumas folhas de hamamélis com um pilão e adicionar 30 ml de óleo mineral, até obter uma mistura homogénea. Deve aplicar-se com uma gaze e deixar atuar, na região a tratar, durante 30 minutos.

Para além dos banhos de assento ou as compressas, pode experimentar fazer um unguento de camomila e rosa. A camomila possui múltiplas propriedades curativas. É, entre outras, considerada calmante, anti-espasmódica e anti-inflamatória.

Para este unguento, coloque num jarro 250 ml de óleo de gérmen de trigo, 10 gramas de camomila em pó e as pétalas de duas rosas. Cozinha em lume brando durante uma hora. Coe utilizando uma gaze. De seguida misture no preparado 20 gramas de cera de abelha e 20 gramas de lanolina. Guarde num frasco esterilizado e aplique, depois de frio, sobre as hemorróidas, todos os dias até aliviar os sintomas. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Hidratação é essencial
Manter a hidratação é essencial para o bom funcionamento do organismo.
Várias frutas e legumes

Ainda que não substituam a água na sua função, há alimentos que, pela sua composição, o ajudam a manter-se hidratado. Por isso, tome nota da lista que fizemos para si!

1. Cenoura – composta por 88% de água e rica em vitamina A, C, do complexo B e magnésio, possui propriedades anti-inflamatórias. O seu consumo regular, para além de dar uma ajuda em matéria de hidratação, previne doenças cardíacas, reduz os níveis de colesterol e ajuda a eliminar as toxinas, graças à vitamina A.

2. Alface – constituída por 96de água, além de hidratar, ajuda ainda a reduzir o mau colesterol no sangue e fornece uma boa quantidade de antioxidantes que combatem os radicais livres.

3. Espinafre – com 92% de água na sua composição, o espinafre é rico em nutrientes que são benéficos para o coração, uma vez que ajuda a prevenir doenças cardíacas, controla a pressão arterial e diminui o risco de AVC.  É rico em potássio, cálcio e vitamina A.

4. Repolho – composto por 93% de água, este alimento é rico em potássio. Além de ser uma excelente fonte de vitamina A, C, e B6, ele ajuda a combater os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce.

5. Tomate – marcando presença na maioria dos pratos, 100 gramas de tomate contém cerca 94% de água e apenas 20 calorias. Oferece nutrientes como o potássio, fósforo, vitamina A e vitamina C que ajuda a fortalecer o sistema imunitário e a prevenir doenças e envelhecimento precoce.

6. Curgete – constituída por 95% de água, é rica em vitamina B3 que ajuda na manutenção dos níveis de colesterol. Aconselha-se a que seja ingerida crua, fatiada ou ralada na salada, uma vez que quando cozinhada perde grande parte da água que a constitui.

7. Pepino – 100 gramas de pepino possui 17 calorias e é composto por 96%de água. Para além de possuir fibras importantes para o bom funcionamento do intestino, é ainda constituído por potássio – aliado na luta contra a hipertensão – e vitamina C.

8. Abóbora – tem cerca de 86% de água. É rica em fósforo, fibras e potássio, auxiliando os batimentos cardíacos e o bom funcionamento dos músculos.

9. Agrião – cru contém cerca de 93% de água, além de potássio, vitamina C, fósforo e cálcio essencial para a saúde dos ossos.

10. Framboesas – ricas em antioxidantes são ainda excelentes na hidratação. 100 gramas desta fruta contém 87% de água e 57 calorias. Ajuda ainda a reduzir os sintomas da menstruação, como as cólicas ou alterações de humor.

11. Pêssego – um pêssego médio é constituído por 89% de água. Rico em vitamina A  ajuda também na prevenção de problemas relacionados com a visão e a pele.

12. Arroz integral – cozido apresenta cerca de 70% de água. Para além de ser rico em fibras, zinco, potássio, fósforo e vitaminas do complexo B. Ajuda a regular o sistema digestivo, os níveis de açúcar no sangue e auxilia a perda de peso uma vez que o mantém saciado durante mais tempo.

13. Feijão – Com 80% de água, é fonte de proteínas essenciais para a saúde do corpo, cálcio, fósforo, ferro, sódio, potássio e zinco. É um alimento amigo do coração e, como é rico em fibras, ajuda no bom funcionamento do intestino.

Agora que já sabe com que alimentos pode contar para se hidratar, use e abuse deles no prato.

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Enfermeiros que nas mãos têm remédio para a dor oncológica
Maria Lisete perdeu os dois seios, mas o mal continuou a alastrar.

Em 2005 começaram a praticar a massagem terapêutica para aliviar colegas das dores do corpo e da alma geradas por um quotidiano de chumbo a melhorar vidas desoladas.

A massagem resultava em colegas. Porque não com ela amansar as dores oncológicas, a dor emocional e a dor da doença? O sucesso chegou, nos resultados sentidos pelos pacientes. O toque, o movimento e a pressão de mãos sabedoras conseguiam iludir as fortíssimas dores resultantes da doença, que até potentes fármacos não conseguiam dissipar.

Maria Lisete e Maria Albertina recuperaram a alegria de viver
Maria Lisete e Maria Albertina recuperaram a alegria de viver, e de estar com os outros, graças a esse tratamento não farmacológico de alívio da dor. No seu infortúnio sentem-se hoje bafejadas pela fortuna, por terem sido integradas em programas dessas terapias. 

No início eram poucas enfermeiras e enfermeiros. Hoje já chegam à dezena. De projeto experimental, em 2011 passou a Grupo de Terapias Não Farmacológicas da Unidade da Dor. Os resultados paulatinamente aferidos, e os testemunhos e evidências dos doentes, foram confirmando que consorciando-se as duas terapias, a farmacológica e a não farmacológica, o alívio da dor atinge níveis não antes alcançáveis.

Atualmente o grupo de dez enfermeiros consegue atender cinco doentes em cada um dos dois dias da semana que lhes estão reservados, a terça e quarta-feira. A expetativa é aumentar, paulatinamente. É já prática terapêutica consolidada no Instituto Português de Oncologia de Coimbra, a única instituição pública de saúde do país que a integrou entre os serviços que presta à comunidade.

"O intuito é alargar. O benefício tem sido muito grande e o feedback muito positivo com os nossos doentes. Quero crer que dentro de algum tempo isso seja possível, e alargado aos cinco dias da semana", revela a enfermeira Dulce Helena, Chefe do Serviço de Cirurgia do IPO e coordenadora do grupo.

O conhecimento dos seus benefícios tem feito crescer a procura por doentes, e o número de pacientes encaminhados pelos médicos tem também aumentado, mas muitas vezes não é possível integra-los nos programas de 8 semanas pré-estabelecidos para cada um.

Maria Albertina há 14 anos é adepta das denominadas medicinas complementares, mas desde que está integrada neste programa de terapias não farmacológicas não tem dúvidas de que elas deveriam fazer parte dos cuidados oferecidos em todos os hospitais e centros de saúde.

"Dão-nos uma força interior que não sabemos onde vamos buscar"
"Realmente acalmam-nos. Dão-nos uma força interior que não sabemos onde vamos buscar. Estou sempre bem comigo mesmo. Deram-me essa possibilidade e achei fantástico, e tenho usufruído dela com alma e coração, e tem-me feito muito bem", afirma. Teve conhecimento dessa via de alívio da dor numa altura em que andava a receber radioterapia.

 

Maria Lisete teve cancro da mama. Em 2007 realizou a mastectomia à direita, e em 2008 à esquerda. Em 2009 teve "a sorte" de ser remetida à Consulta da Dor, numa altura de "dores terríveis" que não cediam com nenhum dos medicamentos prescritos.

