Em 2017
O lucro consolidado da José de Mello Saúde totalizou 22,8 milhões de euros no ano passado, uma descida de 1,1 milhões de euros...

“Como reflexo do forte investimento ocorrido durante o ano de 2017, e consequente aumento dos custos financeiros, os resultados financeiros foram negativos em 10,5 milhões de euros (um agravamento 1,6 milhões face a 2016). Desta forma, o resultado líquido da José de Mello Saúde foi de 22,8 milhões de euros, um decréscimo anual de 1,1 milhões de euros (-4,6%), face a 2016”, lê-se no relatório divulgado na segunda-feira à noite.

No ano passado, os proveitos operacionais atingiram 637,4 milhões de euros, um crescimento de 8,7% face a 2016.

Na atividade privada, o aumento foi de 9,9% relativamente ao ano anterior, totalizando 408 milhões de euros, enquanto no setor público os proveitos operacionais foram de 227 milhões de euros, mais 4,4% face ao ano anterior.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 72,0 milhões de euros, mais 5,3% face a 2016, “resultado do crescimento da atividade assistencial”, refere a José de Mello Saúde.

O investimento consolidado da José de Mello Saúde foi de 203 milhões de euros em 2017.

“O investimento mais relevante ascendeu a 143 milhões de euros e deveu-se à aquisição dos imóveis explorados pela José de Mello Saúde, pertencentes ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial”, refere a empresa.

Além disso, afirma a José de Mello Saúde, foram ainda investidos 16 milhões de euros na aquisição de quatro sociedades que prestam cuidados de saúde nas regiões de Almada, São João da Madeira e Coimbra, e numa outra sociedade detentora de um imóvel na região de Sintra.

O investimento de expansão, quer em termos orgânicos com as obras de expansão do Hospital CUF Descobertas, Hospital CUF Torres Vedras e Hospital CUF Santarém, quer em termos geográficos com a abertura da Clínica CUF Almada e da construção do Hospital CUF Tejo, totalizou 31 milhões de euros.

Em 2017, a José de Mello Saúde registou mais de 2,4 milhões de consultas (aumento de 10,2% face a 2016) e foram operados cerca de 92,8 mil doentes (+7,5%), tendo-se registado aproximadamente 75,2 mil doentes saídos do internamento (+2%).

“Verificou-se, ainda, um ligeiro aumento nos partos realizados nas unidades da José de Mello Saúde, tendo sido este aumento de 0,9% relativamente ao ano anterior”, lê-se no relatório.

Nos hospitais geridos em regime de parceria público privada (PPP) registaram-se cerca de 596 mil consultas (+3,4% face a 2016), operaram-se 39,9 mil doentes (+4,0%). O número de doentes saídos do internamento recuou 2% para os 39,2 mil.

A 31 de dezembro de 2017, a dívida líquida financeira situava-se em 338,6 milhões de euros, mais 183,7 milhões de euros face ao final do ano anterior, “refletindo o investimento feito durante 2017”.

O capital social da José de Mello Saúde é detido pela José de Mello Capital (65,85%), pela Fundação Amélia de Mello (4,15%) e pela Farminveste (30%).

Sarampo
As autoridades de saúde têm em investigação 28 casos de sarampo no surto da região Norte, mas há mais de 15 dias que não se...

Segundo um boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) datado de segunda-feira, há 28 casos em investigação. Dos 109 casos confirmados, todos os doentes estão curados.

Do total de casos confirmados, apenas um foi em crianças e a maioria (quase 80%) afetou profissionais de saúde e sobretudo com ligação ao hospital de Santo António, no Porto.

Durante o surto, que começou em fevereiro, foram analisados até hoje 282 casos que se revelaram negativos.

O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra.

A Direção-Geral da Saúde recomenda aos portugueses que verifiquem o seu boletim de vacinas e se vacinem caso seja necessário e para ligaram para 808 24 24 24 se estiveram em contacto com um caso suspeito de sarampo e se tiver dúvidas.

Segundo a DGS, em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso.

Quem já teve sarampo está imunizado e não voltará a ter a doença.

A vacina contra o sarampo faz parte do Programa Nacional de Vacinação, que deve ser administrada aos 12 meses e aos cinco anos.

Ministério da Saúde
O presidente da ADSE, Carlos Liberato Baptista, apresentou segunda-feira a renúncia ao cargo por motivos pessoais, mantendo-se...

Segundo avançou o jornal Público, Carlos Liberato Baptista apresentou segunda-feira a demissão do cargo que ocupava desde janeiro de 2017 no instituto que gere o sistema de assistência na doença dos funcionários e aposentados do Estado.

Fonte do Ministério da Saúde confirmou que a renúncia ao cargo do presidente do conselho diretivo da ADSE, acrescentando que Carlos Liberato Baptista alegou razões pessoais, que foram aceites pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Carlos Liberato Baptista manter-se-á em funções até ser substituído, acrescentou a mesma fonte.

A saída do presidente da ADSE ocorre numa altura em que a nova tabela de preços dos beneficiários do instituto público continua na agenda pública.

Desde o início de abril deste ano que a nova tabela de preços a pagar aos prestadores de cuidados de saúde aos beneficiários da ADSE está em vigor, após meses de negociações com os operadores e uma adenda com 15 alterações.

A decisão desagradou aos hospitais privados, que afirmam que os beneficiários da ADSE vão pagar mais se recorrerem aos serviços de urgência e insistem que não há razão para “protelar a incorporação” na tabela de vários temas que as partes “definiram como essenciais”.

