Estudo
Os Ácidos Gordos Trans (AGT), prejudiciais para a saúde, estão hoje menos presentes nos alimentos que os portugueses consomem,...

A conclusão consta dos resultados preliminares de uma avaliação de ácidos gordos trans, gordura saturada e sal em alimentos processados, realizada por investigadores do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

O PtranSALT visou identificar as principais fontes alimentares de ácidos gordos trans, gordura saturada e sal, tendo analisado 360 amostras adquiridas em grandes superfícies e restaurantes “fast-food” da região da grande Lisboa, entre 2012 e 2015.

Na apresentação dos resultados preliminares do relatório, a bolseira de investigação do INSA Tânia Albuquerque, que participou neste projeto, revelou que se verificou, nos alimentos analisados, ”uma redução efetiva dos teores de AGT”.

Esta descida foi especialmente acentuada em alimentos como línguas de veado (biscoitos), cream crackers, croissants, donuts, bolas de Berlim sem creme ou bolachas maria.

A diminuição destes AGT, que são prejudiciais para a saúde, também foi significativa nas batatas fritas de pacote, nas batatas fritas servidas em lojas de fast food e nas batatas fritas congeladas.

Nos croquetes, rissóis de camarão e chamuças também desceu a presença de AGT.

A propósito destes indicadores, a nutricionista Helena Cid, da multinacional Unilever, que entre outros produtos comercializa margarinas e cremes de barrar, sublinhou que esta diminuição da presença de AGT nos alimentos se deveu ao esforço da indústria que esteve atenta aos malefícios dos mesmos na saúde dos consumidores.

Helena Cid lamentou, contudo, que a legislação em vigor (Regulamento nº 1169/2011, da EU, do Parlamento Europeu e do Conselho de 25 de Outubro de 2011) não permita que seja possível o rótulo dos alimentos conterem informação relativa à presença de AGT.

No final da apresentação, Tânia Albuquerque sublinhou a importância desta diminuição, tendo em conta que o consumo de AGT está associado a doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e até cancro.

Ressalvando que estes são ainda resultados preliminares, a bolseira defendeu a continuidade da investigação, de modo a que os resultados da mesma possam ser fundamentados com dados de consumo.

Ao nível do sal, os resultados obtidos indicam que alguns alimentos ainda apresentam teores consideravelmente elevados.

Também algumas das amostras analisadas apresentam teores de gordura saturada elevados.

Tânia Albuquerque deu o exemplo de um croissant tipo francês, com manteiga, queijo e fiambre, o qual ultrapassa a dose de referência diária de sal recomendada.

Ao nível da gordura, este alimento apresenta mais de metade da dose de referência diária.

Ao nível dos bolos avaliados, a investigadora referiu o pastel de nata, o queque e a bola de Berlim, sendo o primeiro preferível em relação aos restantes, pois é o que tem menos gordura e o segundo com menos sal, enquanto a bola de Berlim é a que tem mais gordura e sal.

VIH/SIDA
O número de mortes de adolescentes devido à sida triplicou nos últimos 15 anos, segundo um relatório do Fundo da ONU para a...

Segundo o relatório, intitulado Atualização das Estatísticas sobre Crianças Adolescentes e Sida, aquela doença é a “principal causa de morte entre adolescentes em África e a segunda principal causa de morte entre adolescentes no mundo”.

“De entre as populações afetadas pelo VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), o grupo dos adolescentes é o único no qual os números da mortalidade não estão a diminuir”, refere.

O documento salienta também que a África subsaariana é a “região com maior prevalência” e que as “raparigas são de longe as mais afetadas, representando sete em cada dez novas infeções na faixa que têm entre 15 e 19 anos”.

“É crucial que os jovens seropositivos tenham acesso a tratamento, cuidados e apoio”, afirmou Craig McClure, responsável pelos programas globais da UNICEF para o VIH/Sida.

O relatório revela também que dos “2,6 milhões de crianças menores de 15 anos que vivem com VIH, apenas uma em cada três está a receber tratamento”.

As novas estatísticas demonstram que a maior parte dos adolescentes que morrem de doenças relacionadas com a Sida foram infetados há 10 ou 15 anos.

“Essas crianças sobreviveram até à adolescência, por vezes sem conhecer o seu estado em termos de HIV”, salienta.

Em 2000, refere o documento, foram “evitadas perto de 1.3 milhões de novas infeções em crianças” devido aos avanços realizados na prevenção e transmissão de mãe para filho.

O Dia Mundial de Luta Contra a Sida assinala-se a 01 de dezembro.

Espécies Reativas de Oxigénio
As espécies reativas de oxigénio (Reactive Oxygen Species -ROS) são compostos químicos altamente ins

A produção das ROS nos espermatozoides tem um papel fisiológico. No entanto, quando se verifica uma produção excessiva destas espécies ou quando não funcionam adequadamente os mecanismos antioxidantes aparece uma situação de stress oxidativo que tem repercussões na fertilidade masculina. Aliás, há vários estudos que descrevem o stress oxidativo em espermatozoides como possível causa de infertilidade. Podemos agrupar as ROS em dois grupos:

Radicalares – moléculas que apresentam um electrão desemparelhado sendo extremamente instáveis e reativas. Exemplos: Anião superóxido ( O2.-) ; radicais peroxilo ( ROO.); radical hidroxilo (OH.)

Não radicalares – moléculas de grande reatividade entre as quais se destaca o peróxido de hidrogénio (H2O2)

A produção controlada de espécies reativas de oxigénio pelos espermatozoides tem um papel fisiológico: intervém na capacitação, hiperativação, reação acrossómica, união do espermatozoide à zona pelúcida e fusão com o ovócito. As ROS presentes no sémen são produzidas fundamentalmente por dois tipos de células: os espermatozoides e os leucócitos mas são os leucócitos que constituem a maior fonte de ROS no sémen. Quando ativados em resposta a uma infeção ou inflamação produzem uma grande quantidade de ROS como

mecanismo de destruição de microorganismos. As ROS assumem extrema

importância se a concentração de leucócitos é anormalmente elevada (leucócitoespermia) ou quando se elimina o plasma seminal durante o processamento de sémen em técnicas de reprodução assistida já que se eliminam os antioxidantes. Os espermatozoides humanos podem ser afetados pelo stress oxidativo em vários níveis:

Membrana plasmática -O aumento das ROS conduz a uma perda de fluidez da membrana o que leva a baixas taxas de fecundação;

DNA -As ROS atacam o DNA provocando a sua fragmentação;

Apoptose – a apoptose ocorre de forma normal como mecanismo regulador da espermatogénese. Altos níveis de ROS intensificam a apoptose que se vai manifestar num decréscimo do número de espermatozoides do ejaculado e/ou uma redução da motilidade;

Proteínas -as ROS provocam uma redução na fosforilação de proteínas do axonema conduzindo deste modo a uma diminuição da motilidade, diminuição de enzimas glicolíticas e do ATP intracelular, aumento dos defeitos morfológicos da peça intermédia do espermatozoides e por fim uma perda de viabilidade.