"Realmente, estar doente é muito mau, mas ter dor é muito pior. Dor que não cede a nada, dor que martiriza, dor que desgasta e nos tira até um bocado de dignidade, porque é brutal. A luz no meu caminho foi a Consulta da Dor. Não só a medicação da dor, mas o acompanhamento terapêutico da dor sob a forma de massagem, com mãos mágicas, solícitas, tranquilas, que apaziguavam as dores da alma e as dores do corpo", explica.

Ao olhar para trás, Maria Lisete afirma que isso foi o que a "salvou verdadeiramente", pois ajudou-a a cuidar de si, a reativar um papel na família, a lidar com o medo, a recuperar a autoestima, a mobilidade, a maneira de estar positiva na vida perante as adversidades.

"Os enfermeiros dão-nos tudo. Dão-nos o amor, o carinho. Ao fazerem-nos as massagens transmitem-nos aquilo que pensam. Isso é muito importante, porque nos transmitem confiança", observa Maria Albertina.

Doente quer oferecer Euromilhões para melhorar instalações
Ciente dos benefícios, Maria Lisete não se conforma que o IPO de Coimbra ainda não tenha conseguido encontrar instalações mais amplas para mais doentes poderem beneficiar das massagens e demais terapias não farmacológicas. Até já fez a promessa de doar uma parte do prémio do Euromilhões, se lhe sair.

Revela que o bem-estar, a ausência de dor após as sessões é de tal ordem que dá para esquecer que se padece de doença oncológica.

"Eu costumava dizer: eu saio daqui com menos 20 anos e menos 20 quilos, porque saio nas nuvens, sem dor nenhuma. Parece incrível! Até a mim me parecia incrível, mas é a verdade. Dor zero, mobilidade toda. Claro que passados alguns dias a coisa vai e vem, mas nunca mais tive aquele quadro de dor, nem o quadro de atrofiamento psicológico à conta da dor", acentua.


Entre os serviços que o grupo oferece encontram-se a massagem, nas suas várias vertentes, a aromoterapia, a reflexologia, a aplicação de calor e frio e o relaxamento.

Quando um doente é encaminhado para o grupo de enfermeiros das terapias não farmacológicas de alívio da dor, este é avaliado sobre a sua adequação a elas, e depois elaborado um plano individual de tratamento. Na primeira sessão recebe os ensinos indicados para o seu caso, se possível em conjunto com membros da família.

Personalização dos cuidados
"Personalizamos os cuidados de enfermagem. Os doentes são únicos e os diagnósticos acabam por ser únicos, adaptados à pessoa", afirma a enfermeira Cristina Costeira, que integra o grupo há quatro anos.

O sucesso destas terapias no IPO, segundo a coordenadora do grupo, enfermeira Dulce Helena, muito se deve à preocupação que os enfermeiros têm tido em se atualizar, em investigar e produzir ciência.

Entre eles há quem se tenha já doutorado nessa área, outros já produziram trabalhos de mestrado. Esse esforço proporcionou ao grupo em 2013 a atribuição do Prémio Prof. Luís Raposo.

"Quando os doentes dizem ter uma dor de grau 6 ou 7, muito grande mesmo, e após a sessão e quando vêm à sessão seguinte com uma dor zero, não há nenhum cuidado de enfermagem que não valha a pena quando nós temos esta mais-valia do doente", acentua a enfermeira-chefe Dulce Helena.


As enfermeiras Cristina França e Ana Lúcia Morais e o enfermeiro Sérgio Santiago foram os pioneiros na criação deste grupo, há 10 anos, que foi crescendo, melhorando e ampliando a capacidade de resposta aos utentes. Além dos três, o Grupo de Terapias Não Farmacológicas integra agora as enfermeiras Anabela Nunes, Célia Moita, Carla Rato, Cristina Costeira, Raquel Nogueira, Dulce Helena e Mónica Duarte.

10 anos de Terapias não Farmacológicas

Enfermeira Diretora Soledade Neves

O IPO de Coimbra como instituição de referência em oncologia na Região Centro e no País, assenta num modelo de organização da sua atividade assistencial orientado para a Pessoa, numa abordagem multidisciplinar e multiprofissional da Pessoa com cancro. Esta abordagem, consubstancia-se numa equipa de colaboradores fortemente empenhada que exerce a sua atividade num permanente exercício de melhoria contínua da qualidade dos cuidados que presta.

Foi com base nestes pressupostos que sempre acreditámos que a massagem terapêutica acrescentaria valor aos cuidados de saúde a prestar ao doente com dor crónica.

Nem todos os doentes com cancro têm dor, mas no doente com dor, é ele o único juiz da sua dor e só a ele cabe avaliar a sua intensidade e o seu desconforto. Há múltiplos fatores que afetam o limiar da dor, e para alguns doentes com dor crónica oncológica a complementaridade de terapêuticas farmacológicas e terapêuticas não farmacológicas traduz-se num melhor controlo da dor do doente.

Ao longo dos 10 dez anos de atividade profissional, a equipa da Unidade da Dor, na qual se inclui o Grupo de Enfermeiros da Massagem Terapêutica, tem realizada a avaliação do trabalho desenvolvido, sendo esta avaliação muito positiva. Assim projetamos, logo que estejam reunidas as condições quer ao nível dos recursos humanos quer de espaço, aumentar a disponibilidade desta terapêutica para mais dias da semana.

Aumento da procura das terapias

Enfermeira Chefe Dulce Helena

Após concretização dos 10 anos de implementação de terapias não farmacológicas, a equipa tem-se defrontado com incitações desafiantes como sejam o aumento da procura destes cuidados de enfermagem, pelos doentes com dor, que gradualmente vão reconhecendo os benefícios destas terapias. Este facto tem fomentado nos elementos do grupo uma preocupação por atualização técnico-científica de forma a garantir segurança e qualidade de prestação de cuidados.

O reconhecimento nacional destas práticas tem contribuído para o aumento de solicitações a nível formativo e de troca de experiências de Enfermeiros de outras Instituições de Saúde, para tentarem reproduzir este modelo de complementaridade de cuidados, nas suas organizações.

O grupo reconhece que, apos 10 anos, o maior desafio que enfrenta é o aumento da oferta destes cuidados, de forma a garantir equidade dos mesmos, para todos os doentes nas mesmas condições e com as mesmas necessidades.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Feridos ligeiros
Durante o ano de 2014, mais de 39 mil portugueses ficaram feridos na sequência de acidentes de viação. Os números, que incluem...

Já ouviu falar de chicote cervical? É, muitas vezes, associado a colisões de menor importância e aos chamados “feridos ligeiros”, podendo chegar a atingir quase 30% dos sinistrados. “O nome é dado ao processo mecânico de hiperflexão e hiperextensão bifásicas. O que acontece é uma compressão dos músculos do pescoço de um lado, enquanto se distendem do oposto, voltando de imediato à sua posição inicial, tal como quando agitamos um chicote”, explica o cirurgião ortopédico Luís Teixeira

Frases como “senti um embate na parte de trás do carro”, “travei de repente” ou “foi só o susto” estão geralmente associadas a este mesmo quadro. “Quando o pescoço volta ao normal, a pessoa tem a sensação de que nada aconteceu. Sentiu o impacto, pode até ficar dorida, mas a consequência julga-se sempre passageira. É exatamente aqui que ocorre o erro”, continua o especialista.

O “chicote cervical” é frequente não só em quem conduz, mas também nas restantes pessoas dentro do veículo, causado por qualquer embate. Mais uma vez, os mais novos estão sujeitos a maiores consequências. “Nas crianças, a desproporção entre cabeça e tronco é mais forte, pelo que os danos nas estruturas que compõem o pescoço, tanto na musculatura como em alguma vértebra que pode fraturar por esmagamento, podem passar com maior facilidade da simples entorse a quadros clínicos mais graves”, refere Luis Teixeira.