Em 2017
O lucro da Luz Saúde recuou 2% em 2017, para 17 milhões de euros, em comparação com o ano anterior, foi segunda-feira...

Conforme indica o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no período de referência, a dona do hospital da Luz registou 53,7 milhões de euros de EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações), menos 3,1% do que em igual período do ano anterior.

A receita, por sua vez, subiu 7,3%, em comparação com 2016, para 483,8 milhões de euros.

Por segmento, nos cuidados de saúde privados a Luz Saúde obteve rendimentos operacionais de 382,9 milhões de euros e no segmento público 97,3 milhões de euros.

O crescimento obtido no setor de cuidados de saúde privados foi “impulsionado, principalmente, pela aquisição das duas unidades na Madeira, pela aquisição do British Hospital em Lisboa, pelo processo de ‘turnaround’ no Hospital da Luz – Guimarães (aquirido em 2016) e pelo crescimento orgânico nas unidades existentes, ainda que condicionado por restrições de capacidade, sobretudo nas unidades da região de Lisboa”, explicou o grupo.

Por sua vez, o segmento centro corporativo registou uma receita de 17,3 milhões de euros em 2017 e as outras atividades representaram 15,1 milhões de euros.

Face ao resultado obtido, a Luz Saúde propõe a distribuição de lucros a colaboradores e administradores executivos no montante máximo de 630 mil euros.

A Luz Saúde adianta ainda que, em 2018, irá manter “o enfoque em alavancar a elevada procura que se verifica pelos seus serviços no segmento privado de cuidados de saúde […], através da melhoria contínua da utilização da capacidade instalada”.

“Em simultâneo, a empresa prosseguirá os planos de expansão da sua capacidade instalada, nomeadamente na duplicação da capacidade instalada do Hospital da Luz de Lisboa e no desenvolvimento de um novo hospital em Vila Real”, adiantou.

Em 13 de abril, a Luz Saúde informou o mercado que deliberou em assembleia-geral a saída de bolsa da empresa.

“A Luz Saúde informa que, na assembleia geral extraordinária hoje [13 de abril] realizada, foi deliberada pelos senhores acionistas a perda de qualidade da sociedade aberta”, lê-se no comunicado enviado à CMVM na altura.

O Grupo Luz Saúde presta os seus serviços através de 29 unidades - onde se incluem 12 hospitais privados, um hospital do SNS explorado pela Luz Saúde em regime de Parceira Público-Privada (PPP), 14 clínicas privadas a operar em regime de ambulatório e duas residências sénior - e está presente nas regiões Norte, Centro, Centro-Sul de Portugal Continental e na Madeira, segundo a informação disponível na sua página na internet.

Ministro
O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, disse segunda-feira que vão ser estudadas “todas as soluções possíveis” para o...

“Posso garantir que vão ser estudadas todas as hipóteses para dar o melhor uso a estas instalações e encontrar uma solução, que não pode ser aquela que em 2015 foi pensada”, precisou Azeredo Lopes, após questionado sobre qual vai ser o futuro a dar ao antigo hospital militar de Belém.

O governo decidiu revogar a cedência de utilização daquele espaço à Cruz Vermelha Portuguesa, segundo prevê um despacho conjunto dos secretários de Estado do Tesouro e da Defesa Nacional.

O ministro falava aos jornalistas à margem da cerimónia de entrega do estandarte nacional à força de fuzileiros que parte em maio para uma missão da NATO na Lituânia.

Azeredo Lopes disse que a decisão de revogar a cedência de utilização, que tinha sido aprovada em 2015 por 25 anos, “extrai as consequências de uma ação administrativa que foi interposta por estruturas organizadas dos militares”.

O despacho de cedência à Cruz Vermelha, que não chegou a ser concretizado, tinha sido assinado em setembro de 2015, pelo anterior governo, por um prazo de 25 de anos e mediante a contrapartida de um investimento de 8,5 milhões de euros.

“Importa travar a inevitável degradação a que o imóvel está sujeito pelo facto de se encontrar devoluto, agravada pela incapacidade de suporte dos avultados custos associados à sua conservação e manutenção”, segundo o documento, a que a Lusa teve acesso.

A ideia era ali instalar uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados e uma Residencial Sénior, de acordo com o despacho que autorizou a cedência à CVP, no âmbito da reorganização das estruturas da Saúde Militar e da criação de um hospital único, o Hospital das Forças Armadas, que supunha a rentabilização dos outros hospitais militares.

Contudo, em janeiro de 2016, uma ação popular interposta em janeiro de 2016 pela Associação dos Militares na Reserva e na Reforma (ASMIR) contestou a validade da decisão e a futura cedência de utilização à CVP, suspendendo todo o processo.

Segundo o despacho, a Cruz Vermelha foi consultada e concordou com a revogação, uma vez que ainda não tinha sido formalizado o “auto de cedência” nem se perspetivava quando tal pudesse acontecer.

Em despacho conjunto, os secretários de Estado do Tesouro, Álvaro da Costa Novo, e da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, determina-se a revogação da cedência autorizada em 2015, "em virtude da ação administrativa interposta pela Associação dos Militares na Reserva e na Reforma e outros".

Doença rara
A Assembleia da República debate hoje uma petição e dois projetos de resolução para criar um dia dos doentes de Huntington, uma...

