Orlando Monteiro da Silva
Orlando Monteiro da Silva foi reeleito para um novo mandato de quatro anos como bastonário Ordem dos Médicos Dentistas.

As eleições decorreram no fim de semana ao abrigo dos novos estatutos da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).

Para além da eleição para o cargo de bastonário foram eleitos os vários órgãos diretivos, incluindo o novo Conselho Geral, uma das principais novidades dos novos estatutos da OMD.

O Conselho Geral é um órgão que vai integrar 50 membros da OMD de todo o país e vai funcionar de forma semelhante a um parlamento.

Foi ainda eleita uma lista independente, única, para o Conselho Deontológico e de Disciplina e liderada pelo médico dentista Luís Filipe Correia.

A prioridade da nova equipa será a elaboração de um projeto-piloto para a inclusão de médicos dentistas nos centros de saúde e unidades de saúde familiares. Um projeto que vai ser elaborado a pedido do Ministério da Saúde e que traduz uma das exigências do programa com que a Lista A se apresentou às eleições, a necessidade de garantir o acesso de toda a população a cuidados de saúde oral.

A lista liderada por Orlando Monteiro da Silva pretende ainda apostar na formação e qualificação dos médicos dentistas, melhorar a organização da OMD e a regulação da profissão de acordo com o novo Estatuto da OMD.

Orlando Monteiro da Silva considera que esta reeleição “marca uma nova fase na vida da OMD. Os novos estatutos trazem novos desafios e a criação do Conselho Geral vai permitir uma maior pluralidade. No total, é uma equipa formada por 104 pessoas de excelência, disponíveis para assumir os novos compromissos, decorrentes dos novos desafios que à profissão estão a ser colocados”.

SRN promove a investigação em Enfermagem em contextos da prática clínica
A Secção Regional do Norte (SRN) da Ordem dos Enfermeiros (OE) promove hoje a apresentação pública dos projetos premiados com a...

Nesta sessão, que conta com a presença da Enfermeira Maria Aurora Bessa, os autores irão receber 50% do montante atribuído à Bolsa. Os três bolseiros são enfermeiros do Centro Hospitalar São João, Sara Maria Oliveira Pinto, do Agrupamento de Centros de Saúde Grande Porto VIII - Espinho/Gaia, Graziela Maria da Conceição Almeida Mendes, e do Hospital de Braga, Francisco Miguel Correia Sampaio.

Este concurso pretendeu incentivar e dinamizar o trabalho desenvolvido pelos enfermeiros no âmbito da investigação em Enfermagem em contextos da prática clínica, apoiar o desenvolvimento de projetos na área do conhecimento da disciplina de Enfermagem, incentivar o benefício dos mesmos em processos de melhoria contínua dos cuidados de Enfermagem e, por último, contribuir para a promoção da defesa da qualidade e segurança dos cuidados prestados à população.

Os projetos distinguidos são:

- Projeto 9: “Confortar em Cuidados Paliativos: Desenvolvimento e Avaliação de uma Intervenção Complexa em Enfermagem”

A investigadora Sara Maria Oliveira Pinto pretende com este projeto definir as atividades de enfermagem confortar e, com essa intervenção, quais os efeitos no conforto da pessoa com doença oncológica em cuidados paliativos. Nesse contexto, a relevância dos resultados para a prática clínica traduzem-se nos contributos para a maximização do conforto da pessoa em fim de vida, melhor qualidade e também contributos científicos para o conhecimento em enfermagem.

- Projeto 4: “Incidência da infeção no coto umbilical, na pós-alta hospitalar, em recém-nascidos submetidos ao procedimento: Limpeza do coto com água e sabão”

A investigadora Graziela Maria da Conceição Almeida Mendes pretende com este projeto avaliar a incidência das infeções no coto umbilical, o tempo médio de mumificação do mesmo, nos recém-nascidos submetidos a lavagem com água e sabão. Simultaneamente pretende também, identificar os fatores de risco associados e que concorrem para o aparecimento das infeções na área do coto umbilical. Nesse contexto, a relevância dos resultados para a prática clinica e para o cidadão, traduzem-se em indicadores de evidência científica de que o procedimento de lavagem com água e sabão é uma técnica segura, mais económica e com os mesmos benefícios que outras técnicas asséticas.

- Projeto 2: “Classificação das intervenções de enfermagem (NIC): Um estudo de consensos para definição das intervenções de âmbito psicoterapêutico em Portugal”

O investigador Francisco Miguel Correia Sampaio pretende com este projeto identificar as intervenções de enfermagem presentes na NIC que podem ser consideradas como sendo de âmbito psicoterapêutico e a que diagnósticos de enfermagem podem, potencialmente, dar respostas. Na sequência desses objetivos e como fim último da investigação, o investigador pretende criar um documento baseado em consensos de peritos, que sirva como guia orientador para a boa prática clínica baseada na evidência dos enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde mental e psiquiátrica. 

Desde 2010
A China registou até dezembro 5.734 doadores de órgãos voluntários, que concederam um total de 15.722 órgãos desde que a doação...