No entanto, e mesmo quando falamos de entorse, a recuperação é lenta pela imobilização que exige. “Nos quadros clínicos mais simples, falamos de dor muscular e de alguma rigidez na zona afetada, explicada pelo nosso próprio organismo que tenta mantê-la o mais imóvel possível, de forma a controlar os danos. Mas não devemos, nem podemos minimizar este tipo de consequências, até porque a sua deteção nem sempre é fácil – a própria pessoa afetada desvaloriza e deixa o tempo passar”. Explica o também presidente da associação Spine Matters – Proteja a sua coluna.

Dores de cabeça, tonturas, desequilíbrio, náuseas, formigueiro nos braços e mesmo mudanças de humor face à frustração da permanência dos sintomas, aparentemente sem explicação, são outros dos resultados a esperar, chegando a permanecer meses e com impacto direto nas esferas laboral e social.

Como minimizar os danos para a coluna nos acidentes de carro?
Embora fatores como a embriaguez, a velocidade, as condições do piso e atmosféricas, a carga do carro, o tipo de pneus e vários outros possam ser determinantes no momento do acidente, há comportamentos que todos podemos adotar de forma a tentar minimizar, ao máximo, os riscos. Tome nota:

1. Sentar de forma correta: conduzir só com um braço leva a que haja uma maior tendência para inclinar o corpo. Por outro lado, os outros passageiros, que tentam encontrar uma posição mais confortável, por exemplo para dormir, acabam por fazer o mesmo. Estar com a cabeça deitada e o corpo contorcido no momento do embate é grave.

2. Postura correta: a coluna deve estar totalmente apoiada no banco, com as pernas e braços levemente flexionados. Deve segurar o volante com as duas mãos.

3. A parte superior do corpo deve estar inclinada para trás até formar, aproximadamente, 110 em relação à parte inferior do corpo uma vez que se o banco do condutor estiver muito deitado, ele ficará mais vulnerável caso exista uma colisão. "O condutor deve estar na posição correta para que o encosto de cabeça absorva o impacto causado pelo efeito chicote." destaca Luís Teixeira.

4. Fazer pausas a cada duas horas e alongar o corpo: válido para todas as viagens longas mas também para quem trabalha sentado o dia todo – a possibilidade de hérnia discal é maior, pela sobrecarga lombar.

VIII Encontro Ibérico de Enfermagem
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros e o Colegio Oficial de Enfermería de Cáceres re

Atlas da Saúde (AS): Caraterize a organização regional e suas atribuições.

Dra. Raquel Rodríguez Llanos (RRL): O Colegio Oficial de Enfermería de Cáceres renovou, há um ano, a sua Direção, com a entrada de uma nova equipa de profissionais: enfermeiras e enfermeiros que representam toda a província de Cáceres, com experiência nos âmbitos da assistência, gestão, docência e investigação.

A nossa missão é transformar o Colegio, modernizá-lo e fortalecê-lo. Queremos que a nossa instituição, que representa 2300 profissionais, avance e seja uma referência de prestígio reconhecido na nossa comunidade. Zelaremos para que o exercício profissional, em qualquer âmbito e especialidade, seja ético e moral, com o objetivo de promover cuidados de enfermagem de qualidade.

Para esta nova Direção, a nossa profissão é a nossa razão de ser, e os cuidados prestados à comunidade e às pessoas são o mais importante.

O nosso projeto baseia-se na garantia da transparência na gestão, bem como na melhoria do acesso aos serviços e recursos do Colegio. Queremos que a Ordem chegue a toda a classe profissional, e não ao contrário. Temos previsto iniciativas na formação, na investigação e no desenvolvimento profissional. Pretendemos fomentar o envolvimento dos associados, a igualdade de oportunidades e, ainda, incorporar a perspetiva de género em todas as iniciativas do Colegio.

Ao mesmo tempo, queremos colaborar com a administração e os organismos públicos e, no exercício das suas competências, sem esquecer a defesa da profissão face ao exercício não autorizado, a segurança e o desenvolvimento da atividade laboral. Por isso, para cumprir as expectativas do Colegio, enquanto Presidente rodeei-me de pessoas da minha máxima confiança; uma boa equipa de profissionais que reúnem formação e experiência nos diferentes âmbitos da Enfermagem.

AS: Prescrição por enfermeiros? O que está consagrado na lei, e qual a prática?

RRL: O Conselho de Ministros espanhol aprovou, a 23 de outubro, o Real Decreto de Prescripción Enfermera. Para a Mesa da Profissão de Enfermagem, formada pelo Conselho Geral de Enfermagem de Espanha e o sindicato SATSE, trata-se “de um texto que pressupõe uma traição sem precedentes na história da democracia: à última hora, às escondidas e com perfídia, e sem consultar os profissionais de Enfermagem, e que deixa numa situação pior tanto os profissionais como os pacientes”, como afirmam.

Para a Mesa Profissional, o problema radica no facto de, no caso dos medicamentos sujeitos a prescrição médica, o novo texto estabelecer que será necessário que o médico “tenha determinado previamente o diagnóstico, a prescrição e o protocolo ou plano de tratamento clínico e de assistência a seguir” por parte do enfermeiro. “Esta situação impede expressamente qualquer atuação ou decisão por parte do enfermeiro, relacionada com estes medicamentos, quando esta não for acompanhada de uma prescrição médica realizada de forma oficial, de caráter individual, nominal para cada doente, e na qual se especifique claramente qual o ato de enfermagem que é objeto de atenção”.

Isto afeta em grande medida a atividade assistencial dos enfermeiros, uma vez que o Real decreto fala expressamente do “uso” dos medicamentos. Não é sem fundamento que em todos os âmbitos nos quais os enfermeiros desenvolvem o seu trabalho, seja em hospitais, cuidados primários, instituições penitenciárias, ambulâncias, lares, serviços de saúde do trabalho, etc., a prescrição por enfermeiros é uma ferramenta fundamental para garantir a continuidade dos cuidados e agilizar a tomada de decisões relativas aos processos de saúde do doente, aspetos esses que têm um efeito imediato na otimização e coordenação dos recursos do sistema nacional de saúde espanhol e na segurança do doente.

Exemplos de atuação não cobertos pelo Real Decreto

Hoje em dia, os enfermeiros e as enfermeiras prescrevem medicamentos sujeitos a receita médica, seguindo protocolos e guias de prática clínica, ou seja, sem o diagnóstico nem a prescrição prévia do médico, uma vez que se trata de situações que fazem parte do exercício profissional da enfermeira. Refiram-se alguns exemplos:

1. Ao administrar uma vacina após uma avaliação clínica. Este exemplo é aplicável tanto a vacinas pediátricas (difteria, tosse convulsa, tétano, hepatite B, etc.) como a vacinas para adultos (gripe, tétano e difteria, meningococo C, vacinas de viajante...).

2. As parteiras, ao assistirem a um parto de forma autónoma, prescrevem diversos medicamentos, por exemplo, administram oxitocina à parturiente, à chegada ao hospital.

3. Quando utilizam pomadas – às vezes com antibióticos – ou pensos medicamentosos para tratar feridas, queimaduras ou úlceras de pressão.

4. Quando regulam a medicação de doentes crónicos em consultas de enfermagem, por exemplo, no caso de doentes diabéticos ou a receberem tratamento anticoagulante.