Refira-se ainda que podemos encontrar fontes produtoras de ROS do tipo exógeno. De entre as fontes exógenas podem-se referir as drogas, tabaco e outros contaminantes ambientais. Como forma de neutralizar as ROS produzidas pelos espermatozoides, o plasma seminal contém uma variedade de substâncias antioxidantes que podemos agrupar em dois tipos, enzimáticos e não enzimáticos. As Vitaminas C, E e o ácido úrico assumem um papel preponderante dentro do grupo dos antioxidantes não enzimáticos. Dentro dos enzimáticos, a enzima superóxido dismutase (SOD) é responsável pela catálise da reação do superóxido em oxigénio e peróxido de hidrogénio (menos tóxico que o anião superóxido) constituindo assim uma importante defesa antioxidante.

 

Eng.º João Gonçalves – Laboratório de Andrologia IVI Lisboa 

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Consumo de Sal
O consumo excessivo de sal pela população é um dos maiores riscos de Saúde Pública em Portugal.

Sendo as doenças cardiovasculares a principal causa de morte, e a hipertensão o seu principal fator de risco, torna-se imperativo reduzir o consumo de sal às refeições. E é sobre as estratégias, para reduzir este consumo, de que se fala, hoje, no Fórum do Sal, organizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão.

Os portugueses estão cada vez mais informados sobre os riscos da hipertensão e sobre os malefícios do sal em excesso. No entanto, de acordo com um estudo da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), apenas um em cada quatro muda os seus hábitos alimentares.

O sal é um mineral constituído por dois elementos: cloro e o sódio, que sendo um nutriente essencial ao organismo, quando consumido em excesso, comporta sérios riscos para a saúde (sendo o principal responsável para o aumento da pressão arterial). Cerca de 10 por cento do sódio ingerido tem origem no conteúdo natural dos alimentos e o restante é proveniente de adição, durante o fabrico de alimentos processados ou na sua confeção.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que um adulto consuma apenas 5 gramas diárias de sal (o que corresponde a uma colher de chá rasa) e 3 gramas para as crianças. No entanto, estudos revelam que estamos a consumir mais do dobro do valor recomendado, numa média de 10,7 gramas por dia, o que coloca em sérios riscos a nossa saúde.

Sabe-se ainda que, para além da sua ligação à hipertensão, o sal tem um efeito danoso, independente da pressão arterial, sobre o coração, os vasos, os rins e sobretudo o cérebro.

De acordo com um estudo realizado por investigadores portugueses, ao contrário do que acontece lá fora, onde o sal provêm sobretudo dos alimentos já processados, em Portugal 20% do sal ingerido é sal que as pessoas adicionam na comida e 25% provém do pão, dos enchidos e do queijo.

Por isso em 2010, graças ao trabalho da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, foi introduzida uma lei pioneira na Europa, que estabelece limites máximos ao teor do sal no pão, bem como orientações para a rotulagem de alimentos pré-embalados destinados ao consumo humano. 

Neste diploma ficou definido que o máximo permitido para o conteúdo de sal no pão, após confecionado, seja de 1,4 g por 100 g de pão (o que corresponde a 14 g de sal por quilograma de pão ou o correspondente 0,55 g de sódio por 100 g de pão).

Muito embora, o consumo de sal no nosso país ainda está longe de ser o ideal. Por isso, no Fórum do Sal, organizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão, se pretende identificar linhas de orientação específicas e eficazes para a redução do consumo de sal em Portugal.

“A curto prazo queremos intervir junto dos produtores para que estes reduzam a quantidade de sal que adicionam aos alimentos. A lei que estabelece os limites máximos de teor de sal no pão é um excelente exemplo de como a intervenção junto dos produtores pode ter resultados muito positivos. O pão é dos alimentos mais importantes para os portugueses e esta diminuição que se verificou desde a implementação da lei foi muito bem aceite. Por esta razão acreditamos que a redução da quantidade de sal noutros alimentos pode também ter uma boa aceitação junto da população. Queremos também centrar a redução do sal nos alimentos que são mais consumidos pelos portugueses, estabelecer políticas de incentivos a produtores e vendedores que reduzam a quantidade de sal nos alimentos, assim como uma política de reconversão de impostos para luta contra o sal”, explica Mesquita de Barros, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão.

Entre os principais temas a ser discutidos está ainda a necessidade do semáforo de cores na rotulagem dos alimentos. A SPH tem vindo a desenvolver esforços no sentido de ver aprovada a lei que estipula que todos os alimentos embalados devem ter um semáforo de cores uniformizado que informa sobre o seu teor de sal.

 “A longo prazo a prioridade é o semáforo de cores para os alimentos embalados. Acreditamos que esta medida iria facilitar as famílias na hora de ir às compras, levando-as a fazer melhores escolhas alimentares. O semáforo incluiria as cores vermelho (muito sal), amarelo (sal moderado) e verde (pouco sal). A intervenção junto das camadas mais jovens é também uma das prioridades devido ao seu elevado potencial de influência junto das famílias. Pretendemos intervir ao nível das políticas de educação nas escolas e na reformulação das dietas nas cantinas”, acrescenta.

 Será também debatida a importância do desenvolvimento de campanhas informativas que esclareçam e definam uma medida standard de sal que facilmente as pessoas possam memorizar e aplicar no seu dia-adia (exemplo: 1 colher de chá rasa = 5 gramas de sal).

