Iniciativa promovida pelo BPI e pela DayOne
A 7ª edição dos Prémios EmpreendeXXI (PEXXI) distinguiu a IPLEXMED, de Braga, como a startup mais inovadora do Norte e Centro...

A iniciativa é dinamizada pelo BPI em Portugal e pelo CaixaBank em Espanha, através da DayOne, a sua divisão especializada para empresas tecnológicas e seus investidores, e visa dar um impulso ao talento das startups de base tecnológica e digital que demonstrem capacidade de dar resposta aos desafios do amanhã.

A IPLEXMED desenvolve a nova geração de dispositivos de diagnóstico genético rápido, portátil e conectável de qualidade laboratorial para apoio à saúde. O objetivo é tornar o diagnóstico clínico rápido e acessível, tanto durante as consultas médicas como eventualmente nas casas dos pacientes, desse modo podem identificar infeções que, de outra forma, poderiam passar despercebidas.

A GREENMETRICS.AI está a impulsionar a inovação no domínio da adaptação às alterações climáticas e da sustentabilidade ambiental. Através da implementação de sensores inteligentes e análise de dados avançada, ajudam cidades e comunidades a respondam a mudanças extremas e a otimizar o uso de recursos naturais.

As duas empresas vão receber um prémio monetário de 6.000 euros, acesso a um programa de formação internacional ministrado pelo MIT de Boston (EUA) e mentoring especializado.

A Agência Nacional de Inovação (ANI), parceira dos PEXXI, distinguiu ainda a GLOOMA, através do programa Born from Knowledge (BfK), e um prémio monetário autónomo de 2.500 euros. A Glooma atua na área da monitorização da saúde mamária, tendo criado um dispositivo médico escalável, doméstico e portátil, que monitoriza e deteta anomalias na textura do tecido mamário, ao combinar sensores de pressão e inteligência artificial.

Candidatas vão competir em prémio ibérico para resolver desafios do amanhã

Os Prémios EmpreendeXXI foram lançados há 17 anos em Espanha pelo CaixaBank, através da DayOne.  Em 2017, a iniciativa foi alargada à participação portuguesa, através do BPI. A competição decorre nos dois países, em paralelo, no caso das categorias territoriais (2 zonas em Portugal e 17 em Espanha).

Todas as empresas candidatas (incluindo as vencedoras territoriais) concorrem ainda, a nível ibérico, aos 12 Prémios “Desafios do Amanhã” (com 6 categorias e 12 subcategorias), que vão distinguir as empresas que apresentem soluções para responder aos desafios futuros do planeta e da sociedade. As vencedoras destas categorias recebem um prémio de 12 mil euros. 

Serão ainda atribuídos dois prémios especiais de 9.000 euros cada. O Prémio de Sustentabilidade para a empresa mais sustentável de acordo com critérios ESG, e o Prémio Deeptech para a inovação tecnológica mais disruptiva.

Além dos prémios monetários, os vencedores vão ter acesso a um programa de acompanhamento e formação num hub de inovação de referência internacional e participar nos Investors Day EmpreendeXXI. Além disso, vão ter a possibilidade de participar no programa DayOne Open Innovation, para realizar uma prova de conceito ou piloto com o CaixaBank.

Prémios de referência para o ecossistema empreendedor

Os Prémios EmpreendeXXI são dirigidos a jovens start-ups (com menos de três anos) inovadoras e tecnológicas.  O CaixaBank e o BPI pretendem dar um impulso a estas jovens empresas com soluções para responder aos desafios do futuro, permitindo acelerar o seu processo de crescimento e expansão global.

Além do BPI, os prémios contam com o apoio de várias empresas, áreas de negócio e divisões do Grupo CaixaBank: AgroBank, imagin, VidaCaixa, CaixaBank Séniors, MicroBank, CaixaBank Real Estate & Homes, CaixaBank Payments & Consumer, CaixaBank Hotels & Tourism, CaixaBank Hotels & Tourism, CaixaBank Food&Drinks, CaixaBank Tech, Sustentabilidade, Private Banking, Inovação e CaixaBank Dualiza.

Desde a sua criação, em 2007, o programa investiu 7,5 milhões de euros em prémios, que já beneficiaram mais de 465 empresas. Ao longo da sua história, participaram mais de 10.700 startups e estiveram envolvidos em comités e júris mais de 3.750 profissionais.

 
Médico dentista deixa recomendações
As bactérias da boca alimentam-se do que comemos.

O que acontece é que, quando o pH da boca baixa em função da acidez, ocorre a chamada desmineralização dos dentes.

Ao ingerirmos alimentos açucarados estamos a alimentar as bactérias da boca que produzem ácidos que podem dissolver lentamente o esmalte dos dentes, causando, desta forma a cárie dentária. Portanto, quanto mais alimentos açucarados ingerirmos durante o dia, mais expostos estamos aos ácidos causadores da cárie dentária.

Como minimizar os efeitos do açúcar na Saúde Oral?

No contexto da saúde oral, além do volume ingerido, deve-se ter em conta o tipo e a consistência dos alimentos escolhidos.

Entre os efeitos do açúcar na saúde oral, podemos destacar que o excesso de doces, principalmente aqueles mais processados e que aderem mais aos dentes (como chocolates, rebuçados, bolachas, etc.) são um fator que promove a maior formação da placa bacteriana (camada espessa esbranquiçada sobre os dentes, composta por saliva e partículas de alimentos presas que se acumulam na linha da gengiva). Se não for removida adequadamente com uma correta higiene oral pode facilitar o aparecimento de cáries, além de outras doenças, como a gengivite, inflamação nas gengivas que provoca dor, mau hálito e sangramento.

Desta forma, a escovagem é muito importante para eliminar diariamente a placa bacteriana e minimizar os efeitos do açúcar na boca e nos dentes. É essencial escovar sempre os dentes após as refeições, ou pelo menos, 2 vezes ao dia. Utilize uma escova de cerdas macias, arredondadas e de cabeça pequena para não magoar as gengivas, bochecha e língua.

Para complementar, deve usar-se o fio dentário para limpar onde a escova de dentes não consegue chegar. A escovagem deve ser realizada com movimentos corretos, para que seja mais eficiente na remoção da placa bacteriana. Para isso, uma consulta ao médico dentista é fundamental para tirar as dúvidas sobre a forma mais adequada de escovar os dentes bem como a utilização correta do fio dentário.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Workshop “GPS Amamentação” e curso “T.I.M.E. para Nascer”
A Clínica AlmadaCare, recentemente inaugurada, está comprometida em apoiar os futuros pais na preparação para a chegada dos...

O workshop "GPS Amamentação", especialmente destinado a mães de primeira viagem, foca-se em desmistificar os desafios da amamentação. Liderado pelas enfermeiras especialistas Cátia Lopes, Inês Pargana, Raquel Cordeiro e Sandra Seixinho, o workshop abordará temas vitais como a comparação entre leite materno e leite artificial, estratégias para fomentar a amamentação bem-sucedida e como enfrentar possíveis complicações.

“A Saúde Materno-Infantil tem extrema importância para a Clínica AlmadaCare e entendemos que esta seria, uma forma interessante de dar a conhecer os nossos serviços, contribuindo para que os formandos consigam adquirir competências diferenciadas para um dos momentos mais importantes das suas vidas”, justificam os responsáveis da Clínica.

Já o curso “T.I.M.E. para Nascer”, que decorre em dois módulos de 5 cinco horas cada, destaca-se como uma jornada completa e enriquecedora, guiada por uma equipa de enfermeiras especialistas: Cátia Lopes, Inês Pargana, Raquel Cordeiro. E que conta ainda com o apoio da Baby Planner Sandra, A Mãe Enfermeira. “São quatro enfermeiras com elevada experiência e especialização e que, temos a certeza, vão aportar às formações um elevado grau de conhecimento para todas os participantes”, explicam os responsáveis da clínica recentemente inaugurada.

O primeiro módulo, "Olá, Trabalho de Parto T.I.M.E.", realizar-se-á no dia 21 de abril. Nele, os participantes aprenderão a compreender os sinais de alerta, a elaborar um plano de parto personalizado, além de conhecer os cuidados com o períneo, as fases do trabalho de parto, técnicas de alívio da dor e muito mais. “Pretende-se, sobretudo, que as mães se sintam preparadas para um momento que se procura que flua com a maior tranquilidade possível, para que ambos os progenitores desfrutem do nascimento”.

O segundo módulo, "Olá, Bebé & Família T.I.M.E.", marcado para o dia 27 de abril, prepara os pais para os desafios iniciais da parentalidade, incluindo o sono e choro do bebé, os cuidados essenciais pós-nascimento e a identificação de sinais de alerta pós-alta.