"A família primeiro e a sociedade, depois, ostracizam estes doentes, que ficam esquecidos em hospitais psiquiátricos, sem diagnóstico, e muitas vezes transformam-se em indigentes, vivendo em enorme sofrimento", ilustra a Associação Portuguesa de Doentes de Huntignton no texto da petição.

A associação, PSD e PCP pretendem que seja dada mais atenção, cuidados e condições de atendimento aos doentes nas unidades do Serviço Nacional de Saúde, e 15 de junho é apontada como a data para criar o Dia Nacional da Doença de Huntington. O dia 15 de junho é dia de São Vito, que viveu no final do século III e se tornou padroeiro dos epiléticos e dos doentes afetados por coreia, que se caracteriza por movimentos involuntários.

A doença de Huntington ataca o sistema nervoso e provoca sintomas como perda de memória, movimentos involuntários bruscos, depressão, rigidez muscular e agressividade.

O PSD reconhece ainda que os doentes de Huntington são discriminados quando tentam obter atestados médicos de incapacidade multiuso, uma vez que "muitos clínicos" que fazem juntas médicas não sabem reconhecer e diagnosticar a doença.

Os sociais-democratas querem que sejam criadas unidades de apoio para os doentes para melhorar a sua qualidade de vida e "possibilitar cuidados dignos em fim de vida" com internamento e ambulatório.

Como a doença de Huntignton tem 50 por cento de probabilidade de passar para os descendentes, o PSD propõe que seja garantido aos doentes acesso ao diagnóstico genético pré-implantação quando se usem técnicas de procriação medicamente assistida.

O PCP também defende que os doentes tenham "todos os tratamentos de que necessitam", propõe campanhas de sensibilização dos médicos e da sociedade em geral e pede apoio psicológico para os familiares de doentes.

A associação de doentes salienta que "não é comercializado nenhum medicamento específico" para esta doença rara e que "a investigação em novas formas de tratamento é escassa".

A doença costuma surgir entre os 30 e os 50 anos mas pode surgir mais cedo, apresentando uma esperança média de vida entre os 10 e os 15 anos.

O impacto da doença sente-se entre famílias, amigos, cuidadores.

Muitas vezes, os sintomas são confundidos com alcoolismo e não se faz diagnóstico correto, indica a Associação.

Estudo
Cientistas sugerem que o apetite das bactérias por antibióticos pode ser a chave para a limpeza dos solos e água contaminados...

Uma equipa de investigadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, quis perceber por que razão algumas bactérias que vivem no meio ambiente resistem aos antibióticos e, ao mesmo tempo, alimentam-se deles.

Segundo os autores do estudo, publicado na revista Nature Chemical Biology, a compreensão dos passos envolvidos na conversão de um antibiótico em alimento para as bactérias pode ajudar a encontrar um mecanismo para eliminar restos de antibióticos do solo e dos cursos de água e travar a disseminação da resistência bacteriana a estes fármacos.

Os especialistas lembram que a contaminação do meio ambiente com antibióticos promove a resistência a estes medicamentos e limita a capacidade de tratamento de infeções bacterianas.

As bactérias partilham facilmente material genético e, quando os antibióticos se infiltram na água e no solo, em resultado do desperdício gerado pela atividade pecuária ou farmacêutica, as bactérias respondem aos antibióticos espalhando os genes da resistência desenvolvida a estes medicamentos a outras bactérias.

A Universidade de Washington salienta, em comunicado, que na Índia e na China, que produzem a maioria dos antibióticos consumidos no mundo, os laboratórios despejam lixo com restos de antibióticos em cursos de água.

Nos Estados Unidos, adianta a instituição, criadores de gado adicionam antibióticos à ração dos animais para que estes cresçam mais depressa, dando origem a resíduos com estes medicamentos.

A equipa de cientistas estudou quatro espécies de bactérias do solo que cresceram sob uma dieta rica em penicilina, o primeiro antibiótico usado na medicina, mas ao qual as bactérias ganharam resistência.

Os investigadores descobriram três conjuntos de genes distintos que ficaram ativos quando as bactérias consumiam penicilina e inativos quando consumiam açúcar.

As três séries de genes correspondem aos três passos seguidos pelas bactérias para transformarem um composto letal como o antibiótico numa refeição.

De acordo com os autores do artigo, as quatro bactérias analisadas começam por neutralizar a parte tóxica da penicilina antes de comerem a porção 'saborosa' do antibiótico.

Os cientistas acreditam que bactérias como a intestinal 'E. coli' podem ser potencialmente modificadas, com técnicas de engenharia genética, para se alimentarem de antibióticos que contaminam água e solos.

No estudo, a 'E. coli', que habitualmente necessita de açúcar para sobreviver, cresceu com uma dieta sem açúcar mas rica em penicilina, depois de lhe terem sido feitas algumas modificações genéticas e adicionada uma determinada proteína (cuja identidade e funcionalidade não é mencionada no comunicado da Universidade de Washington).

Estudo
Manter na vida adulta cinco hábitos saudáveis, relacionados com a dieta, exercício regular, peso, pouco álcool e nenhum tabaco,...

O estudo foi liderado por investigadores da Escola de Saúde Pública da universidade norte-americana de Harvard e concluiu que também as probabilidades de cancro ou doenças cardiovasculares descem consideravelmente.

Publicado hoje na revista académica Circulation, o estudo é a primeira análise abrangente do impacto da adoção de um estilo de vida saudável na expectativa de vida dos norte-americanos, que têm uma esperança de vida das mais baixas no grupo dos países desenvolvidos do mundo.

