Nutricionistas
Sob o tema ‘Alimentação das Crianças’, amanhã, terça-feira 22 de maio, Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas,...

Com esta segunda etapa de reuniões e visitas, a Ordem dos Nutricionistas pretende chamar a atenção para a importância do reforço de nutricionistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para a criação da figura do nutricionista escolar.

Recorde-se que Portugal é o quinto país com mais crianças obesas na Europa, com uma em cada três a apresentar excesso de peso ou obesidade.

Reforçar o número de nutricionistas no SNS tem sido uma reivindicação constante por parte da Ordem, tendo levado à inscrição no Orçamento do Estado para 2018 a contratação de 40 novos nutricionistas. A Ordem relembra, no entanto, que “seis meses passados ainda não foi aberto qualquer concurso”.

A criação da figura do nutricionista escolar tem sido, por outro lado, outra das grandes bandeiras da Ordem, que tem apresentado, para o efeito, inúmeras propostas e iniciativas.

Já em fevereiro deste ano, por exemplo, a Ordem dos Nutricionistas apresentou uma proposta à Secretária de Estado Adjunta e da Educação, alertando para a necessidade de ter nutricionistas nas escolas para assegurarem a adequação das refeições servidas às crianças, embora ainda não tenha recebido qualquer resposta até ao momento.

Esta segunda ronda de visitas está integrada no ‘Ciclo de Visitas da Bastonária da Ordem dos Nutricionistas’, iniciativa que pretende fazer um levantamento da realidade profissional dos nutricionistas, conhecendo, de forma aprofundada, o contexto real de trabalho destes profissionais.

Liderada por Alexandra Bento, a comitiva da Ordem dos Nutricionistas começará o périplo pelas 13h30, com uma reunião com o Presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, Pimenta Marinho, à qual se seguirá uma série de visitas a várias unidades hospitalares, centros de saúde e escolas da região norte do país.

30 de maio - Dia Mundial da Esclerose Múltipla
Para assinalar o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, que terá lugar o próximo dia 30 de maio, a comunidade científica e as...

Em alinhamento com as estruturas internacionais dedicadas a esta causa e fazendo jus à campanha de 2018 com o mote #bringinguscloser, juntam-se nesta iniciativa o Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla da Sociedade Portuguesa de Neurologia (GEEM), e as associações dos doentes e familiares, Associação Nacional Esclerose Múltipla (ANEM), Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM), e Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), que desenvolveram #PARAvencerEM de forma a promover testemunhos de inúmeras personalidades que promovam o #EMpowerment da pessoa com Esclerose Múltipla (E.M.).

Alexandre Lourenço, Ana Paula Martins, Carlos Pereira Alves, Isabel Galriça Neto, João Cerqueira, Luís Loureiro, Maria Antónia Almeida Santos, Maria de Belém Roseira, Maria do Céu Machado, Maria João Martins, Miguel Guimarães, Paulo Almeida, Ricardo Baptista Leite, Susana Protásio são as personalidades que cederam testemunhos - os vídeos já estão online.

O que se pretende com o resultado final é que a pessoa com E.M. se capacite e assuma um papel mais ativo na gestão da sua doença e se coloque efetivamente no centro das decisões.

De forma a contextualizar sobre o impacto e a realidade, partilhamos os dados da E.M. em Portugal:

  • A E.M. afeta mais de 8.000 pessoas em Portugal (Gisela Kobelt, 2009) e cerca de 2.500.000 pessoas em todo o mundo (dados da Organização Mundial de Saúde)
  • A esclerose múltipla é uma doença crónica e auto-imune, com efeitos nas capacidades físicas e neurológicas dos doentes.
  • Atinge sobretudo os jovens, em particular as mulheres numa proporção de dois para um em relação aos homens.
  • Quase dois quintos dos doentes precisam de ajuda de um amigo ou familiar – uma parte teve que mudar de trabalho ou reduzir horas para o fazer.

 

Opinião
Desde 2010 que o dia 19 de Maio serve para celebrar os progressos em medicina familiar e para promov

O Dia Mundial do Médico de Família foi criado pela World Organization of National Colleges, Academies and Academic Associations of General Practitioners/Family Physicians (WONCA), uma Organização Não Governamental sem fins lucrativos que colabora estreitamente com a Organização Mundial de Saúde e que é geralmente conhecida como Organização Mundial de Médicos de Família.

A WONCA foi criada em 1972, agregando hoje dezenas de organizações locais ou regionais de mais de 130 países ou territórios, que representam cerca de 500.000 médicos de família e cerca de 90% da população mundial.

Em Portugal, a parceira da WONCA é a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), anteriormente designada Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral (APMCG), a quem cabe a organização, no nosso país, do Dia Mundial do Médico de Família, que em cada ano tem tido um lema diferente: em 2017 foi “Vencer o Sedentarismo… Adeus Depressão”, em 2016 foi “Portugal em movimento e sem fumo!” e em 2015 a mensagem central foi “O Médico de Família é essencial na promoção da saúde dos portugueses”.

Em 2018, o Dia Mundial do Médico de Família tem o lema oficial “Juntos pela Saúde” e é dedicado a uma temática central em todas as sociedades modernas e que integra o núcleo duro dos valores de uma democracia inclusiva: a obtenção de uma cobertura universal de saúde, o fim das desigualdades no acesso à saúde e o papel de liderança que o médico de família pode e deve exercer nesta luta que a todos interessa e diz respeito.