5. No caso do apoio a equipas de emergência (frequentemente sem médico) ou em unidades de cuidados críticos, nas quais o tempo de reação é crucial para salvar vidas. Aí surgem situações nas quais a vida do paciente depende da decisão imediata da enfermeira.

6. Nos hospitais, quando as enfermeiras administram heparina – um medicamento sujeito a receita médica – para evitar a coagulação do sangue.

7. Em todos os serviços que não tenham médico em permanência: empresas, escolas, ambulâncias, forças militares...

Para a Mesa, “o texto final do Real Decreto de Prescripción Enfermera vai contra os interesses dos doentes, a realidade na Saúde e o senso comum”.

AS: Qual a perceção que tem da enfermagem em Portugal, comparativamente à portuguesa, na formação, enquadramento nos sistemas de saúde e reconhecimento social?

RRL: Nós, que nos dedicamos a esta querida profissão de enfermeiro/a, sabemos que a nossa atividade se fundamenta nos cuidados e que todo o conceito de cuidados se insere num sistema de crenças e de valores, que estão influenciados por um conjunto de fatores sociais, culturais, económicos e políticos.

Portugal e Espanha são dois países que, além de estarem unidos geograficamente, têm muitas coisas em comum, e uma delas é a Enfermagem, uma das profissões mais procuradas a nível mundial.

É sobejamente conhecido o elevado nível de formação que os nossos alunos têm, nos dois países, desempenhando a sua profissão fora das nossas fronteiras. Esta situação reflete-se nos Encontros Ibéricos de Enfermagem, celebrados, de dois em dois anos, pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros e pelo Colegio de Enfermaría de Cáceres, cuja VIII edição se realizou recentemente.

A Enfermagem Portuguesa e Espanhola reúnem-se para a partilha de experiências, o intercâmbio de conhecimento, assegurando o cumprimento da principal missão da nossa profissão: proteger a saúde da população e garantir a segurança dos doentes através de uma prática profissional ética, autónoma e competente, em qualquer contexto de assistência e especialidade.

Desta forma, contribuímos para reforçar e manter os sistemas de saúde públicos espanhol e português, mas, sobretudo, para proteger, prevenir e cuidar das duas comunidades. Associarmo-nos entre profissionais dos dois países dá-nos um sentido de identidade e prestígio, promovendo a formação, a investigação e a participação para satisfazer as necessidades de cuidados que a sociedade requere e para cumprir as expetativas profissionais de enfermeiras e enfermeiros.

Nota Biográfica
Nascida na província de Cáceres, onde estudou Enfermagem e tem desenvolvido a sua atividade profissional. Realizou, na Universidade da Extremadura, a sua tese de doutoramento “Personal de Enfermería y Absentismo Laboral en el Servicio Extremeño de Salud. Análisis desde la Perspectiva de Género”, tendo obtido a classificação “Sobresaliente ‘Cum Laude’”.
Atualmente, tem a seu cargo o atendimento ao utente da área da Saúde de Cáceres - Servicio Extremeño de Salud. Representa a Enfermagem em Cáceres, mas também no âmbito regional e nacional, com capacidades demonstradas através de toda a sua atividade profissional, quer na assistência, quer na docência, investigação e gestão. Nos vários cargos desempenhados até à data, destaque-se o empenho em prol do exercício da Enfermagem em condições dignas e justas, o direito universal à saúde pública, universal e gratuita para a população em geral, bem como a sustentabilidade e excelência do sistema de saúde pública.

 

Atlas da Saúde (AS): Caraterize a organização regional e suas atribuições.

Enfª Isabel de Jesus Oliveira (IJO): A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros abrange seis distritos – Coimbra, Aveiro, Leiria, Viseu, Guarda e Castelo Branco. Tem atualmente 14580 enfermeiros inscritos.

A principal atribuição da Secção é o Acompanhamento do Exercício Profissional, promover o desenvolvimento profissional dos seus membros e zelar pela qualidade e segurança dos cuidados de enfermagem que são prestados à população da região centro. Nos últimos quatro anos fizemos mais de 230 Visitas de Acompanhamento, o que significa que chegámos diretamente a mais de 5000 enfermeiros. Essencialmente avaliamos as condições para o exercício da profissão, as condições para o desenvolvimento profissional e outros aspetos relacionados com a qualidade e a segurança dos cuidados de enfermagem prestados. No âmbito do desenvolvimento da profissão realizámos duas dezenas de cursos para enfermeiros em diversas áreas. Lançámos o Concurso Cuidar para premiar projetos de enfermeiros de melhoria dos cuidados prestados. No fundo é um concurso de benchmarking de boas práticas, e que visa estimular e promover o desenvolvimento profissional dos enfermeiros na Região Centro de Portugal. Cumprimos igualmente a nossa função de promoção do papel do enfermeiro na comunidade, fazendo chegar à população da região centro o que os enfermeiros fazem, através da revista Enfermagem e o Cidadão.

AS: Prescrição por enfermeiros? O que está consagrado na lei, e qual a prática?

IJO: Através de lei já temos a prescrição consagrada para os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrica. Na prática, sabemos que a prescrição formal por enfermeiros ainda não é possível, mas que é necessária. Quando falamos em prescrição por enfermeiros não falamos da substituição de outros profissionais. Falamos da prescrição que é decorrente daquilo que são as atividades próprias dos enfermeiros. Quando falamos da prescrição não falamos apenas da prescrição de fármacos, ou seja, de prescrição medicamentosa. Falamos, por exemplo, da prescrição ao nível das ajudas técnicas, de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, que servirão de suporte à tomada de decisão dos enfermeiros e à prestação de cuidados. Muita desta prescrição, hoje em dia, já é feita informalmente pelos próprios enfermeiros, mas ainda não temos mecanismos legais ao nosso dispor, nem estão criados os mecanismos formais para que se possa passar efetivamente à prescrição.

A prescrição continua a ser um assunto de difícil discussão dentro da própria profissão, mas penso que se os enfermeiros olharem para a prescrição como coadjuvante à sua prática, e não no sentido de substituição de outros profissionais - que não é esse o objetivo - certamente verão as mais-valias, fundamentalmente para os cidadãos. O maior beneficiário da prescrição por enfermeiros é o cidadão.

AS: Qual a perceção que tem da enfermagem em Espanha, comparativamente à portuguesa, na formação, enquadramento nos sistemas de saúde e reconhecimento social?

IJO: Pelos contactos que temos tido com os colegas espanhóis, constatamos que eles vivenciam mais ou menos os mesmos problemas que nós. São a falta de reconhecimento do ponto de vista político por parte das organizações de saúde e governantes e a falta de reconhecimento e valorização do papel dos enfermeiros e do inestimável contributo que trazem para a saúde das populações. Isto levanta desafios que são comuns às profissões nos dois países. No fundo é conseguir dar voz e representatividade à enfermagem, e conseguirmos efetivamente demonstrar a mais-valia que é apostar em cuidados de enfermagem e apostar nos enfermeiros.

Nota Biográfica
Isabel de Jesus Oliveira exerce a profissão de Enfermagem desde 1996, em instituições de Coimbra, Viseu e Aveiro.
É detentora de Licenciatura de Enfermagem, Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação e da Pós-Graduação em Administração e Gestão de Serviços de Saúde.
Participou em ações de formação profissional em Portugal, Finlândia e Suíça.
Desde janeiro de 2012 é Presidente do Conselho Diretivo Regional da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros.
Exerce atividade executiva e política no âmbito da regulação profissional, é Diretora da revista Enfermagem e o Cidadão, Coordenadora do Grupo de Trabalho da Ordem dos Enfermeiros “Enfermagem do Trabalho”, integra o Grupo de Acompanhamento das Experiências Piloto do Enfermeiro de Família (Despacho n.º 12425-A/2014), o Grupo Técnico previsto no Despacho n.º 15647/2014, de 29 de dezembro (processo de contratualização dos Cuidados de Saúde Primários) e o Conselho Científico da Unidade de Farmacovigilância do Centro.
É autora de diversos artigos técnicos e políticos na área da enfermagem, e de comunicações em colóquios, congressos e seminários.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Administração Central de Sistemas de Saúde
Os 114 médicos internos sem vaga para formação da especialidade vão continuar a sua formação no Serviço Nacional de Saúde e...

