Fundador e presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente
O Prémio Nacional de Medicina Interna 2024 foi atribuído a Luís Campos, fundador e presidente do Conselho Português para a...

Recebido com fortes aplausos da plateia, Luís Campos agradeceu ao “Prof José Delgado Alves e a todos os signatários da proposta da minha pessoa para receber este prémio e à direção da Socidade Portuguesa de Medicina Interna por me ter escolhido”. Luís Campos dedicou depois o prémio à sua família e às “equipes fantásticas com quem trabalhou, citando a canção de de Richard Rodgers,“You Will Never Walk Alone”. Referiu então e chamou ao palco a equipa do Serviço de Medicina do Hospital São Francisco de Xavier, que dirigiu durante 16 anos, a do Serviço de Urgência do mesmo hospital, do qual foi diretor durante três anos, a da direção da SPMI, da qual foi presidente e a do secretariado do Núcleo de Doenças Autoimunes da SPMI, que coordenou ao longo de oito anos.

Como mensagem final, o também Honorary Fellow do American College of Physicians e Fellow da European Federation of Internal Medicine deixou uma nota de esperança para a sua especialidade de eleição. “Todos sabemos a crise que a Medicina Interna atravessa e espero que tenhamos capacidade de a ultrapassar. Isso começa por reconhecer que temos a mesma matriz genética, mas diversos fenótipos de ser internista. Tenho a profunda convicção que a incerteza do futuro, o tipo de doentes que temos de cuidar, a hiperespecialização crescente e as principais inovações organizacionais na área hospitalar necessitam do nosso modelo de Medicina Interna”.

O especialista em Medicina Interna, pós-graduado em Direção de Serviços de Urgência pelo INDEG Business School, com Mestrado em Gestão da Qualidade dos Serviços de Saúde pela Universidade de Múrcia e competências em Emergência Médica e em Gestão, pela Ordem dos Médicos, aceitou o desafio de integrar várias comissões hospitalares ao longo da sua carreira.

Simultaneamente, foi coordenador para os cuidados hospitalares do Grupo de Apoio à Implementação de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde, em 2021 e 2022, membro do Conselho Nacional para a Formação Profissional Contínua da Ordem dos Médicos, de 2019 a 2022, membro da Comissão Nacional dos Centros de Referência. de 2006 a 2022, Professor Auxiliar Convidado da Nova Medical School, de 2013 a 2021.

Foi também membro do Conselho Médico da José de Mello Saúde, de 2015 a 2016, presidente da Comissão Nacional de Qualidade, de 2009 a 2016, membro da Comissão de Acompanhamento da Reforma Hospitalar, de 2013 a 2015, membro da plataforma Gulbenkian Health for the Future, de 2013 a 2014.

O internista integrou o grupo de trabalho que elaborou o relatório de Portugal para o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre Geographic Variations in Healthcare, em 2014, a docência enquanto professor convidado da Escola Nacional de Saúde Pública, de 2011 a 2014, a Comissão Científica para as Boas Práticas Clínicas, de 2011 a 2014, a coordenação nacional do Registo de Saúde Eletrónico, em 2011.

Assumiu ainda a responsabilidade de ser consultor do Infarmed para a introdução de novos medicamentos, de 2007 a 2011, assim como a participação na equipa da José de Mello Saúde que coordenou as propostas de desenho e modelo de governação clínica para os concursos de construção de quatro novos hospitais em regime de PPP, de 2003 a 2009, dois dos quais estão construídos em Braga e Vila Franca de Xira.

É de salientar o seu percurso como consultor do Governo de Macau, na área da Saúde, na preparação da transição para China, de 1997 a 1999, coordenador da Comissão de Reestruturação das Urgências nos Açores, em 1998, adjunto da Direção Clínica do Hospital S. Francisco Xavier, de 1994 a 1996.

Luís Campos apresenta um currículo já com múltiplos cargos na organização de reuniões científicas, entre os quais presidente do 18.º CNMI, em 2019, presidente do 21.º CNMI, em 2015, presidente do 2.º Fórum Internacional sobre o Doente Crónico, em 2010, presidente do 1.º Congresso Nacional de Autoimunidade, em 2009, vice-presidente do 6th International Congress on Autoimmunity, em 2008 e presidente do 1.º Fórum Internacional sobre o Doente Crónico, em 2006.

Foi bolseiro do British Council no Hammersmith Hospital, em Londres, em 1986. Entre 1984 e 1986 foi responsável pela supervisão das equipas móveis de Emergência do Serviço “115”, da PSP de Lisboa, Porto, Coimbra e Setúbal, de 1984 a 1986, assim como responsável pelo Serviço de Medicina do Hospital de Lagos, de 1981 a 1982.

É membro do Conselho Científico de várias revistas científicas nacionais, tendo realizado mais de 500 conferências, foi autor ou coautor de cerca de 340 comunicações, dezenas de publicações, 16 capítulos de livros e foi coeditor de dois livros.

Pelas boas práticas de bem-estar e saúde no local de trabalho
O Politécnico de Coimbra (IPC) recebeu o Selo Healthy Workplaces 2024 – Selo Nível 1.

Esta distinção, que conta com o Alto Patrocínio do Senhor Presidente da República, do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do Ministério da Saúde, para premiar as organizações portuguesas que têm implementadas boas práticas de bem-estar e saúde no local de trabalho, surgiu na sequência da candidatura efetuada pelo IPC à 5ª edição do “Prémio Healthy Workplaces - Locais de Trabalho Saudáveis 2024”, promovida pela Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) em parceira com a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA).

Segundo Ana Ferreira, Vice-Presidente do Politécnico de Coimbra, este reconhecimento “é uma honra” e vem reforçar, uma vez mais, “o compromisso contínuo do Politécnico de Coimbra com a promoção da segurança, saúde e bem-estar no ambiente de trabalho. Sabemos que boas condições laborais promovem ambientes de trabalho mais felizes e produtivos, sendo, por isso, o nosso objetivo continuar a implementar e aprimorar estratégias eficazes neste âmbito”.

Algumas das iniciativas que têm contribuído para estas conquistas tem como intuito promover a melhoria da saúde física, mas também mental, quebrar a rotina laboral, motivar para o trabalho, reduzir o stresse ocupacional e fomentar o relacionamento interpessoal saudável. Exemplos destas ações são as “Pausas Ativas”, dirigidas aos trabalhadores do IPC com o objetivo de levar ao posto de trabalho momentos de exercício físico; o projeto “IPC a Pedalar”, com a disponibilização de bicicletas elétricas e convencionais aos trabalhadores e estudantes para que realizem as suas deslocações de forma mais sustentável e saudável; a disponibilização de aulas de Pilates; a realização de ações de formação sobre desenvolvimento de soft skills (gestão de tempo e de conflitos, inteligência emocional, comunicação, etc.); a realização de ações como “Juntos vamos ajudar a reflorestar a Serra da Estrela” e “Juntos vamos ajudar a limpar as margens do Rio Mondego” e, entre outras, a candidatura do IPC ao Programa de Promoção da Saúde Mental e a avaliação de riscos psicossociais realizada aos trabalhadores da Instituição.

Este é o segundo reconhecimento do Politécnico de Coimbra com o Selo Healthy Workplaces, tendo o primeiro acontecido na 4.ª edição da iniciativa, em 2022.

