22 de março na Porto Business School
O Fórum Road – XIII Fórum de Oncologia e Trombose – organizado pela LEO Pharma, com o apoio científico do Grupo de Estudos de...

Com início às 14h, na Porto Business School, o Fórum Road 2024 conta com um painel composto por especialistas em Oncologia, Imunohemoterapia, Medicina Interna e outras especialidades médicas para debater diversos temas, num formato único. O primeiro painel - “A Inspiração - “Conversas sobre Trombose e Cancro” será transmitido em live-streaming.

Neste primeiro momento, estará em destaque o papel da Inteligência Artificial na previsão do risco de TEV e risco hemorrágico, um tema trazido pelo Professor Tiago Taveira Gomes. Ainda neste bloco, a Dra. Raquel Dias e o Dr. José Miguel Rocha, ambos do Hospital de Braga, abordarão “Os Benefícios e Desafios nos Serviços Dedicados ao TEV no Doente Oncológico em Portugal”.

No segundo momento, ”A Imersão”- “Cafés com os Especialistas” com início a partir das 15h45, será debatido o perfil molecular tumoral no risco de trombose, tema apresentado pelo Dr. João Godinho, membro do GESCAT; o papel da anticoagulação parentérica no tromboembolismo no doente oncológico, pela da Dra. Carolina Guedes, membro do Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna (SPMI) e Dra. Luciana Ricca Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Trombose e Hemostase (APTH). O Dr. Ricardo Pinto, membro do GESCAT, será responsável pelo tópico sobre a literacia e a capacitação do doente; e, para o final, a utilidade atual e futura dos novos biomarcadores da doença tromboembólica, um tema a cargo da Dra. Joana Pimenta, do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e da Dra. Valéria Tavares, do IPO Porto.

O último painel – “A Prática” – que decorre entre as 18h e as 19h, é dedicado à partilha de casos clínicos, orientado pelo Dr. João Gramaça e pelo Dr. Sérgio Barroso.

O Fórum Road 2024 arranca no dia 14 de março na cidade de Sevilha, em Espanha, passando depois por Zaragoza (20 de março), seguindo para Barcelona (21 de março), Porto (22 de março), Bilbao (10 e 11 de abril), Valência (20 a 26 de abril), e termina em Madrid (9 de maio).

Cátedra Floriani em Cuidados Paliativos financiada pela Fundação Floriani
Apoiar e potenciar a educação e a investigação em cuidados paliativos em Portugal é o objetivo central da nova cátedra que a...

A nova cátedra, que vai estar em curso até fevereiro de 2027, vai ser liderada pela investigadora coordenadora da Faculdade de Medicina da UC (FMUC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB), Bárbara Gomes. As áreas prioritárias que norteiam as atividades a desenvolver no âmbito deste financiamento vão ser apresentadas na próxima sexta-feira, dia 22, num evento que vai decorrer no Auditório da Subunidade 3 da FMUC, das 15 às 17 horas.

“Esta nova cátedra vai apoiar atividades de formação, investigação e sensibilização na área dos cuidados paliativos, iniciativas que pretendemos que tenham impacto não apenas nas instituições prestadoras de cuidados de saúde na Região Centro, mas também em serviços de saúde de todo o país, através das atividades formativas e científicas que vamos desenvolver”, destaca Bárbara Gomes.

Durante três anos, a equipa envolvida na cátedra vai promover diversas ações formativas presenciais e remotas (como conferências, cursos ou seminários) direcionadas para profissionais de quatro áreas prioritárias: cuidados de saúde primários, pediatria, oncologia e apoio à família.

No âmbito da investigação científica, a cátedra pretende impactar a produção de conhecimento nesta área em Portugal, nomeadamente através da criação de novos projetos de investigação em colaboração com serviços clínicos, da produção de artigos científicos e do envolvimento de jovens médicos na área dos cuidados paliativos.

Já na área da sensibilização, a equipa pretende desenvolver campanhas que sublinhem a importância dos cuidados paliativos e os grandes desafios desta área, contribuindo para uma sociedade mais informada sobre a importância do acompanhamento no fim de vida para doentes, suas famílias e profissionais de saúde. A organização de eventos públicos para debater o tema está também prevista no plano de atividades.

“Os cuidados paliativos são absolutamente fundamentais na diminuição do sofrimento dos doentes e das suas famílias, sendo, por isso, essencial que os profissionais de saúde estejam preparados para prestar apoio neste domínio aos doentes e familiares”, sublinha a coordenadora da cátedra. 

“A Cátedra Floriani em Cuidados Paliativos que vamos ter na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra vai permitir formar mais profissionais nesta área, contribuindo, desta forma, para que as pessoas possam viver até ao fim com a melhor qualidade de vida possível e de acordo com a sua vontade”, acrescenta. “A comunidade científica tem um papel essencial na evolução desta área, para fornecer informação baseada na evidência que permite formar todos – sobretudo os profissionais de saúde e as famílias – para que melhor possam acompanhar os doentes”, remata. 

O evento de lançamento da nova cátedra vai contar as intervenções do Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão; do Diretor da Faculdade de Medicina da UC, Carlos Robalo Cordeiro; do Presidente e do Coordenador da Fundação Floriani, Paolo Floriani e Mateo Crippa; e da coordenadora da cátedra, Bárbara Gomes.

Segue-se a conversa Porquê esperar, o que podemos mudar já?, que vai contar com a participação da enfermeira Telma Vidinha, através do seu testemunho pessoal sobre cuidar de um familiar com doença oncológica; do Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Coimbra, Alexandre Lourenço; da Presidente do Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, Margarida Ornelas; e da Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, Catarina Pazes. O encerramento da sessão vai ser feito pelo Presidente da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, Rui Silva.

A cátedra vai contar com a colaboração da assistente convidada da FMUC, pediatra e coordenadora da equipa de cuidados paliativos pediátricos da Unidade Local de Saúde de Coimbra, Cândida Cancelinha; do assistente convidado da FMUC e médico da especialidade de medicina geral e familiar, Carlos Seiça Cardoso; da doutoranda da FMUC e médica oncologista, Judy Paulo; e da investigadora da FMUC e psicóloga clínica, Mayra Delalibera. 

Maior feira de educação e formação em Portugal decorre de 20 a 23 de março na FIL
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) vai estar presente na Futurália, a maior feira de educação e formação...

Durante os três dias de feira, o stand da FMUL contará com a presença de estudantes e colaboradores que estarão totalmente disponíveis para tirar dúvidas sobre os cursos e a vida académica, bem como para dar a conhecer os projetos de acolhimento oferecidos pela Faculdade e pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa. A FMUL tem cerca de 2400 alunos, mais de 800 docentes e investigadores, e conta com mais de 3500 publicações científicas, tratando-se da maior escola médica portuguesa.

"Reconhecemos a importância crucial da escolha do percurso académico na área da Medicina. A decisão de abraçar esta profissão não só moldará o futuro dos alunos, como terá também um impacto decisivo na saúde e bem-estar da população em geral”, refere o diretor da FMUL, o Professor João Eurico Cabral da Fonseca, que reforça ainda o compromisso da instituição com uma formação de excelência. “A nossa missão é continuar a oferecer uma educação de elevadíssima qualidade, que prepare os nossos estudantes para os desafios e responsabilidades que enfrentarão como profissionais de saúde”, conclui.

Reconhecimento com unidade integrada no SNS
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) recebe esta terça-feira, às 11 horas, o Ministro da Saúde, Manuel...

