APCP e SECPAL assinam um memorando de colaboração
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos e a Sociedad Española de Cuidados Paliativos assinaram no passado dia 18 de maio...

Esta parceria surge como resultado dos últimos desenvolvimentos relativos ao debate sobre a Eutanásia e Suicídio Medicamente Assistido que decorrem em Portugal e Espanha, mas sobretudo ao relevante interesse público dedicado ao fim de vida em ambos os países, onde a acessibilidade e qualidade destes cuidados são uma necessidade urgente de saúde pública.

Duarte Soares, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), sublinha que caso as propostas de despenalização da Eutanásia venham a ser aprovadas “estaremos perante uma mudança de paradigma preocupante. O Estado Português, que tarda em cumprir as recomendações nacionais e internacionais no acesso a cuidados paliativos, terá agora a obrigação de matar os nossos concidadãos, sempre que os pedidos forem aprovados. Esta é uma votação prematura, que não serve o interesse dos nossos concidadãos. A verdadeira urgência está na luta por um direito humano e prioridade de saúde pública que, apesar de universal, tem sido sistematicamente negligenciado. A necessidade de, enquanto sociedade, oferecermos cuidados de fim de vida humanizados e da mais alta qualidade - incluindo cuidados paliativos - a todos e cada um dos nossos concidadãos”.

Este memorando refere também a importância do cumprimento das políticas nacionais e internacionais para o fim de vida de todos os cidadãos e também a urgência de assegurar o fácil e atempado acesso a todos os níveis e tipologias de serviços de cuidados paliativos, estando alguns grupos de pacientes ainda mais afastados deste tipo de serviços, nomeadamente as crianças, os idosos ou os portadores de doenças não oncológicas.

Estudo
Um novo estudo publicado no “The Journal of Nutrition” mostrou que consumir uma porção de iogurte no início de uma refeição...

O estudo conduzido por investigadores da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, pretendeu descobrir se o iogurte exercia benefícios sobre a inflamação do organismo, anulando-a ou, pelo menos, diminuindo-a.

Num primeiro ensaio, escreve o Sapo, os cientistas recrutaram 120 mulheres em fase de pré-menopausa, metade das quais obesas.

Metade das participantes receberam cerca de 350 mililitros diários de iogurte magro, durante nove semanas. A outra metade recebeu um alimento não lácteo. Como resultado, as participantes que tinham consumido iogurte evidenciavam uma redução significativa dos marcadores inflamatórios.

No segundo ensaio, durante nove semanas, as mulheres receberam uma refeição altamente calórica para exercer stress sobre o seu metabolismo. A refeição consistia num pequeno-almoço rico em gordura e hidratos de carbono com cerca de 900 calorias. Metade das participantes iniciaram a refeição com uma porção de iogurte e a outra metade com um alimento não lácteo.

Nas horas que se seguiram à refeição, durante a digestão da mesma, as mulheres que tinham consumido iogurte exibiam uma redução significativa dos marcadores de endotoxinas, uma toxina inflamatória.

Nas participantes obesas, os níveis de glicose após o consumo da refeição desceram mais rapidamente no grupo do iogurte, o que demonstra igualmente um melhor metabolismo da glicose.

Os investigadores concluíram que o consumo de cerca de 250 mililitros de iogurte de baixa gordura antes de uma refeição poderá ser uma estratégia viável para melhorar o metabolismo depois da refeição e ajudar a reduzir o risco de doenças metabólicas e cardiovasculares, lê-se no estudo.

Porto
Uma cirurgia por microlaparascopia extraperitoneal, que o Centro Materno Infantil do Norte diz ser "pioneira em Portugal...

"O procedimento é pioneiro no nosso país", afirma Hélder Ferreira, coordenador da Unidade de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva do Centro Hospitalar do Porto, a que está associado o Centro Materno Infantil do Norte (CMIN). "Consiste numa abordagem minimamente invasiva ao cancro do útero por via extraperitoneal e tem muitos benefícios em termos de tratamento, por permitir à paciente uma recuperação mais rápida, menos complicações pós-cirúrgicas e uma menor taxa de recorrência da doença", revelou.

O ginecologista e cirurgião disse que a formação nessa técnica inovadora se revela particularmente útil numa altura em que "a incidência do cancro do útero e endométrio está a aumentar nas sociedades ocidentais devido à obesidade, à hipertensão arterial, à diabetes, à dislipidemia e à terapia hormonal de substituição".

A cirurgia em causa será realizada no âmbito de uma reunião médico-científica em que profissionais de Ginecologia, Obstetrícia, Oncologia e outras especialidades clínicas seguirão pelo auditório do CMIN, em tempo real, duas intervenções conduzidas no bloco operatório por cirurgiões de referência internacional.

A outra cirurgia também prevista para sábado é um "tratamento laparoscópico de endometriose muito severa com comprometimento da função renal e reprodutiva". Tem como finalidade evitar a remoção de um rim cujo desempenho está ameaçado pela doença, que se caracteriza pelo alojamento de células do endométrio uterino noutros órgãos, afeta "10 a 15% da população feminina em idade reprodutiva, pode ser muito incapacitante e, apesar de raras vezes manifestada nas suas formas mais graves, infelizmente se mantém subdiagnosticada".

Segundo Hélder Ferreira, são "duas cirurgias altamente inovadoras", tanto em Portugal como nos outros 14 países representados no evento, e o modo como serão filmadas e transmitidas para o auditório do CMIN também constitui "uma novidade", na medida em que recorre ao sistema Ultra HD (4K) para "garantir aos profissionais na plateia um detalhe de imagem muito superior ao que é habitual" nos hospitais nacionais.