Foram examinados 34 anos de dados sobre 78.865 mulheres e 27 anos de informação sobre 44.354 homens que participaram no estudo.

As cinco opções de vida saudável consideradas foram não fumar, baixo índice de massa corporal, pelo menos meia hora de atividade física moderada a vigorosa por dia, ingestão moderada de álcool e uma dieta saudável.

Esse estilo de vida faz com que os homens e mulheres que o seguem tenham menos 82% de probabilidade de morrer de doenças cardiovasculares e 65% menos de morrer de cancro, quando comparados com os que, nos 30 anos que decorreu o estudo, não tiveram hábitos saudáveis.

Para os participantes no estudo que não adotaram nenhum dos fatores de baixo risco os investigadores estimaram que a esperança de vida aos 50 anos era de mais 29 anos para as mulheres e mais 25,5 anos para os homens. Para os que adotaram os cinco hábitos saudáveis a esperança projetada foi de mais 43,1 anos para as mulheres e mais 37,6 para os homens.

Lidos de outra forma, os números indicam que as mulheres com um estilo saudável ganham mais 14 anos de vida e os homens mais 12 anos de vida.

Frank Hu, autor do estudo, disse que nos norte-americanos a adesão a hábitos saudáveis de vida é “muito baixa”.

Segundo os dados mais recentes das Nações Unidas um norte americano tem uma esperança de vida à nascença de 79,3 anos, das mais baixas dos países ocidentais. Em Portugal a esperança medida de vida é de 81,2 anos, sensivelmente idêntica à da Alemanha e abaixo da esperança de vida na Noruega, 81,7 anos.

Cuidados paliativos na pessoa com demência
A Alzheimer Portugal e a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos encerram este mês um acordo de colaboração, que tem como...

De acordo com José Carreira, Presidente da Alzheimer Portugal, “a gestão e acompanhamento do acordo, que serão feitos em conjunto, vão possibilitar uma maior eficácia no trabalho a realizar em prol do progresso dos Cuidados Paliativos no nosso país, seja através da definição de linhas orientadoras, ou da criação de condições para a partilha de conhecimento científico e clínico”.

De acordo com o Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), “importa, neste momento, aproximar os prestadores de cuidados paliativos das associações representativas de potenciais utilizadores, com a Alzheimer Portugal.”

Entre as ações propostas para os próximos três anos estão a manutenção dos mesmos direitos para os associados de cada associação, nomeadamente no valor das inscrições em atividades científicas organizadas pela associação congénere, ou a promoção de encontros que o intuito de partilhar conhecimento e experiência na área em questão.

A APCP é uma associação profissional, que congrega profissionais de múltiplas áreas e proveniências, que se interessam pelo desenvolvimento e prática dos cuidados paliativos. Fundada na Unidade do IPO do Porto em 1995, pretende ser um pólo dinamizador dos cuidados paliativos no nosso país e um parceiro privilegiado no trabalho com as autoridades responsáveis pelo desenvolvimento destes serviços.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica fiscalizou 25 centros de classificação e embalamento de ovos, tendo apreendido...

A operação, realizada a nível nacional, permitiu aos inspetores apreender 94 440 ovos, no valor de 6.228 euros, por falta de marcação do produto, omissão e incorreção nos mesmos de indicações obrigatórias e por falta de rastreabilidade.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) explica que, segundo a legislação, os consumidores, através de um código impresso nas embalagens e nos ovos, ficam a saber qual o país de origem do produto, em que condições foram criadas as galinhas e qual a zona de exploração de onde os ovos são originários.

Nesta ação foi dada especial atenção aos registos de rastreabilidade, por forma a averiguar, nos registos dos classificadores, por cada remessa/lote, a data de postura e respetiva data de durabilidade atribuída.

Instituto Nacional de Estatística
Portugal registou, em 2017, o valor mais baixo desde que há registo de óbitos de crianças com menos de 1 ano, segundo as ...

De acordo com os dados, registaram-se 226 óbitos de crianças com menos de 1 ano (menos 56 do que o registado em 2016).

A taxa de mortalidade infantil foi de 2,6 óbitos por mil nados vivos (3,2 em 2016), a segunda mais baixa observada em Portugal. O valor mais baixo desta taxa registou-se em 2010, com 2,5 óbitos infantis por mil nados-vivos.

No contexto da União Europeia, em 2016, ano para o qual existe informação mais recente, Portugal ocupava a 12.ª posição no ‘ranking’ dos países da UE28, com uma taxa de mortalidade infantil de 3,2‰, abaixo da média europeia que foi 3,6‰.

A estatística do Instituto Nacional de Estatística (INE) revela também que a população em Portugal diminuiu em 2017, pelo nono ano consecutivo, uma vez que o número de mortes continua a ser superior ao de nascimentos.

Em 2017, nasceram com vida (nados-vivos) 86.154 crianças de mães residentes em Portugal, menos 972 crianças relativamente ao ano anterior, o que representa um decréscimo de 1,1%.

Do total de nados-vivos, 44.072 eram do sexo masculino e 42.082 do sexo feminino.

Em 2017, a proporção de nados-vivos nascidos “fora do casamento” aumentou para 54,9% (52,8% em 2016 e 41,3% em 2010), representando, pelo terceiro ano consecutivo, mais de metade do total de nascimentos.

