Dados do Ministério do Ambiente
A quantidade de resíduos de construção e demolição com amianto aumentou 20% em 2017 e atingiu 17,8 mil toneladas, a maior parte...

"Regista-se um acréscimo (20%) nas quantidades de RCD [resíduos de construção e demolição] com amianto geradas (17.774,33 toneladas) comparativamente com 2016", avança o Ministério liderado por João Matos Fernandes, em resposta a questões da agência Lusa.

No ano passado, as ações relacionadas com a gestão deste tipo de resíduos, com amianto, envolveram 30 operadores de gestão de resíduos e 36 das suas instalações.

Segundo dados do Ministério do Ambiente, que coordena as medidas de identificação e remoção deste material em edifícios públicos, "74% dos RCD com amianto foram encaminhados para aterro, [em 2017], representando um acréscimo de 10% face ao ano anterior".

Ainda não está a ser organizada a avaliação da presença de amianto em edifícios privados, mas também de habitação, caso em que a responsabilidade pela identificação é dos proprietários.

A maior parte dos resíduos com amianto, uma substância cancerígena usada em edifícios e já proibida, gerados no ano passado têm origem no setor da construção, refere o Ministério, sem especificar o tipo de imóveis públicos objeto de intervenções.

Acerca do papel das autarquias na tarefa de acompanhar a retirada do amianto dos edifícios, especifica que "um número reduzido de municípios" assegurou a gestão de resíduos com a substância.

Nas intervenções envolvendo os municípios, foram encaminhadas para operadores de gestão de resíduos 112,3 toneladas, ou seja, não ultrapassaram 0,4% do quantitativo global de RCD com amianto sujeitos a eliminação.

Os resíduos com amianto, obtidos principalmente nas obras de retirada dos edifícios públicos, ficam em Portugal.

Ao contrário, entraram em Portugal 512,6 toneladas de resíduos com amianto, "encaminhadas na sua globalidade, para eliminação em aterro de resíduos perigosos", segundo o Ministério do Ambiente.

Os partidos parlamentares, principalmente o Partido Ecologista os Verdes, e as associações ambientalistas, nomeadamente a Quercus, têm insistido na necessidade de identificar os edifícios públicos com amianto com vista à retirada nos casos em que há degradação, e perigo da substância ser libertada para o ar.

Também várias associações de pais têm alertado para a presença, ou possibilidade de presença, de amianto em escolas e em várias já foram realizadas obras.

No Orçamento do Estado para 2018, é apontada a continuação do programa de remoção de amianto nos edifícios onde são prestados serviços públicos, sendo salientado que o OE "permite que cada área governativa tenha o reforço orçamental necessário para assegurar os investimentos nos casos em que o amianto apresenta um risco sério para a saúde pública".

O Banco Europeu de Investimentos e o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa são possibilidades de financiamento para os 420 milhões de euros necessários para retirar o amianto daqueles edifícios.

Estudo
Poucos cidadãos europeus recorrem a cuidados de saúde noutros países e a ideia de um mercado europeu está longe da realidade,...

O estudo português, publicado no European Journal of Public Health no final de abril, mostra que a diretiva que possibilita o recurso a cuidados de saúde em qualquer país da União Europeia, em vigor desde 2013, não veio promover substancialmente a mobilidade e não beneficiou os cidadãos mais necessitados.

De acordo com os resultados, baseados numa amostra de mais de 53 mil entrevistas do Eurobarómetro de 2007 e 2014, a mobilidade de doentes entre países passou de 3,3% em 2007 para 4,6% em 2014.

Conclui-se que, de todos os inquiridos, apenas 4% receberam cuidados de saúde no estrangeiro, o que demonstra a “pequena influência” da diretiva.

A análise conclui que a diretiva “parece não ter promovido a mobilidade de utentes a grande escala como era esperado” e que a União Europeia “está longe de um mercado de saúde comum”.

Os autores identificam algumas barreiras ou restrições a uma maior mobilidade de doentes, como a necessidade de autorizações prévias a internamentos e a tratamentos especializados mais onerosos noutros países.

A diretiva exige ainda que os tratamentos sejam primeiro pagos pelo utente, que só será reembolsado pelo seu Estado após a prestação de cuidados.

“Isto exige alguma folga financeira que nem todos conseguem suportar”, salienta o investigador André Peralta-Santos, da Escola Nacional de Saúde Pública.

Em Portugal, a procura de cuidados de saúde transfronteiriços continua baixa. Num relatório da Entidade Reguladora da Saúde do ano passado, só tinham sido identificados sete pedidos de reembolso ou autorização prévia. Já Portugal tratou mais de 200 cidadãos europeus ao abrigo da diretiva.

Segundo o estudo da Escola Nacional de Saúde Pública, os cidadãos europeus “mais predispostos” a receber cuidados de saúde fora do seu país são jovens, do género masculino, com maior escolaridade e de países de menor dimensão.

Nova geração de equipamentos
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) possui, desde fevereiro, o primeiro equipamento de Tomografia...

"Trata-se de uma geração disruptiva de equipamentos de Tomografia Computorizada, cujo último modelo foi lançada no Congresso da Radiological Society of North America, em dezembro de 2017", explica um comunicado enviado hoje à agência Lusa.