Investigação Clínica na área do Cancro de Mama
A Sociedade Portuguesa de Senologia atribui um prémio de 20 mil euros a um projeto na área do cancro da mama, que venha a ser...

O Prémio de Investigação Noémia Afonso, promovido pela Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS), tem as candidaturas a decorrer até 30 de junho de 2024. Esta iniciativa tem como objetivo incentivar a cultura científica e fomentar a investigação clínica na área do cancro da mama.

Para a avaliação dos trabalhos, será tida em consideração a natureza interdisciplinar da investigação, a contribuição para a melhoria da intervenção clínica e o real impacto no desenvolvimento científico, com base em critérios como a originalidade, o grau de inovação, a exequibilidade e o potencial impacto na prática clínica no que diz respeito ao cancro da mama.

O presidente da SPS, Dr. José Carlos Marques, afirma: “É com muito entusiamo e otimismo que abrimos as candidaturas para o Prémio de Investigação Noémia Afonso, pelo segundo ano consecutivo, e continuamos a homenagear um membro da Sociedade que tanto contributo nos deu”.

Os participantes podem submeter a sua candidatura até 30 de junho através do preenchimento do formulário na página da SPS.

O grande vencedor desta distinção irá receber 20 mil euros para apoio ao desenvolvimento do projeto, e será anunciado no XII Congresso Nacional de Senologia, entre os dias 6 e 8 de novembro de 2024, em Cascais.

Tradução realizada pela APLO
A Organização Mundial de Saúde (OMS) disponibilizou no seu site a tradução para língua portuguesa do Manual de implementação do...

O manual oferece orientações, passo a passo, para a realização de um rastreio à saúde da visão, em contexto comunitário e em sede de cuidados primários. As intervenções baseadas em evidência são retiradas do Pacote de intervenções para a saúde da visão da Organização Mundial de Saúde, e desenvolvidas com o objetivo de realizar rastreios de forma fácil, segura e eficaz, em cenários de baixos e médios rendimentos. A identificação precoce através de rastreios, permite intervenções imediatas, garantindo tratamentos e uma gestão atempada, para evitar a deficiência visual em populações de alto risco, como é o caso de recém-nascidos, crianças em idade pré-escolar e escolar e idosos. Para apoiar ainda mais as abordagens nacionais, o VESIH incorpora uma secção sobre as vantagens e as desvantagens das diversas abordagens do rastreio à saúde da visão. O VESIH serve como um guia abrangente para rastreios da visão eficazes, em diversos contextos, contribuindo para o WHO SPECS 2030, e em particular, para melhorar o acesso aos serviços refrativos.

O manual fornece uma estrutura padronizada, garantindo práticas consistentes e fiáveis de rastreio à saúde da visão, em vários contextos. Ao enfatizar as intervenções baseadas em evidência, assegura que as metodologias de rastreio se alinham com as normas globais, promovendo a fiabilidade e a precisão dos rastreios. De forma crucial, ajuda a integrar o rastreio dos cuidados para a saúde da visão nos programas de saúde e educação existentes, promovendo o acesso equitativo aos serviços de cuidados para a saúde da visão.

O manual foi concebido para ajudar um vasto leque de partes interessadas envolvidas na prestação de cuidados para a saúde da visão, incluindo coordenadores dos Ministérios da Saúde, planeadores de saúde pública, gestores, ONGs dedicadas aos cuidados para a saúde da visão e, nomeadamente, profissionais que trabalhem em instalações de cuidados de saúde primários, que irão fornecer e promover serviços de rastreio dos cuidados para a saúde da visão.

 
29 de maio
A NOVA Medical School organiza, no próximo dia 29 de maio, a conferência Serviços de Saúde | 50 Anos, o Passado e o Futuro, que...

Este evento, integrado nas Road to Estoril Conferences, pretende reunir especialistas para analisar o progresso alcançado desde a criação do Serviço Nacional de Saúde, em 1979, e identificar estratégias de eficácia e sustentabilidade. O objetivo passa por garantir a universalidade e equidade no acesso aos cuidados de saúde.

No debate, moderado por Laurinda Alves, participam Helena Canhão (Diretora da NOVA Medical School e Presidente do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas), Carlos Cortes (Bastonário da Ordem dos Médicos), Maria Antónia Almeida Santos (Presidente do Conselho da Faculdade da NOVA Medical School e antiga presidente da Comissão Parlamentar da Saúde), Luís Campos Pinheiro (professor na NOVA Medical School e Chefe do Departamento de Urologia do Hospital de São José), e Marta Passadouro (EITHealth InnoStars Ecosystem Lead Portugal).

A conferência Serviços de Saúde | 50 Anos, o Passado e o Futuro terá lugar no próximo dia 29 de maio, a partir das 17h30, no Edifício AHED, no futuro campus da NOVA Medical School.

 
Médico sucede a Lèlita Santos
Luís Duarte Costa, 47 anos, acaba de tomar posse como presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) para o...

O novo presidente está ligado à SPMI há cerca de 20 anos, integrando os Corpos Sociais durante praticamente todo este período. Começou como secretário adjunto, assumiu também as funções de tesoureiro e nos últimos dois mandatos foi vice-presidente, o que lhe confere um profundo conhecimento desta sociedade.

Uma das prioridades de Luís Duarte Costa passa pelo reforço das condições de trabalho e consequente aumento da atratividade da especialidade. “É preciso retomar a atratividade da Medicina Interna, para que todos se revejam numa especialidade fulcral a nível hospitalar. Nos últimos anos cerca de 250 vagas ficaram por preencher no concurso para a entrada em MI. Trata-se um problema que tem muito que ver com as condições de trabalho que são oferecidas aos internistas, que têm de ser melhoradas”, afirmou.

A nova direção da SPMI está comprometida em continuar a estudar e desenvolver as propostas que têm vindo a ser estruturadas para dotar os internistas das condições necessárias ao desempenho do seu trabalho. “Vamos naturalmente manter o trabalho que tem sido desenvolvido com a Ordem dos Médicos, o Colégio da Especialidade e as autoridades oficias para que a Medicina Interna e os Internistas possam ser valorizados pelo trabalho absolutamente essencial no SNS”, conclui Luis Duarte Costa.

Filho de um gastrenterologista e de uma pediatra, Luís Duarte Costa é natural de Lisboa e fez o seu curso de Medicina na Faculdade de Ciências Médicas, que terminou no ano 2000. Especialista de MI desde 2008, é casado com uma médica de família e tem duas filhas.

 
Doença genética muito rara
A síndrome de Morquio tipo A é uma doença hereditária do metabolismo, muito rara, progressiva e debi

"A mucopolissacaridose (MPS) tipo IV-A, também chamada de doença de Morquio A, é uma doença genética, que resulta de um defeito no metabolismo / destruição de umas substâncias dentro organismo, denominadas de mucopolissacáridos", começa por explicar o Prof. Doutor Patrício Aguiar, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e especialista em Medicina Interna na Unidade Local de Saúde do Hospital de Santa Maria, sobre esta patologia. 