 “Uma das grandes batalhas da SPH é continuar a diminuir o consumo de sal em Portugal. Um grande passo já foi dado com a redução de 1,2 gramas no consumo diário de sal, verificada entre 2009 e 2013. Passamos de um consumo diário de 11,4 gramas para 10,2 gramas e associada a essa redução estima-se uma redução da mortalidade por AVC de 12%. Estes são números que nos motivam a continuar o nosso trabalho, embora tenhamos consciência de que ainda há um longo caminho a percorrer”, refere Mesquita de Barros. 

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Nutrição
A sopa, pelo seu modo de preparação e pelos seus nutrientes tradicionais, é um alimento com uma impo

Para além de ser de fácil digestão ainda é rica em vitaminas e minerais. Sendo uma poderosa aliada para a saúde mostramos-lhe como retirar o melhor da sopa, sobretudo agora que com o frio até apetece!

A sopa é um prato com tradição milenar. Pensa-se que seja o prato mais antigo do mundo, anterior inclusive ao assado de carnes, pois há indícios dessa refeição antes mesmo da descoberta do fogo.

Em Portugal, a sopa continua a ocupar um ligar de destaque à mesa, estando presente ao longo de todo o ciclo de vida.

Os ingredientes da sopa são muito variados. Habitualmente, uma sopa inclui vegetais, carnes, peixes e/ou mariscos.

Os nutricionistas aconselham, geralmente, a ingestão diária de sopa para um regime alimentar equilibrado.

Os legumes são muito ricos em água, fibras alimentares, vitaminas B e C e sais minerais. O seu conteúdo em gordura e açúcar é baixo o que lhes confere muito baixo valor energético (calorias).

A maior parte das sopas fazem-se com baixos custos, são simples de confecionar simples e tem ainda a vantagem de ser de digestão fácil.

A sopa é uma aliada na perda e no controlo de peso. E é ainda uma forma fácil de assegurar que crianças pequenas e idosos ingerem produtos hortícolas e água.

Como fazer uma sopa de legumes saudável?

A base de uma sopa saudável é extremamente simples:

Água + cebola + alho + curgete + cenoura + azeite + sal e pimenta

Uma sopa saudável deve garantir um equilíbrio nutricional. A esta base pode acrescentar outros legumes de modo a enriquecer a sopa em termos de nutrientes.

Experimente a nossa sugestão: Creme de Brócolos

Ingredientes:

600 g de brócolos 
1 nabo 
1 curgette 
1 cebola 
2 dentes de alho 
7,5 dl de água 
2 colheres de chá de azeite 
1/2 Ramo de salsa 
1 Pitada de noz-moscada 
Sal e pimenta q.b. 

Preparação:

1- Prepare e lave os legumes 
2- Corte-os em pedaços pequenos e coza-os cerca de 12 minutos; 
3- Lave a salsa, retire as folhas e ponha-as a cozer com os legumes; 
4- Reduza a sopa a puré com a varinha mágica; 
5- Tempere com pimenta e noz-moscada.

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VIH/SIDA
A Europa registou no ano passado mais de 142 mil casos de contágio de VIH (Vírus da Imunodificiência Humana), o que representa...

O aumento de casos foi causado pela subida no leste do continente, onde na última década duplicaram os diagnóstivos de VIH, de acordo com um relatório da OMS Europa e do Centro europeu de prevenção e controlo de doenças (ECDC), com sedes em Copenhaga e Estocolmo, respetivamente.

Na Europa de Leste, a subida do número de casos aconteceu em transmissões heterossexuais, enquanto na UE se deu em relações homossexuais.

"Os diagnósticos de VIH em relações homossexuais cresceu a um ritmo alarmante, de 30% em 2005 para 42% em 2014, com aumento em toda a UE e no Espaço Económico Europeu, à exceção de seis países", alertaram a OMS e a ECDC em comunicado.

No relatório indica-se que dois em cada três novos infetados nasceram na Europa, enquanto que as pessoas oriundas de fora do continente, incluindo migrante, representam outro terço.

Metade dos infetados com VIH na região europeia, composta por 53 países e quase 900 milhões de pessoas, obtem um diagnóstico tardio, o que multiplica riscos de doença, morte e transmissão do vírus.

O elevado número de casos de SIDA (Síndrome de ImunoDeficiência Adquirida) no leste europeu confirma o papel determinante de um diagnóstico tardio, atraso no início da terapia com antiretrovirais e a fraca cobertura de tratamentos.

"Apesar de todos os esforços para combater o VIH este ano a região europeia superou as 142 mil infeções, o número mais elevado registado até agora. É uma preocupação séria", declarou a diretora da OMS Europa, Zsuzsanna Jakab, em comunicado.

Jakab pediu a todos os países europeus medidas para baixar a curva ascendente "de uma vez por todas". A diretora em funções do ECDC, Andrea Ammon, criticou a "resposta ineficaz" da região.

Estudo
Uma refeição individual de sopa e prato principal num restaurante de comida portuguesa tem 75% da dose diária de sal...

A Lusa teve acesso aos resultados preliminares de uma amostra realizada entre setembro e outubro deste ano onde foram avaliadas cerca de 60 refeições individuais de sopa e prato principal de comida considerada “caseira” em 17 restaurantes de Matosinhos e Maia (Porto).

O resultado a que chegaram os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) foi o de que uma pessoa ingeria, em média, 3,8 gramas de sal, ou seja, cerca de 75% dos cinco gramas que constituem a dose diária de sal recomendada pela OMS.

“Os valores são muito preocupantes. O consumo de sal excessivo é um problema em Portugal. As políticas de saúde, a legislação, ainda não são eficazes neste combate”, atesta Conceição Calhau, investigadora e coordenadora do projeto científico da Universidade do Porto, considerando que a amostra tem “uma expressão muito significativa sobretudo, porque não houve grandes variações de resultados”.

Conceição Calhau defende que se devia “repensar a política” do sal nos restaurantes e sugere que os estabelecimentos de comida confecionada deveriam ter o saleiro na mesa com frases de alerta, à semelhança dos maços de tabaco, a dizer que mata, com o objetivo de “responsabilizar as pessoas”.

“O ideal era que os restaurantes fossem mentalizados ou forçados a que a refeição tivesse o menos sal possível deixando a liberdade do consumidor à mesa colocar o sal”, acrescentou a investigadora.

Apesar dos resultados preliminares não terem causado “muita surpresa, “porque já era aquilo que nós suspeitávamos”, o estudo vai ser alargado a mais território português nos próximos meses, confirmou a coordenadora do estudo.