Esta nova geração de equipamentos "está altamente focada na experiência do paciente, através do conceito 'mobile workflow', que permite aos profissionais de saúde programar todo o exame ao lado do paciente, maximizando assim a atenção no seu acompanhamento".

Segundo o comunicado, outra das inovações do equipamento passa pela utilização da tecnologia 'Recon&GO', que "automatiza toda a rotina de pós-processamento de imagens, aumentando assim a produtividade, disponibilizando de imediato imagens 2D e 3D para o diagnóstico médico".

"Está também equipado com tecnologias inovadoras, de que é exemplo o 'Tin Filter', destinado a reduzir consideravelmente a dose de radiação-X, por exemplo nos exames de tórax, aumentando a segurança dos pacientes e criando melhores condições para a detecção precoce do cancro do pulmão, com doses até 10 vezes mais baixas", segundo os primeiros resultados obtidos com este equipamento no CHUC.

De acordo com a unidade hospitalar, o equipamento de Tomografia Computorizada "traz ainda vantagens adicionais em relação às versões anteriores desta plataforma, em particular capacidades acrescidas para o diagnóstico avançado nas áreas cardiovascular e de trauma, com um conjunto de aplicações de ‘software’ inovadoras".

"Em síntese, o novo equipamento significa mais qualidade, maior segurança e mais humanização nos cuidados de saúde prestados nestas áreas", sublinha o CHUC, que destaca a aposta na inovação no Serviço de Imagem Médica.

 

17 de maio - Dia Mundial da Hipertensão
A hipertensão arterial (HTA) é responsável por 1 em cada 5 mortes entre as mulheres, sendo mais pesada a carga da doença no...

Até porque, refere o especialista a propósito do Dia Mundial da Hipertensão, que se assinala a 17 de maio, “a HTA é um companheiro para vida, numa relação intempestiva, trespassada por afeções diversas, mas sempre presente, sempre atenta, tanto na prevenção como no tratamento”.

É o coordenador do NERPC que cita os dados do Global Burden of Disease, que dava conta que, em Portugal, “cerca de 41% do total de anos de vida saudável perdidos por morte prematura poderiam ter sido evitados se fossem suprimidos os principais fatores de risco modificáveis”. E no segundo lugar da lista, logo seguido dos hábitos alimentares inadequados (16%), está a hipertensão arterial (13%). A estes dados juntam-se outros: “em 2015, as doenças cardiovasculares e vasculares cerebrais foram responsáveis por quase 30% das mortes ocorridas em Portugal, com um acréscimo de 0,5% relativamente a 2014, que nos deve obrigar a meditar”.

Ainda assim, Pedro Marques da Silva defende que, “mais ponderadas, as mulheres estão mais conscientes de que têm HTA, ao contrário dos homens, o que, juntamente com a sua singular relação com instituições de saúde desde a saúde materno-infantil, explica, possivelmente, o melhor controlo tensional nas mulheres”.

Apesar de tudo isto, “a taxa bruta de mortalidade foi de 313,2 por 100 mil habitantes, mais elevada para as mulheres (330,6) do que para os homens (293,9). E ainda dizem que as mulheres não morrem de doenças cardiovasculares!…”

Consciente de que “a presença e a combinação de diversos fatores de risco favorecem o advento, o estabelecimento e a progressão da HTA, com afetação do coração, artérias, cérebro e rins e o consequente aumento do risco cardiovascular”, o especialista considera “crucial uma abordagem multifacetada e multifatorial da HTA nas mulheres (mas também nos homens!), evitando e controlando o peso, favorecendo uma dieta variada, equilibrada e nutricionalmente adequada (com um aporte adequado de ácido fólico), restringindo o sal, alguns tipos – mais nefastos – de gorduras e o excesso de açúcares de absorção rápida, promovendo o exercício físico regular e a limitação de álcool e restringindo – em tantos casos! – os analgésicos anti-inflamatórios”.

Por isso, a propósito deste Dia Mundial de Hipertensão, deixa um conselho simples: “não omita a HTA, uma circunstância cardiovascular que é capaz de afetar as mulheres – e é delas que hoje estamos a falar! – em todas as fases da sua vida, concorrendo, de forma impressiva, para uma parte importante da morbilidade e mortalidade do sexo feminino. O tratamento, farmacológico ou não, é eficaz, com redução significativa da doença cardiovascular e melhoria da qualidade de vida”.

Testes em ratinhos
Um novo estudo desenvolvido em duas universidades norte-americanas - e que se socorreu de três enzimas naturais - conseguiu...

O desenvolvimento de um comprimido para consumo humano capaz de reduzir os efeitos de uma noite regada com álcool pode estar mais próximo do que se pensa.

Testado em ratos, este fármaco conseguiu reduzir a circulação de álcool no sangue e do acetaldeído, o químico responsável pelas dores de cabeça e vómitos característicos da ressaca.

Yunfeng Lu, investigador e engenheiro químico da Universidade da Califórnia (UCLA), e Cheng Ji, especialista em doenças do fígado da Universidade do Sul da Califórnia (USC), criaram um comprimido que diminuiu em 45% o nível de alcoolismo no sangue em apenas quatro horas, explica a UCLA em comunicado.

O fármaco consiste numa cápsula composta por três enzimas naturais, que são normalmente encontradas nas células do fígado e que ajudam o corpo a processar o álcool.

