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Estamos em pleno período de alergias sazonais. Estas são caracterizadas pela manifestação de alguns
Menina com ar feliz no campo para ilustrar as alergias de primavera

As alergias não são todas iguais. Esta é uma verdade que diz respeito não só à forma como se manifestam, mas também aos agentes que causam as alergias. Quer isto dizer, que a manifestação de alguns sintomas, num determinado período do ano, caracteriza as alergias de sazonais. Habitualmente, o que causa as alergias de primavera são os pólenes. Já os alergénios, como os ácaros do pó, são responsáveis por alergias perenes, ou seja, as que ocorrem durante todo o ano.

Apesar de haver pólenes no ar atmosférico durante todo o ano, é na Primavera que as concentrações são mais elevadas. Mas, quer nesta estação quer no Verão, surgem outros agentes - por exemplo a alergia a veneno de insectos - que causam reacções alérgicas. Algumas são muito graves, podendo até ser fatais, embora a frequência seja baixa.

É ainda no decorrer da época estival, em que as elevadas temperaturas e as mudanças de ambiente e hábitos, muitas vezes dependentes do período de férias, condicionam o aparecimento de urticárias físicas, como a urticária solar. Estes doentes devem usar filtros solares de alta protecção e tomar anti-histamínicos.

Em Portugal a principal causa de alergia a pólenes são as gramíneas (fenos), muito frequentes na Primavera, atingindo o seu pico máximo habitualmente durante os meses de Maio e Junho. As concentrações dos pólenes existentes no ar, dependem da época de polinização, que é específica para cada planta, coincidindo para a maioria das plantas com a Primavera, pois dá-se uma subida da temperatura. Por isso, de ano para ano, existem variações na época polínica principal, em relação à altura do ano em que ocorre o pico de maior intensidade e em relação às concentrações observadas.

A explicação reside na influência de variáveis meteorológicas: a ocorrência de chuva (previamente à época polínica) condiciona fortes concentrações de pólenes quando a precipitação se interrompe, com os dias quentes e ventosos de Primavera; pelo contrário, um ano seco condiciona uma vaga polínica menos intensa, em particular das plantas mais sensíveis à falta de água, como as gramíneas.

Aconselha-se que consulte regularmente o Boletim Polínico que se encontra disponível todo o ano no site oficial da SPAIC, Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (www.spaic.pt).

Os sintomas

Os sintomas ocorrem na época de maior concentração dos pólenes, sendo desencadeados, em especial, no exterior dos edifícios, sobretudo com tempo quente, seco e ventoso e alteram em muito a qualidade de vida dos doentes alérgicos.

A alergia a pólenes é uma causa frequente de manifestações alérgicas, que podem ser do aparelho respiratório (asma e rinite), dos olhos (conjuntivite) ou da pele (urticária e eczema).

A rinite alérgica é a manifestação mais frequente. Pode atingir até 1/3 da população portuguesa e é caracterizada pela ocorrência de espirros, pelo nariz entupido, pela comichão e o pingo no nariz. Estes sintomas podem ser acompanhados por conjuntivite alérgica (olho vermelho, lacrimejo, comichão e inchaço).

Além da rinite, são igualmente frequentes a asma – dificuldade em respirar, pieira, cansaço fácil e tosse –, a urticária e o eczema – sintomas alérgicos da pele.

Lembrar que a alergia é uma resposta do nosso sistema imunitário a uma substância estranha ao organismo. Quando o sistema imunitário detecta a presença de elementos exteriores que considera perigosos (neste caso, o alergénio) liberta uma proteína designada por Imunoglobulina E (IgE). Esta proteína fixa-se na substância que provocou o alerta imunológico e fomenta a libertação de histamina e outras substâncias. É principalmente a histamina que, nos primeiros minutos, provoca os sintomas alérgicos: espirros, dispneia, prurido, etc.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
15 de maio - Dia Internacional da Sensibilização para as Mucopolissacaridoses
No mundo, estima-se que a MPS II afete 1 em cada 162 mil nascimentos, maioritariamente do género masculino, o que se traduz num...

A campanha #FlyforMPS é uma iniciativa criada pela Shire, biofarmacêutica líder global na área das doenças raras, no âmbito do Dia Internacional da Sensibilização para as Mucopolissacaridoses (MPS), com o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico das MPS através de um avião virtual que voa em redor do mundo (via site e redes sociais) partilhando histórias de pessoas portadoras de MPS e identificando novos casos.

O percurso que o voo #FlyforMPS está a percorrer tem como destino final a sensibilização para estas doenças, e o aumento de conhecimento e reconhecimento destes doentes. Esta é uma viagem importante porque o diagnóstico das MPS é difícil, desafiante, moroso e por vezes ignorado, impedindo uma intervenção atempada. Quanto mais pessoas conhecerem o #flyforMPS, maior possibilidade teremos de chegar atempadamente às pessoas com Síndrome de Hunter (MPS II) de forma a poderem receber tratamento específico, e viverem uma vida com mais qualidade.

As mucopolissacaridoses (MPS) são um grupo de doenças lisossomais de sobrecarga que pertencem ao grupo de doenças hereditárias do metabolismo. Englobam 11 tipos, mas apenas cinco têm tratamento específico aprovado, dentro das quais o Síndrome de Hunter, também designado por MPS II.

Para entrar no avião visite o site: https://www.mpsday.com/#/

 

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Nove regiões do continente e o arquipélago dos Açores apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à radiação...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Santarém, Portalegre, Évora e Beja e o arquipélago dos Açores apresentam hoje níveis muito elevados de exposição à radiação ultravioleta (UV).

