Opinião
Dificuldades no diagnóstico podem condicionar a progressão da Espondilite Anquilosante, uma doença r

A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença reumática crónica de características inflamatórias que se inicia habitualmente até aos 35 anos. O início depois dos 45 é muito raro.

A percentagem de mulheres diagnosticadas tem vindo a aumentar nos últimos 40 anos.

Habitualmente descrita como muito mais frequente nos homens (3 a 5 para 1 mulher),

mais recentemente a razão entre sexos aproxima-se do 1 para 1 se considerarmos todas as formas de apresentação.

A dificuldade do diagnóstico nas manifestações que atingem a coluna são nas mulheres por vezes mais difíceis de fazer, enquanto que a progressão das lesões no homem se fazem mais rapidamente e com maior intensidade.

Outro aspeto crítico no tratamento destes doentes é que o tempo que medeia entre os primeiros sintomas e a data do diagnóstico é de vários anos.

Para isto concorrem vários fatores: serem jovens, menor preocupação com as questões de saúde, sintomas muito diversos, com desaparecimento espontâneo das queixas ou mesmo remissão temporária muito variável, queixas estas que são em localizações de quadros mais benignos de dor, interpretados como “uma dor nas costas” , “um torcicolo” ou “uma entorse”.

Outros sintomas no início podem ser de tendinites com dor na inserção dos tendões de Aquiles (foto 1) polegares ou nos ombros. Nos dedos das mãos ou dos pés a inflamação dos tendões dá um inchaço com “aspeto de dedo em salsicha” muito característico. (foto 2)


Foto 1 


Foto 2

Sintomas de artrite podem ocorrer em qualquer articulação, mas são mais frequentes nos tornozelos, cotovelos, ombros e mãos. Apresentam-se com dor, inchaço articular e calor nas articulações afetadas. (foto 3) As limitações podem ser logo muito importantes o que leva o doente a uma consulta.

Foto 3 

As características da dor nesta doença são importantes para ajudar ao diagnóstico e devem alertar os doentes e seus familiares.

Tratam-se de dores que classificamos como inflamatórias, isto é são dores que NÃO aliviam com o repouso, que acordam o doente durante a noite, tipicamente de madrugada fazendo o doente sair da cama, com algum alívio mas que se repetem ciclicamente.

Alguns doentes referem algum alívio com os movimentos ou com o duche matinal, mas o ciclo da dor mantém-se. Queixam-se ainda de rigidez matinal (“ferrugem”) que dura habitualmente mais de 30 minutos.

A localização na coluna pode ser em qualquer segmento (cervical, dorsal ou lombar) localizado ou por extensão, mas também e muito frequentemente na bacia (nádegas) afetando apenas um lado por vezes com irradiação para a coxa com trajeto que pode simular a dor ciática, mas diferenciando-se dela por ser truncada à coxa, não irradiar para o pé e muitas vezes alternar com a nádega oposta, num quadro que chamamos de pseudo ciática basculante.

Na cervical comporta-se como um torcicolo limitando todos os movimentos da cabeça, na dorsal pode irradiar para as costelas ou “atravessar” o tórax. Como já dissemos não alivia com o repouso.

Mais raramente, manifestações de “olho vermelho”, unilateral, de início súbito com visão turva ou intolerância à luz que pode desaparecer espontaneamente mas com tendência a repetir-se e que levam o doente à consulta de oftalmologia e ao diagnóstico de inflamação ocular “uveíte” que remete o doente para avaliação pelo reumatologia para excluir doença reumática associada, habitualmente Espondilite.

Outras manifestações fora das articulações e que podem estar associadas são a Psoríase, a Doença Inflamatória do Intestino (DII), habitualmente doença de Crohn ou Colite Ulcerosa, ou a ocorrência muito frequente de aftas.

O que nos faz suspeitar do diagnóstico são os SINTOMAS e não análises, radiografias ou exames mais sofisticados e é aqui que o papel do REUMATOLOGISTA se destaca para um diagnóstico precoce.

A presença no meu consultório de um adulto jovem com menos de 40 anos, que se queixa de uma dor lombar de início insidioso, com rigidez matinal superior a 30 min, que melhora com o exercício mas não com o repouso, que o acorda de madrugada e com recaídas após melhoria com anti inflamatórios é muito suspeita e merece uma observação e exame médico cuidados.

Se neste contexto o doente refere episódios de artrite, tendinites ou “dedo em salsicha” então devemos colocar a hipótese de Espondilite.

História familiar, manifestações extra articulares como descritas acima e a presença radiológica de inflamação nas sacroilíacas confirma o diagnóstico.

A presença de inflamação nas análises ou de marcadores genéticos como o HLA B27, NÃO são critérios de diagnóstico.

Esta é uma doença em que o atraso no diagnóstico vai custar incapacidade, sofrimento e sequelas definitivas pela fusão (anquilose) articular que provoca. A coluna vai ficando rígida e em flexão extrema. (foto 4)


Foto 4

Os novos medicamentos vieram transformar o futuro e o prognóstico desta(s) doenças e dar nova esperança aos nossos doentes.

A ANEA associação nacional de espondilose anquilosante dá apoio médico social aos doentes com EA.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Apoio a doentes com cancro
A Associação Careca Power, que foi apresentada sábado, no Porto, pretende criar um movimento nacional para “esclarecer, apoiar,...

Em declarações, a presidente da Careca Power, Miriam Brice, explicou que a associação, sem fins lucrativos, nasceu a partir de um grupo de Facebook, com o mesmo nome, que já existe há alguns anos e tem mais de mil membros, todas mulheres e todas doentes oncológicas.

“É um grupo de partilha e por isso é que é restrito ao sexo feminino. Foi no seio deste grupo que percebemos a necessidade de defender os direitos do doente oncológica em Portugal”, disse.

Foi ao perceber “a necessidade de dotar este instrumento de uma força institucional que não tinha” que se avançou para a criação da associação.

Ao contrário do grupo, a associação “não se restringe a mulheres - acolhe doentes, famílias, cuidadores e amigos da causa; quer unir as pessoas à volta deste problema que é de todos”, explicou Miriam Brice.

“Já como grupo levávamos a cabo muitas ações de ajuda e de intervenção na causa oncológica, como por exemplo a defesa da petição do Justo Trabalho de Serviço para o Doente Oncológico, que é absolutamente importante e absurdamente necessária”, salientou a responsável.

Atualmente a sede da associação Careca Power funciona na Amadora (distrito de Lisboa), num espaço cedido pela viúva de um doente oncológico, mas o objetivo é “criar vários núcleos pelo país, que ainda estão a ser estruturados”.

“Temos tanta gente no grupo Careca Power que conseguimos ter alguém ao lado do hospital, quando é necessário. Essa pessoa consegue estar lá em cinco minutos, isto acontece todos os dias. Somos pelo afeto, porque muitas vezes é isso que falta, mais do que qualquer outra coisa”, afirmou Miriam Brice.