A equipa está agora na fase de testes, na tentativa de garantir a segurança e eficácia destas substâncias combinadas e, ao mesmo tempo, tentar reduzir os efeitos secundários da toma da mesma.

"Entre 8 e 10% das emergências médicas nos Estados Unidos são causadas por envenenamento agudo por álcool", comenta Yunfeng Lu no estudo.

"O álcool é o principal fator de risco para a morte prematura em pessoas entre os 15 e 49 anos", acrescenta.

 

Estudo
Mais de 54% dos jovens entre os 14 e os 24 anos apresentam sintomas psicológicos como tristeza, nervosismo, problemas de sono,...

As conclusões são de um estudo observacional transversal realizado por investigadores do Cintesis – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, a que a Lusa teve hoje acesso.

Com uma amostra composta por 746 adolescentes e jovens, o estudo foi publicado na obra “Qualidade de vida e saúde em uma perspetiva interdisciplinar” e tinha por objetivo caracterizar as perceções juvenis acerca da sua própria saúde e as experiências de ocupação dos tempos livres, fora do contexto académico ou laboral.

De acordo com este trabalho, assinado por Paula Rocha, Carlos Franclim e Paulo Santos, a sintomatologia psicológica era “significativamente maior” no género feminino, que também é o que perceciona pior o seu estado de saúde.

Nas jovens, o nervosismo é um dos sintomas mais referidos, seguindo-se a irritação e os problemas de sono.

Os autores defendem que “a diferença de género na perceção do estado de saúde e nos sintomas reforça a necessidade de intervenções e abordagens distintas entre os géneros”.

O estudo aponta também para a existência de uma correlação positiva e significativa entre a satisfação com a ocupação dos tempos livres e a perceção favorável do seu estado de saúde, sendo que os jovens mais satisfeitos são os que aproveitam os tempos livres para conviver com familiares e com amigos.

Para os investigadores, esta associação “justifica a inclusão sistemática da avaliação da dimensão ‘atividades’ nas consultas de seguimento de saúde dos adolescentes e jovens”.

Entre as atividades de ocupação regular dos tempos livres (pelo menos uma vez por semana), a música e a internet ocupam os lugares cimeiros, enquanto atividades como o voluntariado ou a participação associativa são menos comuns, mostrando que esta é “uma juventude mais individual na sua forma de passar os tempos livres, o que implica atualizar a compreensão sobre as causas deste movimento e as suas consequências”, consideram.

Os autores salientam a necessidade de ajustar as respostas existentes, nomeadamente o formato dos tempos escolares e laborais, bem como as estratégias de promoção de saúde e de estilos de vida saudáveis às “especificidades dos contextos e das gerações”.

O Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde é uma Unidade de Investigação e Desenvolvimento (I&D) cuja missão é encontrar respostas e soluções, no curto prazo, para problemas de saúde concretos, sem nunca perder de vista a relação custo/eficácia.

Sediado na Universidade do Porto, o Cintesis beneficia da colaboração das Universidades Nova de Lisboa, Aveiro, Algarve e Madeira, bem como da Escola Superior de Enfermagem do Porto. No total, o centro agrega cerca de 500 investigadores e conta com sete spin-offs.

Saiba tudo sobre:
Estamos em pleno período de alergias sazonais. Estas são caracterizadas pela manifestação de alguns
Menina com ar feliz no campo para ilustrar as alergias de primavera

As alergias não são todas iguais. Esta é uma verdade que diz respeito não só à forma como se manifestam, mas também aos agentes que causam as alergias. Quer isto dizer, que a manifestação de alguns sintomas, num determinado período do ano, caracteriza as alergias de sazonais. Habitualmente, o que causa as alergias de primavera são os pólenes. Já os alergénios, como os ácaros do pó, são responsáveis por alergias perenes, ou seja, as que ocorrem durante todo o ano.

Apesar de haver pólenes no ar atmosférico durante todo o ano, é na Primavera que as concentrações são mais elevadas. Mas, quer nesta estação quer no Verão, surgem outros agentes - por exemplo a alergia a veneno de insectos - que causam reacções alérgicas. Algumas são muito graves, podendo até ser fatais, embora a frequência seja baixa.

É ainda no decorrer da época estival, em que as elevadas temperaturas e as mudanças de ambiente e hábitos, muitas vezes dependentes do período de férias, condicionam o aparecimento de urticárias físicas, como a urticária solar. Estes doentes devem usar filtros solares de alta protecção e tomar anti-histamínicos.

Em Portugal a principal causa de alergia a pólenes são as gramíneas (fenos), muito frequentes na Primavera, atingindo o seu pico máximo habitualmente durante os meses de Maio e Junho. As concentrações dos pólenes existentes no ar, dependem da época de polinização, que é específica para cada planta, coincidindo para a maioria das plantas com a Primavera, pois dá-se uma subida da temperatura. Por isso, de ano para ano, existem variações na época polínica principal, em relação à altura do ano em que ocorre o pico de maior intensidade e em relação às concentrações observadas.

A explicação reside na influência de variáveis meteorológicas: a ocorrência de chuva (previamente à época polínica) condiciona fortes concentrações de pólenes quando a precipitação se interrompe, com os dias quentes e ventosos de Primavera; pelo contrário, um ano seco condiciona uma vaga polínica menos intensa, em particular das plantas mais sensíveis à falta de água, como as gramíneas.

