Apesar de mais comum no homens, também afete mulheres
Aparecem no ralo quando toma duche, junto à sua almofada e até na roupa.

Preocupados com as suas heranças genéticas, são muitas as pessoas que nos visitam para saber mais sobre o seu estado de saúde capilar e para combater, o mais precocemente possível, a alopecia das mais variadas áreas do corpo, da barba às sobrancelhas e, claro, à cabeça.

Contudo, será possível afirmar que a calvície é genética e se transmite de geração em geração? Chegou a hora de dar resposta a uma das questões que nos são mais colocadas nas consultas e também uma das que se encontra mais rodeada de mitos.

A calvície é hereditária?

Embora seja evidente que a herança genética é uma das principais causas da alopecia, não é o único fator passível de influenciar a queda do cabelo. Carências de vitamina B, tratamentos médicos agressivos e simples alterações hormonais também podem induzir um tipo de calvície denominada eflúvio telógeno.

Os avanços da medicina, com a realização de novos estudos científicos, permitiram identificar que a calvície hereditária nem sempre segue uma linha descendente sucessiva, especialmente quando causada por genes herdados por via materna. No entanto, sim, aumenta as probabilidades de vir a sofrer desta queda de cabelo. A alopecia androgénica é considerada uma doença poligénica, com múltiplos genes envolvidos, que não afeta todas as pessoas por igual, ainda que tenham os mesmos genes.

Esta predisposição, causada pelos genes familiares, leva a um maior enfraquecimento dos folículos pilosos por efeito das alterações hormonais, dando lugar à alopecia androgénica, uma das formas de queda de cabelo mais comuns.

Cerca de 95% das pessoas calvas sofrem de alopecia androgénica, devido a uma maior sensibilidade dos recetores de determinados folículos à hormona DHT, uma hormona que debilita o crescimento do folículo piloso.

A alopecia androgénica

A calvície produzida por componente genético, denominada alopecia androgénica, é gerada por influência da atividade hormonal masculina. Estima-se que afete quase 60% dos homens com mais de 50 anos. E, como já referimos, pode ser herdada tanto do pai como dos genes da família da mãe.

O gene AR, encarregado de codificar o recetor de andrógenos, é o gene responsável pelo enfraquecimento e queda do cabelo neste tipo de alopecia.

Porém, existe outros tipos de calvície. Por exemplo:

  • Alopecia areata: é considerada uma doença, como a alopecia androgénica, e é caracterizada pela queda do cabelo em manchas ou áreas circulares. Em 30% dos casos, manifesta-se por componente genética e de antecedentes familiares.

Pode afetar todos os pelos do corpo ou apenas o cabelo do couro cabeludo.

  • Eflúvio anágeno: neste caso o crescimento do folículo não é afetado por fatores genéticos, mas por fatores ambientais ou situações de stress e alterações do sistema endócrino.
  • Eflúvio telógeno: possui igualmente uma forte componente genética.

Recuperar o cabelo perdido

É possível recuperar o cabelo perdido. Na Insparya somos especialistas no cuidado e beleza do seu cabelo, razão pela qual temos para si as melhores técnicas de transplante capilar do mercado e os tratamentos capilares mais inovadores, como a mesoterapia, o PRP e o laser de baixa frequência.

Após um estudo ao seu cabelo, a nossa equipa médica especializada irá aconselhar-lhe a técnica mais adequada à sua situação. O Plasma Rico em Plaquetas retarda a deterioração das células das unidades foliculares, ao mesmo tempo que regenera os tecidos. Por seu lado, o laser de baixa frequência estimula toda la circulação capilar e aumenta consideravelmente a qualidade dos folículos.

Solicite um diagnóstico gratuito e ponha termo a esta preocupação estética tão comum.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No âmbito do período de candidaturas ao Programa Mais Valor em Saúde - Vidas que Valem
Com as candidaturas à 3ª edição das Bolsas abertas até ao dia 24 de abril, o Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem...

As duas novas sessões de esclarecimento, que se destinam a entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), serão orientadas pelos consultores em VBHC do Programa Mais Valor em Saúde. O conteúdo programático integrará temas relevantes para o contexto do VBHC (Consultar o programa em anexo). Os interessados em participar poderão fazê-lo através do site www.maisvaloremsaude.pt e poderão visualizar as gravações através dos canais digitais da APAH (Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares).

A avaliação das candidaturas estará a cargo de um Júri composto por personalidades de reconhecido mérito, experiência profissional e/ou académica, presidido por Maria de Belém Roseira e que conta com Pedro Pita Barros, Economista da Saúde, Xavier Barreto, Presidente da APAH (Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares), Tamara Milagre, Presidente da Associação EVITA e José Fragata, Coordenador da Unidade de Cirurgia Cardíaca e Co-Diretor do Centro do Coração no Hospital da CUF Tejo.

O Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem é uma parceria APAH, Exigo, Gilead Sciences e IASIST, com o apoio tecnológico da MEO Empresas, que acolhe ideias e projetos empreendedores que, no futuro, possam garantir maior integração e proximidade de cuidados que reflitam na comunidade mais eficiência, sustentabilidade e sobretudo Mais Valor em Saúde para os portugueses. 

 
SPAVC promove e incentiva a realização de atividades de sensibilização em todo o país
No próximo dia 31 de março, assinala-se o Dia Nacional do Doente com AVC e, tal como nos anos anteriores, a SPAVC promove e...

“Este dia é a efeméride anual mais importante para a SPAVC. É uma data que assinalamos há mais de 20 anos, cujo objetivo primordial foi e será sempre a consciencialização sobre o impacto do AVC”, refere Cristina Duque, Embaixadora nacional da SPAVC para este dia. A SPAVC tem como missão “falar sobre os sinais de alerta do AVC, os chamados 3 F’s, instruir sobre as formas de prevenção da doença, alertar para os fatores de risco vascular e incentivar um estilo de vida saudável”, comenta a neurologista. Acrescenta que “é um dia dedicado à educação da população, mas também à valorização dos profissionais de saúde e associações de doentes e sobreviventes de AVC”. 

A cada minuto que passa, em contexto de AVC, perdem-se 2 milhões de neurónios, por isso, todos os segundos contam. Se conseguirmos tratar e melhorar a hipertensão arterial, o colesterol e a diabetes, vamos reduzir a probabilidade do AVC ocorrer.