Segundo Conceição Calhau, ao contrário de outros países da Europa, em Portugal o problema não será estancado em medidas focadas apenas na indústria alimentar.

“O que é adicionado nas cozinhas, em casa ou em restaurantes, talvez seja um problema que atinge uma dimensão muito maior”, como sugere este estudo, explica, sublinhando que provavelmente “ninguém tem a noção que só naquela pequena refeição já está a fazer a ingestão de 75% do limite de sal recomendado a ingerir por dia.

Os investigadores da FEUP “recomendam aos restaurantes a acentuada redução do conteúdo de sal nas refeições confecionadas” e recordam que o consumo de sal acima de cinco gramas por dia é um dos fatores que mais contribuem para a hipertensão arterial e a principal responsável pelas doenças cardiovasculares.

Um outro estudo da Universidade do Porto, conhecido em maio transato, sobre hábitos alimentares das crianças portuguesas indica que 93% ingeriam sal a mais do que o recomendado pela OMS e que 54% ingeriam sal acima do máximo tolerável.

O estudo desenvolvido pela FMUP contou com uma parceria de um grupo de investigadores da engenharia química do Instituto Superior de Engenharia do Porto e com Jorge Polónia, docente da FMUP e investigador do CINTESIS (Center for Health Technology and Services Research).

Menopausa
Uma nova técnica a laser pretende revolucionar a vida sexual da mulher na menopausa. Mas não só!

Acaba de chegar a Portugal um tratamento que promete a recuperação da mucosa vaginal, estando indicado a todas as mulheres que se queixem de um estado de falta hormonal, melhorando aspetos como a elasticidade ou lubrificação.

A atrofia vaginal é uma condição bastante comum na menopausa. Estima-se que entre 40 a 60 por cento das mulheres sofram de secura e prurido vaginal, um sintoma desconfortável e até embaraçoso que pode afetar não só o bem-estar físico como emocional.

Com a chegada da menopausa os ovários passam a produzir menos estrógenio – a principal cauda de secura vaginal. Com uma quebra acentuada dos níveis desta hormona, as paredes vaginais tornam-se mais finas, mais secas e menos flexíveis.

Para além deste aspeto, pode ainda verificar-se uma diminuição das secreções vaginais levando a uma menor lubrificação.

Associado à falta de estrógenio, é frequente ocorrer o atrofiamento da vagina provocando sintomas como secura, irritação e infeção vaginal.

Recém-chegado a Portugal, um novo tratamento laser promete tratar estes sintomas, a partir da primeira sessão.

“O MonaLisa Touch é o nome que se dá a um tratamento de recuperação da mucosa vaginal  que é feito utilizando a energia laser (mais propriamente o laser de dióxido de carbono – CO2) através da utilização de um acessório especial”, explica a ginecologista Teresa Fraga.

Este tratamento “serve para recuperar a mucosa vaginal envelhecida – como acontece no caso da menopausa – e funciona através do seu fotorejuvenescimento”, melhorando aspetos como elasticidade, sensibilidade, lubrificação e resistência a infeções.

De acordo com Teresa Fraga, “qualquer mulher que apresente sintomatologia compatível com estados de falha hormonal – prurido, ardor, dores nas relações, perdas de sangue espontâneas, ou após observação ginecológica, infeçoes vulvovaginais de repetição – desde que devidamente avaliada, pode recorrer a este método”.

Acrescenta ainda que este estado de falta hormonal pode ser espontâneo (menopausa) ou provocado por qualquer tratamento hormonal, quimioterapia ou radioterapia.

“Costumo apontar como melhores candidatas as pacientes submetidas a tratamento por cancro de mama”, avança.

Explica que, habitualmente, estas mulheres “reagem de forma muito intensa aos tratamentos inibidores das hormonas femininas que são uma arma fundamental para combater a doença de base. Estes provocam o tal estado de “menopausa” induzida que é sentido de forma tanto mais aguda quanto mais jovem for a mulher”.

A aplicação deste tratamento revela-se bastante rápida. Entre cinco a 10 minutos, indolor, “faz-se sem recurso a qualquer anestesia e a sensação descrita é a de um ligeiro calor/ardor perfeitamente tolerável”.

Sendo a sua resposta variável, sabe-se que quanto mais jovem, e há menos tempo em menopausa se encontra a paciente, melhores são os seus resultados.

No entanto, estudos apontam para uma maior eficácia após três aplicações sucessivas, com intervalos de um mês.

“Há ótimos resultados em cerca de 80 por cento das pacientes, e por vezes, uma sessão é suficiente para verificarem melhorias significativas”, explica a ginecologista.

Em casos mais resistentes (na sequência de radioterapia, por exemplo) pode ser necessário realizarem-se cinco ou seis tratamentos.

Muito embora apresente bons resultados, casos há, se a causa da atrofia persistir, que as melhorias sentidas depois deste tratamento possam regredir, “necessitando de tratamento de reforço ao fim de 12 a 18 meses” após primeira sessão.

“Uma vez que é um tipo de tratamento que não comporta riscos, sendo a energia laser uma limpa e segura”, não existem contra-indicações.

No entanto, Teresa Fraga deixa algumas recomendações:

- a mulher deve ter uma revisão ginecológica nos últimos 12 meses (rastreio do cancro cervical, eco ginecológica, avaliação mamária, análises de rotina)

- não deve ter nenhuma infecção aguda ou história de herpes genital recente

- nos casos de pacientes submetidas a radioterapia, aconselha-se um intervalo de 2 anos pós RTX

- no estado actual, é desaconselhado em pacientes submetidas a tratamento de cancro invasivo do colo ou vagina

- como precaução, deve parar os cremes ou óvulos vaginais na semana anterior ao tratamento MonaLisaTouch.

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Gripe
Mais de 1,2 milhões de portugueses com mais de 65 anos já se vacinaram contra a gripe nesta época, segundo o relatório do...

A terceira avaliação do Vacinómetro na atual época gripal de 2015/16, hoje divulgada, mostra que se vacinaram 1.278.509 pessoas com 65 anos ou mais, ou seja, 63% da população nesta faixa etária.

Com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos, receberam a vacina mais de 194 mil pessoas, cerca de 30%.