De acordo com o especialista, trata-se de "uma doença hereditária, na qual existe um defeito num gene denominado GALNS, que é responsável pela produção de uma enzima, a N-acetilgalactosamina-6-sulfatase". "Quando existe um defeito neste gene, a referida enzima não funciona corretamente e começa a acumular-se nas células, dentro dos lisossomas (uma espécie de fábrica de reciclagem celular), um mucopolissacárido denominado sulfato de queratano, que irá ser responsável pelas manifestações da doença", acrescenta. 

O sulfato de queratano é importante para diversas funções no organismo, "mas, é essencial ao normal desenvolvimento do esqueleto, pelo que as principais manifestações desta doença ocorrem no esqueleto, com um conjunto característico de deformidades, das quais se salientam alterações da curvatura da coluna, hiperlaxidão das articulações das mãos, com mãos em garra e deformidades graves da anca e dos joelhos".  Estas alterações conduzem a baixa estatura e deformação óssea. 

"Além desta afetação esquelética", os doentes apresentam ainda "alterações do olho, da face, dos ouvidos, dos pulmões e das válvulas do coração e hérnias no umbigo e na região da virilha". 

Os primeiros sintomas surgem, habitualmente, nos primeiros anos de vida - "geralmente, antes dos dois anos". "Os primeiros sinais estão associados às deformações do esqueleto, pelo que devemos estar particularmente atentos a alterações da curvatura da coluna (principalmente a presença de uma “giba” na porção inferior da coluna) e dos joelhos (joelhos virados para dentro). Salienta-se que em termos de altura, estes bebés nascem com uma altura normal ou até mesmo grandes e que só se começa a notar um atraso do crescimento pelos 4 a 5 anos de idade", esclarece o médico. 

O seu diagnóstico passa pela avaliação da atividade da enzima N-acetilgalactosamina-6-sulfatase. "Posteriormente, pode-se ainda avaliar o gene GALNS e identificar o defeito genético específico", adianta Patrício Aguiar, sublinhando a importância do diagnóstico precoce. "Na atualidade, com a aprovação de tratamento dirigidos e específicos para doentes com MPS IV-A é essencial o diagnostico precoce, pois iniciar mais cedo a terapêutica associa-se a melhores resultados da mesma". 

No entanto, admite que esta é uma área cheia de desafios. "Uma das grandes dificuldades associadas ao diagnóstico de doenças raras é a dificuldade dos médicos em conhecerem estas doenças", afirma. "Os Pediatras lidam mais frequentemente com as mucopolissacaridoses, na medida em que são doenças que se apresentam, na maioria dos casos, na infância, pelo que estão muito mais despertos para estes diagnósticos. Se pensarmos na formas menos graves de MPS IV-A, com afetação esquelética menos exuberante, o diagnóstico poderá passar despercebido até à idade adulta e os médicos de adultos dificilmente considerarão esta hipótese diagnóstica, pois raramente lidam com este tipo de doenças", justifica. 

«Todos os doentes com o diagnóstico de MPS IV-A devem ser seguidos em centros de referência»

De acordo com o especialista, o tratamento para a Mucopolissacaridose tipo IV-A "divide-se entre tratamento de suporte e terapêutica específica de doença". O primeiro, explica "inclui todas as intervenções que são efetuadas que, embora não dirigidas à causa da doença em si, pretendem prevenir ou tratar as suas complicações, como, por exemplo, cirurgia de colocação de prótese da anca para o defeito esquelético da mesma". Quanto ao tratamento específico para a doença, este foi aprovado em 2014 e consiste numa terapêutica enzimática de substituição, "na qual a enzima deficitária nestes doentes é produzida em laboratório e administrada, semanalmente, por via endovenosa, aos doentes". 

Segundo Patrício Aguiar, "este tratamento demonstrou melhorar a mobilidade dos doentes e estabilizar o envolvimento pulmonar pela doença". No entanto, sublinha que estes resultados "são melhores se iniciarmos o mesmo mais precocemente, pois existe menos lesão irreversível do órgãos".  

Entre as principais complicações associadas, o médico destaca as dificuldades de locomoção que podem tornar o doente dependente da utilização de uma cadeira de rodas e de terceiros para realizar tarefas do dia a dia como se "vestir, lavar ou comer", uma vez que "envolvimento do sistema esquelético é grave e causa deformidades". 

"Salienta-se também a exuberância das complicações respiratórias, com a necessidade de utilização de máscaras de ventilação durante o período noturno", acrescenta ainda quanto às complicações associadas. 

«No meu caso aceitei bem a doença»

Apesar do diagnóstico desta patologia ter surgido "entre os 4 e 5 anos de idade", Sofia apenas iniciou o tratamento específico para a  MPS IV-A aos 25 anos, após a sua aprovação em Portugal. 

Embora não recorde ao certo o momento do diagnóstico, Sofia sabe que "a partir dos 3 anos" parou de crescer e começou a apresentar "algumas alterações ósseas a nível dos pulsos, tórax e quando sentada no chão não me conseguia levantar".

Sem nenhum outro caso na família, Sofia é a primeira a receber o diagnótico desta doença genética rara que lhe traz várias limitações, como falta de "mobilidade e a dificuldade em realizar tarefas diárias". Além disso, apresenta várias complicações associadas, como "complicações ósseas, respiratórias, cardíacas e auditivas". No entanto, admite que graças ao tratamento, "a doença não tem vindo a evoluir rapidamente, podendo assim dizer que a nível respiratório" se matém estável. "A nível ósseo e articular é que tenho tido mais queixas", explica referindo que após ter participado no ensaio clínico que viria a sustentar a aprovação da terapêutica em Portugal, sentiu melhorias. "Senti as mãos mais abertas, menos cansaço, mais força a nível dos membros e menos dificuldade em andar", recorda.

Não obstante, Sofia sempre soube que o tratamento não iria trazer-lhe a cura, apenas a possibilidade de a doença não progredir, melhorando a sua qualidade de vida. 

Garante que sempre aceitou bem a doença, mas não pode deixar de sublinhar o desafios pessoais, sociais e até económicos associados à sua condição: "os principais desafios encontrados a nível social é a existência de preconceitos com estas pessoas que apresentam estas doenças e a não existência de inclusão na sociedade. Outra dificuldade é que não se consegue ter acesso ao mundo do trabalho e da cultura porque não existe acessibilidade. Em relação aos apoios, existem apoios, mas não são suficientes e aqueles que existem demoram para ser adquiridos. O estatuto de cuidador informal também deixa muito a desejar", lamenta. 

Ainda assim, a mensagem que pretende passar é de esperança: é preciso ter força, coragem e não desistir de lutar. "Os tratamentos são importantes, não tenham receio, vale a pena fazê-los para melhorar a nossa qualidade de vida e bem-estar e principalmente ter alguma independência", afirma. 

Segundo o Prof. Doutor Patrício Aguiar esta é uma doença muito rara. "Existe um estudo epidemiológico sobre a prevalência de doenças lisossomais de sobrecarga na população portuguesa, cuja publicação data do ano 2004 e que estabeleceu a prevalência de MPS tipo IV-A em 0.6 casos por cada 100.000 recém-nascidos".
"O seguimento dos doentes em centros de referência, com melhoria do tratamento de suporte e o aparecimento da terapêutica específica de doença permitiu melhorar a sobrevida destes doentes até à idade adulta e, neste momento, não sabemos exatamente qual a esperança de vida dos doentes seguidos com cuidados otimizados". Por outro lado, salienta que "a gravidade da doença é muito variável entre doentes, pelo que as formas menos graves associam-se a melhor esperança média de vida.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sistema SARA implementado nos Cuidados de Saúde Primários
O Sistema de Atendimento e Resposta Ágil (SARA) já está a funcionar em todas as Unidades Funcionais dos Cuidados de Saúde...

