Sociedade Portuguesa de Pneumologia
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia alertou para os fatores de risco associados ao consumo de tabaco, seja através de...

Em declarações, na véspera de mais um Dia Mundial do Não Fumador, a coordenadora da Comissão de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), disse que o tabagismo "é a principal causa de doenças respiratórias em Portugal e em todo o mundo".

Ana Maria Figueiredo adiantou que a incidência das doenças respiratórias pode ser reduzida através da cessação tabágica, que não deve passar pelo uso do cigarro eletrónico.

“Há estudos que apontam para o facto de que os cigarros eletrónicos podem causar doenças. Lembro que as pessoas inalam o vapor, que pode fazer mal. Muitas pessoas acham que faz menos mal, mas na verdade não sabemos ao certo”, explicou.

No entender da especialista, os portugueses continuam a eleger o tabaco tradicional para os seus consumos de fumadores.

“Houve uma altura, quando os cigarros eletrónicos apareceram, em que as pessoas aderiram e isso se tornou uma moda. Mas não nos pareceu que em Portugal fosse uma 'epidemia' tão importante como em outros países. Contudo, não temos dados específicos sobre o número de pessoas que usam os cigarros eletrónicos", referiu.

Na opinião de Ana Maria Figueiredo, independentemente dos estudos, as pessoas têm de ter é a noção de que "fumar faz mal".

“Há estudos que dizem que os cigarros eletrónicos podem causar doenças, mas, acima de tudo, o que é importante ter em conta é que o cigarro não é bom. O ideal era não fumarem nada”, vincou.

A coordenadora da Comissão de Trabalho de Tabagismo lembrou que, segundo dados do Eurobarómetro, a prevalência de fumadores em Portugal era de 25% em 2014 e de 23% em 2013.

Na véspera de mais um Dia Mundial do Não Fumador, Ana Maria Figueiredo salientou que "o tabaco faz mal e que as pessoas devem deixar de fumar".

“O fundamental era as pessoas terem a noção de que fumar faz mal e de que o cigarro eletrónico pode fazer tão mal como o cigarro tradicional. Os nossos pulmões não foram feitos para inalar qualquer outra substância que não o ar, e de preferência puro”, concluiu.

Este ano
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica detetou este ano 147 infrações à Lei do Tabaco e instaurou 113 contraordenações...

A falta de sinalização ou sinalização incorreta, a criação de espaços para fumadores sem requisitos, a proibição de fumar em determinados locais e a falta de aviso de proibição de venda a menores são as principais infrações detetadas pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), entidade que tem competências para fiscalizar.

Segundo aquele órgão de polícia criminal, os estabelecimentos de restauração e bebidas e os retalhistas são os operadores mais fiscalizados pela ASAE.

Numa resposta, a ASAE refere que, entre 1 de janeiro e 16 de novembro deste ano, foram detetadas 147 infrações e instaurados 113 processos de contraordenação.

Durante o ano de 2014, a ASAE registou 217 infrações e foram instaurados 200 processos de contraordenação.

A Lei do Tabaco entrou em vigor a 01 de janeiro de 2008 e limita o fumo em locais públicos fechados e estabelece sanções até 250 mil euros para os incumpridores, sendo a ASAE a entidade responsável por a fiscalização.

Estudo
Um medicamento utilizado para tratar o alcoolismo associado a outras substâncias poderá contribuir para eliminar o vírus da...

O medicamento, denominado Dissulfiram (nome da marca segundo os país: Antabuse, Esperal), acorda o vírus latente no organismo infetado, destruindo assim as células, bem como o anfitrião, e sem efeitos secundários, referem os autores.

Atualmente, a terapia antirretroviral pode controlar o vírus, mas sem o eliminar definitivamente.

O vírus permanece no organismo das pessoas tratadas, mas de forma inativa. O reservatório onde permanece o vírus é um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento de um tratamento que cure definitivamente.

Acordar o vírus latente é uma estratégia promissora para curar o paciente com sida.

Mas, acordar o vírus é apenas a primeira etapa para o eliminar, sublinhou Julian Elliot, diretora de pesquisa clínica nos serviços de doenças infecciosas no hospital Alfred, em Melbourne, Austrália, e autora do estudo.

“Agora, temos de trabalhar para nos livrarmos das células infetadas”, acrescentou.

No ensaio clínico, dirigido por Sharon Lewin, do Instituto Doherty, em Melbourne, 30 pessoas a fazer tratamento antirretroviral tomaram doses de Dissulfiram, que foram sendo aumentadas, ao longo de três dias.

Com a dose mais elevada, estimularam o vírus adormecido, sem efeitos secundários para os pacientes.

“O teste demonstra que o Dissulfiram não é tóxico, é seguro de usar e poderá, muito provavelmente, ser o único que muda tudo”, referiu, em comunicado, Sharon Lewin.

O próximo passo é testar a droga com o próprio vírus como alvo, acrescentaram os pesquisadores.

Mais de 34 milhões de pessoas morreram devido a problema de saúde relacionados com a Sida, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

No final de 2014, havia cerca de 36,9 milhões de pessoas contaminadas com o vírus.

Estudo
A maioria dos portugueses estaria disponível para trabalhar mais horas e sob maior pressão, com compensações associadas à...

As conclusões do estudo ‘Portugal: Escolhas para o futuro’ resultam de um inquérito a 2.000 portugueses com mais de 18 anos, que se baseou num sistema de trocas de incentivos e custos, para saber que compromissos os portugueses estariam dispostos a sacrificar para melhorar o seu bem-estar socioeconómico.

Nesse sentido, conclui o estudo da McKinsey, os portugueses inquiridos “estariam, em média, dispostos a trabalhar mais e por mais tempo, bem como a sacrificar alguns dos seus benefícios sociais em troca, principalmente, de mais rendimento disponível, de melhor educação, e de melhores cuidados de saúde, segurança pública e proteção ambiental”.

Num cenário de consenso generalizado entre os inquiridos, 76% dos portugueses estariam disponíveis para trabalhar sob maior pressão sobre o desempenho individual, com compensações associadas à produtividade, 18% para trabalhar mais horas e 7% disponíveis para reduzir ligeiramente o nível da proteção social.

Em troca, 39% dos inquiridos procuram um aumento do rendimento disponível, 25% da qualidade dos serviços de saúde, 24% dos da educação, 9% da segurança pública e 3% das políticas ambientais.

