Com atividades planeadas ao longo de todo o mês de abril
Abril é o Mês da Saúde e, este ano, a ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica volta a unir-se à Freguesia de Barcarena, em...

O Mês da Saúde arranca na Academia Sénior de Valejas, nesta quinta-feira, às 14h00, com uma sessão educativa sobre Suporte Básico de Vida (SBV), inserida no projeto “Mãos no Coração” da ESSATLA. O momento vai dotar os participantes de conhecimentos e técnicas, tornando-os capazes de realizar as ações principais de SBV: compressões torácicas e ventilações. Já no dia 8 de abril, a ESSATLA vai abordar “A importância da postura em contexto escolar”, numa sessão de educação para a saúde organizada para os alunos da EB1 Santo António de Tercena, a partir das 14h00.

A menopausa será também um dos assuntos abordados no Mês da Saúde de Barcarena, numa sessão que se realiza no dia 11 de abril, com o tema “Impacto da severidade dos sintomas da menopausa na dor musculoesquelética”. O momento vai decorrer no Grupo Recreativo de Tercena, a partir das 16h00, e tem como objetivo refletir sobre questões como a influência hormonal nas dores musculares e articulares, analisando o impacto destes sintomas no quotidiano das mulheres durante a menopausa. A segunda semana de abril inicia-se com uma sessão de “Mindfulness - Atenção Plena como fonte de bem-estar", que será ministrada às 14h00, na EB1 Santo António de Tercena, procurando sensibilizar os alunos para estes temas.

À semelhança do ano anterior, a 20 de abril acontece a caminhada solidária organizada pela Sociedade de Educação e Recreio "Os Unidos de Leceia" e a ESSATLA, que, este ano, fazem um convite especial às pessoas com Doença de Parkinson. Com o Dia Mundial de Consciencialização da Doença de Parkinson a assinalar-se também em abril (dia 11), a atividade tem como objetivo sensibilizar a população para esta patologia neurológica degenerativa e progressiva do sistema nervoso central, que afeta um por cento da população mundial acima dos 65 anos. A caminhada apresenta um percurso de cerca de seis quilómetros, com ponto de encontro na SERUL, Leceia, às 09h30. A organização solicita aos participantes que contribuam com bens não perecíveis, que serão posteriormente distribuídos pela Comissão Social de Freguesia.

Para o dia 22 de abril, a Escola Superior de Saúde Atlântica tem preparada uma sessão de rastreios de nutrição, realizada pelos profissionais e alunos da instituição, no Centro Jovem de Queluz de Baixo. Finalmente, e após um mês de atividades para toda a comunidade local, o dia 30 de abril fica marcado por uma “Manhã em Saúde”, que integra uma abordagem ao tema “Saúde da Mulher”, assim como mais uma sessão de rastreios – desta vez, dedicados à identificação de possíveis disfunções da articulação temporomandibular. As atividades decorrem entre as 10h00 e as 11h30, no Centro Jovem de Queluz de Baixo. O workshop “Ikigai – Uma ideia para viver mais e melhor”, na Junta de Freguesia de Barcarena, encerra a iniciativa. Orientada pela ESSATLA, a sessão pretende introduzir à comunidade o conceito japonês, enquanto ferramenta de autoconhecimento. 

Opinião
A sociedade atual está mais acelerada do que nunca e muitas pessoas afirmam não ter tempo para ativi

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “para um adulto, entre os 18 e os 64 anos, são recomendados entre 150 a 300 minutos semanais de atividade física aeróbica de intensidade moderada, ou pelo menos, 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade vigorosa, ou uma combinação equivalente de ambas ao longo da semana, para obter benefícios significativos para a saúde”. Apesar disso, apenas 27,5% dos adultos e 81% dos adolescentes cumprem estas recomendações.

É muito importante reconhecer que todos os tipos de ativação são bons, e é aí que encontramos a diferença entre atividade e exercício físico. A atividade refere-se a todas as ações que põem o nosso corpo a trabalhar, de modo que os nossos músculos e articulações trabalhem naturalmente. Por isso, dentro da atividade física encontramos tarefas como ir a pé para o trabalho, optar pelo elevador em vez das escadas, dançar ao som da nossa música preferida. Resumidamente, qualquer ação que possa contribuir, mesmo que minimamente, para a saúde a médio e longo prazo.

Por outro lado, referimo-nos a exercício físico quando há planeamento, intensidade, repetição e escolha de exercícios a realizar, que garantam resultados duradouros. O exercício físico, tal como a atividade física, também assume a forma de diferentes ações, como praticar um desporto com amigos, fazer uma corrida ou ir a um centro desportivo. Neste caso, a decisão de entrar no mundo do exercício físico traz consigo mudanças a nível fisiológico, mas também a nível mental, como dormir melhor, alívio da dor, melhor resistência ao esforço, maior capacidade de concentração, entre outros.

A atividade física são todos os movimentos que implicam o funcionamento dos músculos, enquanto o exercício físico são as atividades planeadas e repetitivas que são organizadas com o objetivo de melhorar o funcionamento do corpo. Por conseguinte, a chave do sucesso para alcançar um estilo de vida saudável reside na combinação da atividade física, na tentativa de mudar os nossos hábitos para outros mais benéficos para a saúde e na dedicação de, pelo menos, duas horas por semana de exercício físico.

 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Análise segura e em tempo real de dados cirúrgicos
A Johnson & Johnson MedTech está a trabalhar em colaboração com a NVIDIA para acelerar e expandir a inteligência artificial...

As duas empresas assinaram um acordo de entendimento para acelerar a IA para o extenso portfólio de tecnologias cirúrgicas da J&J MedTech com a plataforma de IA da NVIDIA, desenvolvida para cuidados de saúde. As tecnologias são projetadas para permitir a utilização rápida, segura e em tempo real de IA através do ecossistema digital de cirurgia da J&J MedTech.

“A Johnson & Johnson MedTech está a caminhar para um futuro na saúde mais conectado e personalizado”, disse Tim Schmid, Vice-Presidente Executivo e Chairman Mundial da MedTech. “O futuro será cada vez mais impulsionado por tecnologias digitais que proporcionem eficiência, melhorem a tomada de decisões e apoiem na formação e educação cirúrgica. O nosso conhecimento na área da saúde e ecossistema digital em cirurgia, associadas às plataformas de IA da NVIDIA, têm um enorme potencial para criar uma experiência cirúrgica mais conectada.”

Um elemento-chave da aceleração da IA para cirurgia é a edge computing avançada, que permitirá o processamento de dados dentro do bloco operatório, um passo necessário para que os algoritmos de IA analisem dados cirúrgicos ao vivo e armazenados, em tempo real. Esta nova abordagem poderá também ajudar a reduzir a necessidade de transferência de dados sensíveis e permitirá que aplicações específicas sejam executadas separadamente, num ambiente informático seguro, possibilitando uma latência ultrarrápida no bloco operatório, onde cada segundo é importante.

