Associação avança com declaração pública
Com base no atual contexto do setor de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT), e dos processos de...

Partindo de princípios fundamentais previstos na Constituição da República Portuguesa, como a dignidade humana, a igualdade, a liberdade e o respeito, a ANL acaba de publicar uma declaração pública sobre os direitos individuais dos utentes, que espelha o compromisso da associação para com estes mesmos direitos. Para Nuno Marques, diretor-geral da ANL, “esta declaração é crucial para que os utentes estejam conscientes dos seus direitos no que respeita ao acesso aos cuidados de saúde num Estado de Direito como é Portugal, da mesma forma que esta declaração expressa o compromisso da ANL em assegurar que todos os utentes recebem os cuidados de que necessitam e quando necessitam. É essencial continuar a proteger os direitos dos utentes", salienta.

Da declaração constam os seguintes pontos:

  • Direito à livre escolha: o utente tem o direto de escolher livremente o laboratório de análises clínicas, de acordo com as suas preferências, necessidades e condições específicas, e o direito à emissão de uma credencial.
  • Direito de acesso: o utente tem o direito ao acesso equitativo e não discriminatório aos laboratórios de análises clínicas, independentemente da sua condição socioeconómica, geográfica, étnica, religiosa, ou qualquer outra condição pessoal, bem como o direito à emissão imediata e sem espera de uma credencial para realizar os seus exames.
  • Direito à qualidade: o utente tem o direito a que as suas análises clínicas sejam realizadas com minucioso cumprimento dos requisitos legais e regulamentares aplicáveis aos laboratórios clínicos, incluindo todas as regras do licenciamento, boas práticas e normas de qualidade e de segurança.
  • Direito à prevenção da doença e à promoção da saúde: o utente tem o direito à realização de análises clínicas, quer como meio de diagnóstico e terapêutica, quer como meio essencial de prevenção da doença e de promoção da saúde.
  • Direito de queixa e de reclamação: o utente tem o direito a reclamar e a apresentar queixa sempre que veja que um laboratório de análises clínicas desrespeita os seus direitos, assim como se uma instituição de saúde, ou profissional de saúde, dificultar a emissão de uma credencial ou recomendar postos de colheita e laboratórios que não possuam licença de funcionamento.
  • Outros direitos: o utente tem o direito a ser tratado e acompanhado com prontidão, humanidade, correção e respeito. Os seus dados médicos e pessoais devem ser tratados com o máximo sigilo e só podem ser divulgados com o seu consentimento e quando exigido por lei. Todas as informações sobre os atos que vão ser prestados devem ser devidamente transmitidas ao utente antes da sua realização, bem como os resultados dos seus exames.

“Estamos ao dispor para colaborar com as entidades responsáveis na procura de soluções que fortaleçam o sistema de saúde português sem comprometer a liberdade de escolha dos utentes, bem como o acesso ao serviço de análises clínicas de qualidade e em conformidade com os seus direitos fundamentais”, afirma Nuno Marques.

A decorrer a 11 de março, 20 de março e 17 de abril, na Universidade Católica no Porto
“Da ciência da felicidade pública à sua prática”, “Desafios do Sistema de Saúde” e “Inclusão social no mercado de trabalho” são...

“Anualmente organizamos as Tertúlias na Biotecnologia onde procuramos trazer a debate temas da atualidade que intrinsecamente estão interligados com as áreas para as quais formamos os nossos estudantes,” refere Paula Castro, diretora da Escola Superior de Biotecnologia.

“Da ciência da felicidade pública à sua prática: propostas para o campo da educação, num mergulho pela poesia da vida”, será o tema de conversa de Helena Marujo, professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, que se realiza a 11 de março, às 13h. Helena Marujo, doutorada em Psicologia, coordena a cátedra Unesco em Educação para a Paz Global Sustentável, e está envolvida, desde 2011, num inquérito internacional que tem procurado medir as esperanças de pessoas e povos. Na sua palestra irá abordar como a ciência da felicidade tem tentado conhecer a fundo a possibilidade de vivermos vidas com qualidade e elevação, perante a imprevisibilidade de tudo, bem como, no espaço complexo da educação - em alunos, docentes, atores escolares em geral - é possível e desejável viver vidas que valham a pena ser vividas.

 Já a 20 de março, às 16h, a Escola Superior de Biotecnologia receberá Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde e professor da Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade Nova de Lisboa, para falar dos “Desafios do Sistema de Saúde”, um tema necessário e de grande atualidade. Caberá a Bento Amaral, Wine inspiring executive da Humanwinety, a 17 de abril, às 16h, fechar o 13º Ciclo de Tertúlias na Biotecnologia, com o tema “Inclusão social no mercado de trabalho”. Uma temática que interessa a todos, trabalhadores ativos, estudantes e comunidade. Nesta sessão, o orador ira falar sobre a sua experiência pessoal na Humanwinety que promove a sustentabilidade social através da inclusão de pessoas pertencentes a grupos minoritários nos setores do vinho e da hotelaria.

 
Programa Ativa’mente é cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)
O Programa Ativa’mente, em 2022, teve como objetivos principais aumentar a literacia no âmbito da saúde mental e reduzir o...

O último tema abordado na 1ª edição foi o da promoção de estilos saudáveis, que permitiu construir a ponte para a próxima etapa, do Programa (2024 e 2025), sob o mote - “Ativa’mente: o teu lugar saudável”.

Nesta nova fase, o projeto pretende investir na mudança de comportamento, através da adoção de estilos de vida saudáveis, ao longo de todo o ciclo de vida e abrangendo os diferentes papéis que cada pessoa desempenha no seu dia a dia e na comunidade em que está inserida. Isto implica a abordagem de diferentes competências e áreas de vida, em que a população é desafiada a encontrar, com o apoio do Ativa’mente, o seu lugar saudável.