A Associação Careca Power pretende preencher as lacunas e necessidades que detete nas vertentes legal, económica, profissional, de saúde, social e afetiva/emocional, apoiando ou levando a cabo iniciativas que contribuam para uma maior dignidade e melhor qualidade de vida dos doentes oncológicos.

O grande objetivo é que “neste país nenhum doente oncológico se volte a sentir sozinho”.

A convite da OMS
Nuno Queiroz Ribeiro é o primeiro ‘chef’ português convidado para um simpósio da Organização Mundial da Saúde, para promover a...

“É uma honra e uma alegria enorme ter sido convidado para defender o que eu acredito que seja a melhor dieta do mundo”, afirmou Nuno Queiroz Ribeiro.

O convite surge no seguimento da recente distinção de mérito que recebeu do Ministério da Saúde, por ter prestado serviços na promoção da saúde pública e na prevenção da doença.

A dieta mediterrânica consiste em “utilizar gordura saudável, como o azeite, em comermos peixe da nossa costa, reduzirmos o consumo das carnes vermelhas, introduzirmos cada vez mais carnes de aves e leguminosas, alimentos integrais, como o pão e em comermos as frutas da época”, explicou o ‘chef’.

Enquanto defensor da saúde dos portugueses, Nuno Queiroz Ribeiro disse que se sente feliz, por após vários anos de trabalho, “o Governo ter finalmente criado um compromisso com a saúde” e pretender dar a melhor alimentação possível, existindo urgência neste compromisso.

“Há coisas que as pessoas não compreendem, mas as carnes processadas foram consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o carcinogénico número um, estão no mesmo nível que o tabaco e os portugueses continuam a consumir, e até mesmo a alteração das ementas dos hospitais não foi compreendida apesar de necessária”, lamentou o ‘chef’.

Nuno Queiroz Ribeiro admitiu também que o entristece ver o panorama da saúde “neste estado”, em que o Serviço Nacional de Saúde gasta 99% do seu orçamento a tratar de doenças e apenas 1% é usado para a prevenção: “Hoje em dia, em vez de ver o Ministério da Saúde, vejo o ‘ministério da doença’”.

O ‘chef’ insistiu na prevenção para um futuro mais saudável e destacou que uma boa alimentação pode contribuir bastante para o combate às doenças, relembrando o papel que os pais têm perante os filhos, sendo os filhos “o reflexo dos pais”.

“Perdi um pai com cancro no pâncreas e tenho uma mãe que infelizmente já teve um cancro no peito”, lamentou Nuno Queiroz Ribeiro: “O nosso corpo é o nosso tempo e, se não cuidarmos dele, não temos mais nenhum”.

Nuno Queiroz Ribeiro alertou que, em Portugal, uma em cada três crianças tem excesso de peso e que é a primeira geração na história em que as crianças têm menos esperança de vida do que os pais e aproveitou para relembrar que a comida saudável pode ser saborosa.

Apenas é necessário saber usar e abusar das ervas aromáticas e das especiarias, defendendo que “comer saudável não tem que ser comer sem sabor.”

Faculdade de Engenharia
Uma equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto recebeu um financiamento de um milhão de euros de fundos...

"Cada vez mais deixamos de ter agentes antimicrobianos que consigam combater as infecções, principalmente ao nível das bactérias multirresistentes", disse o professor Nuno Azevedo, do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

O ritmo de aparecimento de estirpes resistentes aos antibióticos "é bem maior do que o desenvolvimento de novos antibióticos", havendo necessidade de "arranjar novas maneiras de as combater", frisou o líder do projeto.

Financiado pelo programa Horizonte 2020 (H2020), este projeto assume, assim, "particular importância, numa altura em que as notícias de surtos de bactérias resistentes a antibióticos são cada vez mais recorrentes", indicou o também investigador do Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia (LEPABE), da FEUP.

Segundo Nuno Azevedo, o grupo de investigação que lidera tem-se dedicado a estudar e a desenvolver métodos alternativos de tratamento antibacteriano, através do uso de "mímicos" de ácidos nucleicos (macromoléculas que formam o DNA e o RNA).

A equipa pretende "desenhar moléculas compostas por esses mímicos, que se conseguem ligar ao ADN ou RNA do microorganismo em locais específicos, provocando a inibição de determinados genes essenciais à sobrevivência do microorganismo e levando, por consequência, à sua morte", disse.

Uma das vantagens deste método, explicou, é trabalhar com moléculas que se comportam da mesma maneira que o ADN e o ARN presentes em todos os organismos, mas que não são degradadas por enzimas bacterianas.

Além disso, "se o microrganismo tiver uma mutação que lhe confira resistência à molécula, muito facilmente conseguiremos redesenhá-la e alterá-la para combatê-lo novamente", indicou o investigador.

Os investigadores da FEUP estão igualmente a desenvolver sistemas de entrega desses mímicos no interior dos microorganismos, recorrendo ao uso de nanopartículas.

Esta trata-se de uma abordagem que tem sido utilizada para o tratamento de células cancerígenas, mas cuja aplicação em micoorganismos não foi ainda testada, "o que poderá representar uma importante alternativa ao tratamento tradicional com antibióticos neste tipo de infeções", acrescentou o professor.

O projeto terá a duração de três anos, durante os quais a equipa procurará estabelecer a área de investigação, desenvolvendo as capacidades ao nível da tecnologia e logística.

No futuro, com base nos resultados obtidos, o grupo tenciona desenvolver novos agentes antimicrobianos, que possam ser adaptados consoante as mutações das bactérias, mantendo assim a eficácia.

Este projeto conta com a colaboração do Nucleic Acid Centre of SDU, da Dinamarca, que desenvolve mímicos de ácidos nucleicos, e do Laboratory for General Biochemistry and Physical Pharmacy, da Universidade de Ghent (Bélgica), que cria estratégias para a entrega de ácidos nucleícos em células animais.

Ministério da Saúde brasileiro
Mais de 50 mortes por febre-amarela foram confirmadas no Brasil entre 17 de abril e 02 de maio, elevando de 342 para 394 o...

Nos últimos dez meses, o Ministério da Saúde brasileiro confirmou 1.257 casos da doença, um aumento de 100 em relação aos dados do dia 17 de abril, quando 1.157 infetados foram confirmados.

O Ministério da Saúde informou ainda que outras 1.499 notificações estão a ser investigadas e podem ser confirmadas ou descartadas nos próximos relatórios.

As mortes estão a aumentar desde que o vírus da febre-amarela passou a circular em outras regiões do país, principalmente no sudeste do Brasil.

Antes, a doença ocorria mais frequentemente em áreas da região amazónica.

As regiões mais afetadas são aquelas que não tinham recomendação para a vacina, como o sudeste. É também nesta região que se concentra o maior número de mortes (a única de fora é o Distrito Federal).