O arquipélago da Madeira e as regiões de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Setúbal e Faro apresentam risco elevado.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo e vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando moderado de noroeste no litoral oeste, em especial durante a tarde, e sendo moderado a forte de nordeste, até final da manhã e a partir do final da tarde, nas terras altas.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral Centro, pequena subida da temperatura mínima na região Sul e subida da temperatura máxima.

As temperaturas mínimas vão variar entre 03 graus Celsius (em Bragança) e os 16 (em Faro) e as máximas entre 19 (na Guarda) e os 28 (em Faro e Santarém).

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul, aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas e vento moderado a forte de nordeste, soprando por vezes forte e com rajadas até 70 quilómetros por hora, nas terras altas e no extremo leste da ilha.

No Funchal, as temperaturas vão oscilar entre 17 e 23 graus Celsius.

Para os Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas e vento sul bonançoso.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão variar entre os 16 e os 21 graus, na Horta entre os 14 e os 21, em Angra do Heroísmo entre 14 e 19 e em Ponta Delgada entre 13 e 20.

Lisboa 2020
O Centro Hospitalar Barreiro Montijo anunciou ontem uma candidatura ao programa Lisboa 2020 para a aquisição de novos...

“Esta segunda candidatura do Centro Hospitalar Barreiro Montijo ao Lisboa2020, Programa Operacional que prevê a aquisição de novos equipamentos e substituição de outros já existentes, que permitam a modernização tecnológica de diagnóstico e terapêutica, garantido desta forma inovação e cuidados de saúde de qualidade”, refere o Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) em comunicado.

Segundo o documento, o objetivo da candidatura é adquirir um novo acelerador linear para o Serviço de Radioterapia, um mamógrafo para o Serviço de Imagiologia e um ecógrafo para o Serviço de Ginecologia, substituindo os equipamentos existentes.

“Em termos financeiros, esta candidatura representa um montante de cerca de três milhões de euros. Este investimento irá garantir um upgrade fundamental no parque tecnológico do CHBM, com a aquisição de equipamentos de maior e melhor acuidade diagnóstica e terapêutica”, acrescenta, salientando que será garantida uma melhoria dos cuidados prestados à população.

Em 2017, o CHBM apresentou uma outra candidatura ao Programa Lisboa2020.

O montante aprovado foi na ordem dos 790 mil euros, tendo adquirido 18 equipamentos, mais dois do que os previstos inicialmente, para os serviços de Anatomia Patológica, Bloco Operatório, Cardiologia, Oftalmologia, Gastrenterologia, Imagiologia, Pneumologia e Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).

Estudo
Um vírus descoberto recentemente em porcos é capaz de se infiltrar em células humanas e de outros animais, criadas em...

Investigadores da universidade do estado norte-americano de Ohio e da universidade holandesa de Utrecht são os primeiros a estudar a transmissão do 'deltacoronavírus porcino', que foi identificado em porcos da China em 2012 mas que só se associou a doença quando vários animais jovens nos Estados Unidos foram acometidos de diarreia aguda e vómitos.

A doença, que pode ser fatal, não foi comunicada em nenhum ser humano mas essa possibilidade preocupa os cientistas, refere um comunicado da universidade de Ohio divulgado hoje.

O novo vírus preocupa sobretudo veterinários e especialistas em saúde pública porque é semelhante a outros vírus potencialmente fatais.

A propagação entre espécies depende da capacidade de o vírus se ligar a recetores nas células do animal.

"Um recetor é como uma fechadura. Se o vírus a conseguir abrir, pode entrar na célula e infetar", afirmou o principal investigador, Scott Kenney.

Já se sabe que outros coronavírus podem usar estes recetores celulares que se encontram nos tractos digestivos e respiratórios de várias espécies animais diferentes.

Embora o único contágio só tenha acontecido em laboratório, o vírus tem a capacidade de se infiltrar em células humanas, de gatos e de galinhas.

"Isso não prova que este vírus consiga infetar e provocar doenças nas outras espécies, mas isso é o que queremos saber, obviamente", acrescentou Scott Kenney.

O próximo passo da investigação será estudar os anticorpos no sangue que possam indicar a presença de uma infeção com o vírus.

Sindicatos e Governo
Cerca de 20 mil trabalhadores com contrato individual de trabalho na área da saúde vão ter mais dias de férias, 35 horas de...

A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) assinaram hoje com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, um texto que veio clarificar a situação referente aos dias de férias destes trabalhadores, depois do acordo coletivo de trabalho assinado no passado dia 04 de maio, que equiparou estes funcionários aos trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), José Abraão, explicou que o texto hoje assinado veio esclarecer algumas questões que tinham ficado por resolver entre o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças, nomeadamente as férias.

Hoje foi reconhecido que estes trabalhadores vão ter direito a 22 dias de férias e mais um dia por cada dez anos de serviço, uma alteração “muito importante para os trabalhadores”, disse José Abraão, esperando agora pela “rápida publicação” do acordo, “para que no dia 31 de julho estes trabalhadores possam de facto ter as 35 horas”.

O acordo vai trazer também 35 horas de trabalho semanal para todos os contratos individuais de trabalho nos hospitais com natureza de entidade pública empresarial (EPE), o direito a uma carreira e respetiva progressão, bem como o regime de férias, que tem uma majoração de um dia por cada dez anos de serviço, adiantou José Abraão.