Aconselha-se que consulte regularmente o Boletim Polínico que se encontra disponível todo o ano no site oficial da SPAIC, Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (www.spaic.pt).

Os sintomas

Os sintomas ocorrem na época de maior concentração dos pólenes, sendo desencadeados, em especial, no exterior dos edifícios, sobretudo com tempo quente, seco e ventoso e alteram em muito a qualidade de vida dos doentes alérgicos.

A alergia a pólenes é uma causa frequente de manifestações alérgicas, que podem ser do aparelho respiratório (asma e rinite), dos olhos (conjuntivite) ou da pele (urticária e eczema).

A rinite alérgica é a manifestação mais frequente. Pode atingir até 1/3 da população portuguesa e é caracterizada pela ocorrência de espirros, pelo nariz entupido, pela comichão e o pingo no nariz. Estes sintomas podem ser acompanhados por conjuntivite alérgica (olho vermelho, lacrimejo, comichão e inchaço).

Além da rinite, são igualmente frequentes a asma – dificuldade em respirar, pieira, cansaço fácil e tosse –, a urticária e o eczema – sintomas alérgicos da pele.

Lembrar que a alergia é uma resposta do nosso sistema imunitário a uma substância estranha ao organismo. Quando o sistema imunitário detecta a presença de elementos exteriores que considera perigosos (neste caso, o alergénio) liberta uma proteína designada por Imunoglobulina E (IgE). Esta proteína fixa-se na substância que provocou o alerta imunológico e fomenta a libertação de histamina e outras substâncias. É principalmente a histamina que, nos primeiros minutos, provoca os sintomas alérgicos: espirros, dispneia, prurido, etc.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
15 de maio - Dia Internacional da Sensibilização para as Mucopolissacaridoses
No mundo, estima-se que a MPS II afete 1 em cada 162 mil nascimentos, maioritariamente do género masculino, o que se traduz num...

A campanha #FlyforMPS é uma iniciativa criada pela Shire, biofarmacêutica líder global na área das doenças raras, no âmbito do Dia Internacional da Sensibilização para as Mucopolissacaridoses (MPS), com o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico das MPS através de um avião virtual que voa em redor do mundo (via site e redes sociais) partilhando histórias de pessoas portadoras de MPS e identificando novos casos.

O percurso que o voo #FlyforMPS está a percorrer tem como destino final a sensibilização para estas doenças, e o aumento de conhecimento e reconhecimento destes doentes. Esta é uma viagem importante porque o diagnóstico das MPS é difícil, desafiante, moroso e por vezes ignorado, impedindo uma intervenção atempada. Quanto mais pessoas conhecerem o #flyforMPS, maior possibilidade teremos de chegar atempadamente às pessoas com Síndrome de Hunter (MPS II) de forma a poderem receber tratamento específico, e viverem uma vida com mais qualidade.

As mucopolissacaridoses (MPS) são um grupo de doenças lisossomais de sobrecarga que pertencem ao grupo de doenças hereditárias do metabolismo. Englobam 11 tipos, mas apenas cinco têm tratamento específico aprovado, dentro das quais o Síndrome de Hunter, também designado por MPS II.

Para entrar no avião visite o site: https://www.mpsday.com/#/

 

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Nove regiões do continente e o arquipélago dos Açores apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à radiação...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Santarém, Portalegre, Évora e Beja e o arquipélago dos Açores apresentam hoje níveis muito elevados de exposição à radiação ultravioleta (UV).

O arquipélago da Madeira e as regiões de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Setúbal e Faro apresentam risco elevado.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo e vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando moderado de noroeste no litoral oeste, em especial durante a tarde, e sendo moderado a forte de nordeste, até final da manhã e a partir do final da tarde, nas terras altas.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral Centro, pequena subida da temperatura mínima na região Sul e subida da temperatura máxima.

As temperaturas mínimas vão variar entre 03 graus Celsius (em Bragança) e os 16 (em Faro) e as máximas entre 19 (na Guarda) e os 28 (em Faro e Santarém).

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul, aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas e vento moderado a forte de nordeste, soprando por vezes forte e com rajadas até 70 quilómetros por hora, nas terras altas e no extremo leste da ilha.

No Funchal, as temperaturas vão oscilar entre 17 e 23 graus Celsius.

Para os Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas e vento sul bonançoso.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão variar entre os 16 e os 21 graus, na Horta entre os 14 e os 21, em Angra do Heroísmo entre 14 e 19 e em Ponta Delgada entre 13 e 20.

Lisboa 2020
O Centro Hospitalar Barreiro Montijo anunciou ontem uma candidatura ao programa Lisboa 2020 para a aquisição de novos...

“Esta segunda candidatura do Centro Hospitalar Barreiro Montijo ao Lisboa2020, Programa Operacional que prevê a aquisição de novos equipamentos e substituição de outros já existentes, que permitam a modernização tecnológica de diagnóstico e terapêutica, garantido desta forma inovação e cuidados de saúde de qualidade”, refere o Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) em comunicado.