Em 2015, a nação asiática contou 2.587 doadores voluntários, de acordo com um responsável da Comissão Nacional da Saúde e Planeamento Familiar chinês, Guo Yanghong, citado pela agência oficial Xinhua.

País mais populoso do mundo, com 18% da população mundial, a China é a terceira nação do planeta com mais doadores, a seguir a Espanha e Brasil.

Pelas contas do Governo, entre os 300.000 pacientes que necessitam de um transplante de órgãos todos os anos na China, apenas 10.000 o conseguem.

A doação de órgãos na China é limitada pela crença generalizada na reencarnação, o que motiva grande parte das pessoas a optar por manter o corpo intacto.

A forte procura por órgãos traduziu-se em doações forçadas e venda ilegal, com grupos de direitos humanos estrangeiros a condenarem a recolha de órgãos de prisioneiros executados, entretanto proibida desde este ano.

EUA
Os Estados Unidos eliminaram formalmente a proibição vitalícia que impedia as doações de sangue por homossexuais, uma medida...

A proibição é substituída por uma regra que prevê um período de observação de 12 meses após o último contacto sexual, ou seja, os homens que tenham tido sexo com outros homens nos 12 meses anteriores à data da recolha não poderão doar sangue.

A decisão da Food and Drug Administration (FDA) coloca os Estados Unidos em linha com outros países, como o Reino Unido, França, Japão ou Austrália, que recentemente autorizaram que homens que tenham sexo com outros homens possam doar sangue, desde que as relações sexuais não tenham ocorrido no último ano.

A nova regra faz cair uma proibição que vigorava desde 1983, aplicada pela administração de Ronald Reagan em plena epidemia do VIH/Sida nos Estados Unidos. Na altura, e em virtude da pouca informação sobre a doença, muitos especialistas tiveram medo de contaminar as reservas nacionais de sangue.

“Ao rever as nossas políticas para ajudar a reduzir o risco de transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) através de produtos relacionados com o sangue, examinámos de forma rigorosa várias opções alternativas, incluindo a avaliação do risco individual”, afirmou Peter Marks, vice-diretor do Centro do FDA para a Avaliação e Pesquisa Biológica.

A regra da proibição continua em vigor para os profissionais do sexo e pessoas que usam drogas injetáveis porque “os dados disponíveis são insuficientes para justificar uma mudança nas recomendações de exclusão existentes neste momento”, indicou a FDA, num comunicado.

Em Portugal, um grupo de especialistas foi criado, em dezembro de 2012, pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) para estudar a possibilidade de dádiva de sangue por homo e bissexuais, ou homens que têm sexo com homens, na designação médica.

Em agosto último, as recomendações do relatório “Comportamentos de risco com impacto na segurança do sangue e na gestão de dadores" foram aceites pelo Ministério da Saúde, que incumbiu a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o IPST de elaborarem novas normas baseadas nas recomendações.

DECO
Quase metade das 288 peças de carne de vaca inspecionadas pela associação Deco não tinham qualquer referência à sua origem no...

Segundo um estudo hoje divulgado pela associação de defesa dos consumidores Deco, dois terços da carne de vaca inspecionada apresentava falhas na rotulagem: 44% da carne os talhos de rua ou supermercados não tinha referência à origem e, em 24% das situações, a rotulagem tinha falhas ou omissões, como o local de desmancha.

A Deco inspecionou este ano 729 peças de carne, 288 das quais de vaca, visando encontrar a indicação da sua origem no rótulo, tal como obrigatório por lei, desde 2000. Nesta análise incluíram-se visitas a 126 talhos e supermercados feitas em junho de 2015.

A associação de defesa do consumidor assume que deu especial enfoque à carne de vaca, uma vez que a lei que obriga a conhecer a sua origem tem já 15 anos, datando de 2000, altura do escândalo da BSE ou “doença das vacas loucas”.

Desde abril deste ano que as exigências quanto à origem foram alargadas à carne de suíno, ovino, caprino e aves de capoeira.

Em 60% de todas as peças de carne analisadas, a rotulagem estava de acordo com a lei, mas em 28% dos casos não havia referência à origem e, nas restantes 12%, havia outro tipo de falhas nos rótulos.

“Este nosso estudo sobre rotulagem da carne revela que ainda existem muitas falhas”, sintetiza a Deco num artigo intitulado “A origem desconhecida da carne”.

“O regime comunitário de rotulagem obrigatória continua a não ser totalmente cumprido. Os talhos, tanto de rua como de hipermercado, têm de melhorar a rotulagem da carne, indicando as menções obrigatórias, para se saber detalhadamente todo o percurso”, refere a associação de defesa do consumidor.

Sem as informações do rótulo, “o sistema de rastreabilidade cai por terra”, tornando-se impossível chegar à origem da carne e atuar quando surgem irregularidades que ponham em causa a segurança dos consumidores.

DGS
As crianças de risco para a tuberculose vão receber, a partir de janeiro, a vacina da BCG, que Portugal comprou a um...

Graça Freitas explicou que, apesar de uma programação de entregas a partir do atual mês de dezembro, e quando Portugal aguardava as vacinas, o laboratório estatal dinamarquês informou as autoridades portuguesas de que as vacinas estavam novamente a ser analisadas e que não iriam exportar nenhum lote para nenhum país, antes de fazerem mais testes.