A implementação deste sistema de atendimento decorreu de forma faseada e ficou agora concluída, estando a funcionar em pleno nas 22 Unidades de Saúde Familiares e nas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados de Almada e do Seixal.

O SARA permite uma melhoria da qualidade do atendimento, oferecendo ao utente a possibilidade de agendar consultas agudas (para o dia) ou programadas, pedir renovação de receitas, entre outros assuntos. Aquando do retorno, a resposta já vai ao encontro da necessidade do utente, sendo, por isso, personalizada.

“É com enorme satisfação que damos por terminada a implementação do SARA em todas as nossas unidades funcionais dos cuidados de saúde primários, dando resposta a uma necessidade sentida há muito pelos nossos utentes, que se prendia com a dificuldade em contactar estas unidades”, afirma Teresa Machado Luciano, presidente do Conselho de Administração da ULSAS.

“Com este sistema, facilitamos a vida aos nossos utentes e aos nossos profissionais. Os primeiros porque ficam com a garantia de um contacto célere, evitando esperas e deslocações, os segundos porque conseguem prestar melhor atendimento, sem duplicação simultânea de tarefas, e de forma mais organizada”, remata.

Com este sistema inovador, a ULSAS facilita o acesso dos seus utentes aos CSP, aumentando também a equidade, e melhorando a resposta.

 
Estudo “Estado de Saúde Geral da População Portuguesa”
Amanhã assinala-se o Dia Internacional da Saúde Feminina e a esse propósito é lançado um olhar mais atento sobre o estado de...

De acordo com os resultados deste estudo, cerca de 15% dos utilizadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) recorreram a consultas médicas à distância no último ano. Sendo de destacar valores acima da média alcançados junto da faixa etária dos 25/34 anos (22,9%) e o género feminino (18,8%), o que revela uma maior utilização, por parte das mulheres, às consultas remotas.

Além disso, mais de metade da população portuguesa entre os 18 e os 64 anos afirmou ter experimentado níveis elevados de stress nos últimos seis meses. Especificamente, os números são alarmantes entre os jovens adultos - com 60% dos 25/34 anos e 59,6% dos 18/24 anos a relatarem níveis de stress elevados - e junto das mulheres, registando um valor de 56,4%. Outro dado preocupante é que 4 em cada 10 portugueses (39,5%) afirmam ter sofrido algum sintoma relacionado com a saúde mental no último ano. Esta tendência é particularmente alta entre os mais jovens e, mais uma vez, entre as mulheres, onde 49% relataram experiências de ansiedade, ataques de pânico, depressão e outros transtornos.

“Este Dia Internacional da Saúde da Mulher serve como um lembrete da importância de cuidar da saúde, tanto física como mental, das mulheres portuguesas. Através da consciencialização da sociedade e do acesso a recursos adequados, podemos caminhar para taxas mais elevadas de bem-estar junto da população feminina.” comentou Catarina Real, Head of People and Wellbeing na Medicare.

A necessidade de apoio profissional de saúde mental também é evidente, com cerca de 3 em cada 10 portugueses a sentir a necessidade de procurar ajuda no último ano. No entanto, e segundo dados do estudo, as consultas de Psicologia (10,3%) e Psiquiatria (7,9%) foram das menos procuradas no Top 10 pelos portugueses, que priorizam as consultas de Medicina Geral (66,8%), de Saúde Oral(42,3%)  e de Oftalmologia (28,5%)

Os números são mais altos entre os jovens e as mulheres. Sendo que 1 em cada 5 portugueses recorre a algum tipo de medicação, como calmantes ou medicamentos para dormir, uma tendência especialmente sentida entre as mulheres e o grupo etário 55/64 anos.

 
Acesso completo ao tratamento em toda a Europa
No início da Semana Europeia da Psoríase, a EUROPSO, Federação Europeia das Associações de Psoríase, chama a atenção para a...

"A Iniciativa "EU Healthier Together", embora louvável nos seus esforços para abordar grandes doenças não transmissíveis, infelizmente negligenciou o impacto significativo da psoríase em seis milhões de europeus que atualmente vivem com esta condição", afirma Jaime Melancia, da Direção da Europso e da PSOPortugal. Segundo o dirigente, "esta omissão reforça a necessidade de um esforço coletivo para resolver as lacunas no acesso ao tratamento para os pacientes com psoríase".

Sobre este tema, Jan Koren, Presidente da EUROPSO, destaca a importância de corrigir estas disparidades, afirmando que "a psoríase afeta milhões de pessoas em toda a Europa, mas o acesso ao tratamento continua desigual. É imperativo que eliminemos estas lacunas para garantir que todas as pessoas que vivem com psoríase tenham a oportunidade de receber os cuidados que merecem, no país onde residem."

Um dos principais desafios para alcançar o acesso completo ao tratamento da psoríase, explica Federação Europeia das Associações de Psoríase, "é a escassez de profissionais de saúde com expertise em condições dermatológicas ou reumatológicas. Além disso, as disparidades socioeconómicas entre e dentro dos países europeus agravam ainda mais a questão, deixando muitos sem acesso a medicamentos e terapias vitais".

Apesar destes desafios, a EUROPSO afirma continuar dedicada a defender os direitos dos pacientes com psoríase. "Através de iniciativas como a Semana Europeia da Psoríase, a organização visa aumentar a conscientização e mobilizar apoio para mudanças políticas que melhorem o acesso ao tratamento e cuidados para todas as pessoas afetadas pela psoríase".

Nesta Semana Europeia da Psoríase, apela a que a população se junte à EUROPSO na amplificação da mensagem "Acesso Completo ao Tratamento em Toda a Europa. Vamos falar sobre a psoríase na Europa." 

"Apoie a nossa causa participando ativamente nas Sessões de Q&A ao Vivo no Instagram da EUROPSO, eventos virtuais e webinars, ou compartilhando material educativo, infográficos e vídeos. O seu envolvimento contribuirá diretamente para dar voz aos pacientes psoriáticos e a visibilidade necessária para fazer uma mudança positiva. Juntos, podemos trabalhar por um futuro onde todas as pessoas que vivem com psoríase tenham igual acesso aos cuidados que precisam e merecem", apela em comunicado. 

 
Sintomas e tratamento
A gastroparesia ou paresia gástrica, é uma condição pouco frequente, mas suscetível de condicionar a

Tem uma prevalência de cerca de 21,5 casos por 100.000 pessoas e é mais frequente no sexo feminino. Os alimentos que são deglutidos, ao chegar ao estômago, sofrem um primeiro processamento. A interação com ácido e líquido, assim como os movimentos gástricos fazem com que o conteúdo alimentar se torne mais fluido e fique pronto a ser conduzido ao intestino, onde se irá dar a absorção dos nutrientes.