“Os compromissos revelados no cenário de consenso poderiam elevar o crescimento anual do PIB [Produto Interno Bruto] para níveis de 2,0 a 2,5% ao longo da próxima década, aproximadamente o dobro da taxa de crescimento projetada pela União Europeia”, segundo o estudo.

Comparando o cenário de consenso em Portugal com o dos outros 10 países europeus estudados neste inquérito da consultora a nível europeu, as preferências dos portugueses “estão em geral alinhadas com as dos inquiridos de países com menor rendimento ‘per capita’”, como Polónia, Roménia, Espanha e Itália, que podem estar “mais disponíveis para sacrificar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional”, enquanto os inquiridos de países mais ricos (Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Suécia) mostraram maior disponibilidade para abdicar da proteção social.

Este é um cenário de consenso, ou seja, que seria aceite pela maior parte dos inquiridos com um nível baixo de controvérsia entre a sociedade, mas a consultora apresenta ainda um segundo cenário que contaria com o total apoio de dois terços dos inquiridos, mas com a total oposição de um terço dos portugueses, um cenário que, considera, poderia ser, ainda assim, “politicamente viável”.

Neste caso, 52% dos portugueses estariam dispostos a aumentar a pressão no trabalho e 48% a aumentar as horas de trabalho, mantendo o nível atual de proteção social. Em troca, 54% dos inquiridos exigiram um aumento do rendimento disponível, 22% uma melhoria dos serviços de saúde, 15% na educação, 8% na segurança pública e 1% no ambiente.

Este cenário permitiria “um aumento médio de crescimento económico entre os 2,5% e os 3% durante os próximos 10 anos”, admite a McKinsey.

A possibilidade de aumentar as horas de trabalho “foi um dos atributos mais controversos do estudo”, com 44% dos inquiridos a declararem disponibilidade para trabalhar mais horas, 33% preferiam manter o ‘status quo’ e 23% preferiam trabalhar menos horas.

Essa disponibilidade aumentaria para 76% caso houvesse uma maior flexibilidade de horários (35% até mais duas horas e o restante acima dessas horas).

“É interessante notar que os inquiridos portugueses revelaram uma elevada predisposição para aceitar uma remuneração associada ao desempenho. Quando lhes foi perguntado especificamente, 74% disseram que uma componente variável dos salários deveria refletir o desempenho do trabalho, em comparação com uma média de 64% nos outros países europeus abrangidos pelo estudo”, considera a consultora, lembrando que atualmente apenas 36% dos empregos em Portugal tem um sistema de remuneração baseado no desempenho.

Além disso, o estudo revelou igualmente “a vontade de melhorar a produtividade do setor público e a qualidade geral dos serviços públicos. Os inquiridos [onde se incluem, propositadamente, funcionários públicos] afirmaram pretender que os serviços públicos reduzissem os custos através do aumento da eficácia e da produtividade, bem como da simplificação da estrutura do setor público”.

Já no que diz respeito à proteção social, a maioria dos portugueses inquiridos “revelaram disponibilidade para sacrificar uma pequena parte da proteção social e libertar recursos para os outros fins”.

Contudo, esta é uma medida “especialmente controversa”, uma vez que os inquiridos “repartiram-se de forma bastante equitativa entre os que afirmaram querer uma maior proteção social, os que não quiseram mudança nenhuma, e os que quiseram menos benefícios”.

A nível europeu, a tensão em torno da proteção social foi mais evidente entre os inquiridos de países com menores rendimentos, enquanto os inquiridos de países com rendimentos mais elevados revelaram uma inclinação muito maior para cortar benefícios.

Quando questionados sobre como sustentar a Segurança Social em Portugal, 37% dos inquiridos apresentaram como primeira ou segunda escolha o aumento das contribuições empresariais. A redução de benefícios, o aumento da idade de reforma e o aumento de outros impostos indicados foram respostas apresentadas por menos de 20% dos inquiridos.

O estudo foi apresentado na semana passada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e foi divulgado numa apresentação pública em Lisboa para assinalar os 30 anos da consultora.

Sociedades científicas apresentam
As primeiras orientações para a preservação da fertilidade em doentes oncológicos serão apresentadas no Simpósio Nacional da...

O documento foi elaborado pela SPO, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR) e a Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH), e prevê um aumento do número de pessoas que poderão ser pais após uma doença oncológica.

Intituladas “Recomendações para a preservação da fertilidade no doente oncológico”, constituem um conjunto de guidelines nacionais, que procuram aumentar a informação aos profissionais envolvidos no tratamento do doente oncológico e aos doentes que se deparam com o cancro, sobre as possibilidades da sua fertilidade ser preservada. 

«Diversos estudos epidemiológicos investigaram a fertilidade de sobreviventes de doença oncológica, face a controlos saudáveis, e demonstraram que a probabilidade destes doentes produzirem descendência é significativamente inferior, quer em homens quer em mulheres» afirma Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia. «Graças à evolução médica e científica recente, os doentes atualmente têm uma maior esperança de vida e é necessário informá-los sobre a possibilidade do seu material genético ser preservado, antes das terapias, pois alguns tratamentos contra o cancro podem pôr em causa a fertilidade dos doentes», acrescenta a especialista.

De entre as mulheres diagnosticadas com cancro da mama e ginecológico, até 15% e 43%, respetivamente, têm idade inferior a 45 anos, ou seja, encontram-se ainda em idade fértil e 90% dos novos casos de cancro testicular são em homens em idade reprodutiva.

Em Portugal, a criopreservação de gâmetas masculinos vem sendo praticada há largos anos. A preservação da fertilidade feminina, bastante mais complexa, iniciou-se mais recentemente. Hoje são vários os centros existentes em Portugal dotados dos meios técnicos e com recursos humanos especificamente dedicadas a esta atividade multidisciplinar, e para ajudar na tomada de decisão dos doentes que pretendem ter mais informação sobre o assunto.

São vários os doentes que no ano passado foram atendidos nestes serviços e num futuro próximo estima-se que entre 300 a 400 mulheres possam vir a beneficiar das várias técnicas de preservação da fertilidade, através dos vários centros existentes no país.

União Humanitária dos Doentes com Cancro
A União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC) assinala o Dia Nacional do Não Fumador, 17 de Novembro, com rastreios aos...

A UHDC promove esta campanha de prevenção do cancro do pulmão com o objetivo de alertar a população para os malefícios do tabaco e evidenciar os efeitos nocivos que o monóxido de carbono tem sobre o organismo. A associação sem fins lucrativos incentiva as pessoas a não fumar e a adotar um estilo de vida saudável, de forma a contribuir para a diminuição dos índices de mortalidade do cancro em Portugal.