“Aquilo que defendemos é um modelo de cuidados intermédios integrados, entre os cuidados de urgência e complexos dos hospitais e os cuidados primários de maior proximidade. E este modelo pode servir para todas as doenças crónicas”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

A APDP é a associação de diabetes mais antiga do mundo e, quase cem anos depois, continua a prestar apoio a pessoas com diabetes, através de um serviço integrado, com equipas multidisciplinares e foco na educação para uma maior autonomia das pessoas com diabetes e sua inclusão social. Possui ainda um laboratório próprio, onde são realizados vários ensaios clínicos.

“A APDP é uma associação ímpar a nível mundial. E hoje, mais do que nunca, faz sentido criar um modelo fora dos hospitais e dos cuidados agudos, mas que permita prestar um apoio com maior proximidade, enquanto ajuda a retirar dos hospitais milhões de pessoas que podem passar a ser acompanhadas em estruturas intermédias muito mais próximas dos cuidados primários”, congratula-se o médico, rematando: “A grande arma no tratamento na diabetes é o acompanhamento. Mais do que tratar, importa ensinar as pessoas a tratarem-se a si próprias, mantendo o acesso multidisciplinar no acompanhamento e nas intercorrências.”

Oferta abrange Engenharia, Gestão e Enfermagem
As candidaturas às ofertas formativas da Atlântica – Instituto Universitário e da ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica...

Orientado para os alunos que não tenham completado o ensino secundário, mas que pretendam ingressar no ensino superior, o concurso Maiores de 23 apresenta-se como uma solução que permite que estes estudantes possam fazer prova da sua capacidade para a frequência de uma licenciatura. A avaliação da capacidade dos alunos é feita através de três momentos, iniciando-se com a apreciação do currículo escolar e profissional do candidato, a que se segue uma entrevista e, finalmente, uma prova escrita e oral, na qual o estudante deve comprovar competências relevantes para a área de formação pretendida. As candidaturas para este regime já estão abertas, havendo cinco fases, com a última a terminar em setembro.

ESSATLA aposta em formação diferenciada

O ano letivo 2024/2025 ficará marcado pela nova licenciatura em Farmácia da ESSATLA, que pretende formar profissionais habilitados na área da farmácia, do medicamento e dos produtos de saúde. Já no que diz respeito ao novo Mestrado – Enfermagem Médico-Cirúrgica na Área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crónica –, a ESSATLA destaca a pertinência deste ciclo de estudos no seguimento das estimativas que apontam que, em 2050, mais de um terço da população residente em Portugal tenha 65 anos ou mais – um total de 3,3 milhões de pessoas – sublinhando-se ainda o facto de 41 por cento dos portugueses com 16 anos ou mais comunicarem sofrer de pelo menos uma doença crónica, segundo dados de 2019.

O objetivo do Mestrado é, assim, dotar os profissionais de enfermagem de conhecimentos científicos e técnicos conducentes a um exercício profissional especializado, centrando-se nas respostas humanas aos problemas de saúde e aos processos de vida, e reafirmar a relevância do papel desempenhado pelos enfermeiros.

Atlântica: Opções formativas distintivas nos diferentes ciclos de estudo

Marcados pela forte ligação à vertente empresarial, os cursos de 2º ciclo das áreas da Gestão e Engenharia da Atlântica apresentam planos de estudo desenhados para responder às necessidades do mercado e dos empregadores, aliando uma forte componente prática à partilha de conhecimentos teóricos. Nas áreas da Aeronáutica e dos Materiais, a Atlântica potencia, por exemplo, oportunidades de estágio com os parceiros industriais que fazem parte da AED - Cluster Aeronáutico Português, além da FIDAMC/Airbus – Espanha.

Situada em Oeiras, a Atlântica, que conta com oferta formativa há quase três décadas, apresenta mais de 10 licenciaturas que abrangem as áreas da Engenharia, das Ciências Empresariais e da Saúde. Entre elas, a Licenciatura em Engenharia Aeronáutica, a única numa instituição privada em Portugal.  As candidaturas podem ser realizadas através da plataforma da instituição, com diversas fases que encerram a 13 de setembro, para os cursos inseridos na ESSATLA, e a 11 de outubro para os restantes. 

Opinião
A Diabetes é uma condição crónica grave associada a complicações difusas e a um risco acrescido de m

Em Portugal, em 2021, existiam cerca de 2,7 milhões de portugueses com Diabetes ou em risco de desenvolver esta patologia. Sendo, a Diabetes responsável ainda neste ano por 6,7 milhões de mortes devido a complicações agudas (ou seja, cetoacidose diabética, coma hiperosmolar e hipoglicemia grave) e insuficiência renal precoce. Podendo estas complicações ser prevenidas através de um conjunto mínimo de ações centrais, que incluem o acesso a cuidados de saúde (incluindo monitorização da glicose e serviços prontamente disponíveis para descompensação aguda) e literacia em saúde, incluindo o diagnóstico precoce de Diabetes Mellitus tipo 1 e cetoacidose. Desde que os cuidados de saúde em países de elevado rendimento provaram ser eficazes na redução da mortalidade devido a estas complicações, é razoável supor que reduções importantes poderiam ser vistas a nível global se fossem prestados melhores cuidados, incluindo maior acessibilidade aos cuidados de saúde, de forma mais generalizada (Global Burden of Disease 2019, Diabetes Mortality Collaborators, 2022).

AS Nações Unidas (ONU) (2021), salienta ainda que a Diabetes é a única das doenças crônicas cujo risco de morte precoce tem aumentado. Pelo que lançou um novo Pacto Global de Combate à Diabetes com o objetivo de melhorar as ações de prevenção diagnóstico e tratamento, bem como aumentar as ações e compromissos para criação de medicamentos mais baratos.

Os avanços recentes na investigação e na produção das tecnologias têm vindo a alterar a prestação de cuidados em várias áreas terapêuticas e no percurso dos doentes desde a fase de prevenção, até ao tratamento, em que se pretende que o mais importante, seja a evolução das condições dos doentes e a obtenção de qualidade de vida.

A Inteligência Artificial (IA), é uma das tecnologias que está a ser cada vez mais adotada na área da saúde, suscitando um crescente interesse e pesquisa por Especialistas, Investigadores e Profissionais de saúde. Como qualquer tecnologia poderosa, tem inúmeros benefícios e riscos potenciais, no entanto assume uma enorme importância, uma vez que tem o potencial de transformar diagnósticos, tratamentos e gestão de cuidados de saúde (Ellahham, 2020).

É uma tecnologia que permite que computadores e máquinas simulem a inteligência humana e as capacidades de resolução de problemas (Cabanelas, 2019). Abrange o Aprendizado de Máquina e Aprendizado Profundo que são usados para construir algoritmos para apoiar modelos preditivos do risco de desenvolver diabetes ou as suas consequentes complicações.