“As nossas vacinas estão neste momento na Dinamarca, encomendadas e à espera de ver o que se vai passar em termos de controlo de qualidade na Dinamarca”, disse a especialista em saúde pública.

Perante este cenário, e uma vez que a vacina está em falta desde março, a Direção Geral da Saúde (DGS) procurou uma “fonte de fornecimento alternativa”, tendo optado por uma vacina japonesa.

“Vamos conseguir alguns milhares de frascos e doses para o início de janeiro e depois teremos a possibilidade de importar ao longo de 2016 mais vacinas ao Japão. Entretanto, vamos ver o que acontece à nossa encomenda da Dinamarca”, adiantou.

Assim que as vacinas chegarem do Japão, serão administradas prioritariamente nas crianças de risco, que podem ser, por exemplo, as que pertencem a famílias imigrantes de países onde a taxa de tubeerculose é elevada, como a Índia ou o Paquistão.

Também as crianças que vivem em zonas geográficas de Portugal onde a incidência de tuberculose é maior, bem como as familiares de doentes, serão consideradas prioritárias para as autoridades de saúde.

Graça Freitas explicou que, como “Portugal atingiu um nível de controlo da tuberculose muito grande, a população em geral não tem grande risco para contrair tuberculose”.

A subdiretora geral da Saúde reconheceu que esta forma de vacinar – apenas a grupos de risco – poderá vir a ser a de um futuro próximo, estando essa possibilidade em análise pelos elementos da Comissão de Vacinação.

“A tendência natural, normal de todos os países e da maior parte da Europa ocidental - a própria Irlanda, que era como nós, está a mudar a sua estratégia de vacinação e a deixar de vacinar todas as crianças para vacinar apenas as crianças de risco – é que se deixe de vacinar todas as crianças e se passe a vacinar apenas as de risco”, disse.

As dificuldades de fornecimento da BCG começaram em março e estão ligadas a problemas com a produção de um laboratório dinamarquês que fabrica a vacina para a Europa.

Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos
As Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos apelaram ontem ao Ministério da Saúde que intervenha para regular a publicidade de...

Numa declaração conjunta enviada à agência Lusa, os bastonários José Manuel Silva e Carlos Barbosa alertaram que os suplementos alimentares devem ser utilizados com aconselhamento prévio de profissionais de saúde.

"As necessidades de suplementação variam de pessoa para pessoa e dependem da sua condição de saúde/doença, pelo que os utentes devem aconselhar-se com um profissional de saúde previamente à toma de suplementos, para saber se são adequados à sua situação em particular", referem as duas estruturas profissionais, em comunicado.

Segundo as Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos, uma quantidade elevada de cálcio ou vitamina D poderá ser prejudicial à saúde em muitos indivíduos.

"O consumo sistemático de suplementos de cálcio pode aumentar o risco de obstipação e transtornos gastrointestinais, doenças cardiovasculares e pedras no rim", lê-se no comunicado.

Perante uma verdadeira doença, refere o comunicado, "o uso indiscriminado e sem aconselhamento de suplementos pode fazer perder um tempo importante, que adie ou impeça o início do tratamento no momento adequado".

As duas estruturas profissionais apelam ao Ministério da Saúde para que, "em defesa da Saúde Pública, intervenha legislativamente e por todos os meios necessários para regular e impor regras mais restritivas no circuito e na publicidade dos alegadamente considerados como produtos dietéticos e suplementos alimentares".

"As Ordens dos Farmacêuticos e dos Médicos condenam todas as práticas publicitárias que visem induzir o consumo de suplementos alimentares ou de quaisquer outros produtos que possam interferir na saúde dos portugueses", refere a declaração conjunta.

A Ordem dos Farmacêuticos entregou sexta-feira uma providência cautelar para travar os anúncios publicitários do suplemento alimentar Calcitrin MD Rapid em todos os órgãos de comunicação social, alegando que lesam o direito dos cidadãos à saúde.

"Apenas a suspensão da emissão dos suportes publicitários nos diversos órgãos de comunicação social será adequada a prevenir a lesão do direito à saúde dos cidadãos", lê-se na providência cautelar contra a empresa Proactivar-Viva Melhor Sempre, Lda., interposta no tribunal da Comarca de Lisboa, a que a agência Lusa teve acesso

A autoridade que regula o setor do medicamento recomendou que não sejam utilizados produtos contendo cálcio para a prevenção ou tratamento de doenças e anunciou que decorrem ações de fiscalização à conformidade destes produtos no mercado.

Ainda na sexta-feira, a empresa que comercializa o suplemento Calcitrin mostrou-se disponível para "corrigir o que se prove ser inadequado às finalidades anunciadas", em resposta à providência cautelar interposta pela Ordem dos Farmacêuticos para travar os anúncios publicitários a este produto.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou na zona sul do país três processos-crime e aplicou uma multa...

Os processos-crime, segundo um comunicado da ASAE, deveram-se a fraude sobre mercadorias em azeite, carne bovina, pescado fresco e produtos vitivinícolas. A contraordenação resultou de “práticas enganosas e uso de denominação não permitida em licença atribuída para embalamento de águas de nascente”.