Do total de nascimentos, 65,4% diziam respeito a mães com idades entre os 20 e os 34 anos, 32,1% a mães com 35 e mais anos e 2,5% a mães com menos de 20 anos.

Entre 2010 e 2017, registou-se um decréscimo de 1,5 pontos percentuais (p.p.) na proporção de nascimentos cujas mães tinham idades inferiores a 20 anos e também um decréscimo de 8,8 p.p. na proporção de nascimentos relativos a mães com idades entre os 20 e os 34 anos de idade.

Em contrapartida, verificou-se um aumento de 10,3 p.p. na proporção de nados-vivos de mães com 35 e mais anos de idade.

Já no que respeita aos óbitos de pessoas residentes em território nacional os dados revelam que morreram 109.586 pessoas, representando uma redução de 0,9% (menos 987 óbitos) face a 2016.

Do total de óbitos, 54.987 foram de homens e 54.599 de mulheres.

A maioria dos óbitos ocorreu em idades avançadas: do total de óbitos de residentes em Portugal registados em 2017, 85% são respeitantes a pessoas com 65 anos e mais anos e mais de metade do total (58,6%) corresponderam a óbitos de pessoas com 80 e mais anos.

A mortalidade apresenta um padrão geral sazonal, com valores mais elevados nos meses de inverno e mais baixos na primavera e no verão.

Em 2017, o mês de janeiro foi aquele em que se verificou o maior número de óbitos, contrariamente ao ano anterior, em que o maior número de óbitos se registou no mês de dezembro.

Campanha “Corações de Amanhã” chega às universidades seniores
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular vai realizar em maio um conjunto de aulas abertas nas universidades...

“A realização desta ação nacional vai ao encontro da necessidade de contatarmos diretamente com os grupos de pessoas com maior risco de ter estenose aórtica, no sentido de os informar para os principais sintomas e os sensibilizar para a importância de um diagnóstico e tratamento precoce”, explica João Brum Silveira, presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC).

A estenose aórtica é uma doença que se carateriza pelo estreitamento da válvula aórtica, impedindo o correto fluxo sanguíneo para fora do coração. Frequentemente os sintomas desta doença (cansaço, dor no peito e desmaios) são desvalorizados pelas famílias portuguesas e o diagnóstico acaba por ser adiado, o que pode até ser fatal. A deteção atempada da estenose aórtica reduz as admissões hospitalares e representa tempo e qualidade de vida ganhos.

Agenda das aulas abertas da campanha “Corações de Amanhã”

  • Junta de Freguesia Santa Maria Maior, Funchal - 3 de maio, às 10 horas
  • Universidade Sénior de Odivelas - 4 de maio, às 15 horas
  • Cruz Vermelha Portuguesa: Delegação da Costa do Estoril - 4 de maio, às 14 horas e 30 minutos
  • Universidade Internacional para a Terceira Idade, Lisboa - 9 de maio, às 14 horas
  • Universidade Sénior de Beja - 11 de maio, às 14 horas e 30 minutos
  • Associação para a Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras - 21 de maio, às 14 horas
  • Universidade Sénior de Amarante - dia 28 de maio, às 14 horas e 30 minutos
  • Universidade Sénior de Paços de Ferreira - 30 de maio, às 14 horas e 30 minutos

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular, uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular. Para mais informações sobre a campanha “Corações de Amanhã” consulte www.coracoesdeamanha.pt

 

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
O nosso coração é o motor que nos faz viver, mas será que o tratamos de forma responsável? Será que sabemos o que é um coração...

A propósito do mês do coração, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) alerta para o facto de as doenças cardiovasculares ainda liderarem a lista de causas de morte no nosso país, representando aproximadamente 30% do total. Se por um lado há muitos fatores de risco que não se podem controlar, por outro há inúmeros que são passíveis de ser controlados ou mesmo eliminados das nossas vidas. Está na hora de cuidar melhor do seu coração para que ele possa cuidar também de si!

Um coração capaz é um coração que arrisca pela vida, mas não arrisca a vida!  Todos os dias fazemos escolhas, mas será que são as mais acertadas? A campanha “Coração Capaz” tem como objetivo a consciencialização das pessoas para os riscos que correm ao tomar determinadas decisões que podem por em causa o bem-estar e a saúde cardiovascular. Esta campanha vem mostrar que o perigo é real e que há escolhas que fazemos no quotidiano que merecem ser repensadas. Um coração capaz é um coração que arrisca pela vida, mas que não arrisca a vida.

Em Portugal 55% das pessoas entre os 18 e os 79 anos têm pelo menos dois fatores de risco associados ao desenvolvimento de doenças do foro cardiovascular, o que é verdadeiramente preocupante. Numa sociedade em que metade da população tem excesso de peso e o sedentarismo atinge níveis alarmantes, é imperativo cultivar hábitos alimentares saudáveis, ao mesmo tempo que se incute uma cultura de exercício físico como parte integrante da rotina diária. É igualmente fundamental que as pessoas entendam o perigo que o tabaco representa para a saúde, não só dos próprios fumadores, mas também de todos aqueles que diariamente inalam passivamente o fumo. O fumo passivo é ainda mais preocupantes quando atinge crianças ou pessoas cujo sistema imunitário se encontra debilitado. Atualmente, estima-se que 25% dos portugueses sejam fumadores!

O impacto que o estilo de vida tem na saúde cardiovascular é inegável e é por isso que se torna tão importante combater estes fatores e todos os problemas que acarretam, como a diabetes mellitus, que afeta 13% dos portugueses, a hipertensão arterial (40%), e o colesterol (30%).