"Será a primeira vez que em Portugal se transmitem cirurgias em resolução Ultra HD recorrendo a uma câmara laparoscópica de maior definição", explicou o cirurgião. "Isso possibilita a identificação de estruturas anatómicas de dimensões mínimas - como pequenas artérias, veias, nervos, canais linfáticos - e permite magnificar a imagem dos tecidos do doente, viabilizando assim ainda maior precisão na técnica cirúrgica, mais eficácia e segurança no procedimento, maior radicalidade na remoção da doença e menos perdas de função nos órgãos por ela afetados", defendeu.

Para conduzir as duas cirurgias o CMIN convidou "quatro ‘experts’ de reputação mundial", incluindo o francês Arnaud Wattiez, especialista em endometriose severa, professor de Ginecologia na Universidade de Estrasburgo, diretor do curso de Cirurgia Ginecológica no Instituto de Investigação em Cancro Digestivo (IRCAD), chefe do Departamento de Ginecologia do Hospital Latifa do Dubai e presidente da Academia Europeia de Cirurgia Ginecológica (EAGS).

Além da belga Pascale George, perita em laparoscopia ginecológica no Centro Hospitalar do Norte do Luxemburgo, os outros cirurgiões convidados são os espanhóis Juan Gilabert-Estellés, diretor da Escola Europeia de Endoscopia Ginecológica e ‘expert’ em oncologia e cirurgia minimamente invasiva, e ainda Alberto Vázquez, reconhecido pelo seu trabalho em medicina reprodutiva no Instituto Valenciano de Infertilidade e no Instituto Universitário Dexeus de Barcelona.

Entre os 200 médicos de 15 nacionalidades a reunir no auditório do CMIN para acompanhar essas cirurgias contam-se profissionais de países como Suíça, Reino Unido, França, Rússia, Holanda, Bélgica, Uruguai, Estónia, Brasil e Sudão, sendo que todos terão "oportunidade de apresentar em tempo real as suas dúvidas sobre as cirurgias".

Sindicato
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses advertiu hoje que além do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, há vários hospitais que...

O Diário de Notícias adianta na sua edição de hoje que a saída de enfermeiros (desde janeiro terão saído mais de cem) obrigou o Hospital de Santa Maria a fechar camas e um setor de cirurgia devido à falta de recursos humanos.

Em declarações hoje, Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), disse que o que se está a acontecer no hospital de Santa Maria está a passar-se na maior parte dos hospitais portugueses, como por exemplo no Hospital da Cova da Beira, no Centro Hospitalar do Porto e na Unidade Local de Matosinhos.

“O Santa Maria já encerrou um serviço de cirurgia, mas prevê-se que noutros hospitais possam vir a ser encerrados serviços resultado daquilo que é a não autorização do Ministério da Saúde e Ministério das Finanças de contratar enfermeiros”, avançou.

De acordo com Guadalupe Simões, se não forem contratados enfermeiros, a Unidade Local de Saúde de Matosinhos pode vir a ter que encerrar serviços assim como o Centro Hospitalar do Porto.

“Estamos a falar de grandes hospitais nas grandes cidades. Nos hospitais no interior ainda é mais grave porque a oferta é menor. A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, o Centro Hospitalar Médio Tejo, o hospital da Cova da Beira, todos estes hospitais estão numa situação de pré-ruptura e o Ministério da Saúde está a assistir a isto quase de forma passiva”, disse.

Na opinião de Guadalupe Simões, a situação vai-se agravar com a passagem dos enfermeiros com contrato individual de trabalho a 01 de julho para as 35 horas.

“Todas as instituições reportaram para o Ministério da Saúde a necessidade de contratar enfermeiros decorrente dessa situação e hoje quando analisamos o balanço social dos hospital entre outubro de 2017 e abril deste ano (que são os dados disponíveis) na sua maioria todos perderam enfermeiros, têm hoje menos enfermeiros do que em outubro de 2017 e estamos a dois meses da entrada em vigor de uma lei que foi negociada e recebeu o aval do Ministério das Finanças para que se concretizasse e é na situação que estamos hoje de pré-ruptura e que rapidamente vai entrar em rutura”, considerou.

Segundo a dirigente do SEP, a situação não se resolve sem a contratação de enfermeiros.

“O que é estranho e deveras preocupante é que o governo na negociação da passagem dos enfermeiros para as 35 horas impôs que esta medida entrasse em vigor a 01 de julho contrariamente à nossa exigência precisamente para durante estes primeiros seis meses do ano se fizesse um plano de contratação de enfermeiros em função das necessidades”, disse.

Segundo Guadalupe Simões, essas reuniões nunca se concretizaram, tendo estado marcadas várias vezes, mas que foram desmarcadas pelo Governo.

“O que se assiste é a uma série de obstáculos na contratação. Não se contratam enfermeiros de forma efetiva, não há autorização para substituir enfermeiros com ausências prolongadas desde que sejam contratos de trabalho em funções públicas e mesmo nos contratos individuais de trabalho só estão a ser substituídas as enfermeiras com licenças de parentalidade, mesmo estes contratos no que diz respeito às ausências por motivo de doença não estão a ser autorizadas as substituições. É o caos que está instalado”, concluiu.

De acordo com o Diário de Notícias, o número de enfermeiros está muito abaixo do necessário e só desde o início do ano mais de cem profissionais abandonaram o Centro Hospitalar Lisboa Norte e nem metade desse número foi contratado para compensar as saídas.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões do país apresentam hoje um risco muito elevado e elevado de exposição à radiação Ultravioleta, segundo...