Rui Ivo falava durante uma audição na Comissão Parlamentar da Saúde sobre o concurso de internato médico para 2015, a pedido do PCP, durante a qual apresentou os vários passos que caracterizaram o concurso deste ano.

Questionado pela deputada Carla Cruz (PCP) sobre a forma como o processo decorreu – deixando de fora 114 médicos, que não obtiveram vaga para a sua formação de especialidade - o dirigente do Ministério da Saúde sublinhou o esforço dos últimos meses, no sentido de “procurar vagas suficientes”.

Para o próximo internato, foram colocadas a concurso 1.569 vagas e mobilizados para o processo de escolhas 1.707 candidatos, o que representa um défice de 138 vagas, tendo ficado sem colocação 114 internos.

O processo ficou concluído no início de dezembro, tendo ficado colocados 1.569 internos que, segundo Rui Ivo, não apresentaram reclamações.

Em relação aos médicos sem colocação, o presidente da Administração Central de Sistemas de Saúde (ACSS) revelou que “está em fase adiantada de preparação” um projeto de despacho que “assegurará a manutenção destes médicos no sistema”.

Estes médicos irão assegurar a prestação de cuidados no Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente “nos locais onde exista necessidade”, os quais já foram identificados.

Rui Ivo disse ainda que está igualmente prevista a possibilidade destes internos poderem vir a apresentar-se de novo à escolha de vagas num futuro concurso.

Estudo
Num estudo que decorreu durante 10 anos, as pessoas que beberam café de forma regular mostraram-se menos propensas a morrer de...

Quanto mais cafés os participantes consumiram, menor foi o risco de morte, concluiu o estudo publicado no American Journal of Epidemiology. O estudo, segundo o Sapo, mostrou resultados semelhantes para quem consumia descafeinado regularmente.

"O café contém numerosos compostos biológicos ativos, e ácidos fenólicos, potássio, cafeína", comenta a autora do artigo Erikka Loftfied do Instituto Nacional de Cancro, em Rockyville, Maryland, Estados Unidos.

Muitos outros estudos já tinham associado o consumo de café a um menor risco de mortalidade geral e mortalidade por doença coronária, acrescenta ainda a autora, escreve a agência de notícias Reuters.

No estudo em causa, os investigadores recolheram dados de 90.317 adultos, sem história clínica de cancro ou doença coronária, que foram seguidos entre 1998 e 2009. Os investigadores controlaram o consumo de café assim como a dieta e os hábitos de saúde dos participantes.

Em 2009, cerca de 8.700 dos participantes tinham morrido ao longo do estudo. Depois de contabilizados vários fatores - como os hábitos tabágicos - os investigadores descobriram que os consumidores de café morreram menos do que os que não bebiam qualquer tipo de café.

O risco de morte era ainda mais baixo para os que beberam café quatro a cinco vezes por dia do que os que bebiam apenas um café diariamente.

"Embora o consumo de café tenha também sido inversamente associado à incidência de certos tipos de cancro, como o tumor do pulmão, não observámos nenhuma associação entre café e mortalidade por cancro", admitiu a autora. "Talvez porque o café diminui o risco de cancro para alguns tumores, mas não para outros", acrescentou.

As pessoas que bebiam três chávenas de café por dia tinham aproximadamente 18% menos riscos de morte do que os que não bebiam café. A investigadora acrescenta ainda que beber até cinco cafés por dia, ou 400 miligramas de cafeína, não está associado a riscos para a saúde a longo prazo.

OMS diz
Um relatório do gabinete europeu da OMS, intitulado Indicadores Básicos de Saúde da OMS - Região Europa 2015, alerta que o...

O documento salienta ainda que à volta de um terço dos médicos tem mais de 55 anos, o que deveria levar os países a aumentar o número de licenciados nestes áreas nos próximos anos, escreve o Sapo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de mulheres médicas aumentou 52% nos últimos dez anos o que deve também obrigar ao reforço do setor, uma vez que as "mulheres tendem a trabalhar menos horas" e têm, geralmente, "carreiras mais curtas", conclui o relatório.

"Os recursos humanos são a pedra angular do sistema de saúde de qualquer país, e a planificação, regulação e gestão da equipa profissional de saúde requer uma ampla colaboração entre setores. Tratam-se de temas que estão no coração da política de saúde 2020", comenta a diretora da OMS Europa, Zsuzsanna Jakab.

O relatório revela ainda desigualdades entre os países europeus no que toca à distribuição do número de médicos - alguns países têm cinco vezes mais médicos do que outros.

Não obstante, a situação dos enfermeiros é ainda mais grave: alguns países têm nove vezes menos enfermeiros do que outros.

Universidade de Aveiro
Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro desenvolveu um modelo matemático para ajudar a combater coinfeções do...

O algoritmo, que faz previsões sobre a influência dos tratamentos na evolução do estado de saúde dos pacientes a médio e longo prazo, permite aos médicos traçar prioridades e decidir quem deve ser tratado, como e durante quanto tempo de forma a reduzir ao mínimo o número dos coinfetados a desenvolver ativamente as duas doenças, escreve o Sapo.

Desenvolvido por Delfim Torres e Cristiana Silva, do Departamento de Matemática (DMat), o modelo divide a população em classes, de acordo com o estado de saúde de cada indivíduo em relação à infeção pelo Mycobacterium tuberculosis, a bactéria causadora da maioria dos casos de tuberculose, e pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, o vírus que, numa fase avançada da infeção, provoca a SIDA.

Neste trabalho, explica Delfim Torres, “para além de propormos um modelo populacional para a coinfecção da Tuberculose-SIDA, aplicamos a teoria do controlo ótimo de forma a determinar qual a fração de indivíduos coinfetados que deve fazer o tratamento para ambas as doenças ou apenas uma delas, considerando situações de escassez de meios para o tratamento de toda a população infetada”.

As soluções encontradas pelo algoritmo, garantem os matemáticos da Universidade de Aveiro (UA), podem auxiliar profissionais de saúde, na medida em que “se ajustarmos o valor dos parâmetros que estão associados à transição dos indivíduos de umas classes para as outras, a uma realidade concreta, podemos de seguida fazer previsões sobre a evolução da coinfecção a médio e longo prazo”.

Estas previsões também são importantes para os doentes, e para as pessoas saudáveis, uma vez que o modelo do DMat pode fazer previsões sobre a influência do sucesso dos tratamentos no número de pessoas infetadas e que desenvolvem uma ou ambas doenças ativas e com isso reduzir-se o número de indivíduos que desenvolve SIDA e/ou tuberculose ativa com o mínimo de recursos possíveis.

Na construção do modelo matemático os investigadores da UA deram como assumido que os indivíduos com tuberculose ativa ou latente têm acesso a tratamento. Quanto aos indivíduos infetados pelo VIH que iniciam o tratamento antiretroviral atempadamente, respeitando os protocolos de tratamento, o algoritmo de Delfim Torres e Cristiana Silva colocam-nos numa classe designada por crónica uma vez que, de acordo com a literatura médica, estas pessoas, após infeção, podem viver mais de 20 ou 30 anos, com uma qualidade de vida razoável e comparável à de outras doenças designadas crónicas.