Durante a designada “Quinzena do AVC”, compreendendo o período de 23 de março a 7 de abril, irão decorrer diversas atividades organizadas por diferentes instituições, com chancela da SPAVC, tais como “rastreios de fatores de risco vascular, palestras informativas sobre a prevenção primária e secundária, e atividades de promoção da saúde como caminhadas”, acrescenta a médica.

Para a SPAVC, é fundamental que as mensagens de sensibilização sobre o AVC sejam reforçadas ano após ano. “Esperamos que a informação chegue a cada vez mais pessoas porque, apesar de todas as inovações nos tratamentos e de toda a comunicação que tem vindo a ser veiculada, o AVC continua a ser a principal causa de mortalidade e incapacidade em Portugal”, explica a especialista que também é membro do grupo de jovens J-SPAVC. “É importante que a população entenda a gravidade desta doença que, apesar de tudo, é prevenível e tratável, o que reforça a ideia de que parte da luta contra o AVC depende muito das pessoas”, acrescenta. A SPAVC defende que a população assume um papel fundamental, por um lado, pela “identificação dos sinais de alerta (alteração na fala, na face e na força num dos membros do corpo) que permite que o doente recorra a um serviço de urgência o mais rápido possível e, por outro, pelo conhecimento dos fatores de risco vascular e da importância de um estilo de vida saudável”.

Como Embaixadora deste dia Dia Nacional, Cristina Duque “encoraja todas as comunidades locais, hospitais, centros de saúde, instituições sociais e associações de doentes a assinalarem, com a SPAVC, este dia tão importante. Nunca é demais relembrar que devemos estar sempre atentos aos sinais desta doença e que juntos conseguimos combater e melhorar o AVC em Portugal”. Já Vítor Tedim Cruz reforça que “a luta contra o AVC faz-se nos hospitais, unidades de AVC, Vias Verdes e centros de reabilitação, mas também, e sobretudo, em casa, nas famílias, nas escolas e comunidade, através da correção, todos os dias, dos fatores de risco e reduzindo o peso de tudo o que nos aproxima de um AVC”.

Nesse sentido, têm sido muitos os rostos, desde figuras públicas bem conhecidas de todos, a equipas de Unidades de AVC, grupos de profissionais de saúde, administrações hospitalares, entre outros, a vestir a camisola e transmitir mensagens de alerta e prevenção, essenciais no combate ao AVC. Estes contributos têm sido partilhados nos canais digitais da SPAVC e podem ser acompanhados aqui.

 
Passeio de barco no rio Tejo assinala arranque da parceria
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) acaba de assinar um protocolo com a empresa promotora da iniciativa solidária ‘Play4...

As receitas líquidas da iniciativa vão ser divididas entre a LPCC e a Associação Espanhola Contra o Cancro (AECC). No âmbito da parceria, prevê-se a realização de jogos de futebol solidários, tanto em Espanha como em Portugal, e outras possíveis iniciativas.

Este ano, vão decorrer duas partidas de futebol solidário, a realizar em Portugal e em Espanha, com locais e datas a comunicar brevemente. Tal como tem vindo a acontecer nos encontros ‘Play4 Children’, as equipas em campo serão constituídas por figuras públicas e lendas do futebol.  No passado, personalidades como Ricardo Quaresma, Madjer, Simão Sabrosa, Nuno Gomes, Marco Caneira, Daniel Carriço, Danny, , Edite Fernandes e também Chackall, Rodrigo Gomes, Paulo Battista, Filipe Gaidão, Ana Borges, Pedro Fernandes, Joana Cruz e Leonel Pontes, entre outros grandes nomes, estiveram em campo para ajudar as crianças que mais necessitam.

´Play4 Children’ promove passeio solidário no Tejo

A iniciativa ‘Play4 Children’ reúne, este domingo, entre as 15h30 e as 17h30, parceiros e embaixadores, incluindo os antigos jogadores Sílvio e Marco Caneira, num passeio de barco pelo Rio Tejo, a partir da Doca de Alcântara. Além de momentos de agradável convívio e de troca de experiências, os presentes vão ser convidados a contribuir com o custo do bilhete (20 euros) para ajudar as crianças com mais necessidades.

 
 
Dia 23 de março
A Tilray vai marcar presença na 3.ª Conferência Nacional de Canábis Medicinal (CNCM), que decorre amanhã, dia 23 de março, no...

A Tilray Medical estará representada pelo seu Diretor Internacional de Assuntos Médicos, José Tempero, que irá partilhar a perspetiva da indústria sobre a canábis medicinal e o primeiro extrato de canábis medicinal, Tilray Oral Solution THC 5 CBD 20, recentemente aprovado. O extrato, indicado para uso em diversas áreas críticas do cuidado ao paciente, deverá ser lançado no final da primavera.

José Tempero vai estar disponível para entrevistas ou esclarecimentos adicionais no âmbito da sua intervenção, subordinada ao tema “A canábis medicinal e a face de Jano: a perspetiva da indústria farmacêutica” e agendada para as 11h55.

Organizada pelo OPCM – Observatório Português de Canábis Medicinal em parceria com a FMUC – Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, a 3.ª Conferência Nacional de Canábis Medicinal reúne especialistas nacionais e internacionais, estando ainda prevista a presença do bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, representantes do INFARMED, entre outros.

 
Optometristas portugueses participam em estudo mundial
O número de pessoas que experienciam cegueira e deficiência visual devido a cataratas aumentou, nos últimos 30 anos, 29,7% a...

Esta é a conclusão de um estudo, publicado na revista “Eye”, e que contou com o contributo de optometristas portugueses e da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), Entidade de Utilidade Pública. Este estudo estima-se que anualmente cerca de 100 mil pessoas desenvolvam cataratas e os dados atuais do Serviço Nacional de Saúde indicam que 64 mil pessoas estão em lista de espera para cirurgia na especialidade de oftalmologia. É um aumento de 5 mil pessoas relativamente ao mês anterior naquela que é a maior lista de espera do Serviço Nacional de Saúde. 