O país está em risco muito elevado, com exceção para Bragança e para o grupo ocidental dos Açores (Flores e Corvo), que estão com níveis elevados.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e ‘elevado’, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro Ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente períodos de céu muito nublado, em especial por nuvens altas, possibilidade de ocorrência de precipitação fraca no litoral oeste a sul do Cabo Mondego e no interior Norte e Centro, a partir da manhã.

A previsão aponta ainda para vento fraco a moderado do quadrante sul, soprando temporariamente de noroeste durante a tarde no litoral a norte do Cabo Carvoeiro.

Está também prevista neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais, pequena descida da temperatura mínima, com exceção do interior Norte e Centro e pequena subida da temperatura máxima.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 08 graus Celsius (Braga) e os 14 (em Lisboa) e as máximas entre os 19 (no Porto e em Viana do Castelo) e os 28 (Santarém).

Estudo
O consumo diário de um ovo pode reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares, com a probabilidade de AVC a...

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte e incapacidade em todo o mundo, especialmente pelas cardiopatias isquémicas e acidentes vasculares cerebrais (AVC). Ao contrário do resto do mundo, onde é mais frequente a doença isquémica, na China a principal causa de morte prematura é o derrame cerebral.

No estudo lembra-se que os ovos são uma fonte importante de colesterol mas que também contêm proteínas de alta qualidade, muitas vitaminas e componentes bioativos, como os fosfolipídeos (lípidos que contém ácido fosfórico) e os carotenoides (importantes na alimentação e antioxidantes).

A investigação agora publicada refere que estudos anteriores que analisaram a associação entre comer ovos e a saúde foram inconsistentes.

No estudo publicado ontem, uma equipa de investigadores da China e do Reino Unido, liderada pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Pequim, propôs-se examinar as relações entre o consumo de ovos e as doenças cardiovasculares, usando dados de um estudo a decorrer e que junta mais de 500 mil pessoas adultas (30-79 anos) de 10 diferentes regiões da China.

Os participantes, recrutados entre 2004 e 2008, foram questionados sobre a frequência do consumo de ovos e foram acompanhados para determinar a sua morbilidade e mortalidade.

A análise dos resultados mostrou que em comparação com pessoas que não consomem ovos o consumo diário de ovos está associado a um risco menor de doenças cardiovasculares.

Os consumidores diários de um ovo baixaram em 18% o risco de uma doença cardiovascular. Só em relação a um AVC a probabilidade baixou 26%.

O consumo diário de ovos levou também a uma redução de 25% no risco de cardiopatia isquémica.

Os autores notam que o estudo foi de observação, pelo que não se pode tirar uma conclusão categórica de causa e efeito, mas salientam o tamanho da amostra.

“O presente estudo revela que há uma associação entre o consumo moderado de ovos (um por dia) e uma menor taxa de eventos cardíacos”, disseram os autores.

Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afastou ontem, no Porto, a possibilidade de rever o código deontológico e...

Numa intervenção no final do ciclo de debates organizado pelo Conselho Nacional da Ordem dos Médicos e que ontem versou as "decisões sobre o fim da vida", Miguel Guimarães respondeu desta forma à pergunta feita pelo antigo bastonário Germano de Sousa, que quis saber o que iria fazer o bastonário em caso de despenalização.

"Não vou mudar o código deontológico", afirmou Miguel Guimarães sobre o resultado da discussão agendada para 29 de maio na Assembleia da República (AR), reforçando que, tão pouco, fará um "referendo interno para mudar um código que resulta de leis internacionais e que é um código de conduta profissional".

Apesar da resiliência demonstrada, o bastonário afirmou que se a "AR, ou em sede de referendo nacional, os portugueses decidirem que existe despenalização da eutanásia, obviamente que a função em termos disciplinares relativamente aos médicos acaba por resultar em nada", explicando que "ficam automaticamente despenalizados em função da lei do país".

Reiterando uma afirmação recorrente no debate que juntou cerca de 50 pessoas na secção regional do norte da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães questionou a "legitimidade da AR para tomar esta decisão".

"Não tendo, sequer, esta questão sido discutida amplamente, será que deveriam ser os deputados a decidir sobre questões de liberdades individuais dos portugueses?", perguntou o bastonário, lamentando que a decisão seja tomada "por pouco mais de 100 deputados".

No final de um debate que começou com um minuto de silêncio em memória de António Arnaut, considerado o "pai" do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que hoje faleceu em Coimbra, Miguel Guimarães lembrou a obra do antigo deputado socialista, para lembrar que o SNS "é hoje alvo de ameaças sérias".

Frisando que em Portugal "as desigualdades sociais na Saúde são alarmantes", observou que "só quem tem condições económicas tem acesso fácil".

Voltando ao tema da eutanásia, o também médico considerou "não se poder argumentar, honestamente, com o sofrimento quando não estão criadas as condições para acabar com o sofrimento", reivindicando a "melhoria" desse serviço.

Como exemplo disso, afirmou que "os cuidados paliativos chegam a uma percentagem muito pequena, entre 15 e 17%, da população portuguesa", pedindo por isso "maior acesso à Saúde" para as pessoas e que, essa sim, "deveria ser uma preocupação central da AR".

Primeiro-ministro
O primeiro-ministro confirmou ontem que o Governo da República vai comparticipar metade da construção do novo hospital da...

“Confirmamos aquilo que já tínhamos anteriormente acordado quanto a comparticipação da República na construção do hospital. É fundamental trabalharmos em conjunto para que este projeto possa ser classificado como de 'Interesse Comum'”, disse António Costa após uma reunião com o presidente do Governo da Madeira, na Quinta Vigia.