Para a organização, participar no “T.I.M.E. para Nascer” transcende a mera aquisição de conhecimentos. “Esta experiência única proporciona momentos de preparação inesquecíveis, orientados por especialistas, que redefinirão o modo como se encara este capítulo extraordinário da vida humana”, sustenta a direção da Clínica AlmadaCare.

 
O que é e como se trata
Na semana em que Rafael Nadal, um dos melhores tenistas de sempre, voltou à competição para o ATP 50

O ténis é uma das modalidades desportivas mais populares que envolve movimentos explosivos e repetitivos por meio de vários passes e movimentos específicos que tornam os atletas mais suscetíveis a uma série de lesões. Adicionalmente, ao contrário dos restantes desportos, este não tem um limite de tempo pelo que cada partida poderá durar várias horas, exigindo centenas de movimentos curtos e explosivos de energia.

A Epicondilite Lateral, ou “tennis elbow”, é uma tendinopatia degenerativa pela execução de movimentos repetidos de supinação e pronação com extensão do cotovelo com principal lesão nos músculos extensores do punho, com grande percentagem no músculo curto extensor radial do carpo, caracterizada por uma dor localizada e aumento de sensibilidade na proeminência óssea do epicôndilo lateral que, em casos mais graves, pode irradiar para o antebraço e punho. Esta afeta cerca de 50% dos tenistas, variando com o nível de prática e a forma de execução da técnica nos movimentos.

A sobrecarga da articulação do cotovelo pode também estar relacionado com o tamanho e a qualidade do equipamento utilizado. O tamanho do cabo da raquete pode influenciar a forma como as forças são transmitidas uma vez que parece influenciar a preensão do tenista, ou seja, a utilização de um tamanho de cabo incorreto implica aumentar a força de preensão que, por sua vez, aumentará a transmissão de forças prejudiciais ao cotovelo.

A Fisioterapia é uma das estratégias conservadoras que tem mostrado grandes benefícios na intervenção desta patologia, nomeadamente, através da utilização de exercício terapêutico, englobando o fortalecimento e alongamentos das estruturas afetadas, utilização de meios físicos e técnicas terapia manual. A terapia farmacológica, sendo prescrita por um profissional médico, pode também ser um complemento importante para a diminuição da inflamação e efeito analgésico.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto “+ SaBe: + Saúde e Bem-estar”
O Politécnico de Coimbra viu aprovada, recentemente, uma candidatura ao Programa de Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior...

O projeto “+ SaBe: + Saúde e Bem-estar” vai ser financiado em 318.423,60€ pelo Programa de Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior. A candidatura resultou de um trabalho integrado de diversas áreas de intervenção da Instituição, nomeadamente, a Unidade de Saúde e Bem-Estar dos Serviços de Ação Social, o Serviço de Saúde Ocupacional e Ambiental e o Gabinete de Desporto.

Segundo Ana Ferreira, Vice-Presidente da Instituição, “a aprovação desta candidatura permitirá reforçar as valências do IPC, aumentando a capacidade de resposta às necessidades da comunidade académica, especialmente os estudantes, e a sinalização e acompanhamento adequado das pessoas que enfrentam desafios, frequentes e recorrentes no Ensino Superior, em termos de saúde mental”.

O projeto contempla 5 níveis de intervenção e diversas ações, entre as quais se destacam, por exemplo, a implementação e dinamização de um Programa de mentoria e formação entre pares, de sessões multidisciplinares e workshops de diversos âmbitos, realização de um diagnóstico relativo aos fatores de risco psicossocial entre os membros da comunidade académica do Politécnico de Coimbra, dinamização de sessões de Pilates e Yoga, promoção, difusão, implementação e acompanhamento de um modelo para a prática de ginástica postural para os membros da comunidade académica, criação e conservação de um circuito pedestre de manutenção física no Campus do IPC com estações que permitam a prática de exercício físico ao ar livre entre os membros da sua comunidade, dinamização de um Centro de Recursos Psicopedagógicos e de inclusão com técnicos qualificados e materiais, no âmbito do Programa de Apoio em Rede ao Estudante com Necessidades Educativas Específicas (PARENEE) da Instituição, reforço do número de consultas de psicologia e de psiquiatria dirigidas a estudantes e a outros membros da comunidade académica com diagnóstico de situações relacionadas com saúde mental, e formalização de protocolo com um Centro de competência psiquiátrica.

Ana Ferreira reforça que este “é um Projeto inclusivo, dirigindo-se a todos os estudantes, independentemente da sua origem, género, etnia ou qualquer outra característica; multidisciplinar, envolvendo profissionais das mais diversas áreas de intervenção para que possa acrescentar o máximo e melhor valor possível à vida de cada pessoa que seja possível impactar com o mesmo; e tem em vista uma atuação promotora da saúde mental e do bem-estar, agindo precocemente na identificação de fatores de risco, prevenindo o agravamento de situações de doença mental, ambicionando que cada indivíduo se torne cada vez mais resiliente, capaz de se autorregular emocionalmente, atingindo um melhor equilíbrio mental e emocional”.

 
Opinião | Dia Europeu dos Direitos dos Doentes
A doença é um facto inextrincável da vida. Já todos estivemos doentes, algum dia.

A doença muda a realidade da pessoa. O doente apresenta sintomas, sente as limitações inerentes, procura ajuda e confia nela. Sente incerteza. Assim como a esperança.

Se a doença é crónica, os sintomas, as limitações, a procura e a confiança na ajuda são ingredientes diários. A doença crónica é permanente, produzida por alterações irreversíveis no sistema orgânico, cria necessidades altamente variáveis e individualizadas, mas prolongadas no tempo. Exigirá uma formação especial do doente e/ou família para a gestão do quotidiano e longos períodos de supervisão e cuidados. E se, por definição, a doença crónica é aquela que não vai curar, então diariamente são renovadas a incerteza e a esperança num acto tão natural como navegar as marés. Passamos do estar doente para ser doente.

Há muitos anos, Margaret Mead (antropóloga) explicava perante uma classe de alunos qual era, na sua opinião, o primeiro traço da existência da civilização humana: a descoberta de um fóssil humano com um fémur partido… e cicatrizado. Na natureza, a grave limitação associada a um fémur partido é o equivalente a ficar exposto à fúria dos elementos, ser preza fácil para outros animais, não poder procurar alimento ou proteção. O fémur cicatrizado significa que alguém ficou, protegeu e nutriu. E esperou a cicatrização. Cuidou. Civilização é ajuda. O primeiro traço da Humanidade é o cuidar.

A propósito do Dia Europeu dos Direitos dos Doentes, mais do que repetir o decálogo dos direitos e deveres destes, urge redescobrir a humanidade no doente. Pois este era uma pessoa e agora é um doente. A pessoa doente continua a ser, na essência, a mesma pessoa. Humana. Ser humano é viver nos limites frágeis de um corpo que deve ser cuidado. O ser humano tem um valor único e irrepetível. Agimos pelo desejo de nos mantermos a mesma pessoa pelo maior tempo possível e o que somos não se esgote no passado e no presente e ultrapasse o limite da nossa existência.

Quando o meu fémur se parte (ou qualquer outra doença me bate à porta) tudo isto fica ameaçado. Sou vulnerável. Procuro ajuda. Preciso de quem me ouça no que sinto e me veja como a pessoa. Não sou uma consulta, um diagnóstico ou uma receita. Sou pessoa: doente, sim, mas pessoa. Humana. Mereço ser informado sobre a minha situação, dentro do que conseguir ouvir e perceber. Quero que me curem, ou me tratem se não houver cura. E se não houver cura nem tratamento, por favor, que me cuidem. Que não se esqueçam dos meus familiares que sofrem tanto ou mais do que eu. Confio que o profissional de saúde a quem recorrerei terá vontade de me ajudar, saberá ouvir-me o que me preocupa e que me abordará de forma respeitosa, discreta e reservará para os nossos encontros a informação que eu lhe confiar. Confio na sua diligência para apontar caminhos dentro do que é o seu conhecimento ou o conhecimento de outros profissionais para os quais me encaminhará. Reconheço-o como meu advogado para as minhas questões de saúde e que, para além de tratar, também me defende e educa. Sei que respeitará as minhas decisões, sendo elas conscientes e plenamente informadas, ainda que não sejam do seu acordo.

Hoje, como sempre, o desafio é que a pessoa, ainda que doente, nunca deixe de ser pessoa. Humana.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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Desde a atividade hormonal à alimentação, o stress, a herança genética e o próprio envelhecimento, s

Alopécia na adolescência

Nesta etapa repleta de alterações físicas e emocionais, a alopécia pode estar relacionada com diversos fatores, ainda que as alterações hormonais sejam a causa mais comum. É uma condição pouco frequente, mas pode acontecer devido a causas genéticas, a alterações hormonais, situações de stress, doenças como os fungos, má alimentação, uso de produtos capilares agressivos, ferramentas de calor ou penteados apertados.