Para que este percurso se inicie, o estômago inicia movimentos de propulsão que provocam o seu esvaziamento. Esses movimentos são ditados por estímulos do sistema nervoso autónomo, responsável pelas ações involuntárias do nosso organismo e neste caso dos órgãos digestivos. Na paresia gástrica existe uma perturbação nos movimentos do estômago, que impede o seu esvaziamento.

Tudo indica que essa alteração seja provocada por alterações dos estímulos nervosos que fazem com que os movimentos do estômago sejam diminuídos ou desordenados e incapazes de promover o esvaziamento do seu conteúdo. Embora, como já foi dito, seja uma doença pouco comum, já foram identificados muitos fatores que desencadeiam esta situação.

O mais conhecido é a diabetes, mas outras doenças tais como doenças do sistema nervoso, infeções por vírus, doenças autoimunes, cirurgias abdominais, foram identificadas como responsáveis pelo aparecimento de gastroparesia. Também estão identificados vários medicamentos que podem induzir esta situação clínica.

A propósito, e por ser um assunto muito atual, os medicamentos injetáveis muito em voga para tratamento da obesidade podem, além de outros efeitos no tubo digestivo, desencadear um quadro de gastroparesia.

No entanto, muitos dos casos diagnosticados não têm relação aparente com qualquer doença ou fator desencadeante. Os doentes que sofrem desta condição clínica podem sentir apenas sensação de enfartamento, digestões muito lentas e azia, mas nos casos mais graves, podem ser observados vómitos permanentes, emagrecimento por vezes extremo acompanhado por desnutrição e quadros agudos de desidratação, obrigando a internamentos hospitalares repetidos. O diagnóstico não é fácil e deverá ser esclarecido por uma história clínica muito minuciosa e apoiado por vários exames.

Deverão ser excluídas outras situações clínicas que provocam sintomas semelhantes à gastroparesia, sendo a endoscopia essencial para esse esclarecimento. Outros exames que estudam a velocidade de esvaziamento gástrico são essenciais para a confirmação do diagnóstico. O exame mais importante para confirmar o diagnóstico é a cintigrafia, que mede a velocidade de esvaziamento através da deteção de isótopos radioativos previamente ingeridos. Outros exames funcionais tais como o estudo de pressões dentro do estômago são igualmente úteis, mas não estão disponíveis no nosso país.

A abordagem de um doente com paresia gástrica tem um espetro que pode estender-se desde a implementação de medidas simples, até à necessidade de tratamentos mais diferenciados, sendo que, nos casos mais complexos, seja fundamental encarar o tratamento de forma multidisciplinar. Em boa parte dos doentes, o tratamento com medicamentos que impedem os vómitos e estimulam o esvaziamento do estômago associado a uma dieta apropriada, é suficiente.

Nos casos mais graves em cuja terapêutica com medicamentos se verifica ineficaz, é necessária uma avaliação complexa efetuada por várias especialidades, que deverão agir de forma integrada. Para as situações mais complexas os doentes deverão ter uma abordagem que passa pela medicina interna, pela gastrenterologia, pela nutrição, e pela psicologia ou psiquiatria. O equilíbrio emocional e psicológico é extremamente importante dada a presença muito frequente de ansiedade e depressão associadas à gastroparesia pelo que é fundamental o controle destes quadros psiquiátricos.

A cirurgia tem, hoje em dia, um papel fundamental no tratamento de formas graves e refratárias à terapêutica medicamentosa. Uma vez que o fator primordial para o aparecimento da gastroparesia é um défice nos estímulos nervosos que implicam um mau funcionamento dos músculos do estômago, a cirurgia pode contribuir para reverter esta situação. O procedimento cirúrgico utilizado para controle da gastroparesia consiste na introdução de elétrodos de calibre inferior a um milímetro na espessura da parede do estômago.

Esses elétrodos estão ligados a um gerador colocado debaixo da pele do abdómen que pode ser programável por um telemóvel com um software adequado e que vai modular os movimentos gástricos funcionando como um pacemaker. A operação é efetuada por laparoscopia e sob anestesia geral. É uma cirurgia de algum grau de complexidade técnica por ser extremamente minuciosa. Os doentes operados têm alta hospitalar geralmente no dia seguinte à intervenção e deverão ser seguidos periodicamente, para que os parâmetros do estimulador sejam aferidos sempre que necessário.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa incentiva startups a trazer novas soluções para a área da saúde
A Humanos, uma empresa de saúde digital que criou uma plataforma pioneira baseada em API (Application Programming Interface)...

O tema desta edição é “Wellness: start-up yourself” com o objetivo de realçar a importância do bem-estar físico e mental. A startup vencedora teve como 1.º prémio de mentoria Bayer com Marco Dietrich (Managing Director Bayer Portugal) e Henrique Anneia (Digital Lead Bayer Pharma Spain). O  2.º prémio, uma mentoria com Zollhof (German Tech Incubator and one of Europe’s Leading Start-up Hubs), foi atribuído à Visible Sports, que está a construir um mercado que conecta aqueles que querem praticar desporto com aqueles que o oferecem. A Mentoria Bayer tem duração de 12 meses, enquanto a Mentoria não Bayer é apenas uma sessão de 2h. As sessões serão presenciais e remotas.

Os restantes participantes tiveram oportunidade de apresentar os seus projetos após a intervenção de Fernando Fraga, Head of Growth & Acceleration da Startup Portugal:

A Neroes desenvolveu uma forma revolucionária de treinar o cérebro ao jogar na sua plataforma de treino mental, para transformar as habilidades desportivas;

A Wisify Tech Solutions tem como objetivo capacitar profissionais de saúde, especialistas desportivos e nutricionistas com ferramentas de ponta para avaliação nutricional, antropométrica, física, triagem e prescrição;

A Ovantis é uma empresa especializada em soluções, serviços e dispositivos de tecnologia da informação em saúde (HIT).

“A Bayer volta a lançar o STEM4Health, que tem sido um sucesso, ano após ano. Para nós, é um orgulho enorme fazer parte desta iniciativa que incentiva startups a trazer novas soluções para a área da saúde, sendo a edição deste ano mais direcionada para o bem-estar físico e mental. É também uma forma de partilhar conhecimento à volta deste tema e, essencialmente, contribuir para o desenvolvimento destas novas empresas que estão agora a começar o seu percurso no mercado português e internacional”, afirma Marco Dietrich, Managing Director & Country Division Head Pharma of Bayer Portugal.

Todos os projetos foram avaliados por um júri composto por elementos internos da Bayer e por elementos externos ligados ao setor da saúde, tecnologia e inovação. Os três elementos da Bayer são Marco Dietrich (Managing Director Bayer Portugal), José Faria Machado (Communication Manager Bayer Portugal) e Raquel David (Head of Marketing and Sales Operations Bayer Portugal). Os três elementos externos são Jan Thorsten Kötschau (Executive Director AHK Portugal), Daniela Seixas (Co-founder Tonic App), Maria Raimundo (Freelance Consultant), Raquel Araújo (Innovation Manager at Learning Health do Hospital da Luz, Lisboa).

A comunidade STEM4Health Lisbon foi criada em outubro de 2016 e atualmente está presente em cerca de 20 cidades em todo o mundo, sendo apoiado pelo programa de aceleração de startups da Bayer: G4A. Foi o sucesso desta primeira edição que permitiu que a Bayer Portugal promovesse este evento anualmente.