Para 2024, o Programa Ativa’mente propõe os seguintes temas:

  • Empatia (relembrar a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro);
  • Relações (focar na relação que desenvolvo comigo e com os outros);
  • Desafio(-te) (as pessoas serão convidadas a saírem da sua zona de conforto);
  • Viver de forma equilibrada (um olhar sobre a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional);
  • Desenvolver o cérebro (uma visão científica sobre a importância da estimulação cognitiva);
  • Olhar para o meu corpo (aprender a olhar para o corpo como lugar saudável);
  • Fazer uma pausa (saber como aproveitar as férias de forma saudável e equilibrada);
  • Gerir emoções (reconhecer a capacidade de identificar e lidar com as suas emoções e com as dos outros);
  • Riso (saber como utilizar o humor no dia a dia);
  • Parentalidade (refletir sobre o que implica uma parentalidade responsável);
  • Sentido (promover o sentido de propósito e a definição de objetivos e estratégias para os atingir).

Todos os conteúdos serão apresentados e dinamizados nas redes sociais próprias do Ativa’mente e da Câmara Municipal de Matosinhos e cada tema estará associado a um evento ou uma iniciativa, que por sua vez procurará captar a atenção e a participação do público que se identifica com o tema específico. O Programa será pautado de experiências imersivas e atividades experienciais, para que o público se sinta completamente envolvido, seja num ambiente virtual ou físico, e que desfrute ao máximo das experiências oferecidas.

Para estar a par de todos os eventos e iniciativas realizados, no âmbito desta edição do Programa Ativa’mente, acompanhe-nos através das redes sociais Facebook e Instagram.

O Programa Ativa’mente é cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do Plano das Operações Integradas dos Territórios de Intervenção (PAOITI).

Projeto nacional de investigação destaca a importância da literacia em saúde
O projeto “Saúde que Conta”, uma iniciativa de investigação nacional que pretende contribuir para o debate público através da...

Coordenado por Ana Escoval, investigadora da ENSP NOVA, com a participação científica de Ana Rita Pedro, investigadora também da ENSP NOVA, o “Saúde que Conta” foi nomeado como um dos quatro finalistas na categoria “Literacia em Saúde”, entre 148 candidaturas recebidas e segmentadas entre Literacia em Saúde; Integração de Cuidados; Tecnologia e Dados ao Serviço da Saúde e Sustentabilidade Social.

O “Saúde que Conta” é uma iniciativa que, desde 2010, aborda temas com impacto na comunidade, nos custos em saúde e na economia, contribuindo para uma maior informação, acompanhamento, apoio e literacia em saúde.

No passado dia 20 de fevereiro, Ana Rita Pedro teve a oportunidade de reunir com o júri e defender o projeto eleito para possível vencedor desta primeira edição dos TOP Health Awards, numa cerimónia de entrega de prémios agendada para o próximo dia 21 de março, na Associação Comercial de Lisboa.

Os Top Health Awards têm como missão reconhecer e premiar o talento e projetos desenvolvidos em saúde que contribuam para criar mais valor de forma inovadora e colaborativa entre os vários interlocutores da saúde, como os doentes, a sociedade e os profissionais de saúde. Contam com a parceria da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Convenção Nacional da Saúde; Universidade do Porto; Ordem dos Médicos; Ordem dos Farmacêuticos; APIFARMA (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica); Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH); Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB); Instituto de Medicina Molecular (iMM); Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM); RD-Portugal, Doenças Raras de Portugal; IQVIA; AMROP; Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET); Nova School of Business and Economics; Universidade Católica Portuguesa; VdA – Vieira de Almeida, Sociedade de Advogados e Microsoft.

 
 
 
7 a 17 de março
Cruz Vermelha regista aumento de 73% nos pedidos de apoio em 2023 e lança Campanha Solidária em grandes superfícies.

O sistema de proteção social da Cruz Vermelha Portuguesa registou um aumento de 73% de pedido de ajuda em 2023. Estas solicitações surgiram ao abrigo do programa Mais Feliz, que presta apoio a famílias em situação de grande vulnerabilidade, auxiliando-as no pagamento das rendas das casas e outras despesas básicas, como água, luz, consultas médicas ou compras de alimentos e bens de primeira necessidade.

Estes números confirmam a tendência, já registada nos anos anteriores, de aumento expressivo dos pedidos de apoio e levam a CVP a lançar mais uma campanha solidária em 340 lojas de grandes superfícies de todo o país. Com esta campanha, a CVP, que está presente em todo o território nacional graças às suas 159 delegações, pretende reforçar capacidade de resposta e expandir ainda mais a sua ação.

Assim, entre 7 e 17 de março, todos são convidados a contribuir através da aquisição de vales monetários ou alimentares (que se traduzem em azeite, bolachas, esparguete, grão-de-bico e salsichas).

No próximo fim-de-semana, de 9 e 10 de março, voluntários da CVP estarão presentes em várias lojas El Corte Inglès, E’leclerc, Lidl, Pingo Doce e Sonae (Continente, Continente Modelo e Continente Bom Dia) para dinamizar uma campanha de recolha de bens alimentares e de produtos de higiene.

Os números de 2023: mais pedidos de ajuda e mais famílias beneficiárias 

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) voltou a registar, em 2023, um aumento no número de pedidos de ajuda, superando as 50 mil famílias que já beneficiavam de apoio social, através dos diversos serviços prestados pelas Estruturas Locais presentes em todo o território nacional e ilhas.

No âmbito da sua ação, a Cruz Vermelha desenvolve programas sociais, em todo o território, que visam mitigar as vulnerabilidades das pessoas e famílias, através de mecanismos de apoio como sejam o Cartão Dá CVP e o Mais Feliz. Em 2023, ambos registaram um aumento dos pedidos.

O Cartão Dá CVP registou um aumento de 59% no número de pessoas apoiadas. Três quartos dos beneficiários eram mulheres, tendo mais de metade idade compreendida entre 30 e 50 anos. Este mecanismo de apoio permite a cada pessoa ou família fazer compras com maior dignidade, promovendo a autonomia e reconhecendo a sua individualidade, ao permitir a escolha e seleção dos produtos de que necessita, respeitando as diferentes dietas, cultura e recursos.

As equipas sociais executoras do Cartão Dá CVP têm registado um número significativo de famílias monoparentais (35%) a requererem esta ajuda, como também, numa percentagem equiparada (34%), têm surgido solicitações de casais com filhos. Entre os titulares deste apoio, 44% estão desempregados, sendo que 27%, apesar de trabalharem por conta de outrem, não conseguem fazer face às despesas mensais e procuraram ajuda da CVP. 