Os sindicatos esperam agora que o Ministério da Saúde crie rapidamente as condições para que os cerca de 20 mil trabalhadores abrangidos por este “importante acordo” possam inscrever-se na ADSE.

“É um acordo muito importante, é um acordo histórico que vem um ano e meio depois de o Governo ter reposto as 35 horas para a esmagadora maioria dos trabalhadores da Administração Pública, na altura estes ficaram para trás, e desta forma ser feita justiça, resolvendo tratar igual aquilo que é definitivamente igual”, salientou José Abraão.

Segundo o dirigente sindical, o acordo vai também “contribuir para que, a prazo, estes trabalhadores, por intermédio da negociação coletiva, possam ver melhoradas as suas condições de vida e de trabalho”.

Com este acordo coletivo, alcançado depois de uma greve de dois dias dos trabalhadores da saúde, com exceção dos médicos e enfermeiros, os técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais passam a ter uma carreira com retribuição e progressão idênticas aos trabalhadores em funções públicas.

Incêndios
As vítimas dos incêndios de junho e de outubro do ano passado vão passar a estar isentas do pagamento de taxas moderadoras na...

A isenção será válida durante um ano, de acordo com o despacho assinado pelos secretários de Estado do Ministério da Saúde e que é hoje publicado em Diário da República, determinando que o horizonte temporal pode ser prolongado por solicitação da vítima e depois de reavaliação das autoridades.

Segundo o diploma, as vítimas dos incêndios de junho e outubro de 2017 “têm direito à isenção do pagamento de taxas moderadoras, à dispensa gratuita de medicamentos, produtos tópicos e ajudas técnicas, e à gratuitidade do transporte não urgente associado à realização de prestações de saúde, tratamentos e ou exames complementares de diagnóstico e terapêutica”.

A identificação e validação da condição de vítima dos incêndios florestais cabe às administrações regionais de Saúde (ARS), mediante requerimento dos interessados, segundo o despacho que entra em vigor na terça-feira.

Os incêndios de junho e outubro do ano passado provocaram 115 mortos e mais de 300 feridos.

OMS
A Organização Mundial de Saúde lançou um plano para ajudar os países a eliminar gorduras 'trans' da alimentação da...

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a eliminação das gorduras ‘trans’ (processadas a nível industrial) é “fundamental para prevenir mortes em todo o mundo”, uma vez que o consumo deste tipo de alimentos é responsável pela morte de mais de 500.000 de pessoas, anualmente, em consequência de doenças cardíacas.

Vários países, incluindo a Dinamarca, introduziram já limites legais para os óleos processados o que “permitiu praticamente eliminar” as gorduras ‘trans’ da alimentação de crianças e adultos.

Tom Frieden, ex-diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano (CDC, na sigla em inglês), apelidou as gorduras ‘trans’ de “um químico desnecessário que mata”, evidenciando que Nova Iorque as erradicou “há uma década”.

Ministro da Saúde
A Associação Protetora dos Diabéticos Portugueses vai passar a realizar mais cirurgias às cataratas para ajudar o Serviço...

No final da cerimónia que hoje assinalou o aniversário “da associação de doentes mais antiga do mundo”, o ministro Adalberto Campos Fernandes considerou que a Associação Protetora dos Diabéticos Portugueses (APDP) tem condições para fazer mais cirurgias às cataratas e para contribuir para reduzir as listas de espera no SNS.

O presidente da APDP, José Manuel Boavida, explicou aos jornalistas que ainda terão de ser feitos acordos com cada administração regional de Saúde relativamente ao alargamento da cirurgia às cataratas, de acordo com as necessidades de cada região.

Segundo José Boavida, a APDP está atualmente a realizar muito menos cirurgias para o SNS do que é a sua capacidade, respeitando o teto que está contratualizado com o Estado.

“Se cumprirmos o teto das cirurgias de forma seguida, temos a nossa capacidade esgotada em março e fechamos o bloco”, exemplificou, acrescentando que a Associação tem mais capacidade e pode ajudar a reduzir as listas de espera para a cirurgia às cataratas.

O presidente da APDP lembra que a diabetes é um dos principais potenciais precursores das cataratas.

A cirurgia às cataratas é a cirurgia mais realizada em oftalmologia em todo o mundo.

Durante a cerimónia que hoje assinalou o 92.º aniversário da APDP, o ministro da Saúde anunciou ainda que o novo diretor do Programa Nacional para a Diabetes vai ser o subdiretor-geral da Saúde Diogo Fonseca da Cruz, como a agência Lusa tinha noticiado no domingo.

Diogo Fonseca da Cruz é especialista em medicina interna e é atualmente subdiretor-geral da Saúde.

Hoje, além o aniversário da Associação, o Ministério da Saúde estabeleceu com a APDP "um novo compromisso de cooperação" para os próximos cinco anos, consolidando a prestação de cuidados prestados pela associação a utentes do SNS.

Este compromisso foi assinado entre a associação, todas as administrações regionais de Saúde e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

O acordo deve ter início em janeiro de 2019 e estender-se a 31 de dezembro de 2023 e permite que a APDP continue a prestar cuidados às pessoas com diabetes, desde consultas a tratamentos ou exames.

A associação ajuda a cuidar de cerca de 50 mil pessoas com diabetes, doença que em Portugal afeta mais de um milhão de pessoas.

O principal acordo que a associação tem firmado é com a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, mas o novo compromisso vai ainda "normalizar os acordos" com a região do Alentejo e do Algarve.