 

Cláudia Costa, porta-voz da UHDC, refere que “o tabagismo é o principal fator de risco para o cancro do pulmão, a principal causa de morte por doença oncológica nos países ocidentais. Nesse sentido, o primeiro passo para diminuir este risco deve ser deixar de fumar. Par além disso, a probabilidade de cancro do pulmão em fumadores é 15 vezes superior à dos não fumadores.”

 

Em Portugal, segundo um estudo do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Outubro deste ano  cerca de 90% dos casos do cancro do pulmão estão associados ao tabagismo. O Relatório do Observatório das Doenças Respiratórias indica-nos que em 2013 morreram 4336 portugueses por cancro da traqueia, dos brônquios e do pulmão, o que representou um aumento de 35,7% em relação a 2007.

 

"O consumo do tabaco é a causa de morte que mais se pode prevenir" e "Não Fume! Por si. Pela sua família. Pela sua Saúde e pela dos que o rodeiam" são os lemas deste rastreio.

 

Data: 17 de Novembro 2015

Hora: entre as 12h00 e as 18h00

Local: Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico, na Rua da Quinta do Loureiro à Av. de Ceuta, Lote 11 - Loja 2, em Lisboa, para serem rastreadas.

Sobre a União Humanitária dos Doentes com Cancro

A União Humanitária dos Doentes com Cancro é uma Associação Humanitária, de Solidariedade Social e de Beneficência, sem fins lucrativos. Fundada em 7 de Abril de 1999 (Dia Mundial da Saúde), com o lema “Quanto mais olharmos o cancro de frente, mais ele se afasta de nós”, a União tem como primeiro objectivo apoiar os doentes com cancro e seus familiares, mediante a prestação de diversas valências de apoio, inteiramente gratuitas, beneficiando assim milhares de doentes com cancro mais carenciados.

A União foi pioneira no nosso país na criação de 4 diferentes tipos de apoio a doentes com cancro: consultas gratuitas de Apoio Médico e de Psico-oncologia, Linha Contra o Cancro e Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico. Em termos de saúde pública, a União é membro efetivo do Grupo Técnico Consultivo da Direcção-Geral da Saúde.

Para mais informações: http://www.doentescomcancro.org/

 

Organização Mundial da Saúde
O aumento da resistência aos antibióticos representa “um imenso perigo para a saúde mundial”, indicou hoje a diretora geral da...

Esta resistência, acrescentou Margaret Chan, “atinge níveis perigosamente elevados em todas as partes do mundo”.

A pesquisa, publicada hoje em Genebra, revela que todas as pessoas podem um dia ser afetados por uma infeção resistente a estes medicamentos.

A resistência aos antibióticos ocorre quando as batérias evoluem e se tornam resistentes aos antibióticos utilizados para tratar as infeções, segundo a OMS.

Este flagelo mundial é sobretudo devido ao consumo excessivo de antibióticos e à sua má utilização.

Perto de metade (44 por cento) das pessoas que participaram no inquérito, que não pretende ser exaustivo e que foi realizado pela OMS nos 12 países, pensa que a resistência aos antibióticos é um problema das pessoas que abusam dos antibióticos.

Dois terços dos inquiridos julgam que não existe qualquer risco de resistência aos medicamentos nas pessoas que utilizem corretamente o tratamento antibiótico que lhes é prescrito.

“Na verdade, qualquer pessoa pode, a qualquer momento e em qualquer país, sofrer uma infeção resistente aos antibióticos”, sublinhou a OMS, que assinala a partir de hoje a Semana Mundial para um bom uso dos antibióticos.

Estudo
As cesarianas feitas antes das 39 semanas, muitas por conveniência, triplicaram os internamentos de recém-nascidos, segundo uma...

De uma amostra de 3.213 recém-nascidos, a investigação realizada entre 2003 e 2013 mostrou que quase metade nasceu de cesariana eletiva antes das 39 semanas.

Segundo o estudo publicado na mais recente edição da Acta Médica Portuguesa, a que a agência Lusa teve acesso, estes recém-nascidos por cesariana marcada antes das 39 semanas tiveram mais internamentos na unidade de cuidados intensivos, mais morbilidade respiratória, mais hipoglicémia e mais internamentos com duração acima dos cinco dias.

“A cesariana eletiva, sem indicação médica, antes das 39 semanas tem riscos associados e potencia muito a necessidade de internamento dos bebés em cuidados intensivos”, resumiu à Lusa a neonatologista Cristina Resende, uma das autoras da investigação.

Com este estudo, Cristina Resende refere que se veio comprovar o que empiricamente já era a ideia da comunidade médica: as cesarianas sem recomendação médica aumentam as complicações e as necessidades de cuidados suplementares.

Além de triplicarem os internamentos, os autores do estudo identificaram um aumento de 160% no diagnóstico de dificuldades alimentares e perda de peso excessiva nos recém-nascidos por cesariana de conveniência, além de uma duplicação da necessidade de fototerapia por icterícia.

Para Cristina Resende, a situação das cesarianas combinadas com a doente, por conveniência, antes das 39 semanas de gravidez, tem melhorado na maternidade Bissaya Barreto, que é analisada no estudo, nos últimos cinco anos.

Contudo, a neonatologista reconhece que, a nível nacional, ainda há algum facilitismo nos partos induzidos ou programados por conveniência entre médico e doente.

“Não se deve antecipar o fim da gestão por conveniência. É importante que as grávidas percebam que uma semana de diferença numa gravidez é uma grande diferença. Se tudo estiver bem, o bebé deve ser deixado onde está até ao fim natural da gravidez”, afirmou, lembrando que, no entanto, há condições clínicas que impõem a necessidade de uma cesariana.

Aliás, neste estudo foram excluídas as situações de risco como gravidez múltipla, rutura prematura de membranas, doenças como pré-eclâmpsia, diabetes mal controlada ou malformações congénitas.

Como cesariana eletiva os autores da investigação consideraram a que é realizada antes do início do trabalho de parto e antes da rutura das membranas.

Tabaco
Todos os dias são consumidos por fumadores que tentam deixar de fumar 357 embalagens de anti-tabágicos, um número inferior ao...

Segundo estes dados, entre setembro de 2014 e setembro de 2015 foram vendidos em farmácias e parafarmácias 130.390 embalagens de produtos anti-tabagismo, menos 33.174 do que no mesmo período do ano anterior.