“O número de pessoas com catarata e as conclusões deste estudo revelam a necessidade de alocar mais recursos e mais bem direcionados de forma a aumentarmos a capacidade global para a cirurgia da catarata” afirma Raúl de Sousa, Presidente da APLO e um dos optometristas portugueses que participou no estudo. “Isto implica uma equipa multidisciplinar e integração para a saúde da visão, potenciado a formação especifica e de excelência que existe em Portugal, para lidar com a deficiência visual e cegueira evitável, atempadamente.” 

As cataratas surgem devido a um processo degenerativo das células do cristalino. Isto pode ocorrer por vários motivos: avanço da idade, fatores congénitos, ou seja, a catarata que está presente desde o nascimento e, a existência de outras doenças como diabetes ou glaucoma. Existem ainda outros fatores que podem contribuir para o surgimento das cataratas como traumatismos oculares, tabagismo, consumo de álcool e défices nutricionais.  

O único tratamento da catarata que existe é a cirurgia que permite reverter a situação. A cirurgia remove a catarata que é substituída por uma lente transparente permitindo que a luz atravesse sem dificuldade e volte a criar uma imagem nítida na retina. 

 
Projetos prometem transformar a saúde
Desde um projeto que acompanha o doente em toda a sua jornada, a uma luva que quer transformar o autoexame da mama, passando...

Na categoria da Integração de Cuidados de Saúde, o prémio foi entregue à equipa a Equipa de Gestão de Caso da Pessoa com Doença Crónica Complexa com Multimorbilidade, da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), que desenvolveu um projeto que segue o doente em todas as fases da sua jornada nos cuidados de saúde, o que se traduz em altas mais precoces, redução dos episódios de urgência e aumento de qualidade de vida e bem-estar do doente e da sua família.

‘O meu coração bate saudável’ é o nome do projeto vencedor dos TOP Health Awards na área de Literacia em Saúde, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e da Fundação Portuguesa de Cardiologia que visa promover a literacia para a saúde cardiovascular das crianças do 1º ciclo e promover uma mudança sustentada de comportamentos relacionados com estilos de vida saudáveis, que se estende também às famílias.

Para iluminar o caminho no sentido de um modelo de financiamento alternativo, o Projeto Farol, uma iniciativa da IQVIA na área do cancro do pulmão, desenhou um modelo com base na melhoria contínua, na medição de indicadores clínicos e não clínicos, na gestão integrada do cancro do pulmão e na atribuição de incentivos que permeiam as instituições com melhores resultados em saúde. Iniciativa que lhes valeu o prémio na categoria de Sustentabilidade Social.

E na categoria de Tecnologia e Dados ao Serviço dos Resultados em Saúde, o grande vencedor foi a SenseGlove, uma luva que facilita o autoexame da mama, importante ferramenta para um diagnóstico mais precoce do cancro da mama, e que dá às mulheres um melhor controlo sobre a sua saúde mamária. Trata-se de um dispositivo médico, doméstico e portátil, ligado a uma aplicação móvel que, com a ajuda de sensores, deteta anomalias, benignas ou malignas, no tecido mamário, monitorizando o seu tamanho e textura através de um algoritmo de inteligência artificial (IA).

O prémio é uma iniciativa da Associação TOP HEALTH, uma instituição sem fins lucrativos, criada por duas empreendedoras portuguesas ligadas à área da saúde, Paula Costa e Cristina Campos, e cujo objetivo passa por por impulsionar o talento em saúde e reconhecer projetos que contribuam para criar mais valor e resultados em saúde de forma inovadora e colaborativa, com foco na excelência e nos resultados e centrados nas pessoas com doença e nas populações.

 
O podcast vem sensibilizar para a importância do bem-estar mental nas crianças e nos jovens
A Zurich Portugal lançou, no Dia Internacional da Felicidade, o podcast “Por ti”, para desmistificar e sensibilizar para a...

“Estamos muito entusiasmados com o lançamento do podcast ‘Por ti’, que destaca um tema determinante para o presente e futuro e que, por vezes, ainda é subestimado: a importância do bem-estar mental. Com esta sequência de seis episódios, divulgados quinzenalmente entre março e maio, vamos promover a importância do bem-estar mental, com dicas para todas as idades, com a missão de conseguir mudanças positivas no dia a dia dos mais novos e daqueles que os rodeiam, sejam pais, tios, avós, cuidadores ou amigos”, refere Ana Marreiros, Head of Communication da Zurich Portugal.

Lançado em setembro de 2022, o “Por ti - Programa de Promoção de Bem-estar Mental nas Escolas” tem como objetivo preparar melhor as comunidades escolares através do desenvolvimento de competências de regulação emocional que contribuam para estilos de vida mentalmente mais equilibrados. O programa “Por ti” já impactou positivamente mais de 40 mil jovens, mais de 3500 professores e auxiliares e mais de 1200 famílias, de mais de 60 concelhos.

O sucesso da implementação do “Por ti” – financiado pela Z Zurich Foundation, gerido pela Zurich Portugal e implementado pela EPIS - Empresários Pela Inclusão Social em parceria com a Unidade de Psicologia Clínica Cognitivo - Comportamental (UPC³) da Universidade de Coimbra – foi determinante para o surgimento do podcast com o mesmo nome, que pretende despertar consciências do público em geral, através da experiência e perspectiva dos diferentes convidados.

“O podcast ‘Por ti’ reforça o nosso compromisso com a responsabilidade social. Ao consciencializarmos para o bem-estar mental das crianças e jovens, estamos a contribuir para a construção de uma sociedade mais saudável e equilibrada”, afirma Liliana Silva, Head of Sustainability and Talent da Zurich Portugal, acrescentando: “O êxito da implementação do ‘Por ti’  nas comunidades escolares fez-nos acreditar que um podcast sobre bem-estar mental das crianças e dos jovens seria mais um passo para uma mudança de paradigma, onde, a partir das gerações mais jovens, começamos a construir uma sociedade mentalmente mais equilibrada e, por consequência, mais preparada para o futuro”.

Liliana Silva e Diogo Simões Pereira, Diretor-geral da Associação EPIS – Empresários Pela Inclusão Social, são os convidados do primeiro episódio do podcast “Por ti”, que pode ser ouvido aqui e nas principais plataformas de streaming: Apple Podcast, Google Podcast, Spotify e Youtube.