Com a zona Centro, o novo compromisso de cooperação servirá sobretudo para dar apoio a pessoas das áreas de Castelo Branco e Covilhã, zonas com "grande carência", e com população que tem os familiares essencialmente em Lisboa.

Com a zona Norte, o acordo servirá fundamentalmente para dar apoio em situações pontuais.

Entre 85% a 90% por cento das pessoas a quem são prestados cuidados na Associação são utentes do SNS.

Por dia, a diabetes é diagnosticada a cerca de 200 novos doentes. A prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) é de 13,3%, isto é, mais de um milhão de portugueses.

A este número juntam-se mais de dois milhões de pessoas com pré-diabetes. Esta é uma doença crónica com elevada incidência nos subtipos 1 e 2 que, apesar dos múltiplos investimentos ao nível do diagnóstico precoce e dos avanços terapêuticos, continua a envolver elevados custos económicos, sociais e humanos, lembra a APDP.

Governo
O Ministério da Saúde definiu hoje, por despacho, as competências, composição e modo de funcionamento do Grupo de Avaliação de...

Em despacho hoje publicado, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, destaca a importância deste grupo de trabalho que vai fazer a avaliação técnico-científica de matérias relacionadas com produtos biocidas de uso veterinário e produtos biocidas de proteção da madeira, e emitir pareceres solicitados pelo diretor-geral de Alimentação e Veterinária.

“As tarefas de avaliação de substâncias ativas, de produtos biocidas de uso veterinário ou produtos biocidas de proteção da madeira são etapas fundamentais no processo de disponibilização destes produtos biocidas no mercado”, salienta o governante no documento.

Os biocidas de uso veterinário, salienta Fernando Araújo, constituem um “recurso importante” para a promoção da saúde e do bem-estar dos animais e, consequentemente, da saúde pública.

Também a disponibilização no mercado de produtos biocidas para proteção da madeira visa, de igual modo, “uma adequada proteção” da madeira contra os agentes nocivos e a sua utilização em segurança e sem efeitos adversos sobre a saúde humana e ambiente, acrescenta.

No final do ano passado, o ministro do Ambiente anunciou a preparação de legislação para definir o limite de biocidas (como por exemplo o cloro, cuja concentração inibe o desenvolvimento, por exemplo, da bactéria da ‘legionella’) nos edifícios, tornar obrigatórias auditorias que garantam a qualidade do ar interior e criar um regime sancionatório para os incumpridores.

Centro Hospitalar do Porto disponibiliza angioplastia das artérias pulmonar
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular vai promover uma iniciativa formativa inovadora em Portugal sobre o...

“O CHP é centro de referência para o tratamento da hipertensão pulmonar, tendo iniciado recentemente o programa de angioplastia pulmonar, com o apoio do Dr. Philippe Brenôt (Diretor Adjunto do Polo de Imagem e de Terapêuticas de Intervenção do Hospital Marie-Lannelongue, Paris), um dos cardiologistas de intervenção com maior experiência e maior contributo para o desenvolvimento da técnica, e que estará presente no evento. Trata-se de um tratamento relevante dada a elevada prevalência de doentes com hipertensão secundária a embolia pulmonar e com caráter multidisciplinar”, explica o médico Renato Fernandes, coordenador da iniciativa D@CL.

A hipertensão pulmonar tromboembólica crónica carateriza-se pela persistência de trombos sob a forma de tecido organizado obstruindo as artérias pulmonares. A consequência é um aumento da resistência vascular pulmonar resultando em hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca direita progressiva.

Este curso insere-se na iniciativa D@CL que pretende promover ações de formação práticas e dinâmicas, com o objetivo de adquirir ou partilhar conhecimento em procedimentos inovadores e complexos, em cardiologia de intervenção. A iniciativa da APIC teve início em 2015.

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular. Para mais informações consulte: www.apic.pt.

Avaliação de riscos
A União Europeia decidiu hoje submeter dois novos canabinóides sintéticos que já provocaram várias mortes na Europa a medidas...

“As substâncias em causa são o ADB-CHMINACA e o CUMYL-4CN-BINACA, que têm suscitado preocupações de saúde na Europa”, adianta o Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (EMCDDA, sigla em inglês) em comunicado.

As decisões de execução do Conselho da UE, com base em propostas da Comissão Europeia, foram adotadas na fase final do procedimento jurídico de três etapas, concebido para responder às novas substâncias psicoativas que podem suscitar problemas de saúde pública e ameaças sociais.

Os efeitos prejudiciais ligados à utilização das duas substâncias foram comunicados pelos Estados-Membros através do Sistema de Alerta Rápido da União Europeia, gerido pelo EMCDDA e pela Europol.

As decisões de hoje baseiam-se nas conclusões das avaliações de risco formais das substâncias, conduzidas pelo Comité Científico alargado do EMCDDA em novembro de 2017, com a participação de peritos adicionais dos Estados-Membros da UE, da Comissão Europeia, da Europol e da Agência Europeia de Medicamentos.

As avaliações ponderaram os riscos sociais e para a saúde das drogas, bem como o tráfico internacional e o envolvimento do crime organizado, refere o comunicado.

Disponível na UE desde, pelo menos, 2014, o ADB-CHMINACA foi detetado em 17 Estados-Membros, na Turquia e na Noruega. No momento da avaliação dos riscos, foram confirmadas 13 mortes por exposição à substância, que foram comunicadas pela Alemanha, Hungria e Suécia.