Os estados de São Paulo e Minas Gerais concentram 82% das mortes, segundo os dados do Ministério da Saúde.

O Governo brasileiro espera que as ações de vacinação ajudem a diminuir o número de casos e mortes.

Com a aproximação do inverno, o número de casos tende a cair a partir deste mês, já que o vírus da febre-amarela é mais frequente no verão.

O Ministério informou que, de janeiro a abril deste ano, encaminhou 25,1 milhões de doses da vacina para os estados. Só para os estados da Baía, Rio de Janeiro e São Paulo foram enviadas 18,4 milhões de doses.

O ideal é chegar a 95% de cobertura de vacinação, segundo o Ministério. Até agora, o Rio de Janeiro vacinou 55,46% e a Baía 55,03% dos seus habitantes.

O Ministério da Saúde não informou sobre a cobertura de vacinação no estado de São Paulo.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde propõe a redução do consumo individual de gorduras saturadas para menos de 10% do total de...

A Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou sexta-feira passada uma consulta pública, que termina a 01 de junho, para rever pela primeira vez em 15 anos as suas orientações sobre o consumo destes ácidos gordos prejudiciais para a saúde e que se encontram em muitos alimentos.

As novas diretrizes baseiam-se na dieta individual e não no consumo médio de calorias da população.

A proposta da Organização Mundial de Saúde é que, nas crianças e nos adultos, as gorduras saturadas devem diminuir para menos de 10% da energia total ingerida e não devem ser aumentadas se a percentagem já é menor.

Quanto às gorduras 'trans', devem ser reduzidas para menos de 1% das calorias consumidas e não devem aumentar se a percentagem é menor.

De acordo com a OMS, ambos os ácidos gordos devem ser substituídos pelas gorduras polinsaturadas, as mais saudáveis, e nas quais se incluem as gorduras omega-3 e omega-6, essenciais para o crescimento das células e o funcionamento do cérebro.

As gorduras saturadas podem encontrar-se na manteiga, no leite, na carne, na gema de ovo, no chocolate, na manteiga de cacau, no coco ou no óleo de palma.

Os ácidos gordos 'trans' podem produzir-se industrialmente, através da hidrogenação parcial de óleos vegetais e de peixe, mas também de forma natural na carne e no leite de animais ruminantes, como vacas, ovelhas, cabras e camelos.

Este tipo de gordura, quando gerada industrialmente, existe em bolachas, bolos, aperitivos, alimentos pré-embalados e no óleo de fritar.

Mais de um milhão de diabéticos em Portugal
A Diabetes constitui, actualmente, uma das principais causas de morte em todo o mundo, implicando um

A Diabetes é uma doença crónica e progressiva que se caracteriza pela produção insuficiente de insulina e/ou pela incapacidade de a utilizar (insulinorresistência). A insulina é a hormona que regula a utilização de glicose (açúcar) por todas as células do organismo e a glicose é a principal fonte de energia dessas mesmas células. Assim, a incapacidade de utilizar a glicose leva, por um lado, à sua acumulação no sangue (hiperglicemia) e, por outro, à disfunção das células de todo o organismo.

Em Portugal, segundo o Relatório do Observatório Nacional da Diabetes  "Diabetes Factos e Números - o ano de 2015", a prevalência da Diabetes em indivíduos entre os 20 – 79 anos é de 13,3% e de hiperglicemia intermédia (alteração da glicemia em jejum e tolerância diminuída à glicose) de 27,4%. Assim, mais de 3,1 milhões de indivíduos portugueses têm diabetes ou hiperglicemia intermédia (pré-diabetes).

Existem vários tipos de Diabetes, nomeadamente a Diabetes tipo 1, Diabetes tipo 2, Diabetes Gestacional e outras formas de Diabetes. A forma mais frequente é a Diabetes tipo 2, que corresponde a cerca de 90% dos casos. Nesta forma de doença, os factores causais predominantes são a insulinorresistência, alteração da secreção de insulina e factores genéticos, no seio de um estilo de vida sedentário e excesso de peso/ obesidade. Em Portugal, segundo o Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF – 2015): Estado de Saúde, a percentagem de pessoas com diabetes que apresenta­ram obesidade é de 55,4% (versus 21,9% nos não diabéticos).

Esta doença pode trazer consequências muito graves para a saúde e bem-estar individual. As suas complicações crónicas podem afectar qualquer sistema ou órgão do corpo humano, tendo como consequência a insuficiência renal, a cegueira, a amputação do pé, o enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Por este motivo, a prevenção da diabetes e o seu diagnóstico em fases precoces da doença é de extrema importância.

Assim, em indivíduos assintomáticos, a avaliação de pré-Diabetes e risco de Diabetes no futuro deve ser considerada nos casos de obesidade ou excesso de peso com um ou mais factores de risco, como por exemplo familiar de primeiro grau com Diabetes, etnia de risco elevado, história de doença cardiovascular, hipertensão arterial, dislipidemia, inactividade física, história de Diabetes Gestacional, etc. Para todas as pessoas, ou seja, independentemente dos factores referidos acima, o rastreio deve ser iniciado aos 45 anos. Com estas medidas pretende-se o diagnóstico precoce e a diminuição do número de casos não diagnosticados, que em Portugal corresponde a uma prevalência de 5,8% da população (44% dos doentes não sabe que tem Diabetes).

Quando é diagnosticada pré-diabetes, recomendam-se medidas de estilo de vida que previnem ou atrasam a progressão para a Diabetes – alimentação saudável e actividade física. Estas duas medidas podem prevenir cerca de 70% dos casos de Diabetes tipo 2.

Uma alimentação saudável, além de contribuir para o controlo da glicose no sangue, promove a prevenção ou redução do excesso de peso e da obesidade, a par dos efeitos benéficos sobre a tensão arterial, colesterol e risco cardiovascular. Alguns exemplos práticos para uma alimentação saudável são: fazer pelo menos 3 refeições por dia, evitar estar mais de 3 horas sem comer, tomar o pequeno-almoço, comer verduras e sopa às refeições principais, diminuir o consumo de carne vermelha, aumentar o consumo de peixe, reduzir as gorduras, o sal e o açúcar e beber água ao longo do dia.

A actividade física regular tem efeitos benéficos em diversas áreas da saúde física e psíquica e, no caso particular da Diabetes, demonstrou-se que cerca de 150 minutos de actividade física de intensidade moderada por semana têm efeitos benéficos na sua prevenção, melhorando a acção da insulina e diminuindo a glicose no sangue. Além disto, tem um efeito positivo no peso e composição corporal, pois diminuiu a gordura abdominal e ajuda a manter a massa muscular. Outras vantagens do exercício físico são a prevenção de doenças cardiovasculares, o reforço do sistema imunitário e a melhoria do bem-estar físico e mental, contribuindo para a diminuição da ansiedade e da depressão.

Com estas duas medidas e com o rastreio adequado é possível prevenir a Diabetes e todas as suas complicações, muitas vezes fatais.