Segundo o documento, o objetivo da candidatura é adquirir um novo acelerador linear para o Serviço de Radioterapia, um mamógrafo para o Serviço de Imagiologia e um ecógrafo para o Serviço de Ginecologia, substituindo os equipamentos existentes.

“Em termos financeiros, esta candidatura representa um montante de cerca de três milhões de euros. Este investimento irá garantir um upgrade fundamental no parque tecnológico do CHBM, com a aquisição de equipamentos de maior e melhor acuidade diagnóstica e terapêutica”, acrescenta, salientando que será garantida uma melhoria dos cuidados prestados à população.

Em 2017, o CHBM apresentou uma outra candidatura ao Programa Lisboa2020.

O montante aprovado foi na ordem dos 790 mil euros, tendo adquirido 18 equipamentos, mais dois do que os previstos inicialmente, para os serviços de Anatomia Patológica, Bloco Operatório, Cardiologia, Oftalmologia, Gastrenterologia, Imagiologia, Pneumologia e Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).

Estudo
Um vírus descoberto recentemente em porcos é capaz de se infiltrar em células humanas e de outros animais, criadas em...

Investigadores da universidade do estado norte-americano de Ohio e da universidade holandesa de Utrecht são os primeiros a estudar a transmissão do 'deltacoronavírus porcino', que foi identificado em porcos da China em 2012 mas que só se associou a doença quando vários animais jovens nos Estados Unidos foram acometidos de diarreia aguda e vómitos.

A doença, que pode ser fatal, não foi comunicada em nenhum ser humano mas essa possibilidade preocupa os cientistas, refere um comunicado da universidade de Ohio divulgado hoje.

O novo vírus preocupa sobretudo veterinários e especialistas em saúde pública porque é semelhante a outros vírus potencialmente fatais.

A propagação entre espécies depende da capacidade de o vírus se ligar a recetores nas células do animal.

"Um recetor é como uma fechadura. Se o vírus a conseguir abrir, pode entrar na célula e infetar", afirmou o principal investigador, Scott Kenney.

Já se sabe que outros coronavírus podem usar estes recetores celulares que se encontram nos tractos digestivos e respiratórios de várias espécies animais diferentes.

Embora o único contágio só tenha acontecido em laboratório, o vírus tem a capacidade de se infiltrar em células humanas, de gatos e de galinhas.

"Isso não prova que este vírus consiga infetar e provocar doenças nas outras espécies, mas isso é o que queremos saber, obviamente", acrescentou Scott Kenney.

O próximo passo da investigação será estudar os anticorpos no sangue que possam indicar a presença de uma infeção com o vírus.

Sindicatos e Governo
Cerca de 20 mil trabalhadores com contrato individual de trabalho na área da saúde vão ter mais dias de férias, 35 horas de...

A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) assinaram hoje com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, um texto que veio clarificar a situação referente aos dias de férias destes trabalhadores, depois do acordo coletivo de trabalho assinado no passado dia 04 de maio, que equiparou estes funcionários aos trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), José Abraão, explicou que o texto hoje assinado veio esclarecer algumas questões que tinham ficado por resolver entre o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças, nomeadamente as férias.

Hoje foi reconhecido que estes trabalhadores vão ter direito a 22 dias de férias e mais um dia por cada dez anos de serviço, uma alteração “muito importante para os trabalhadores”, disse José Abraão, esperando agora pela “rápida publicação” do acordo, “para que no dia 31 de julho estes trabalhadores possam de facto ter as 35 horas”.

O acordo vai trazer também 35 horas de trabalho semanal para todos os contratos individuais de trabalho nos hospitais com natureza de entidade pública empresarial (EPE), o direito a uma carreira e respetiva progressão, bem como o regime de férias, que tem uma majoração de um dia por cada dez anos de serviço, adiantou José Abraão.

Os sindicatos esperam agora que o Ministério da Saúde crie rapidamente as condições para que os cerca de 20 mil trabalhadores abrangidos por este “importante acordo” possam inscrever-se na ADSE.

“É um acordo muito importante, é um acordo histórico que vem um ano e meio depois de o Governo ter reposto as 35 horas para a esmagadora maioria dos trabalhadores da Administração Pública, na altura estes ficaram para trás, e desta forma ser feita justiça, resolvendo tratar igual aquilo que é definitivamente igual”, salientou José Abraão.

Segundo o dirigente sindical, o acordo vai também “contribuir para que, a prazo, estes trabalhadores, por intermédio da negociação coletiva, possam ver melhoradas as suas condições de vida e de trabalho”.

Com este acordo coletivo, alcançado depois de uma greve de dois dias dos trabalhadores da saúde, com exceção dos médicos e enfermeiros, os técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais passam a ter uma carreira com retribuição e progressão idênticas aos trabalhadores em funções públicas.

Incêndios
As vítimas dos incêndios de junho e de outubro do ano passado vão passar a estar isentas do pagamento de taxas moderadoras na...

A isenção será válida durante um ano, de acordo com o despacho assinado pelos secretários de Estado do Ministério da Saúde e que é hoje publicado em Diário da República, determinando que o horizonte temporal pode ser prolongado por solicitação da vítima e depois de reavaliação das autoridades.