De acordo com Júnior (2024), na Diabetes algumas formas pelas quais a IA pode ser vantajosa são:

  • Diagnóstico precoce e prevenção de complicações: Algoritmos de IA podem analisar grandes conjuntos de dados, registos de monitoramento de glicose (MCG), para identificar padrões que possam indicar o desenvolvimento da Diabetes ou complicações associadas. Permitindo desta forma intervenções mais precoces para prevenir complicações graves.
  • Personalização do tratamento: A IA pode ajudar a personalizar o tratamento da Diabetes com base nas características de cada doente (idade, género, perfil genético, padrões de atividade física e resposta à medicação). Estabeler planos de tratamento mais eficazes e reduzir o risco de complicações.
  • Monitorização continua da glicose e automação de insulina: Utilização de Dispositivos de monitorização continua de glicose (MCG) e sistemas de bomba de insulina automatizados estão a tornar-se mais comuns. Algoritmos de IA podem ser usados para interpretar os dados do MCG em tempo real e ajustar automaticamente as doses de insulina, proporcionando um controle glicémico mais estável e reduzindo a carga de autogestão para os doentes.
  • Aconselhamento e apoio ao doente: Chatbots e Assistentes Virtuais baseados em IA podem fornecer ajuda aos doentes com Diabetes, esclarecendo dúvidas, oferecendo lembretes para medicação e estilo de vida saudável, e até mesmo fornecer apoio emocional.
  • Pesquisa e descoberta de novos tratamentos: A IA pode ser usada para analisar grandes quantidades de dados de ensaios clínicos e literatura médica, para identificar alvos terapêuticos, entender melhor os mecanismos subjacentes à Diabetes e desenvolver novos tratamentos mais eficazes.

Importa salientar, que embora a IA ofereça muitas oportunidades promissoras na área da Diabetes, nomeadamente em ajudar o doente a melhorar a autogestão da sua Diabetes, também há desafios a serem superados, levantando questões éticas, de privacidade e segurança dos dados, garantindo a confiabilidade e interpretabilidade dos algoritmos e integrando efetivamente as soluções de IA nos sistemas de saúde existentes.

Para os profissionais de saúde é importante desenvolver competências transversais e clínicas especificas para poderem utilizar da melhor forma esta tecnologia e prestar cuidados com qualidade e eficiência ao doente diabético. Importa reter que a IA nunca irá substituir o cuidado direto do profissional de saúde, no entanto o impacto desta tecnologia exigirá um repensar da prática clínica que incluirá novos conceitos e modelos virtuais de prestação de cuidados.

Por conseguinte, há ainda um longo caminho a percorrer em matérias de regulação, financiamento e comercialização desta tecnologia no sistema de saúde, além de um estudo mais prolongado no tempo sobre a sua eficácia e segurança.

Em suma, aplicação da IA na Diabetes introduzirá uma mudança de paradigma no tratamento, nas estratégias convencionais de autogestão e qualidade dos cuidados de saúde, direcionados e baseados em dados.

 
Referências Bibliográficas
Cabanelas, O. J. (2019). Mercados y Negocios. (40) 5-22. DOI: 10.32870/myn.v0i40.7403.
Ellahham, S. (2020). Artificial Intelligence: The Future for Diabetes Care. Aug;133(8):895-900.doi: 10.1016/j.amjmed.2020.03.033.
GBD 2019 Diabetes Mortality Collaborators (2022). Diabetes mortality and trends before 25 years of age: an analysis of the Global Burden of Disease Study 2019. DOI:https://doi.org/10.1016/S2213-8587(21)00349-1
International Diabetes Fédération (2021). IDF Diabetes Atlas. 10th ed. Brussels, Belgium: International Diabetes Federation.
Nações Unidas (ONU) (2021). Perspectiva Global Reportagens Humanas. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2021/04/1747602
 
Ana Cristina Almeida Santos Oliveira
Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica, na Unidade Local Dão Lafões Viseu, EPE
Mestre em Toxicodependências e Doenças Psicossociais; Pós-Graduação em Gestão e Administração de Serviços de Saúde e Pós-graduação em Cuidados Paliativos e Fim de Vida. Sócia da www.girohc.pt/
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Empresa fará a calibração dos equipamentos
No âmbito das suas atividades de responsabilidade social, o ISQ acaba de assinar um protocolo com o Banco Alimentar contra a...

A ação dos Bancos Alimentares assenta na gratuitidade, na dádiva, na partilha, no voluntariado e no mecenato e o Banco Alimentar desempenha um papel fundamental na luta contra a fome e na promoção da solidariedade em Portugal, contando com o apoio de milhares de voluntários e doadores em todo o país.

Nesta perspetiva, e “no âmbito da nossa política de solidariedade social consideramos que faz todo o sentido prestar o nosso apoio gratuito em atividades que são uteis e necessárias ao bom funcionamento do Banco Alimentar”, realça Pedro Matias, Presidente do ISQ.

“É fundamental que a sociedade civil se mobilize e ajude a promover a justiça social, a reduzir o desperdício de alimentos para os entregar a quem mais precisa, a melhorar a saúde das comunidades e a fortalecer os laços dentro da sociedade. Ao redistribuir alimentos excedentes, evitando o desperdício, o Banco Alimentar contribui para práticas mais sustentáveis no sistema alimentar, alinhando-se com objetivos ambientais e económicos mais amplos”, complementa Pedro Matias.

A calibração dos equipamentos do BA irá permitir precisão e confiabilidade nas medições, ajudando a evitar erros. Por outro lado, garante a conformidade regulamentar bem como o controlo de qualidade dos produtos e processos para além da eficiência operacional, evitando medições imprecisas. “O Banco Alimentar tem hoje um nível de profissionalismo muito grande e por isso tem de agir no estrito cumprimento das Leis e das mais exigentes normas e regras e por isso o ISQ está ao lado do mesmo para ajudar neste processo”, conclui Pedro Matias, Presidente do ISQ.

Do Banco Alimentar saem todos os dias 40 toneladas de alimentos para instituições de solidariedade social da Grande Lisboa, sendo hoje o segundo maior da Europa. Da sua rede fazem parte 21 bancos a nível nacional. O BA apoia 380 instituições num total de 80 mil pessoas, só na área da Grande Lisboa, sendo que 4% da população nacional recebe bens do Banco Alimentar.

Na sua missão de luta contra o desperdício, o Banco Alimentar implementa um sistema de separação de resíduos orgânicos e de compostagem, o que permite o aproveitamento total das doações, reduzindo ao máximo as perdas.

De realçar ainda que o Banco Alimentar esteve na génese da criação da “Entrajuda”, instituição que promove a economia circular e a sustentabilidade através de um Banco de Bens Doados. Recuperam, reduzem, reutilizam e reciclam bens e equipamentos que de outra forma seriam destruídos. Caso de roupa de criança, roupa de casa, calçado, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza para a casa, equipamentos em fim de vida (computadores, eletrodomésticos), entre muitos outros. No fundo, distribuem bens e equipamentos que permitem equipar as Instituições, melhorar as condições de vida das famílias e promover a economia circular. Contribui-se assim para a racionalização de recursos e a proteção do ambiente.

Dia 6 de abril
O Serviço de Neurologia/Unidade de AVC da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra) vai assinalar o Dia Nacional do...

A caminhada que vai já na sua 10ª edição tem um percurso que se estende por 9km e um grau de dificuldade 2, é aberta à população em geral, gratuita, com ponto de encontro nos Hospitais da Universidade de Coimbra (piso 1), pelas 09:15h.

Recomenda-se o uso de roupa adequada às condições meteorológicas, calçado confortável para caminhada e o necessário suprimento alimentar / água, para o período da manhã. Importa também referir que não há seguro de grupo, pelo que cada participante caminha por sua conta e risco. Cada participante deve conhecer o seu estado de saúde e as suas reais condições de participação e assumir todos os riscos associados ao decorrer do evento.