Em 2013 foram vendidos 151.346 embalagens de produtos anti-tabagismo, número que subiu para 163.564 em 2014, para depois descer até aos 130.390.

Em valor, os fumadores já gastaram este ano cerca de 3,2 milhões de euros na compra destes produtos, ainda assim, menos cerca de 386 mil euros do que no ano anterior, em que o valor chegou quase aos 3,6 milhões de euros.

As farmácias são o ponto de venda preferido para a aquisição destes bens, onde foram vendidos este ano 89.123 embalagens (112.812 em 2014), ao passo que as parafarmácias venderam 41.266 embalagens (50.751 no ano anterior).

Dados do Infarmed sobre os medicamentos para desabituação tabágica demonstram igualmente uma diminuição da procura.

Numa análise comparativa dos últimos cinco anos, relativamente aos medicamentos colocados nas farmácias pelos armazenistas, verifica-se uma descida no número de embalagens disponibilizadas.

Em 2010 foram distribuídas pelas farmácias 149.917 embalagens destes medicamentos, número que desceu para 102.648 o ano passado (menos 47.269).

Os mesmos dados dão conta de um aumento de procura em 2012 (156.914) a que se seguiu uma diminuição contínua (128.193 em 2013).

Em valor, esta diminuição traduziu-se em menos 1,5 milhões de euros entre 2010 (4.405.148 de euros) e 2014 (2.862.325 de euros).

As consultas de cessação tabágica também têm vindo a diminuir, segundo os últimos dados disponíveis, que dizem respeito ao relatório anual da Direção-Geral da Saúde sobre prevenção do tabagismo, apresentado em novembro de 2014.

O relatório indica que cerca de 19% dos inquiridos fumadores responderam não ter interesse em parar de fumar, cerca de 65% responderam ter um interesse ligeiro ou moderado e 17% um forte interesse em parar de fumar.

O teste de Richmond, que avalia a motivação para a cessação tabágica, também citado pelo relatório, revelou por sua vez uma realidade ainda mais negativa: a grande maioria dos consumidores (85,5%) tem uma motivação baixa, 12,6% uma motivação moderada e apenas 1,8% uma motivação elevada para deixar de fumar.

Quanto às consultas do Serviço Nacional de Saúde para ajudar a deixar de fumar, entre 2009 e 2013, diminuíram de 25.765 para 21.577, o número de utentes atendidos nas consultas de apoio intensivo à cessação tabágicas baixou de 7.748 para 5.377, enquanto o número de locais de consultas para esse fim caíram de 223 para 116.

O tabaco mata por ano cerca de 11 mil pessoas em Portugal e na terça-feira assinala-se o Dia do Não Fumador.

Mandato de 3 anos
Pneumologista do Centro Hospitalar de São João e professor associado com agregação da Faculdade de Medicina da Universidade do...

Formação, investigação e maior envolvimento dos sócios são as apostas de Venceslau Hespanhol para o seu mandato de três anos que se iniciará em Janeiro de 2016.

Entre as várias medidas que se propõe concretizar está a criação de uma Escola de Investigação Clínica, a criação de uma Rede Nacional “hands on training”, para implementar uma rede de treino de âmbito nacional, e um serviço de Consultadoria Científica para auxiliar no desenho, redação do protocolo de investigação, monitorização e avaliação dos resultados de projetos investigacionais.

O pneumologista do Centro Hospitalar de São João (CHSJ) sucederá a Carlos Robalo Cordeiro que em setembro de 2016 vai assumir o cargo de secretário-geral da Sociedade Europeia Respiratória.

Bastonário da Ordem dos Enfermeiros
O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros alertou para a necessidade de todos os profissionais estarem envolvidos na gestão dos...

“É urgente que todos os envolvidos participem no combate ao risco diário a que estão sujeitos”, afirmou o Enfº Germano Couto, ao participar na sessão inaugural do VIII Encontro Ibérico de Enfermagem, a decorrer em Cáceres, Espanha,

Na sua perspetiva, trata-se de gerir de maneira eficaz os recursos para prevenir os acidentes e corrigir os processos que lhe estiverem associados.

“Profissionais informados são profissionais mais competentes e qualificados, capazes de prestar cuidados de qualidade à população”, acrescentou.

Para o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, quando se fala em segurança e gestão do risco não se pode pensar apenas nos utentes que frequentam as unidades de saúde.

“Também temos de pensar nos profissionais de saúde que estão em contacto com estes indivíduos e que são atores principais no contexto destas unidades”, salientou.

O enfermeiro – realçou – está sempre ao lado do cidadão, nos bons e nos maus momentos para prevenir a doença e promover a saúde e, nesse sentido, também é fundamental que a sua segurança não seja posta em causa.

O VIII Encontro Ibérico de Enfermagem, que tem como tema geral “A Segurança de Pacientes e Profissionais: Priorizar Objetivos, resulta de uma organização conjunta do Colegio Enfermería de Cáceres e da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros. A última edição, em 2013, decorreu em Leiria.

A sessão de abertura contou com a presença, além do Bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Portugal, do Presidente do Consejo General de Enfermaría, Máximo González Jurado, e dos titulares de cargos governativos locais e regionais.

O encontro é compostos comunicações livres, posters e três mesas subordinadas aos temas “Gestão do Risco nos Cuidados de Enfermagem: Desafios Comuns”, “Mais Segurança, Mais Saúde: Experiências de Sucesso. Uma Visão Para o Futuro” e “Gestión de Riesgos en los Cuidados de Enfermería”.

Participam neste Encontro cerca de 4 dezenas de enfermeiros portugueses provenientes um pouco de todo o país, que se integram nos trabalhos como oradores ou meros participantes.

A sessão de encerramento, ao princípio da tarde de sábado, é presidida pela Enfª Isabel Oliveira e pela presidente do Colegio de Enfermería de Cáceres, Raquel Rodriguez Llanos.

Autoridade da Concorrência
A Autoridade da Concorrência deu hoje ‘luz verde’ ao controlo da empresa Alliance Healthcare pela Farminvest, detida pela...

O regulador justifica a decisão de “não oposição” uma vez que - considera - a operação “não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes ou nos mercados relacionados identificados”.

Segundo a informação que consta no portal na Internet da Autoridade da Concorrência, esta operação de concentração passa pela “aquisição do controlo conjunto da Alliance Healthcare pela Farminveste e pela José de Mello Participações”.