*este artigo não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico, por opção do autor

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Sazonal ou perene
A rinite alérgica é a manifestação alérgica de maior incidência.
Mulher a espirrar devido a rinite alérgica

A rinite alérgica é reconhecida como a doença alérgica mais frequente, sendo que os dados disponíveis indicam que mais de 25 % da população portuguesa tem queixas crónicas de rinite. Apesar de poder surgir em qualquer idade, a idade média de aparecimento é entre os 8 e os 11 anos, sendo a população mais afectada a dos adolescentes e jovens adultos.

A rinite alérgica pode ser sazonal - dependendo de alergénios especiais – ou pode ser perene (constante), ou seja, ocorre o ano todo, com mais intensidade nos meses frios.

Assim, a rinite consiste numa inflamação, por vezes crónica das vias respiratórias superiores (nariz) e dos seios perinasais (área em redor), com impacto ao nível do aparelho respiratório, uma vez que se pode estender até à mucosa dos olhos (conjuntivite), ouvidos (otite), seios perinasais (sinusite) ou faringe (faringite).

A principal causa da rinite é a alergia e, por isso, a doença agrava-se na Primavera, devido aos pólenes e no Outono e Inverno por causa dos ácaros. Contudo, o contacto com outros alergénios, como os ácaros do pó, os pólenes de árvores ou flores ou o pelo de certos animais, desencadeia uma resposta alérgica, com o consequente aparecimento dos sintomas de rinite. Sabe-se também, que a rinite alérgica tem um forte componente genético, pelo que a existência de história familiar de atopia, isto é, tendência para doenças alérgicas, como asma ou eczema atópico, numa pessoa com queixas de rinite, torna mais provável este diagnóstico. Ainda assim, a rinite é uma doença multifactorial.

Sintomas da rinite alérgica

A rinite é uma doença crónica bastante desagradável, uma vez que quando não tratada diminui drasticamente a qualidade de vida dos doentes.

Os principais sintomas que determinam o diagnóstico da rinite alérgica são as dores de cabeça, comichão e vermelhidão do nariz, corrimento nasal aquoso e transparente, espirros, obstrução nasal, comichão na garganta, lacrimejo e comichão nos olhos e, eventualmente, tosse (surge quando o corrimento nasal escorre para a garganta, irritando-a)

Este quadro clínico pode confundir-se facilmente com uma vulgar constipação. No entanto, é importante relembrar que, normalmente e ao contrário das constipações, que são infecções, a rinite alérgica não se apresenta com febre, nem com queixas generalizadas, como mal-estar geral.

Diagnóstico da rinite alérgica

Normalmente é possível estabelecer o diagnóstico com base na história das queixas do doente. No entanto, e uma vez que se trata de uma alergia, é importante identificar o ou os alergénios responsáveis por despoletar as queixas de rinite. Assim, se o médico considerar pertinente, pode pedir a realização de exames complementares como: testes cutâneos alergológicos, que correspondem aos conhecidos testes de picada, pesquisa de eosinófilos no exsudado nasal, análises de sangue e, às vezes, radiografias.

Tratamento da rinite alérgica

O tratamento da rinite implica três medidas diferentes: eliminação das causas (também designada de profilaxia ambiental), uso de terapêutica sintomática, de uso tópico ou sistémico, e hiposensibilização ou seja, tratamento com vacinas.

Estes três itens são de igual importância no tratamento da rinite. Não há vacina milagrosa, não há remédio definitivo e não há possibilidade de afastamento absoluto de alergénio. Se os três itens forem equilibrados, o resultado é o espaçamento das crises de espirros, comichão e corrimento nasal e a diminuição da intensidade dos sintomas.

Assim, após o médico determinar com precisão as causas da rinite, o doente pode evitar esses factores desencadeantes. Por exemplo, ao perceber que é o pó dos tapetes, os pelos dos animais ou as estantes de livros que lhe provocam os espirros ou a comichão no nariz, deve então evitar a exposição ao alergénio causador da reacção alérgica.

No que toca à terapêutica medicamentosa podem ser utilizados os anti-histamínicos, descongestionantes nasais ou corticosteroides tópicos nasais, aplicados em casos mais graves, que ajudam a minimizar os sintomas associados à rinite.

Em casos específicos e seleccionados, pode recorrer-se à imunoterapia – utilização de vacinas – para tratamento do problema. A imunoterapia específica, vulgarmente conhecidas como vacinas anti-alérgicas, têm como principal benefício a redução dos anticorpos.

Alguns conselhos:

1. Manter os ambientes em que circula bem limpos;
2. Aspirar a casa com frequência;
3. Usar coberturas de colchão anti-ácaros;
4. Se necessário, remover cortinas e tapetes de casa;
5. Evite passeios pelo campo (em particular durante dias ventosos e durante a Primavera);
6. Utilize óculos de sol;
7. Feche as janelas de casa (sobretudo durante os dias ventosos e de Primavera);
8. Se tem alergia ao pelo de animais, evite o contacto com o animal e a sua presença em casa.

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Em Lisboa
Ministros da Saúde europeus juntaram-se hoje em Lisboa para debater o acesso a medicamentos inovadores e encontrar soluções de...

A quarta reunião da Comissão Técnica de La Valetta, no âmbito do acordo de cooperação que junta 10 países, e que vai ser alargado para 11, com a entrada da Croácia, está a decorrer em Lisboa e conta com a participação dos ministros da Saúde português, Adalberto Campos Fernandes, espanhola, Dolors Montserrat, grego, Andreas Xanthos, e dos secretários de Estado da Roménia, Octavian Alexandrescu, e da Croácia, Željko Plazonić.

Este grupo envolve 10 países europeus com cerca de 160 milhões de europeus e visa “criar mecanismos permanentes de trabalho” ao nível técnico e político para refletir sobre medidas que visem “melhorar o acesso à inovação terapêutica”, à sua compatibilização com a sustentabilidade dos sistemas de saúde na Europa e outras medidas como a agregação de contas e a questão regulatória e de avaliação, disse à agência Lusa Adalberto Campos Fernandes.

O ministro da Saúde adiantou que os países europeus “estão hoje confrontados com uma transição demográfica que representa um problema estratégico de enorme dimensão” e a sustentabilidade dos seus “sistemas de saúde está muito relacionada com a possibilidade de aceder e poder pagar a inovação terapêutica disruptiva e de qualidade que, entretanto, vai sendo posta ao dispor dos cidadãos”.

Este grupo permite contribuir para “pensar estrategicamente os sistemas de saúde na dimensão de acesso à inovação terapêutica, de equidade, de equilíbrio e de sustentabilidade”, disse Adalberto Campos Fernandes.

Os países têm temas de saúde e políticas diferentes, mas em matéria de acesso ao medicamento e inovação terapêutica “as necessidades são equivalentes e permitem construir uma agenda comum”, adiantou.