A plataforma edge computing da NVIDIA IGX e a plataforma de IA NVIDIA Holoscan edge criam uma infraestrutura para implementar aplicações de software alimentadas por IA no bloco operatório.

A Johnson & Johnson MedTech também vai tirar partido das tecnologias de IA para alargar o seu ecossistema aberto em cirurgias. As soluções específicas da NVIDIA foram concebidas para ajudar a acelerar a inovação em todo o ecossistema e acelerar o desenvolvimento e a implementação de aplicações baseadas em IA de uma forma segura e escalável.

"Um dos maiores desafios na expansão da IA para cirurgia é o design fechado das tecnologias cirúrgicas", afirma Shan Jegatheeswaran, vice-presidente e Global Head of Digital da MedTech. “Trazer hardware e software de edge computing avançados para os blocos operatórios permite mais inovação e novas soluções, baseadas em IA, para tomada de decisões clínicas, educação, formação e colaboração - com o objetivo final de melhorar o atendimento ao paciente”.

 
Campanha “A Vitória Contra a Doença Renal começa na Prevenção”
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) vai realizar sessões de esclarecimento sobre a doença renal crónica em...

As sessões dirigem-se a jovens entre os 14 e 16 anos e realizam-se a 11 de abril, na Escola Secundária Stuart Carvalhais, em Massamá, a 12 de abril, na Escola Secundária de Viriato, em Viseu, e a 17 de abril, na Escola Secundária Mães D’Água, na Amadora.

“Estas sessões podem contribuir de forma positiva para o programa de educação em saúde de várias escolas, bem como prevenir e reduzir a incidência da doença renal crónica. Vamos continuar a promover várias ações de consciencialização, ministradas por médicos e enfermeiros, em escolas básicas e secundárias de norte a sul do país.”, afirma Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

A campanha “A vitória contra a doença renal começa na prevenção” conta com o apoio da Associação de Doentes Renais de Portugal, da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação, da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e da Sociedade Portuguesa de Transplantação.

A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.

 
Há 13 clínicas em Portugal com esta distinção de 5 estrelas, e são todas clínicas Affidea
A Affidea Portugal vê, este ano, reconhecidas 13 clínicas, com a distinção de 5 estrelas no âmbito da Eurosafe Imaging, uma...

A exposição à radiação médica para realização de exames de imagiologia em grandes doses pode ser prejudicial para o utente. Por essa razão, as organizações têm procurado reduzir e controlar a exposição global às radiações, através da criação de normas básicas de segurança, de boas práticas e de inovações que permitem reduzir a dose necessária, mas atingindo os mesmos resultados.

Na Affidea, a preocupação com a segurança do paciente traduziu-se na criação e implementação de um Programa de Gestão de Dose que monitoriza a dose de radiação em todos os exames e identifica oportunidades de redução da dose de radiação, otimizando-a e garantido a qualidade da imagem médica obtida. Assim, afirma Miguel Santos, CEO da Affidea Portugal, “esta prestigiante distinção vem confirmar o forte compromisso da Affidea para com a segurança dos pacientes.”

 
Recomendações
Uma pessoa com conjuntivite alérgica queixa-se de olhos vermelhos, comichão (prurido), lacrimejo, se

Assim, podemos ter conjuntivites alérgicas agudas, com uma resposta rápida a um alérgeno conhecido (ou não), como por exemplo o pelo de gato. Podemos também ter conjuntivites sazonais, que surgem mais na primavera e outono (conjuntivite da febre dos fenos), e são geralmente desencadeadas pelo pólen das árvores ou gramíneas,  presente durante essas épocas do ano. São mais frequentes quando há mais pólen no ar com dias quentes, secos ou ventosos. E podemos ter ainda conjuntivites alérgicas perenes, também conhecidas como conjuntivites alérgicas crónicas, que se podem manifestar durante todo o ano e que podem ser causadas por alérgenos presentes em ambientes internos, como poeira, ácaros ou pelos de animais.

Mas há formas de alergia ocular mais graves que estas e que podem afetar não só a conjuntiva, mas também a córnea, provocando queratoconjuntivites alérgicas que podem ser mais incapacitantes. Um exemplo é a queratoconjuntivite vernal. A córnea pode ser afetada, com úlceras, e a pálpebra apresenta papilas na sua superfície interna.  Ela é mais comum em crianças do sexo masculino (com 5 a 20 anos) que podem também ter asma, eczema e alergias sazonais. Pode reaparecer a cada primavera (há mais pólen no ar) e desaparecer no outono e inverno e muitas crianças superam a doença ao alcançar a idade adulta. Outro exemplo de forma mais grave de alergia ocular é a queratoconjuntivite atópica que surge em pessoas com predisposição genética para reações atópicas e que podem ter também asma ou dermatite atópica. Os alérgenos do ambiente podem agravar os sintomas, mas não variam com as estações do ano.  As quertoconjuntivites podem ainda parecer nos portadores lentes de contacto (conjuntivite alérgica de papilas gigantes) com resultado de uma reação às soluções salinas utilizadas, ou serem devidas a uma utilização demasiado prolongada ou pouco higiénica das lentes.

Há medidas gerais que podem ajudar a prevenir as alergias oculares e que devemos ter em consideração. As mais importantes são:

  • Evitar os alérgenos que sabemos que podem afetar-nos e que podem incluir pólen, ácaros, pelos de animais, produtos químicos, determinados alimentos, produtos de cuidados pessoais entre outros.
  • Manter uma boa higiene palpebral pode ajudar a reduzir a exposição a alérgenos.
  • Lavar as mãos com frequência, limpar regularmente as superfícies da casa e evite tocar os olhos com as mãos sujas.
  • Evitar ambientes com fumo, ar poluído ou produtos químicos irritantes para os olhos.
  • Usar filtros de ar condicionado de alta eficiência em casa para reduzir a quantidade de alérgenos no ar.

Cada tipo de conjuntivite alérgica pode requerer abordagens de tratamento específicas dependendo da gravidade dos sintomas e das necessidades individuais de cada pessoa. No entanto existem algumas abordagens que são comuns e que podem ser consideradas:

  • Aplicar compressas frias sobre os olhos fechados pode proporcionar alívio temporário da comichão e do desconforto.
  • Utilizar lágrimas artificiais sem conservantes pode ajudar a aliviar a sensação de corpo estranho e a irritação causadas pela conjuntivite alérgica e a remover alérgenos dos olhos.
  • A utilização de medicamentos mais específicos como vasoconstritores, anti-histamínicos ou estabilizadores dos mastócitos em colírio, pode ser necessária para aliviar os sintomas. Os anti-histamínicos orais podem ser úteis para controlar os sintomas sistémicos. Em casos mais graves pode ser necessário recorrer à utilização de corticoides e mesmo imunoterapia. É importante consultar um oftalmologista para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado às suas necessidades individuais. Mas, mais importante ainda é aplicar as medidas de prevenção para reduzir o risco de alergia.