A Farminveste é uma sociedade do grupo Associação Nacional de Farmácias (ANF) - Associação Nacional de Farmácias, que concentra e gere participações do universo empresarial da ANF, enquanto a Alliance Healthcare atua na distribuição e comércio de mercadorias como produtos químicos e farmacêuticos.

Inicialmente, neste processo, em julho a Autoridade da Concorrência foi notificada pela Farminveste da aquisição de controlo exclusivo da Alliance Healthcare, sendo que em setembro é comunicado o controlo conjunto com a ‘holding’ José de Mello Participações.

Em Lisboa
Seis doentes tratados numa clínica de hemodiálise em Lisboa foram contaminados com o vírus da hepatite C, tendo a empresa...

“Trata-se de um episódio pontual que naturalmente nos preocupa, que aconteceu pela primeira vez na história da Diaverum e sobre o qual estamos neste momento a investigar as possíveis causas. Após a deteção desta situação informámos de imediato a Direção-Geral da Saúde de acordo um uma ética de rigor e transparência que nos norteia”, refere o diretor-geral da empresa..

A RTP divulgou hoje de manhã a informação que agora a empresa vem confirmar de que foram detetados, em outubro, anticorpos do vírus da hepatite C em seis dos doentes na clínica da Diaverum de Entre Campos.

Segundo o comunicado da empresa, já foram realizadas inspeções por parte das autoridades de saúde para fazer uma avaliação local do caso, “tendo-se verificado que a situação está controlada, sem qualquer perigo acrescido de contágio”.

Refere ainda a empresa que “a clínica em questão cumpre as práticas, métodos e procedimentos de qualidade e rigor, de acordo com os parâmetros internacionais, podendo funcionar normalmente”.

A Diaverum lembra ainda no comunicado que os seis estão a ser submetidos a apertada vigilâncias clínica e laboratorial, não apresentando no momento quaisquer sintomas.

“A hepatite C é uma doença geralmente assintomática, que tem um longo período de evolução após ser detetada, manifestando-se habitualmente, enquanto doença, passados mais de 20 anos”, acrescenta a nota.

Confrontado com este caso, o ministro da Saúde disse que “está em curso” a identificação das circunstâncias em que terá ocorrido a contaminação, um trabalho a ser feito pela Direção-geral da Saúde e pela Inspeção-geral das Atividades em Saúde, bem como pela Entidade Reguladora da Saúde.

Leal da Costa lembrou que “há um risco que não é zero de poder acontecer a transmissão de vírus hemáticos, como o da hepatite C, através dos sistemas de hemodiálise”.

“Se houver indicação no sentido de que é necessário interromper o trabalho dessa clínica isso será feito”, afirmou o ministro aos jornalistas à margem do Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, indicando que aguarda as conclusões das averiguações.

Contudo, segundo a empresa, as autoridades de saúde concluíram que a clínica cumpre os critérios e que pode continuar a funcionar normalmente.

Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral
Os cheques-dentista vão ser alargados aos jovens de 18 anos que tinham sido beneficiários do programa e concluído o plano de...

Este alargamento do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral (PNSO), publicado hoje em Diário da República, vai entrar em vigor dia 1 de março do próximo ano.

Passarão a receber um cheque-dentista os jovens de 18 anos que já tenham beneficiado do programa e concluído o plano de tratamentos aos 16 anos.

Serão também abrangidos os infetados com VIH/sida que já não façam tratamentos há mais de dois anos, sendo-lhes atribuídos dois cheques-dentista para um ciclo de tratamentos.

Devem receber também cheque-dentista as crianças e jovens de 7, 10 e 13 anos com necessidades especiais de saúde, nomeadamente portadores de doença mental, paralisia cerebral ou trissomia 21 que não tenham ainda sido abrangidos pelo PNPSO.

No anterior governo, quando Paulo Macedo era ministro da Saúde, o programa dos cheques-dentista foi expandido aos jovens até aos 15 anos.

O ministro da Saúde, Leal da Costa, disse hoje, durante a abertura do Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, que o novo despacho que determina mais um alargamento do programa dos cheques-dentista foi mandado publicar ainda antes da rejeição do programa de Governo no parlamento.

“Não poderia estar a adiar mais essas decisões. Tudo o que tenha a ver com atos de caráter administrativo, como é o caso, que envolvem a planificação por parte da Direção-Geral da Saúde, da criação de plataformas informáticas (…), não o fazer agora teria enormes custos para os utentes. Aquilo que é administrativo, urgente e inadiável deve ser feito”, afirmou Leal da Costa em declarações aos jornalistas.

Especialistas dizem
O presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono, Miguel Meira e Cruz, alertou que dormir pouco ou mal...

O alerta da associação surge na véspera de se assinalar O Dia Mundial da Diabetes, uma doença cuja prevalência voltou a aumentar em Portugal em 2014, atingindo 13,1% da população, mais de um milhão de portugueses, a que se juntam mais de dois milhões de pessoas com pré-diabetes, segundo o relatório “Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2014”.

Em declarações, a propósito da data, Miguel Meira e Cruz afirmou que existe alguma evidência de que os doentes com sono mais curto (menos de seis horas) têm “uma maior prevalência de problemas relacionados com o metabolismo glicémico”.

“É um risco a privação do sono, seja voluntária ou causada por outras doenças do sono”, como a apneia obstrutiva do sono ou as insónias”, disse o especialista.

Lembrou que a diabetes é responsável por quase 9% da mortalidade por todas as causas no mundo, sendo que em Portugal é de cerca de 4,5%.

“Existe, de facto, uma necessidade de tentar reverter estes números. Claro que não é só com o sono”, mas com o controlo da obesidade, a redução do colesterol e com atividade física.

Meira e Cruz citou um estudo realizado em 2012, que envolveu 31 doentes que foram submetidos a polissonografia, um exame de referência para estudo do sono.

O especialista e co­autor do estudo explicou que quando comparados dois grupos de não diabéticos, um com elevação da glicemia em jejum (indicador precoce de disfunção no metabolismo da glicose), e outro sem essa alteração, verificou-se que os doentes do grupo com valores elevados demoravam mais tempo a adormecer e muitos preenchiam critérios clínicos de insónia.

O estudo observou que “à medida que o tempo de sono profundo diminuiu, aumentaram os níveis de glicemia em jejum”.

“Embora um estudo não dite regras, o que impressionou neste trabalho foram as alterações que se registaram naquela etapa que é o início da doença metabólica conhecida por diabetes, ainda por cima, num grupo que é relativamente negligenciado do ponto de vista clínico, porque é considerado normal”, sublinhou.