O chefe do Governo adiantou que esta situação vem “permitir ao Estado fazer aquilo que é correto, que é pagar em 50% as despesas com a construção e equipamento” do novo hospital, adiantando que o “cronograma apresentado pela região prevê um custo total de 314 milhões de euros”.

O governante vincou que este projeto “será pago e começará a ser inscrito no Orçamento do Estado a partir de 2019, mas criando as condições para que ainda este ano possa ser lançado o concurso público internacional”

O custo inicial da construção e equipamento do novo hospital estava estimado em 340 milhões de euros, explicando António Costa que o valor baixou para 314 milhões de euros devido a uma boa negociação com os encargos com as expropriações.

“Temos agora um cronograma concreto que fixa o calendário do pagamento das prestações para o apoio, o cofinanciamento à construção e equipamento”, declarou, esclarecendo que os executivos têm trabalhado em conjunto para seja revista a posição da entidade competente que deu um parecer negativo a que este fosse considerado um Projeto de Interesse Comum.

Numa conferência de imprensa conjunta, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, complementou que a Madeira “está em condições de abrir este concurso internacional logo a seguir ao Verão”, destacando que esta foi uma “reunião de trabalho aberta e fraca” e os responsáveis dos dois executivos “vão continuar a trabalhar no sentido de resolver as questões e os interesses fundamentais da região”.

António Costa mencionou que outras das questões abordadas neste encontro foi a dívida da Madeira à República [1.500 milhões de euros], apontando que se registou "um avanço” no sentido de “conseguir fazer repercutir em benefício da Região Autónoma a redução da taxa de juro que a República tem beneficiado, de forma a que a Madeira não tenha de pagar mais do que a República vai pagando aos seus credores”.

O governante acrescentou ser necessário “aprofundar agora qual é a modalidade técnica adequada para que esta repercussão se verifique”.

O chefe do Governo central realçou que este tema tem de ser “tratado em conjunto, para garantir a continuidade territorial, que é o problema do subsídio de mobilidade”.

“Creio que é consensual entre todos que o atual modelo beneficia, sobretudo, as transportadoras, sem acrescentar benefício aos residentes e com elevadíssimo custo para o Estado”, salientou, mencionando que esta modalidade representou um aumento de 400% naquilo que a República paga, quando apenas se regista um acréscimo de 40% das deslocações dos residentes na Madeira

António Costa considerou ser necessário continuar a trabalhar para encontrar “uma solução conjunta” para os temas da dívida da Madeira e do subsídio de mobilidade.

Quanto à situação das dívidas dos subsistemas de saúde [PSP, Forças Armadas e GNR] à Madeira, anunciou que “vão ser anuladas as liquidações posteriores a maio de 2016”, dado haver um acordo de reciprocidade entre os sistemas nacional e regional de Saúde.

Relativamente às verbas anteriores a essa data, ficou acordado “o montante da liquidação, que é cerca de 17 ME, faltando negociar o processo de pagamento”.

Estados Unidos
Cientistas criaram uma vacina contra o vírus da poliomielite que pode ser dada em duas doses com uma só injeção, divulgou o...

O vírus da poliomielite, uma doença infecciosa que afeta especialmente o cérebro e a espinal medula, podendo levar à paralisia dos músculos, é muito contagioso e atinge sobretudo crianças muito novas.

O poliovírus pode transmitir-se através da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes.

Em Portugal, onde a doença foi oficialmente eliminada em 2002, a vacina é administrada cinco vezes como medida profilática às crianças com 2, 4 e 6 meses e 1,5 e 5 anos.

Segundo um comunicado do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a nova vacina poderá facilitar a imunização de crianças em regiões remotas de países onde a poliomielite persiste e onde é difícil a administração da vacina convencional em várias injeções.

A vacina criada foi 'encapsulada' num polímero biodegradável conhecido como PLGA e injetada em ratinhos.

Investigadores do MIT desenharam com este material nanopartículas (partículas microscópicas) capazes de libertar uma primeira dose da vacina no momento da injeção e uma segunda dose 25 dias depois da injeção.

A análise a amostras de sangue recolhidas dos roedores permitiu concluir que tiveram uma resposta imunitária contra o vírus da poliomielite tão ou mais forte do que os anticorpos dos ratinhos que receberam duas injeções da vacina convencional contra a doença.

Os resultados do estudo foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

António Arnaut
Uma das últimas mensagens de António Arnaut, que hoje morreu aos 82 anos, foi um alerta sobre o risco de o Serviço Nacional de...

O alerta de António Arnaut, considerado o “pai” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), foi deixado por mensagem escrita, dirigida ao III Congresso da Fundação Para a Saúde, que decorreu na sexta-feira e no sábado, em Coimbra, e divulgada pelo presidente da fundação José Aranda da Silva, através da sua conta no Facebook.

A culpa é da "filosofia neoliberal que visou a destruição do Estado Social e reduziu o SNS a um serviço residual para os pobres", lê-se na mensagem, com a data de 18 de maio.

“É preciso reconduzir o SNS à sua matriz constitucional e humanista. Há agora condições políticas e parlamentares para realizar essa tarefa patriótica e o governo propôs-se fazê-lo”, escreveu.

O presidente honorário do PS comentou, há pouco mais de duas semanas, aos microfones da TSF, a notícia da desfiliação do ex-líder e antigo primeiro-ministro José Sócrates.

Foi em 04 de maio que Arnaut, histórico e fundador do PS, afirmou: “Sócrates não tem de se queixar de ninguém. Tem de se queixar é de si próprio.”

“Não é com a condenação moral que muitos camaradas de José Sócrates lhe fazem que nós estamos a fazer o jogo da Direita. Pelo contrário: fazemos o jogo da direita se deixássemos ficar sem uma palavra de condenação um comportamento que se afasta de todas as regras da Ética e da lisura republicana”, disse.