Em relação às profissões de risco, mais de metade (51,3%) aderiu à campanha de vacinação contra a gripe. Dos doentes crónicos, 28,3% encontram-se já imunizados.

Do total de inquiridos, 6,5% foram vacinados pela primeira vez contra a gripe, enquanto os restantes já se tinham vacinado noutros anos.

Até ao momento, estima-se que tenham ainda intenção de se vacinar 17% das pessoas pertencentes aos grupos prioritários para a vacinação, bem como 22% de idosos.

Lançado em 2009, o Vacinómetro monitoriza a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários e recomendados, num projeto que é uma iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, com o apoio de uma farmacêutica.

Organização Mundial da Saúde
A indústria da carne em Portugal sentiu uma redução de cerca de 5% nas vendas no último mês, um impacto decorrente da...

“O impacto da divulgação do estudo da OMS junto das empresas nossas associadas resultou numa redução das vendas de cerca de 5%, até à data”, referiu à agência Lusa fonte oficial da Associação Portuguesa dos Industriais de Carne.

No dia 26 de outubro, há um mês, era divulgado um estudo da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC, na sigla em inglês) que revelou que a carne processada – como 'bacon', salsichas ou presunto – é cancerígena para os seres humanos.

O mesmo documento da IARC (agência que depende da Organização Mundial de Saúde - OMS) alertou que a carne vermelha também é “provavelmente” cancerígena.

O relatório referiu que a ingestão diária de 50 gramas de carne processada – menos de duas fatias de bacon – aumenta a probabilidade de desenvolver cancro colorretal (também conhecido como cancro do intestino) em 18%.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, o consumo de carne de vaca e de porco tem vindo a diminuir em Portugal desde 2008, enquanto a carne de aves vai conquistando maior lugar na alimentação dos portugueses.

“Desde que há registo, inverte-se pela primeira vez uma tendência: a carne de aves (animais de capoeira) cresce ao contrário da de bovino e da de suíno. Mesmo assim, a proporção de proteína de origem animal ainda está acima do desejável”, refere o relatório Alimentação Saudável em Números 2014 da Direção-geral da Saúde, que recorre a dados do Instituto Nacional de Estatística entre os anos de 2008 e 2012.

Na ocasião, a DGS considerou que o consumo de carne processada não é problemático, desde que seja moderado e em refeições com alimentos protetores, como as frutas e hortícolas.

Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS, afirmou: “Não é um bife de vaca que, apesar de dever ser consumido de forma moderada, vai provocar o cancro. Agora, o seu consumo deve manter-se ou ser reduzido para até 500 gramas por semana, o que equivale a quatro ou cinco refeições de carne por semana”, explicou.

Quando o documento da OMS foi divulgado, os industriais da carne consideraram logo impróprio atribuir a um único fator um risco aumentado de cancro, rejeitando “firmemente” a classificação feita pela IARC.

A Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes decidiu subscrever a posição da associação europeia sobre a classificação feita pela IARC : “considera-se inapropriado atribuir a um único fator um risco aumentado de cancro”, uma vez que se trata de um “assunto muito complexo que pode ser dependente de uma combinação de muitos fatores, tais como: idade, genética, dieta, ambiente e estilo de vida”.

“Não é apenas um grupo específico de alimentos por si só que define os riscos associados à saúde, mas a dieta como um todo, em conjunto com qualquer um dos outros fatores”, referia a nota da Associação Portuguesa, que citava a posição assumida pela Associação Europeia dos Industriais da Carne.

Japão
O Ministério da Saúde Japonês aprovou, pela primeira vez, a utilização médica de uma armadura robótica para as pernas destinada...

A armadura HAL de uso médico é o primeiro dispositivo do tipo que o Governo japonês autoriza para venda a empresas do setor da saúde, segundo informa hoje o jornal económico Nikkei.

Os sensores ligados à coxa e a outras partes do corpo detetam sinais débeis do sistema nervoso e ordenam à ‘armadura’ que cobre as pernas que ajude imediatamente, mediante o uso dos seus motores, ao movimento pretendido.

Segundo o fabricante, esta função ajuda o corpo a “recordar” como caminhar e pode atrasar os efeitos de uma doença ou contribuir para a recuperação da capacidade motora das pernas.

Os testes clínicos mostraram que os pacientes que se submeteram a nove sessões de exercícios durante um período de três meses podiam andar mais relativamente àqueles que não foram sujeitos à experiência.

O equipamento foi fabricado pela empresa Cyberdyne, que já comercializou diversos fatos ou armaduras robóticas em diversos setores.

Produtos similares têm sido aprovados nos Estados Unidos e Europa, com a Alemanha na liderança.

Taxas Moderadoras
O valor das taxas moderadoras cobradas nos centros de saúde vai ser igual, independentemente do horário das consultas, o que já...

A medida consta de uma portaria que altera a que definira, em 2011, os valores das taxas moderadoras, assim como as respetivas regras de apuramento e cobrança.

A alteração determina que “o montante da taxa moderadora a cobrar no âmbito dos cuidados de saúde primários não difere consoante o horário em que esses cuidados são prestados”.

Deixa, assim, de ser possível cobrar valores semelhantes aos prestados em serviço de urgência, como até ao momento acontecia em alguns cuidados de saúde primários, durante os horários alargados dos centros de saúde, segundo fonte do Ministério da Saúde.

A medida insere-se na reforma dos cuidados de saúde primários, iniciada em 2005, a qual “tem contribuído, significativamente, para o aumento do acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, melhoria da qualidade e desempenho”, lê-se na portaria hoje publicada.

Com esta definição, que já é praticada pela maioria dos centros de saúde, as taxas moderadoras terão um valor igual, seja nas consultas realizadas durante o horário habitual ou em horário alargado.

Tal acontecerá também em situações de exceção, como em casos de maior procura devido a doenças sazonais, como a gripe, que obriguem ao prolongamento dos horários dos centros de saúde e instituições semelhantes.

Síndrome Respiratória do Médio Oriente
O último paciente sul-coreano afetado pela Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) morreu hoje, elevando para 38 o número...

O homem, de 35 anos, morreu num hospital da zona norte de Seul, depois de o seu estado de saúde se ter deteriorado devido a complicações causadas por um linfoma do qual já padecia anteriormente, indicou o Ministério da Saúde sul-coreano num comunicado divulgado pela agência local Yonhap.