“A Europa no domínio da saúde ainda é muito desigual e em áreas tão sensíveis como, por exemplo, as doenças raras, nas terapêuticas inovadoras na área oncológica e no VIH-Sida ainda existem muitas diferenças quer nas condições de acesso quer nas condições de aquisição”, sublinhou.

Para o ministro, importa que os países tenham primeiro um diálogo entre si e depois um diálogo qualificado com os principais parceiros, nomeadamente a indústria inovadora que tem “um papel determinante”.

“É esse diálogo que queremos aprofundar e que passe a ser permanente e não tanto apenas ao nível nacional, mas também ao nível partilhado pela direção dos países, como é o caso do grupo de La Valleta”, acrescentou.

A reunião hoje precede um outro encontro que terá lugar em Atenas, na Grécia, em julho, onde serão avançadas propostas concretas nestes domínios, disse o Adalberto Campos Fernandes.

 

Parlamento
O parlamento aprovou hoje, em votação final global, o novo regime de prevenção e controlo da 'legionella', com votos...

O texto final hoje aprovado, elaborado na Comissão de Ambiente a partir de uma proposta de lei do Governo e de projetos do BE, do PCP, do PAN e do PEV, impõe auditorias de três em três anos aos equipamentos de climatização ou tratamento de ar e prevê coimas de até 44.890 euros para quem não cumprir as normas.

A 'legionella' é a bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave, contraída por via respiratória, através da inalação de gotículas de água contaminada.

As iniciativas legislativas de BE, PCP, PAN e PEV foram apresentadas no parlamento no mês de novembro do ano passado, na sequência de um surto de 'legionella' no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, em que 59 pessoas foram infetadas e cinco morreram.

No final de janeiro, foi detetado um surto desta bactéria no hospital CUF Descobertas, em Lisboa, em que 15 pessoas foram infetadas.

Em março, o Governo avançou também com nova legislação, aprovando em Conselho de Ministros uma proposta de lei para prevenir surtos da doença dos legionários como o do São Francisco Xavier e o de 2014 no concelho de Vila Franca de Xira, que abrangeu várias freguesias, com 375 casos registados e 12 mortes.

O novo regime hoje aprovado define procedimentos relativos à utilização e manutenção de redes, sistemas e equipamentos propícios à proliferação e disseminação da 'legionella' e estipula as bases para uma estratégia de prevenção primária e controlo desta bactéria em todos os edifícios e estabelecimentos de acesso ao público, independentemente de terem natureza pública ou privada.

O diploma, que altera decretos-lei de 2013, 2015 e 2016 sobre certificação energética dos edifícios, aplica-se a equipamentos como torres de arrefecimento, condensadores evaporativos, sistemas de arrefecimento de água e humidificadores – que passam a ter de ser registados numa plataforma a cargo da Direção Geral da Saúde – e também a sistemas de acesso público que utilizem águas para fins terapêuticos ou recreativos que possam gerar aerossóis, redes prediais de água, sistemas de rega.

Os responsáveis por estes equipamentos são obrigados a elaborar um plano de prevenção e controlo, a assegurar as auditorias e a cumprir os procedimentos aplicáveis em situações de risco.

Ficam excluídos desta legislação as redes e sistemas em edifícios usados exclusiva ou predominantemente para habitação, sem zonas comuns comerciais, ou inseridos em espaços que não sejam de acesso e utilização pública.

O novo regime determina, por outro lado, a existência de uma estratégia de prevenção primária e controlo da 'legionella', a assegurar pela Direção Geral da Saúde, que defina as medidas de prevenção primária, identifique fatores de risco e estabeleça medidas para reduzir o número de casos.

O incumprimento das normas legais é punido com coimas que vão de 500 e 4.000 euros, no caso de pessoas singulares, e de 2.500 a 44.890 euros, no caso de pessoas coletivas.

A fiscalização do cumprimento das normas compete, conforme o local onde estejam instalados os equipamentos, à Autoridade de Segurança Alimentar, à Autoridade para as Condições do Trabalho, à Entidade Reguladora da Saúde, à Inspeção-Geral da Agricultura ou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde.

As ações de fiscalização também são objeto de registo na plataforma a cargo da Direção-Geral da Saúde.

Apifvet
As empresas de medicamentos veterinários constituíram uma nova associação e deixam de estar representadas pela Associação...

O presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários, Apifvet, Jorge Moreira da Silva, disse que a criação da nova associação “há muito tempo estava a ser pensada”.

“O medicamento veterinário e o medicamento humano estão cada vez a ter legislações mais diferentes, que se tocam nalguns pontos, mas cada vez menos. Nós achámos que estava na altura de ter uma voz própria. Queríamos ter uma voz própria na saúde animal, na indústria de medicamentos veterinários”, afirmou.

De acordo com o presidente da nova associação a saída de todas as empresas da Apifarma, no último dia de 2017, tem uma justificação “simples” que se prende com a “falta de independência”.

“Tínhamos uma comissão especializada de saúde animal, mas não nos sentimos representados minimamente nas ações da Apifarma. Não éramos ouvidos, não tínhamos independência, não éramos reconhecidos enquanto grupo”, apontou.

Para Jorge Moreira da Silva a criação desta nova associação vai permitir “falar com toda a gente”, defendendo “o setor do medicamento veterinário”.

“A nova associação permite-nos ter uma voz própria e não estar dependente de uma direção que congrega medicamentos humanos, medicamentos veterinários e outra coisa. Neste momento podemos defender muito melhor o setor do medicamento veterinário. Podemos falar com toda a gente, antes só tínhamos acesso até ao diretor-geral [da Apifarma], agora somos nós Apifvet que vamos a todo o lado”, esclareceu.

Parlamento
O parlamento aprovou hoje em votação final global um diploma que resultou de uma iniciativa do CDS-PP para salvaguardar os...

O texto final apresentado pela comissão parlamentar de Saúde, que prevê ainda um conjunto de direitos dos familiares daqueles doentes, foi aprovado com os votos favoráveis do PSD e do CDS-PP e a abstenção das restantes bancadas.

Em matéria de informação e de tratamento, os doentes em fim de vida têm direito, com o seu consentimento, a receber informação sobre a natureza da sua doença, o prognóstico estimado e os diferentes cenários clínicos, bem como os tratamentos disponíveis.

O diploma estabelece que os doentes têm direito a “participar ativamente no plano terapêutico a aplicar, “podendo recusar, mediante consentimento informado, tratamentos previstos” na lei.

A “contenção física” dos sintomas, com “recurso a imobilização e restrição física”, terá “caráter excecional, não prolongado, e depende da prescrição médica e de decisão da equipa” médica.

Prevê-se que os doentes em fim de vida têm direito a não ser alvo de medidas que “prolonguem ou agravem de modo desproporcionado o seu sofrimento” e que os doentes têm direito a “dar o seu consentimento” para as intervenções clínicas de que sejam alvo.