No Porto de Sines, com destino ao Brasil, foram apreendidos mais de 11 mil litros de mistura de óleo com azeite e rotulados como “Azeite Virgem Extra Reserva”, explica a ASAE, acrescentando que também foi encontrado vinho branco de uma marca de moscatel do Douro, tiras de pota como se fosse choco e carne de bovino de França, mas rotulada como nacional.

A ASAE apreendeu ainda mais de 350 mil litros de água de nascente engarrafada e mais de um milhão de rótulos.

É referido no comunicado que foram também apreendidos 600 quilos de outros produtos, decorrente de uma averiguação sobre intoxicação alimentar numa escola.

Assembleia da República aprova
A Assembleia da República aprovou hoje em votação final global a revogação à lei da interrupção voluntária da gravidez (IVG)...

O texto de substituição da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais que reúne os projetos de lei de PS, BE e PEV foi aprovado em votação final com os votos a favor dos deputados do PS, do BE, do PCP, PEV, PAN e a deputada do PSD Paula Teixeira da Cruz, e os votos contra do PSD e CDS-PP e do deputado do PS Ascenso Simões

Em causa está o fim da introdução de taxas moderadoras na prática da IVG, a obrigatoriedade de a mulher comparecer a consultas com um psicólogo e um técnico de serviço social, bem como o fim do registo pelos médicos objetores de consciência, que passaram, assim, a poder participar nas várias fases do processo, incluindo o período para o aconselhamento obrigatório, até à prática do aborto.

O parlamento já tinha aprovado na generalidade a 20 de novembro os projetos de lei, com a mesma votação.

As alterações agora revogadas foram introduzidas pela maioria PSD/CDS-PP no dia 07 de setembro, no último plenário da anterior legislatura, na sequência de uma iniciativa legislativa de cidadãos - promovida por opositores da lei do aborto, como Isilda Pegado -, que defendia uma série de medidas, nomeadamente, obrigar a mulher a assinar uma ecografia antes da IVG, mas que não foram aprovadas.

Organização Mundial de Saúde afirma
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou hoje que a epidemia de Ébola na África ocidental foi controlada neste ano, mas há...

Esta epidemia da doença foi a mais grave desde que o vírus do Ébola foi descoberto há mais de 40 anos, com 28.601 casos contabilizados, dos quais uma terça parte (11.299) morreram.

Nos últimos meses, o número de vítimas diminuiu de forma continuada e em novembro só foram registados três casos, todos na Libéria, país que no início de setembro tinha sido declarado livre de Ébola.

Para os especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) a cadeia inicial de transmissão do vírus foi destruída e estes casos residuais estão relacionados com pessoas que venceram a doença, mas mantêm no organismo resíduos do vírus que podem transmitir.

Os estudos realizados durante a epidemia demonstraram que o sémen de homens convalescentes de Ébola pode conter a carga viral por um prazo de até nove meses e os cientistas pensam que as recentes infeções na Libéria estão relacionadas com casos deste tipo.

"Há evidências de que vão registar-se casos de vírus (proveniente) de população convalescente que vamos ter que resolver", disse recentemente o diretor executivo da OMS para as emergências sanitárias, Bruce Aylward.

A OMS espera que a presença residual do vírus do Ébola no sémen de homens que tiveram a doença desapareça durante os próximos seis a 12 meses.

O panorama é agora mais otimista uma vez que, durante os dois anos da epidemia, os países afetados foram dotados de infraestruturas e capacidades necessárias para prevenir, detetar e responder a qualquer foco grave.

"Avançámos muito relativamente ao pico da epidemia e estes novos casos vão diminuir progressivamente, e esperamos que parem totalmente em 2016", sublinhou Aylward.

A Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa contam agora, cada um, com três equipas de especialistas prontos para entrar em funcionamento no prazo de 48 horas e com capacidade para gerir qualquer ressurgimento de casos, como se verificou recentemente na Libéria.

"o que aconteceu na Libéria demonstra a rápida capacidade de resposta e como a situação atual mudou", acrescentou.

A Serra Leoa foi declarada livre do Ébola a 07 de novembro e até agora mantém-se no período de 90 dias de vigilância sanitária reforçada, que termina a 05 de fevereiro próximo, desde que não seja registado qualquer novo caso até lá.

Na Guiné-Conacri está em curso o período de 42 dias sem casos e o último doente, depois de se recuperar, apresentou pela segunda vez resultados negativos nas análises de controlo. Cumpridas estas condições, este país poderá ser declarado livre do Ébola.

"Estamos moderadamente otimistas e acreditamos ter chegado ao fim de qualquer transmissão associada ao foco original de Ébola", declarou Aylward.

Para isto, os países contam com novos instrumentos, como análises de diagnóstico rápido, que são avaliadas em cada um deles e equipas de laboratório com pessoal local, ainda em formação.

Desta maneira será possível realizar as análises finais de confirmação, com tecnologia de ponta que não existia há um ano.

Um das ferramentas mais importantes, disponível agora, é a vacina que ultrapassou as primeiras fases de testes clínicos e pode ser aplicada a pessoas em risco de contrair o vírus.