O CUMYL-4CN-BINACA está disponível no mercado de droga da UE desde pelos menos 2015 e foi detetado em 11 Estados-Membros e na Turquia. No momento da avaliação do risco, 11 mortes com exposição confirmada às substâncias foram comunicadas pela Hungria e Suécia.

Segundo a EMCCDA, as duas substâncias são tipicamente encontradas em "misturas para fumar" à base de plantas ou na forma de pó, mas também estão disponíveis noutras preparações, como nos cigarros eletrónica a vapor ou pedaço de papel para mastigar.

Após a publicação das decisões no Jornal Oficial da União Europeia, os Estados-Membros terão um ano para introduzir os controlos na legislação nacional.

Os canabinóides sintéticos têm efeitos semelhantes ao THC (tetra-hidrocanabinol, a principal substância psicoativa da canábis, mas com toxicidade adicional que ameaça a vida.

Desde de 2006 que as drogas legais sintéticas, também conhecidas como ‘legal highs’, têm sido comercializadas na Europa como substitutos “legais” da canábis.

Das nove avaliações de risco realizadas pelo Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência em 2017, quatro estavam relacionadas com canabinóides sintéticos.

De 16 a 20 maio são esperados 2 mil especialistas
É o único encontro em que se é dado destaque às mais de 80 doenças autoimunes que se conhece hoje em dia e que junta cerca de...

E este ano o 11º Congresso Internacional de Autoimunidade realiza-se em Lisboa, presidido por um internista, Yehuda Shoenfeld, figura cimeira da autoimunidade mundial, e contando com quatro especialistas de Medicina Interna em lugares de destaque: Carlos Vasconcelos, no cargo de presidente honorário, e Jorge Martins, Carlos Dias e Luís Campos em três das cinco vice-presidências.

“As doenças autoimunes estão em crescendo”, confirma Carlos Vasconcelos. “De facto existe evidência de que as as doenças autoimunes estão a aumentar e há uma série de razões para que se tenha mais doenças autoimunes, não só porque as pessoas vão mais ao médico, mas também devido a fatores ambientais, que explicam parte do risco”, acrescenta o especialista.

Estabelecido por Yehuda Shoenfeld, este congresso, que se realiza de dois em dois anos, constitui uma rede de líderes internacionais em imunologia, reumatologia e noutras áreas, que dão o seu contributo para a autoimunidade. Uma dessas áreas é a Medicina Interna, até porque, explica Carlos Vasconcelos, “as doenças autoimunes são doenças sistémicas, podem envolver todo o organismo e ninguém melhor para se dedicar a estas doenças do que os internistas”.

A Medicina Interna em Portugal, através de mais de 300 médicos que se dedicam a esta área, assegura consultas de doenças autoimunes em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, tratando mais de 30.000 doentes e garantindo o acesso a uma abordagem atempada e diferenciada a terapêuticas inovadoras de forma equitativa, a nível nacional.

 

Investigadores portugueses
Um estudo liderado por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) revela que a terapia fotodinâmica é eficaz no tratamento...

O estudo, desenvolvido sob liderança de especialistas da Área de Medicina Dentária e do Instituto de Microbiologia da Faculdade de Medicina e do Centro de Neurociências e Biologia Celular (no âmbito do trabalho de doutoramento de Patrícia Diogo), já foi publicado nas revistas ‘Frontiers in Microbiology’ e ‘Photodiagnosis and Photodynamic Therapy’, refere a UC numa nota enviada hoje à agência Lusa.

“Um dos grandes problemas atuais do tratamento endodôntico, comummente conhecido como desvitalização do dente, é garantir a completa destruição dos biofilmes microbianos – populações complexas de microrganismos que se formam no interior dos canais da raiz do dente e que provocam infeção –, por forma a assegurar o sucesso da intervenção”, afirma a UC.

Por isso, a investigação “focou-se em explorar novas estratégias terapêuticas e compará-las com as técnicas convencionais”.

Já aplicada com sucesso no tratamento de vários tipos de cancro, a terapia fotodinâmica caracteriza-se por não ser invasiva e por permitir “eliminar diferentes células envolvendo a combinação de um fotossensibilizador (medicamento) ativado com uma fonte de luz inofensiva”.

Neste estudo, os investigadores testaram, pela primeira vez, um derivado de clorofila extraída de uma alga como fotossensibilizador, adianta a UC, sublinhando que “os resultados foram altamente promissores”.


Foto de microscopia eletrónica de varimento que mostra os microrganismos (em biofilme) na dentina e nos canais deste material dentário

Da intensa bateria de testes realizados, primeiro em materiais de laboratório e posteriormente em material dentário humano colhido na prática clínica, “um fotossensibilizador, constituído por uma molécula de clorofila modificada, revelou-se muito mais eficaz relativamente às técnicas clássicas usadas atualmente na prática clínica” revelam os coordenadores do estudo, João Miguel Santos e Teresa Gonçalves, citados pela UC.

Além da “eficiente eliminação dos biofilmes microbianos (desinfeção dos canais da raiz do dente)”, este novo fotossensibilizador “não apresentou toxicidade para as células humanas. E ao contrário do que acontece com os antibióticos muitas vezes utilizados nestas infeções, o novo extrato natural não gera resistência bacteriana, uma questão crítica em saúde”, destacam ainda os investigadores e docentes da Faculdade de Medicina da UC João Miguel Santos e Teresa Gonçalves.