Nestas idades a produção de andrógenos pode desempenhar um papel importante na alopécia, em particular na alopécia androgénica. Os andrógenos, como a testosterona, podem afetar o ciclo do crescimento do cabelo.

As alopécias mais comuns na adolescência são o eflúvio telógeno, a alopécia androgénica (tanto em rapazes como em raparigas, com causas hormonais e genéticas) e a alopécia areata

Como em qualquer idade, um diagnóstico certeiro é essencial para encontrar o tratamento mais adequado e alcançar resultados. Regra geral, poder-se-á ter de recorrer a tratamentos farmacológicos, no caso da alopécia areata. Também se pode optar por transplantes capilares nos casos mais severos, contudo na Insparya só são realizados a pacientes com mais de 18 anos.

Em todos estes casos, e para além do tratamento farmacológico, os tratamentos capilares são de grande ajuda. Estes incluem a mesoterapia capilar mesoHAir+ ou o ActivePlasma, aplicados separadamente ou em combinação para potenciar os seus efeitos, e é também uma boa ideia incluir na sua rotina diária um champô seborregulador, como o No Grease da Insparya, que ajuda a oxigenar a pele e o cabelo, eliminando o excesso de oleosidade que pode ser muito comum na adolescência.

Alopécia na idade adulta

Sem dúvida que, a alopécia androgénica é a forma mais comum de queda capilar nos adultos, tanto nas mulheres como nos homens, com diferentes abordagens consoante o grau de avanço. Mas existem também outras causas, para além da genética e das alterações hormonais que podem provocar a queda de cabelo nas pessoas adultas.

A alopécia androgénica manifesta-se normalmente por volta dos 40 anos, embora possa aparecer na população masculina a partir dos 20 anos e mais acentuadamente nas mulheres após a menopausa. Na origem deste problema estão, sobretudo, questões genéticas, embora os fatores hormonais possam também desempenhar um papel importante no seu desenvolvimento.

Nos homens, este é um problema que começa normalmente com um recuo da linha do cabelo e queda de cabelo na zona da coroa. Está relacionada com a sensibilidade genética masculina à di-hidrotestosterona (DHT). Nas mulheres, caracteriza-se por uma queda de cabelo difusa na parte superior da cabeça, sem um recuo nítido da linha do cabelo.

Outro tipo comum de alopécia em pessoas adultas é a alopécia areata, que afeta ambos os sexos. A queda de cabelo manifesta-se sob a forma de manchas no couro cabeludo, mas também noutras partes do corpo. Nos casos mais agudos, pode levar a uma alopécia total, com queda total de cabelo na cabeça, ou a uma alopécia universal, à qual se junta a queda de cabelo no resto do corpo.

Os tratamentos mais comuns para a alopécia androgénica na idade adulta contemplam o Minoxidil e o Finasteride, para travar a queda e estimular o crescimento capilar. O eflúvio telógeno também pode ser tratado identificando e tratando a causa subjacente, como o stress ou deficiências nutricionais.

A alopécia areata, uma doença autoimune que provoca a perda súbita de manchas de cabelo, pode ser tratada com corticosteroides tópicos, injeções de esteroides ou terapias imunomoduladores. A alopécia de tração, causada por uma tensão constante sobre os folículos pilosos, pode ser tratada evitando penteados apertados e puxões, permitindo que o cabelo recupere com o tempo. Em alguns casos, podem ser utilizados tratamentos tópicos, suplementos vitamínicos e tratamentos capilares para fortalecer o cabelo e melhorar a sua saúde. Tudo isto sem perder de vista o facto de que a única forma definitiva de dizer adeus à alopécia é um transplante capilar.

Alopécia em pessoas de idade

A queda de cabelo nos idosos pode ser causada por doenças ou medicamentos, embora não se deva esquecer que a alopécia androgénica afeta até 80% dos homens ao longo da sua vida, e muito mais à medida que envelhecem. A perceção comum é que a queda de cabelo na velhice é um problema que afeta principalmente os homens. No entanto, estima-se que mais de 50% das mulheres com mais de 50 anos de idade irão registar uma visível queda de cabelo.

Uma queda de cabelo repentina na terceira idade pode ser um indício de uma condição subjacente mais séria que requere tratamento, como por exemplo, um sintoma de cancro. É crucial procurar assistência médica em caso de queda de cabelo súbdita em idade avançada para um diagnóstico e tratamento adequados. Assim, é importante identificar se existe uma deficiência de ferro, hipotiroidismo, diabetes ou uma má alimentação geral, ou ainda uma infeção fúngica do couro cabeludo. Existem também medicamentos comuns nas pessoas idosas que podem causar alopécia, como os antidepressivos, os tratamentos anticoagulantes, os utilizados para tratar a gota, bem como a quimioterapia ou a radioterapia.

No entanto, a alopécia androgénica é, sem dúvida, a mais comum nos homens e nas mulheres mais velhas. No entanto, não devemos esquecer que, à medida que envelhecemos, a produção de colagénio do organismo diminui, bem como o ritmo de renovação celular. Isto leva a uma diminuição da quantidade e da qualidade dos cabelos e favorece o aparecimento de cabelos brancos.

Como em qualquer outro momento da vida, o diagnóstico é a chave para eleger um tratamento eficaz. O tratamento farmacológico, com Minoxidil ou Finasteride são opções viáveis para opções viáveis para travar a alopécia nos idosos e melhorar significativamente a qualidade do cabelo natural. Mas é também uma boa ideia combiná-los com a mesoterapia capilar mesoHAir+, o ActivePlasma ou a fotobiomodulação, que ajudam a melhorar a queda de cabelo sem necessidade de medicação oral.

Mas será que um transplante capilar é aconselhável numa idade avançada? As medidas acima mencionadas são eficazes para reduzir a alopécia e melhorar a qualidade do cabelo ainda presente, mas não geram o crescimento de novos cabelos em áreas onde já houve perda de cabelo. Nestes casos, o único método para recuperar o cabelo nestas zonas é o transplante capilar, que em pessoas idosas com uma área dadora suficiente dá resultados muito bons. É um procedimento simples para o paciente, com uma recuperação rápida e nas clínicas Insparya é muito cómodo, uma vez que o número de horas de duração do procedimento foi significativamente reduzido.

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23 de abril, 21 de maio e 18 de junho
A The Non-Conformist Scientist (NCS), uma organização sem fins lucrativos criada por cientistas e para cientistas, vai...

Nos dias 23 de abril, 21 de maio e 18 de junho, esta plataforma online pioneira irá promover a reflexão sobre os diferentes rumos que uma carreira em ciência pode seguir e demonstrar que as capacidades, adquiridas ao longo de uma formação científica, são versáteis e podem ser aplicadas em diversos contextos.

Cada sessão contará com oradores de distintas áreas profissionais, que irão partilhar a sua experiência e percursos académico e profissional. Assim, uma vez que os estudantes geralmente não têm acesso a informação sobre carreiras científicas alternativas, pretende-se explorar o dia-a-dia de cada vertente, principais desafios, oportunidades e outros temas que despertem a curiosidade dos participantes e dos oradores.

Ana Cadete, fundadora da organização, afirma que “um dos pilares da missão da NCS é empoderar e orientar os profissionais de ciência em todo o mundo, com uma comunidade de mulheres unida e disposta a ajudar”. Acrescenta ainda que “estes eventos são o espelho disso mesmo, onde através da partilha de experiências em diversas áreas, será possível demonstrar a diversidade das carreiras científicas alternativas à típica carreia académica. Este webinar destina-se, particularmente, a alunos de mestrado, doutoramento e pós-doutoramento, os quais pretendemos orientar para a sua próxima etapa profissional. Um doutoramento é subvalorizado e, como tal, queremos ajudar os cientistas em início de carreira a perceber que mais valias têm e em que trabalhos as podem aplicar”.

Para abrir esta série de conversas, no dia 23 de abril, às 19h de Portugal, serão exploradas as áreas de Consultoria, com a Dra. Ana Rita Costa (Manager, Catenion), Medical Science Liaison, com Raquel Figueiredo (Pharming Group N.V), e, por fim, Medical Writing, com a Dra. Joana Fernandes (Principal Medical Writer Scientist at J&J Innovative Medicine).

Pode aceder ao webinar “Career Paths in Science” em https://streamyard.com/watch/GMV9egNW7vZC

Dando continuidade ao estudo “Saúde e bem-estar das mulheres” de 2022
Numa altura em que as desigualdades de género estão na ordem do dia, a Médis, via projeto Saúdes (www.saudes.pt), anuncia uma...