Advertiu ainda que “o impacto da privação de sono é mais grave em doenças que, para além de fragmentarem o sono, interferem diretamente com o metabolismo através dos seus fatores de risco, como sucede nas perturbações respiratórias associadas ao sono”.

Muitas vezes as pessoas esquecem-se da importância de dormir bem: “As pessoas trabalham cada vez mais, até mais tarde” os jovens “ficam frequentemente até altas horas” a estudarem ou a divertirem-se, “comprometendo o sono, porque o despertador toca à mesma hora”.

Estes descuidos têm impactos na saúde, sobretudo à medida que a idade avança, disse Meira e Cruz, sublinhando que comorbidades como a obesidade, a hipertensão arterial e a diabetes potenciam alterações de sono, que “vale a pena prevenir ou travar o mais cedo possível”.

Além de maus comportamentos, existem outras alterações que condicionam o processo de sono, como a síndrome de apneia obstrutiva do Sono, que atinge cerca de 17% dos homens e 9% das mulheres.

Segundo especialistas
Aproximadamente uma em cada cinco crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 15 anos necessitam de algum tipo de...

Nos problemas visuais infantis mais recorrentes, poderão ser encontradas a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia, sendo que a maioria das crianças com défice de visão manifesta problemas refrativos, ou seja, suscetíveis de serem corrigidos com o uso de lentes de contacto ou óculos.

Apesar de ainda existir, entre os pais portugueses, uma grande resistência ao uso de lentes de contacto em crianças pré-adolescentes, a verdade é que vários estudos1,2 indicam que o uso de lentes de contacto em idades infantis traz todos os benefícios que o uso de lentes de contacto garante nos adultos e, para além disso, contribui para melhorar o seu sentido de responsabilidade e a sua auto-estima.1

Segundo a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, uma em cada cinco crianças em idade escolar necessita de correção visual e este número tem vindo a aumentar.3

Apesar de as crianças terem capacidade para utilizar lentes de contacto com autonomia a partir dos 8 anos de idade1, não existe, entre os especialistas, um consenso sobre uma idade mínima para usar lentes de contacto. Estes concordam que as crianças que demonstrem o desejo de usar lentes de contacto podem usá-las a partir do momento em que também revelem um certo nível de responsabilidade e maturidade, assim como hábitos de higiene pessoal independente.

Esta é também a experiência da Dra. Sofia Matos, Coordenadora de Ensaios Clínicos no Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental da Universidade do Minho, e que desde há 4 anos adapta lentes de contacto a crianças a partir dos 8 anos. Segundo esta optometrista, “é muito interessante ver como crianças de tão curta idade evoluem desde as primeiras consultas em que existem alguns receios, até uma utilização independente, embora sob vigilância atenta dos pais, passadas algumas semanas. Surpreende também ver como são conscientes da importância de ter cuidados com a sua higiene para manusear as lentes, sobretudo quando comparados com jovens adultos de 18 ou mais anos. Talvez seja por isto que num estudo recente realizado pela Dra. Robin Chalmers nos Estados Unidos, se observou que a faixa etária entre os 8 e os 12 anos era aquela que apresentava um menor índice de complicações4.”

Os benefícios do uso de lentes de contacto em idade pré-adolescente e adolescente são facilmente quantificáveis:

·         Melhoria da autoestima. Uma vez que é nesta fase pré-adolescente e adolescente que iniciam os problemas com a identidade e aparência e o uso de lentes de contacto em vez de óculos melhora substancialmente a forma como as crianças se vêm a si mesmas.2

·         Ausência das restrições impostas pelo uso de óculos, pois as lentes de contacto não são passíveis de serem partidas em atividades físicas como os óculos. 8

·         Melhoria do sentido de responsabilidade. Segundo o estudo “Vision specific quality of life of pediatric contact lens wearers” as crianças que demonstram o desejo de usar lentes de contacto em vez de óculos tendem a ser cuidadosas com a limpeza das mesmas e demonstram facilidade no seu manuseamento.1

O uso de lentes de contacto pode beneficiar em grande escala a vida de uma criança pré-adolescente e adolescente e libertá-la de certas restrições impostas pelo uso de óculos para a correção visual.8 Neste sentido, o uso de lentes de contacto descartáveis diárias está altamente recomendada pela simplicidade e facilidade de utilização5. Por vezes a dificuldade de aceitação das lentes de contacto como um método prático para corrigir problemas de visão pode estar relacionada com mitos, ou neste caso, com a subestimação das capacidades infantis. No entanto, já foi demonstrado que cerca de nove em dez crianças pré-adolescentes consideraram a limpeza e a manipulação de lentes de contacto fácil6, assim como também está provado que as crianças apresentam níveis de higiene e de cuidados com as lentes de contacto iguais ou superiores aos adultos.7

Referências:
1Rah MJ1, Walline JJ, Jones-Jordan LA, Sinnott LT, Jackson JM, Manny RE, Coffey B, Lyons S; ACHIEVE Study Group. Vision specific quality of life of pediatric contact lens wearers. Optom Vis Sci. 2010 Aug; 87(8):560-6. doi: 10.1097/OPX.0b013e3181e6a1c8.
2Walline JJ, Gaume A, Jones LA, Rah MJ, Manny RE, Berntsen DA, Chitkara M, Kim A, Quinn N. Benefits of contact lens wear for children and teens. Eye Contact Lens. 2007 Nov;33 (6 Pt 1):317-21.
3Declarações retiradas da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), Junho de 2014.
4X. Chalmers RL, Wagner H, Mitchell GL, Lam DY, Kinoshita BT, Jansen ME, Richdale K, Sorbara L, McMahon TT. Age and other risk factors for corneal infiltrative and inflammatory events in young soft contact lens wearers from the Contact Lens Assessment in Youth (CLAY) study. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2011;;52(9):6690-6.
5Wagner H et al. Age and events that interrupt contact lens wear in youth. ARV O 2010
6Walline JJ et al CLIP Study group. Contact Lenses in Pediatrics (CLIP) Study: chair time and ocular health. Optom and Vis Sci 2007; 84:896-902.
7Soni PS, et al. Will young children comply and follow instructions to successfully wear soft contact lenses? CLAO J. 1995 Apr;21(2):86- 92.
8Article on All About Vision: “Are Contact Lenses a Good Choice for Kids?”, www.allaboutvision.com/parents/contacts.htm