Em todo o mundo estima-se que, por ano, 15 milhões sofrem um AVC e, desses, seis milhões não sobrevivem. Na Europa Ocidental, Portugal é o país com a mais elevada taxa de mortalidade.

Das diversas atividades assistenciais da Unidade de AVC da ULS Coimbra destacamos que se trata da única unidade de saúde nacional a integrar o projeto europeu HARMONICS, o qual visa a implementação de uma solução digital inovadora focada no acompanhamento e gestão dos cuidados de saúde ao doente com AVC após a alta hospitalar, envolvendo todos os níveis de cuidados de saúde em duas regiões europeias, Coimbra e Catalunha.

O projeto HARMONICS teve início em janeiro de 2023 e pretende contribuir para o aumento de qualidade de vida do doente com AVC e de eficiência dos sistemas de saúde. Na ULS Coimbra incorpora os serviços de Neurologia, Medicina Física e Reabilitação, Psiquiatria, Serviço Social e Unidade de Inovação e Desenvolvimento.

Bolsa de investigação no campo da imunoterapia anunciada no evento organizado pela APCL
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), em pareceria com a BataZu Family, vai realizar uma conferência dedicada à...

A conferência conta com palestras e mesas redondas compostas por especialistas reconhecidos para refletir sobre a imunoterapia, bem como espaço para perguntas com os convidados especiais. O programa do evento abre com duas apresentações, a primeira de Arnon Nagler, Presidente do Centro de Hemato-Oncologia do Sheba Medical Center de Israel,  sobre os dilemas do transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas após células CAR-T e a segunda é realizada por Didier Blaise, Chefe do Departamento de Hematologia e Terapia Celular do Instituto Paoli-Calmettes de Marselha (França), que fornecerá informações detalhadas sobre as opções para combater linfomas recidivante/refratário após tratamentos com células CAR-T. A sessão da tarde arranca com J. Chang, Presidente do Instituto Médico Geno-Imune de Shenzhen (China), irá falar sobre o passado, presente e futuro das terapias celulares com células CAR-T, de seguida o Diretor do Instituto de Hematologia e Oncologia do HCP, Álvaro Izpizua, falará  aprofundadamente sobre as células CAR-T.

Os participantes terão a oportunidade de assistir a uma mesa redonda sobre os resultados nacionais das terapias celulares em Portugal, onde especialistas do Instituto Português de Oncologia (IPO) e do Hospital Santa Maria vão debater o estado destas terapêuticas em Portugal. No final da conferência, a Fundação BataZu Family irá lançar uma bolsa de investigação que tenciona apoiar um projeto que promova o desenvolvimento destes tratamentos em Portugal.

A ideia do evento e a criação da bolsa de investigação partiram de Tomás Lamas, médico intensivista, que procurou por todo o mundo uma solução para salvar a vida do filho, que vivia uma leucemia rara. A família juntou em poucos dias 350 mil euros para um tratamento inovador, no entanto o menino acabaria por não resistir ao tratamento na China. Com parte do montante angariado, Tomás Lamas decidiu criar uma bolsa de forma a incentivar a investigação no campo da imunoterepia em Portugal.

A conferência procura ser uma oportunidade de aprendizagem e de promoção do conhecimento sobre esta área, oferecendo um suporte eficaz a doentes e cuidadores. Neste evento, a APCL tem como  parceiro a BataZu Family e conta com o apoio da Gilead e da Novartis.

Aula aberta
Inserida no Plano de Estudos da Licenciatura em Ciências da Nutrição, a unidade curricular de Comunicação em Saúde é, pela...

Com convidados de renome no panorama nacional, a formação em Comunicação em Saúde é coordenada pelos professores Alexandra Bento, Coordenadora do Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e Francisco Goiana da Silva, membro da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, e conta com temas como Comunicação de Crise, Literacia em Saúde, Comunicação Política, Marketing Estratégico/Campanhas de Comunicação em Saúde, Redes Sociais e novos formatos de Comunicação, Desinformação em Saúde - Inteligência Artificial/Chat GPT e regulação, entre outros.

Entre os oradores, destacam-se nomes como Álvaro Beleza, Ana Paula Martins, Maria de Belém Roseira, Miguel Poiares Maduro, Dulce Salzedas, Diana Duarte, Carlos Daniel ou Vera Lúcia Arreigoso, que partilharão insights valiosos e as melhores práticas nestas áreas.

Priorizando a relação da escola com a sociedade, no próximo dia 16 de maio, das 17h30 às 19h20, realiza-se uma aula aberta à comunidade, sob o tema “Desinformação em saúde – Inteligência artificial/ chat GPT e regulação”. Os convidados desta sessão são Cristina Fonseca (Indico Capital), Francisco de Abreu Duarte (The Legal Place) e João Guedes Marecos (OMS). A aula decorrerá online.

 
Psoríase e Artrite Psoriática
A Associação Portuguesa da Psoríase pretende avaliar as dificuldades no acesso ao tratamento da psoríase e da artrite...

Ao longo dos últimos anos têm aumentado os casos de doentes que reportam à PSOPortugal diversas dificuldades no acesso ao tratamento nos hospitais. Neste contexto, a PSOPortugal irá realizar um estudo junto dos doentes por forma a identificar a origem desta situação.

Este estudo como objetivo conseguir avaliar as dificuldades no acesso ao tratamento da psoríase e da artrite psoriática, e mais especificamente no acesso aos medicamentos biológicos de dispensa hospitalar, bem como o impacto que o protelar do tratamento ou a não disponibilização desses medicamentos tem nas diversas esferas na vida dos doentes.

Entre as diferentes terapêuticas para a doença psoriática, prescritas pelos médicos de acordo com o caso específico de cada doente, estão os medicamentos normalmente chamados de Biológicos. Estes são medicamentos imunomoduladores, ou seja, o seu mecanismo de atuação consiste em inibir a reação das substâncias e processos do sistema imunitário envolvidos no processo inflamatório da doença psoriática. Estas terapêuticas mostraram ser mais seguras do que terapêuticas sistémicas convencionais, permitindo tratamento eficaz a longo prazo.

Jaime Melancia, Presidente da PSOPortugal deixa o apelo, “Gostaria de incentivar todos os doentes com psoríase e/ou artrite psoriática a participar neste estudo, respondendo ao inquérito disponível no website da PSOPortugal. Esta é a forma de percebermos as dificuldades no processo de acesso ao tratamento e de tomarmos medidas para fazer face aos desafios encontrados junto das entidades competentes”.

O inquérito destina-se a todas as pessoas a quem lhes tenha sido diagnosticada psoríase e/ou artrite psoriática e a quem tenha sido prescrito tratamento para a doença, e encontra-se disponível aqui e também no website, Facebook e Instagram da PSOPortugal.