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 13 de abril
"Doenças Reumáticas: do raro ao comum" é o tema do XXVII Fórum de Apoio ao Doente Reumático, uma reunião organizada...

A 27.ª edição do Fórum de Apoio ao Doente Reumático conta com a participação multidisciplinar de especialistas e destina-se a doentes, familiares, cuidadores informais, profissionais de saúde e público em geral com interesse pela temática.

Moderada por Ana Rodrigues, Coordenadora de Reumatologia no Hospital Lusíadas e Professora na NOVA Medical School, a reunião terá início com um debate sobre planos e estratégias no campo das doenças raras em Portugal, que contará com a intervenção de Maria do Céu Machado, do Grupo de trabalho para o Plano Nacional Intersectorial para as Doenças Raras, e Palmira Martins, da RD-Portugal – União das Associações das Doenças Raras em Portugal. Ainda durante a manhã, Ana Cordeiro, do Serviço de Reumatologia do Hospital Garcia de Orta, ULS Almada Seixal, abordará algumas doenças reumáticas raras, seguido da partilha de testemunhos de doentes e da oportunidade de participar num momento dedicado a perguntas e respostas.

A tarde inicia-se com um debate moderado por Catarina Marques, vice-presidente da LPCDR, sobre “Reumatologia e Medicina Geral e Familiar, centrada no doente”, onde Maria José Santos, reumatologista da ULS Almada Seixal, Elsa Mateus, presidente da LPCDR, e Rita Lopes Silva, médica de Medicina Geral e Familiar na ULS Almada Seixal, partilharão a sua perspetiva multidisciplinar ao abordar algumas das comorbidades mais comuns, como a diabetes, a hipertensão, a osteoporose e problemas associados aos níveis de colesterol alterados.

A sessão “Mente sã, corpo são (ou não)?” será moderada por Ana Vieira, da Direção da LPCDR, abordando os temas “Promover a saúde psicológica na doença reumática”, por Vera Guimarães, psicóloga na Unidade de Oncologia e Equipa Intra-hospitalar de suporte em Cuidados Paliativos, e “Ligando os pontos entre as doenças mentais e reumatológicas”, da responsabilidade de Vasco Medeiros, psiquiatra, ambos especialistas da ULS Estuário do Tejo.

No decorrer do evento, estará disponível uma equipa de profissionais da Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde Em Reumatologia (APPSReuma) responsável pela realização de um rastreio sobre o risco de fraturas de fragilidade através do instrumento FRAX. Este é um processo individualizado para cada paciente cujo resultado apresenta a probabilidade de fratura nos próximos 10 anos segundo a avaliação dos fatores de risco e que, há 10 anos, quando introduzido em Portugal, marcou nova era no diagnóstico da osteoporose.

Elsa Frazão Mateus, presidente da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, sublinha que «nesta 27.ª edição, à semelhança das anteriores, o foco mantém-se no “Apoio ao Doente Reumático”, ao promover a apresentação e discussão aberta, das várias perspetivas desta área abrangente, a todos os que por ela tenham interesse, desde o público em geral aos profissionais de saúde. Prometemos uma abordagem multidisciplinar, do raro ao comum, de forma a promover a qualidade de vida e a capacitação das pessoas com doença reumática, como defende a missão da LPCDR.»

É possível aceder-se ao programa completo em www.lpcdr.org.pt

Projeto conjunto das principais seguradoras de saúde
No dia 21 de março, oficializou-se o lançamento da MovSaúde, uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivo principal...

Para fazer face aos problemas sociais mais críticos da sociedade portuguesa no que concerne à prevenção em saúde, é essencial mudar o sistema e começar a olhar para a cooperação entre empresas de uma forma claramente diferente e mesmo revolucionária. Ao unirem forças em prol da saúde pública, os Associados Fundadores dão movimento à mudança e querem liderar pelo exemplo, garantindo assim maior escala e impacto na forma como dão resposta à prevenção em saúde. 

A MovSaúde ambiciona ser uma associação de referência nacional na promoção da saúde e prevenção do cancro, nomeadamente o cancro colorretal, o 1º em número de novos casos e o 2º em número de mortes em Portugal, e incentivar a investigação. A prioridade nesta fase de arranque é o rastreio do cancro colorretal, para procurar reduzir o número de diagnósticos em estadios mais avançados e focando no diagnóstico precoce. 

Patrícia Ramalho, porta-voz da MovSaúde, sublinha: “A MovSaúde espelha o sentido de responsabilidade de várias entidades em acrescentar valor ao sistema de saúde em Portugal, apostando na prevenção e no diagnóstico precoce, promovendo a qualidade de vida. Acreditamos que estamos a criar um modelo diferenciador e de coesão que permitirá ainda influenciar a responsabilidade individual de cada cidadão para com a sua saúde, com benefício para o sistema no seu todo.” 

Para além dos Associados Fundadores, os Estatutos da MovSaúde preveem ainda mais duas categorias de Associados, promovendo a participação ativa multissetorial, assim como Parceiros Institucionais públicos e privados e Parceiros de Impacto Social. 

O rastreio do cancro colorretal, através de campanhas nacionais e diversas iniciativas locais, seguirá a metodologia preconizada atualmente pelo SNS e destina-se aos utentes em geral, não sendo necessário ter seguro de saúde. 

Consubstanciando o empenho na promoção da literacia dirigida a diversas faixas etárias e prevenção de norte a sul de Portugal, a MovSaúde pretende arrancar com cobertura em 85% dos concelhos do país já na fase inicial, incluindo as ilhas da Madeira e dos Açores. 

Até ao final do primeiro semestre, a MovSaúde estará focada na captação de novos Associados e Parceiros, na expansão da rede e na realização de protocolos e parcerias. 

Novo Projeto CT-Luso visa capacitação de profissionais nas áreas da ética, regulamentação, investigação biomédica e ensaios clínicos
A sessão de lançamento do novo projeto CT-Luso realiza-se, esta quinta-feira, dia 4 de abril, no Hotel Radisson Blu, em Maputo,...

O projeto, aprovado e financiado pela Comissão Europeia através do Programa EDCTP3 - Parceria entre a Europa e os Países em Desenvolvimento para a Realização de Ensaios Clínicos, engloba Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Portugal. O objetivo é capacitar profissionais para a realização de ensaios clínicos, no mais estrito cumprimento das boas práticas biomédicas internacionais, tendo presente o impacto, direto e indireto, no desenvolvimento dos países envolvidos.