Em Portugal, cerca de um milhão e duzentas mil mulheres passam hoje pelo processo da Menopausa, o equivalente a 12% da população. É a maior de todas as fases da saúde da mulher, ocupando, em média, 40% das suas vidas. É, também, a fase em que mais sofrem: cerca de metade das mulheres assumem mal-estar nesta fase o que, comparando com o mal-estar exibido na puberdade (20% das mulheres) é um número 140% superior, e comparando com o mal-estar exibido na maternidade (12% das mulheres) é um número 300% superior.

“Vivemos numa Sociedade que não está preparada para falar abertamente sobre a Menopausa e até a esconde. Isto colide com a necessidade, que ouvimos da boca da maioria das mulheres com quem falámos, que vai precisamente em sentido contrário, ou seja, querem e precisam expor, sem tabus, sintomas, medos e anseios em relação ao tema”, alerta Maria Silveira, Responsável de Orquestração Estratégica, Ecossistema de Saúde Grupo Ageas Portugal. “A Menopausa não é uma doença, mas uma condição. Sendo diferente de mulher para mulher, existem tantas Menopausas quantas as mulheres, o que também dificulta. É por isso que ouvir estas mulheres, orientá-las e dar-lhes voz é, em si mesmo, um ótimo “medicamento”, além, claro, de um acompanhamento holístico (ginecologia, psicologia, nutrição, exercício físico). É precisamente nesse sentido que vai este estudo e toda a nossa atuação", conclui a responsável.

A pesquisa iniciou-se em 2022, com o estudo sobre a Saúde da Mulher, e foi aprofundada no tema da menopausa até março deste ano. Esta análise resultou numa profunda imersão, sendo que após ouvir centenas de mulheres, a Médis propõe uma nova “classificação” da Menopausa, que serve de complemento da existente, de base médica e científica (a qual divide a menopausa em três fases: peri-menopausa, menopausa, pós-menopausa). Na investigação Médis/Projeto Saúdes, tendo em conta a visão e os sentimentos das mulheres (a subjetividade), existem quatros “estados de alma” associados à Menopausa:

1) O Desconhecimento: a Menopausa é uma fase muito pouco valorizada e falada, não só pela Comunidade, mas também pelos Médicos e Profissionais de Saúde (as mulheres não se sentem à vontade para falar do tema, por falta de conhecimento e por se sentirem socialmente constrangidas para o abordarem). O falar-se pouco contribui para sublinhar o tabu e o medo que as mulheres sentem em relação à Menopausa.

2) Sofrimento: 72% das mulheres entre os 45 e os 60 anos vive num estado permanente de tensão e 50% afirma já ter tido um esgotamento ou depressão, dados que comprovam o sofrimento e a existência de uma relação entre a Menopausa e a saúde mental. Por outro lado, existem mais de 30 sintomas associados à Menopausa, com diferentes expressões e intensidades.

3) Gestão: por ainda ser tabu a Menopausa não é esperada, pensada ou preparada (ao contrário da maternidade e da menstruação), o que aumenta a dificuldade na gestão da mesma. Segundo os dados da pesquisa Médis, 52% das mulheres menopáusicas afirmam preparação má ou mediana para lidar com esta fase de vida. Os afrontamentos (69%), dores nas articulações (49%), suores noturnos e/ou perturbações do sono (48%), ansiedade (45%), secura vaginal (42%) e diminuição da líbido (37%) são alguns dos desconfortos mais manifestados. A nível profissional, 65% das mulheres que se encontram nesta condição sentem discriminação no local de trabalho e 22% já pensou mudar ou abandonar o seu trabalho.

4) Libertação: esta é uma fase de que pouco se fala, mas que é preciso destacar. O processo tem um fim, ou seja, uma libertação. Embora se saiba que alguns dos sintomas podem durar mais de uma década, a maioria deles acaba por se desvanecer. Neste estudo, apenas 20% das mulheres dizem ter sintomas há mais de cinco anos. Esta mensagem de esperança e liberdade precisa, segundo o estudo, de chegar a todas as mulheres, pois todas passam, ou passarão, pelo processo.

Ao longo de toda a investigação foram feitos 707 inquéritos quantitativos a mulheres, 245 dos quais especificamente a mulheres em fase de Menopausa (45 - 60 anos). Fizeram-se ainda 33 entrevistas individuais aprofundadas e cinco reuniões de grupo com mulheres nesta fase, e ainda quatro conversas longas e exploratórias com Médicos e Profissionais de Saúde.

O tema da Saúde da Mulher é uma preocupação da Médis desde a sua origem, em 1996. Depois do lançamento do estudo da Saúde da Mulher, em 2022, onde se denunciavam as quatro bolsas de mal-estar e a normalização das mesmas e se apelou a um foco e ação da Sociedade neste tema, este novo aprofundamento da Menopausa tem como propósito servir de guia para uma ação conjunta, enquanto Sociedade. Para a Médis, é ouvindo e dando voz às mulheres – e respondendo a estes sentimentos e fases pelas quais inevitavelmente passam - que todos podem ser ajuda.

O evento de hoje contou com diversos porta-vozes de renome, entre eles Miguel Oliveira da Silva, Professor Catedrático, Ginecologista-obstetra e Coordenador Científico do estudo “Saúde e Bem-Estar das Mulheres – um Potencial a Alcançar” (2022; Projeto Saúdes); Mónica Rodrigues, Fundadora e Membro do Conselho da PWN; e ainda Cristina Mesquita, Fundadora da Comunidade de Saúde em Menopausa e da VIDAs Associação Portuguesa de Menopausa e Autora do livro “Descomplicar a Menopausa”.

Novo estudo revela as preferências de compra dos portugueses no setor de beleza e bem-estar
Nos últimos anos, a procura por produtos mais sustentáveis e inovadores tem aumentado, sobretudo devido à maior...

De acordo com um estudo realizado pelo Produto do Ano, sistema de avaliação mundial que distingue produtos que se destacam pela inovação, com o objetivo de compreender as tendências de consumo dos portugueses, 82% afirmou preferir produtos de marcas que adotam práticas sustentáveis e 50% já deixou de comprar produtos por não serem produzidos de forma sustentável. Além disso, 94% referiu ser importante que os produtos que consumo promovam a saúde e o bem-estar.

Adicionalmente, o Produto do Ano realizou um estudo focado no setor da beleza e do bem-estar, em que foi possível constatar que 93% dos consumidores considera importante a escolha de produtos de beleza naturais e sustentáveis na sua rotina diária. Para além de procurarem produtos mais amigos do ambiente, as pessoas querem experiências mais imersivas e interativas, sendo que 86% dos inquiridos expressou interesse em utilizar recursos de realidade aumentada ao comprar produtos de beleza e bem-estar online para poderem experimentar, virtualmente, antes da aquisição.

Relativamente a áreas mais específicas como os cuidados capilares, 96% dos entrevistados valoriza a oferta de variados produtos para diferentes tipos de cabelo e 84% refere ter interesse em produtos inovadores para fortalecimento e crescimento capilar.

No que concerne à saúde visual, 74% dos consumidores que usa óculos prefere lentes oftálmicas que incorporem tecnologias avançadas, como proteção contraluz azul ou lentes fotossensíveis. Quanto aos óculos em si, 36% está interessado em armações feitas com materiais reciclados e sustentáveis e 30% prefere armações com sensores inteligentes para monitorizar a exposição à luz azul ou solar.

Por fim, no setor dos suplementos alimentares, os entrevistados consideram a sua utilização importante para mim que os produtos que consumo promovam a saúde e o bem-estar através de personalização com testes genéticos para nutrição (27.54%), aplicações de acompanhamento para rastrear a ingestão diária (20.48%) e microencapsulação para libertação controlada de nutrientes ao longo do tempo (18.79%).

“Os resultados deste estudo confirmam o que temos observado no mercado: os consumidores estão cada vez mais interessados em produtos que ofereçam bons resultados, mas que, simultaneamente, estejam alinhados com as suas preocupações ambientais e de saúde. Nesse sentido, a indústria dos produtos de beleza deve continuar a tentar conjugar fatores como eficácia, sustentabilidade e inovação para continuar a atrair a atenção das pessoas e, ao mesmo tempo, terem um impacto positivo no meio ambiente.” salienta José Borralho, CEO do Product of the Year Portugal.

Este estudo contou com uma amostra de 630 participantes, dos quais 374 eram do sexo feminino, 255 do sexo masculino e 1 não binário. Relativamente à faixa etária, 28% dos inquiridos tinha entre 45 a 54 anos, 26% entre os 35 e 44, 18% entre os 26 e 34 e acima de 55 anos e, por fim, 10% tinha uma idade compreendida entre 18 e 25 anos. Quando à distribuição geográfica, a maioria dos entrevistados reside na Grande Lisboa (35%), seguindo-se o Centro (21%), o Norte (20%), o Grande Porto (14%), o Algarve e Alentejo (3%) e as Ilhas (4%).