Quanto ao Mais Feliz, registou-se um aumento de 53% no valor disponibilizado para os apoios económicos, comparativamente a 2022. Este programa apoia famílias em situação de grande vulnerabilidade, auxiliando-as economicamente, suprindo as necessidades mais básicas em défice, mas acima de tudo, ajudando-as a construir um plano de intervenção individual, tendo como objetivo a capacitação para a autonomia,

Também no domínio do acompanhamento das pessoas em situação de sem-abrigo, prestado em 10 estruturas locais da CVP, houve um crescimento de 80% face a 2022. Em 2023, a CVP reforço a sua capacidade de dar respostas como acolhimento, distribuição de bens alimentares e produtos de higiene pelas equipas de rua, ajuda na definição de projetos de vida, impactando a vida de 1.986 pessoas, sendo que 69% delas são homens.

Em média, a Cruz Vermelha distribuiu 785 refeições por dia no ano passado.

A CVP dá também resposta a vítimas de violência doméstica e aos seus filhos, a idosos a quem acompanha através da teleassistência, centros de dia, lares, apoio domiciliário. Entre muitas outras respostas dirigidas à comunidade, como creches e ATL.

 
Opinião
A Doença de Parkinson (DP) tem uma face visível e mais facilmente identificável por todos (o tremor,

Entre as alterações mais comuns na DP contam-se aquelas que ocorrem ao nível da fala (disartria): a voz torna-se baixa, rouca ou soprada, a articulação dos sons fica mais cerrada e a fala perde a sua entoação característica. É, também, comum que exista um defeito de perceção, isto é, a pessoa com DP não percebe que tem estas alterações ou que são tão marcadas e, como tal, não tenta corrigir-se e tem dificuldade em compreender o porquê de os outros não entenderem o que diz.

A DP afeta também a deglutição, isto é, a capacidade de transportar saliva, líquidos e alimentos desde a boca até ao estômago, de forma segura (sem que haja entrada nas vias aéreas – laringe, traqueia e pulmões). Quando tal não acontece estamos perante uma alteração no processo da deglutição denominada de disfagia. Os primeiros indícios de disfagia são, muitas vezes, o aumento da quantidade de saliva na boca, comprimidos presos na boca ou na garganta e episódios de tosse/engasgamento com saliva, líquidos e sólidos secos e granulosos. Em fases iniciais, acontecem com reduzida frequência e por esse motivo tendem a ser desvalorizados, mas com o avançar da doença passam a ocorrer mais frequentemente e com uma maior variedade de alimentos. O agravamento da disfagia aumenta a probabilidade de engasgamento e de se desenvolver uma pneumonia de aspiração devido à entrada de líquidos ou alimentos nos pulmões, o que acarreta riscos para a saúde e contribui para a diminuição do prazer alimentar.

Em ambos os casos, a intervenção do terapeuta da fala (TF) pode ajudar a minimizar o impacto destas alterações. Quando o foco é melhorar a função, quer seja a fala ou a deglutição, a evidência sugere a aplicação de programas de reabilitação intensivos em que, durante algumas semanas, são realizadas sessões quase diariamente. O acesso a estes programas não está, contudo, ao alcance de todos e em determinadas fases da doença pode fazer sentido um programa menos intensivo, mas de duração mais prolongada. As funções da fala e deglutição, tal como a marcha, implicam o correto funcionamento de um vasto conjunto de músculos e sabemos que a prática de exercício regular e mantida no tempo, parece trazer benefícios para as pessoas com DP. Sabemos também que, para uma boa parte das pessoas, com ou sem doença, a prática regular de um programa de exercício, sem acompanhamento, pode ser difícil e desmotivante. Acredito, por isso, que tal como a marcha, também as funções da fala e deglutição devem ser trabalhadas de forma regular e que um acompanhamento próximo por parte de um TF, não só ajuda a manter a regularidade da prática, mas permite, de forma muito mais precoce, detetar novas alterações e ajustar os programas de exercício.

Para além da reabilitação da função, o papel do TF passa também pelas abordagens compensatórias. Por um lado, aquelas que contribuem para o aumento da funcionalidade comunicativa, como introdução e adaptação de estratégias, dirigidas aos interlocutores ou ao ambiente comunicativo e identificação, adaptação e treino de instrumentos facilitadores da comunicação como os amplificadores vocais. Por outro, as que contribuem para aumentar a segurança da alimentação por via oral, e que podem ser aplicadas à forma como a pessoa se alimenta ou à própria alimentação, como é o caso da modificação das consistências alimentares. A evidência científica, mostra-nos que mudar a consistência dos alimentos é, em muitos casos, suficiente para tornar a deglutição segura. Esta adaptação pode, no entanto, alterar o valor nutricional dos alimentos e resultar em perda de prazer alimentar pelo que é essencial, nesta fase, contar, não só com um TF, mas também com um nutricionista. É por isso que no Campus Neurológico (CNS) disponibilizamos a consulta de alimentação, uma avaliação conjunta por ambas as áreas e da qual resulta uma recomendação que inclui estratégias para uma alimentação segura e um plano alimentar personalizado e ajustado em termos nutricionais.

Acredito, assim, que é importante procurar um TF, assim que seja feito o diagnóstico, mesmo que ainda não se sintam alterações na fala ou deglutição. Desta forma, desde cedo, podem ser realizados ensinos e recomendados programas de exercício que contribuam para manter a comunicação e deglutição na melhor condição possível. Importa salientar que, para que seja bem-sucedida, a intervenção deste profissional deve ser vista como uma parte de um todo, que inclui a participação de outras especialidades e em que a pessoa com DP e a sua família estão no centro dos cuidados de saúde.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para assinalar o Dia Internacional das Mulheres
A conhecida marca do comércio tradicional portuense maquilhará pacientes do Hospital de Dia da ULS de Matosinhos, a 8 de março,...

Se uma imagem consegue valer mil palavras, quanto valerão aqueles gestos que emprestam renovada definição e brilho às feições de cada um de nós, sobretudo em momentos de maior necessidade?

A pergunta é retórica, mas não a ação - muito prática e plena de intenção - que os Armazéns Marques Soares levarão a efeito no Hospital de Dia do Hospital Pedro Hispano/Unidade Local de Saúde de Matosinhos, numa iniciativa para assinalar o Dia Internacional das Mulheres.