A iniciativa vem dar continuidade ao projeto desenvolvido entre 2018 e 2022 – BERC-Luso, Projeto de Capacitação Ética e Regulamentar nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, aprovado e financiado pelo Programa EDCTP2.

 
Perturbação do neurodesenvolvimento
O autismo, também conhecido como Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), é uma condição do neuro d

Muitos casos de autismo permanecem sem diagnóstico devido à falta de recursos e conscientização, o que destaca a necessidade de esforços aumentados na identificação e apoio a pessoas com essa condição. A prevalência do autismo aumentou significativamente nas últimas décadas em todo o mundo. Essa tendência ascendente pode ser atribuída a vários fatores, incluindo melhorias no diagnóstico, maior conscientização e mudanças nos critérios de diagnóstico. 

Em Portugal, a prevalência do autismo é de 1 em 200 pessoas, com aproximadamente 1 em 160 crianças sendo diagnosticadas com a condição. Atualmente, Portugal é o 24º país com mais diagnostico de crianças com autismo no mundo. 

O que é Autismo? 

A Perturbação do Espectro do Autismo significa que esta condição apresenta uma grande variabilidade dos sintomas, desde as formas mais leves até às formas mais graves. Geralmente é diagnosticado na primeira infância e os sintomas podem ser observados no comportamento, interações sociais e habilidades de comunicação de uma criança. 

Sintomas do Autismo 

Os sintomas do autismo podem variar bastante, mas alguns sinais comuns incluem: dificuldade em interações sociais e compreensão social; desafios na comunicação verbal e não verbal; comportamentos repetitivos ou interesses restritos; sensibilidades sensoriais; dificuldade em se adaptar a mudanças na rotina, entre outros. 

Desafios e Oportunidades 

Pessoas diagnosticadas com PEA enfrentam desafios únicos, mas também possuem habilidades e capacidades únicas. Muitas pessoas com PEA têm talentos excecionais em áreas como música, arte, matemática e memória. Valorizar essas habilidades e oferecer oportunidades para pessoas com autismo mostrarem suas habilidades pode contribuir para uma sociedade mais inclusiva. 

Apoio a Pessoas com Autismo 

Criar um ambiente e uma rede de apoio para pessoas com PEA é essencial. Isso inclui aumentar a conscientização sobre o autismo, promover a aceitação e inclusão e fornecer acesso a serviços de apoio adequados. Educar a comunidade sobre o autismo e promover a compreensão e aceitação pode ajudar pessoas com autismo a levar uma vida plena. 

Diagnóstico e Tratamento 

Diagnosticar ao PEA envolve uma avaliação abrangente do comportamento e desenvolvimento de uma criança. O diagnóstico precoce é crucial para implementar intervenções que possam ajudar a melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Embora não haja cura conhecida para o autismo, programas de intervenção precoce, terapia comportamental, terapia da fala e apoio educacional podem melhorar significativamente as habilidades e a capacidade de um indivíduo de funcionar na vida diária. 

Atualmente, inúmeras investigações estão em curso de forma a encontrar tratamentos e intervenções eficazes que possam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida de pessoas com PEA.  

Além disso, também são alvo de investigação ativa fatores genéticos e ambientais que podem contribuir para o desenvolvimento do autismo. Ao identificar esses fatores, espera-se que tratamentos mais direcionados e personalizados possam ser desenvolvidos, levando a melhores resultados para pessoas com autismo. 

O potencial do cordão umbilical no tratamento do autismo 

A utilização de células estaminais do cordão umbilical como terapia para o PEA tem despertado cada vez mais interesse na comunidade médica e científica. Atualmente existem vários ensaios clínicos a decorrem, que avaliam o efeito da infusão de células estaminais provenientes de sangue e também de tecido do cordão umbilical em crianças diagnosticadas com PEA. Os resultados promissores obtidos em vários ensaios clínicos até o momento indicam que essa abordagem terapêutica pode representar uma alternativa segura e eficaz para o tratamento dessa condição complexa. 

Um destes exemplos é um ensaio clínico realizado em crianças com PEA revelou resultados promissores ao utilizar a infusão de células estaminais do cordão umbilical como forma de tratamento. Essa abordagem mostrou-se segura e, além disso, resultou em melhorias significativas nos sintomas apresentados pelos pacientes. Ou seja, neste ensaio clínico, cerca de metade das crianças do estudo, as taxas das escalas clínicas usadas para medição da gravidade de PEA reduziram ao longo do tratamento ao ponto, indicando melhorias significativas e colocando estas crianças numa categoria de sintomas de PEA leve. Esses resultados são consistentes com outros ensaios clínicos que também demonstraram a segurança e eficácia do uso de sangue do cordão umbilical para tratar o PEA. 

Outro exemplo é o caso de Salvador, um menino autista português com seis anos, que fez um tratamento inovador, através de um procedimento com as suas células estaminais. Ao fim de três meses foram registadas melhorias dos sintomas de hiperatividade e, entretanto, começou a falar.

Tanto o sangue quanto o tecido do cordão umbilical contêm células que possuem propriedades regenerativas e terapêuticas, capazes de auxiliar na melhoria dos sintomas associados ao PEA. Portanto, é de extrema importância não descartar o cordão umbilical após o nascimento, pois ele pode representar uma valiosa fonte de células estaminais que podem ser utilizadas no combate a essa perturbação e até mesmo em outras patologias. 

Portanto, considerando os benefícios potenciais e a segurança comprovada, é fundamental conscientizar a população sobre a importância de preservar o cordão umbilical e considerar a possibilidade de armazenar as células estaminais presentes nele. Dessa forma, poderemos ampliar as opções terapêuticas disponíveis para o tratamento do PEA e de outras condições médicas, proporcionando uma melhor qualidade de vida para os pacientes e suas famílias. 

 
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Novo estudo aborda o impacto dos produtos farmacêuticos na qualidade de vida dos consumidores
No âmbito do Dia Mundial da Saúde, que se celebra no próximo domingo, 7 de abril, o Produto do Ano, sistema de avaliação...

De acordo com os dados apresentados, 65% dos consumidores afirma ter confiança nos produtos de farmácia que estão atualmente disponíveis no mercado e 27% revela ter muita confiança. Adicionalmente, os entrevistados destacaram de que forma estes artigos melhoram a sua qualidade de vida, sendo que 85% referiu o alívio de sintomas, 57% o controlo de condições de saúde, 42% a melhoria da função física ou mental e 21% o aumento da longevidade.

No que diz respeito à escolha dos produtos farmacêuticos, os consumidores consideram diversos critérios no momento da tomada de decisão. A “Eficácia” é o fator mais relevante, com 72% dos inquiridos a priorizar esse aspeto, seguindo-se a “Segurança” com 61%. O “Preço” e a “Recomendação” de um profissional de saúde foram também parâmetros escolhidos por 55% dos entrevistados. 28% dos consumidores valorizam a “Inovação” e a “Marca”, nesta seleção de produtos.