A prevalência da Insuficiência Cardíaca, que afeta 13% da população em Portugal com idade compreendida entre os 70 e os 79 anos, é uma das prioridades da Cardiologia nacional e está a aumentar de dia para dia. Se nada for feito no sentido de contrariar esta tendência, em 2030 terá atingido mais 33% dos portugueses.

É por isso fundamental que as pessoas saibam os riscos que correm e que reconheçam que existem fatores de risco que lhes cabem evitar e controlar, nomeadamente:

  • Colesterol;
  • Hipertensão Arterial;
  • Excesso de peso/ obesidade;
  • Diabetes Mellitus;
  • Alimentação;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Consumo de drogas;
  • Stress.

Estes pequenos passos estão ao alcance de todos e podem fazer a diferença! Lembre-se que, ao fazer mais pelo seu coração, está a fazer mais pela vida. Acha que é capaz? E o seu coração?

INE
A população em Portugal diminuiu em 2017, pelo nono ano consecutivo, uma vez que o número de mortes continua a ser superior ao...

Segundo as “Estatísticas Vitais”, do Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal teve um saldo natural negativo de 23.432 pessoas.

Em 2017, nasceram com vida (nados-vivos) 86.154 crianças de mães residentes em Portugal, menos 972 crianças relativamente ao ano anterior, o que representa um decréscimo de 1,1%.

Do total de nados-vivos, 54,9% nasceram “fora do casamento”.

O total de óbitos de pessoas residentes em território nacional foi de 109.586, representando uma redução de 0,9% (menos 987 óbitos) face a 2016.

Do total de óbitos, 54.987 foram de homens e 54.599 de mulheres e 85% das mortes foram pessoas com 65 e mais anos de idade.

 

 

 

Há mais de um milhão de asmáticos em Portugal
Assinala-se, no próximo dia 1 de Maio, o Dia Mundial da Asma. A primeira interrogação que nos ocorr

Mas tem toda a pertinência porque a asma brônquica continua a ser um importante problema de saúde pública, não só pela sua elevada prevalência como pela previsibilidade do seu aumento, sobretudo nos grupos etários mais jovens, à semelhança do que  acontece em muitos países. E, porque afetando a qualidade de vida e o bem estar dos doentes e suas famílias, tem um peso excessivo neles e nestas, bem como no Sistema de Saúde e na Sociedade.

Pode definir-se a asma como uma “doença” das vias aéreas, caracterizada por uma inflamação crónica que determina a sua obstrução, e se manifesta por pieira (“chiadeira” no peito ), dificuldade em respirar, sensação de opressão ou peso torácico e tosse, sintomas que podem variar no tempo e em intensidade .

Esta doença é apelidada de heterogénea por se poder apresentar de várias maneiras :

A mais facilmente reconhecida é a asma alérgica que, muitas vezes, se inicia nos primeiros anos de vida, e se relaciona com a inalação, ou ingestão, de substâncias que induzem a inflamação acima mencionada. A rinite alérgica coexiste, nestes doentes, com muita frequência, e podem sofrer, ou ter sofrido, de outras enfermidades do foro alérgico como, por exemplo, eczema atópico ou alergias alimentares. Nas  suas famílias  encontra-se, frequentemente, história de diversas alergias.

Mas, existem, também, asmas que não-alérgicas, ou que podem ser desencadeadas pelo  exercício; as que , por vezes, têm o seu início numa fase mais tardia da vida; as que estão associadas à obesidade, ou à ocupação; ou as asmas cuja obstrução se comporta de modo semelhante à obstrução dos fumadores, ou seja, sem reversibilidade , etc...

No asmático que  fuma pode haver uma associação das queixas de asma e doença pulmonar obstrutiva crónica (bronquite crónica e enfisema pulmonar).

Acresce que diversos fatores ambientais, como o fumo de tabaco, a poluição atmosférica, as infeções respiratórias, entre outros, podem contribuir para o desenvolvimento da asma ou para o seu agravamento .

O Inquérito Nacional para a Prevalência da Asma, que abrangeu o território de Portugal continental, indicou-nos existirem um pouco mais de um milhão de portugueses com asma,  cerca de 70% dos quais com queixas no último ano . E destes quase metade (43%) não tinham a sua asma controlada.

A asma está controlada quando, por ação dos tratamentos, os doentes podem ter uma qualidade de vida como se não tivesse doença, o que é possível obter numa percentagem muito elevada de casos.

Os tratamentos englobam diversos fármacos, que atuam na inflamação e na obstrução, as vacinas anti-alérgicas nos casos em que estão indicadas, intervenções que visam reduzir a exposição aos diversos irritantes e alergénios, a par do controlo de situações que ocorra em simultâneo como, por exemplo, a rinite alérgica.

O tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível e, na maioria dos casos, tem que se prolongar por vários  anos. De acordo com a evolução clínica de cada caso poderá variar na sua intensidade.

Convém, igualmente , recordar um velho aforismo: “nem tudo o que pia é asma “, para chamar a atenção para o facto de existirem muitas outras situações do foro respiratório que se manifestam por pieira, dificuldade em respirar e tosse .

Daqui a necessidade de procurar ajuda médica para a individualização da doença em causa e a adequação do respectivo tratamento.

Professor Doutor António Bugalho de Almeida
Pneumologista na Corclínica
Professor Catedrático Jubilado Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Burla
O Tribunal Judicial de Leiria começa a julgar na quarta-feira um médico, uma farmacêutica e o marido desta por alegadamente...