“O nosso modelo inclui a coinfecção pelo Mycobacterium tuberculosis e pelo VIH e assume que pelo menos uma determinada fração destes indivíduos tem acesso ao tratamento de ambas as doenças ou apenas uma delas”, explica Delfim Torres.

Saúde pública
O aumento do consumo do dinotrofenol 2,4 está a preocupar as autoridades de saúde pública em todo o mundo. Comprimidos já terão...

O dinitrofenol 2,4, mais conhecido como DNP, era usado originalmente para a fabricação de explosivos, mas nos últimos anos tem sido comercializado online ilegalmente sob a forma de cápsulas, pó ou creme, sendo procurado, segundo o Sapo, sobretudo por pessoas que acreditam que a substância as pode emagrecer.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o DNP "já causou doenças graves e mortes em vários países nos últimos três anos".

Em maio de 2015, veio a público a morte de um jovem português, nos Açores, depois de a polícia internacional Interpol ter alertado para os riscos de uma substância ilícita, vendida na Internet, usada para a perda de peso, o dinitrofenol 2,4.

O uso do DNP como substância para emagrecer não é recente: nos anos 20 descobriu-se que a substância aumentava a taxa metabólica, permitindo um maior dispêndio energético e a consequente perda de peso.

No entanto, os efeitos secundários e o risco de morte levaram a Food and Drug Administration (FDA), o órgão regulador dos fármacos nos Estados Unidos, a proibir o composto em 1938, catalogando-o como uma "substância extremamente perigosa e não apta para o consumo humano".

Mais recentemente o composto voltou a ganhar fama junto dos jovens na Internet. Segundo um estudo do Departamento de Medicina de Emergência do Hospital Whittington, em Londres, houve um ressurgimento de casos fatais na primeira década do século 21: pelo menos 12 mortes entre 2001 e 2010.

Em 2015, só no Reino Unido, registaram-se 30 casos de intoxicação pela substância (contra 9 casos em 2014). Cinco acabaram por morrer. O caso da morte de Eloise Parry voltou a lançar o alerta.

A Agência Espanhola de Consumo, Segurança Alimentar e Nutrição (Aecosan) lançou recentemente um alerta depois de identificar várias páginas web que comercializavam DNP.

A OMS e a Interpol também emitiram relatórios obre o aumento do consumo do composto.

Em Portugal
A venda de medicamentos genéricos está a registar pela primeira vez uma descida em Portugal, o que se pode explicar com a falta...

A quota de mercado dos genéricos baixou de 72,6% para 70,9% de dezembro de 2014 até outubro de 2015, quando a meta era aumentar o peso dos genéricos nas áreas em que existem. Só este ano, a Associação Nacional das Farmácias (ANF) estimava poupanças adicionais que podiam chegar a 35 milhões de euros, mas que não passaram de um milhão. O Ministério da Saúde disse ao Diário de Notícias que os incentivos estão a ser revistos.

O regime de incentivos às farmácias foi negociado ainda em 2014 e visava aumentar a quota de mercado dos genéricos, com poupanças para o SNS e para os utentes. "O objetivo era passar de uma quota de 47% para 50% no mercado total já este ano. Dentro do mercado em que há genéricos, poderíamos atingir os 75%", em vez dos 72,6% de dezembro, explica ao Diário de Notícias o presidente da ANF, Paulo Duarte.

A medida iria ainda compensar as farmácias pela perda de lucros com a venda de medicamentos por substância ativa e pelas mudanças que afetaram negativamente o setor nos últimos anos.

Depois de uma negociação com o Ministério da Saúde, a tutela acabou por aplicar em fevereiro um sistema distinto "que veio penalizar as farmácias que mais contribuíram para estas poupanças", explica a ANF. Paulo Duarte frisa que "só as farmácias que aumentaram a quota de genéricos dispensados é que foram premiadas. Ficaram de fora as que tinham as quotas mais altas e que, por isso, não conseguiram aumentar. Este sistema não só não incentiva como desincentiva a dispensa de mais genéricos". Os prémios pagos não passaram de 453 mil euros, uma média de 160 euros por farmácia, diz a ANF, metade da poupança para o País,

Paulo Duarte não tem dúvida de que este é um sinal de que "o regime de incentivos falhou. Não só o das farmácias, mas também em geral, como acontece com os médicos". Questionado sobre a necessidade de prémios às farmácias para se venderem mais genéricos, o responsável esclarece que "o mercado já tem um nível elevado destes medicamentos. Os incentivos são mesmo necessários para, porque nesta fase qualquer subida já implica um grande esforço."

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, contesta que sequer existam prémios. "Os médicos já receitam por substância ativa. Estes resultados mostram que o problema não é dos médicos e que há utentes que levam medicamentos mais caros para casa. A solução passa por medidas como a que o Diário de Notícias noticiou, como as embalagens iguais. "Acredito que o mesmo venha a acontecer com os preços. Temos de evoluir para um verdadeiro mercado de genéricos. Deixa de fazer sentido incentivos, seja para farmácias ou médicos."

Segundo dados do setor, de 2011 a 2014 (quatro anos), Estado e os utentes pouparam 1691 milhões de euros com a aposta nos genéricos em alternativa aos medicamentos de marca. Um valor que é semelhante a um ano de despesas com medicamentos no País.

Nos últimos três anos, o mercado e a poupança estagnaram. "Aos 451 milhões de euros poupados em 2014, era de esperar um acréscimo de cerca de 35 milhões de euros, mas só se poupou um milhão". Se os medicamentos genéricos fossem sempre dispensados, poderia chegar a 70 milhões de euros, mas o Infarmed calculou um cenário de 100 milhões, mais ambicioso.

Ministério admite mudanças
Paulo Duarte sublinha a necessidade de um novo regime. "Tem de fazer algo, mudar as regras para os farmacêuticos, mas também para os médicos e unidades de saúde. No caso das farmácias, "é preciso garantir que não percam dinheiro ou que haja ganho com outras medidas. Para dispensar mais genéricos as farmácias são penalizadas. O regime prejudica utentes e o setor."

Questionado pelo Diário de Notícias, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, admite que está em estudo um novo modelo. "Queremos compensar as farmácias e garantir que têm valor acrescentado. Estamos a pensar n um contributo por receita aviada e alterar o que esta em vigor". Entre as mudanças está, por exemplo, a dispensa de medicamentos para o cancro e VIH em ambulatório, como o Diário de Notícias noticiou. Todas estas mudanças estão a ser trabalhadas pela ANF e pela tutela.

Tratar por excesso
Médicos admitem excessos associados aos avanços tecnológicos e defendem que tem de haver bom senso. Após o diagnóstico é...

"Estamos a fazer um sobrediagnóstico e sobretratamento em cancros como o da próstata, mama ou tiroide. Tratamos por excesso". As palavras de Manuel Sobrinho Simões, o investigador e médico que recentemente foi designado como o patologista mais influente do mundo, espelham as preocupações de quem acompanha doentes com cancro. Se há vidas que são salvas, outras nunca viriam a ser afetadas, mas acabaram sujeitas a operações e tratamentos. "O problema é que ainda não sabemos distinguir muitos destes casos", diz o oncologista Jorge Espírito Santo.

O sobrediagnóstico, que no fundo é a descoberta de um cancro ou de uma lesão que provavelmente não iria afetar a mortalidade, é um dos desafios que Sobrinho Simões prevê para as próximas décadas na área da oncologia. E falou um pouco sobre ele esta semana na apresentação do Think Tank Inovar Saúde, na conferência de abertura. A outra face da moeda é o sobretratamento. Conhecido o diagnóstico, recorre-se a cirurgia, radioterapia ou quimioterapia para os combater. Mas será que tem ser assim?