 

 
Envelhecimento associado ao aumento de número de caso de artrose do joelho
Estima-se que, anualmente, sejam realizadas mais de 1 milhão de cirurgias para substituição da articulação do joelho. Segundo...

A artroplastia do joelho é um procedimento eficaz e seguro para aliviar a dor e recuperar a função articular em doentes com lesões graves da articulação do joelho, estando indicada em quando outras opções de tratamento, como medicamentos, fisioterapia e modificações no estilo de vida, não proporcionam um alívio adequado da dor e melhoria da função da articulação. 

Segundo Charles Hannon, cirurgião ortopédico da Mayo Clinic, os avanças na cirurgia robótica tem várias vantagens. "Permite uma melhor reprodutibilidade, maior rigor e precisão na execução da cirurgia, reduzindo alguma da variabilidade humana que está presente quando se efetua uma cirurgia com instrumentação manual", afirma Hannon.

A robótica é uma ferramenta valiosa que pode ajudar na fase pré-cirúrgica, acrescenta ainda. 

"Em certos sistemas, permite-nos, com uma tomografia computorizada, identificar melhor a anatomia do doente e planear a sua cirurgia em tempo real antes de entrarmos no bloco operatório", afirma.

Desta forma, os médicos podem adaptar a cirurgia às necessidades do doente.

"Isto permite-nos fazer ajustes muito finos e precisos, entre meio grau e meio milímetro, na posição do implante para otimizar a função do doente", afirma o cirurgião. 

Segundo o especialista, a robótica fornece dados em tempo real sobre a função do joelho durante a cirurgia - e a utilização dos dados estende-se para além da sala de operações, com a monitorização remota dos doentes.

"Podemos monitorizar o progresso de um doente após a cirurgia, identificar se um doente está a ter dificuldades e, com sorte, alterar a sua trajetória de recuperação após a cirurgia para melhorar o seu resultado", sublinha Hannon.

 
Condição que afeta o nervo ciático
A síndrome do piriforme é uma condição que afeta o nervo ciático devido à compressão pelo músculo pi

O músculo piriforme é pequeno e profundo, situado atrás do grande glúteo. Ele desempenha um papel na rotação da coxa e na rotação externa da perna e do pé. O nervo ciático percorre verticalmente o músculo, e em alguns casos, o nervo passa mesmo pelo meio dele.

As causas da síndrome do piriforme podem incluir:

  • Contrações musculares devido à irritação da articulação sacroilíaca ou da coxa.
  • Espasmo ou lesão muscular que leva à contração.
  • Hemorragia local.

Os sintomas incluem dor na nádega, que pode irradiar para a coxa, perna e pé. A dor pode ser agravada ao subir escadas ou permanecer sentado por longos períodos. A mobilidade da articulação do quadril também pode ser afetada.

O diagnóstico envolve observação clínica, histórico detalhado dos sintomas e exames complementares. Testes específicos avaliam o aumento da dor com movimentos da coxa e membros inferiores. Exames como radiografias (RX), ultrassonografias (ecografias), ressonância magnética (RMN) e eletromiografias podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico

Tratamento da Síndrome do Piriforme:

  • Crioterapia (frio): Em caso de inflamação, a aplicação de frio pode ser benéfica. Isso pode ajudar a reduzir o inchaço e aliviar a dor.
  • Termoterapia (calor): Se houver contratura muscular, o uso de calor pode ser mais adequado. O calor relaxa os músculos e pode aliviar a tensão no músculo piriforme.
  • Medicamentos: Alguns medicamentos podem ser úteis no tratamento da síndrome do piriforme. Isso inclui analgésicos, anti-inflamatórios e, em alguns casos, relaxantes musculares.

Outros Tratamentos:

  • Administração de fármacos diretamente no músculo: Isso deve ser feito com controle de imagem, como ecografia ou radiografia (RX). Pode envolver a aplicação de anestésicos locais e anti-inflamatórios diretamente no músculo afetado.
  • Toxina botulínica: Em alguns casos, a toxina botulínica pode ser usada para relaxar o músculo e reduzir a inflamação.

Lembre-se de que o tratamento deve ser individualizado e orientado por um profissional de saúde. Consulte um médico para avaliação e recomendações específicas para o seu caso.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dermatologia
O melasma é uma doença caracterizada por manchas escurecidas na pele.

O tratamento envolve a proteção contra os raios ultravioleta e luz visível, medicamentos tópicos e procedimentos para o clareamento. É importante salientar que o tratamento do melasma envolve um conjunto de medidas para clarear e estabilizar. Entretanto deve-se ter muito cuidado, pois muitas vezes pode haver um agravamento do melasma devido a um tratamento ou procedimento inadequado. A seguir, algumas opções utilizadas para o tratamento do melasma.

Fotoproteção:

Protetor solar, chapéus e evitar a exposição solar são fundamentais. Dados clínicos apontam que o uso regular de um protetor solar de amplo espectro para raios UV e luz visível é importante tanto na prevenção quanto no tratamento do melasma.

Cremes:

cremes á base de hidroquinona, ácido retinóico, ácido glicólico, entre outros, são utilizados para clarear as manchas. Os resultados demoram cerca de 2 meses para serem observados e podem variar para cada pessoa. São usados tanto na fase ativa do tratamento quando na fase de manutenção dos resultados.

Peelings:

podem ajudar a clarear a pele de forma gradual. Existem diversos tipos de peelings, alguns mais superficiais e outros mais profundos, que devem sempre escolhidos e aplicados após avaliação médica.

Laser:

Alguns tipos de laser podem ajudar no conjunto de medidas para clarear o melasma. Esta modalidade deve ser feita sempre com cuidado para não gerar mais pigmentação, motivo pelo qual deve ser realizado por um profissional habilitado.

Microagulhamento:

também usado no tratamento do melasma esse procedimento promove, através de microperfurações na pele, a libertação de fatores de crescimento que incentivam a formação de colagénio, elastina e clareamento do tecido.

Prevenção:

a maior prevenção é o uso do protetor solar que deve ser feito diariamente, mesmo se o dia estiver nublado ou chuvoso, e reaplicado ao longo do dia.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Já estão escolhidos os 14 novos trainees
Foram mais de mil os candidatos à primeira edição do Programa de Trainees Life Changers, uma iniciativa da AstraZeneca cujo...