Em 8 de março, durante a manhã, e também no período da tarde, aquela que é uma das marcas mais (re)conhecidas do comércio tradicional nacional “arregaçará as mangas para, num dia especial, intensificar as feições e os sorrisos” das utentes em tratamento na unidade hospitalar matosinhense, nas palavras de Elisabete Neves, responsável de marketing da Marques Soares, através de técnicas de maquilhagem, a desenvolver por consultoras de cosmética da empresa.

Para celebrar a efeméride, colaboradoras da cadeia de lojas presentearão ainda as mulheres presentes no Hospital de Dia da ULS de Matosinhos com flores e “pequenos mimos simbólicos, mas cheios de carinho”. No fundo, gestos solidários que pretendem tão simplesmente transmitir uma mensagem de alento num dia importante para o “empowerment” feminino.

 
14 e 15 de junho
O Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado (NEDF) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar um curso que...

O coordenador do NEDF da SPMI, Paulo Carrola, mostrou entusiasmo em relação aos objetivos e inovações deste curso inédito. "É um curso que está no alinhamento do que tem vindo a ser feito pelo NEDF, mas que sofreu uma reformulação relativamente às edições anteriores. Esta necessidade surgiu por dois motivos: por um lado, pelo facto de a Escola Anual Virtual de Hepatologia, projeto de sucesso que já vai na segunda edição, ter ocupado algum terreno formativo no âmbito da Doença Hepática Crónica, e por outro porque era necessário criar um curso em que a aplicação prática de conceitos fosse o aspeto diferenciador e preferencial em termos formativos", destacou.

Uma das principais novidades do curso é a inclusão de um Clinical Escape Game, uma abordagem lúdica e interativa que promete desafiar os participantes a resolverem enigmas relacionados com a temática, proporcionando uma aprendizagem imersiva e dinâmica.

Além disso, haverá espaço para bancas práticas com simuladores, permitindo aos participantes a oportunidade de vivenciar situações clínicas reais e desenvolver habilidades práticas essenciais.

"O nosso objetivo é que os participantes adquiram e consolidem conhecimentos práticos na abordagem da doença hepática crónica avançada e suas complicações", afirmou o coordenador. O curso destina-se principalmente a internos e especialistas de Medicina Interna, mas também está aberto a outras especialidades afins, como a Gastroenterologia.

No final do curso espera-se que os participantes não só se sintam satisfeitos com a experiência, mas também que saiam mais capazes de lidar com os desafios apresentados pela doença hepática crónica. "Queremos que todos aproveitem e sejam dois dias bem passados. Que levem consigo ensinamentos que os tornem mais competentes no tratamento desses pacientes", concluiu.

Este evento promete marcar uma nova era na formação médica, integrando o conhecimento teórico com a prática clínica de forma inovadora e envolvente.

Inscrições em https://www.spmi.pt/doenca-hepatica-cronica-clinical-escape-game-e-simulacao-clinica/

 
 
16 de março
A Reunião da Primavera do Grupo de Estudos de Cancro do Pulmão (GECP) realiza-se no dia 16 de março, no Monte Real Hotel Termas...

O encontro apresenta três mesas redondas, centradas nos temas “TNE do pulmão de baixo grau e grau intermédio”, “Carcinoma de pequenas células do pulmão” e “Carcinoma NE de grandes células: uma unmet need”. O evento culmina com uma conferência sobre as "Especificidades da medicina nuclear", proporcionando uma visão abrangente e atualizada do estado da arte nesta área em constante evolução.

Ana Figueiredo, Presidente da Direção do GECP, destaca a adesão dos sócios a este encontro e a relevância da temática selecionada. "Estamos muito satisfeitos por reunir vários especialistas para debater a abordagem diagnóstica e terapêutica dos tumores neuroendócrinos do pulmão, um grupo de tumores mais raros e por isso menos estudados e com menos opções terapêuticas", refere a pneumologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

“Os sócios do GECP podem esperar, como já é habitual, uma atmosfera de aprendizagem e colaboração, onde serão debatidas as evidências e dados científicos mais recentes, bem como os desenvolvimentos clínicos mais promissores neste âmbito”, finaliza.

Desde a fundação do GECP que a Reunião da Primavera é realizada anualmente, sendo um marco importante de atualização e fortalecimento de laços entre profissionais que dedicam a sua atividade ao tratamento do cancro do pulmão.

 
Projetos em São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau
A Mundo A Sorrir arrancou oficialmente com dois projetos internacionais cofinanciados pelo Camões, I.P., pelo Internacional...

O projeto “Saúde A Sorrir na Guiné Bissau” é realizado em parceria com a HELPO-ONGD e tem como objetivo capacitar profissionais de saúde nas áreas de saúde pública, saúde oral, nutrição, saúde mental e saúde ambiental, chegando às populações das zonas de Bissau, Cacine e ilhas dos Bijagós.

O projeto “Reforço dos sistemas de saúde oral da Guiné Bissau e de São Tomé e Príncipe”, focar-se-á nas regiões de São Domingos e Catió na Guiné Bissau, e Me-zochi e Água Grande em São Tomé e Príncipe e visa fortalecer as infraestruturas públicas de saúde, fornecendo equipamentos, instrumentos e materiais de consumo para os hospitais locais. Além disso, o projeto prevê a capacitação de profissionais de saúde e a reabilitação de espaços para a realização de consultas de medicina dentária, visando atender às necessidades das populações mais vulneráveis dessas regiões.

"Temos um foco muito assertivo na prevenção, na capacitação de profissionais de saúde, na assistência médica e no reforço das infraestruturas locais. É, sem dúvida, uma grande complementaridade aos cuidados de saúde locais", declarou Mariana Dolores, Presidente da Mundo A Sorrir.

A Mundo A Sorrir é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), fundada em julho de 2005, que promove a Saúde e a Saúde Oral como um direito universal junto das populações em situação de vulnerabilidade socioeconómica. Desenvolve a sua atividade em Portugal e em alguns Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), através de projetos que potenciam a inclusão social e a cooperação para o desenvolvimento.