Dia Mundial do Fígado assinala-se a 19 de abril
Estima-se que cerca de 8% a 10% dos portugueses tenham problemas do fígado.

O fígado é um órgão essencial do corpo humano, funcionando como centralizador da função digestiva, capaz de produzir e excretar a bílis e de metabolizar e armazenar parte dos nutrientes provenientes da absorção intestinal. A cada minuto, passam pelo fígado cerca de um a dois litros de sangue, representando 20% do consumo total de oxigénio do corpo humano. Até ao momento, não existem mecanismos artificiais de substituição eficazes para as funções hepáticas.

Este órgão desempenha inúmeras funções tais como a síntese de proteínas, enzimas e hormonas, o controlo dos níveis de glicose no sangue, a metabolização e excreção da bilirrubina e a metabolização e excreção de múltiplos compostos orgânicos endógenos (hormonas, proteínas, vitaminas) e exógenos (drogas/tóxicos, medicamentos).

À escala mundial, existem 1,5 mil milhões de pessoas com doenças hepáticas crónicas, que causam anualmente 2 milhões de mortes. A causa mais comum de doença hepática crónica é hoje em dia a doença hepática esteatósica (anteriormente conhecida como fígado gordo não alcoólico) mas as hepatites virais B e C são as maiores responsáveis pelas mortes relacionadas com doença do fígado que ocorrem no mundo. Contudo, em Portugal, o consumo excessivo de álcool é ainda o principal causador de morte por doença hepática.

As doenças hepáticas podem passar despercebidas porque o fígado não possui sensores de dor. Podem ser assintomáticas ao longo de anos ou acompanhar-se de sintomas inespecíficos, o que muitas vezes atrasa o diagnóstico. Enquanto isso acontece, a doença pode progredir, estando a evolução para quadros clínicos mais graves associada a problemas de saúde debilitantes, como a deterioração da função cerebral (encefalopatia hepática), hemorragias, pele e olhos com tonalidade amarela (icterícia), acumulação de líquido no interior da barriga (ascite), ou, até, cancro do fígado.

Mas é importante assinalar que mudanças simples no estilo de vida, como seguir uma dieta equilibrada, fazer exercício físico regular, rastreios regulares e a vacinação contra a hepatite B reduzem significativamente o risco de vir a ter uma doença hepática.

O Dia Mundial do Fígado, que se assinala anualmente a 19 de abril, tem por objetivo aumentar o conhecimento de todos nós sobre a saúde do fígado e sobre as possibilidades de prevenção das doenças hepáticas. A data é já sinalizada por um grande número de organizações internacionais, incluindo sociedades científicas e associações de doentes, que mobilizam esforços para consciencializar a população para a importância de cuidar da saúde do fígado, não só neste dia, mas durante todo o ano.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Evento realizou-se a 13 de abril
O tema “Saúde e Envelhecimento: Desafios para a Próxima Década” foi debatido no passado dia 13 de abril e reuniu profissionais...

“O que nos espera na próxima década e como podemos impedir ou atrasar o aparecimento de doenças que acompanham o envelhecimento?”, foram as principais questões colocadas na 6ª edição do Congresso CNS, que se realizou no passado dia 13 de abril na Unidade de Lisboa do CNS | Campus Neurológico. A resposta foi consensual: temos de atuar agora.

Foi imediatamente consensual, desde a primeira intervenção no Congresso, que a população portuguesa irá inexoravelmente diminuir nos próximos anos e que o envelhecimento demográfico é inevitável. Usando como critério a percentagem de pessoas com 65 ou mais anos, Portugal está no 5º lugar dos países com população mais envelhecida do mundo. Atualmente, 24% da população tem 65 anos ou mais.

Contudo, a Prof. Carla Torre acrescentou que é esperado ocorrer um aumento da prevalência de doenças cardio e cerebrovasculares (AVCs, insuficiência cardíaca, etc.) e respiratórias (DPOC, asma, etc.) e que a prevalência de demência irá aumentar significativamente, bem como a mortalidade por tumores malignos da laringe, traqueia, brônquios e pulmão. Foi a primeira palestrante a mencionar a necessidade de mudar o planeamento dos cuidados de saúde e referiu o Plano Nacional de Saúde 2030 da Direção Geral de Saúde (DGS).

O Prof. Nuno Marques, coordenador nacional do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável, descreveu as iniciativas em curso e reiterou a necessidade do envolvimento de múltiplos ministérios e integração dos projetos. Colocou também enfase na necessidade de readaptação do modelo de cuidados, centrando-o nas pessoas.

A Prof. Luísa Lopes apresentou vários “tratamentos” que atrasam o envelhecimento nos modelos pré-clínicos (restrição calórica, inibidores SIRT1, metformina, etc.), mas confessou não ter sido ainda possível demonstrar o mesmo efeito nos humanos. E de forma provocadora alertou para o potencial benefício de implementar na sociedade “quotas de idade” por forma a “obrigar” a uma maior interação inter-geracional.

A Prof. Ana Verdelho deu destaque ao potencial benefício da atividade física e exercício, como uma das intervenções não farmacológicas mais benéficas, apresentando resultados de um ensaio clínico que coordenou.

O Dr. Rui Portugal suportou a necessidade de mudar o centro da discussão, de um tema sobre pessoas mais velhas, para uma noção de promoção de uma vida saudável ao longo de toda a vida. Reiterou que o objetivo mais importante deve ser “comprimir o mais possível” o tempo de doença e perda de autonomia na última fase da vida.

Com a difícil tarefa de propor soluções “económicas”, o Prof. Pedro Pita Barros começou por reconhecer a pobreza como fator indiscutível de risco para estas doenças. Foi também muito interessante a sua visão de que a ansiedade e os sintomas depressivos, piores num contexto de incerteza económica, podem agravar o risco de desenvolver demências. E, por fim, mencionou a possibilidade de implementar incentivos financeiros para promover estilos de vida saudáveis. A Dra. Sofia Athayde, em representação do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Eng. Carlos Moedas, reiterou o compromisso da Câmara em estabelecer e apoiar políticas de envelhecimento ativo e proteção social.

Por fim, o Prof. Tiago Guerreiro alertou para a importância das soluções tecnológicas serem desenvolvidas de forma participativa e multidisciplinar para verdadeiramente constituírem soluções para as pessoas.

Uma das conclusões do Congresso foi também o reconhecimento da inadequação de uma definição de idade que marque o início da “velhice”. A definição de "velho" é subjetiva e varia culturalmente, além de ter mudado ao longo do tempo. Foram também sugeridas várias medidas prioritárias, desde a ajuda ao planeamento antecipado da reforma, investimento na literacia em saúde, estímulo a uma melhor partilha inter-geracional e integração das políticas de várias áreas de ação.

O CNS | Campus Neurológico realiza anualmente um congresso destinado a profissionais de saúde e investigadores na área das neurociências. Este ano, o congresso teve um duplo significado, uma vez que esta 6ª edição fez também parte das comemorações do 10º aniversário do CNS.

Portugal é um dos quatro países da União Europeia a integrar o projeto
Como consciencializar os mais jovens para as questões da fertilidade? Já chegou o jogo que vai desafiar os estudantes...

Qual é a probabilidade de uma mulher com 25 a 35 anos engravidar no espaço de um mês? E com que idade começamos a ficar menos férteis? O exercício físico excessivo afeta a fertilidade? Estas são algumas das questões com as quais os adolescentes se vão deparar ao longo deste jogo. Além da sensibilização e promoção da literacia, os responsáveis esperam recolher dados estatísticos sobre o grau de conhecimento dos jovens nesta área.  

“Este projeto desafia os estudantes a explorarem e compreenderem melhor o funcionamento do corpo humano e os fatores que podem influenciar a capacidade reprodutiva”, começa por explicar a Diretora Executiva da APFertilidade, Joana Freire. “Com este jogo, estamos a proporcionar uma abordagem interativa e envolvente para explorar tópicos sensíveis, como os fatores que podem afetar a fertilidade”. 

O jogo consiste em quatro cenários com nove questões. Após cada cenário, que representa um nível diferente do jogo, o jogador pode ver quantas estrelas recolheu com base nas suas respostas certas ou erradas. Ganha quem obtiver a pontuação mais alta. Atualmente, a APFertilidade já teve oportunidade de apresentar esta iniciativa em sala de aula e convida todas as escolas a acolherem o projeto. 

“Sabemos que é difícil manter os estudantes atentos por longos períodos de tempo. Esta ferramenta, por ter uma natureza tão dinâmica e digital, pode ser uma solução de aprendizagem muito eficaz para abordar este tema. Nas escolas em que aplicamos o projeto, os jovens mostraram-se muito recetivos e os professores fizeram um balanço muito positivo”, diz a Diretora Executiva da associação. O jogo tem uma duração de 5 a 8 minutos e pode ser jogado no telemóvel ou computador. 

Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada seis pessoas no mundo sofre de infertilidade. “Estamos confiantes de que este projeto vai aumentar a consciência dos jovens, mas também vai incentivar conversas abertas e construtivas sobre saúde reprodutiva, contribuindo para uma sociedade mais informada e capacitada”, termina Joana Freire. 

Para a Fertility Europe, “o conhecimento sobre fertilidade e o foco na geração jovem são de grande importância”, diz a Presidente desta entidade, Klaudija Kordic. “Há demasiado tempo que tudo se trata de evitar a gravidez. Agora temos que mudar para aprender mais sobre como garantir que a jovem geração possa permanecer fértil para que possa engravidar quando desejar".  

Conceitos básicos e úteis
Trata-se de uma doença hereditária, pouco comum, que se carateriza pela deficiência ou ausência de pr

A Hemofilia caracteriza-se por défice quantitativo do factor VIII (FVIII) na hemofilia A e factor IX (FIX) na hemofilia B, duas proteínas plasmáticas de síntese hepática e essenciais para a geração eficaz da trombina necessária nos mecanismos da coagulação. A transmissão genética é ligada ao cromossoma X, razão pela qual afecta quase exclusivamente o sexo masculino e tem uma distribuição universal, independentemente da raça. A hemofilia A tem uma incidência de 1/5000 rapazes nascidos vivos e na hemofilia B é de 1/30000.

Classificação

A classificação da hemofilia é feita com base na determinação dos níveis plasmáticos de FVIII e FIX, sendo que a hemofilia grave é definida por valores inferiores a 0.01 UI/mL (<1% do normal), hemofilia moderada com valores entre 0.01-0.05 UI/mL (1-5%) e hemofilia ligeira com valores superiores a 0.05 e inferiores a 0.40 UI/mL (>5% e <40%).

Diagnóstico

O diagnóstico de hemofilia é feito com base na suspeita clínica, por exemplo, a presença de hematomas espontâneos em crianças menores de 1 ano (nestes casos a hemofilia costuma ser grave). As hemofilias ligeiras ou moderadas são detectadas após análises de coagulação alteradas em estudos pré-operatórios, intervenções cirúrgicas ou em casos em que exista história familiar. O estudo genético e a deteção das possíveis portadoras também são passos fundamentais em todo o processo diagnóstico da hemofilia.

Tratamento

O tratamento atual da hemofilia baseia-se nos concentrados de factor FVIII/FIX. A dose e frequência do tratamento dependerá do tipo de hemofilia, do local e gravidade da hemorragia, do peso do paciente e da existência ou não de inibidores. Na hemofilia ligeira, o DDAVP (desmopresina) é a primeira opção terapêutica.

A profilaxia, que não é mais que a administração regular de concentrados de FVIII e FIX de modo a prevenir as hemorragias e conservar a função articular, está considerada o tratamento gold standard dos pacientes com hemofilia grave. Permite manter os valores basais de FVIII/FIX acima de 1%, transformando a hemofilia grave em moderada e reduzindo consideravelmente o número de hemorragias articulares. As vantagens da profilaxia na redução da taxa anual de hemorragia, do grau de deterioro articular e do absentismo escolar e laboral estão claramente comprovadas quando comparadas com o tratamento on demand. A profilaxia pode ser personalizada de acordo com vários critérios: fenótipo hemorrágico, farmacocinética, grau de artropatia, atividade física e adesão à terapêutica.

Inibidores

O tratamento com factor deficitário é também responsável pela complicação iatrogénica mais grave nas pessoas com hemofilia, o desenvolvimento de inibidores contra o FVIII/FIX. A presença de inibidores associa-se a uma maior morbi-mortalidade e está relacionada com a presença de factores de risco genéticos (mutação do gene do FVIII, história familiar, raça, genes de resposta imunitária) e fatores de risco não genéticos (idade, tratamento intensivo vs profilaxia, tipo de produto, mudanças de tratamento, método de administração).

A indução de tolerância imunológica (ITI) tem como objectivo eliminar o inibidor de forma permanente e esta baseada na exposição ao factor desencadeante, FVIII ou FIX, de uma forma intensiva e continuada. O tratamento é mantido até o paciente tornar-se tolerante ao produto, ou seja, até que a recuperação e a vida média do FVIII/FIX seja normal. Na hemofilia B com inibidores são frequentes os fenómenos alérgicos quando são administrados concentrados de FIX e os resultados positivos da ITI são menos frequentes.

Nos pacientes com inibidores o tratamento dos episódios hemorrágicos é feito usando doses altas de concentrados de FVIII ou agentes bypass: FVII recombinante activado (rFVIIa) ou complexo protombínico activado (FEIBA). O ácido tranexâmico poderá ser usado com coadjuvante, principalmente nas hemorragias das mucosas.

A prevenção de hemorragias nestes doentes pode ser feita usando esquemas profilácticos com rFVIIa/FEIBA ou com novos produtos como o Emicizumab (anticorpo bioespecífico que mimetiza o FVIIIa), Concizumab (anticorpo monoclonal dirigido ao inibidor da vía do factor tissular) ou Fitusiran (RNA de interferência de diminui os valores de antitrombina, aumentando a geração de trombina).

Conclusão

Apesar de ser uma doença grave que sem o tratamento adequado tem um alto nível de morbi-mortalidade, as pessoas com hemofilia (principalmente nos países com sistemas de saúde mais avançados) têm neste momento à sua disposição um amplo arsenal terapêutico (FVIII/FIX de semivida prolongada, anticorpos como o emicizumab e concizumab e a terapia genética, num futuro próximo) que permite uma esperança e qualidade de vida semelhantes à da população geral. O risco de hemorragias, algumas graves e até potencialmente fatais (hemorragias do SNC), está sempre presente e não deve ser descurado, cabendo aos pacientes e familiares mais próximos terem um conhecimento da doença que permita a deteção e tratamento precoce.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alerta da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL)
Ao tomar conhecimento da Informação de Monitorização produzida pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre o setor...

A ERS publicou no passado dia 15 de abril de 2024 uma Informação de Monitorização sobre o setor convencionado das análises clínicas, demonstrando uma quebra abrupta do gasto com análises (em 2022, o gasto com análises foi de 136 milhões de euros, 78 milhões a menos que em 2021), para o valor mais baixo desde 2019, antes da pandemia de Covid-19, bem como uma situação de relativa concentração empresarial no setor.

"Reconhecendo que o setor das análises clínicas não vê os preços convencionados serem atualizados já desde 2013", a ERS demonstra que os encargos com o setor convencionado de análises clínicas apresentaram uma variação negativa a partir de 2020 e até 2022, tendo a redução sido mais significativa em 2022 face ao ano anterior (- 36,5%). E registando-se um valor mais baixo mesmo comparando com período anterior à pandemia de Covid-19, o que causa profunda preocupação por evidenciar uma redução do acesso a cuidados de saúde.

"Sendo as análises clínicas essenciais para o diagnóstico e terapêutica, mas também para a prevenção e promoção da saúde, e que a esmagadora maioria das decisões clínicas assenta na realização prévia de análises clínicas para conhecer o estado de saúde da pessoa, uma redução de tal monta não pode deixar de causar profunda consternação com a redução do acesso à proteção da saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que lhe está subjacente e que se verificou em tais anos", escreve a ANL em comunicado.

De acordo com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL) "a Informação de Monitorização da ERS evidencia também que existe relativa concentração empresarial no setor, com 26% dos operadores a serem responsáveis por cerca de 90% da totalidade de requisições aceites em Portugal continental no primeiro semestre de 2023". 

"Num setor em que há uma inaceitável ausência de atualização dos preços convencionados por parte do Ministério da Saúde, acompanhada até de reduções sucessivas de preços e de não atualização dos mesmos, nem à luz da elevada inflação conhecida nos últimos anos, o esmagamento dos pequenos operadores, o consequente encerramento dos pequenos e médios laboratórios, muitos de cariz familiar, e a concentração da atividade num menor número de laboratórios, que também apresentam dificuldades de sustentabilidade, é uma evidente realidade e que foi sendo ostensivamente ignorada", salienta a associação. 

"O Estado tem sido, ao longo dos anos, o primeiro e único responsável pela consequência da concentração empresarial e pela redução do número de laboratórios de análises clínicas convencionados que, com extremas dificuldades, ainda garantem 3.178 estabelecimentos com convenção com o SNS e cerca de 15.000 Colaboradores. É esta rede de laboratórios convencionados que, nos últimos 40 anos, tem garantido aos Portugueses o acesso de proximidade, qualidade e sem espera, às análises clínicas do SNS, e é esta rede que, agora, está ainda mais gravemente ameaçada por políticas erráticas de internalização de análises clínicas por parte de algumas Unidades Locais de Saúde (ULS), gerando uma gritante iniquidade regional no acesso dos utentes", acrescenta. 