O também diretor do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (IPATIMUP) diz que "não podemos diagnosticar e tratar a mais. Fica caro e aumenta-se o pânico nos doentes. Temos de perceber as limitações dos excessos da tecnologia", explica ao Diário de Notícias.

O conceito IDLE (inglês), que se traduz como lesão indolente, tem sido alvo de estudos. Como o nome indica, trata-se de lesões designadas como cancro, mas que "provavelmente não causariam danos se não fossem tratadas", refere um estudo do The Lancet de maio de 2014: "Lidar com o sobrediagnóstico e sobretratamento no cancro: uma prescrição para a mudança".

Jorge Espírito Santo refere que, se é verdade que "há situações que se resolveriam por si próprias sem intervenção, outras beneficiam do diagnóstico precoce. Se tratarmos um cancro no primeiro estadio, a sobrevivência é muito mais alta a cinco anos, fazemos menos tratamentos e gastamos menos. Mas depois há casos de sobretratamento. Tem de haver aqui um equilíbrio entre o que é ciência e bom senso".

Cancro da tiroide e a sua remoção
São três os casos mais associados a este problema: o cancro da mama, próstata e tiroide. Mas é sobretudo neste último que há mais consenso. "Este cancro passou a ser o mais frequente em Portugal", diz Sobrinho Simões. Durante a apresentação, deu o exemplo da "epidemia" da Coreia do Sul, que passou de cerca de 4 para quase 70 casos de cancro por cem mil habitantes depois de apostar no rastreio. A mortalidade, porém, não aumentou. "Manteve-se. O Japão tinha muito menos casos, mas a mortalidade era semelhante à da Coreia".

Nuno Miranda, o diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, diz que a "dimensão deste problema é maior. Há alguns anos, muitos nem seriam classificados como cancro. Há maior precisão no diagnóstico." Na sequência de queixas e de problemas como hipertiroidismo, encontram-se lesões. "Provavelmente muitas não dariam em nada".

Jorge Espírito Santo também diz que "a mama e a tiroide são os principais suspeitos. Casos em que se confunde cancros com lesões ou em que há cancro, mas que não evoluiria ou não precisaria de ser tratado. Vamos ter de definir critérios de diagnóstico e tratamento. Já existem, mas são generalistas."

Na tiroide, podem surgir nódulos de um ou dos dois lados da glândula, que levam a intervenção precoce. "Há casos em que se tira apenas uma parte, mas é frequente tirar-se a totalidade, o que obriga a terapêutica de substituição."

Cancros da mama sem evolução
Outro exemplo é o cancro da mama, um dos três que podem ser rastreados. "Há mais casos e mais cirurgias em Portugal. E provavelmente há sobretratamento. Neste cancro temos informação mais conclusiva. Temos 30% de diagnósticos que provavelmente não evoluiriam", refere, citando um estudo canadiano. "O problema é que não sabemos quais são.

Espírito Santo diz que "há lesões que não precisavam de tratamento, mas na dúvida trata-se. Às vezes consegue-se preservar o tecido, mas noutros fazem-se mastectomias totais. São casos de difícil decisão que nem sempre se justificam". Nuno Miranda recorda o caso dos "carcinomas in situ (localizados). São cancro? Há situações em que não evoluem porque não têm capacidade, mas que tratamos".

Um estudo no Reino Unido publicado no Clinical Oncology, trata precisamente este tema do cancro in situ. E conclui que estes cancros são já um quinto dos detetados em rastreio. Um terço destas mulheres tiram cirurgicamente as duas mamas e 70% faz uma cirurgia conservadora. A verdade é que, até agora, o número de cancros invasivos não caiu por causa dos rastreios. Nuno Miranda admite este dilema. "O cancro in situ é cancro? O cancro pela sua natureza devia ser invasivo. Depois acabamos por intervir numa fase em que se calhar as células não têm essa capacidade para invadir os tecidos."

No caso da próstata, a existência de falsos positivos já veio mudar o atual panorama. "A recomendação é para não fazer o PSA", uma análise que permite ajudar a perceber se há um aumento da próstata, que em determinados níveis pode ser indicativo de cancro.

"Não se recomenda porque sabemos hoje que apenas se salvava um em cada mil que faziam. Quando se faz tem de se explicar ao doente que pode ser sobrediagnosticado e tratado. E a verdade é que quase 100% dos homens acabam por ter este cancro no final da vida e muitos morrem de outra coisa", diz Nuno Miranda. É por essa razão que hoje as normas foram alteradas. O exame da PSA só deve ser feito mesmo quando já existem queixas e combinado com toque retal e ecografia.

Mas especialistas como Manuel Sobrinho Simões admitem que muitos ainda o fazem. "O problema é que os doentes o podem fazer até nas farmácias. Estou muito preocupado com isso" (ver entrevista ao lado).

Vigiar e decidir caso a caso
Nestes casos, pode nunca se morrer com o problema. "Tenho doentes que têm valores elevados deste teste e que estão apenas a ser vigiados", diz Espírito Santo.

Nuno Miranda admite que para um doente que sabe que tem cancro é difícil ficar à espera, mesmo que possa vir a não morrer dele. "É difícil distinguir quais é que vão evoluir ou não. Ninguém se sente confortável em não tratar. Nem o doente, nem o médico que fica com o coração na boca".

Jorge Espírito Santo acredita que se pode prevenir uma decisão radical, que culmine em mastectomias, cirurgias, tratamentos para o resto da vida, incontinência e impotência no caso dos homens. "Tem de haver bom senso e decisões baseadas na experiência. Temos de ver caso a caso".

Direção-Geral da Saúde
Os casos de legionella dispararam em 2014 no nosso país: mais de 500, quando no ano anterior não chegaram a uma centena. E a...

Mas os casos de legionella não foram os únicos a subir, escreve o Diário de Notícias. De acordo com o relatório Doenças de Declaração Obrigatória 2011-2014, publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), houve também um "aumento substancial" dos casos de doenças sexualmente transmissíveis - gonorreia e sífilis.

No ano passado, o surto de legionella em Vila Franca de Xira, que matou 14 pessoas, fez disparar as notificações que chegaram à DGS, já que esta doença faz parte da lista de declaração obrigatória. Foram 550 notificações, quando no ano anterior tinham sido apenas 97. Os dados fazem parte do relatório da DGS com informação de 2011 a 2014. Nestes quatro anos o número total de notificações foi de 884.

Já este ano registou-se mais um surto de legionella, mas de proporções muito inferiores. Em setembro, no Porto, registaram-se 12 casos que estariam associados à presença da bactéria num hotel. Ontem, o Correio da Manhã, dava conta da presença da Doença dos Legionários no centro de saúde de Vila Real de Santo António. A delegada regional de saúde, Ana Cristina Guerreiro explicou que a bactéria foi detetada no âmbito das "análises periódicas" que as autoridades de saúde fazem a vários edifícios e que neste caso foi encontrada "numa canalização antiga".

A delegada regional de saúde explicou que pediram "para não serem prestados cuidados nessa zona e para serem utilizados outros gabinetes do centro de saúde para essa função". Ana Cristina Guerreiro garantiu que "não há risco para os utentes" e que "estão a ser tomadas as medidas necessárias" para que a situação normalize.

Doenças sexuais aumentam
Da análise do relatório Doenças de Declaração Obrigatória 2011-2014, além do elevado acréscimo dos casos de legionella em 2014, a DGS aponta ainda "aumento substancial de infeções sexualmente transmissíveis, nomeadamente as infeções gonocócicas (gonorreia) e sífilis (excluindo Sífilis congénita). Quanto à primeira, a média entre 2011 e 2013 foi de 118 casos. Mas no ano passado foram notificados 206 (mais 90 casos do que no ano anterior). Em relação à sífilis o salto é ainda maior: 367 notificações, mais 181 casos.