Este produto ainda não tem as autorizações necessárias e só pode ser usado em ensaios ou casos específicos.

Aylward indicou que a OMS está a trabalhar com so produtores e entidades reguladoras para conseguir "um acesso alargado e utilização como parte da resposta" perante eventuais novos focos da doença.

Para manter o plano de resposta ao Ébola nos três países afetados e erradicar a doença são necessários, até março próximo, 244 milhões de dólares (cerca de 225 milhões de euros), dos quais só foram conseguidos 121 milhões.

Os casos mais recentes na Libéria "demonstram a necessidade destes recursos", de acordo com o enviado especial da ONU para o Ébola, David Nabarro.

Taxas moderadoras
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou hoje em Coimbra que a isenção de taxas moderadoras para os dadores de...

Os dadores de sangue têm atualmente isenção de pagamento de taxas moderadoras relativas à prestação de cuidados de saúde primários do SNS (centros de saúde e unidades de saúde familiar).

Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas durante uma visita que decorre durante o dia de hoje ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Embora as questões relacionadas com as taxas moderadoras ainda estejam a ser objeto de estudo, o ministro, questionado pelos jornalistas, antecipou que vai ser reparado “algo que foi muito mal feito”, do ponto de vista do Governo, que “foi a retirada da isenção [de taxas moderadoras] para os dadores de sangue”.

“Nós iremos repor essa isenção para os dadores de sangue para todas as condições de acesso, não apenas [para] cuidados de saúde primários, que já existe, mas também para cuidados de saúde hospitalares”, assegurou.

O ministro considerou que o anúncio feito pelo Governo sobre alterações às taxas moderadoras “foi mal interpretado pelos partidos da oposição, porque disseram que estávamos a anunciar coisas que já existiam”.

Mas “bastaria que nós reduzíssemos globalmente o valor [das taxas moderadoras] para não estarmos a anunciar coisas que já existem”, sustentou Adalberto Campos Fernandes, assegurando que o Governo irá “muito mais longe”.

“Os portugueses quando conhecerem a nossa proposta legislativa perceberão a diferença entre uma leitura administrativa da regra económica e dificuldade do acesso e confusão entre taxas moderadoras e copagamentos e aquilo que é uma leitura de modelação do acesso e da regulação fina dos direitos de acesso”, sublinhou.

Infarmed
A autoridade que regula o setor do medicamento recomendou hoje que não sejam utilizados produtos contendo cálcio para a...

Em comunicado a propósito de “intensas campanhas publicitárias sobre produtos contendo cálcio”, o Infarmed esclarece que estes “não são medicamentos”.

Por esta razão, quem comercializa estes produtos não pode “reivindicar que previnem, tratam ou diagnosticam doenças ou os seus sintomas”.

Sublinhando que estes produtos “não estão sujeitos aos mesmos requisitos dos medicamentos, no que respeita à comprovação da sua qualidade, segurança e eficácia”, o Infarmed refere que os mesmos “não são isentos de riscos para a saúde, quando utilizados em quantidades excessivas, ou, por exemplo, em indivíduos com doenças renais ou a tomar outros medicamentos”.

“A prevenção ou o tratamento de doenças deve ser precedida de aconselhamento médico ou farmacêutico e, quando necessário, com a utilização de medicamentos”, prossegue o comunicado.

O Infarmed, em conjunto com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), está a “desenvolver ações conjuntas, no sentido de verificar a conformidade destes produtos no mercado”, e garante que “acionará todos os mecanismos ao seu alcance para proteger a saúde dos cidadãos”.

Também hoje, a Ordem dos Farmacêuticos entregou uma providência cautelar para travar os anúncios publicitários do suplemento alimentar Calcitrin MD Rapid em todos os órgãos de comunicação social, alegando que lesam o direito dos cidadãos à saúde.

“Apenas a suspensão da emissão dos suportes publicitários nos diversos órgãos de comunicação social será adequada a prevenir a lesão do direito à saúde dos cidadãos”, lê-se na providência cautelar contra a empresa Proactivar-Viva Melhor Sempre, Lda., interposta no tribunal da Comarca de Lisboa, a que a agência Lusa teve acesso.

De acordo com a Ordem dos Farmacêuticos, o incentivo para a aquisição do Calcitrim (produto que reforça a densidade óssea e as articulações) durante a quadra do Natal “irá com certeza originar o consumo deste produto de forma indiscriminada e poderá ter como consequência danos na saúde e bem-estar de muitos cidadãos, causando lesões sérias e de difícil reparação”.

Telefone da Esperança
O número de chamadas para o Telefone da Esperança, uma linha de apoio e aconselhamento, “disparou” na época do Natal, prevendo...

O número de chamadas a pedir apoio tem vindo a subir, devido ao aumento dos problemas emocionais, como os conflitos familiares, as depressões, o ‘stress’, ou até as tentativas de suicídio, agravados na época do Natal, afirma-se num comunicado da associação.

Carla Rodrigues, uma das voluntárias da associação sem fins lucrativos, explicou à Lusa que há muitas pessoas “a ligar à espera de uma palavra” e que a principal missão dos voluntários “é escutar”, podendo aconselhar ou reencaminhar as pessoas em função do assunto.