Segundo o diploma, as vítimas dos incêndios de junho e outubro de 2017 “têm direito à isenção do pagamento de taxas moderadoras, à dispensa gratuita de medicamentos, produtos tópicos e ajudas técnicas, e à gratuitidade do transporte não urgente associado à realização de prestações de saúde, tratamentos e ou exames complementares de diagnóstico e terapêutica”.

A identificação e validação da condição de vítima dos incêndios florestais cabe às administrações regionais de Saúde (ARS), mediante requerimento dos interessados, segundo o despacho que entra em vigor na terça-feira.

Os incêndios de junho e outubro do ano passado provocaram 115 mortos e mais de 300 feridos.

OMS
A Organização Mundial de Saúde lançou um plano para ajudar os países a eliminar gorduras 'trans' da alimentação da...

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a eliminação das gorduras ‘trans’ (processadas a nível industrial) é “fundamental para prevenir mortes em todo o mundo”, uma vez que o consumo deste tipo de alimentos é responsável pela morte de mais de 500.000 de pessoas, anualmente, em consequência de doenças cardíacas.

Vários países, incluindo a Dinamarca, introduziram já limites legais para os óleos processados o que “permitiu praticamente eliminar” as gorduras ‘trans’ da alimentação de crianças e adultos.

Tom Frieden, ex-diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano (CDC, na sigla em inglês), apelidou as gorduras ‘trans’ de “um químico desnecessário que mata”, evidenciando que Nova Iorque as erradicou “há uma década”.

Ministro da Saúde
A Associação Protetora dos Diabéticos Portugueses vai passar a realizar mais cirurgias às cataratas para ajudar o Serviço...

No final da cerimónia que hoje assinalou o aniversário “da associação de doentes mais antiga do mundo”, o ministro Adalberto Campos Fernandes considerou que a Associação Protetora dos Diabéticos Portugueses (APDP) tem condições para fazer mais cirurgias às cataratas e para contribuir para reduzir as listas de espera no SNS.

O presidente da APDP, José Manuel Boavida, explicou aos jornalistas que ainda terão de ser feitos acordos com cada administração regional de Saúde relativamente ao alargamento da cirurgia às cataratas, de acordo com as necessidades de cada região.

Segundo José Boavida, a APDP está atualmente a realizar muito menos cirurgias para o SNS do que é a sua capacidade, respeitando o teto que está contratualizado com o Estado.

“Se cumprirmos o teto das cirurgias de forma seguida, temos a nossa capacidade esgotada em março e fechamos o bloco”, exemplificou, acrescentando que a Associação tem mais capacidade e pode ajudar a reduzir as listas de espera para a cirurgia às cataratas.

O presidente da APDP lembra que a diabetes é um dos principais potenciais precursores das cataratas.

A cirurgia às cataratas é a cirurgia mais realizada em oftalmologia em todo o mundo.

Durante a cerimónia que hoje assinalou o 92.º aniversário da APDP, o ministro da Saúde anunciou ainda que o novo diretor do Programa Nacional para a Diabetes vai ser o subdiretor-geral da Saúde Diogo Fonseca da Cruz, como a agência Lusa tinha noticiado no domingo.

Diogo Fonseca da Cruz é especialista em medicina interna e é atualmente subdiretor-geral da Saúde.

Hoje, além o aniversário da Associação, o Ministério da Saúde estabeleceu com a APDP "um novo compromisso de cooperação" para os próximos cinco anos, consolidando a prestação de cuidados prestados pela associação a utentes do SNS.

Este compromisso foi assinado entre a associação, todas as administrações regionais de Saúde e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

O acordo deve ter início em janeiro de 2019 e estender-se a 31 de dezembro de 2023 e permite que a APDP continue a prestar cuidados às pessoas com diabetes, desde consultas a tratamentos ou exames.

A associação ajuda a cuidar de cerca de 50 mil pessoas com diabetes, doença que em Portugal afeta mais de um milhão de pessoas.

O principal acordo que a associação tem firmado é com a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, mas o novo compromisso vai ainda "normalizar os acordos" com a região do Alentejo e do Algarve.

Com a zona Centro, o novo compromisso de cooperação servirá sobretudo para dar apoio a pessoas das áreas de Castelo Branco e Covilhã, zonas com "grande carência", e com população que tem os familiares essencialmente em Lisboa.

Com a zona Norte, o acordo servirá fundamentalmente para dar apoio em situações pontuais.

Entre 85% a 90% por cento das pessoas a quem são prestados cuidados na Associação são utentes do SNS.

Por dia, a diabetes é diagnosticada a cerca de 200 novos doentes. A prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) é de 13,3%, isto é, mais de um milhão de portugueses.

A este número juntam-se mais de dois milhões de pessoas com pré-diabetes. Esta é uma doença crónica com elevada incidência nos subtipos 1 e 2 que, apesar dos múltiplos investimentos ao nível do diagnóstico precoce e dos avanços terapêuticos, continua a envolver elevados custos económicos, sociais e humanos, lembra a APDP.

Governo
O Ministério da Saúde definiu hoje, por despacho, as competências, composição e modo de funcionamento do Grupo de Avaliação de...

Em despacho hoje publicado, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, destaca a importância deste grupo de trabalho que vai fazer a avaliação técnico-científica de matérias relacionadas com produtos biocidas de uso veterinário e produtos biocidas de proteção da madeira, e emitir pareceres solicitados pelo diretor-geral de Alimentação e Veterinária.