Desde o início do ano, porém, foram poucas as suas aparições públicas, as últimas das quais, em Coimbra, cidade onde viveu.

Por motivos de saúde, Arnaut não esteve, a 06 de janeiro, na apresentação do livro com João Semedo, do Bloco de Esquerda (BE), “Salvar o SNS – Uma nova Lei de Bases da Saúde para defender a democracia”.

Na sessão, o primeiro-ministro, António Costa, sem se comprometer com calendários, afirmou que esta "é uma excelente altura" para se fazer uma reflexão sobre o SNS, que está próximo de comemorar 40 anos de existência.

E o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, admitiu que “está no momento” de conceber uma nova Lei de Bases da Saúde e que estão criadas as condições para avançar com o processo.

António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra.

Presidente honorário do PS desde 2016, foi ministro dos Assuntos Sociais no II Governo Constitucional, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano e foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Poeta e escritor, António Arnaut envolveu-se desde jovem na oposição ao Estado Novo e participou na comissão distrital de Coimbra da candidatura presidencial de Humberto Delgado.

António Arnaut
Um livro com propostas para uma nova Lei de Bases da Saúde, redigido em coautoria com o médico do BE João Semedo, foi o...

Antigo ministro dos Assuntos Sociais do II Governo Constitucional, liderado por Mário Soares após a revolução do 25 de Abril, advogado e escritor, António Duarte Arnaut morreu hoje aos 82 anos, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), onde estava internado.

No dia 06 de janeiro, devido à doença oncológica de que padecia há alguns anos, já não esteve na apresentação, em Coimbra, da sua última obra escrita, intitulada “Salvar o SNS - Uma nova Lei de Bases da Saúde para defender a democracia”, concebida em colaboração com João Semedo, ex-coordenador nacional do Bloco de Esquerda, de quem era amigo.

Na sessão, na antiga Igreja do Convento de São Francisco, em que estiveram presentes centenas de pessoas, incluindo os líderes do PS e do BE, António Costa e Catarina Martins, respetivamente, António Arnaut foi representado pelo filho, o também advogado António Manuel Arnaut.

No livro, o socialista e o bloquista defendem a exclusão das parcerias público-privadas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), conquista da revolução democrática de 1974 da qual António Arnaut foi o principal impulsionador, tendo empenhado quase metade da vida na sua defesa e aperfeiçoamento.

Há quatro anos, ao ser distinguido pela Universidade de Coimbra (UC) com o grau de doutor “honoris causa”, o advogado e antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL) – Maçonaria Portuguesa disse que “nem sempre a lei realiza o direito” e assumiu-se como “cidadão comprometido com o povo e a Pátria”.

“Creio que foi esta rebeldia e também a minha intervenção cívico-social – para ajudar, embora modestamente, a construir uma sociedade mais livre, justa e solidária – que justificaram a alta distinção que me vai ser conferida”, afirmou na ocasião, antes de receber as insígnias doutorais.

Na cerimónia, teve como apresentante Constantino Sakellarides, professor da Escola Nacional de Saúde Pública, enquanto o elogio do candidato coube a José Manuel Pureza, catedrático da Faculdade de Economia de Coimbra, atual deputado do BE e vice-presidente da Assembleia da República.

Na obra “Salvar o SNS - Uma nova Lei de Bases da Saúde para defender a democracia”, Arnaut, presidente honorário do PS desde 2016, e Semedo propõem que o SNS deve apostar nas carreiras dos profissionais de saúde e na eliminação das taxas moderadoras.

Defendem ainda o regresso do Serviço Nacional de Saúde à gestão da administração pública, o respeito pelos contratos e direitos laborais, a reforma dos modelos de organização, funcionamento e articulação das unidades de saúde públicas e destas com a comunidade.

A redação do prefácio coube a Januário Torgal Ferreira, bispo católico emérito das Forças Armadas.

Militante socialista número 4, António Arnaut esteve na fundação do PS, na antiga Alemanha Federal, em 1973, um ano antes do derrube da ditadura fascista em Portugal, tendo assumido o trabalho de relator do congresso.

Entre outras distinções, muitas das quais concedidas por diferentes entidades nos últimos anos, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

António Arnaut foi presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Penela, após o 25 de Abril, e ainda deputado e ministro dos Assuntos Sociais.

De 2002 a 2005, exerceu um mandato como grão-mestre do GOL, alguns anos após ter presidido ao Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados.

Publicou mais de 30 livros, alguns na área jurídica, mas também sobre a Maçonaria e sobre o escritor Miguel Torga, seu amigo, além de ensaios diversos, poesia e prosa. Estreou-se muito jovem na poesia, há 64 anos.

Como advogado, já tinha abandonado há décadas a barra dos tribunais e a política ativa, à qual prometeu não regressar.

Em 2007, em entrevista à agência Lusa a propósito da publicação do seu livro “Rio de Sombras”, declarou que preferia terminar um dia a vida pública como escritor.

Trata-se de um romance histórico em que o cofundador do PS questiona em que medida a ação político-partidária será ainda “compatível com a lisura de caráter” e com a ética.

Num registo que recusou ser autobiográfico, pergunta o autor: “Há ainda na política lugar para a ética, como queria Hegel, ou apenas para a astúcia, como ensinou Maquiavel? E, se for este o caso, como parece pelo número cada vez maior dos seus discípulos, devem as pessoas sérias afastar-se da vida partidária, como ato de protesto, ou afrontar as labaredas em que se podem queimar?”.