 

Desvendar o mistério
Quando o relógio bate a meia-noite na véspera de Ano Novo, inúmeras pessoas em todo o mundo comprome
  • Abordagem "tudo ou nada": Uma das principais razões pelas quais as resoluções de Ano Novo para o ginásio falham é a tendência para adotar uma mentalidade de tudo ou nada. As pessoas estabelecem expectativas irrealistas de ir ao ginásio todos os dias e, de passar horas no ginásio, o que leva ao esgotamento e ao eventual abandono dos seus objetivos de treino. Por isso, tente ir ao ginásio pelo menos 3 a 4 vezes por semana, por exemplo Segundas, Quartas e Sábados, ou Terças, Quintas e Sábados e saboreie essa conquista inicial.
  • Objetivos demasiado ambiciosos: Outra armadilha em que as pessoas caem frequentemente é a definição de objetivos demasiado ambiciosos sem um plano realista para os atingir. Em vez de procurar transformações drásticas num curto espaço de tempo, concentre-se em estabelecer objetivos mais pequenos e alcançáveis que contribuam para o progresso a longo prazo. Defina objetivos SMARTER: Específicos (S), Mensuráreis (M), Alcançáveis (A), mas desafiantes, Revistos (R) periodicamente, traçados no tempo (T), que transmitam motivação e energia (E) e, defina uma recompensa (R) por alcançar o objetivo.
  • Falta de compromisso e responsabilidade: Sem compromisso e responsabilidade é fácil deixar que as desculpas façam fracassar a sua rotina de treinos. Encontre um companheiro de treino, inscreva-se numa aula de grupo ou melhor contrate um personal trainer (PT) para o responsabilizar e apoiar no seu percurso e processo de treino. Para ser honesto, o que precisa é de alguém que o eleve para outro patamar e para isso deve contratar um PT e mencionar-lhe os três objetivos que quer, que deve e quando os gostaria de alcançar.
  • Monotonia: Fazer o mesmo tipo de treino e a mesma rotina de exercícios todos os dias pode levar rapidamente ao tédio e à perda de motivação. Mantenha as suas sessões de ginásio diferentes e estimulantes, incorporando uma variedade de exercícios, aulas de grupo, atividades ao ar livre e hábitos de alimentação saudáveis na sua rotina diária.

Voltando à pergunta inicial: porque é que este ciclo de desilusão persiste ano após ano? Para se libertar do ciclo de resoluções de Ano Novo falhadas, é necessário mudar o mindset, assumir o compromisso e simplesmente fazê-lo. Muitas pessoas estabelecem metas, mas não estão dispostas a fazer o esforço, sacrifício e treino que estas implicam e arranjam sempre desculpas. Por isso, o meu conselho é que se realmente querem o que desejaram na véspera de Ano Novo, enquanto falavam convosco próprios, deixem de ouvir a voz das desculpas (e procrastinação) e ouçam a vossa voz da ação. Sejam corajosos, decidam e tenham atitude. Estejam no ginásio quando este abrir (se treinar logo de manhã já não há desculpa), 3 a 4 dias por semana, e sintam-se orgulhosos de vós próprios, porque garanto-vos, não é fácil, mas é possível. Se alguém vos disser que é fácil, mentem-vos. Repitam isto durante 4 semanas e prometo-vos que sentirão alguma coisa de diferente.

Evitando os erros comuns e implementando as estratégias acima pode finalmente fazer com que as suas resoluções de treino de Ano Novo se mantenham e começar uma viagem para uma versão 2.0 de si mesmo, mais saudável e feliz.

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Unisana Hospitais nasce com cinco unidades em Almada, Torres Vedras, Santarém e no Porto
O setor português de cuidados de saúde conta com um novo grupo de saúde. A nova marca Unisana Hospitais reúne os investimentos...

No último ano, as unidades sob gestão do grupo Unisana Hospitais realizaram cerca de 130 mil consultas, 362 mil exames e cerca de cinco mil cirurgias, registando uma faturação agregada superior a 26 milhões de euros. O grupo apresenta, atualmente, uma capacidade instalada de 10 salas de bloco operatório, 79 gabinetes de consulta e 173 camas de internamento.

Eduardo Moniz, CEO da Unisana Hospitais, afirma: A Unisana pretende, a prazo, consolidar uma rede nacional, de identidade local, em colaboração e complementaridade com os setores público, segurador e social, para levar cuidados de saúde de qualidade a um número crescente de portugueses. Temos uma oferta alargada de cuidados de saúde hospitalar, desde consultas e exames até cirurgias e internamento, contando com uma equipa médica experiente e reconhecida nas suas áreas de especialidade”.

A equipa da Unisana Hospitais conta com a colaboração de mais de 360 médicos, além de enfermeiros e outros profissionais de saúde dedicados. O grupo oferece uma vasta gama de cuidados de saúde de ambulatório, disponibilizando consultas, exames de diagnóstico e terapêutica das mais diversas especialidades médicas e cirúrgicas. Nas unidades hospitalares, disponibiliza ainda cuidados de saúde como atendimento urgente e atendimento permanente, para além de cirurgia e internamento.

Administração da ULS Coimbra acompanhou o processo
Começou hoje, ao final da tarde da passada sexta-feira, a transferência dos primeiros utentes do antigo edifício das Urgências...

“É uma enorme satisfação ver os primeiros utentes serem transferidos para este novo edifício, uma semana antes da data com que nos tínhamos comprometido”, frisa o Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, Alexandre Lourenço, acrescentando: “o nosso deadline era o dia 21 de março, mas graças ao trabalho de muita gente, muito dedicada, foi possível antecipar o início da transferência dos primeiros doentes uma semana, algo que nos deixa com um sentimento de missão cumprida e ainda com mais vontade de passar à fase seguinte”.

Elsa Gaspar, Adjunta do Diretor do Serviço de Urgência de Adultos, afirmou que a transferência andou a bom ritmo, "como previsto".  A enfermeira Helena Fernandes, Enfermeira Gestora do Serviço de Urgência de Adultos, reiterou esta informação frisando, também, a “enorme satisfação que é poder dar início ao processo de transferência dos utentes para as novas instalações”.

Os primeiros utentes começaram a ser transferidos sexta-feira, por voltas das 17 horas, tendo a transferência começado pelos utentes triados com pulseiras azuis, verdes e amarelas. “Correu tudo muito bem, com esta primeira fase da transferência”, sublinha Alexandre Lourenço, que deixa um compromisso: “estamos a trabalhar para ter toda a Urgência renovada até ao final de setembro, antes do período sazonal de outono-inverno. É esse o compromisso do Conselho de Administração em relação às novas instalações das Urgências”.

A transferência de utentes decorreu durante a noite de sexta e sábado de manhã

Dias da Psicologia regressam à Faculdade de Educação e Psicologia
Estudantes, antigos alunos, investigadores, docentes e profissionais da área da Psicologia, a nível nacional e internacional,...

Nas últimas décadas, tem-se debatido, entre os psicólogos, a importância de ajustar o saber da psicologia às rápidas mudanças sociais, culturais, ambientais e tecnológicas, que têm grande impacto no dia a dia das pessoas, nos seus modos de pensar e de agir. Nesse debate não se equacionava, inicialmente, questionar as teorias mais clássicas da psicologia, a maioria das quais com raízes no último século. Embora sempre se tenha assumido que essas teorias podiam ser sujeitas a reinterpretações e revisões, decorrentes da evolução do conhecimento empírico e da reflexão académica sobre a evolução da realidade, nunca, como agora, se pensou que tantas e tão rápidas transformações podiam exigir transformar também o conhecimento teórico e prático sobre o comportamento humano.

“Antecipando-se que os 3/4 que restam do século XXI vão trazer transformações que não conseguimos antecipar, este debate urge. É esse o mote para a edição de 2024 dos Dias da Psicologia,” refere Raquel Matos, diretora da Faculdade de Educação e Psicologia, acrescentando que “ao longo de 3 dias, estudantes, professores, investigadores, psicólogos e outros profissionais, nacionais e internacionais, vão juntar-se à conversa para debater os desafios que, antecipam, se vão colocar à psicologia no século XXII.”