“As tarefas de avaliação de substâncias ativas, de produtos biocidas de uso veterinário ou produtos biocidas de proteção da madeira são etapas fundamentais no processo de disponibilização destes produtos biocidas no mercado”, salienta o governante no documento.

Os biocidas de uso veterinário, salienta Fernando Araújo, constituem um “recurso importante” para a promoção da saúde e do bem-estar dos animais e, consequentemente, da saúde pública.

Também a disponibilização no mercado de produtos biocidas para proteção da madeira visa, de igual modo, “uma adequada proteção” da madeira contra os agentes nocivos e a sua utilização em segurança e sem efeitos adversos sobre a saúde humana e ambiente, acrescenta.

No final do ano passado, o ministro do Ambiente anunciou a preparação de legislação para definir o limite de biocidas (como por exemplo o cloro, cuja concentração inibe o desenvolvimento, por exemplo, da bactéria da ‘legionella’) nos edifícios, tornar obrigatórias auditorias que garantam a qualidade do ar interior e criar um regime sancionatório para os incumpridores.

Centro Hospitalar do Porto disponibiliza angioplastia das artérias pulmonar
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular vai promover uma iniciativa formativa inovadora em Portugal sobre o...

“O CHP é centro de referência para o tratamento da hipertensão pulmonar, tendo iniciado recentemente o programa de angioplastia pulmonar, com o apoio do Dr. Philippe Brenôt (Diretor Adjunto do Polo de Imagem e de Terapêuticas de Intervenção do Hospital Marie-Lannelongue, Paris), um dos cardiologistas de intervenção com maior experiência e maior contributo para o desenvolvimento da técnica, e que estará presente no evento. Trata-se de um tratamento relevante dada a elevada prevalência de doentes com hipertensão secundária a embolia pulmonar e com caráter multidisciplinar”, explica o médico Renato Fernandes, coordenador da iniciativa D@CL.

A hipertensão pulmonar tromboembólica crónica carateriza-se pela persistência de trombos sob a forma de tecido organizado obstruindo as artérias pulmonares. A consequência é um aumento da resistência vascular pulmonar resultando em hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca direita progressiva.

Este curso insere-se na iniciativa D@CL que pretende promover ações de formação práticas e dinâmicas, com o objetivo de adquirir ou partilhar conhecimento em procedimentos inovadores e complexos, em cardiologia de intervenção. A iniciativa da APIC teve início em 2015.

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular. Para mais informações consulte: www.apic.pt.

Avaliação de riscos
A União Europeia decidiu hoje submeter dois novos canabinóides sintéticos que já provocaram várias mortes na Europa a medidas...

“As substâncias em causa são o ADB-CHMINACA e o CUMYL-4CN-BINACA, que têm suscitado preocupações de saúde na Europa”, adianta o Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (EMCDDA, sigla em inglês) em comunicado.

As decisões de execução do Conselho da UE, com base em propostas da Comissão Europeia, foram adotadas na fase final do procedimento jurídico de três etapas, concebido para responder às novas substâncias psicoativas que podem suscitar problemas de saúde pública e ameaças sociais.

Os efeitos prejudiciais ligados à utilização das duas substâncias foram comunicados pelos Estados-Membros através do Sistema de Alerta Rápido da União Europeia, gerido pelo EMCDDA e pela Europol.

As decisões de hoje baseiam-se nas conclusões das avaliações de risco formais das substâncias, conduzidas pelo Comité Científico alargado do EMCDDA em novembro de 2017, com a participação de peritos adicionais dos Estados-Membros da UE, da Comissão Europeia, da Europol e da Agência Europeia de Medicamentos.

As avaliações ponderaram os riscos sociais e para a saúde das drogas, bem como o tráfico internacional e o envolvimento do crime organizado, refere o comunicado.

Disponível na UE desde, pelo menos, 2014, o ADB-CHMINACA foi detetado em 17 Estados-Membros, na Turquia e na Noruega. No momento da avaliação dos riscos, foram confirmadas 13 mortes por exposição à substância, que foram comunicadas pela Alemanha, Hungria e Suécia.

O CUMYL-4CN-BINACA está disponível no mercado de droga da UE desde pelos menos 2015 e foi detetado em 11 Estados-Membros e na Turquia. No momento da avaliação do risco, 11 mortes com exposição confirmada às substâncias foram comunicadas pela Hungria e Suécia.

Segundo a EMCCDA, as duas substâncias são tipicamente encontradas em "misturas para fumar" à base de plantas ou na forma de pó, mas também estão disponíveis noutras preparações, como nos cigarros eletrónica a vapor ou pedaço de papel para mastigar.

Após a publicação das decisões no Jornal Oficial da União Europeia, os Estados-Membros terão um ano para introduzir os controlos na legislação nacional.

Os canabinóides sintéticos têm efeitos semelhantes ao THC (tetra-hidrocanabinol, a principal substância psicoativa da canábis, mas com toxicidade adicional que ameaça a vida.

Desde de 2006 que as drogas legais sintéticas, também conhecidas como ‘legal highs’, têm sido comercializadas na Europa como substitutos “legais” da canábis.

Das nove avaliações de risco realizadas pelo Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência em 2017, quatro estavam relacionadas com canabinóides sintéticos.