“Sou essencialmente um intelectual. Estou mais virado para as coisas do espírito”, afirmou na altura à Lusa.

Ainda ligado, mas pouco, à sociedade de advogados de Coimbra que ajudou a erguer, a que pertence o filho António Manuel, na prática já não exercia advocacia, atividade que o consagrou como eloquente referência dos palcos da Justiça.

Também a política, na qual se iniciou como opositor à ditadura de Salazar, e o PS já não o entusiasmavam como outrora.

“A primeira coisa que fiz na vida foi escrever poesia e hei de morrer como escritor. A vida política não me permitiu publicar mais”, lamentou também.

Ganhou o gosto pela literatura, ainda criança, quando o avô materno, António Freire “Moço”, proprietário rural e “excelente contador de histórias”, lhe facultava alguns dos autores clássicos portugueses.

Na casa de António “Moço”, na aldeia natal da Cumieira, concelho de Penela, distrito de Coimbra, o pequeno Arnaut começou por ler as obras completas de Camilo Castelo Branco e Guerra Junqueiro, que um parente tinha trazido do Brasil.

No livro de ficção “Rude Tempo, Rude Gente”, publicado em 1985, dedica um post-scriptum ao seu avô. António Arnaut via a poesia como “a linguagem autêntica do belo”.

Entendia que entre a poesia e o conto, géneros literários que marcam a sua obra, “há uma parede meeira”, que separa e une dois vizinhos, como aquelas que dividem inúmeros prédios, urbanos e rústicos, realidade que bem conheceu nas andanças de advogado.

Com Torga, que morreu em Coimbra, em 1995, além da amizade tinha “muitas afinidades políticas e literárias”.

Entusiasta há vários anos de uma solução governativa que aproximasse o PCP e o BE ao Partido Socialista (como veio a verificar-se em finais de 2015 com a formação do atual executivo de António Costa), António Arnaut, quando José Sócrates se desfilou do PS, no início deste mês, afirmou que o antigo primeiro-ministro, principal arguido do processo Operação Marquês, já se devia ter desvinculado do partido há mais tempo.

António Arnaut
O presidente da Cruz Vermelha e antigo diretor-geral da Saúde, Francisco George, lembrou hoje António Arnaut como um homem que,...

“O país perde uma figura, mas ganhou o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que ele fundou. Perde uma figura política de impressionável transparência, mas ganhou um SNS para sempre”, afirmou Francisco George.

O especialista em saúde pública afirmou que António Arnaut foi responsável por colocar “Portugal no topo a nível internacional”, no que diz respeito à “saúde da população, em particular das mães e das crianças”.

Francisco George recordou ainda a capacidade de “tomada de decisão inabalável” do antigo ministro dos Assuntos Sociais.

“A decisão, uma vez tomada, era inabalável para ele. Ia para a frente, não recuava, não estava sujeito a pressões, a interesses. Isto na perspetiva do interesse público, do interesse de todos os portugueses, no interesse dos mais pobres, mais vulneráveis”, afirmou.

O antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde e cofundador do PS, morreu hoje em Coimbra, aos 82 anos, disse fonte dos socialistas.

 

António Arnaut
A Ordem dos Enfermeiros considera que “morreu um dos últimos homens bons e sérios da Saúde”, manifestando pesar pelo...

Numa nota assinada pela bastonária Ana Rita Cavaco, a Ordem manifesta o seu “enorme pesar” e lembra que Arnaut “foi sempre um defensor e amigo dos enfermeiros”.

O antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e cofundador do PS, morreu hoje em Coimbra, aos 82 anos, disse fonte dos socialistas.

António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra.

Presidente honorário do PS desde 2016, António Arnaut foi ministro dos Assuntos Sociais no II Governo Constitucional, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano e foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Poeta e escritor, António Arnaut envolveu-se desde jovem na oposição ao Estado Novo e participou na comissão distrital de Coimbra da candidatura presidencial de Humberto Delgado.

Nos últimos 11 anos
O transporte inter-hospitalar pediátrico permitiu nos últimos 11 anos “levar os cuidados intensivos” a cerca de 15 mil crianças...

“O objetivo deste transporte é levar os cuidados intensivos até à criança e não a criança até aos cuidados intensivos. Isso sem dúvida foi uma grande mais-valia e traduz-se em muito menos morbilidade e mortalidade neste tipo de situações críticas”, afirmou Francisco Abecasis, coordenador médico responsável pelo transporte inter-hospitalar (TIP) pediátrico Sul.

De acordo com o perito do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para a área da pediatria, a criação deste serviço permitiu reduzir a taxa de “morbilidade e mortalidade neste tipo de situações críticas” que afetam desde recém-nascidos prematuros a jovens até 18 anos.

“Estamos a falar de crianças em estado muito crítico, mas a taxa de mortalidade quer antes, durante ou imediatamente a seguir ao transporte é abaixo de 0,5%, são números muito baixos, o que quer dizer que a esmagadora maioria das crianças que é transportada por nós chega com sucesso ao seu destino e consegue depois que as coisas corram bem”, disse.

Para o responsável e membro das equipas TIP a estabilização dos doentes é um dos maiores desafios.

“Em termos de recém-nascidos há o grande prematuro, a extrema prematuridade, podemos estar a falar de recém-nascidos que têm 500 gramas de peso e que nascem num hospital que não está preparado para isso e, portanto, uma série de cuidados têm que ser tidos e, depois, há a doença aguda em crianças mais velhas, quer o trauma, (…) quer infeções graves como meningites graves ou sépsis, que são situações em que os doentes estão muito instáveis e precisam de muitas manobras de estabilização”, explicou.