 
Médico esclarece
A lipoaspiração é uma das cirurgias estéticas mais procuradas, permitindo obter ótimos resultados qu

Ao longo dos anos temos assistido a uma evolução natural das diversas técnicas, com melhoria substancial nos resultados obtidos e na segurança das intervenções. Se há alguns anos era uma cirurgia com um risco moderado e realizada de forma isolada, atualmente é uma cirurgia muito segura e que é associada a outros procedimentos cirúrgicos em regime de ambulatório.

A sua popularidade e o marketing realizado levaram à criação de diversos mitos e ideias erradas, sendo que algumas das ideias que mais frequentemente tento abordar e desmistificar em consulta são:

1. A Lipoaspiração não é uma cirurgia de Obesidade

Em casos de obesidade, devemos focar-nos no regime alimentar e na prática de exercício físico regular. Aqui, o acompanhamento por Nutricionista e Personal Trainer têm um papel fundamental para a obtenção de bons resultados. Em casos mais dramáticos, a Consulta e Cirurgia de Obesidade também podem ser vantajosos.

2. A Lipoaspiração não é um procedimento realizado por técnicos

A Lipoaspiração é uma técnica cirúrgica que deve ser realizada por Cirurgiões Plásticos, pois são os únicos formados e habilitados para o fazer. Além de terem uma sensibilidade inerente à prática da especialidade, são os únicos com competência e experiência para abordar qualquer situação que possa existir relativamente a esta cirurgia.

3. A gordura aspirada pode ser utilizada para a melhoria do contorno de outras áreas anatómicas

A gordura aspirada pode ser utilizada para aumentar o volume em várias zonas anatómicas que não são aspiradas (muito habitualmente região glútea e/ou mama). Além de ser um preenchimento definitivo, a utilização da sua própria gordura tem diversas vantagens - não existe risco de rejeição e leva a uma melhoria da qualidade global da pele.

4. A Lipoaspiração não implica uma ausência laboral prolongada

A lipoaspiração não está associada a regimes prolongados de ausência no seu trabalho. Muitas das vezes, pode ser realizada em ambulatório, sendo que passados 1-3 dias já estará a realizar a sua rotina normal, evitando apenas esforços excessivos.

5. A Lipoaspiração é uma cirurgia totalmente dependente da sensibilidade do Cirurgião

A evolução da técnica evoluiu da simples aspiração de gordura indesejada para um trabalho de escultura à medida no Bloco Operatório. Está assim totalmente dependente da sensibilidade, perícia e skill do seu Cirurgião. Existem novas tecnologias que nos permitem resultados ainda melhores, com zonas mais definidas. É fundamental ter uma boa Consulta, esclarecer todas as dúvidas com o seu Cirurgião, de forma a realizar o procedimento em segurança e assegurar um elevado índice de satisfação pós-cirúrgico.

Quando realizado nas condições corretas e por Cirurgiões Plásticos competentes, a Lipoaspiração permite obter resultados excelentes com um muito baixo risco de complicações. Vivemos tempos de elevado rigor e elevada exigência. Estes desafios diários são fundamentais para um daqueles que considero ser, além de um trabalho médico, um verdadeiro trabalho artístico - esculpir um corpo à medida.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 23 de março
O papel emergente das terapias celulares nas doenças hemato-oncológicas vai estar em análise na Conferência ‘Looking today at...

Os recentes avanços científicos levaram ao desenvolvimento de opções de tratamento que vão mais além das mais conhecidas, tais como a cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou terapêuticas dirigidas. O tratamento através de células T com recetores de antigénio quimérico (CAR) é uma forma de tratamento individualizado que pode ser administrado a doentes com linfomas agressivos, leucemias agudas e mieloma múltiplo. Este é uma forma de imunoterapia, o que significa que utiliza o próprio sistema imunitário do doente para combater o cancro.

Manuel Abecassis, presidente da APCL, explica que “A imunoterapia, na sua vertente celular, é uma das armas mais eficazes no tratamento do cancro, com especial destaque para as neoplasias hematológicas. O tratamento com células CAR-T tem apresentado resultados consolidados, demonstrando o seu potencial curativo.” Relativamente à importância do evento, o presidente da Associação, refere que “Ao dinamizarmos um evento desta natureza, que junta especialistas de várias partes do mundo, estamos não apenas a informar, mas a capacitar aqueles que lidam com a doença. Cada nova descoberta, cada debate, são um passo em direção a um futuro onde o acesso a terapias inovadoras será uma realidade para todos os que enfrentam a batalha contra as doenças hemato-oncológicas”.

“Prevê-se que as terapias celulares venham a desempenhar um papel determinante na abordagem terapêutica dos cancros hematológicos a nível mundial” afirma a Elisabete Gonçalves, Diretora de Assuntos Regulatórios e Científicos da Europa na CTI Clinical Trial and Consulting Services. “As oportunidades de partilha de conhecimento e experiências sobre a aplicação destas terapias constituem uma ocasião valiosa para dar um passo em frente no sentido de aumentar o acesso dos doentes a estas ferramentas terapêuticas inovadoras”, acrescenta a oradora convidada.

Arnon Nagler, Presidente do Centro de Hemato-Oncologia do Sheba Medical Center, em Israel, Didier Blaise, Chefe do Departamento de Hematologia e Terapia Celular do Instituto Paoli-Calmettes de Marselha, em França, J. Chang, Presidente do Instituto Médico Geno-Imune de Shenzhen, Fernando Leal da Costa, Maria Gomes da Silva, João Raposo, Gilda Teixeira, José Mário Mariz e Manuel Guerreiro, são outros dos especialistas convidados que se destacam nas áreas da hematologia e/ou oncologia que vão marcar presença no evento. A destacar ainda a participação de Margarida Serra investigadora no iBET e de Sérgio Chacim, Eduardo Espada, Ana Carolina Freitas e Ximo Duarte, hematologistas que apresentarão os resultados nacionais.

Esta conferência procura ser uma oportunidade de aprendizagem e de promoção do conhecimento sobre esta área, de forma a oferecer um suporte eficaz a doentes e cuidadores. Neste evento, a APCL tem como  parceiro a BataZu Family e conta com o apoio da Gilead e da Novartis.