A ANL "agradece à ERS o alerta que a sua Informação de Monitorização sobre o setor convencionado das análises clínicas representa e está totalmente disponível para uma ativa colaboração com o Ministério da Saúde para promover a melhoria do acesso às análises clínicas por parte dos Portugueses, apelando a que seja rapidamente adotada uma política de valorização do setor, invertendo a situação insustentável em que o setor se encontra, fruto de uma errada política até agora seguida".

A plataforma tem uma comunidade onde os membros podem colocar questões sobre casos específicos
A formação avançada dos associados é um pilar fundamental do modelo AniCura, uma referência no setor veterinário. Por este...

Para além da formação presencial e da formação contínua diária nas clínicas, esta ferramenta permite que os mais de 1800 associados da AniCura tenham acesso online a 450 conteúdos de formação de qualidade e a uma calculadora de doses. Contribui também para o desenvolvimento das equipas e para a melhoria das suas competências e aptidões em diferentes áreas.

"Estes espaços de formação são essenciais para promover a aprendizagem avançada dos veterinários, para que possam aplicá-la no seu dia a dia. A Duniavet dá-nos a flexibilidade para que cada profissional possa aceder aos conteúdos a qualquer hora do dia. Também dispõe de uma comunidade na qual os nossos associados têm acesso aos últimos casos clínicos que estão a ser tratados e podem tirar dúvidas sobre casos específicos que são respondidos por especialistas de renome que colaboram com a plataforma", comenta Maria José Cabrera, Responsável da P&O AniCura Iberia.

A formação é essencial para o desenvolvimento profissional

Um dos principais objetivos da AniCura é acompanhar a formação de tendências de desenvolvimento que permitam identificar e desenvolver o talento dentro da organização. "Estudos mostram que nós, adultos, aprendemos e expandimos os nossos conhecimentos através da formação em cerca de 10%. 20% aprendemos com aqueles que nos rodeiam, com alguém que atua como mentor ou modelo, no nosso caso os clínicos com quem trabalhamos. Entretanto, 70% fazemo-lo enfrentando novos desafios ou projetos, expondo-nos a novas situações e expandindo as nossas tarefas para lidar com diferentes complexidades", explica Maria José Cabrera.

Neste sentido, o desafio da AniCura é assegurar que a aprendizagem através da formação está perfeitamente ligada a um plano de desenvolvimento 70-20-10 para pôr em prática no local de trabalho e garantir e melhorar este conhecimento.

 
Jornada decorreram a 19 e 20 de janeiro
A Lusíadas Saúde realizou no passados dia 19 e 20 de janeiro as II Jornadas de Medicina Narrativa, que este ano foram dedicadas...

O evento teve lugar no Auditório do Hospital Lusíadas Lisboa e contou com a participação de pensadores, cientistas e humanistas de excelência em várias áreas do conhecimento e de várias nacionalidades.

No decurso dos dois dias, os vários oradores, nacionais e internacionais, refletiram sobre a importância da Medicina Narrativa nos dias de hoje e o seu contributo para uma abordagem clínica mais humanística e focada em promover o bem-estar no propósito de vida de cada pessoa.

De acordo com a Comissão Organizadora, o objetivo do evento foi explorar a importância das histórias e das diversas áreas das Humanidades, tendo em vista a prática de uma Medicina que além de garantir a saúde e a sobrevivência de cada doente, possa entender a sua história de vida como forma de conhecimento para promover o seu bem-estar.

“Este evento representa uma oportunidade de recentrar o foco dos cuidados de saúde no que verdadeiramente importa a quem sofre e a quem cuida. A Medicina Narrativa traz uma ligação próxima com o doente, trabalha a capacidade de nos relacionarmos empaticamente com a pessoa, de ouvir as suas histórias e compreender a sua linguagem única. Podemos ser tecnicamente brilhantes, mas só saberemos cuidar, se o fizermos com proximidade e individualidade", afirmou Margarida Lobo Antunes, Coordenadora do Departamento da criança e do adolescente no Hospital Lusíadas Lisboa e elemento da Comissão Organizadora das II Jornadas de Medicina Narrativa.

O evento contou com um programa diversificado. No primeiro dia foram debatidos temas como o papel das histórias e das memórias, da música e do canto para o bem-estar e para a melhoria do estado de saúde do doente. Sendo dado destaque, ainda, à importância que a dignidade, o legado histórico e a compreensão das emoções representam para uma prestação mais flexível e criativa nos cuidados de saúde.

O segundo dia das Jornadas centrou-se na abordagem de temas pertinentes como, por exemplo, a relação entre a arte e a medicina, o poder curativo da arte, da poesia e do espaço envolvente, a importância da consciência e da autotransformação das histórias de vida, bem como a partilha da experiência e a vivência em ambiente hospitalar.

A Medicina Narrativa assenta no conceito de uma prática clínica realizada com empatia, reflexão, profissionalismo e confiança, cujos alicerces enraízam no reconhecimento da dimensão intersubjetiva da relação clínica e da consequente atenção à história de cada doente. O contacto mais próximo com o conhecimento narrativo permite aos profissionais de saúde uma visão mais holística sobre os seus doentes e a prática de uma Medicina mais personalizada, ao mesmo tempo que propicia espaços de reflexão sobre a sua própria vivência como profissionais a fim de promover o necessário autocuidado.

 
ABC Global Alliance integra uma nova Comissão Lancet sobre o cancro da mama
A nova Comissão Lancet sobre o Cancro da Mama divulgou hoje os resultados e recomendações sobre as melhorias a nível mundial no...

O cancro da mama é o cancro mais comum no mundo, estimando-se que, no final de 2020, pelo menos 7,8 milhões de mulheres vivam com esta doença. Nesse mesmo ano, estima-se que tenham morrido 685 000 pessoas com este tipo de cancro e que tenham sido diagnosticadas mais 2,3 milhões de pessoas. Prevê-se que esta situação se agrave, com 3 milhões de diagnósticos anuais até 2040 e um milhão de mortes anuais, sendo os países de baixo e médio rendimento os mais afetados.

Os recentes progressos na investigação e no tratamento ajudaram a reduzir o número de mortes por cancro da mama, verificando-se uma diminuição até 40% em alguns países de elevado rendimento. No entanto, o cancro da mama continua a representar um enorme fardo a nível mundial, tendo a Comissão afirmado que "a sociedade, os governos e os decisores no setor da saúde apenas veem a ponta de um icebergue".

As desigualdades nos cuidados de saúde, juntamente com os custos ocultos do cancro da mama, implicam que muitas mulheres e alguns homens sejam deixados para trás e esquecidos. Trata-se de um problema global, tendo a Comissão destacado os principais obstáculos que impedem o progresso no seu relatório, defendendo seis áreas cruciais para a mudança.

Uma dessas áreas é o cancro da mama metastático ou avançado. O relatório refere que 20 a 30% das doentes com cancro da mama inicial sofrem reincidências que normalmente não são documentadas pela maioria dos registos nacionais oncológicos. Consequentemente, desconhece-se o número de doentes que vivem com cancro da mama metastático, uma doença já de si mal compreendida. Os autores defendem que pelo menos 70% dos registos oncológicos a nível mundial devem documentar com maior rigor o estádio da doença aquando do diagnóstico, bem como as reincidências, de modo a refletir com precisão a prevalência e o impacto desta doença. Isto seria apoiado pela melhoria dos programas de diagnóstico precoce, devendo a comissão visar 60% dos casos de cancro invasivo diagnosticados no estadio I ou II.

"As doentes que vivem com cancro da mama metastático/avançado (CMB/CAA) têm sofrido durante muito tempo com o estigma, as conceções erradas e o abandono, não só da sociedade em geral, mas também dos prestadores de cuidados de saúde e grupos de defesa dos doentes. É urgente mudar a forma como o cancro da mama metastático é entendido e tratado. Esta transformação permitirá tratar a maioria, aliviar o sofrimento de todos e não esquecer ninguém que vive com MBC/ABC. Esta é uma das mensagens mais fortes da nova Comissão Lancet sobre o Cancro da Mama, que está totalmente alinhada com a luta de longa data da Aliança Global ABC", afirma Fátima Cardoso, Presidente da Aliança Global ABC e diretora da Unidade da Mama do Centro Clínico Champalimaud, Lisboa, Portugal.

O relatório sublinha também a importância de melhorar a comunicação com os doentes, afirmando que todos os profissionais de saúde do mundo devem receber preparação em competências de comunicação que permita envolver os doentes em todas as fases dos cuidados oncológicos, da melhor forma possível.

Por outro lado, o relatório afirma que existem muitos custos - físicos, psicológicos, sociais e financeiros - que são mal reconhecidos e que não são captados pelos atuais indicadores de saúde mundiais, uma lacuna que a Comissão defende que deve ser colmatada urgentemente através do desenvolvimento de novos instrumentos e parâmetros.