Sobre a Alcon
A Alcon, empresa líder a nível mundial em cuidados de saúde visual, disponibiliza uma vasta gama de produtos inovadores que melhoram a qualidade de vida, ajudando pessoas de todo o mundo a ver melhor. As três áreas de negócio da Alcon - Cirúrgica, Produtos Farmacêuticos e a divisão de consumo Vision Care, oferecem o mais amplo espetro de produtos de cuidados oculares do mundo. A Alcon é a segunda maior divisão do Grupo Novartis. Sediada em Fort Worth, no Texas, EUA, a Alcon tem mais de 25.000 colaboradores em todo o mundo, operações em 75 países e produtos disponíveis em 180 mercados. Consulte informações adicionais em www.alcon.com

Sobre a Novartis
A Novartis proporciona soluções para o cuidado da saúde de acordo com as necessidades dos doentes e da comunidade. Sediada em Basileia, Suíça, a Novartis proporciona uma gama diversificada para satisfazer estas necessidades: medicamentos inovadores, tratamentos oculares e medicamentos genéricos de alta qualidade, sem prescrição médica. A Novartis é o único grupo mundial com uma posição de liderança nestas áreas. A 31 de Dezembro de 2014 as empresas do grupo Novartis contaram com uma equipa de aproximadamente 133.000 associados e estão presentes em mais de 180 países em todo o mundo. Consulte informações adicionais em http://www.novartis.com 

Estudo
Pode estar quase a chegar ao mercado uma vacina contra o colesterol que pode mesmo vir a substituir a necessidade de tomar...

O estudo da Universidade do Novo México afirma que esta pode ser uma forma de evitar que o colesterol prejudicial para a saúde se acumule nas artérias, escreve a TVI24.

O colesterol, quando produzido em grande quantidade, torna-se prejudicial para a saúde, mas o corpo precisa de algum para produzir vitamina D. A vacina atua numa proteína, PCSK9, que produz o colesterol. Ao livrar-se desta componente, permite que haja algum colesterol a circular pelas artérias, mas que não se fixe nelas, impedindo que cause problemas como AVCs ou tromboses.

“Uma das características desta vacina é que parece ser muito mais eficaz do que os comprimidos”, afirmou um dos médicos responsáveis pelo estudo, Bryce Chackerian, ao The Telegraph.

“Mesmo sendo eficazes em muitas pessoas, os comprimidos têm efeitos colaterais e não funcionam com toda a gente. Os resultados da nossa vacina foram surpreendentes e sugerem que pode ser um poderoso novo tratamento contra o colesterol elevado”, acrescentou o investigador Alan Remaley.

A vacina foi testada em ratos e macacos e mostrou, nestes animais, uma redução de 55% nos níveis de colesterol. Um número impressionante quando comparado com os 30% dos medicamentos tradicionais.

Os autores acreditam que a vacina pode ainda melhorar a eficácia dos comprimidos em 40%.

Segundo o The Telegraph, esta vacina atua usando partículas com propriedades de vírus, para treinar o sistema imunitário a produzir antibióticos. A vacina simula a proteína PCSK9 para que o corpo comece a lutar contra ela. É o mesmo método utilizado na vacina contra o HPV.

“Ficámos impressionados com o quão imunológica a vacina HPV era, por isso achámos que podíamos usar as mesmas partículas para atacar a PCSK9”.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
O movimento chama-se “Patient Advocacy” e defende que os doentes devem poder participar nas decisões médicas que melhor se...

Era uma mulher com cancro da mama e, como médico, Carlos Oliveira colocou-lhe duas alternativas de tratamento em que teria a mesma probabilidade de sobrevivência: retirar a mama por completo ou apenas a parte do tumor e depois fazer tratamentos de radioterapia. A doente, escreve o jornal Público, decidiu retirar a mama, porque vivia nos Açores e não queria ficar longe de casa para tratamentos e porque “aos 80 anos entendeu que não precisava da mama”. O movimento de Patient Advocacy consiste, entre outros aspetos, em informar e apoiar as pessoas para as preparar a tomarem as melhores decisões sobre a sua saúde e a Liga Portuguesa Contra o Cancro quer tê-lo em Portugal. O apoio será dado por voluntários com formação específica, os patient advocates, que podem acompanhar o doente nas suas tomadas de decisão. A Liga quer ter pelo menos uma dezena de pessoas preparadas para desempenhar este papel no próximo ano e vai iniciar o debate sobre este tema, numa conferência internacional que decorre em Coimbra.

“Os doentes têm de saber que há uma outra forma de medicina, centrada no doente e não na doença. O que é mais comum acontecer em Portugal é os doentes, a quem o médico dá alternativas de tratamento, responderem ‘o senhor doutor escolha a que é melhor para mim’”, constata o ginecologista e oncologista Carlos Oliveira, presidente da direção do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa contra o Cancro e organizador da conferência.

Ora o movimento de patient advocacy, que nasce nos Estados Unidos da América na década de 1950 mas só nos últimos 15 a 20 anos chega à Europa, pretende que o doente ganhe mais autonomia para que seja ele a participar nas decisões médicas que lhe dizem respeito, as que melhor se adaptam à sua personalidade, às suas relações familiares, situação económica, ao local onde vive, junta o médico. “O primeiro patient advocate é o próprio doente”.

A expressão advocacy podia ser traduzida por “apoio”, “proteção” ou “defesa”, admite, mas a expressão em inglês contempla, além de cuidados médicos centrados no doente e o envolvimento do doente na decisão, o desenvolvimento de sistemas de segurança para proteger o doente do erro em cuidados de saúde.

Carlos Oliveira informa que a Liga Portuguesa Contra o Cancro pretende acompanhar este movimento internacional treinando alguns voluntários, com um determinado grau cultural, para exercerem este papel junto de doentes com cancro que o queiram. Por exemplo, se um doente pode fazer uma TAC ou uma ressonância magnética deve receber informações sobre os os riscos da radiação envolvidos no primeiro exame. O patient advocate tem também obrigação de indicar duas ou três fontes de informação credíveis na Internet, para não deixar as pessoas a navegar sem orientação.

“Os médicos têm de estar sensibilizados para dialogar com os doentes. O patient advocate não pode ser visto como um inimigo pelo médico. No Reino Unido, o patient advocate acompanha o doente na consulta, serve de tradutor". A ideia da Liga, informa o médico, seria ter pelo menos uma dezena de pessoas habilitadas durante o próximo ano.