“É de extrema importância que a indústria continue a produzir e fazer chegar ao mercado produtos seguros e eficazes que atendam às necessidades dos consumidores.”, afirma José Borralho, CEO do Product of the Year Portugal.

Relativamente aos produtos procurados pelos consumidores e mais especificamente no setor dos suplementos, 71% dos inquiridos valoriza suplementos que promovam abordagens holísticas para o bem-estar. Além disso, os consumidores consideraram os suplementos de magnésio (35%), de ervas adaptógenas (31%) e de melatonina (24%) os seus preferidos no quesito de descanso. Os produtos de magnésio foram também mencionados por 80% dos entrevistados, que destacam os seus benefícios para a saúde muscular e recuperação após o exercício.

O estudo realizado pela QuestionPro contou com uma amostra de 907 participantes, dos quais 367 eram do sexo feminino, 321 do sexo masculino e 2 não-binário. Em relação à faixa etária, 42% dos inquiridos tinha entre 35 a 44 anos, 25% entre os 26 e 34, 21% entre os 45 e 54, 7% acima de 55 e, por fim, 6% tinha uma idade compreendida entre 18 e 25 anos. Quando à distribuição geográfica, a maioria dos entrevistados reside na Grande Lisboa (37%), seguindo-se o Centro (21%), o Norte (17%), o Grande Porto (16%), o Algarve (4%), as Ilhas (2%) e o Alentejo (1%).

 
Opinião
A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é uma perturbação do neurodesenvolvimento caracterizada po

Podemos, assim, estar perante uma criança que: pode ter um brincar tão restrito e repetitivo que acaba por brincar sempre à mesma coisa; pode não tolerar o toque e os empurrões de outras crianças, acabando por se isolar em momentos de brincadeira em grupo; pode ter dificuldades em realizar as atividades desportivas por ser descoordenada; pode apresentar uma seletividade alimentar ou uma compulsividade; o almoço na escola pode ser um momento de grande desconforto, por não tolerar o barulho do refeitório; pode ter dificuldades em  permanecer sentada por longos períodos de tempo; pode não sentir a necessidade de ir à casa de banho; pode não saber como usar a sanita, entre tantos outros desafios. São preocupações desta natureza e com um impacto significativo na funcionalidade e no dia-a-dia das crianças, das suas famílias e da comunidade escolar que levam ao encaminhamento para Terapia Ocupacional.

A Terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde que promove a participação e o desempenho ocupacional no dia-a-dia. Para tal, avalia as competências da criança (motoras, sensoriais, cognitivas e sociais), o ambiente onde se encontra (casa, escola, parque infantil ou outro) e analisa as ocupações que são esperadas para a criança. De acordo com as preocupações expostas e os resultados da avaliação é definido, em conjunto com os pais, um plano individual de intervenção, onde muitas vezes, também a comunidade escolar é incluída.

Os terapeutas ocupacionais recorrem a uma série de abordagens e metodologias específicas, que podem englobar o desenvolvimento das competências necessárias da criança, a definição de estratégias, adaptações no ambiente e nas atividades, bem como consultoria à família, educadores/professores e a colaboração em equipa.

É, ainda, comum as crianças com autismo apresentarem dificuldades no processamento da informação sensorial. As dificuldades de modulação são as mais abordadas, em que a criança pode apresentar reações exageradas aos diferentes estímulos (hiperreactividade sensorial) ou ausência de reações perante os estímulos sensoriais (hiporreatividade sensorial). Para além destas, as dificuldades de perceção e discriminação sensorial, isto é, a capacidade da criança interpretar e distinguir os diferentes estímulos, estão frequentemente presentes, contribuindo em grande parte para as dificuldades em saber o que fazer e como fazer. Esta capacidade é denominada de práxis e abrange a capacidade de ter uma ideia do que fazer (ideação), planear as ações necessárias com o seu corpo (planeamento motor) e executá-las.

Nestes casos, a Integração Sensorial é cada vez mais reconhecida e utilizada por terapeutas ocupacionais especializados em crianças com PEA. Esta é uma abordagem de intervenção, com recurso a um raciocínio clínico especializado e a equipamentos que proporcionem oportunidades sensoriomotoras adequadas às necessidades individuais da criança, de forma adequar o processamento e integração dos estímulos sensoriais e promover um melhor desempenho da criança no seu dia-a-dia. 

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Fundação Champalimaud
Situado na parte de trás da cabeça, o cerebelo é uma estrutura que desempenha um papel fundamental n

A palavra "cerebelo" significa "pequeno cérebro", embora o número de neurónios desta estrutura corresponda a mais de metade dos neurónios do cérebro. O cerebelo é essencial para coordenar os movimentos e o equilíbrio, ajudando-nos a realizar tarefas diárias com facilidade, tais como caminhar numa rua cheia de gente ou praticar desporto. É também crucial para o processo de aprendizagem que nos permite associar sinais sensoriais a ações específicas. Por exemplo, sempre que pegamos num copo sem entornar o líquido que tem dentro, e que ajustamos facilmente a força aplicada ao peso do copo e ao quão cheio este se encontra, estamos a pôr à prova a capacidade do cerebelo em associar sinais visuais a respostas motoras correspondentes.

Os "sinais de aprendizagem" do cérebro

Para que a aprendizagem tenha lugar, o cerebelo monitoriza continuamente o mundo exterior e o resultado dos movimentos que nele fazemos. Quando nos enganamos, a informação sobre os nossos erros pode ser utilizada para ajustar a força das ligações cerebrais, conduzindo, ao longo do tempo, a alterações nas nossas respostas comportamentais a sinais específicos. No entanto, não se sabe exatamente como é que esses "erros" ou "sinais de aprendizagem" são representados no cérebro para conduzir a mudanças de comportamento aprendidas. A mais recente investigação do Laboratório de Megan Carey na Fundação Champalimaud, publicada nanrevista Nature Neuroscience, fornece provas convincentes de que a atividade de uma classe específica de inputs cerebelares, chamados fibras trepadoras, é absolutamente essencial para que a aprendizagem associativa aconteça.

Para estudar o papel das fibras trepadoras e dos seus alvos – as células de Purkinje cerebelares – na aprendizagem, os investigadores realizaram uma série de experiências com ratinhos. Utilizaram uma tarefa de aprendizagem clássica, conhecida como condicionamento do piscar do olho. Nesta tarefa, os ratinhos aprendem a piscar um olho em resposta a um determinado sinal, – uma luz, por exemplo –, que antecede um dado acontecimento, tipicamente uma ligeira lufada de ar dirigida a esse olho. Esta tarefa ilustra eficazmente a aprendizagem associativa, mostrando como os ratinhos aprendem a associar um sinal sensorial a uma resposta motora adaptativa – neste caso, o pestanejar.