Atualmente há quatro ambulâncias de TIP no país: TIP Norte (no Porto), TIP Centro (em Coimbra), TIP Sul Lisboa e TIP Sul Algarve (em Faro), o que permite cobrir “a totalidade do território continental”, algo que “poucos países na União Europeia” conseguem.

De acordo com o responsável está a ser trabalhada uma “solução juntamente com o INEM, os Açores e a Madeira” para que o sistema de transporte possa ser alargado.

“Estamos também a trabalhar numa solução juntamente com o INEM e com as regiões autónomas de tentar que este sistema de transporte possa também ir buscar crianças às ilhas quando assim for necessário e, então aí, poderíamos dizer que todo o Portugal está coberto por este sistema de transporte”, disse.

O transporte inter-hospitalar pediátrico deu os primeiros passos “no final da década de 80”, com o transporte neonatal e pediátrico. Em 2005, Coimbra começou a efetuar o transporte de crianças e jovens até aos 18 anos e, em 2010, surgiu em Lisboa o SAV (Suporte Avançado de Vida) pediátrico.

Da fusão do SAV pediátrico com o transporte de recém-nascidos de alto risco, foi oficialmente constituído como “meio de emergência médica do INEM”, o TIP, em 2013.

Em média, desde 2007, são transportadas quatro crianças por dia em “situações críticas”, que precisam de “cuidados intensivos”, tendo o transporte uma taxa de mortalidade “abaixo dos 0,5%”.

Saúde e Justiça
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, os Serviços Prisionais e a Procuradoria da República da Comarca de...

O protocolo, de acordo com um comunicado da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), tem como principal objetivo “promover uma intervenção mais célere e eficaz” da justiça nos processos de suspensão provisória mediante a implementação de respostas de reinserção dirigidas a comportamentos criminais específicos e envolvendo a comunidade.

Trata-se de um protocolo que é fruto da colaboração entre as entidades da justiça e da saúde, que se desenvolve há ano e meio, e que permitiu desenvolver atividades estruturadas para dar resposta a necessidades de intervenção, prevenção da reincidência e redução do número de dependências.

O principal objetivo é promover "uma intervenção mais célere e eficaz da Justiça nos processos de suspensão provisória mediante a implementação de respostas de reinserção social dirigidas a comportamentos criminais específicos e envolvendo a comunidade através da cooperação de instituições que seguem, igualmente, objetivos de prevenção criminal e de reinserção social, com potencial redução de custos para o erário público".

De entre os vários projetos que vão ser desenvolvidos no âmbito do protocolo encontra-se o 'Licença.com', que se destina a arguidos indiciados pela condução sem habilitação legal, que contempla uma entrevista inicial e a frequência de uma sessão de sensibilização denominada “condução habilitada e comportamento rodoviário responsável”.

Existe ainda o projeto 'Taxa.Zero', que é destinada a arguidos indiciados pela prática de crime de condução em estado de embriaguez, e o projeto 'Adição.Sem', para aqueles que estão indiciados pela prática do crime de posse de droga para consumo e que exceda a quantidade necessária para o consumo médio individual durante o período de dez dias.

Há ainda o projeto 'Ser.Pró', que se destina a arguidos entre os 16 e os 21 anos, indiciados por crimes de furto, ameaça, desobediência, injúrias e outros não violentos.

Segundo os responsáveis, graças à "avaliação positiva" destes projetos, é previsível, a curto prazo o seu alargamento a nível nacional, nomeadamente à Área Metropolitana do Porto.

O protocolo será assinado na terça-feira pela ARSLVT, Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e Procuradoria da República da Comarca de Lisboa, no Palácio da Justiça, em Lisboa.

António Arnaut
O bastonário da Ordem dos Médicos descreveu hoje António Arnaut como um homem lutador e que manteve sempre a preocupação de...

O bastonário da Ordem dos Médicos descreveu hoje António Arnaut como um homem lutador e que manteve sempre a preocupação de salvar o Serviço Nacional de Saúde, considerando que todos os portugueses lhe devem estar gratos.

“É uma grande perda para o país, não só pelo seu papel fundamental no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas por toda a sua atividade política, como grande defensor dos direitos, liberdades e garantias”, afirmou Miguel Guimarães.

O bastonário dos Médicos considera que a figura de António Arnaut é insubstituível, destacando as suas “posições irreverentes”, tentando sempre “puxar pela carroça com o objetivo de salvar o SNS”.

Miguel Guimarães lembrou a obra recente que Arnaut lançou conjuntamente com João Semedo, um livro intitulado precisamente “Salvar o SNS”.

O bastonário, que recordou que António Arnaut chegou a receber a medalha de mérito da Ordem dos Médicos, considera que todos os portugueses devem compreender a “grande dádiva que é o SNS e devem lutar por ele”.

O antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde e cofundador do PS, morreu hoje em Coimbra, aos 82 anos, disse fonte dos socialistas.

Aos 82 anos
O antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde e cofundador do PS, morreu hoje em...

António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra.

Presidente honorário do PS desde 2016, António Arnaut foi ministro dos Assuntos Sociais no II Governo Constitucional, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano e foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Poeta e escritor, António Arnaut envolveu-se desde jovem na oposição ao Estado Novo e participou na comissão distrital de Coimbra da candidatura presidencial de Humberto Delgado.

Especialistas
Durante a gravidez e lactação, as mulheres têm diferentes necessidades de hidratação e devem aumentar a ingestão de água para...