Entre três conferências, seis workshops e conversas, são muitos os momentos de debate ao longo destes três dias. Na conferência inaugural, do dia 19 de março, o consultor sénior no Human Neurobehavioral Laboratory (HNL), Frederick (Ted) Scharf, irá falar sobre o que se aprende na universidade e que, de facto, se utiliza no mercado de trabalho. Logo de seguida, existirá uma mesa-redonda dedicada aos desafios para a psicologia, onde participarão convidados internacionais.

No segundo dia do evento (20 de março), haverá espaço para o já habitual “Café com Psis”, moderado por António Fonseca (FEP/UCP), seguindo-se uma conversa com Sofia Ramalho, vice-presidente da Ordem dos Psicólogos Portugueses, que trará reflexões sobre os desafios para a Psicologia. Já no período da tarde, Luís Scorzafave, Professor na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto / USP, falará sobre os fatores associados à participação dos jovens em gangues, apresentando também as motivações que levam os jovens a entrarem neles. 

Último dia dedicado à Conferência Internacional de Estudantes de Licenciatura

No dia 21 de março, Raúl Manarte, Psicólogo Humanitário, abrirá o dia dedicado ao CIEL – Conferência Internacional de Estudantes de Licenciatura, com a Conferência “Estou farto de Psicólogos”. Pouco depois, estudantes da licenciatura em Psicologia participarão nas designadas FEP Talks. Já no período da tarde, realizar-se-ão seis workshops, abertos aos estudantes da licenciatura e mestrados em Psicologia da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, sobre temas tão diversos como: “Aprender a inovar com os estudantes a ensinar”; “Ano Profissional Júnior”; como ser bom psicoterapeuta; e “Permite-te: Vive a tua sexualidade livremente!”. Também existirá espaço para um workshop dedicado ao Human Neurobehavioral Laboratory (HNL) e outro ao Heroic Imagination Project.

A edição de 2024 dos Dias da Psicologia é organizada pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, em parceria com a Associação de Estudantes da Faculdade, e realiza-se entre 19 e 21 de março, na Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

 
Dia Mundial do Sono assinala-se no dia 15 de março
Hoje, dia 15 de março, sexta-feira, comemora-se o Dia Mundial do Sono, uma data promovida pela World

O tema de trabalho para este ano é “Sono de qualidade para todos, por uma melhor saúde global’” e pretende alertar para as diferenças da qualidade de sono na população mundial, respetivos desafios e acentuação da desigualdade na saúde.

O sono é essencial à vida e à nossa saúde, sendo fundamental para o bem-estar físico, mental e social. No entanto, é muitas vezes menosprezado, sendo a privação de sono considerada uma epidemia global de saúde pública. As exigências laborais e sociais, aliadas à intrusão tecnológica na nossa vida, podem prejudicar não só a quantidade, mas também a qualidade do sono, com impacto significativo na saúde e bem-estar.

Sabemos que a privação de sono diminui a capacidade de atenção e tomada de decisão, afeta a produtividade e o humor, aumenta o risco de acidentes e, a longo prazo, está também associada a um risco aumentado de desenvolver doenças, nomeadamente cardiovasculares, metabólicas e neurodegenerativas (como a demência de Alzheimer).

Neste Dia Mundial do Sono lembre-se de priorizar o seu sono e a sua saúde. Tenha em conta algumas destas dicas que podem fazer a diferença para uma boa noite de sono:

  • Tente manter um horário regular para se deitar e levantar, incluindo nos dias livres;
  • Mantenha um ambiente acolhedor no quarto (escuro, silencioso e com temperatura adequada);
  • Deixe o telemóvel e outros ecrãs fora do quarto;
  • Não leve problemas por resolver para a cama;
  • Reserve o final do dia para si, procurando atividades que o relaxem cerca de 2 horas antes de se deitar;
  • Implemente medidas para retomar o sono se acordar durante a noite: evite acender luzes fortes, olhar para o relógio. Se não consegue dormir, levante-se e faça alguma atividade relaxante fora do quarto. Tente praticar técnicas de relaxamento;
  • Apanhe luz natural pela manhã;
  • Pratique exercício físico de forma regular;
  • Mantenha uma dieta saudável e evite refeições pesadas, com excesso de açúcar, bebidas alcoólicas e café/ou chás, ao final do dia.

Se tem queixas frequentes relacionadas com o sono, como:

  • Dificuldade em adormecer ou em manter o sono;
  • Despertares frequentes;
  • Ressonar e/ou paragens da respiração durante a noite;
  • Sono muito agitado;
  • Sonhos vívidos;
  • Incómodo nas pernas ou no corpo que dificultam o adormecer;
  • Sensação de sono não reparador;
  • Queixas de sonolência, cansaço, fadiga durante o dia.

Não hesite em procurar ajuda. Existem profissionais de saúde dedicados às Patologias do Sono que o podem ajudar.

Cuide do seu sono e dos que lhe são próximos. Juntos podemos dormir melhor e contribuir para uma melhoria da saúde global.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Neste Dia Mundial do Sono
A expressão comum "durmo quando estiver morto", pode parecer inofensiva, mas reflete uma t

Assim, e para ajudar a alcançar um sono de qualidade, a Impress, destaca três mandamentos que representam mais do que simples conselhos, mas sim compromissos que, quando adotados, podem transformar a experiência noturna de qualquer pessoa e elevar a qualidade do descanso. Segui-las pode ser a diferença entre uma noite de sono tranquila ou passar a noite às voltas na cama:

  1. Evitar o sedentarismo: É sabido que o exercício físico reduz o risco de doenças cardíacas, cancro do cólon, osteoporose, hipertensão, colesterol alto e uma série de outros distúrbios. Mas qual é a sua ligação com a saúde oral? Um relatório do Journal of Dentistry comprovou que as pessoas que praticam exercício físico regularmente tinham um risco 54% menor de contrair periodontite. Também o Journal of Periodontology demonstrou que as pessoas com um índice de massa corporal mais baixo e que praticam a quantidade recomendada de exercício tinham 40% menos probabilidades de desenvolver doenças gengivais. Posto isto, a prática regular de exercício físico durante o dia é benéfico tanto para a saúde oral como para o sono, pois promove o relaxamento e está relacionada com um menor número de episódios de apneia durante a noite, o que contribui para um sono mais tranquilo e revigorante. Contudo, é de notar que, para garantir um sono eficaz, é de evitar a prática de exercício físico próximo da hora de dormir. Neste horário, é preferível recorrer a técnicas como meditação e acupuntura, que demonstraram ser eficazes na modulação do sistema nervoso, promovendo assim um sono mais tranquilo e reparador. 
  2. Evitar o tabaco, o álcool e a cafeína: O bruxismo noturno, caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono, pode causar danos aos dentes e à mandíbula, além de perturbar o sono, levando a despertares frequentes durante a noite, deixando a pessoa cansada pela manhã. Este problema está associado a diversos fatores, entre eles, o tabagismo e o consumo de cafeína ou álcool, razão pela qual se recomenda que seja evitado, sobretudo para quem é mais sensível ao seu efeito estimulante, contribuindo assim para uma melhor qualidade do sono. 
  3. Informar-se junto de um profissional: A má oclusão, um problema de saúde oral comum, pode desempenhar um papel significativo no desenvolvimento de distúrbios do sono, como o ronco, a apneia do sono e a insónia. Quando os dentes não estão alinhados corretamente, causam pressão na língua e na garganta, obstruindo a passagem do ar durante o sono. Como resultado, é comum ocorrerem roncos altos e frequentes interrupções no sono, o que pode levar a noites mal dormidas e à redução da qualidade do descanso. Nestes casos, é aconselhável procurar a ajuda de um profissional para encontrar o equilíbrio certo para as necessidades de descanso e manter uma boa saúde oral, física e mental. 