A nova Comissão Lancet sobre o Cancro da Mama começou a trabalhar em 2021 com o compromisso de elevar o padrão de cuidados médicos do cancro da mama e de colmatar a lacuna de equidade que existe entre e dentro dos países. As recomendações no sentido de enfrentar os desafios urgentes para as doentes com cancro da mama serão divulgadas esta terça-feira, 16 de abril, às 14h00, numa sessão online.

O registo pode ser feito através da ligação: https://www.eventbrite.co.uk/e/lancet-breast-cancer-commission-report-launch-tickets-862423932197).

O trabalho da Comissão foi financiado e apoiado pelo National Institute for Health and Care Research (NIHR), Breast Cancer Now, ABC Global Alliance e pela University of Cambridge.

 
Tumores raros
Os linfomas cutâneos são doenças neoplásicas com origem nos linfócitos destacados à pele e, por defi

No processo diagnóstico é necessário fazer-se a distinção entre linfomas primários cutâneos e linfomas sistémicos com envolvimento cutâneo secundário, cujo comportamento e manejo são, em regra, diferentes.

Os primeiros sinais dum linfoma cutâneo podem ser manchas ou placas (lesões espessas) avermelhadas ou violáceas, por vezes descamativas, nódulos ou tumores com ponto de partida na pele, que podem evoluir com úlceras e sobreinfeção. Frequentemente estas lesões acompanham-se de prurido (comichão) ou dor e algumas podem ter um comportamento flutuante ou podem evoluir até envolver toda a pele. Nos estádios mais avançados, para além destas lesões podem aparecer gânglios aumentados, massas, sintomas sistémicos como febrícula, perda de peso ou suores noturnos.

Os linfomas cutâneos no seu conjunto são doenças raras, dividem-se de acordo com a sua origem em linfomas T e linfomas B e cerca de metade são representados por Micose Fungoide (de origem em linfócitos T). A outra metade é representada por outras entidades ainda mais raras, com manifestações e comportamentos variados.

A segunda mais frequente categoria de linfomas cutâneos de células T, as doenças linfoproliferativas CD30+, são a papulose linfomatóide e o linfoma anaplásico primário cutâneo. A primeira manifesta-se com lesões de pequenas dimensões, pruriginosas, que aparecem e desaparecem espontaneamente, ocasionalmente deixando cicatriz. O linfoma anaplásico, pelo contrário, é caracterizado por tumores com crescimento rápido, que menos frequentemente regridem espontaneamente e que podem atingir dimensões impressionantes e formar úlceras. De forma geral, estas patologias apresentam um bom prognóstico, pois têm excelente resposta ao tratamento.

Entidades ainda mais raras e de teor indolente, manifestas geralmente por placa/nódulo único na parte superior do corpo são o linfoma primário cutâneo CD4+ de células pequenas e medias e o linfoma primário cutâneo CD8+ acral, com boa resposta ao tratamento local e excelente prognóstico.

Outros LCCT, desta vez com comportamento agressivo são o linfoma agressivo citotóxico epidermotrópico CD8+ e linfoma cutâneo primário de células T gama/delta, que se manifestam com nódulos ou massas rapidamente evolutivas e frequentemente com sintomas gerais com muito impacto no estado geral. Estas patologias muito frequentemente apresentam má resposta ao tratamento e um prognóstico pouco favorável.

O linfoma subcutâneo tipo paniculite apresenta-se com múltiplos nódulos ou placas profundas nos membros e tronco acompanhadas de um estado inflamatório, com manifestações de autoimunidade e o seu prognóstico varia em função da sua resposta ao tratamento.

Uma categoria que reúne manifestações diversas é o linfoma T periférico primário cutâneo, sem outra especificação, geralmente com comportamento agressivo e respostas pouco duradouras ao tratamento.

A suspeita clínica baseia-se na aparência, localização e evolução destas lesões, tornando essencial o acompanhamento e avaliação por um dermatologista experiente, de forma a navegar o extenso o diagnóstico diferencial destas lesões, sinais e sintomas. A biópsia das lesões é imprescindível para o diagnóstico, mas nem sempre é suficiente. O diagnóstico integra dados clínicos com a análise histológica, que necessita quase sempre de ser complementada por estudos imuno-histoquímicos e genéticos. A diferenciação entre diversas entidades é muitas vezes difícil, o que pode dever-se às manifestações pouco específicas, aos aspetos histologicos frustres ou de difícil interpretação e pode ser necessária repetição de biópsias até chegar aos elementos necessários para diagnóstico.

Apesar dos avanços tecnológicos importantes mais recentes, a raridade destas patologias dificulta a sua caracterização, mesmo a nível mundial, tanto no que diz respeito aos elementos necessários para o seu diagnóstico, como para estabelecer linhas de orientação para o tratamento. É por estas razões que, numa tentativa de melhorar os cuidados e o conhecimento sobre estas doenças, as pessoas diagnosticadas com linfomas cutâneos beneficiam de seguimento em centros de referência e podem beneficiar de ser enquadradas em estudos e ensaios clínicos.

 
Nota: 
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Universidade de Coimbra
Investigar o funcionamento do cérebro de bebés, através de momentos em que partilham o foco de atenção com adultos,...

Financiado com cerca de 250 mil euros (249 679,61 euros) pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, o projeto de investigação SocialBabyBrain – Correlatos neurais da atenção partilhada: uma base fundamental para o desenvolvimento subsequente da competência social vai estar em curso até 2026, estando a ser implementado em Coimbra, onde bebés e suas famílias começam na próxima semana a participar no estudo.

“A atenção partilhada – ou seja, a forma como os bebés coordenam com um adulto a sua atenção em relação a um objeto – é um marco importante na forma como compreendem o mundo social que os rodeia”, contextualiza a investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), Vera Mateus.

Assim “conhecer os mecanismos cerebrais subjacentes ao desenvolvimento desta habilidade de interação social pode ajudar a identificar precocemente padrões comportamentais e neuronais que constituem maior risco para dificuldade na interação social e comunicação com os outros”, elucida a também coordenadora do projeto SocialBabyBrain.

No estudo que vai ser desenvolvido com os bebés, vão decorrer várias atividades que têm como base momentos de brincadeira. “Eles vão realizar algumas brincadeiras com uma investigadora da equipa, usando alguns brinquedos”, explica Vera Mateus. “Numa das atividades, o bebé usa uma touca elástica com sensores – técnica não invasiva e totalmente segura – que nos permite aprender como funciona o seu cérebro. Esta técnica, denominada espectroscopia funcional por infravermelho próximo (fNIRS), regista a ativação do cérebro durante os momentos de brincadeira, permitindo identificar quais as áreas mais ativas nos momentos de interação”, contextualiza a investigadora. Além das atividades com a investigadora, o estudo contempla ainda um momento de brincadeira entre a mãe e o bebé e alguns questionários para conhecer a família e o bebé.

Sobre os resultados que a equipa de investigação pretende alcançar, Vera Mateus explica que “a partir da recolha de dados comportamentais e de neuroimagem, para além de investigar mudanças ao longo do tempo no cérebro dos bebés, este projeto permitirá compreender como as manifestações comportamentais da atenção partilhada se relacionam com a maturação de áreas cerebrais específicas, e explicam as diferenças individuais em habilidades sociocomunicativas que surgem mais tarde, como a linguagem e a competência social”.

Vera Mateus avança ainda que os resultados deste estudo podem também “ajudar a informar programas de intervenção precoce, direcionados a pais e profissionais de saúde e de educação que lidem com crianças desta faixa etária, com a finalidade de promover trajetórias de desenvolvimento mais positivas”.

Atualmente, existe já algum conhecimento produzido sobre os mecanismos cerebrais associados à atenção partilhada em bebés e crianças, mas, no entanto, “esses estudos tendem a focar-se em um único momento de avaliação e, como tal, o nosso projeto foi pensado também para preencher esta lacuna no conhecimento”, avança a investigadora.

A participação neste estudo está ainda aberta. Podem participar famílias residentes em Coimbra ou arredores, com bebés até aos 9 meses de idade. A colaboração com o estudo contempla a visita às instalações da Universidade de Coimbra três vezes: aos 10, 13 e 24 meses de idade do bebé, tendo cada sessão a duração estimada de 1h15. As famílias com bebés que tenham interesse em participar ou receber mais informações sobre o estudo podem inscrever-se através do endereço de e-mail [email protected].

Participam ainda no projeto mais duas investigadoras do CINEICC, Ana Ganho Ávila e Mónica Sobral; a investigadora da Universidade Presbiteriana Mackenzie - São Paulo, Brasil, Ana Osório; e a investigadora da Universidade Lusíada - Porto, Sara Cruz.

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