Tratava-se do último sul-coreano ainda portador do novo coronavírus, cujo surto, que teve início em maio, desencadeou alarme social.

A Coreia do Sul sinalizou 186 casos de MERS, dos quais, 38 foram mortais, e submeteu a diversos graus de quarentena mais de 16 mil pessoas.

O país, que detetou o primeiro caso de MERS em 20 de maio, e dois meses depois declarou-se “livre” da doença, é o segundo com maior número de casos do novo coronavírus, a seguir à Arábia Saudita.

A MERS é considerada um 'primo', mais mortal, mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.

Timor
O Presidente da República timorense afirmou hoje que a fome e a desnutrição persistem em Timor-Leste e que combatê-las é um ...

Combater a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição é uma ambição antiga. Realizá-la está hoje ao nosso alcance", disse Taur Matan Ruak, considerando a paz e a estabilidade "fatores essenciais para este combate ativo".

Taur Matan Ruak falava no arranque da 1.ª reunião extraordinária do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do espaço lusófono (CONSAN-CPLP), que decorre em Díli e onde se espera seja aprovado um plano de trabalho conjunto para a erradicação da fome e da desnutrição na CPLP.

Apesar de Timor-Leste ter como meta elevar o país ao grupo de Estados de rendimento médio até 2030, o país continua a registar fome e desnutrição, sendo que "combater isso é um passo necessário para alcançar metas seguintes" de desenvolvimento.

"Esta é uma tarefa de dimensão histórica. Um desafio de peso. Mas pela primeira vez na história temos condições a enfrentar esse desafio e vencê-lo", afirmou, sublinhando que para vários Estados este é um assunto "prioritário".

"Os maiores desafios são também desafios de informação, de esclarecimento das famílias", disse, referindo-se a uma tema que foi recorrente nas conversas que manteve com as populações dos 360 sucos (freguesias) de Timor-Leste que já visitou, cerca de 80% do total.

O chefe de Estado timorense recordou que em Timor-Leste 70% da população ativa trabalha no setor agrícola, com a produtividade a manter-se baixa e as taxas de iliteracias elevadas.

Responder a esse complexo cenário, sublinho, depende de outras metas de desenvolvimento, de condições técnicas adequadas a nível nacional mas também de cooperação multilateral em termos da CPLP, da comunidade internacional e com o apoio dos parceiros de desenvolvimento e agências especializadas da ONU.

Murade Murargy, secretário executivo da CPLP, retomou as críticas aos Estados membros da CPLP, insistindo que é vital "materializar em termos efetivos o compromisso político" acordado em encontros anteriores, pensando em primeiro lugar nos mais desfavorecidos.

"A persistência de fenómeno da fome e insegurança alimentar é hoje incompreensível. Dentro do nosso espaço geográfico da CPLP temos recursos, tecnologia e o conhecimento para poder eliminar este flagelo que já se tornou um cancro dos nossos países", disse.

"Todos estes ativos estão há muito identificados. Necessitamos de forte engajamento dos nossos Governos sem o qual não vai ser possível avançar. Esse compromisso tem que ser acompanhado pela dotação de recursos financeiros adequados", frisou.

Como exemplo referiu que se os Governos lusófonos consagrarem 1% do seu PIB para ações de combate à insegurança alimentar, que "persiste nas dimensões conhecidas e há muito diagnosticadas" seria possível cumprir os objetivos de erradicação até 2025.

Daí que tenha apelado para que os acordos que saiam da reunião de Díli sejam levados pelas delegações presentes aos seus respetivos Governos procurando avançar na implementação destas estratégias.

Instituto Nacional de Infeções do Japão
Um grupo de investigadores do Instituto Nacional de Infeções do Japão descobriu que uma proteína encontrada em seres humanos...

Em concreto, as células nas quais se encontra este tipo de proteína – denominada MARCH8 – não infetam as células sãs, segundo as conclusões do grupo de investigadores.

Kenzo Tokunaga, um dos cientistas, espera que seja desenvolvido um medicamento que ajude o corpo humano a produzir esta proteína com a qual se podem tratar pacientes com VIH.

Esta descoberta poderia beneficiar os 36,9 milhões de portadores de VIH que existem em todo o mundo, a grande maioria em África, segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/SIDA (ONUSIDA).

Na terça-feira, em Genebra, as Nações Unidas anunciaram que pretendem duplicar o número de pessoas infetadas com VIH/SIDA em tratamento antirretroviral até 2020, precisamente por atualmente pouco menos de metade das pessoas que vivem com VIH terem acesso a esse tipo de tratamento.

No próximo dia 01 de dezembro assinala-se o Dia Mundial de Luta contra a Sida.

Organização das Nações Unidas
Angola pode ter uma "epidemia importante" de VIH/SIDA, à semelhança de Moçambique, alertou hoje o diretor executivo...

Falando na apresentação do relatório da organização, divulgado hoje, Luiz Loures acrescentou que a ONUSIDA quer "atenção renovada" para acabar com a doença nos países lusófonos, onde considera haver "muito trabalho a ser feito" para eliminar a epidemia.

O responsável destacou também que Portugal e o Brasil têm hoje uma resposta à doença que é das "mais avançadas do mundo", pelo que "não existe razão para que outros países de língua portuguesa não avancem da mesma forma. A unidade entre esses países é parte da estratégia para o fim da epidemia".

"Como ONUSIDA, estamos dispostos a apoiar qualquer medida sob o ponto de vista da cooperação”, sublinhou Luiz Loures.

O relatório revela exemplos de abordagens inovadoras em mais de 50 comunidades, cidades e países, para alcançar as pessoas com serviços para prevenir e tratar o VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), tendo o representante do programa das Nações Unidas destacado que "os lusófonos têm de ser pragmáticos na prevenção, principalmente os mais jovens, que não viram a epidemia no seu auge".

O documento destaca o caso de Moçambique, que está entre as dez nações da África Oriental e Austral onde ocorreram cerca de metade das novas infeções pelo vírus entre 2010 e 2014, embora o país tenha aumentado a cobertura do tratamento naquele período.

Portugal é citado por ter descriminalizado o uso de quantidades de drogas ilícitas em pequenas quantidades, uma medida associada à redução na prevalência do VIH nas prisões, enquanto o Brasil é referido por figurar entre os países de baixo e médio rendimento que conseguiram suprimir o vírus em mais de 80% das pessoas que recebiam tratamento antirretroviral.