 
O ‘Carangas’ assinala o centenário do Instituto Português de Oncologia de Lisboa
O ‘Carangas’ é o nome da nova mascote do centenário do IPO Lisboa e já está disponível na loja online e na secção de brinquedos...

Mais do que um artigo lúdico para os mais jovens – e para todos os amantes de peluches –, o novo ‘Carangas’ tem um cariz solidário, com a totalidade das receitas a reverter a favor do Serviço de Pediatria do IPO. O peluche está à venda por 7,99€ e pode ser encontrado junto aos terminais de pagamento e na loja online.

Marta Stilwell, mãe de uma menina acompanhada na Pediatria do IPO, é a ‘embaixadora’ deste peluche.

“Quando uma criança entra no IPO Lisboa, vai com toda a sua família e, enquanto cuidadores, tudo o que pedimos é que as nossas crianças estejam felizes e alegres. E nada melhor do que um peluche para representar esse lado lúdico e de brincadeira, que vai ocupar grande parte da sua estadia naquela que passa a ser uma segunda casa nesta jornada”, salientou Marta Stilwell. “Espero que o ‘Carangas’, ao chegar a casa de outras famílias, ajude na sensibilização para o cancro pediátrico em Portugal”, frisou, ainda.

El Corte Inglés e IPO Lisboa parceiros em centenário do hospital

“Esta mascote do IPO Lisboa foi idealizada no âmbito do centenário do IPO Lisboa e achámos que a carga associada a esta doença precisava de um contraponto lúdico. A ideia deste peluche é desmistificar e quebrar o estigma, criando algo divertido, positivo e alegre que passe uma mensagem de esperança”, destacou Eva Falcão, Presidente do IPO Lisboa.

Além da venda solidária da mascote ‘Carangas’, o El Corte Inglés tem sido parceiro das celebrações dos 100 anos do IPO Lisboa, instituição de referência no tratamento, ensino e investigação da doença oncológica. Das iniciativas conjuntas já realizadas, destaque para a Corrida São Silvestre El Corte Inglés, que se traduziu numa doação de 8.000 euros entregue ao hospital no mês em que celebrou 100 anos. A venda das Etiquetas de Natal do IPO Lisboa, igualmente numa vertente solidária, e do livro infantojuvenil ‘Quem te Avisa teu Amigo é’, coedição do IPO e da INCM com autoria de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, e que está disponível na livraria do El Corte Ingls, reforça esta parceria.

Já Vasco Marques Pinto, da Responsabilidade Social Corporativa & Sustentabilidade do El Corte Inglés, destacou a importância das vendas na loja online. “Vai ajudar a levar a mascote solidária a mais lares e crianças. É para nós uma honra estarmos associados às comemorações do centenário do IPO Lisboa, colaborando com estas iniciativas”, concluiu.

 
Maio, o Mês do Coração
O coração é composto, na sua maioria, por músculo, que, ao contrair as suas paredes, faz com que o s

Ao zelarmos pela saúde do coração estamos a preservar todos os restantes órgãos do corpo. Isto é, caso o coração deixe de funcionar normalmente, todos os órgãos serão afetados, deixando de receber a quantidade de sangue necessária.

A doença coronária aterosclerótica, que pode manifestar-se através do enfarte agudo do miocárdio, é uma das principais causas de morte em todo o mundo. O enfarte ocorre quando o fluxo de sangue, para uma parte do coração, é bloqueado por um período prolongado, geralmente devido a um coágulo sanguíneo. Isto pode causar danos permanentes ao músculo cardíaco, comprometendo a capacidade do coração de bombear sangue eficientemente.

Além do stress e da ansiedade, o tabaco, o colesterol elevado, a diabetes, a hipertensão arterial, o sedentarismo e o excesso de peso, são fatores que provocam o desgaste do coração e representam fatores de risco para doenças cardíacas. Para minimizar estes riscos, é crucial adotar hábitos de vida saudáveis, como seguir uma alimentação equilibrada rica em fibras, vegetais e proteínas magras, além de evitar açúcar, sal e gorduras saturadas; não fumar e controlar o stress através de técnicas de relaxamento, como a meditação.

Em caso de suspeita de enfarte, deve reconhecer os sintomas rapidamente. Os sinais mais comuns incluem dor ou desconforto no peito, que pode irradiar para os ombros, braços, costas, pescoço ou mandíbula. Outros sintomas podem incluir falta de ar, suores, náuseas ou desmaio. É primordial agir com rapidez, contactando os serviços de emergência. O tratamento precoce é vital para minimizar os danos e sequelas. O tratamento de eleição para o enfarte agudo do miocárdio é a angioplastia primária, que consiste na desobstrução das artérias bloqueadas, podendo incluir a administração de medicamentos para dissolver coágulos, e, na grande maioria dos casos, é complementada com a implantação de stents para manter as artérias abertas.

Após um enfarte, o comportamento e os cuidados pós-enfarte são cruciais para a recuperação e prevenção de futuros problemas cardíacos. A reabilitação cardíaca é uma componente essencial deste processo. Além disso, a adesão e cumprimento do regime de medicamentos prescritos pelo médico é fundamental, pois estes medicamentos podem incluir anticoagulantes, betabloqueadores, inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) e estatinas, que ajudam a controlar a pressão arterial, os níveis de colesterol e prevenir a formação de novos coágulos.

Para promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas, bem como alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover, em Portugal, a campanha Cada Segundo Conta, integrada na iniciativa Stent Save a Life.

Para mais informações sobre esta campanha, consulte www.cadasegundoconta.pt

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Curso pioneiro decorre em regime e-learning e hands-on
É já no dia 1 de junho que arranca o novo ‘Programa de Fellowship em Medicina do Sono CUF’, um curso pioneiro em regime e...

Esta formação personalizada inclui três componentes fundamentais:

  • Formação Teórica Online: O programa oferece aulas gravadas e disponibilizadas online, seguidas por uma avaliação que permitirá aos formandos obter uma certificação dos conhecimentos adquiridos;
  • Formação Prática em Ambiente Clínico: Os participantes terão a oportunidade de realizar observação clínica em consulta multidisciplinar e laboratorial;
  • Investigação Científica em Medicina do Sono: Nesta componente do programa, os formandos vão desenvolver competências de investigação em medicina do sono, incluindo a realização de trabalho científico.

O ‘Programa de Fellowship em Medicina do Sono CUF’ é destinado a profissionais de saúde de todas as áreas de atuação com particular interesse em adquirir conhecimentos na área do sono, independentemente da sua categoria profissional (médicos, técnicos, psicólogos, nutricionistas, entre outros), especialidade ou nível de senioridade.

A duração do programa pode variar entre um mês e um ano, dependendo das necessidades formativas de cada formando. A organização do programa está a cargo de Ana Santa Clara, Carla Amaro, Dulce Neutel e Susana Sousa, especialistas reconhecidas em Medicina do Sono.

Mais informações ou inscrições: https://academiacuf.up.events/activities/view/10724.

 
Evento organizado pela Run Porto em parceria com o Alameda Shop & Spot
O Alameda Shop&Spot, centro comercial gerido e comercializado pela CBRE, fez parte de mais uma edição da Corrida da Mulher...