Doente Fala sobre a dificuldade de lidar com um cancro incurável e a inevitabilidade da recaída
O novo episódio do podcast Vidas, lançado hoje, dedicado ao mieloma múltiplo, aborda a importância da literacia em saúde e da...

Trabalhar com pessoas que vivem com doença e ouvir as suas histórias está na génese desta iniciativa. Por isso, o lançamento do novo episódio coincide com o Myeloma Action Month - #MyelomaACTIONMonth #MAM - uma efeméride de sensibilização e literacia em saúde global, ampliada pela Global Myeloma Action Network e divulgada há 15 anos pela International Myeloma Foundation (IMF). Considerando todos os desafios de diagnóstico, tratamento e quotidiano inerentes a esta patologia, esta efeméride tem como objetivo de aumentar a sensibilização e consciencialização global sobre o mieloma múltiplo e encorajar a tomada de medidas que tenham impacto positivo na comunidade hematológica.

“A literacia é a base de tudo e informação é poder. Um doente informado tem maior probabilidade de ter acesso a melhores cuidados de saúde e consequentemente ter uma melhor qualidade de vida.(…) As Associações de Doentes devem ser incluídas em Planos de Ação Nacionais, onde tenham o papel de informar e formar toda a sociedade, em tópicos importantes como acesso a melhores cuidados de saúde, ensaios clínicos, apoios sociais, direitos do doente", afirma Filipa Lopes, doente com Mieloma Múltiplo.

O mieloma múltiplo é uma doença maligna de um tipo de células que existem na medula óssea. Apesar de relativamente pouco frequente, é a segunda neoplasia hematológica mais frequente. Todos os anos estima-se que surjam 500 a 700 novos casos de mieloma múltiplo em Portugal. A incidência é ligeiramente maior nos homens e mais frequente a partir dos 60 anos, mas pode surgir em pessoas mais jovens.

Filipa Lopes foi diagnosticada com mieloma múltiplo aos 29 anos. O diagnóstico surgiu em março de 2021 e, em 2022, conseguiu fazer transplante autólogo de medula. Neste momento faz terapêutica de manutenção para tentar obter o máximo de anos livres de doença. Fala sobre a dificuldade  de lidar com um cancro incurável e a inevitabilidade da recaída. A importância da rede de apoio, da partilha com quem está a passar pelo mesmo, e o desafio de trazer para Portugal terapêuticas inovadoras, que são a esperança dos doentes.   

O podcast Vidas, que conta agora com sete episódios, é o primeiro podcast português a focar-se exclusivamente em entrevistas a doentes e aos seus familiares para que estes possam partilhar as suas histórias. Neste último episódio alerta para a importância da literacia em saúde e da partilha de experiências e apoio entre os doentes de mieloma múltiplo.

 
Dia Europeu da Terapia da Fala
A Terapia da Fala, uma prática dedicada à prevenção, avaliação e tratamento das perturbações da comu

Assim, e compreendendo que a boca influencia a formação e modulação do som das palavras, no contexto do Dia Europeu da Terapia da Fala, celebrado a 6 de março, a Impress, destaca a importância da saúde oral na comunicação humana e apresenta soluções para garantir uma boa dicção em todas as fases da vida, desde a infância à velhice:

  1. Fase da infância: Na fase da infância, é crucial atentar a sinais que possam indicar necessidades específicas. Bebés que se engasgam frequentemente durante a amamentação ou biberão, apresentam tempos de alimentação prolongados mais de 30 minutos - ou demonstram falta de reação aos sons ao seu redor, podem requerer atenção especial. Recomenda-se a intervenção de uma equipa multidisciplinar, como um psicólogo ou terapeuta da fala, de forma a promover a autonomia e habilidades individuais, e fomentar a participação ativa nas atividades diárias do seio familiar.
  2. Fase da adolescência: A fase da adolescência, por se tratar de uma fase com muitas mudanças físicas, emocionais e psicológicas, é comum observar desafios na articulação de determinados sons, muitas vezes associados à ausência de dentes. A posição inadequada dos dentes, como má oclusão ou desalinhamento, tem uma influência direta na pronúncia e modulação das palavras. Neste cenário, os aparelhos ortodônticos surgem como uma solução eficaz, promovendo o alinhamento dental e abordando outras questões relacionadas à posição dos dentes, contribuindo significativamente para a melhoria da articulação da fala.
  3. Fase adulta e velhice: Durante a fase adulta, a perda de um ou mais dentes pode apresentar sérios desafios na articulação de determinados sons e na ressonância da voz, particularmente as consoantes, resultando numa dicção menos clara e com menor projeção. Além disso, sintomas como voz rouca ou fraca, cansaço ao falar e a sensação de haver um objeto estranho na garganta, podem ser indicativos, pelo que, o acompanhamento profissional especializado são cruciais para preservar a qualidade da comunicação oral ao longo do tempo.

Khaled Kasem, Chefe ortodontista da Impress em Portugal, refere que “os tratamentos, como implantes ou aparelhos ortodônticos, revelam-se muito úteis para aprimorar a dicção. No caso dos implantes dentários, por exemplo, ao substituírem os dentes perdidos, desempenham um papel fundamental na articulação de sons que requerem o contacto da língua com os dentes. Os  aparelhos ortodônticos, ao melhorarem o alinhamento dos dentes e corrigirem a sua posição, também acabam por contribuir para o aperfeiçoamento a articulação da fala. E claro, sem esquecer a Terapia da Fala, que atua como uma aliada na prevenção, avaliação e tratamento das perturbações na comunicação humana.”

“Os dentes desempenham um papel indiscutível na articulação das palavras e na modificação do som da fala. Compreender, aceitar e encontrar formas de superar as dificuldades de comunicação é, portanto, uma parte integral deste processo. É fundamental reconhecer que a comunicação envolve duas pessoas, e nem sempre estão alinhadas na forma de se expressar. Para transformar estes momentos por vezes constrangedores em experiências prazerosas e fluídas, deve-se fornecer as ferramentas necessários e enunciadas acima, para que a adaptação seja o mais natural e eficiente possível”, acrescenta.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conclusões de inquérito apresentadas em Conferência
Mais de 75% da geração mais jovem do setor da Saúde considera que não há uma total igualdade de oportunidades entre homens e...