Diagnostics, Digital, Finance, Marketing e Medical são as áreas de negócio em que os Life Changers vão ser integrados, tendo a oportunidade de crescer e aprender e, ao mesmo tempo, impactar positivamente, com o seu trabalho, as pessoas, a sociedade e o planeta.

“Este programa traduziu-se numa aposta ganha a todos os níveis. Não só o número de candidatos, 1.133 no total, superou todas as nossas expectativas, como nos permitiu encontrar um grupo de pessoas muito diferentes, mas que partilham os nossos valores e ideais e vão, com toda a certeza, ser uma mais-valia para a companhia”, refere Maria João Maia, Human Resources & Legal Director da AstraZeneca Portugal.

 
Summer Medical School: Lifestyle abre inscrições até 15 de maio
Depois do sucesso da edição de 2023, a NOVA Medical School volta a abrir a Summer Medical School: Lifestyle, um campo de férias...

Este programa oferece uma variedade de workshops, palestras e atividades práticas, projetadas para inspirar e motivar os participantes a adotarem estilos de vida mais saudáveis – dando-lhes as competências teóricas, mas sobretudo práticas, para o poderem fazer.

Workshops hands-on no Kitchen Lab – onde aprendem a confecionar as suas próprias refeições, exercícios ao ar livre, atividades focadas na saúde mental –autocuidado e perceção da ciência por detrás dos alimentos - são algumas das garantias que este programa oferece e que proporciona uma autêntica imersão, crucial para a saúde ao longo da vida.

Para os jovens, a Summer Medical School: Lifestyle é também uma experiência de aprendizagem das competências mais transversais nas áreas da Medicina, Ciências da Nutrição e Investigação, numa imersão que permitirá aos participantes embarcarem em momentos emocionantes - com um programa científico liderado por uma equipa de profissionais renomados nas várias áreas.

O programa tem lugar em julho e destina-se a crianças, entre os 6 e os 14 anos, e a jovens, entre os 15 e os 18 anos. Com a ambição de chegar a todos, este ano, pela primeira vez, é criado um programa específico destinado a alunos do ensino superior, de Portugal e do estrangeiro, com dois cursos muito específicos: Culinary Medicine e, Health, Technology & Innovation.

“A NOVA Medical School, enquanto escola médica, tem assumido um papel relevante na sociedade, não só na formação de médicos e de nutricionistas, na investigação e na transferência de conhecimento, como na extensão à comunidade, com ações que possam ter impacto no ecossistema de saúde. Com este programa, criamos uma oportunidade de experiência, que permite uma imersão em estilos de vida, que pudemos comprovar – através da edição anterior, ter impacto na vida destas crianças, jovens e das suas famílias” explica Conceição Calhau, subdiretora para a Extensão à comunidade da NOVA Medical School.

Para os mais novos, o programa pode ir de uma a três semanas (entre 1 e 19 de julho). Para os jovens, a oferta é de uma semana (de 23 a 26 de julho). No caso dos alunos que já frequentem o ensino superior, a experiência decorre na última semana do mês, com todas as sessões a decorrerem em inglês, uma vez que as inscrições estão abertas, também, a alunos internacionais.

Ao todo existem 48 vagas para o programa dos mais novos (16 crianças por semana), 25 vagas para a semana da faixa etária 15-18 anos e 30 vagas para os estudantes a frequentar o ensino superior.

Este o programa de verão que ambiciona mudar comportamentos, transferindo o conhecimento gerado na academia para a vida da comunidade, criando uma oportunidade de transformação do ecossistema de saúde.

As inscrições decorrem até ao dia 15 de maio, com preços especiais para as primeiras inscrições, e podem ser realizadas no site da NOVA Medical School.

 
Reconhecimento do Great Place to Work Institute
A biofarmacêutica AbbVie foi reconhecida pelo Great Place to Work Institute, como o segundo Melhor Lugar para Trabalhar em...

"Este prémio não é apenas o reconhecimento do Great Place to Work, é uma recompensa dos nossos colaboradores, que veem na AbbVie uma cultura assente em valores sólidos e um ambiente de trabalho inclusivo e inspirador. Temos a sorte de ter connosco não só os melhores profissionais, mas também as melhores pessoas, e de juntos compartilharmos uma missão tão nobre: a de transformar a vida dos doentes”, afirma Lucie Perrin, diretora-geral da AbbVie.

“Ao longo dos anos, a AbbVie tem trabalhado para criar um ambiente onde os colaboradores se sintam valorizados, respeitados e ouvidos, mas acima de tudo um local de trabalho onde queiram estar e se sintam felizes. Procuramos sempre novas formas de proporcionar este ambiente, seja através do desenvolvimento profissional, da promoção do bem-estar ou de iniciativas de responsabilidade social. Queremos atrair novos talentos, mas também garantir que os talentos que já temos continuem connosco”, conclui Célia Santos, Human Resources Director.

Este reconhecimento da AbbVie é resultado da forte preocupação da companhia em manter um ambiente de trabalho que promove a flexibilidade, a confiança e um espírito de grande colaboração. Entre as muitas práticas da AbbVie, destaque para o programa NewGen, que tem procurado conhecer aprofundadamente quais as expectativas das gerações mais novas e a Week of Possibilities, iniciativa global de responsabilidade social que todos os anos envolve cerca de 14 mil colaboradores em todo o mundo.

Programa ÍMPARES
A Fundação Ageas e a CUF apresentam o novo Programa ÍMPARES, com o objetivo de acelerar o crescimento de organizações com...

De acordo com a Agenda para o Impacto 2030, estima-se que poderão se mobilizados cerca de 200 milhões de euros para inovação social até 2030 em Portugal. Paralelamente, recomenda-se o reforço da capacitação dos promotores de iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social. Tendo ainda em conta os dados partilhados na última edição da Conta Satélite da Economia Social, do Instituto Nacional de Estatística (INE) e da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da Economia Social aumentou ligeiramente, passando de 3,0% do VAB nacional em 2019, para 3,2%, ficando, ainda assim, aquém da média europeia. É neste contexto, alinhado com os objetivos nacionais de investimento e inovação e com a necessidade de reforçar as competências dos empreendedores para a escalabilidade das respostas sociais, que surge o Programa ÍMPARES.