Tal como em anos anteriores, as participantes caminharam em prol de uma causa solidária, conseguindo angariar um donativo no valor total de 21.435 euros que foi entregue, no final da corrida, ao IPO do Porto. 

Mais de 21 mil mulheres voltaram a animar, nesse domingo, a Alameda das Antas. Uniram-se, em mais uma edição, na luta contra esta doença tão presente na vida de muitas mulheres portuguesas – o cancro da mama. O tiro de partida desta corrida ou caminhada solidária deu-se às 10h00, pelos padrinhos, o apresentador Jorge Gabriel, e a atleta olímpica Fernando Ribeiro.

“Para o Alameda Shop & Spot é uma honra fazer parte deste projeto tão nobre. Imaginamos o quão difícil seja o momento do diagnóstico e todo o processo inerente aquando da confirmação desta doença que, infelizmente, assola tantas mulheres no nosso país. A Corrida da Mulher é uma prova que se revela uma ode à mulher e por isso só podia ser algo inteiramente dedicada a ela e da qual nos orgulha muito fazer parte. Saber que um donativo destes é entregue a uma instituição como o IPO Porto deixa-nos muito orgulhos e cientes de que estamos no caminho certo no que toca ao apoio prestado à nossa comunidade e a toda a gente que poderá vir a precisar destes cuidados” salienta Pedro Assunção, Diretor do Alameda Shop&Spot.

O Alameda Shop&Spot preparou ainda a playlist “Motivação a cada Batida”, que como o próprio nome indica, ajudou a tornar esta manhã de convívio ainda mais animada. Esta playlist, continua disponível no Spotify, para que possa ser utilizada como companheira nos treinos, nas caminhadas ou até quando vai às compras ao Alameda Shop & Spot. É só guardar como favorita na sua biblioteca e poderá ouvir quando e como entender.  

No primeiro ano serão disponibilizadas 40 vagas
O Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) aprovou a proposta da Universidade...

Esta proposta envolve ensino na UA e orientação tutorial clínica em três Unidades Locais de Saúde (ULS): ULS Região de Aveiro, ULS Entre-Douro-e-Vouga e ULS Gaia/Espinho, no âmbito do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance.

O relatório da Comissão de Avaliação Externa (CAE) afirma que "a missão, a visão e os objetivos do Mestrado Integrado em Medicina estão claramente definidos e assentam num programa moderno estruturado em torno de um currículo em espiral centrado no aluno".

Mantém, também, que "o programa está alinhado com os resultados de aprendizagem pretendidos e é adequado à aquisição de competências exigidas para um médico".

A CAE considera ainda que "a lista de tutores (já comprometidos) nos estágios de orientação tutorial clínica é impressionante".

Quanto à investigação, a CAE considera que "o programa é apoiado pela evidência de múltiplos projetos e atividades de investigação ativa (nacionais e internacionais) em curso nas áreas das ciências médicas e clínicas na UA e no Centro Académico Clínico".

Finalmente, a CAE considera também que "as infraestruturas físicas e os equipamentos disponíveis na UA são adequados para suportar as unidades curriculares". 

Portugal e Espanha são países onde a emissão de gases de efeito estufa está acima da média europeia
O Projeto Green Hospitals, um Projeto de Cooperação Transfronteiriça entre Espanha e Portugal, foi apresentado no passado dia...

Desenvolvido no âmbito do POCTEP 2021-2027 (Programa de Cooperação Transfronteiriça entre Espanha e Portugal), o projeto Green Hospitals está alinhado com as políticas ambientais e de sustentabilidade e visa aumentar os níveis de eficiência energética e reduzir os consumos de energia primária e consequente emissão de gases de efeito estufa do setor da Saúde ibérico.

Na sessão de abertura Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, e Xavier Barreto, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), reforçaram que Portugal e Espanha continuam a ser países onde a emissão dos gases de efeito estufa está acima da média europeia, no âmbito do setor da saúde.

Por este motivo, Xavier Barreto sublinhou a importância da criação de uma rede de hospitais que promovam o diagnóstico, a partilha e a implementação de melhores soluções para a eficiência energética. “É absolutamente fundamental que os hospitais no futuro sejam mais eficientes em termos energéticos e que, de alguma forma, reduzam o seu impacto no ambiente. É sabido que a indústria da saúde é uma das que tem maior impacto no ambiente e que mais contribui para o aquecimento global e alterações climáticas”, explicou o presidente da APAH.

“Este projeto vai ajudar-nos a direcionar melhor e a priorizar o desenvolvimento de atividades que vão permitir reduzir a nossa pegada carbónica, a fim de sermos uma organização mais sustentável do ponto de vista ambiental”, referiu Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra.

Luís Campos, Presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, destacou a necessidade de existir uma voz comum às organizações, no que diz respeito à ligação entre a saúde e o ambiente. “O Conselho Português para a Saúde e Ambiente defende que o setor da saúde deve começar a pensar em reduzir a sua pegada ecológica. Todos sabemos que as alterações climáticas e a degradação ambiental estão a evoluir da forma mais pessimista e isso tem impacto na saúde das pessoas. Neste momento, 1 em cada 4 pessoas morre devido a fatores ambientais”, alertou.

Para o desenvolvimento do projeto foi constituído um consórcio que envolve cinco entidades portuguesas, designadamente a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a ULS de Coimbra, a ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro, a ULS do Algarve, a Rede Nacional de Agências de Energia (RNAE) e duas entidades espanholas, entre as quais o Servicio Gallego de Salud (SERGAS) e a Agência de Energia do Governo Regional da Comunidade Autónoma de Castilla y León (EREN).

Numa primeira fase do projeto, cada uma das entidades envolvidas fará o seu diagnóstico individual de forma a permitir um apuramento das condições atuais de todos os envolvidos. Numa segunda fase, está prevista a implementação em hospitais ibéricos de medidas e tecnologias inovadoras que permitam alcançar níveis elevados de eficiência energética e contribuir assim para a diminuição do uso de energia e consequente emissão de gases de efeito de estufa do setor da saúde ibérico.

 
Quais os riscos?
As doenças da tiroide são relativamente frequentes na população em geral, afetando, particularmente,

A gravidez está associada a alterações, quase sempre normais e reversíveis, quer do doseamento de hormonas tiroideias, quer das dimensões da glândula. Estima-se, aliás, que esta esteja aumentada em 10 a 30% das mulheres grávidas, sem que seja comprometida a sua função. No entanto, em certos casos podem surgir alterações ao seu funcionamento.

“O hipotiroidismo (défice na produção de hormonas tiroideias) é a disfunção mais frequentemente encontrada na população em geral, e também na gravidez. A causa mais frequente de hipotiroidismo nesta idade é a inflamação crónica da tiroide, de etiologia autoimune – a tiroidite crónica autoimune (ou linfocítica ou de Hashimoto), na qual se desenvolvem anticorpos contra o tecido tiroideu e conduzem à sua destruição progressiva, limitando a sua capacidade de produção das hormonas tiroideias”, começa por explicar Helena Alves, especialista em Endocrinologia. Por outro lado, acrescenta a médica, os níveis baixos de iodo podem originar na mulher grávida aquilo a que se chama hipotiroidismo subclínico – uma forma mais ligeira da doença -, daí que seja tão importante recorrer à suplementação desde o início da gravidez.