Quem telefona, disse, são por norma adultos entre os 30 e os 65 anos, com problemas familiares, com dificuldades económicas, ou por vezes apenas por solidão.

O Telefone da Esperança (222030707) funciona todos os dias, das 16:00 às 22:00, mas prevê alargar o período de atendimento no próximo ano, devendo ainda criar um programa de atendimento na internet.

Carla Rodrigues explicou que a associação promove também cursos de desenvolvimento de competências, para pessoas em crise emocional. Há vários cursos ao longo do ano, mas, por enquanto, apenas no Porto, disse.

O Telefone, um serviço anónimo e gratuito, foi criado em dezembro de 2008 e tem como missão promover a saúde emocional e apoiar pessoas que vivem em situação de crise emocional.

Nasceu de uma ideia de Serafim Madrid, um espanhol que criou, na década de 1960, uma rede assistencial que usava o telefone como instrumento preferencial de ajuda.

Em Portugal desde 2008, mantém os mesmos objetivos, apoiar pessoas em crise psicológica ou emocional que não têm quem as escute ou as oriente no sentido de superar essa crise.

Truques caseiros
Caracterizadas pelo inchaço dos vasos sanguíneos localizados na parte inferior do reto e do ânus, as

Muito comuns durante a gravidez e no pós-parto, as hemorróidas podem ser internas – quando ocorrem dentro do ânus ou parte inicial do reto -, ou externas - quando aparecem à volta do ânus – e são, geralmente, dolorosas (podendo provocar feridas ou hemorragias).

Habitualmente, a grande responsável por este problema é a obstipação mas acredita-se que possa existir um fator hereditário.

O tratamento é feito, quase sempre, com recurso a medicamentos, sendo por vezes necessário recorrer, nos casos mais graves, à intervenção cirúrgica.

No entanto, saiba que existem alguns chás que podem auxiliar o tratamento das hemorróidas.

Os chás indicados para o tratar a prisão de ventre, por exemplo, são um bom exemplo de tratamento alternativo para as hemorróidas.

São aconselhados chás de alecrim, castanha da índia, sabugueiro e camomila

Este chás, para além de ajudarem a diminuir a inflamação, prevenirem hemorragias e serem responsáveis pela diminuição do tamanho das hemorróidas, agem também sobre a dor, reduzindo o desconforto que provocam.

1. Chá de alecrim – o alecrim é muitas vezes usado para ajudar a tratar problemas digestivos, como dor de estômago ou prisão de ventre. Para além disso, contém dois anti-inflamatórios poderosos - o ácido carnósico e o carnosol. Um estudo revelou que estes dois compostos inibiram a COX-2, uma enzima que provoca a dor e a inflamação no corpo.

Para este chá, ferva meio litro de água. Depois de retirar do lume adicione duas colheres de folhas secas de alecrim.

Este preparado deve ser coado e aconselha-se a beber uma chávena de seis em seis horas.

2. Chá de castanha da índia – produto da castanheira, a castanha da índia é uma planta medicinal muito utilizada em tratamentos de problemas venosos, como as varizes ou as hemorróidas.

A castanha é anti-inflamatória, estimulante, analgésica, diurética, vasoconstritora, para além de aumentar a resistência das veias e capilares.

Apesar dos benefícios deve ser consumida com moderação e está contra-indicada a mulheres grávidas, crianças, durante tratamento com anti-coagulantes, em caso de insuficiência renal ou hepática e pessoas com lesões na mucosa digestiva.

O modo de preparação deste chá é simples: basta ferver um punhado de castanha da índia em dois copos de água, coar e beber três vezes ao dia.

3. Chá de sabugueiro para banho de assento – o sabugueiro contém propriedades depurativas, diuréticas, laxantes, para além de possuir uma ação cicatrizante. Rico em antioxidantes protege o organismo dos radicais livres que estão associados ao envelhecimento e ao aparecimento de doenças cardíacas e derrames.

Graças às suas propriedades, serve, entre outros, para tratar feridas, abcessos, problemas renais e hemorróidas.

Para o banho de assento, ferva um punhado de folhas de sabugueiro, um punhado de folhas de café e um punhado de folhas de hamamélis em dois litros de água, durante 15 minutos. Depois de coar, tome um banho morno de assento, duas vezes por dia.

4. Chá de camomila para compressas - Além de diminuir a inflamação das hemorróidas, a camomila atua contra irritações na pele, constipações, má digestão, insónia e ansiedade.

Para este tratamento, basta que ferva, em 100 ml de água, uma colher de flores secas de camomila, durante cinco minutos. Depois de coar, molhe um pano limpo neste preparado e aplique sobre a região afetada durante 15 minutos. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Governo quer integrar medicina dentária nos cuidados de saúde primários
A Ordem dos Médicos Dentistas saúda a intenção do Ministério da Saúde de integrar médicos dentistas nas unidades de saúde...

Para tal, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) vai delinear um projeto-piloto a ser apresentado o mais breve possível ao Ministério da Saúde, sendo que as duas entidades pretendem assinar, até ao final do próximo mês, um memorando de acordo.