"Na nossa experiência", explica a Dra. Tatiana Silva, primeira autora do estudo, "utilizámos uma técnica chamada optogenética. Este método funciona como um comando altamente preciso para as células cerebrais, utilizando a luz para ligar ou desligar determinadas células de interesse em momentos extremamente específicos". E acrescenta: "As fibras trepadoras respondem normalmente a estímulos sensoriais como uma lufada de ar no olho. Ao ativar com precisão estas fibras com optogenética, conseguimos induzir o ratinho a pensar que recebeu um sopro de ar, quando na realidade isso não aconteceu. Após estimularmos repetidamente as fibras trepadoras durante a apresentação de um sinal visual, os ratinhos aprendem a piscar o olho em resposta a esse sinal – mesmo na ausência de estimulação. Isto mostra que a atividade das fibras trepadoras é suficiente para produzir este tipo de aprendizagem associativa."

Os autores conseguiram ainda demonstrar que as fibras trepadoras também são necessárias para que a aprendizagem associativa ocorra. "Quando utilizámos a optogenética para silenciar seletivamente as fibras trepadoras durante a apresentação de um sopro de ar", explica Silva, "os ratinhos não conseguiram aprender a piscar o olho em resposta ao sinal visual". A equipa de Carey manipulou de forma semelhante uma série de outros tipos de células do cerebelo, e constatou que nenhum era capaz de fornecer sinais de aprendizagem tão fiáveis como as fibras trepadoras.

O aparecimento dos "neurónios zombies"

Analisando mais de perto alguns dos seus resultados, os investigadores observaram uma reviravolta inesperada. Para manipular a atividade das fibras trepadoras através da optogenética, utilizaram ferramentas genéticas que permitem expressar/inserir nesses neurónios uma proteína sensível à luz, chamada Channelrhodopsin-2 (ChR2). E surpreendentemente, descobriram que, quando tentavam ensinar os ratinhos com a ChR2 a piscar o olho utilizando o método tradicional do sopro de ar, os animais não conseguiam aprender. Como explica Carey, após terem realizado registos sistemáticos da atividade neuronal no cerebelo destes ratinhos, "verificámos que a introdução de ChR2 nas fibras trepadoras alterou as suas propriedades naturais, impedindo-as de responder adequadamente a estímulos sensoriais standard tais como sopros de ar. Essa incapacidade, por sua vez, bloqueou completamente a capacidade de aprendizagem dos animais."

"O que é notável", diz Tatiana Silva, "é que estes eram os mesmos ratinhos que tinham aprendido perfeitamente bem a tarefa quando associámos o sinal visual com a estimulação das fibras trepadoras ao invés de um sopro de ar." Involuntariamente, a equipa tinha alcançado um objetivo de longa data em neurociência: modular padrões específicos de atividade em neurónios específicos, sem interromper completamente a sua comunicação, o que resultou numa intervenção mais natural para elucidar o seu papel causal. Por outras palavras, embora as fibras trepadoras permanecessem espontaneamente ativas e fossem funcionais, o facto de a sua codificação dos estímulos sensoriais estar alterada deixou os animais totalmente incapazes de aprender a tarefa. Isto levou Silva a apelidá-las de "neurónios zombies": células funcionalmente vivas mas incapazes de interagir como habitualmente com o circuito cerebral.

Devido à subtileza dos efeitos inesperados da introdução da ChR2 nas fibras trepadoras, a Dra. Megan Carey afirma: "Estes resultados constituem a prova mais convincente até à data de que os sinais das fibras trepadoras são essenciais para a aprendizagem associativa cerebelar. Os nossos próximos passos consistem em compreender por que razão a introdução da ChR2 conduz à "zombificação" dos neurónios e em determinar se as nossas descobertas se estendem a outras formas de aprendizagem cerebelar". Parece que até os mortos-vivos têm algo a ensinarnos sobre o mundo dos vivos.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em parceria com o ONCOMOVE e a NORTORAC
O Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP), em parceria com o programa ONCOMOVE da AICSO – Associação de Investigação de...

A iniciativa, que se insere nas comemorações do Dia Mundial da Atividade Física, tem como objetivo principal sensibilizar para a importância da prevenção, dos programas de rastreio e do diagnóstico precoce do cancro do pulmão, bem como destacar a relevância da adoção de um estilo de vida saudável para toda a população com e sem cancro. O evento destina-se a pessoas de todas as idades, desde os 0 aos 100 anos, e convida toda a comunidade a juntar-se numa demonstração de apoio à causa.

Ana Barroso, pneumologista, coordenadora da Unidade Multidisciplinar de Tumores Torácicos, na Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho e membro da direção do GECP, salienta a importância desta iniciativa, referindo que “é mais do que um simples evento desportivo, sendo uma oportunidade valiosa para sensibilizar a população para a prevenção do cancro do pulmão e para a promoção de estilos de vida saudáveis”.

Praticar exercício físico regularmente fortalece o corpo e a mente, estando associado a uma redução do stress, melhoria do sono e aumento da autoestima. Ao participar nesta caminhada, estamos a investir no nosso bem-estar global. Ao não fumar estamos a investir na nossa saúde e na felicidade dos que nos são mais queridos.

Todos os participantes irão receber um kit de oferta, que inclui uma t-shirt do evento e uma peça de fruta fresca para desfrutar durante ou após a caminhada.

A 1.ª Caminhada no Ritmo da Saúde conta com o apoio da Câmara Municipal de Gaia, Águas de Gaia, Douro Marina e Solinca, que se juntam ao GECP, ao programa ONCOMOVE e à NORTORAC - Associação Norte de Apoio Ao Estudo dos Tumores Torácicos para tornar este evento num verdadeiro sucesso.

 
Reconhecimento pelo sucesso alcançado na área da inovação e contributo para a economia nacional
A GSK Portugal foi reconhecida pelo Governo do Reino Unido, através da Embaixada Britânica em Portugal, com um “Business...

Esta iniciativa do UK Department for Business Trade (DBT) em Portugal tem como objetivo premiar e reconhecer o esforço e o sucesso das empresas britânicas em Portugal, tendo sido lançado em 2008. A entrega dos prémios esteve a cargo da Embaixadora Britânica em Portugal, Lisa Bandari, juntamente com o Comissário para o Comércio na Europa, Chris Barton, e decorreu no dia 22 de Março, na Residência Oficial Britânica em Lisboa.