Segundo a especialista, as mulheres grávidas podem não notar os sintomas clássicos da doença, porque muitos destes sintomas aparecem associados também à gravidez normal. São eles: “aumento de peso, falta de forças, cansaço, obstipação”, e, em alguns casos, aumento do volume da glândula tiroideia, conhecido por bócio.

Embora ocorra com menos frequência – em menos de 1% de todas as gestações –, o hipertiroidismo é outra das disfunções da tiroide que podem afetar a mulher grávida. De acordo com Helena Alves, “se (o hipertiroidismo) existir previamente à gravidez e se for severo, conduz a abortamento precoce (no primeiro trimestre de gestação)”. Contudo, e embora a gravidez possa “causar sintomas similares aos do hipertiroidismo”, “se a grávida experienciar sintomas como palpitações, perda de peso ou vómitos persistentes, deve contactar o seu médico assistente, alerta a especialista.

Por que é tão importante a avaliação da função da tiroide na grávida?

“A avaliação da função da tiroide na grávida (sem alteração da função da tiroide conhecida antes da gravidez) deverá ser realizada assim que houver confirmação da gravidez (durante o primeiro trimestre)”, chama a atenção a endocrinologista, uma vez que, quando não tratada, qualquer disfunção pode ser prejudicial tanto para a mãe, como para o bebé.

“O hipotiroidismo se não estiver devidamente controlado, conduz geralmente a infertilidade ou dificuldade em engravidar. A presença de anticorpos anti-tiroideus (tiroidite crónica autoimune), por si só, aumenta o risco de aborto precoce”, começa por explicar Helena Alves.

A verdade é que, os níveis adequados de hormonas da tiroide são fundamentais para que a gravidez se desenvolva de forma normal, sobretudo para que ocorra o desenvolvimento fetal adequado, em especial ao nível do desenvolvimento neurológico do feto.

De acordo com a especialista, “vários estudos mostram que filhos cujas mães apresentaram hipotiroidismo não compensado durante a gravidez podem ter, mais tarde, dificuldades de aprendizagem, e ainda que, o hipotiroidismo severo materno pode conduzir a défices cognitivos graves nas crianças”.

Por outro lado, o hipotiroidismo pode ainda conduzir a hipertensão arterial na mãe, “pode levar a alterações no volume de líquido amniótico e a placenta abrupta (deslocamento prematuro de placenta)”. Existe ainda evidência de maior incidência de malformações fetais, nomeadamente fissura anal, comunicação intra-auricular (canal entre as duas aurículas do coração do feto), palato pequeno, polidactilia (dedos dos pés e/ou das mãos a mais) e atrésia biliar (falta de desenvolvimento dos canais biliares).

Quanto ao hipertiroidismo, como já foi referido, este “associa-se a aumento da incidência de abortamento”, e ainda à prematuridade e baixo peso ao nascer, pré-eclâmpsia, insuficiência cardíaca materna e morte fetal intrauterina.

“O tratamento do hipotiroidismo consiste na toma diária da hormona levotiroxina (T4), uma vez por dia, em jejum, dado que os alimentos, alguns medicamentos e suplementos interferem com a sua absorção” e não tem qualquer contraindicação durante a gravidez.

No caso do hipertiroidismo, o tratamento com iodo radioativo está absolutamente contraindicado durante a gravidez e “as cirurgias eletivas da tiroide (por exemplo, por nódulos), deverão ser adiadas para depois do parto”.

De entre as mulheres que apresentam maior predisposição para o desenvolvimento destas disfunções, durante a gravidez, estão “as mulheres com hipotiroidismo previamente conhecido e as mulheres com tiroidite crónica autoimune”.

“Se a mulher já tem doença tiroideia conhecida, a função da tiroide deverá estar controlada antes de planear a conceção. Deverá ser feito o doseamento das hormonas da tiroide (TSH, T4 livre) no sangue, em análises antes da conceção, para assegurar que estas se encontram nos níveis adequados para uma gravidez”, reforça a especialista em endocrinologia, sublinhando que “tendo em conta que os valores de referência para as hormonas tiroideias durante a gravidez são diferentes daqueles para a população em geral, as mulheres grávidas com disfunção tiroideia (estas) devem ser acompanhadas por um médico especialista”.

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Unidade avança com campanha para normalizar os cuidados de saúde mental em Portugal
Seis meses após a aquisição do Hospital Monsanto, fundado em 1962, o Grupo Lusíadas Saúde apresenta um projeto clínico inovador...

Posicionando-se como um Centro de Bem-Estar e Saúde Mental pioneiro, dedicado à prevenção, avaliação, tratamento e acompanhamento, o Hospital Lusíadas Monsanto lança uma campanha nacional para normalizar os cuidados de saúde mental e reduzir o estigma associado às patologias mentais.

Após um semestre de reestruturação da oferta clínica e com uma equipa multidisciplinar composta agora por 120 profissionais de saúde, a unidade está a priorizar, nesta fase, a intervenção em Doença Mental, Adições, Depressão e Burnout, em resposta à crescente necessidade de intervenção nessas áreas em Portugal. O Hospital disponibilizará à população portuguesa iniciativas que antes eram restritas ao regime de internamento, tais como sessões de prevenção ativa do Burnout, aulas de Yoga, sessões de Mindfulness, entre outras.

Além das consultas de especialidade em Psicologia, Psiquiatria, Pedopsiquiatria, Neuropsicologia, Neurologia e Nutrição Clínica, a unidade oferece tratamento em regime de ambulatório ou nas duas unidades de internamento. Uma dessas unidades é dedicada à patologia psiquiátrica aguda e a outra ao tratamento da doença psiquiátrica crónica, totalizando 34 quartos (individuais ou duplos) e 66 camas, com garantia de segurança e conforto.

Para materializar este projeto inovador em Portugal, a infraestrutura do Hospital Lusíadas Monsanto será significativamente remodelada, transformando o edifício numa parte ativa do ambiente terapêutico. Em linha com os mais elevados padrões internacionais, a relação entre especialistas e clientes evoluirá para um novo patamar, oferecendo um ambiente de cura completo e acolhedor.

No âmbito deste projeto, o Hospital Lusíadas Monsanto lança uma campanha de sensibilização para mostrar que "Cuidar da saúde mental é normal. E merece dedicação total". Num paralelismo com as doenças físicas – “Ninguém escolhe ter diabetes. Nem ter uma depressão” –, o claim da campanha visa reduzir o estigma associado às doenças de saúde mental, que são na sua maioria desvalorizadas e ainda rotuladas.

“Em 2023, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e o Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde destacaram que a prevalência de transtornos mentais em Portugal estava entre as mais elevadas da União Europeia – cerca de 22% da população, ou seja, 2,25 milhões de portugueses. Estamos comprometidos em contribuir ativamente para a redução desta prevalência e garantir aos portugueses uma resposta adequada à natureza do seu problema para que possam ter uma vida mais saudável, em que o corpo e a mente estejam em total sintonia e equilíbrio,” afirma Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Saúde.

A par com o desenho de um projeto clínico pioneiro e o lançamento da campanha, a Lusíadas Saúde lançou esta semana um Programa de Bem-Estar para os seus Profissionais e convidou os seus líderes – mais de 100 de norte a sul do País – a assinarem o seu compromisso com a normalização a Saúde Mental.

 

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