Mas um dos problemas que se põe, e que vai ser abordado na conferência, é como se coloca a responsabilidade do médico em situações em que o doente participa ativamente na decisão, “há questões jurídicas que têm de ser discutidas. Tem de se começar devagarinho.”

Quando se diz que a patient advocate consiste em informar e apoiar as pessoas para as preparar a tomarem as melhores decisões possíveis, “não se está a falar do Dr. Google”, como lhe chama Carlos Oliveira, explicando que não se está a defender que se dê mais autonomia aos doentes para tomarem decisões com base em algo que viram algures na Internet, como uma sua doente que em vez de um medicamento queria antes "tomar uns alimentos", exemplifica. Aí, o médico tem de explicar que essa não é uma alternativa com evidência científica. “Há situações em que não há alternativas.”

Estudo
Foi descoberto que análogos da cafeína podem ser eficazes nos défices cognitivos provocados pela Doença de Parkinson. A...

O estudo, publicado na conceituada revista Cerebral Cortex, revela novas provas sobre os efeitos da cafeína no tratamento da doença de Parkinson.

Uma novidade deste estudo,segundo o Sapo, é o facto de se ter focado nos défices cognitivos associados à doença de Parkinson, menos considerados do que os sintomas motores mais característicos da doença, como a rigidez e o tremor. Sabe-se que uma das proteína associadas ao Parkinson, a alfa-sinucleína, forma aglomerados em várias zonas do cérebro e lesiona os neurónios, nomeadamente no hipocampo, zona crucial para o armazenamento das nossas memórias.

Este estudo demonstra, pela primeira vez, que moléculas da família da cafeína (particularmente moléculas bloqueadores dos recetores A2A para adenosina) são eficazes a diminuir a toxicidade da alfa-sinucleína nessas zonas associadas à memória.

"O mecanismo pelo qual se consegue esta proteção tem a ver com a capacidade de reduzir a agregação da alfa-sinucleína, diminuindo assim a sua toxicidade e consequente lesão neuronal. Este efeito protetor acontece nas fases mais tardias de formação desses agregados cuja acumulação levaria à morte dos neurónios das zonas afetadas", explica Luisa V. Lopes, coordenadora do estudo no Instituto de Medicina Molecular (iMM).

Cafeína protege contra perda de memória
A investigadora acrescenta que "já há algum tempo que no iMM temos estado a trabalhar na hipótese de que bloqueando a ação dos recetores A2A de adenosina, tal como a cafeína atua quando ingerimos café, ocorre uma proteção contra a perda de memória associada ao stress e ao envelhecimento.

Nesta colaboração com colegas portugueses da Universidade de Göttingen decidimos testar a hipótese de que este grupo de moléculas seria também eficaz na toxicidade induzida por alfa-sinucleína e ser relevante em Parkinson. Até porque vários estudos epidemiológicos sugerem uma associação entre a ingestão de cafeína e proteção em Parkinson, mas nunca tinha sido estudada a sua ação direta na ação da alfa-sinucleína.

A doença de Parkinson afeta um número crescente de pessoas em todo o mundo, devido ao envelhecimento da população. Só em Portugal, esta doença afeta mais de 20.000 pessoas.

As terapêuticas atuais são apenas sintomáticas e centram-se por isso principalmente no tratamento dos sintomas motores típicos da doença. No entanto, o declínio cognitivo e de diminuição da memória, também sintomas presentes nesta patologia, causando graves problemas para os doentes à medida que a doença progride.

" Embora a ideia de que a cafeína é protetora contra défices de memória esteja generalizada e seja aceite pela comunidade científica, são necessários argumentos mais sólidos para que esta - ou fármacos análogos - sejam testados clinicamente. Precisamos de dados mais concretos e secundados por mecanismos de ação mais detalhados. Este estudo pode ser um argumento a favor disso, com uma aplicação adicional em défices de memória de doentes de Parkinson", explica Tiago Outeiro, diretor do Departamento de Neurodegeneração em Göttingen. E conclui que "este estudo traz uma nova esperança para o tratamento de sintomas que os médicos não têm sido capazes de tratar até agora, devido à falta de ferramentas".

O café é um hábito comum na dieta alimentar da maioria das pessoas sendo por isso esta ligação extremamente interessante. Luísa Lopes esclarece que "não deveríamos, por esta razão, começar a beber 10 cafés por dia para tratar a doença de Parkinson" e acrescenta que "o mecanismo que agora descrevemos dá pistas importantes em relação aos alvos celulares da cafeína, e assim contribuir para o desenvolvimento de novos fármacos mais específicos e potentes".

Autoridade europeia considera
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar considerou improvável que o glifosato, muito utilizado nos pesticidas, seja...

A opinião da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) foi aplaudida pela indústria agroquímica e criticada por ONGs como o Greenpeace, que questionaram de imediato a independência da entidade, escreve o Sapo.

A Comissão Europeia deve decidir antes de junho de 2016 se mantém ou não a autorização para o comércio do glifosato, o herbicida mais produzido no mundo.

"Temos até junho de 2016 para tomar uma decisão", afirmou Enrico Brivio, porta-voz comunitário, numa conferência de imprensa, destacando que a decisão será tomada depois de consultados os Estados-membros.

O relatório da EFSA servirá como guia para a Comissão Europeia. Também servirá aos Estados-membros quando tiverem que reavaliar a segurança dos pesticidas que contêm glifosato.

Esta decisão contradiz a anunciada em março pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considerou como "provavelmente cancerígenos" cinco pesticidas, entre eles o glifosato.

A Agência Internacional de Pesquisas sobre o Cancro (IARC, na sigla em inglês) qualificou na ocasião o glifosato, presente, entre outros no Roundup, da Monsanto, um dos herbicidas mais vendidos, de "provavelmente cancerígeno para os humanos".

Após esta avaliação da IARC, a ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, pediu a proibição da venda de herbicidas com esta substância.

O painel de cientistas da EFSA e de especialistas dos órgãos de avaliação de riscos dos Estados-membros fixou no relatório uma dose máxima de referência para o glifosato. Não deve ser superior a 0,5 mg por quilo de peso corporal.

Além desta dose de referência, a EFSA propõe outros limites de segurança toxicológica. Já foi fixado um limite de 0,1 mg por quilo de peso corporal como um nível aceitável de exposição para os operadores e uma dose diária aceitável para os consumidores de acordo com a dose máxima de referência (0,5 mg).

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