Considerando que “os biofilmes microbianos são a principal causa de infeção da raiz do dente e que o sucesso da desvitalização depende da completa eliminação desses biofilmes”, os investigadores estão otimistas: “A aplicação da terapia fotodinâmica na medicina dentária apresenta-se como uma estratégia de futuro. Os atuais tratamentos são insuficientes para garantir o sucesso da intervenção e evitar complicações a médio longo prazo”, acrescenta a UC.

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, estudos anteriores demonstraram que mais de 50% da população com idade superior a 50 anos sofre deste tipo de infeções. Por isso, concluem João Miguel Santos e Teresa Gonçalves, “é essencial apostar em abordagens avançadas para combater este problema e aumentar a taxa de sucesso do tratamento endodôntico”.

O estudo, que teve a colaboração das universidades de Aveiro e Federal de São Carlos (Brasil), foi desenvolvido ao longo de três anos e envolveu 13 investigadores de diferentes áreas (médicos dentistas, microbiologistas e químicos).

 

Artigo de Opinião
O momento do diagnóstico pode ser um dos mais dramáticos da nossa vida.

No entanto, com a saúde não se brinca e ignorar ou colocar a cabeça na areia não é definitivamente a melhor estratégia. A minha experiência enquanto Medical Coach diz-me que os momentos que se seguem ao dia em que nos foi diagnosticado este ou aquele quadro clínico são os momentos mais difíceis, porque pomos em causa muitas coisas nas nossas vidas, porque entramos num carrossel de emoções, porque facilmente nos podemos vitimizar e entrar num registo negativo que em nada nos vai ajudar.

Assim, um dos primeiros passos a dar com um cliente num acompanhamento de Medical Coaching é exactamente definir quem é que quero ser agora que sei do meu diagnóstico, agora que tenho um intruso a viver comigo e que não foi convidado (intruso esse que pode ser o cancro ou outra doença que lhe foi diagnosticada), agora que decidi enfrentar este desafio.

Quem quero SER? Mais do que estar, mais do que passar esta fase, sobreviver estes dias, é SER! E assim começamos a dar os primeiros passos num processo cujo intuito é restabelecer o seu equilíbrio e fornecer-lhe recursos mentais e emocionais, desenvolvendo a sua resiliência emocional, para que volte a gerir as suas capacidades de um lugar em que é um todo e não apenas a soma das partes. Tal como em jogos de equipas, muitas vezes, um jogador não está no seu melhor e os outros ajudam-no e contrabalançam, no Medical Coaching também vamos pedir ajuda e convocar as nossas outras partes, sejam elas a física, a emocional, a racional e/ou a espiritual. Criar uma visão de quem quero ser é muito importante para esta caminhada.

O destino é fundamental para que saibamos criar o equilíbrio desejado na caminhada, quer ao nível das emoções, quer ao nível do corpo, ou mesmo do tempo. Saber qual o meu propósito ou, melhor ainda, com que propósito quero ser «isto ou aquilo», ser «assim ou assado», vai ajudá-lo a identificar o que realmente o move neste (ou com este) quadro médico e vai criar clareza e motivação para pôr pernas ao caminho. Este importante primeiro passo não se aplica apenas a clientes de Medical Coaching que souberam agora do seu diagnóstico, aplica-se a todos os clientes que querem criar uma mudança na sua saúde e vida. Já a Alice do País das Maravilhas dizia, que quando não sabemos para onde vamos, qualquer caminho serve. Assim, se não sabemos quem queremos ser, qualquer reação/emoção/comportamento serve. E todos sabemos que não é bem assim.

Para efetuar uma mudança, para ultrapassar um desafio um encolher de ombros não serve, um “nem estou nem aí” não ajuda. Por ser a nossa vida, a nossa saúde, é que é fundamental definirmos que tipo de paisagem queremos ver, porque até pode acontecer que esta seja a última que vejamos nesta vida. Mais vale então que seja bonita e que ao olhar para essa paisagem viva momentos e sinta emoções que realmente quer e vale a pena vivenciar e expressar!

Cá o espero, para juntos darmos o primeiro de muitos passos!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ambientalistas
Os ambientalistas da Zero propõem ao Governo que se junte aos países do Mediterrâneo para definir áreas de emissões reduzidas...

A proposta da Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, vai no sentido de o Governo iniciar "uma articulação com os países do Mediterrâneo, origem ou destino maioritário do tráfego da zona costeira de Portugal continental, de forma a implementar tão rapidamente quanto possível uma área de controlo de emissões" para o enxofre e o azoto, possibilidade prevista na convenção da Organização Marítima Internacional.

Os navios são uma "fonte significativa de poluição atmosférica nas cidades portuárias e ao longo da costa portuguesa", salienta a associação.

Aquela zona de controlo de emissões iria ligar a área já existente do Mar Báltico, Mar do Norte e Canal da Mancha ao Mediterrâneo.

Nas áreas de redução de emissões, explica a Zero em comunicado, o combustível a ser utilizado nas embarcações não poderia ter mais de 0,1% de enxofre (atualmente 3,5% para todos os navios, exceto de passageiros que têm de usar 1,5%), valor mais baixo que os 0,5% previstos para 2020.

Quanto ao azoto, aponta que "os novos navios têm de utilizar tecnologias que permitam uma redução significativa das emissões de óxidos de azoto".

A Zero estima que as reduções de emissões em relação aos níveis atuais seriam de 93% no enxofre, e de 23,5% nos óxidos de azoto, com efeitos na melhoria da qualidade do ar em Portugal.