Alina Pereira, Medical Regional Manager da Impress em Portugal, refere que “a relação entre a saúde oral e a qualidade do sono é um tema fascinante, mas muitas vezes subestimado, fazendo com que os seus efeitos para a saúde sejam ignorados. O facto é que cuidar dos dentes e das gengivas garante um sorriso bonito, mas também pode ter um impacto significativo na qualidade do sono. Infeções na gengiva, como a periodontite, podem resultar em inflamação crónica, que por sua vez, está associada a problemas de sono, incluindo insónia e sonolência excessiva durante o dia. E claro, qualquer tipo de dor na boca, como cáries não tratadas, abcessos ou feridas na mucosa, podem dificultar o sono, pois a dor constante pode dificultar ou mesmo impedir o descanso.”

“A negligência dos cuidados de saúde oral, como a higiene oral inadequada e a falta de visitas regulares ao dentista, pode resultar em cáries, doenças gengivais e outras condições que podem causar dor e desconforto, interferindo com a qualidade do sono.” acrescenta.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Reconhecimento pelo Grupo Espanhol de Transplante de Progenitores Hematopoiéticos e Terapia Celular
Manuel Abecasis, Presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), foi homenageado ontem, 14 de março, em Málaga ...

O Professor Manuel Abecasis, membro distinto do GETH-TC, foi homenageado em virtude da sua notável dedicação à promoção da colaboração entre profissionais portugueses e espanhóis no campo do transplante de células. Além do momento de homenagem, também foi convidado a participar nas demais atividades da reunião, criando uma oportunidade única de troca de conhecimento e experiências com outros profissionais da área.

Além de presidente da APCL, Manuel Abecasis foi Diretor do Departamento de Hematologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa e do Programa de Transplantação de Medula Óssea. É, desde Fevereiro de 2021, Diretor do Registo Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE). Atualmente conta já com várias distinções, nomeadamente o Prémio SEAT para a Ciência (1987), o Prémio Nacional de Oncologia (1994), a Medalha de Prata por Serviços Distintos do Ministério da Saúde (2007), o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito da República Portuguesa (2010) e a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos (2015). Recebeu ainda a distinção Clinical Achievement Award 2021 da Sociedade Europeia de Transplantação de Medula Óssea e é sócio honorário da Sociedade Portuguesa de Hematologia.

O GETH-TC trabalha para melhorar a qualidade de vida dos doentes submetidos a transplantes hematopoiéticos através da investigação e desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Tem como objetivos a promoção, tanto em Espanha como no estrangeiro, da difusão do conhecimento científico relacionado com a transplantação hematopoiética e a terapia celular, fomentar e promover estudos de cooperação entre as equipas que realizam este tipo de transplantes e proporcionar informação clara sobre o TCTH e a TC, os centros que realizam estas técnicas aos doentes e às suas famílias.

 
Doença genética rara
Imagine que adormece e deixa de respirar?

Também conhecida por Síndrome de Hipoventilação Central Congénita, esta doença é causada por mutações num gene chamado PHOX2B, localizado no cromossoma 14, estimando-se que afete "um em 150.000 ou um em 200.000 recém-nascidos", o que a torna uma condição bastante rara. No entanto, admite-se "que a incidência desta síndrome esteja subestimada" uma vez que os casos de apresentação tardia que podem estar por diagnosticar.

Segundo a pediatra Núria Madureira, esta síndrome caracteriza-se por "uma falência no controlo autonómico da ventilação, caracterizando-se por hipoventilação central e ausência da normal resposta à diminuição do oxigénio e acumulação de dióxido de carbono". "A maior parte destes doentes tem uma respiração normal quando estão acordados, mas quando adormecem, e o único controlo da ventilação é o autonómico, deixam de respirar ou respiram mais lentamente do que é necessário. Com isso, há diminuição do oxigénio e acumulação de dióxido de carbono no sangue e o suposto seria respirar mais depressa e, eventualmente, acordar. Nestes doentes isso não acontece, havendo risco de morte", começa por explicar. 

Na maioria dos casos, acrescenta, "a síndrome manifesta-se nos primeiros dias de vida com apneias,  ou paragens na respiração, durante o sono ou acordados, episódios de cianose e alteração nos gases do sangue com acumulação de dióxido de carbono. A gravidade da situação justifica a necessidade de ventilação mecânica, ou seja, os bebés têm de ser entubados e respirar com a ajuda de um ventilador". 

Quando a síndrome só se manifesta depois do 1º mês de vida denomina-se síndrome de hipoventilação central congénita de apresentação tardia ou Late-Onset SHCC. "Estes doentes têm uma forma mais ligeira da síndrome, em que a hipoventilação só se manifesta quando há um desafio respiratório, ou seja, quando há infeções respiratórias graves, ou numa anestesia. Nestas circunstâncias, estes doentes podem apresentar uma insuficiência respiratória grave com necessidade de suporte ventilatório e eventual risco de vida", esclarece quanto às formas de manifestação. 

Outra característica, é poder afetar outros sistemas para além do respiratório. "A maioria dos doentes com síndrome de hipoventilação central congénita apresenta outras manifestações de desregulação no sistema nervoso autónomo. Estas manifestações podem ser cardíacas (há risco de arritmias potencialmente fatais), gastrointestinais (com a possível associação à doença de Hirschprung), espasmos do choro com risco de paragem cardiorrespiratória, alterações na regulação da temperatura corporal com sudorese excessiva ou ausência de febre nas infeções, problemas oftalmológicos como estrabismo, ou dificuldades escolares", enumera a pediatra adiantando que, em alguns doentes, há um risco acrescido de desenvolvimento de neuroblastomas ou ganglioneuromas. 

O seu diagnóstico é realizado através de teste genético, "para saber se há mutações no gene PHOX2B", quando há suspeita da presença desta síndrome. No entanto, a especialista admite que sendo esta uma patologia rara, o desafio inicial é, muitas vezes, ter a suspeita deste diagnóstico. "Ainda assim, com os avanços no conhecimento médico, a maioria dos casos graves e típicos já tem um diagnóstico muito precoce. Antes da identificação do gene envolvido nesta síndrome, o diagnóstico era difícil, implicava a exclusão de outras doenças e a realização de uma polissonografia. Atualmente, o diagnóstico através de testes genéticos é relativamente fácil e rápido", refere.  

Núria Madureira, salienta, ainda que "as mutações ocorrem na maior parte dos casos de novo, isto é, os pais não têm a mutação e ela ocorre durante a formação das primeiras células do futuro bebé", pelo que não é possível o diagnóstico pré-natal. "Só quando já há um irmão, ou um dos pais atingidos pela síndrome, é que este diagnóstico se pode equacionar. Estas situações devem ser orientadas em consulta de genética para melhor esclarecimento da necessidade, ou possibilidade, de testes genéticos pré-natais", explica a médica. 