O Brasil é ainda referido por a profilaxia pré-exposição (em pessoas que receiam ter contraído o vírus após uma relação sexual casual) registar uma taxa de aceitação de 50% e por ter sido o primeiro país a dar tratamento combinado gratuito para o vírus.

De acordo com estimativas do ONUSIDA relativas ao ano passado, verificou-se uma queda de 35% nas novas infeções pelo vírus (face ao pico de 2000), tendo as mortes relacionadas com a doença descido 42% desde o seu auge, em 2004.

No final de 2014, havia um total de 36,9 milhões de pessoas a viver com o vírus.

Ao abrigo do objetivo 90-90-90, as Nações Unidas pretendem garantir o tratamento de 90% de pessoas que vivem com o VIH, que 90% das pessoas que saber ser seropositivas estejam em tratamento e que 90% das pessoas em tratamento tenham a carga viral indetetável.

Ébola
Um adolescente morreu de Ébola na Libéria, no primeiro caso registado desde que em setembro foi oficialmente proclamado o fim...

“O rapaz de 15 anos morreu ontem (segunda-feira)”, declarou à agência de notícias francesa AFP o médico, precisando que dois elementos da sua família, cujos exames foram positivos, estão ainda em observação no centro de tratamento ELWA 2, de Monróvia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou na semana passada que o adolescente apresentava sintomas da febre hemorrágica a 14 de novembro e tinha sido hospitalizado três dias depois, sublinhando que a doença tinha também sido diagnosticada a dois dos seus familiares.

Além disso, 150 contactos estão atualmente a ser acompanhados, indicou na segunda-feira a OMS, que atribui o reaparecimento do vírus num país onde a epidemia oficialmente acabou à sua persistência nos fluidos corporais de alguns sobreviventes.

A Libéria foi declarada livre da transmissão do vírus pela primeira vez em maio, antes do reaparecimento da epidemia, cerca de sete semanas mais tarde, e depois, novamente, a 03 de setembro.

Um país é declarado livre do contágio do Ébola quando decorreram dois períodos de 21 dias – a duração máxima da incubação do vírus – sem novos casos desde o segundo teste negativo num paciente curado.

A epidemia de Ébola na África Ocidental, a mais grave desde a identificação do vírus na África Central, em 1976, fez mais de 11.300 mortos em 29.000 casos registados, um balanço ainda incompleto, segundo a OMS.

Noventa e nove por cento das vítimas concentram-se em em três países: a Guiné Conacri - de onde partiu a epidemia, em dezembro de 2013, e onde o último doente curado obteve resultado negativo nos exames a 16 de dezembro -, na Serra Leoa, onde o fim da epidemia foi declarado a 07 de novembro e a Libéria.

ONU
As Nações Unidas anunciaram hoje que pretendem duplicar o número de pessoas infetadas com VIH/SIDA em tratamento...

Atualmente, pouco menos de metade das pessoas que vivem com o VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) tem acesso a estes tratamentos.

“A cada cinco anos temos mais que duplicado o número de pessoas sob tratamento”, declarou Michel Sidibé, diretor-executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/SIDA (ONUSIDA).

“Temos de o fazer mais uma vez para acabar com a epidemia da SIDA e impedir que ela progrida”, prosseguiu o representante, citado num comunicado.

Este anúncio da agência das Nações Unidas ocorre um dia depois das autoridades francesas terem dado luz verde ao "Truvada", um tratamento preventivo contra o VIH, que é uma combinação de um antirretroviral de um laboratório norte-americano (Gilead Sciences).

O antirretroviral "Truvada" é apresentado como o primeiro tratamento de prevenção contra a SIDA destinado aos grupos de risco e que deverá contribuir, segundo as autoridades, para reduzir novas infeções.

Segundo o último relatório da ONUSIDA, apresentado hoje, 15,8 milhões de pessoas estavam a receber tratamentos antirretrovirais (ART) em junho de 2015, contra 7,5 milhões em 2010 e 2,2 milhões em 2005.

“O mundo parou e reverteu a propagação do VIH”, afirmou a ONUSIDA, que congratulou-se com os “progressos extraordinários” realizados.

Em 2014, as mortes relacionadas com a SIDA caíram 42%, em relação aos números de 2004, o que prova, de acordo com a agência da ONU, que o alargamento do acesso aos tratamentos salva vidas.

“Foram feitos progressos em cada região do mundo. Mas o ritmo é muito lento”, ressalvou, no entanto, Michel Sidibé.

Apesar das novas infeções terem recuado em mais de um terço (35%) entre 2000 e 2014, a ONUSIDA teme ainda um potencial progresso da epidemia, caso os países não invistam em esforços suplementares.

Em termos globais, 36,9 milhões de pessoas, a grande maioria em África, vivia em 2014 com o vírus VIH/SIDA.

Entre 2000 e 2014, as novas infeções progrediram na região da Europa oriental e Ásia central (+30%), bem como no Médio Oriente e no norte de África (+26%).

A ONUSIDA estabeleceu uma lista de 35 países “prioritários”, que representam 90% dos novos casos de infeções com VIH/SIDA, e que precisam de uma atenção particular para que o objetivo da erradicação seja alcançado.

A agência estima que sejam necessários anualmente 31,9 mil milhões de dólares (29,9 mil milhões de euros) até 2020 para a resposta internacional contra a SIDA.

Para conseguir a erradicação da epidemia em 2030, a ONU fixou metas para 2020 sob o lema “90-90-90”: 90% das pessoas infetadas com o VIH devem ter conhecimento desse facto; 90% das pessoas que conhecem o seu estado devem receber o tratamento necessário; 90% das pessoas que estão tratadas devem ter a sua carga viral suprimida (deve ser indetetável).

No próximo dia 01 de dezembro assinala-se o Dia Mundial de Luta contra a Sida.

Associação de Defesa do Consumidor
Metade das famílias portuguesas não teve dinheiro em 2014 para fazer tratamentos médicos necessários, tendo muitas vezes...

“No ano passado, por falta de dinheiro, 50% dos portugueses falharam cuidados de saúde considerados essenciais do ponto de vista médico. E ninguém escapou às dificuldades: um terço eram crianças, que ficaram sem tratamentos, consultas ou medicamentos aconselhados pelo médico”, indica a revista de saúde da associação de defesa do consumidor, com base num inquérito a 1.763 famílias portuguesas.