Tanto a maioria dos homens como a maioria das mulheres aponta a falta de igualdade de oportunidades, embora esta perceção tenha um peso diferente consoante o género.Para 59% dos homens não há oportunidades totalmente iguais entre géneros, uma ideia partilhada por 86% das mulheres.

Estas são conclusões de um inquérito realizado a mulheres e homens até aos 40 anos  que trabalham na área da saúde. O estudo, elaborado pela GFK/Metris para o Movimento LIFE - Liderança no Feminino na Saúde, está em fase de conclusão e será apresentado no dia 16 de maio de 2024 em Lisboa.

O estudo é elaborado com base em 500 inquéritos a homens e mulheres que trabalham na área da saúde em Portugal. As conclusões finais serão apresentadas na conferência “Liderança Feminina na Saúde: 50 Anos de Conquistas?”, que acontece no Centro de Congressos de Lisboa e que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República. 

Os dados da realidade global mostram que a área da saúde é predominantemente feminina, com as mulheres a representarem 75% do total da força de trabalho, mas a ocuparem pouco mais de um terço dos lugares de liderança (38%).

Na sessão pública de lançamento do Movimento LIFE, em março de 2023, foram apresentados outros dados sobre a realidade da igualdade de género:

  • Apenas 7% dos CEO das maiores empresas portuguesas são mulheres
  • Só há 21% de mulheres reitoras e presidentes nas instituições do Ensino Superior em Portugal
  • A nível mundial, levaremos 132 anos para alcançar a paridade total entre mulheres e homens 

O Movimento LIFE é uma iniciativa contínua para conduzir a mudanças de comportamentos e ações que contribuam para a igualdade de género e para a paridade na liderança na Saúde.

É uma iniciativa conjunta de Faces de Eva - Estudos sobre a Mulher/CICS.NOVA (NOVA FCSH) e da Roche a que se juntam cerca de 30 embaixadoras.

 
Iniciativa da Fundação AstraZeneca
A Fundação AstraZeneca (FAZ) abriu as candidaturas à 6.ª edição do “Prémio FAZ Ciência”, que irá distinguir o melhor projeto de...

A bolsa terá um valor entre os cinco e os trinta e cinco mil euros, que será decidido pela Comissão de Avaliação em função das candidaturas apresentadas. Mais do que um prémio poderá ser premiado.

Maria do Céu Machado, presidente da Fundação AstraZeneca, refere que “o apoio à investigação científica e os contributos que daí resultam são fundamentais para os doentes e para os profissionais de saúde e contemplam a missão da Fundação AstraZeneca. Tal como em edições anteriores do Prémio FAZ Ciência, mantém-se a área da Oncologia por se considerar prioritária e oportunidade de divulgar a investigação que se faz em Portugal relativamente a novas terapêuticas e técnicas de diagnóstico e prevenção cuja excelência deve ser prestigiada e distinguida”.

Os projetos candidatos ao Prémio “FAZ Ciência” serão avaliados por uma Comissão de Avaliação composta por cinco reconhecidos especialistas nacionais na área da Oncologia: Bruno Silva-Santos, Vice-Diretor do Instituto de Medicina Molecular (iMM Lisboa) e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; José Carlos Machado, Vice-presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; José Pedro Carda, Hematologista no Hospital da Luz, em Lisboa, e Clínica da Luz, em Odivelas, e Assistente Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade Católica; Luís Costa, Chefe do Departamento de Oncologia do Hospital de Santa Maria e Professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; Maria-João Cardoso, Coordenadora da Equipa Cirúrgica da Unidade de Mama da Fundação Champalimaud e Professora Associada da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

As candidaturas deverão ser enviadas por email para [email protected], até ao dia 31 de março de 2024. O regulamento está disponível na página da Fundação AstraZeneca, em www.astrazeneca.pt. O prémio será entregue em julho de 2024. 

 
RRH tem como finalidade direcionar o fluxo dos utentes aos Serviços de Medicina Intensiva
Paulo Martins, Diretor do Serviço de Medicina Intensiva da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra) integra o grupo de...

Constitui missão deste Grupo de Trabalho colaborar com a Direção Executiva do SNS (DE-SNS), nas seguintes tarefas e objetivos: 

1.Analisar o estado atual dos pontos da Rede de Referenciação Hospitalar de Medicina Intensiva; 

2. Definir os pontos da nova Rede de Referenciação Hospitalar de Medicina Intensiva; 

3. Definir a mais eficiente dotação de recursos humanos em Serviços de Medicina Intensiva;

4. Definir a estrutura logística das Unidades de Cuidados Intensivos; 

5. Definir, de forma atualizada e normalizada, a missão dos Serviços de Medicina Intensiva e apoiar a DE-SNS na implementação dessa missão em todos os pontos da Rede de Medicina Intensiva; 

6. Definir as estratégias de terciarização e regionalização de cuidados em Medicina Intensiva e apoiar a DE-SNS na sua implementação.

A necessidade de revisão advém dos desafios que se colocam atualmente à prestação de cuidados de saúde tendo em conta a modificação das necessidades e a alteração das características das unidades hospitalares, a adequação da distribuição de recursos humanos, o progressivo desenvolvimento tecnológico e a crescente inovação nas várias dimensões.

A RRH de Medicina Intensiva tem como finalidade direcionar o fluxo dos utentes aos Serviços de Medicina Intensiva, tendo em conta a necessidade de adequação de determinadas patologias, que pela sua frequência ou características, carecem de concentração em centros de elevada diferenciação técnica, experiência clínica ou equipamento específico.

As Redes de Referenciação Hospitalar (RRH) desempenham um papel determinante no planeamento e organização na prestação de cuidados de saúde, contribuindo significativamente para garantir a qualidade de cuidados nas diferentes especialidades, a articulação entre as diferentes instituições e a diferenciação e complexidade que cada hospital deve possuir, de forma a poder responder às necessidades em saúde, promovendo a experiência, os centros de referência e a concentração das respostas mais exigentes, de acordo com os padrões internacionais e o estado da arte, garantindo segurança e qualidade.

Labsummit
O ISQ organiza, em parceria com a Ambidata e a Relacre, o Labsummit - o maior encontro de profissionais do mundo dos...