O projeto-piloto deverá elencar e avaliar, regiões preferenciais, carteira de tratamentos básicos, cedência de instalações, fornecimentos de equipamentos e mecanismos de controlo.

Orlando Monteiro da Silva, bastonário da OMD, refere que “há muito que denunciamos a ausência de cuidados de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde (SNS). É uma lacuna que dura desde que o SNS foi criado em 1979 e que até aqui nunca foi suprimida. Existe ainda em Portugal uma visão, profundamente errada, que separa a saúde oral da saúde no seu todo e acarreta enormes custos para as pessoas, mas também para o Estado. Por isso, saudamos esta iniciativa, da autoria do ministro Adalberto Campos Fernandes e sua equipa que, a concretizar-se, será um marco fundamental para a medicina dentária portuguesa e saúde oral dos portugueses”.

O projeto-piloto que a OMD vai elaborar inclui um plano de ação que terá de ir de encontro ao conceito definido pelo Ministério da Saúde que propõe uma noção de saúde pública que assegure a promoção da saúde oral.

Orlando Monteiro da Silva mostra-se satisfeito com a continuação do Programa Nacional de Saúde Oral, conhecido como “cheque-dentista”, um “programa com resultados efetivos muito positivos, sobretudo entre as crianças, e que tem permitido colmatar as necessidades de alguns grupos específicos, nomeadamente populações mais carenciadas, mas que é necessário alargar para dar resposta a toda a população”. 

Num ano
O Centro de Neurociências e Biologia Celular quer aumentar a competitividade internacional, numa altura em que mais do que...

O "orçamento global" do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra, onde estão contabilizados projetos nacionais e internacionais e serviços prestados, passou de "4 milhões de euros em 2014 para 10 milhões de euros em 2015", afirmou o presidente da instituição, João Ramalho Santos, que falava à margem da comemoração dos 25 anos de existência do centro, em Coimbra.

Segundo João Ramalho Santos, o grande desafio do CNC passa por garantir "uma excelência sustentável" e assumir uma maior competitividade "ao nível global".

Sublinhou ainda que num momento em que há uma diminuição das taxas de aprovação de projetos europeus em unidades de investigação, o centro conseguiu um aumento da taxa de sucesso.

"Queremos ainda mais sucesso", frisou, referindo que um dos pontos-chave será a criação e reforço de pontes com outras áreas do saber, como a sociologia, matemática, física ou robótica.

Outro ponto que merece a atenção da direção do CNC é a potenciação da ligação existente com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), para que haja "uma investigação mais articulada", notou.

Quanto a problemas sentidos pelo centro, João Ramalho Santos sublinhou que há "algumas dificuldades de liquidez" e que seria necessário levar os cerca de dez grupos de investigadores presentes no Polo I da Universidade de Coimbra para o Polo III, que tem instalações próximas do CHUC.

Para além da necessidade de uma maior proximidade, os edifícios do Polo I "não estão preparados para serem laboratórios de excelência", constatou.

"Seria interessante haver um novo espaço ou potenciar espaços que já existem" no Polo III, frisou.

Durante o dia de hoje e sexta-feira, o CNC promove o 13.º Encontro Anual do Centro de Neurociências e Biologia Celular, no auditório da Faculdade de Ciências e Tecnologia, que assinala os 25 anos de existência deste centro de investigação, que está agora ligado, através de um consórcio, ao Instituto Biomédico de Investigação de Luz e Imagem (IBILI).

Sociedade Portuguesa de Nefrologia
A alimentação é um fator importante no tratamento da doença renal crónica, pelo que, na época natalícia assume um papel de...

“O ideal é moderar e adaptar a dieta à condição do doente”, refere Cristina Santos, nefrologista e membro da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN). Os maiores cuidados a ter prendem-se com os aperitivos salgados, as carnes e os temperos, devido ao elevado teor de sódio que contêm.

Existe uma relação estreita entre a insuficiência renal e a ingestão de minerais, escreve o Diário Digital. Uma vez que a eliminação dos minerais depende diretamente dos rins, não deve haver alterações bruscas destes elementos no organismo.

Em alternativa aos temperos ricos em sal, o especialista sugere a utilização de ervas aromáticas, especiarias frescas, vinagre e vinho de mesa na confeção das refeições. O bacalhau cozido, por exemplo, deve ser corretamente demolhado. Se a opção for um prato de carne, as mais indicadas são as carnes magras, como o peru ou o frango.

Quanto a bebidas alcoólicas - a ingestão em excesso é sempre desaconselhada - deve optar-se por um copo de vinho, rico em antioxidantes que ajudam a eliminar as toxinas do corpo.

Apesar de esta ser uma época especialmente propensa a excessos, o controlo alimentar deve ser constante. É igualmente importante que o doente seja seguido por um nutricionista que possa criar um plano alimentar adaptado às suas necessidades específicas, com os alimentos certos nas quantidades certas.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem atualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

Estudo
Um estudo que comparou mulheres que nunca fumaram com mulheres expostas ao fumo de tabaco concluiu que o último grupo...