Segundo as contas da Zero, com base em dados do tráfego marítimo, na Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal continental, no trajeto entre o Norte e o Mediterrâneo, passam cerca de 110 navios de carga, 30 navios-tanque (petroleiros) e dois grandes navios de cruzeiro, por dia.

Ao recorrer ao guia para o inventário de emissões atmosféricas da Agência Europeia de Ambiente (EEA na sigla em inglês), a associação conclui que os navios "totalizam aproximadamente uma emissão de 31 mil toneladas de dióxido de enxofre por ano, representando um acréscimo de 90% às emissões deste poluente em Portugal continental em 2016 e 85 mil toneladas de óxidos de azoto, representando um acréscimo de 58% das emissões deste poluente em relação ao total do país".

As embarcações são "uma fonte de poluição atmosférica muito significativa", afetando a qualidade do ar das zonas litorais face à predominância de ventos de oeste e noroeste que levam a poluição do mar para terra.

Na poluição dos barcos nas cidades portuárias, há uma preocupação crescente da Zero com os grandes navios de cruzeiros, nomeadamente em Lisboa, os quais "causam elevadas emissões de enxofre, azoto e principalmente partículas, muitas delas de maior toxicidade por serem ultrafinas, tendo vários estudos apontado para situações graves em outros portos".

Ao contrário do que acontece no transporte rodoviário, cujas emissões contribuem para as alterações climáticas, no transporte marítimo não têm sido fixadas metas de redução.

Segundo estudos referidos pela Zero, a poluição atmosférica associada à navegação internacional contribui para cerca de 50 mil mortes prematuras por ano na Europa, com um custo anual para a sociedade de mais de 58 mil milhões de euros.

A Zero é uma das entidades não governamentais que participam na organização da 2.ª conferência internacional sobre transporte marítimo no Mediterrâneo, que decorre na terça-feira, em Paris, uma iniciativa do Ministério da Transição Ecológica e Solidariedade de França para um debate que envolve áreas como a indústria naval, portos e cidades.

Radiação Ultravioleta
Quatro regiões do continente, Madeira e Açores apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV)...

Lisboa, Setúbal, Portalegre e Aveiro apresentam hoje níveis elevados de exposição à radiação UV, segundo o IPMA, que colocou as restantes regiões do continente com risco moderado.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje nas regiões Norte e Centro do continente céu geralmente muito nublado, diminuindo de nebulosidade a partir do meio da tarde, períodos de chuva fraca ou chuvisco a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela até meio da tarde.

Está também previsto vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando por vezes forte com rajadas até 65 quilómetros por hora no litoral, em especial durante a tarde, e nas terras altas.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e subida de temperatura, mais significativa da máxima.

Na região Sul prevê-se céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade nas regiões do interior durante a tarde, vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando por vezes forte com rajadas até 65 quilómetros por hora no litoral oeste, em especial durante a tarde, e nas terras altas e subida de temperatura, mais significativa da máxima.

As temperaturas mínimas no continente vão oscilar entre 04 graus Celsius (na Guarda) e os 12 (em Lisboa e em Faro) e as máximas entre os 16 (na Guarda) e os 28 (em Faro).

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul, aguaceiros, em geral fracos, mais frequentes nas vertentes norte e terras altas e vento moderado a forte de nordeste, soprando forte, com rajadas até 70 quilómetros por hora, nas terras altas.

No Funchal, as temperaturas vão oscilar entre 16 e 21 graus Celsius.

Para os Açores, o IPMA prevê períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento bonançoso a moderado.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão variar entre 15 e 22 graus, na Horta entre 15 e 20, em Angra do Heroísmo entre 13 e 19 e em Ponta Delgada entre 14 e 19.

Ordem dos Médicos alerta
A Ordem dos Médicos afirmou que a urgência do Hospital dos Covões, em Coimbra, está sem capacidade de resposta da cirurgia em...

O Serviço de Urgência do Hospital dos Covões, que integra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), "está sem capacidade de resposta nalguns turnos de cirurgia", denunciou hoje a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), em nota de imprensa enviada à agência Lusa, onde alerta também para o risco de a equipa de cirurgia do serviço não conseguir sequer "cumprir os requisitos mínimos" definidos pelo colégio de especialidade, a partir de junho.

"Já há dias em que a escala é constituída apenas por um especialista e um interno. E, durante a noite, apenas está escalado um cirurgião", afirma o presidente da SRCOM, Carlos Cortes, citado na nota.

Segundo a SRCOM, o Colégio de Cirurgia da Ordem dos Médicos estabelece um número mínimo de três especialistas na equipa de cirurgia geral na urgência.

Para Carlos Cortes, o que se está a passar no Hospital dos Covões é a destruição de "um polo importante da saúde em Coimbra, que merecia ser valorizado".

Na nota em que a secção regional condena "as graves irregularidades" no serviço de cirurgia, é pedido ao Ministério da Saúde que ponha "cobro a esta situação alarmante".

"Esta é uma situação gravosa para os doentes. A inexistência de uma escala completa de cirurgiões na urgência deste hospital constitui uma ameaça para a população. Deixar de ter médicos para operar em situações urgentes ou emergentes não é digna de um serviço de urgência de um país civilizado", sublinha Carlos Cortes, considerando que, pouco a pouco, o Hospital dos Covões "está a ser esvaziado das suas valências".

Segundo presidente da SRCOM, a situação na urgência agravou-se agora "com a ausência de concurso para os dois cirurgiões recém-especialistas", o que poderá ter como resultado o não cumprimento dos requisitos mínimos já a partir de junho para o serviço de urgência daquele hospital, situado na margem esquerda do Mondego.