João Pedro Machado, Presidente da Fundação Ageas, afirma que “Sem escala não se resolvem problemas sociais! Este programa visa precisamente contribuir para ajudar os empreendedores sociais a fazerem crescer as suas intervenções de forma mais rápida e sólida. Após termos ouvido inúmeros especialistas, foi claro que os empreendedores preferem uma abordagem prática e aprender diretamente através dos ensinamentos dos empreendedores que já conseguiram escalar os seus projetos.”

Com uma metodologia prática e adaptável às necessidades de cada organização e alicerçado numa rede de formadores e mentores reconhecidos pela sua experiência e resultados obtidos, este programa oferece acompanhamento individualizado nas áreas de estratégia, modelo de impacto, equipa, modelos de negócio e comunicação para o investimento. Ao longo de 12 meses, prevê-se acompanhar até oito organizações, proporcionando-lhes as ferramentas necessárias para escalarem as suas atividades e maximizarem a mudança social.

Mariana Ribeiro Ferreira, Diretora de Cidadania Empresarial da CUF, defende que “na concretização da sua estratégia de criação de valor, a CUF procura gerar impactos positivos junto dos seus Stakeholders e Comunidades em que se insere, de forma a garantir o seu contributo para um bem comum. Através do Programa CUF Inspira, é possível estabelecer parcerias estratégicas como esta, promovendo assim empreendedores sociais e ativar ecossistemas de impacto para resolver problemas complexos através de soluções escaláveis e impactantes”.

Adicionalmente, o programa será gerido por Duarte Fonseca, empreendedor de impacto com mais de 10 anos de experiência em inovação, empreendedorismo social e advocacy. Duarte Fonseca, co-fundador da RESHAPE, assegura que "após ter lançado a RESHAPE, é um grande privilégio poder trabalhar com outros empreendedores de impacto, ajudá-los a escalar e a resolver problemas sociais e ambientais. Temos grandes expectativas para os resultados que vão sair deste trabalho conjunto entre empreendedores e organizações tão maduras e experientes como a Fundação Ageas e a CUF, que sempre foram players relevantes neste setor." Através desta iniciativa, a Fundação Ageas e a CUF esperam que as organizações participantes aumentem o seu potencial de impacto, alargando a sua abrangência geográfica ou alcançando mais beneficiários. As candidaturas para o Programa ÍMPARES estão abertas até dia 14 de abril e qualquer organização de impacto em Portugal, com experiência demonstrada no setor, se poderá candidatar. Mais informações e candidaturas em: ÍMPARES.

 
Opinião
Em Portugal, no século XX, as políticas de saúde mental estavam direcionadas para os hospitais psiqu

A intervenção comunitária tem como base o trabalho realizado em conjunto com a população, tendo esta, como objetivo, a prevenção e/ou diminuição da desorganização pessoal ou social, assim como a promoção do bem-estar individual (Campos, 1988; Kelly et al., 1977; Trickett, 2009). Esta abordagem vê cada pessoa, para além do seu diagnóstico, das suas dificuldades e da situação social em que se encontra, considerando que estas devem estar integradas na comunidade e devem ter acesso às mesmas oportunidades profissionais e sociais do que a restante população (Ornelas et al., 2005).

Os serviços que estão orientados para o recovery, isto é, a recuperação pessoal e clínica, privilegiam a participação social e a integração comunitária dos seus utilizadores (Ornelas, 2007). Neste sentido, as instituições socais e comunitárias, tal como a RECOVERY IPSS, têm como principal finalidade a promoção de competências, o aumento da qualidade de vida e a redução da discriminação e da exclusão social (Ordem dos Psicólogos Portugueses, 2019). O que vai de encontro à lei 35/2023, que entrou em vigor a 20 de agosto de 2023, na qual é referido que deve ser priorizada a autonomia e a individualidade de cada um. Assim, a prestação de cuidados relativos à saúde mental deve ser a menos restritiva possível. Desta forma, deve-se privilegiar o tratamento na comunidade (ambulatório/residencial – serviços locais de saúde mental na área de residência), devendo o internamento hospitalar ser o último recurso.

Na intervenção comunitária, tendo em conta a complexidade das problemáticas, torna-se imprescindível uma resposta multidisciplinar (Ordem dos Psicólogos Portugueses, 2019). Assim, o trabalho do psicólogo e de outros profissionais que trabalhem em contexto comunitário não se restringe a práticas de gabinete e remediativas. A intervenção é, deste modo, não apenas em contexto individual, mas também é alargada ao contexto grupal e às redes sociais de apoio (Vaux, 1988). Mais especificamente, o papel do psicólogo, neste contexto, é o de prevenir situações de risco e de desigualdade social, com vista à melhoria da qualidade de vida e do bem-estar da população (Ordem dos Psicólogos Portugueses, 2020).

Referências:

Campos, B. (1988). Consulta psicológica e desenvolvimento humano. Cadernos de Consulta Psicológica, 4, 5–12.

Gutkin, T. (2012). Ecological psychology: Replacing the medical model paradigm for school-based psychological and psychoeducational services. Journal of Educational and Psychological Consultation, 22(1-2), 1–20. http://dx.doi.org/10.1080/10474412.2011.649652

Kelly, J., Snowden, L., & Munoz, R. (1977). Social and community intervention. Annual Review of Psychology, 28(1), 323–361. http://dx.doi.org/10.1146/annurev.ps.28.020177.001543

Ordem dos Psicólogos Portugueses. (2019). Os/as psicólogos/as valorizam as instituições sociais e comunitárias. Ordem dos Psicólogos

Ordem dos Psicólogos Portugueses. (2020). Recomendações para a Intervenção psicológica em Contexto de intervenção Comunitária. Ordem dos Psicólogos

Ornelas, J. (2007). Psicologia comunitária: Contributos para o desenvolvimento de serviços de base comunitária para pessoas com doença mental. Análise psicológica, 25(1), 5–11. http://dx.doi.org/10.14417/ap.425

Ornelas, J., Monteiro, F., Moniz, M., & Duarte, T. (2005). Participação e empowerment das pessoas com doença mental e seus familiares. AEIPS Edições.