Este encontro é inovador pois criará a oportunidade de juntar, no mesmo fórum, a cadeia de valor de diversos laboratórios e as indústrias que estes servem, nomeadamente Indústria Automóvel, Aeronáutica, Alimentar, Farmacêutica, Indústrias de Processo, Energia, entre muitas outras.

“A diversidade e o multiculturalismo podem potenciar a inovação, a eficiência e a produtividade e este será o palco ideal para trocar ideias, colaborar e abrir um novo caminho para o crescimento do sector”, assinala Shital Jayantilal, uma das oradoras do Reino Unido.

Vanessa Mosca, do Brasil, realça “a inovação e a humanização no setor laboratorial e a forma como as tecnologias inovadoras (caso de IA, CHAT GPT) estão a transformar os recursos humanos”.

Mayte Garrote Gallego, de Espanha, considera que o Labsummit é fundamental pois permitirá trocar opiniões sobre os requisitos de regulamentação do sector.

O tema da produtividade dos laboratórios é crucial para Paulo Rego, da Ambidata, “porque irá trazer sugestões práticas que permitem aos laboratórios crescer, reduzindo as atividades burocráticas e otimizando os seus processos”.

Este evento fará a ligação entre a inovação, o conhecimento, a tecnologia e a sustentabilidade, reunindo laboratórios, indústria, reguladores e outras partes interessadas com o objetivo de chegar a oportunidades criativas para todo o setor.

Opinião
A obesidade e o excesso de peso atingiram proporções pandémicas em todo o mundo.

A obesidade está associada à progressão da DRC, independentemente da patologia subjacente. Contudo, os mecanismos pelos quais a obesidade inicia e/ou está envolvida na progressão da DRC não são bem compreendidos.

Paradoxalmente, na doença renal crónica terminal (doentes hemodialisados), a obesidade está associada a uma melhor sobrevida. Nestes doentes, a perda de peso foi associada a uma mortalidade mais elevada. No entanto, a desnutrição e outros processos patológicos que causam perda de peso não intencional podem assumir um papel confundidor.

Apesar da obesidade ser um problema importante nos doentes com DRC, o tratamento da obesidade nestes doentes não tem merecido a atenção devida. As intervenções no estilo de vida são a primeira linha de tratamento em todos os doentes. Contudo, eles são bem-sucedidos apenas em uma minoria. 

A segunda opção de tratamento é a cirurgia bariátrica, que é segura em doentes com DRC e leva à perda de peso profunda e sustentada, estando associada a um efeito renoprotetor e a um melhor controlo dos fatores de risco para DRC. 

A terceira opção é a farmacoterapia. Os medicamentos antiobesidade existem há muito tempo, mas a maioria oferecia apenas uma modesta perda de peso e estava associada a muitos efeitos colaterais. Nos últimos dois anos surgiram avanços farmacológicos promissores no tratamento da obesidade. Aguardam-se resultados de estudos mais definitivos no cenário de pacientes com DRC.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ciência, saúde, nutrição e exercício físico
Ciência, saúde, nutrição, exercício físico?

Há relativamente poucos anos, todos acreditávamos que o exercício mais adequado para a perda de peso era o treino aeróbico de longa duração, ou seja, trabalho de baixa intensidade, mas de longa duração. É claro que este tipo de exercício é muito benéfico para a nossa saúde, mas será que é a melhor coisa que podemos fazer para perder peso? É, de facto, um começo, mas talvez possamos melhorá-lo e melhorá-lo muito.

Estudos recentes mostram que os benefícios de um treino de força correto e bem planeado são muito benéficos não só para a perda de peso, mas também para o fortalecimento de ossos e articulações, especialmente em adultos.

O treino de força, sempre adaptado a cada pessoa, vai ajudar a gerar mais músculo que se transforma num aumento da massa isenta de gordura no corpo e, com isso, num aumento do metabolismo basal (o que o corpo consome com as necessidades básicas diárias). Ao aumentar este metabolismo basal, o nosso corpo vai "consumir" mais calorias sem fazer praticamente nada, e depois, claro, temos o consumo extra da caminhada, do treino, etc.

Resumidamente, depois de um bom aquecimento e de um bom plano adaptado, para perda de peso recomenda-se treino de força pelo menos 3 sessões por semana.

Paralelamente, não podemos esquecer a alimentação, que desempenha um papel fundamental na perda de peso, começando por uma redução do consumo de calorias se tivermos excesso de peso.

De uma forma geral, e para o dizer da forma mais simples possível, todos nós "comemos muito mais do que precisamos".

Entre em contacto com um nutricionista e comece a "controlar" o que come, comendo da forma mais natural, equilibrada e saudável possível. Não precisa de nenhum suplemento ou complemento no início, basta um pouco de "educação nutricional" e perseverança para começar a ver resultados muito rapidamente.

E em relação ao exercício aeróbico, como andar de bicicleta, correr ou caminhar? Já não é útil? Claro que é muito útil, mas se quisermos otimizar o nosso tempo e obter bons resultados, pode experimentar o HIIT ou High Intensity Interval Training, que seria como um treino de alta intensidade (para cada pessoa a sua intensidade) com pausas ou descansos entre os intervalos.

De forma bem controlada e com um trabalho prévio de adaptação, consegue-se picos de intensidade muito elevados o que levaria a um consumo de calorias (Kcal) não só durante o exercício em si, mas também pós-exercício (pelo efeito EPOC) em que o corpo pode continuar a "queimar" Kcal até 24 horas depois.

Para além desta vantagem, temos uma outra, que é o facto de neste tipo de treino de alta intensidade, não só evitarmos a perda muscular como poderia acontecer com o trabalho aeróbio extensivo, como até a podemos aumentar como acontece com o trabalho de força.

Por todas estas razões e para além destes 3 pilares (nutrição, força e HIIT) não podemos esquecer a importância do descanso e da recuperação para podermos tanto construir essa massa sem gordura como para podermos ter força e energia para os nossos treinos.

Não hesite e coloque-se nas mãos de um profissional para o ajudar no seu objetivo de perda de peso da melhor forma possível e ficará surpreendido com as mudanças na sua qualidade de vida e saúde.

 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

Páginas