Este consentimento deve ser “prestado por escrito” no caso de intervenções de natureza mais invasiva ou que “envolvam maior risco para o bem-estar dos pacientes” e é “obrigatoriamente por escrito e perante duas testemunhas quando “estejam em causa intervenções que possam pôr em causa a vida do doente”.

O diploma estabelece que as pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida “têm direito a receber através do Serviço Nacional de Saúde cuidados paliativos, com o âmbito e pela forma previstos na Lei de Bases dos Cuidados Paliativos”.

O diploma prevê que as pessoas com prognóstico de vida estimado de semanas ou de dias, com sintomas de sofrimento não controlado, têm direito a receber sedação paliativa e têm também direito, “nos últimos dias de vida” a recusar alimentação ou a prestação de determinados cuidados de higiene pessoal, “respeitando, assim o processo natural e fisiológico da sua condição clínica”.

Assembleia da República
A Assembleia da República aprovou hoje três projetos de resolução para instituir 15 de junho como Dia Nacional da Doença de...

O texto apresentado pelo PSD, consagrando a data e recomendando medidas de redução do impacto da doença apenas teve votos contra de BE e PCP no seu ponto 2.1, o qual versava sobre técnicas de procriação medicamente assistida para portadores da doença genética e previa, "se necessário", o "recurso a centros privados autorizados para técnicas de reprodução".

A doença de Huntington, provocada pela perda de células cerebrais, tem como principais sintomas movimentos corporais involuntários, afetando capacidades cognitivas, equilíbrio emocional e motricidade.

A resolução do BE referia-se especificamente à possibilidade de as pessoas com doença de Huntington poderem aceder ao diagnóstico genético pré-implantação (DGPI) e efetuar três tentativas de gravidez no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal como sucede com as pessoas com diagnósticos de infertilidade, e não apenas as atuais duas tentativas.

O texto do PCP, pela maior acessibilidade à saúde destes doentes, também focava o reforço do SNS "com os meios humanos, técnicos e materiais necessários para diminuir o tempo de resposta para realizar o DGPI", tendo o CDS-PP sido o único partido a abster-se nos pontos referentes ao DGPI, tanto da proposta comunista como da bloquista.

 

Estudo
Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge identificou 815 portugueses, 275 dos quais crianças, com...

O Estudo Português de Hipercolesterolemia Familiar (EPHF), cujos dados foram divulgados hoje no VI Simpósio da Rede Iberoamericana de Hipercolesterolemia Familiar, que decorre até sábado em Lisboa, teve início em 1999 com o objetivo de identificar a causa genética desta doença em famílias com um diagnóstico clínico de FH, tendo implementado o diagnóstico genético desta doença em Portugal.

Até agora, o estudo conseguiu identificar cerca de 4,5% (815) dos 20 mil portugueses que devem ter esta doença (com base numa prevalência de 1/500), estando todos a receber aconselhamento e tratamento de acordo com a sua patologia, adianta o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) em comunicado.

Segundo o instituto, “esta situação de subdiagnóstico é semelhante em todos os países e, apesar da baixa percentagem, Portugal está no top 10 dos países com mais casos identificados”.

O colesterol total médio encontrado nos doentes portugueses referenciados ao EPHF é de cerca de 300 mg/dL, enquanto o colesterol LDL é cerca de 220 mg/dL, valor semelhante ao encontrado em outros países, sendo que cerca de 25% destes doentes (36% dos homens, 16% das mulheres) já apresentam doença cardiovascular precoce (antes dos 60 anos) quando são referenciados para o estudo.

Em cerca de 60% dos portugueses estudados não foi possível encontrar a causa genética de sua hipercolesterolemia, refere o estudo, financiado por várias entidades públicas e privadas.

"As ferramentas de laboratório melhoraram significativamente nos últimos 20 anos e neste momento estamos mais capazes do que nunca de identificar adequadamente esses doentes", diz Mafalda Bourbon, coordenadora deste estudo.

A investigadora do INSA adianta que “a maioria dos países já demonstrou ter a capacidade de realizar o diagnóstico genético da FH, pelo que a existência de um rastreio em larga escala seria extremamente importante para melhorar a identificação e prognóstico dos doentes com FH".

"Há vários tratamentos farmacológicos que demonstraram ser eficazes na redução do alto risco cardiovascular nestes doentes, mas é importante adequar o tratamento à patologia sendo por esta razão importante o teste genético”, defende Mafalda Bourbon, adiantando que “a implementação de todas estas medidas pode mudar a vida dos doentes com FH, aumentando a sua esperança e qualidade de vida".

Esta doença leva ao aparecimento de aterosclerose e doenças cardiovasculares precoces e vários estudos indicam que doentes com idades entre os 20 e os 39 anos têm um risco cerca de 100 vezes superior de sofrerem um evento coronário do que a população em geral.

Apesar de estar presente desde o nascimento, não apresenta sintomas até aos 30-40 anos, altura em que a doença cardiovascular aparece. “Se não forem tratados, 50% dos homens terão o seu primeiro ataque cardíaco antes dos 50 anos e as mulheres antes dos 55 anos”, salienta o INSA.

O instituto refere que “o diagnóstico molecular é a única forma de confirmar a suspeita clínica da doença, daí a sua importância”.

Saúde da Mulher
Durante o período de gestação, o aumento do peso corporal pode alterar a forma como as mulheres cami

Grande parte das mulheres grávidas apresentam sintomas de cãibras e aparecimento de varizes, bem como a alteração da sua postura, o aumento de pressão sobre os joelhos e pés, e a ocorrência de retenção de líquidos. Dois dos problemas mais comuns nos pés durante a gravidez são a pronação excessiva (abatimento do arco) e o edema, os quais podem conduzir a uma dor na planta dos pés e do calcanhar.

Existem, no entanto, medidas que podem ser tomadas para evitar ou minimizar estes problemas, de maneira a que o período de gestação seja o mais confortável e indolor possível. Assim, poderá adotar pequenos hábitos que farão a diferença ao final do dia, tais como:

  • Caminhar com calçado que envolva toda a planta do pé, para melhorar o apoio e, se possível, para evitar entorses;
  • Cortar as unhas de forma reta e evitar retirar as cutículas, uma vez que estas podem impedir o aparecimento de fungos ou outras infeções;
  • Fazer massagens circulares nos pés e pernas e aplicar cremes específicos para diminuir o inchaço e o desconforto;
  • Elevar as pernas durante o dia para aliviá-las do cansaço e inchaço;
  • Utilizar meias de descanso, para facilitar a circulação sanguínea;
  • Apoiar os pés num banquinho, enquanto estiver sentada;
  • Aplicar diariamente um creme hidratante que melhore a elasticidade da pele e previna a secura e endurecimento, que podem levar ao desenvolvimento de calos e calosidades;
  • Praticar desporto de forma moderada, como natação ou caminhadas, de maneira a melhorar a circulação e o fortalecimento muscular.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Apoiar associação Acreditar
Mais de 100 fotógrafos participam na iniciativa "Uma Imagem Solidária", a partir de quinta-feira, que visa angariar...