Peritos reunidos no III Congresso Internacional e V Nacional de Hidratação, organizado pela Cátedra Internacional de Estudos Avançados em Hidratação (CIEAH) e que decorreu no Palácio Euskalduna em Bilbau, argumentam que a hidratação é fundamental para satisfazer as necessidades do líquido corporal da mãe e do bebé. Além disso, a gravidez é uma fase propícia para a promoção de hábitos de hidratação e alimentação saudável, o que irá incentivar a criança a crescer num ambiente e estilo de vida adequados.

No caso de mulheres grávidas, “a água é necessária para formar o líquido amniótico em torno do bebé, apoiar o aumento do volume de plasma sanguíneo e produção de leite materno. Além disso, nas primeiras etapas da gravidez, os vómitos podem causar perdas de líquido”, sugere Adriana Ortiz Andrellucchi, professora associada de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade de Las Palmas de Grã Canaria e investigadora da Cátedra Internacional de Estudos Avançados em Hidratação (CIEAH).

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA, na sigla em Inglês) aconselha que, devido ao aumento do peso corporal e consumo de energia durante a gravidez, deve-se acrescentar 300 ml na ingestão diária dos 2 litros recomendados em mulheres adultas. “Deve-se encorajar as mulheres grávidas, a aumentar a sua ingestão de água e outros líquidos para satisfazer as novas necessidades fisiológicas do seu corpo e do bebé”, acrescenta Ortiz Andrellucchi.

De acordo com a EFSA, entre 70% e 80% da hidratação diária deve provir de diferentes tipos de bebidas, preferencialmente água, enquanto os restantes 20% a 30% são consumidos pela ingestão de alimentos.

A gravidez é geralmente acompanhada por um aumento de peso entre 10 e 15 quilos. O feto representa aproximadamente 25%, correspondendo 5% à placenta e 6% ao líquido amniótico. A água geralmente representa cerca de dois terços do aumento do peso materno. No final do primeiro trimestre, a água representa 94% do peso do bebé.

Hidratação durante o período de lactação
As mães que estão em período de aleitamento perdem quantidades significativas de líquidos durante a amamentação. Estima-se que a quantidade de leite ingerida pelos bebés seja de aproximadamente 700 ml / dia, o que varia de acordo com a exigência do bebé. “A composição do leite materno varia durante o consumo. No começo tem mais água para hidratar o bebé e no fim tem mais gordura, o que permite que o bebé fique saciado e é onde estão as gorduras adequadas para o desenvolvimento neurológico das crianças”, diz Ortiz Andrelluchi.

Além disso, a professora ressalva, “a desidratação também pode levar à fadiga num momento que em si, pode ser bastante stressante”.

A este respeito, a EFSA conclui que a ingestão de água nas mães que amamentam deve compensar a perda de água que ocorre e recomenda, portanto, a adição de uma quantidade adicional de 700 ml / dia ao consumo diário de referência para as mulheres.

Cursos pós-graduados 2018-2019 em sete áreas de intervenção em Saúde
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra tem disponíveis 185 vagas para a frequência, a partir do próximo ano letivo, de uma...

Os cursos, com início entre outubro deste ano e março de 2019, são nas áreas de “Enfermagem - Gestão de Unidades de Cuidados” (15 vagas), “Enfermagem - Supervisão Clínica” (15 vagas), “Enfermagem de Reabilitação” (40 vagas), “Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria” (25 vagas), “Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia” (25 vagas), “Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria” (25 vagas) e “Enfermagem Médico-Cirúrgica” (40 vagas) – os primeiros dois na vertente de mestrado e os cinco seguintes com as hipóteses de mestrado e de pós-licenciatura de especialização.

Para mais informações e eventuais esclarecimentos, podem os interessados aceder ao sítio da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) na Internet, em www.esenfc.pt (menu “Estudar”), assim como contactar a Área Académica da ESEnfC (números de telefone 239 487 257 e 239 802 850, ou e-mail [email protected]).

 

Nutricionistas
Sob o tema ‘Alimentação das Crianças’, amanhã, terça-feira 22 de maio, Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas,...

Com esta segunda etapa de reuniões e visitas, a Ordem dos Nutricionistas pretende chamar a atenção para a importância do reforço de nutricionistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para a criação da figura do nutricionista escolar.

Recorde-se que Portugal é o quinto país com mais crianças obesas na Europa, com uma em cada três a apresentar excesso de peso ou obesidade.

Reforçar o número de nutricionistas no SNS tem sido uma reivindicação constante por parte da Ordem, tendo levado à inscrição no Orçamento do Estado para 2018 a contratação de 40 novos nutricionistas. A Ordem relembra, no entanto, que “seis meses passados ainda não foi aberto qualquer concurso”.

A criação da figura do nutricionista escolar tem sido, por outro lado, outra das grandes bandeiras da Ordem, que tem apresentado, para o efeito, inúmeras propostas e iniciativas.

Já em fevereiro deste ano, por exemplo, a Ordem dos Nutricionistas apresentou uma proposta à Secretária de Estado Adjunta e da Educação, alertando para a necessidade de ter nutricionistas nas escolas para assegurarem a adequação das refeições servidas às crianças, embora ainda não tenha recebido qualquer resposta até ao momento.

Esta segunda ronda de visitas está integrada no ‘Ciclo de Visitas da Bastonária da Ordem dos Nutricionistas’, iniciativa que pretende fazer um levantamento da realidade profissional dos nutricionistas, conhecendo, de forma aprofundada, o contexto real de trabalho destes profissionais.

Liderada por Alexandra Bento, a comitiva da Ordem dos Nutricionistas começará o périplo pelas 13h30, com uma reunião com o Presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, Pimenta Marinho, à qual se seguirá uma série de visitas a várias unidades hospitalares, centros de saúde e escolas da região norte do país.

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