A DGS registou ainda um aumento de casos de Salmoneloses não Typhi e não Paratiphy - a salmonella, provocada pela ingestão de água e alimentos contaminados, pode causar gastroenterite e infeção localizada - e da incidência de casos de infeção e meningite por Haemophilus influenza, a causa mais comum de meningite nas crianças.

Em sentido contrário, em 2014 registou-se uma "diminuição da incidência de casos de tosse convulsa, parotidite epidémica, doença de Creutzfeldt-Jakob e infeção e meningite meningocócica".

Cruz Vermelha Portuguesa
De modo a contrariar os dados que apontam para um aumento de mortes nas estradas, a Cruz Vermelha Portuguesa apela a uma...

Dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária revelam que o ano que agora termina, quando comparado com 2014, soma já mais 4.169 acidentes e mais 17 mortos, uma situação que a Cruz Vermelha Portuguesa deseja que não se agrave no mês de Dezembro que continua a ser um dos meses mais marcados pela sinistralidade nas estradas.

Segundo Luís Barbosa, Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, «os acidentes rodoviários têm um custo económico elevado e um custo social muito significativo, pois os feridos, as famílias, os amigos e as comunidades podem nunca conseguir recuperar das consequências de um acidente».

Dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária revelam que foram implementadas, ao longo dos últimos anos, diversas medidas que permitiram reduzir, numa década, o número de vítimas mortais nas estradas. No entanto, em 2015, os dados disponíveis mostram um aumento da sinistralidade, em especial das vítimas mortais, com um crescimento muito elevado nos distritos de Aveiro, Beja e Faro. Até 30 de Novembro, ocorreram mais 4.169 acidentes e morreram mais 17 pessoas nas estradas portuguesas. Em cinco anos, é a primeira vez que a sinistralidade rodoviária se agrava, continuando Dezembro a ser o mês em que ocorrem mais mortes nas estradas.

Além de sensibilizar para a prevenção rodoviária, a Cruz Vermelha Portuguesa reforça ainda a importância dos primeiros socorros em contexto de acidente rodoviário, recordando que cerca de 50% das mortes ocorre durante a primeira hora, 15% entre a primeira e a quarta hora e 35% para além das 4 horas.  Face a estas estatísticas, a Cruz Vermelha Portuguesa relembra a existência da aplicação móvel “Socorrismo – Cruz Vermelha”, uma plataforma que dá a conhecer as técnicas de primeiros socorros nos minutos a seguir e as quais podem fazer a diferença entre a vida e a morte.

Gratuita e disponível em https://play.google.com/store/apps/details?id=com.cube.gdpc.prt&hl=pt_PT para tecnologia Android e iOS, a plataforma constituí uma ferramenta útil, de fácil aprendizagem e utilização, e com informação que pode salvar vidas.

Nesta época festiva Luís Barbosa acrescenta que “os acidentes acontecem quando menos esperamos, pelo que a prevenção de acidentes e catástrofes integra a lista das principais causas desta Instituição. A defesa da vida, da saúde e da dignidade humana está na origem da nossa missão e guia as nossas atividades”.

Infarmed
Na sequência da revisão dos dados de segurança relativos ao medicamento Gilenya, a Agência Europeia do Medicamento emitiu novas...

O Gilenya é um medicamento indicado no tratamento da Esclerose Múltipla (EM). As recomendações agora emitidas pretendem minimizar os riscos de desenvolvimento de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) e basalioma em doentes tratados com este medicamento.

A LMP é uma infeção viral rara no cérebro, causada pelo vírus John Cunningham (JVC), e que pode originar incapacidade grave e morte. O basalioma é um tipo de cancro da pele, de crescimento lento.

A substância ativa fingolimod reduz a atividade do sistema imunitário, pelo que os doentes tratados com este medicamento podem estar mais sujeitos a desenvolver determinadas doenças e infeções, como a LMP e alguns tipos de cancro. Até à data, foram notificados 3 casos de LMP em doentes tratados com Gilenya e que não tinham recebido tratamento prévio com natalizumab (outro medicamento imunossupressor) e 151 casos de basalioma .

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) recomenda, por isso, que os doentes em tratamento com Gilenya sejam avaliados, antes e durante o tratamento, para possibilitar a identificação precoce de sinais e sintomas relacionados com LMP ou basalioma.

Assim, para que os benefícios da utilização de Gilenya continuem a superar os riscos conhecidos, a EMA e o Infarmed informam o seguinte:

Profissionais de saúde
- Antes do início do tratamento, deve ser realizada uma ressonância magnética (até três meses antes) para servir de referência. Nas ressonâncias magnéticas de rotina (efetuadas de acordo com as normas locais) , deve verificar-se a existência de lesões sugestivas de LMP;
- Em caso de suspeita de LMP, deve ser efetuada uma ressonância magnética de imediato e o tratamento com Gilenya deve ser suspenso até que se exclua a possibilidade de infeção;
- A LMP apenas pode ocorrer na presença de infeção pelo JCV. Se for realizado um teste para determinação da presença de anticorpos anti-JCV, deve considerar-se que a influência da linfopenia na precisão dos resultados não foi estudada em doentes tratados com Gilenya. Se o resultado desta análise for negativo, não se pode excluir a possibilidade de uma infeção subsequente por JCV;
- O medicamento Gilenya é agora contraindicado em doentes com basalioma;
- A avaliação da pele dos doentes deve ser realizada, antes do início do tratamento e pelo menos uma vez por ano, enquanto o doente estiver em tratamento com Gilenya, para permitir a identificação precoce de eventuais lesões na pele;
- Em caso de suspeita de basalioma, os doentes devem ser encaminhados para um dermatologista;
- Os doentes devem ser informados sobre os sinais mais frequentes de basalioma (nódulos na pele, manchas ou feridas abertas de difícil cicatrização) e à necessidade de consultar o médico caso estes ocorram.
- Os doentes e os seus cuidadores devem ser informados sobre os sinais e sintomas sugestivos de LMP (alterações de humor ou comportamento, lapsos de memória, problemas na fala e na comunicação) assim como à necessidade de consultar o médico no caso de agravamento da doença ou de surgimento de novos sintomas;

Doentes
- O Gilenya reduz a atividade do sistema imunitário. Por este motivo, os doentes podem estar em maior risco de desenvolvimento de infeções, incluindo uma infeção grave do cérebro chamada LMP e alguns tipos de cancro, como é o caso do basalioma (um tipo de cancro de pele de crescimento lento);
- Para diminuir esse risco, é necessária a realização de ressonâncias magnéticas de monitorização.
- Os sintomas de LMP podem ser semelhantes aos de um surto de EM e podem incluir alterações de humor ou comportamento, falhas de memória e dificuldades no discurso e comunicação; caso verifique que a doença se está a agravar ou se tiver sintomas diferentes do habitual, contacte o seu médico logo que possível;
- Antes e durante o tratamento com Gilenya, o médico irá também verificar a existência de feridas, nódulos ou lesões que possam indiciar a possibilidade de cancro da pele, como o basalioma. Contacte o seu médico caso detete a existência de alguma destas lesões ou tenha alguma ferida que custe a cicatrizar.

O Resumo das Características do Medicamento e Folheto Informativo do medicamento Gilenya serão atualizados com esta nova informação.

A EMA e o Infarmed irão continuar a acompanhar esta situação e a divulgar toda a informação considerada relevante.

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