A dificuldade em pagar despesas de saúde afeta mais as famílias com rendimentos mensais abaixo dos 1.500 euros, os agregados numerosos ou monoparentais e os que incluem membros que sofrem de doença crónica, conclui o teste.

“Isto num país em que cerca de 40% das famílias vivem com menos de 1.00 euros por mês”, sublinha a revista.

No topo dos gastos com saúde estão os tratamentos dentários e oftalmológicos, as consultas e os medicamentos, que em 2014 foram sendo adiados por falta de dinheiro.

O mesmo se verificou com as urgências, que “tiveram de deixar de sê-lo quando não havia como pagá-las”: 10% dos portugueses, incluindo crianças, não foram às urgências por não terem dinheiro.

Apesar de os mais carenciados estarem isentos de taxas moderadoras, existem “copagamentos disfarçados” que são “penalizadores” para a maioria.

Salientando que para o estudo não foram considerados os pagamentos de prémios de seguros nem tratamentos ou cirurgias de estética e beleza, a Deco diz que no ano transato as famílias gastaram uma média de 1.480 euros em cuidados de saúde que nunca lhes serão reembolsados.

“O valor sobe para 1.824 euros em agregados com doentes crónicos”, a que se junta o prémio do seguro de saúde, contratado por 20% dos inquiridos, que dizem pagá-lo do próprio bolso: em média, custa-lhes 506 euros anuais.

Ao todo, diz a revista, as despesas anuais não reembolsáveis representam 19% do rendimento líquido disponível, proporção que sobe para 25% nos agregados com doentes crónicos.

Para fazer face a estas dificuldades, uma em cada cinco famílias teve que se endividar, na maior parte dos casos junto de familiares, mas também de amigos ou de instituições bancárias.

Os inquiridos reportaram problemas de saúde dos filhos menores que necessitavam de cuidados médicos e que em 15% dos casos eram muito sérios e em 70% importantes.

Em consequência desta falta de assistência, não só as atividades escolares ficam afetadas (além da saúde), mas também as necessidades básicas familiares.

“Um quinto dos agregados teve de cortar em bens alimentares e em climatização por causa dos gastos com a saúde. Um quarto viu-se obrigado a abdicar do conforto no lar e de obras ou mobiliário”.

A carência de cuidados médicos por falta de dinheiro tem repercussões também no trabalho, que se refletiram em 35 milhões de dias de trabalho perdidos.

Entre os tratamentos que ficaram por fazer em 2014, os oftalmológicos ocupam o lugar cimeiro com 28%.

A estomatologia surge como uma das área que custou mais dinheiro aos portugueses, sendo que 64% destes gastaram 564 euros e foram contraídos 1.398 euros de empréstimo.

Nutrição
A aTTitude, IPSS, lança o seu 1º livro na área da nutrição oncológica, em Dezembro.

 

O livro, composto por 87 receitas de 15 conceituados chefs foi desenvolvido com o objectivo de apoiar o doente oncológico durante o ciclo de tratamentos, procurando assegurar o seu equilíbrio nutricional e melhor a sua qualidade de vida.

“Numa altura em que os mais recentes estudos indicam que 1 em cada 3 pessoas sofre de cancro e que se prevê que dentro de 30 anos, com o desenvolvimento da doença, 1 em cada 2 pessoas possa vir a ser afectada por esta patologia, achamos muito pertinente desenvolver este livro, assente em princípios básicos e flexíveis da nutrição, que ajudará cada doente a conseguir encontrar a alimentação ou ementa adequada a cada momento e tratamento da sua doença, ultrapassando as barreiras da sua tolerância alimentar e mantendo os níveis de energia e defesas” explica a Presidente da Direcção da aTTitude, Bibi Sattar.

O livro Nutrição Oncológica “Receitas deliciosas para doentes oncológicos em tratamento” oferece 87 deliciosas receitas de 15 conceituados chefs e os testemunhos das artistas Simone de Oliveira e Sara Tavares, ex. doentes oncológicas.

“O que fazer para ultrapassar as alterações de palato?”; “O que ingerir para garantir o equilíbrio nutricional?” e “Existirá uma alimentação mais adequada para melhor tolerar os efeitos do tratamento oncológico?” são algumas das perguntas às quais o presente livro procura dar resposta.

“No decurso dos tratamentos e após cada “ciclo” de quimioterapia, entre outros sintomas, os doentes oncológicos habitualmente apresentam falta de apetite, enjoos, obstipação e mesmo repugnância por certos alimentos. O desconhecimento das bases de boa nutrição oncológica, associado aos recursos limitados neste campo, é revelador de um desespero adicional e num sofrimento emocional que assola os doentes, familiares e amigos. Por esse motivo este livro será um bom aliado no combate a alguns efeitos secundários dos tratamentos e sintomas da própria doença ”, conclui a Dra. Ana Rita Lopes, nutricionista.

O livro “Receitas deliciosas para doentes oncológicos em tratamento” será lançado oficialmente no dia 7 de Dezembro. No entanto, será realizado a partir do dia 23 de Novembro um Pré-Lançamento, através de uma Campanha Online de angariação de donativos - por cada donativo no valor de 20€ é oferecido 1 livro. Os donativos podem ser feitos através do site www.nutricaooncologica.org.pt.  A Campanha convida ainda todos os cibernautas a ter  aTTitude através da partilha do hashtag - #eutenhoaTTitude.

As receitas provenientes da venda do livro, reverterão a favor de dois projectos: Programa de cursos de formação básica em nutrição oncológica e Programa de cursos de formação avançada em cuidados paliativos pediátricos.

Sobre a Associação aTTitude:

A aTTitude, Associação de Solidariedade Social, IPSS, foi fundada em Setembro de 2014 por Bibi Sattar Marques (Presidente da Direção) e Francisco Marques (Presidente da Assembleia Geral), ambos economistas e com vidas profissionais ativas, com o objectivo de: 1º.Escutar as causas;
2º.Desafiar vontades; e
3º.Potenciar esforços. A aTTitude tem três projetos em curso - o Quarteto Gastronómico, a Nutrição Oncológica e os Cuidados Paliativos Pediátricos.

www.attitude.org.pt

 

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