Trickett, E. (2009). Community psychology: Individuals and interventions in community context. Annual review of psychology, 60(1), 395–419. http://dx.doi.org/10.1146/annurev.psych.60.110707.163517

Vaux, A. (1988). Social support: Theory, research, and intervention. Praeger publishers.

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Estudo publicado na revista Nature Neuroscience
De acordo com um estudo da Mayo Clinic publicado na revista Nature Neuroscience, as células que atuam na primeira linha de...

Ao sair da anestesia, mais de um terço dos pacientes pode sentir sonolência extrema ou hiperatividade, um efeito secundário chamado delírio. Investigadores da Mayo Clinic descobriram que células imunitárias especiais no cérebro, chamadas microglias, podem proteger os neurónios dos efeitos secundários da anestesia para despertar o cérebro.

"Esta é a primeira vez que vemos a microglia melhorar e aumentar a atividade neuronal ao rodear fisicamente os circuitos cerebrais", diz o neurocientista da Mayo Clinic Long-Jun Wu, autor sénior do estudo.

Os investigadores observaram a presença de microglias entre os neurónios e as sinapses inibitórias, suprimindo a atividade neural sob anestesia. Como descrevem, as micróglias parecem tentar proteger os neurónios para neutralizar a sedação.

O cérebro é constituído por uma rede de neurónios que desencadeiam e estimulam a atividade em todo o corpo. Os neurónios estão ligados por sinapses que recebem e transmitem sinais que nos permitem mover, pensar, sentir e comunicar. Neste ambiente, as microglias ajudam a manter o cérebro saudável, estável e funcional. Embora as micróglias tenham sido descobertas há mais de 100 anos, só nos últimos 20 anos é que se tornaram um importante foco de investigação.

No início, os cientistas apenas dispunham de lâminas fixas de micróglias para examinar, o que lhes dava apenas imagens instantâneas destas células. Inicialmente, pensava-se que quando os neurónios não estavam ativos e o cérebro estava calmo, as microglias estavam menos ativas. Depois, a tecnologia tornou possível observar e estudar as micróglias em pormenor, incluindo a forma como se movem.

"As micróglias são células cerebrais únicas porque têm processos muito dinâmicos. Movem-se e dançam à medida que percorrem o cérebro. Agora dispomos de imagens poderosas que mostram as suas atividades e movimentos", afirma Wu.

Há já alguns anos que Wu e a sua equipa têm vindo a desenvolver investigação sobre a forma como as microglias e os neurónios comunicam em cérebros saudáveis e não saudáveis. Por exemplo, demonstraram que as microglias podem atenuar a hiperatividade neuronal durante as crises epilépticas. Os investigadores podem observar estas células no cérebro em tempo real e registar os seus movimentos em modelos de ratos acordados utilizando tecnologia de imagem avançada, incluindo um microscópio eletrónico de varrimento.

Em 2019, os investigadores descobriram que as microglias podem sentir quando o cérebro e as suas atividades são restringidas, por exemplo, pela anestesia. Descobriram que as microglias se tornam mais ativas e vigilantes quando isso acontece.

"Podemos agora ver as microglias aumentarem a sua vigilância e patrulharem a atividade neural do cérebro como um polícia à noite, respondendo a atividades suspeitas quando tudo está calmo", explica Wu.

Os doentes com delírio ou agitação, quando saem da anestesia, podem também sentir-se hiperativos ou extremamente lentos. Os investigadores acreditam que a hiperatividade pode ser o resultado de uma intervenção excessiva das microglias entre os neurónios e as sinapses inibitórias.

"Se conseguirmos explorar o papel das microglias em vários estados fisiológicos, como o sono, poderemos aplicar este conhecimento para melhorar os cuidados prestados aos doentes em contextos clínicos", explica o doutorando Koichiro Haruwaka, principal autor do estudo e investigador sénior da Mayo Clinic.

 
Investigação liderada pela Universidade de Coimbra recebe financiamento
Ao longo dos próximos quatro anos, um consórcio de investigação europeu, liderado pela Universidade de Coimbra (UC), vai...

Para tal, os cientistas vão usar ferramentas epigenéticas para procurar converter células do cérebro de doentes em neurónios funcionais. Esta investigação pode abrir caminho para melhorar o tratamento de problemas de saúde como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou doenças neurodegenerativas (patologias que estão ligadas ao sistema nervoso, afetando os movimentos e causando perda de funções neurológicas).

O projeto de investigação REGENERAR: Improving the Effectiveness and Safety of Epigenetic Editing in Brain Regeneration, liderado pelo investigador da Faculdade de Medicina da UC, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC) e do laboratório associado Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB), Lino Ferreira, vai ser financiado com cerca de três milhões de euros (2 943 233) pela Comissão Europeia, mais concretamente pelo Conselho Europeu de Inovação no âmbito do programa Pathfinder Open, que financia projetos interdisciplinares que abram portas a avanços tecnológicos inovadores.

Em linhas gerais, o REGENERAR pretende usar ferramentas epigenéticas, processo que passa, no fundo, por usar o que o corpo humano já tem, mexendo em células que aumentaram em número depois do processo de doença, e transformando-as em células neuronais muito importantes para a função cerebral.

No caso das patologias em foco nesta investigação, Lino Ferreira explica que “o sistema nervoso central tem uma capacidade mínima de autorreparação, sendo necessário criar alternativas que permitam substituir neurónios perdidos em consequência da lesão, como acontece, por exemplo, no AVC ou em doenças neurodegenerativas”.

Para o AVC – que afeta, anualmente, mais de 15 milhões de pessoas em todo o mundo, e que coloca frequentemente limitações significativas em atividades do dia a dia como andar ou falar –, por exemplo, “os tratamentos atuais têm-se centrado no restabelecimento do fluxo sanguíneo para minimizar os danos nos tecidos, não existindo tratamentos farmacológicos aprovados que promovam a reparação do cérebro”, elucida o líder da investigação.

Assim, reconhecendo estas limitações terapêuticas, este consórcio europeu espera conseguir abrir um novo caminho para o tratamento do AVC e de patologias neurodegenerativas ao conceber uma formulação de nanopartícula em laboratório que possa, no futuro, chegar à prática clínica.