Em causa estão crimes de burla qualificada, corrupção e falsificação de documento, de acordo com o despacho de acusação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual estão elencadas as 8.659 receitas supostamente forjadas, de acordo com contas feitas pela agência Lusa.

O Ministério Público pede ainda que o médico e a farmacêutica, esta respondendo no processo também em representação da farmácia, localizada na Chamusca, distrito de Santarém, sejam condenados na pena acessória de interdição do exercício da função pública.

Segundo o despacho, de 537 páginas e emitido em 05 de junho de 2017, “pelo menos entre setembro de 2010 e dezembro de 2013” os arguidos “atuaram como um grupo, de forma concertada e organizada”, para “obterem elevadas vantagens patrimoniais ilegítimas, resultantes da obtenção fraudulenta de comparticipações de medicamentos pagas pelo SNS”.

A farmacêutica e marido aliciaram o clínico – que aceitou - “a emitir receitas médicas forjadas com prescrição de medicamentos que lhe indicassem, que estes posteriormente processariam simulando o seu aviamento” naquela farmácia, receitas que o médico emitiria no âmbito da sua atividade no setor privado – sobretudo em lares - e em instituição pública do SNS, concretamente no hospital de Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

O DCIAP explica que o “esquema fraudulento” passava pela obtenção de receitas forjadas emitidas pelo médico em nome de utentes do SNS “com prescrição de medicamentos selecionados, preferencialmente em função da elevada comparticipação do SNS no seu pagamento, em regra entre os 69% e os 100%”.

Simulado o aviamento das receitas na farmácia, seguia-se o pedido ao Centro de Conferência de Faturas do SNS do pagamento “da parte do preço dos medicamentos correspondente à comparticipação” e, após a receção dos “lucros indevidos”, estes eram distribuídos “entre todos eles”, adianta o despacho de acusação.

O DCIAP adianta que a seleção dos utentes do SNS em nome dos quais eram emitidas as receitas médicas forjadas “cabia a qualquer um dos arguidos”, enquanto a seleção dos medicamentos era feita pela farmacêutica e marido.

“Nas receitas forjadas que emitia, como se se tratasse de receitas médicas emitidas em consultório privado, [o médico] usava designadamente a identificação de utentes de lares onde prestava serviço”, refere o DCIAP.

Já nas receitas forjadas emitidas como se se tratasse de consultório público, o médico “usava também a identificação de utentes” do hospital de Caldas da Rainha, utilizando, principalmente nomes de doentes que “ali se dirigiram em episódios de urgências ou consulta externa e que foram por si atendidos a quem prescrevera anteriormente medicamentos por estes necessitados” e inscrevia nas receitas forjadas “medicamentos que aqueles utentes nunca tomaram”.

“A prescrição do receituário era feita pelo arguido (…) sem prévia existência de qualquer ato médico que o justificasse, com a medicação pré-definida nas listagens que recebia”, lê-se no documento, sustentando que na posse das receitas o casal simulava o seu aviamento na farmácia, “apondo no verso” as assinaturas/rubricas “como se dos utentes identificados nas receitas médicas ou pessoas em sua legítima representação” se tratasse.

O despacho acrescenta que “o que se pode constatar”, desde logo pela análise feita pela Unidade de Exploração de Informação do Ministério da Saúde, é que, “durante parte do período em que estes factos foram levados a cabo, os dez utentes” do médico “com maior número de receitas aviadas na farmácia” arguida aviavam habitualmente as suas receitas noutros locais.

O julgamento, por um tribunal coletivo, está previsto iniciar às 09:30 de quarta-feira.

Regulador
Os processos de autorização de celebração dos contratos de gestação de substituição pendentes vão ser extintos “por ter deixado...

Na qualidade de autoridade competente no âmbito da Procriação Medicamente Assistida (PMA), o CNPMA decidiu que “no que respeita aos processos de autorização de celebração dos contratos de gestação de substituição pendentes, por ter deixado de existir suporte legal, declarar extintos os referidos processos”.

A decisão foi tomada após análise do acórdão do Tribunal Constitucional (TC) que declarou, com força obrigatória geral, a inconstitucionalidade de vários normativos da Lei da PMA.

Na sequência da decisão do TC no sentido da “eliminação do regime da confidencialidade dos dadores terceiros”, o CNPMA manifestou “múltiplas dúvidas e reservas”.

O CNPMA manifesta as suas dúvidas e reservas em relação a “medidas a tomar relativamente aos tratamentos em curso” e sobre “o destino a dar aos embriões criopreservados produzidos com recurso a gâmetas de dadores anónimos”.

O “destino a dar aos embriões criopreservados para os quais foi prestado consentimento para doação anónima a outros beneficiários”, bem como “o destino a dar aos gâmetas criopreservados doados em regime de anonimato”, são outras das questões que levanta dúvidas e reservas ao CNPMA, que esteve hoje reunido.

O regulador desta área alerta ainda para “a compatibilização do direito das pessoas nascidas com recurso a gâmetas ou embriões doados em regime de anonimato com o direito dos dadores à manutenção do sigilo quanto à sua identidade civil legalmente consagrado à data da doação” e a “criação de uma discriminação injustificada entre pessoas já nascidas de dádivas recolhidas em Portugal e as provenientes de países em que vigora o regime de anonimato dos dadores”.