De 16 a 20 maio são esperados 2 mil especialistas
É o único encontro em que se é dado destaque às mais de 80 doenças autoimunes que se conhece hoje em dia e que junta cerca de...

E este ano o 11º Congresso Internacional de Autoimunidade realiza-se em Lisboa, presidido por um internista, Yehuda Shoenfeld, figura cimeira da autoimunidade mundial, e contando com quatro especialistas de Medicina Interna em lugares de destaque: Carlos Vasconcelos, no cargo de presidente honorário, e Jorge Martins, Carlos Dias e Luís Campos em três das cinco vice-presidências.

“As doenças autoimunes estão em crescendo”, confirma Carlos Vasconcelos. “De facto existe evidência de que as as doenças autoimunes estão a aumentar e há uma série de razões para que se tenha mais doenças autoimunes, não só porque as pessoas vão mais ao médico, mas também devido a fatores ambientais, que explicam parte do risco”, acrescenta o especialista.

Estabelecido por Yehuda Shoenfeld, este congresso, que se realiza de dois em dois anos, constitui uma rede de líderes internacionais em imunologia, reumatologia e noutras áreas, que dão o seu contributo para a autoimunidade. Uma dessas áreas é a Medicina Interna, até porque, explica Carlos Vasconcelos, “as doenças autoimunes são doenças sistémicas, podem envolver todo o organismo e ninguém melhor para se dedicar a estas doenças do que os internistas”.

A Medicina Interna em Portugal, através de mais de 300 médicos que se dedicam a esta área, assegura consultas de doenças autoimunes em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, tratando mais de 30.000 doentes e garantindo o acesso a uma abordagem atempada e diferenciada a terapêuticas inovadoras de forma equitativa, a nível nacional.

 

Investigadores portugueses
Um estudo liderado por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) revela que a terapia fotodinâmica é eficaz no tratamento...

O estudo, desenvolvido sob liderança de especialistas da Área de Medicina Dentária e do Instituto de Microbiologia da Faculdade de Medicina e do Centro de Neurociências e Biologia Celular (no âmbito do trabalho de doutoramento de Patrícia Diogo), já foi publicado nas revistas ‘Frontiers in Microbiology’ e ‘Photodiagnosis and Photodynamic Therapy’, refere a UC numa nota enviada hoje à agência Lusa.

“Um dos grandes problemas atuais do tratamento endodôntico, comummente conhecido como desvitalização do dente, é garantir a completa destruição dos biofilmes microbianos – populações complexas de microrganismos que se formam no interior dos canais da raiz do dente e que provocam infeção –, por forma a assegurar o sucesso da intervenção”, afirma a UC.

Por isso, a investigação “focou-se em explorar novas estratégias terapêuticas e compará-las com as técnicas convencionais”.

Já aplicada com sucesso no tratamento de vários tipos de cancro, a terapia fotodinâmica caracteriza-se por não ser invasiva e por permitir “eliminar diferentes células envolvendo a combinação de um fotossensibilizador (medicamento) ativado com uma fonte de luz inofensiva”.

Neste estudo, os investigadores testaram, pela primeira vez, um derivado de clorofila extraída de uma alga como fotossensibilizador, adianta a UC, sublinhando que “os resultados foram altamente promissores”.


Foto de microscopia eletrónica de varimento que mostra os microrganismos (em biofilme) na dentina e nos canais deste material dentário

Da intensa bateria de testes realizados, primeiro em materiais de laboratório e posteriormente em material dentário humano colhido na prática clínica, “um fotossensibilizador, constituído por uma molécula de clorofila modificada, revelou-se muito mais eficaz relativamente às técnicas clássicas usadas atualmente na prática clínica” revelam os coordenadores do estudo, João Miguel Santos e Teresa Gonçalves, citados pela UC.

Além da “eficiente eliminação dos biofilmes microbianos (desinfeção dos canais da raiz do dente)”, este novo fotossensibilizador “não apresentou toxicidade para as células humanas. E ao contrário do que acontece com os antibióticos muitas vezes utilizados nestas infeções, o novo extrato natural não gera resistência bacteriana, uma questão crítica em saúde”, destacam ainda os investigadores e docentes da Faculdade de Medicina da UC João Miguel Santos e Teresa Gonçalves.

Considerando que “os biofilmes microbianos são a principal causa de infeção da raiz do dente e que o sucesso da desvitalização depende da completa eliminação desses biofilmes”, os investigadores estão otimistas: “A aplicação da terapia fotodinâmica na medicina dentária apresenta-se como uma estratégia de futuro. Os atuais tratamentos são insuficientes para garantir o sucesso da intervenção e evitar complicações a médio longo prazo”, acrescenta a UC.

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, estudos anteriores demonstraram que mais de 50% da população com idade superior a 50 anos sofre deste tipo de infeções. Por isso, concluem João Miguel Santos e Teresa Gonçalves, “é essencial apostar em abordagens avançadas para combater este problema e aumentar a taxa de sucesso do tratamento endodôntico”.

O estudo, que teve a colaboração das universidades de Aveiro e Federal de São Carlos (Brasil), foi desenvolvido ao longo de três anos e envolveu 13 investigadores de diferentes áreas (médicos dentistas, microbiologistas e químicos).

 

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