Andrew Hyland, do Roswell Park Cancer Institute, em Buffalo, no estado de Nova Iorque, principal autor do estudo agora apresentado, adianta que investigações anteriores já tinham confirmado, segundo o Sapo, a ligação entre o fumo de tabaco e complicações na reprodução humana.

Porém, "a literatura não era clara particularmente em relação ao fumo passivo", relata Hyland à agência de notícias Reuters.

Os cientistas analisaram dados recolhidos a partir de questionários a 88.732 mulheres norte-americanas entre os 50 e os 79 anos. O estudo foi publicado no jornal médico Tobacco Control.

Do total de mulheres analisadas, 15% apresentaram critérios compatíveis com infertilidade e 45% com menopausa precoce, processo que sucede antes dos 50 anos.

As mulheres que fumaram ativamente eram 14% mais propensas à infertilidade e apresentavam uma tendência 26% maior para desenvolver menopausa precoce.

Já as mulheres que nunca fumaram mas que estiveram expostas ao fumo de tabaco eram 18% mais propensas a terem problemas para engravidar e a desenvolverem menopausa precoce.

Estudo
Um estudo da universidade norte-americana Carnegie Mellon, na Pensilvânia, revela que o consumo de frutas e vegetais aumenta a...

O estudo compara o custo ambiental da produção de vegetais com outro tipo de alimentos, como a carne de porco, e conclui que a alimentação vegetariana é a mais prejudicial para o meio ambiente no que toca à emissão de poluentes e consumo de recursos naturais, escreve o Sapo.

Uma caloria de alface, por exemplo, "é três vezes pior em termos de emissão de gases com efeito de estufa do que [uma caloria de] bacon", dizem os investigadores, citados pelo jornal diário The Independent.

Além da alface, o estudo nomeia o cultivo da beringela, aipo e o pepino como alguns dos mais prejudiciais para o equilíbrio do meio ambiente.

A mesma investigação conclui que desde o cultivo ao consumo, a alimentação recomendada pelas autoridades de saúde norte-americanas provocaria um aumento de 38% no consumo de energia, 10% de água e 6% na emissão de gases com efeito de estufa.

A criação de gado continuar a ser responsável por 51% da emissão de gases prejudiciais para o meio ambiente, mas "não se pode presumir que qualquer dieta vegetariana tenha pouco impacto no meio ambiente", comenta Paul Fischbeck, um dos autores do estudo.

Investigação liderada por português
Uma equipa de investigadores liderada pelo português Fernando Garcês Ferreira conseguiu dar mais um passo para uma possível...

Em 2014, o grupo de cientistas, do Scripps Research Institute, nos Estados Unidos, descobriu que uma família de anticorpos muito potentes que se desenvolveu numa pessoa infetada com o VIH - a PGT121 - neutralizava não apenas o vírus que infetava essa pessoa, mas também 80 por cento de todas as variantes do vírus que existem nos humanos no mundo.

"Uma família de anticorpos que se poderia adaptar rapidamente às constantes modificações do vírus, o que nos dá esperança de que o sistema imunitário humano é capaz de controlar [a infeção]", assinalou o investigador Fernando Garcês Ferreira, coordenador do estudo.

Feita a descoberta, a equipa lançou-se a um novo desafio: saber como esses anticorpos, produzidos nas células B (células do sistema imunitário), evoluíam no organismo em contacto com o vírus, que "está em constante mutação para escapar à ação do sistema imunitário".

Depois, "reproduzir essa evolução numa vacina", explicou Fernando Garcês Ferreira.

Segundo o investigador, "a evolução dos anticorpos PGT121, que é provável ter demorado 2-3 anos [numa pessoa infetada com o VIH], está intimamente ligada à própria evolução do vírus, neste caso para escapar à ação dos anticorpos PGT121".

Recorrendo a técnicas da biologia estrutural, a equipa obteve imagens moleculares tridimensionais, de resolução atómica, da evolução dos anticorpos (que são proteínas, moléculas) em contacto com o VIH, para "chegarem a uma forma eficiente" de neutralizar o vírus.

Para Fernando Garcês Ferreira, é possível, pois, "fazer uma vacina que dirija os anticorpos PGT121 a evoluírem desta maneira".

O investigador vai mais longe: "Vamos entender de tal maneira como o sistema imunitário funciona que vamos ser capazes de desenvolver vacinas seja para o que for".

Um protótipo da vacina, que já está a ser testado em ratinhos, foi 'desenhado' pelo mesmo grupo de cientistas, que se socorreu de tecnologias de biologia molecular.

Com este método, 'desenharam' a expressão de proteínas da superfície do vírus, que, explicou Fernando Garcês Ferreira, são as únicas reconhecidas pelo sistema imunitário humano como invasoras, e, por isso, são o alvo de ação dos anticorpos PGT121.

De acordo com o investigador, são essas proteínas do vírus, 'proteínas do envelope do VIH', que vão ser a vacina.

As proteínas virais terão de ter "ligeiras modificações" para "estimularem o sistema imunitário a produzir os anticorpos" no ponto desejável para 'matar' o VIH, adiantou.

Os resultados da mais recente investigação da equipa de Fernando Garcês Ferreira foram publicados esta semana na revista Immunity.

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