No que diz respeito ao tratamento, esta síndrome leva à necessidade de viver com suporte ventilatório. "Estes doentes vão depender de suporte respiratório durante o sono e, eventualmente, acordados, durante toda a vida. Na maioria dos casos, o suporte ventilatório inicia-se logo nos primeiros dias de vida e os bebés ficam internados até terem condições de manter esse suporte ventilatório em casa", revela Núria Madureira. 

De acordo com a especialista, "as recomendações internacionais preconizam que o suporte ventilatório seja através de traqueostomia e ventilação invasiva nos casos graves e nos primeiros anos de vida. A traqueostomia consiste num orifício na traqueia supraesternal, onde se coloca uma cânula que se vai conectar ao ventilador quando a criança está a dormir". Em idade escolar, explica, "habitualmente, encerra-se a traqueostomia e passa-se para ventilação não invasiva, ou seja, com o ventilador ligado a uma máscara que se coloca no nariz, ou no nariz e na boca". 

Este é um processo desafiante que envolve muitas adaptações, quer para as famílias quer para as equipas médicas que os acompanham, ao longo das várias etapas do crescimento. 

"Os principais desafios no tratamento estão relacionados com a total dependência do suporte ventilatório durante o sono. Sem ele, os doentes podem morrer. Este suporte ventilatório representa uma sobrecarga muito importante para os pais que, além de terem de tratar de um bebé, têm de garantir cuidados especializados de saúde", revela.  

Para os médicos, "o desafio é garantir que o suporte ventilatório é o mais adequado; ter particular atenção quando há doenças agudas, porque a hipoventilação pode agravar-se e condicionar risco de vida; e garantir o diagnóstico e orientação adequada das outras possíveis manifestações da síndrome". 

"À medida que a criança cresce, vão-se colocando outros desafios. O principal é explicar à criança, e depois ao adolescente, as limitações relacionadas com a sua doença e garantir uma vida o mais próxima do normal possível", acrescenta a pediatra. 

"Tal como em todas as outras doenças crónicas, é fundamental explicar aos pais em que consiste esta síndrome e quais as suas implicações. O internamento destes bebés é prolongado, para que se atinja a estabilidade clínica e, durante esse período, devem ser várias as conversas com os pais.  Assim que possível, começam os ensinos aos pais sobre a traqueostomia, os ventiladores, a necessidade de vigilância com monitores cardiorrespiratórios e até as manobras de reanimação cardiorrespiratória. A alta só é possível quando os pais estão preparados para assegurar o suporte ventilatório em casa", afirma quando questionada sobre como se preparam os pais para a convivência com esta síndrome. 

«Não sabia como iria ser o futuro da minha bebé»

Foi após descobrir que a filha sofria de Síndrome de Hipoventilação Central Congénita, "uma síndrome muito rara sobre a qual não sabia nada", que Daniela Rosa e Lourenço sentiu que tinha o dever de "colocar em contacto as pessoas e famílias portuguesas que vivem com esta síndrome". A SINGELA, uma associação que se foca "na participação em atividades de divulgação e consciencialização da síndrome, junto da comunidade, incluindo a comunidade médica e científica" e que fomenta "o contacto entre as famílias portuguesas que lidam com a síndrome", nasce com esta missão. Entando presente "em redes nacionais de saúde e doenças raras, bem como em redes internacionais de partilha de conhecimento sobre síndrome de Ondine, com o intuito de estar a par de todos os desenvolvimentos científicos e clínicos nesta área". 

"Não conhecia ninguém que tivesse passado pelo que estava a passar com a minha família. Não sabia como iria ser o futuro da minha bebé. Com sorte, através de um amigo, tive contacto com a mãe de uma menina portuguesa, o que foi muito importante para mim", recorda a presidente da associação que enumera os vários desfios que as famílias destas crianças enfrentam: 

"Principalmente nos primeiros anos de vida, as pessoas com Síndrome de Hipoventilação Central Congénita estão dependentes de uma vigilância constante e de cuidados específicos e exigentes. É comum que um dos pais se veja obrigado a fazer uma pausa na sua carreira profissional, de forma a assegurar os cuidados da criança, que, muitas vezes, não tem possibilidade de frequentar uma creche ou jardim de infância. Há uma tendência para o isolamento e um acumular de cansaço físico e psicológico decorrente dos cuidados constantes, da possível necessidade de terapias, da ida a várias consultas e dos frequentes internamentos hospitalares. Penso que a grande alteração na vida familiar, profissional, económica e social, é um dos principais desafios das famílias", revela. 

"É importante reiterar que grande parte das famílias com crianças que têm Síndrome de Hipoventilação Central Congénita (principalmente, as que estão dependentes de ventilação invasiva) estão condicionadas na vertente social, quer pelas dificuldades de mobilidade com os aparelhos necessários, quer pelo risco acrescido de infeções graves. Normalmente, as crianças não frequentam a creche e o jardim de infância e passam grandes períodos de tempo no hospital, o que condiciona a sua socialização", sublinha, afirmando que "de momento, nestes estabelecimentos, é praticamente impossível assegurar a presença de um profissional qualificado e em exclusivo para as crianças com Síndrome de Hipoventilação Central Congénita". 

No que diz respeito ao tratamento, e uma vez que este doentes estão dependende do uso de dispositivos de ventilação, "no geral" a comparticipação dos materiais e aparelhos para esse fim, é um aspeto muito importante, "caso contrário, seria muito difícil que uma família pudesse assegurar tudo isso, principalmente, quando um dos membros tem de parar a sua atividade profissional, vendo o rendimento familiar diminuir". "Economicamente, é importante referir a dependência de apoios da Segurança Social e do Sistema Nacional de Saúde", reforça. 

Por todos estes motivos, Daniela Rosa e Lourenço, quer mostrar a pais e familiares que lidam com esta síndrome rara que "não estão sozinhos". "A SINGELA tem uma rede que pretende auxiliar-vos e representar-vos, pelo que estamos ao dispor para esclarecer qualquer dúvida. As famílias, ou qualquer pessoa, podem entrar em contacto connosco". 

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
"Desafio 8 Horas de Sono”
Não anda a dormir o que devia? A pensar nisso, e de forma a assinalar o Dia Mundial do Sono, a 15 de março, foi lançado o ...

O processo é simples: se está com uma dívida de sono basta aceder a uma plataforma online – www.dormirdescansado.pt - e responder a perguntas sobre como dorme. Como os problemas não são todos iguais, o resultado do teste do sono “Dormir Descansado” é um plano pessoal, desenhado por um coach especialista neste tema, que irá sugerir rotinas adaptadas ao perfil de sono específico de cada pessoa. Este plano pretende ajudar a população a dormir as 8 horas de sono recomendadas para adultos, de uma forma geral.

Na prática, depois de feito o diagnóstico, é traçado um perfil e enviado um plano de sono individual, que inclui não só sugestão de produtos indicados para o problema específico, como também recomendações personalizadas para dormir melhor.

Esta iniciativa foi lançada pelo laboratório Vemedia. O ”Desafio 8 horas de sono” tem como objetivo promover bons hábitos através de um serviço personalizado adaptado às necessidades específicas do perfil de sono de cada pessoa. No entanto, se os problemas persistirem ou se interferirem com o dia a dia, é recomendada a ida ao médico ou farmacêutico.

É possível fazer o teste do sono “Dormir Descansado” e obter um plano de sono personalizado até ao dia 15 de junho de 2024.

 

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