No ano passado, através da fotografia, a iniciativa “#UmaImagemSolidária” angariou cerca de 9.000 euros em donativos para os Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, e volta a acontecer este ano, com objetivo de apoiar a associação Acreditar.

A exposição das fotografias é inaugurada na próxima quinta-feira, no Museu das Comunicações, em Lisboa, e está patente até à segunda-feira seguinte.

“Contamos uma vez mais com o apoio de todos, para tornar esta iniciativa uma realidade e alcançar o sucesso que as crianças merecem”, disse à agência Lusa o fotojornalista António Cotrim, que coordena a iniciativa, com o fotojornalista Paulo Guerrinha e o fotógrafo Carlos Almeida.

“São estes heróis que nos dão também uma grande lição de vida. Perdem anos da sua infância nesta batalha, mas mantêm a esperança no olhar. Não é uma obrigação, é um estímulo para nós ajudar e contribuir para que esta associação possa continuar a funcionar e a dar algum conforto às crianças e famílias que dela dependem”, disse Cotrim.

“Uma Imagem Solidária” junta fotojornalistas e fotógrafos amadores, e os donativos pela aquisição das fotografias revertem para a Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, “para que seja possível continuarem a apoiar as crianças e famílias que sofrem com esta doença”.

A iniciativa este ano convidou para sua embaixadora a criadora de moda Fátima Lopes, e outra novidade é a participação de fotojornalistas fora de Portugal, nomeadamente de Macau.

O tema das fotografias é livre e, entre os nomes que já garantiram a sua presença, além de Cotrim, estão Mário Cruz, Patrícia Melo Moreira, Rodrigo Cabrita, Leonardo Negrão, António Homem Cardoso, Rui Palha, Rui Caria e Gonçalo Lobo Pinheiro.

A base de partida para cada fotografia é de 20 euros, disse o fotógrafo, referindo que este ano “todas as fotografias são emolduradas”.

"Vinte euros não paga a foto nem a moldura, mas é uma forma de todos podermos ser solidários", acrescentou.

“Este ano, as fotografias não terão identificado o seu autor, de forma visível, a identificação está colocada na parte de trás e só depois de feito o donativo, é que quem o faz fica a saber”, explicou, apelando uma participação significativa, "que ultrapasse o monte do ano anterior".

António Cotrim, fotojornalista da agência Lusa, adiantou que “#UmaImagemSolidária” é já "uma marca registada", que vai ter uma regularidade anual, sempre com objetivos solidários.

"Em cada ano vamos renovar os participantes e a quem se destina a doação, mantendo sempre como mote a solidariedade, acreditando que vamos contar com cada vez mais apoio", declarou.

A organização da iniciativa, que conta com o apoio da Colorfoto (impressões) e da EasyGest Mediação Imobiliária, tem previsto entregar os donativos à Acreditar no próximo dia 01 de junho, Dia Mundial da Criança.

No ano passado, a iniciativa, que se realizou em Lisboa e no Porto, reuniu 234 fotojornalistas e outros fotógrafos profissionais.

Esteja atento aos sinais
“Habito num 2º andar sem elevador e desde há algum tempo canso-me muito a subir.

A IC é uma síndroma frequente esperando-se um crescimento rápido do número de doentes nos anos vindouros. Trata-se de um quadro complexo, que implica uma séria deterioração da qualidade de vida, potencialmente fatal e ainda largamente desconhecido pela população. A sua frequência é mais facilmente apreendida conhecendo alguns números: é a única síndroma cardiovascular cuja prevalência está a aumentar, afetando cerca de 4,5% da população geral, mais de 10% da população com mais de 70 anos e mais de 16% acima dos 80 anos. As projeções apontam para cerca de 400 mil portugueses com este diagnóstico já em 2018, com um crescimento exponencial nos próximos anos. É também uma das causas mais frequentes de internamento hospitalar e os custos envolvidos ascendem em Portugal às centenas de milhões de euros anuais.

A sua complexidade resulta do facto de na sua génese e desenvolvimento estarem implicados vários mecanismos, centrais na regulação de vários órgãos e sistemas vitais do nosso organismo e que, por se encontrarem hiperativos neste contexto, deixam de ter um efeito compensador para assumir um papel facilitador da progressão da doença.

Quanto ao prognóstico, trata-se de uma condição com uma mortalidade a 5 anos próxima dos 50%, superior à de muitas neoplasias malignas. Nalguns doentes a mortalidade pode atingir mesmo os 50% anuais. Não raramente, a morte sobrevém de forma súbita, inesperada e brutal. Paradoxalmente, a morte súbita tende a ser mais frequente nos doentes que se encontram menos sintomáticos.

Os fatores predisponentes mais relevantes na população e que, por isso, devemos evitar ou, se tal já não for possível, controlar da forma mais rigorosa possível são a hipertensão arterial, a doença coronária, a diabetes, hipercolesterolémia, o tabagismo e a obesidade.

Por tudo isto é importante que, perante a suspeita, se procure rapidamente confirmar ou excluir este diagnóstico. Para além de uma observação cuidada, o seu médico irá pedir-lhe vários exames complementares onde se incluem, em primeira linha, análises, um ECG, Rx tórax e um ecocardiograma. O ecocardiograma assume um papel particularmente relevante não só na confirmação do diagnóstico, mas também na identificação de algumas causas e na definição do tipo de Insuficiência Cardíaca. A informação fornecida por este exame tem valor prognóstico e é fundamental na seleção de candidatos à implantação de dispositivos que visam evitar a morte súbita.

Confirmado o diagnóstico, o seu médico irá ensinar-lhe medidas simples mas muito importantes para o manter compensado e alguns sinais precoces de instabilização por forma que se tente evitar o recurso ao hospital. Por exemplo, será enfatizada a necessidade de restrição de sal, bem como a importância de uma monitorização, pelo menos semanal, do peso corporal. Naturalmente, vão-lhe ser prescritos vários medicamentos diferentes. Estes medicamentos visam não só aliviar sintomas mas também modificar o curso da doença pois foi demonstrado que reduzem o risco de morte e de internamento. Deve por isso tomá-los de forma continuada e sempre de acordo com as indicações do seu médico.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Comissão de Ambiente
As novas regras para prevenção e combate à 'legionella' são hoje votadas na Assembleia da República, num texto final,...

O texto conseguido no início de abril repõe as fiscalizações obrigatórias a equipamentos a cada três anos e teve como ponto de partida uma proposta de lei do Governo, depois alterada de modo a integrar as propostas apresentadas em projetos de lei pelo BE, PCP, partido Pessoas, Animais e Natureza (PAN) e Partido Ecologista os Verdes (PEV).