“Em nome da equipa da GSK em Portugal, foi com enorme orgulho que recebi este prémio. É um reconhecimento importante do trabalho que temos desenvolvido e de todo o impacto que procuramos ter no país, ao trazer inovação que permite à comunidade médica melhorar e prolongar a saúde dos portugueses. Paralelamente, estamos a contribuir para a prosperidade da economia nacional, com um investimento forte e sustentado e envolvendo diferentes parceiros de negócio. De realçar, ainda, que esta distinção eleva ainda mais os padrões de exigência e as expetativas que a sociedade portuguesa deposita em nós, pelo que teremos de ser ainda mais ambiciosos pelos nossos doentes e comprometidos com os resultados”, considera Eric King, Diretor-Geral da GSK Portugal.

A Embaixadora Britânica em Portugal, Lisa Bandari, refere: “É um enorme prazer celebrar a dedicação e esforço das empresas britânicas e portuguesas que, com o seu sucesso, contribuem para o reforço dos laços económicos, criação de emprego e inovação entre os dois países e mais além. Os 25 premiados deste ano são um testemunho do trabalho e espírito empreendedor que carateriza o compromisso partilhado de colaboração e apoio entre Portugal e o Reino Unido, numa das mais antigas alianças de comércio e investimento ainda em vigor, o que muito nos orgulha.”

A GSK emprega 160 profissionais (91 mulheres e 69 homens) em Portugal, interage com cerca de 250 parceiros locais de negócio e disponibiliza mais de 200 medicamentos e vacinas. Em 2023, entraram na GSK Portugal 50 novas pessoas. A GSK contribuiu com mais de 18 milhões de euros para a economia nacional no ano passado, sendo que, nos últimos três anos (2021 – 2023), o contributo ultrapassou os 55 milhões de euros. Atualmente, a GSK tem 17 ensaios clínicos e estudos de vida real em Portugal, nas áreas respiratória, oncologia e vacinas. Recentemente, foi considerada a sétima melhor empresa para trabalhar em Portugal, segundo o Great Place to Work®, sendo que há quatro anos consecutivos que está entre as dez melhores empresas para trabalhar em Portugal.

 
Aulas de fitness e workshops gratuitos
Quem mora ou está de passagem em Braga: este sábado, 6 de abril, vai ser totalmente dedicado ao bem-estar. Para assinalar o Dia...

A programação arranca logo de manhã, com o lançamento de novas coreografias com assinatura do ginásio Kalorias. Às 10h00, os especialistas vão realizar uma aula de Body Pump, seguindo-se Body Balance (11h00) e Body Combat (12h00) — todas as sessões têm a duração aproximada de 50 minutos. Entre as 15h00 e as 17h00, está previsto um desafio aberto de Cross Training pensado para famílias e/ou amigos, já que se realiza em grupos de quatro a cinco pessoas — e os primeiros três lugares têm direto a um prémio. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas na receção do Kalorias, no Piso 2 do Nova Arcada (até dia 4, para o desafio, e até dia 5, no caso das aulas).

Já os workshops decorrem unicamente durante a tarde, sendo o primeiro dedicado à alimentação, mais especificamente ao tema do desperdício alimentar. A temática será abordada por especialistas do Continente e tem início às 13h00. Pelas 14h30, fala-se de saúde mental, com o apoio de uma médica especialista em Medicina Geral e Familiar do Hospital Trofa Saúde Braga Norte. Ambos têm a duração prevista de 30 minutos.

Estas ações são gratuitas e estão previstas decorrer na zona exterior do Piso 1 do Nova Arcada — em alternativa, caso a meteorologia não o permita, irão acontecer no Piso 2, junto ao Kalorias. Além das aulas de fitness e workshops, vai estar presente no local a Opticália com uma exposição de produtos úteis na prática desportiva, neste caso, as lentes de contacto — e com a possibilidade de ofertas.

 
Destinam-se à comunidade veterinária e contam com a presença de profissionais de renome na área
Ecografia de animais exóticos. Este foi o tema do mais recente curso teórico-prático, o primeiro realizado em Portugal,...

Com a presença da Dra. Alicia Angosto, autora e especialista na área, foi concebido para proporcionar aos profissionais da Medicina Veterinária o aprimorar das suas aptidões na área da ecografia aplicada a animais exóticos. Durante a formação, os participantes puderam adquirir conhecimentos teóricos, bem como de colocar em prática esses conhecimentos em sessões práticas supervisionadas.

Reconhecendo a importância vital da formação contínua na promoção da excelência clínica e no avanço da medicina veterinária, a AniCura, grupo de hospitais e clínicas especializado em cuidados médico-veterinários para animais de companhia, reafirma o seu compromisso através da realização de formações, cursos teórico-práticos e simpósios no primeiro semestre do ano. Destinadas à comunidade veterinária, as formações especializadas em animais de companhia têm como objetivo promover o intercâmbio de conhecimento, estimular a discussão entre profissionais e oferecer uma visão abrangente das práticas veterinárias mais recentes.

"Acreditamos firmemente que a formação contínua é a chave para fornecer cuidados veterinários de excelência", afirma Sandra Reis, Partner of People & Organization da AniCura Portugal. "Estamos comprometidos em disponibilizar aos veterinários acesso às melhores oportunidades de formação disponíveis, garantindo que estão dotados de conhecimentos e aptidões necessários para oferecer os mais altos padrões de cuidados aos seus pacientes”.

No AniCura CHV Porto Hospital Veterinário foram promovidas sessões de formação sobre temas como úlceras da córnea, formas de lidar com cataratas e seleção de candidatos a cirurgia, e quando recomendar Tomografia Computorizada ou Ressonância Magnética. Contou com a presença do médico veterinário Dr. Pedro Malho, que ministrou o módulo de Oftalmologia, e do Dr. Luís Mesquita, especializado em Imagiologia com ênfase em Ressonância Magnética (RM) e Tomografia Computorizada (TC).

Em Mafra decorreu também, recentemente, um simpósio de referência veterinária, levado a cabo pelo AniCura Atlântico Hospital Veterinário, onde foi possível fortalecer a parceria entre colegas médicos veterinários, numa relação de partilha, e conhecer em profundidade os diferentes serviços e opções de tratamento disponíveis para os pacientes.

 
Dia Mundial da Consciencialização do Autismo | 2 de abril
A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é uma perturbação do neurodesenvolvimento.

O que é o Autismo?

A PEA é uma perturbação crónica e como tal persiste ao longo de toda a vida da pessoa, mas as manifestações clínicas modificam com a idade. Apesar de existir desde o nascimento, o diagnóstico só é possível quando os sintomas começam a ser mais evidentes. Em alguns casos, isso pode acontecer no período pré-escolar e noutros casos só em idade escolar ou mesmo na adolescência. A altura em que o prejuízo do funcionamento se torna óbvio varia de acordo com características da própria pessoa, bem como com as características do seu meio ambiente, e o facto de poder haver uma grande variedade de sintomas pode dificultar o diagnóstico.