De acordo com a nota, estão a ser desencadeados os procedimentos para verificar se o serviço "poderá continuar a servir os doentes".

Para Carlos Cortes, esta situação "é apenas uma das partes visíveis das tremendas dificuldades naquela unidade do CHUC", considerando que o problema de base centra-se no desaparecimento de um hospital inteiro, "quando se deveria ter mais ambição e aproveitar as instalações de modo a oferecer mais cuidados diferenciados e alargados".

A agência Lusa tentou obter uma resposta por parte do CHUC, mas sem sucesso.

Nomeação
O novo diretor do Programa Nacional para a Diabetes vai ser o subdiretor-geral da Saúde Diogo Fonseca da Cruz, disse à agência...

Diogo Fonseca da Cruz é especialista em medicina interna e é atualmente subdiretor-geral da Saúde.

O Programa para a Diabetes estava sem diretor desde o início do ano, tendo sido até então liderado por Cristina Valadas.

Segundo fonte oficial do Ministério da Saúde, a escolha do subdiretor-geral para liderar este programa da diabetes tem a ver com a prioridade que o Ministério pretende dar ao programa, sobretudo ao nível da prevenção e também do combate e controlo da doença.

O diretor do Programa terá também um conselho científico composto por representantes das ordens dos Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos e Nutricionistas, bem como da Sociedade de Diabetologia, da Sociedade de Endocrinologia, da Sociedade de Medicina Interna, da Sociedade de Pediatria e da Associação de Medicina Geral e Familiar.

Na segunda-feira, o Ministério da Saúde e a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vão estabelecer "um novo compromisso de cooperação" para os próximos cinco anos, consolidando a prestação de cuidados prestados pela associação a utentes do SNS.

Segundo disse à agência Lusa o presidente da APDP, José Boavida, este compromisso será assinado entre a associação, todas as administrações regionais de Saúde e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

O acordo deve ter início em janeiro de 2019 e estender-se a 31 de dezembro de 2023 e permite que a APDP continue a prestar cuidados às pessoas com diabetes, desde consultas a tratamentos ou exames.

Segundo José Manuel Boavida, a associação ajuda a cuidar de cerca de 50 mil pessoas com diabetes, doença que em Portugal afeta mais de um milhão de pessoas.

O principal acordo que a associação tem firmado é com a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, mas o novo compromisso vai ainda "normalizar os acordos" com a região do Alentejo e do Algarve.

Com a zona Centro, o novo compromisso de cooperação servirá sobretudo para dar apoio a pessoas das áreas de Castelo Branco e Covilhã, zonas com "grande carência", e com população que tem os familiares essencialmente em Lisboa.

Com a zona Norte, o acordo servirá fundamentalmente para dar apoio em situações pontuais.

"No fundo, a preocupação da Associação é manter e assegurar os serviços que temos prestado e criar condições para respondermos com mais proximidade", afirmou à Lusa o presidente da APDP.

José Manuel Boavida considera fundamental "um compromisso para reforçar a integração da APDP no Serviço Nacional de Saúde", lembrando que 85% a 90% por cento das pessoas a quem são prestados cuidados na Associação são utentes do SNS.

Por dia, a diabetes é diagnosticada a cerca de 200 novos doentes. A prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) é de 13,3%, isto é, mais de um milhão de portugueses.

A este número juntam-se mais de dois milhões de pessoas com pré-diabetes. Esta é uma doença crónica com elevada incidência nos subtipos 1 e 2 que, apesar dos múltiplos investimentos ao nível do diagnóstico precoce e dos avanços terapêuticos, continua a envolver elevados custos económicos, sociais e humanos, lembra a APDP.

SPC alerta para insuficiência cardíaca
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) assinala o mês do coração, em maio, através de uma campanha que desafia os...

Com o mote “O seu coração é capaz?”, a campanha tem como objetivo alertar os portugueses para a importância de ter um coração capaz “que arrisca pela vida, mas que não arrisca a vida”.

Em média, por dia, quase 100 pessoas perdem a vida em consequência das doenças cardiovasculares, a primeira causa de morte em Portugal, representando 29,7% da mortalidade em Portugal, num impacto superior a 330 milhões de euros para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

De acordo com a SPC, 55% da população portuguesa entre os 18 e os 79 anos têm dois ou mais fatores de risco, enquanto mais de metade tem excesso de peso ou obesidade e 40% sofrem de hipertensão arterial.

Colesterol elevado, hipertensão arterial, excesso de peso e obesidade, diabetes mellitus, alimentação, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, consumo de drogas e stress são os fatores de risco que, de acordo com a sociedade, podem ser controlados.

Das mortes registadas anualmente, mais de 3.000 devem-se a Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e quase 850 a enfartes agudos do miocárdio (ataque cardíaco), sendo estas doenças responsáveis pelo internamento de quase 37 mil portugueses.

Nos casos de morte súbita registados, há 12.000 tentativas de ressuscitação, através da aplicação de manobras de reanimação cardiopulmonar, mas apenas 681 cidadãos chegaram vivos ao hospital e em 57% dos casos não é sequer realizada qualquer manobra de reanimação até à chegada de meios de socorro.

A insuficiência cardíaca atinge meio milhão de portugueses, mas a maior parte dos portugueses não sabe identificar os sintomas e 86% apenas “ouviu falar” da doença que irá afetar um quinto das pessoas em alguma altura das suas vidas.

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