O texto final é apresentado pela Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação e é relativo nomeadamente aos projetos de lei do BE que estabelece a obrigatoriedade de auditorias aos sistemas com eventuais impactos na qualidade do ar exterior, em particular à pesquisa de presença de colónias de 'legionella', e à qualidade do ar interior.

Outras propostas que serviram de base ao grupo de trabalho que conseguiu este consenso são do PAN, visando a reintrodução da obrigatoriedade da fiscalização periódica da qualidade do ar interior e exterior nos edifícios de serviços que possuam sistemas de climatização, e do PCP, para o estabelecimento das condições para a criação do Programa de Prevenção Primária e Controlo da Bactéria Legionella.

Em abril, Jorge Costa, coordenador do grupo de trabalho constituído no âmbito da comissão parlamentar de Ambiente para propor um novo enquadramento legal para a prevenção e combate à ‘legionella’, explicava que o texto obtido resultou num projeto que, "essencialmente, constitui uma estratégia de prevenção e combate" à bactéria.

Esta define um programa de prevenção "a partir da articulação de entidades públicas em torno da Direção-Geral da Saúde (DGS), que define uma política de fiscalização que retoma com uma periodicidade de três em três anos as inspeções periódicas obrigatórias por uma entidade externa - como existiam na legislação que o Governo anterior revogou - e define também uma política para enfrentar surtos”, disse Jorge Costa.

O coordenador do grupo de trabalho afirmou que “o eixo desta lei” passa a ser a fiscalização dos equipamentos, que obriga as “entidades públicas e privadas a uma manutenção” com “regras apertadas” não só aos equipamentos de climatização ou tratamento de ar interior, mas também os que sofrem impacto do ar exterior.

Em janeiro, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, anunciou que o Governo tinha elaborado um diploma para prevenir surtos de infeção causados pela bactéria ‘legionella’, como os de Vila Franca de Xira e Lisboa, que prevê auditorias trienais e sanções acima dos 40 mil euros em caso de incumprimento.

A ideia, segundo o ministro, era ter uma nova legislação que reunisse os contributos de Governo e partidos.

A 01 de março, o Conselho de Ministros aprovou a proposta de lei que estabelece o regime de prevenção e controlo da doença dos legionários, provocada pela bactéria ‘legionella', propondo "um conjunto de procedimentos relativos à instalação, ao uso e à manutenção de redes, sistemas e equipamentos nos quais a ‘legionella' é capaz de proliferar e disseminar".

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros então divulgado, "os responsáveis por equipamentos de maior risco (torres de arrefecimento, equipamentos industriais de utilização intensiva que usem água, etc.) ficam sujeitos a obrigações de registo, planos de prevenção e auditorias trienais".

"Para os equipamentos de menor risco (piscinas, termas, fontes, redes prediais de água quente, etc.), há obrigações atenuadas: planos de prevenção ou apenas manutenção/limpeza", lia-se na nota.

Após demissão do presidente
O Ministério Público divulgou hoje que se encontra “a decidir” se, no âmbito das suas competências, irá realizar uma auditoria...

“O Ministério Público encontra-se a recolher elementos com vista a decidir se há procedimentos a desencadear no âmbito das respetivas competências”, informa aquele órgão.

O presidente demissionário da ADSE, Carlos Liberato Baptista, pediu à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) uma auditoria ao tempo em que presidiu ao subsistema de saúde dos funcionários públicos.

A informação foi confirmada na quarta-feira pelo próprio à agência Lusa, escusando-se o mesmo responsável a adiantar pormenores ou a responder a outro tipo de questões.

Carlos Liberato Baptista demitiu-se na segunda-feira do cargo de presidente da ADSE, onde estava desde janeiro de 2017, alegando “motivos pessoais”.

Na terça-feira, a TVI divulgou uma notícia que envolve Liberato Baptista num alegado esquema de desvio de fundos e favorecimento de empresas.

Segundo a TVI, que cita uma auditoria interna, foram detetadas irregularidades na gestão de Liberato Baptista enquanto administrador da Associação de Cuidados de Saúde da Portugal Telecom, a PT ACS.

De acordo com aquela estação televisiva, enquanto Liberato Baptista foi administrador, a associação detinha oito centros clínicos, dois núcleos de estomatologia e um de oftalmologia, distribuídos por todo o país, alcançando 42.000 beneficiários.

A auditoria, que segundo a TVI nunca foi denunciada às autoridades, concluiu que foram detetadas irregularidades graves em 40 dos 50 fornecedores e prestadores de serviços à associação, existindo, alegadamente, empresas fantasmas que não comprovaram a prestação dos serviços.

Estudo
Uma equipa internacional de cientistas, incluindo o português José Feijó, descobriu que as células das plantas comunicam a...

O estudo é tema de capa da edição impressa desta sexta-feira da revista científica Science e foi coordenado por José Feijó, investigador da universidade norte-americana de Maryland, que começou a pesquisa quando ainda trabalhava no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC).

Em declarações, o investigador disse que o estudo permite compreender melhor a defesa das plantas contra infeções, a sua reprodução e a sua resposta ao 'stress' ambiental, que poderá conduzir "a melhores estratégias de adaptação às alterações climáticas".

Para este trabalho, os cientistas usaram células de pólen da "Arabidopsis thaliana", uma pequena planta herbácea com flor nativa da Europa e da Ásia habitualmente utilizada nos laboratórios como modelo para estudos de biologia de plantas.

A equipa de investigação descobriu que os recetores de glutamato, que são proteínas, "têm um papel essencial na comunicação nas células das plantas", ao regularem os "níveis de iões de cálcio que existem dentro da célula", refere o IGC em comunicado.

Os iões de cálcio são fundamentais para "a resposta a 'stress' ambiental, como o provocado por alterações climáticas, e para a imunidade a infeções causadas por insetos ou fungos", adianta o IGC.

Os recetores de glutamato existem nos animais, mas, de acordo com os cientistas, desempenham uma função diferente dos das plantas, apesar de, em ambos os organismos, estas proteínas deixarem entrar cálcio para dentro da célula e, deste modo, permitirem "transmitir informação entre células", segundo José Feijó.

Nos animais, os recetores interferem apenas na comunicação entre neurónios (células cerebrais) "ajudando na transmissão dos sinais nervosos de um neurónio para outro".

"Parte da sua função consiste em permitir que o cálcio entre dentro dos neurónios para que o sinal nervoso seja comunicado", precisa o IGC, acrescentando que, se os recetores de glutamato não funcionarem corretamente, podem surgir problemas cognitivos ou neurodegenerativos.

Nas plantas, que não têm sistema nervoso, tais recetores, sinalizados em vários compartimentos da célula e cuja atividade é regulada por outras proteínas, têm um papel ao nível da reprodução, do crescimento e da imunidade contra doenças e pragas, além de permitir a propagação de estímulos elétricos.

"Quase todas as plantas têm mais tipos de recetores de glutamato que todo o nosso sistema nervoso, e esse facto sugere que sejam importantes para muitas funções", assinalou José Feijó.

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