“Este projeto nasce da vasta experiência da UC, e em particular do grupo de Terapias Avançadas afiliado com a Faculdade de Medicina e com o CNC-UC/CIBB, no desenvolvimento de formulações avançadas para o tratamento de doenças do cérebro”, destaca o investigador da Universidade de Coimbra.

No âmbito deste projeto, a equipa vai conduzir vários “testes de segurança rigorosos, utilizando modelos avançados in vitro (ensaios fora de organismos vivos), bem como estudos toxicológicos in vivo, em conformidade com as boas práticas laboratoriais, para analisar a eficácia da reprogramação epigenética para utilização clínica”, avança Lino Ferreira. Os cientistas esperam que esta nova tecnologia possa estar validada em laboratório em fevereiro de 2028.

A Universidade de Coimbra tem como parceiras neste projeto cinco entidades académicas e industriais: o Centro Helmholtz de Munique (Alemanha), o Instituto Fraunhofer para a Toxicologia e Medicina Experimental (Alemanha), a empresa Single Technologies AB (Suécia), a empresa farmacêutica Hovione Farmaciência SA (Portugal) e a Sociedade Portuguesa de Inovação (Portugal). Paralelamente, entidades nacionais e europeias da área da saúde e associações de doentes serão também envolvidas no projeto, para criar uma estratégia para a futura translação desta tecnologia inovadora para a prática clínica.

Os seis parceiros do REGENERAR vão estar reunidos em Coimbra, hoje, para o arranque do projeto.

 
APORMED distingue equipa da TVI
A reportagem “Medicina do Futuro” transmitida pela TVI é a grande vencedora da 2.ª edição do Prémio de Jornalismo da Associação...

O trabalho jornalístico, desenvolvido pela equipa de reportagem constituída por Isabel Moiçó, Ana Gouveia, Flávio Almeida, João Pedro Ferreira, Nuno Mendes e Rita Correia, explorou o papel da tecnologia na medicina, realçando os avanços que assentam na inteligência artificial, na impressão 3D, na robótica e nos testes genéticos. “Os futuros tratamentos na Medicina prometem muitos avanços que vão facilitar os cuidados de saúde e até uma nova forma de relacionamento entre quem precisa e quem presta cuidados de saúde”, explicou Isabel Moiçó, na peça emitida a 4 de fevereiro de 2023, na TVI. De acordo com Antonieta Lucas, Presidente da APORMED e membro do júri, “a pertinência, a relevância e o impacto desta peça jornalística, bem como os benefícios do uso dos dispositivos médicos para a saúde, foram fatores cruciais e decisivos que reuniram o consenso para a distinção deste trabalho da TVI”.

Na 2.ª edição do Prémio APORMED - Jornalismo na área dos Dispositivos Médicos 2023, o júri foi composto por Antonieta Lucas, Presidente da APORMED; João Gonçalves, Diretor Executivo da APORMED; João Gamelas, Presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia; Mafalda Fateixa, Responsável de Comunicação e Marketing da B. Braun Portugal; Nicole Matias, Responsável de Comunicação da Fresenius Medical Care; e Andreia Garcia, Professora Doutorada em Ciências da Comunicação do ISEC Lisboa e ESCS-IPL.

A terceira edição do Prémio APORMED - Jornalismo na área dos Dispositivos Médicos será anunciada brevemente.

 
Dia Mundial da Saúde Oral assinala-se a 20 de março
A menopausa é uma etapa impactante do ciclo de vida da mulher e traz consigo mudanças significativas

A menopausa caracteriza-se por uma diminuição na produção de estrogénio pelos ovários. A maioria das mulheres começa a sentir os primeiros sinais por volta dos 45 anos, podendo estes durar cerca de quatro a sete anos até à confirmação do último ciclo menstrual e estender-se após a mesma. Os sintomas sistémicos mais comuns da menopausa são os afrontamentos e suores, seguidos de alterações ginecológicas, urinárias e psicológicas. A diminuição do estrogénio afeta também os tecidos da cavidade oral, podendo reduzir a densidade óssea dos maxilares, tornando as gengivas mais sensíveis à agressão bacteriana e alterando a produção de saliva. Estas alterações podem traduzir-se no surgimento ou agravamento de certas patologias orais como os síndromes da boca seca e da boca ardente, a candidíase oral, a cárie dentária e a doença periodontal.

“A doença periodontal representa cerca de 60% das queixas orais das mulheres durante a menopausa. Embora não seja causada diretamente pela diminuição de estrogénio, esta pode acelerar a progressão da doença e dificultar a recuperação dos tecidos. A doença periodontal inicial - gengivite - caracteriza-se por uma inflamação reversível das gengivas. Se esta não for tratada atempadamente, tende a evoluir para periodontite, com destruição irreversível do osso de suporte e eventual mobilidade e perda de dentes. Além disso, “existe uma associação entre a periodontite e certas patologias metabólicas e cardiovasculares como a diabetes tipo II e o colesterol”, refere Matilde Duarte Silva, médica dentista na Clínica Médis.

O tratamento e controlo periódico da periodontite pelo médico dentista é essencial. Contudo, existem fatores de risco cruciais que devem ser controlados pelo próprio paciente, como a higiene oral diária, o tabagismo e o stress. Qualquer paciente, e neste caso específico as mulheres, a partir dos 45/50 anos, deve estar atento a sinais de alerta como gengivas inchadas, hemorragia ao escovar ou um aumento súbito do aparecimento de cáries.

“Não conseguimos travar as alterações hormonais naturais da menopausa, mas podemos identificar os problemas orais, tratá-los, e sobretudo ajudar a criar bons hábitos que certamente irão diminuir o impacto negativo destes processos biológicos”, acrescenta Matilde Duarte Silva. “Embora a menopausa seja um processo natural e expectável, estas alterações têm um enorme impacto na qualidade de vida e no bem-estar psicossocial das mulheres. É normal que exista algum desconforto em abordar estes aspetos. O médico dentista não tem necessariamente de fazer perguntas específicas no decorrer da consulta, mas tem de estar atento”, afirma a médica dentista.

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