“A redução significativa dos potenciais dadores com repercussões negativas para os beneficiários” e as “consequências sobre as autorizações de importação já concedidas pelo CNPMA” são outras das situações para o CNPMA chama a atenção, num comunicado a que a Lusa teve acesso.

 

Desinfestação condiciona funcionamento
A presença de piolho do pombo no internamento da unidade coronária do Hospital de Faro levou ao seu encerramento, no sábado,...

A Lusa teve conhecimento de que haveria unidades fechadas no hospital de Faro devido à existência de piolhos e questionou o CHUA sobre a matéria, tendo fonte do centro Hospitalar reconhecido a existência de piolhos “provenientes do exterior” e a necessidade de deslocar os utentes para outra zona do hospital de Faro para continuarem a receber os cuidados necessários.

“Durante as limpezas diárias de ontem [sábado] foi detetada a presença de piolho de pombo, proveniente do exterior, no internamento da unidade coronária, pelo que se decidiu encerrar a unidade para proceder imediatamente ao processo de desinfestação e limpeza necessárias”, respondeu o CHUA por escrito.

A mesma fonte garantiu que os “doentes internados nesta unidade foram deslocalizados para outra enfermaria” e “continuarão a receber todos os cuidados necessários”, mas não precisou quantos doentes foram afetados.

O CHUA assegurou também que “não foi posta em causa, em nenhum momento, a saúde ou a segurança dos mesmos” utentes.

A fonte do centro hospitalar do Algarve, que além de Faro inclui também os hospitais de Portimão e Lagos, não esclareceu quanto tempo o serviço em causa vai estar encerrado, apenas adiantando que "o serviço será reaberto logo terminem os trabalhos de limpeza”.

Na origem da presença de piolho do pombo no hospital está, segundo o CHUA, “a existência de um grande número de pombos na cidade de Faro, nomeadamente nas imediações da Unidade Hospitalar”.

“É uma situação que o Centro Hospitalar vem a tentar resolver, nos últimos anos, junto do município e da autoridade de Saúde por forma a evitar que situações como esta ocorram”, justificou ainda a mesma fonte.

 

Doentes imunodeprimidos
O Infarmed garantiu em comunicado que o acesso ao antibiótico pediátrico Bactrim está garantido, apesar de a farmacêutica...

A Roche, a farmacêutica que produz o Bactrim, suspendeu a produção do medicamento, quer na vertente pediátrica, quer na vertente para adultos.

“Esta decisão abrange a fórmula utilizada em adultos, mas é particularmente relevante na que é utilizada na população pediátrica, para a qual existia uma versão em xarope que não tem alternativa no mercado”, refere o Infarmed em comunicado.

A agência nacional garante, no entanto, que o tratamento das crianças não está em causa, tendo autorizado todos os pedidos excecionais de utilização do medicamento submetidos pelos hospitais, que podem assim garantir o acesso ao medicamento através da importação a partir de países que comercializem alternativas.

“O Infarmed avançou de imediato com a concessão de Autorizações de Utilização Excecional (AUE) a todos os hospitais que submeteram esses pedidos, e continuará a autorizá-los sempre que for solicitado”, esclareceu a agência no comunicado.

O Infarmed refere ainda que a farmacêutica se disponibilizou para ajudar no processo de transição e “se prontificou a importar este medicamento de outro país europeu em quantidades suficientes para dar resposta a curto prazo aos doentes imunodeprimidos (prioritariamente) e sem custos para os hospitais”.

O jornal Expresso noticiou hoje que a descontinuação deste medicamento apanhou os médicos desprevenidos, segundo revelou ao semanário Nuno Miranda, coordenador do Plano Nacional de Prevenção das Doenças Oncológicas, mas a farmacêutica garante que comunicou ao Infarmed no início do ano o fim da comercialização.

A toma do xarope pediátrico é particularmente importante para crianças imunodeprimidas, com o sistema imunitário enfraquecido, devido a doenças como o cancro, ou infeção por HIV.

 

Escabiose é contagiosa
O Hospital São João, no Porto, detetou na semana passada casos de sarna em três doentes internados num serviço e admite que a...

A escabiose, ou sarna, é uma das doenças parasitárias humanas mais frequentes e é contagiosa, tendo tratamento.

“Neste momento, não há razão para medidas adicionais, não sendo este tipo de situação motivo para encerramento de espaços ou unidades”, afirma o Hospital São João, numa nota enviada à agência Lusa.

Segundo o hospital, esta semana foram detetados num serviço médico três casos de escabiose em doentes internados. Verificou-se também a transmissão a alguns profissionais de saúde desse serviço, mas o hospital não especifica quantos profissionais.

“Imediatamente após o diagnóstico foram implementadas todas as medidas de controlo de infeção preconizadas e foi instituído tratamento adequado desses doentes”, refere o hospital.

A unidade hospitalar lembra que um doente pode transmitir a infeção antes mesmo de apresentar com sintomas, podendo por isso ocorrer transmissão a outros doentes ou profissionais durante a fase pré-diagnóstico.

“Foi ativado o protocolo institucional de atuação para estas situações incluindo as medidas de controlo de transmissão, o tratamento de todos os profissionais e dos doentes, bem como a procura ativa para deteção precoce de quaisquer novos casos”, adianta a nota.

A sarna humana ou escabiose é uma doença cutânea contagiosa, causada por um parasita. Entre os sintomas estão geralmente a comichão ou prurido, sobretudo durante a noite. Surgem também erupções cutâneas.

 

 

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