Sinais de Alerta e Sintomas do Autismo

Os sintomas, que mudam com o desenvolvimento e podem ser mascarados por mecanismos compensatórios, são essencialmente de dois grupos:

  • dificuldades na comunicação social recíproca e na interação social;
  • comportamentos, interesses ou atividades restritos e repetitivos.

Desta forma, exemplos de sinais ou sintomas que em crianças mais pequenas devem levantar suspeita são:

  • ausência de contacto ocular;
  • não sorrir em resposta;
  • não responder ao nome;
  • ausência de reações antecipatórias (como levantar os braços para ser pegado ao colo);
  • ausência de atenção conjunta (não olhar para onde a outra pessoa está a olhar ou a apontar e não apontar com o dedo para algum objeto para dirigir a atenção do outro);
  • não ter interesse em partilhar;
  • ou perturbação na aquisição ou desenvolvimento da fala.

Em crianças mais velhas podem observar-se também:

  • dificuldades no jogo simbólico (não ter brincadeiras de faz-de-conta, alinhar ou organizar brinquedos, em vez de brincar com eles);
  • não ter interesse pelas outras crianças;
  • evitamento da interação social, ou interação social desadequada com os pares;
  • não imitar o adulto;
  • uso idiossincrático e estereotipado de palavras ou frases;
  • défices nos comportamentos não-verbais usados para a interação social (para além da ausência de contacto ocular, uso reduzido de gestos ou expressões faciais);
  • adesão excessiva a rotinas, com dificuldades com a mudança;
  • comportamentos repetitivos ou interesses altamente restritos e anormais na intensidade ou no foco (como horários de comboios, matrículas de automóveis).

Pode existir também hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais (com respostas extremas a sons ou texturas específicas ou cheirar objetos excessivamente, por exemplo) e é comum haver restrições alimentares excessivas.

Muitas crianças com PEA também apresentam défice intelectual e/ou défice da linguagem e pode haver défices motores, podendo ter uma marcha estranha (por exemplo andar em bicos de pés) e sendo mais desajeitadas e descoordenadas do que as crianças da mesma idade.

Em crianças sem défice cognitivo e sem atraso na linguagem pode ser apenas na adolescência, quando as tarefas em termos sociais são mais exigentes, que as dificuldades se tornam mais notórias. Nesta idade, a procura de ajuda pode acontecer por queixas depressivas ou ansiosas, motivadas por fracas competências socias e problemas de interação com os pares.

Diagnóstico

Na avaliação diagnóstica da PEA podem ser prescritos alguns exames complementares de diagnóstico, nomeadamente para estudo etiológico, mas o diagnóstico é clínico, baseado em múltiplas fontes de informação: observação clínica, cuidadores e quando possível autorrelato. A PEA é mais comum nos rapazes. Nas raparigas os sintomas são muitas vezes menos óbvios, os interesses específicos mais típicos para a idade e, porque são capazes de imitar o que vêm, podem ter melhor contacto ocular e melhor interação social do que os rapazes com PEA. Estes motivos levam a que possa haver subdiagnóstico de PEA nas raparigas.

Abordagem terapêutica

A abordagem terapêutica deve ser individualizada, em função da situação clínica e do contexto individual e pode incluir: terapia da fala, terapia ocupacional (integração sensorial, treino de autonomia), ou psicologia clínica (terapia comportamental, treino de competências sociais), tendo como objetivo ajudar as pessoas com PEA a usarem da melhor forma as suas competências e a conviverem melhor com as suas especificidades. Não existe medicação para manifestações clínicas da PEA, pelo que a terapêutica farmacológica deve ser dirigida a comorbilidades ou sintomas disruptivos, como problemas graves de comportamento ou alterações de sono.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Eleições EAPCI realizam-se de 29 de março a 18 de abril
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a apoiar o Prof. Doutor Rui Campante Teles, antigo Presidente...

Com uma voz entusiástica e crítica no seio da comunidade portuguesa de Cardiologia de Intervenção, o Prof. Doutor Rui Campante Teles é o primeiro português a candidatar-se à presidência da EAPCI. Entre as principais medidas, o cardiologista defende consistentemente a excelência, inovação e colaboração, promovendo uma cultura de aprendizagem e melhoria contínuas.

A sua experiência na EAPCI, que tem servido desde 2017, é profunda e extensa. De entre os vários projetos realizados destacam-se os Core Curriculum in Interventional Cardiology e Core Curriculum in Structural Heart Disease, o European Certification Program, o sucesso do VFL Portugal e o ESC Quality Indicators for TAVI.

Para mais informações sobre as eleições da EAPCI, consulte o site: https://shorturl.at/cFKPR

A EAPCI foi criada em 2006 com objetivos e atividades decorrentes da sinergia entre os ativos da EuroPCR e o antigo Grupo de Trabalho de Cardiologia Intervencionista da ESC. Em todas as atividades, a EAPCI promove uma colaboração estreita e madura com parceiros da indústria com base num código de conduta claramente definido. A educação pós-graduada, a melhoria do acesso dos pacientes às terapias baseadas em dispositivos e a promoção da investigação clínica representam áreas óbvias de interesse comum.

 

3º edição do maior prémio nacional de investigação na área da nefrologia
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL), em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN), encontra-se...

Este prémio, atribuído anualmente, tem como objetivo incentivar a realização de estudos clínicos e avaliações epidemiológicas na área da Insuficiência Renal Crónica, com particular relevância no âmbito da prevenção e da melhoria de cuidados da doença renal crónica.

“Com esta iniciativa pretendemos contribuir para aumentar o conhecimento científico sobre a doença renal crónica em Portugal, as suas causas e a população abrangida, tendo em conta a elevada incidência e prevalência de doentes com esta doença, sobretudo nos estádios mais avançados, e a ausência de investigações clínicas e estudos epidemiológicos relevantes nesta área”, avança Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

Os trabalhos candidatos ao Prémio ANADIAL-SPN podem ser: a) análises interinas de estudos epidemiológicos em curso (desde que estas análises estivessem previstas no desenho do estudo e os resultados sejam relevantes); b) trabalhos já terminados, ou projetos de investigação em fase de arranque.

O projeto vencedor, avaliado por um júri composto por 6 elementos, recebe um prémio no valor de 10 mil euros.

A doença renal crónica é uma doença provocada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência da perda de função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). São várias as doenças que podem provocar lesões nos rins e provocar a insuficiência renal crónica, nomeadamente a hipertensão arterial, a diabetes mellitus, as glomerulonefrites crónicas e algumas doenças hereditárias. Nas fases mais avançadas os portadores desta doença necessitam de realizar regularmente um tratamento de substituição da função renal que poderá ser a hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal.

Para mais informações, consulte o Regulamento disponível em www.anadial.pt

 

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