Segundo a APMGF, e como em anos anteriores, será também interessante o envolvimento de parceiros locais (autarquias, clubes, associações, escolas, ginásios, lares, etc.) nas actividades organizadas na comunidade pelos médicos de família. Pretende-se deste modo divulgar projetos e serviços em que os médicos de família contribuem, de facto, para uma melhor saúde do indivíduo, da família e da comunidade em que estão inseridos (por exemplo na prevenção da doença e promoção da saúde), sem esquecer os princípios da equidade e da igualdade de direitos.

O Médico de Família e os Cuidados Primários de Saúde

O exercício da Medicina Familiar insere-se nos Cuidados Primários de Saúde (CPS), que se baseiam em estruturas comunitárias simples e de fácil acesso (centros de saúde, consultórios particulares, pequenas clínicas, etc.), por oposição aos Cuidados Secundários de Saúde, baseado em estruturas maiores e mais centralizadas (hospitais, grandes clínicas, maternidades, “sanatórios”, etc.), vocacionadas para o tratamento de doenças por equipas de saúde especializadas.

O conceito de “Cuidados Primários de Saúde” foi definido em 1978, na Conferência Internacional da OMS de Alma-Ata, no Cazaquistão, na qual 134 países (entre os quais se encontrava Portugal) e 67 organismos internacionais chegaram a acordo sobre a seguinte definição: “Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país podem manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e autodeterminação. Fazem parte integrante tanto do sistema de saúde do país, do qual constituem a função central e o foco principal, quanto ao desenvolvimento social e económico global da comunidade".

A partir deste conceito básico, cada país ou região organiza os seus próprios CPS, necessariamente de forma diferente de local para local, reflectindo as diferentes características socio-económicas locais e os modelos organizacionais específicos dos respectivos sistemas de saúde.

Idealmente, os cuidados primários de saúde devem representar sempre o primeiro nível de contacto dos indivíduos, da família e da comunidade com o seu sistema nacional de saúde, devendo os cuidados de saúde ser levados o mais proximamente possível aos lugares onde pessoas vivem e trabalham, constituindo-se assim como o primeiro elemento de um continuado processo de assistência à saúde (que pode ficar limitado ao atendimento primário ou ter continuidade para outros níveis mais “elevados” do sistema de saúde).

Dando corpo teórico a estas ideias basilares, a Drª Barbara Starfield, pediatra e Mestre em Saúde Pública norte-americana, estabeleceu em 1998 quatro pilares fundamentais dos Cuidados Primários de Saúde:

1 - Cuidados de primeiro contacto: espera-se dos CPS que sejam mais acessíveis à população, em todos os sentidos, e que assim sejam o primeiro recurso de saúde a ser procurado e a porta de entrada para o sistema de saúde; para o doente, isto quer dizer que quando tiver um problema de saúde vai procurar o seu médico ou enfermeiro de família em primeiro lugar;

2 – Cuidados longitudinais (ao longo da vida):a pessoa atendida mantém o seu vínculo com o serviço ao longo do tempo, de forma que quando haja uma nova necessidade esta seja atendida de forma mais eficiente (ao longo dos anos os profissionais de saúde e os doentes passam a conhecer-se melhor e resolvem melhor os seus problemas de saúde;

3 – Cuidados compreensivos (globais, holísticos): os CPS devem fornecer ou tratar de quem forneça todos os tipos de cuidados de saúde (preventivos, agudos, crónicos, paliativos ou de suporte) com a preocupação de entender o doente como um todo e não apenas como algum ou alguns dos seus órgãos ou sistemas;

4 – Coordenação/integração com os restantes níveis de cuidados de saúde: o nível primário é responsável por todos os problemas de saúde, continuando co-responsável por eles mesmo quando os encaminhe para outros níveis assistenciais (mesmo quando parte substancial do cuidado à saúde de uma pessoa seja realizado em outros níveis de atendimento, o nível primário tem a incumbência de organizar, coordenar e/ou integrar esses cuidados, já que frequentemente são realizados por profissionais de áreas diferentes ou terceiros, e que portanto têm pouco diálogo entre si); além do vínculo com outros serviços de saúde, os serviços do nível primário podem operar visitas ao domicílio, reuniões com a comunidade e ações intersectoriais.

É evidente que este modelo pressupõe a existência de equipas multidisciplinares, que incluem necessariamente os médicos de família mas não dispensam enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, higienistas orais, técnicos de saúde pública, auxiliares de acção médica, assistentes operacionais, motoristas e tantos outros que caibam nas competências assistenciais de cada unidade local de saúde, que são basicamente a educação para a saúde, a prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças e ainda a reabilitação.

De modo a melhorar a qualidade dos cuidados primários de saúde e rentabilizar o tempo de trabalho e os recursos logísticos, muitas equipas organizam-se em diferentes patamares assistenciais, podendo organizar consultas ou atendimentos específicos, como Saúde dos Adultos, Saúde Infantil e Juvenil, Planeamento Familiar, Saúde Materna, Vacinação, Cuidados Continuados Domiciliários, Diabetes, Hipertensão Arterial, Evicção Tabágica, Saúde Oral, Urgência Básica, Úlcera Varicosa, Preparação para o Parto, entre tantos outros.

Em alguns países, estas equipas incluem mesmo médicos de especialidades ditas “hospitalares” (como dermatologia, pediatria, psiquiatria, ginecologia, cardiologia ou reumatologia) que fazem o atendimento de doentes selecionados pelos médicos de família que necessitam de uma orientação médica especializada mas não necessariamente de recorrer aos serviços mais diferenciados dos hospitais. Quando este modelo funciona bem, o atendimento dos doentes é mais rápido, cómodo e económico e ajuda ao aperfeiçoamento científico e técnico dos profissionais de saúde dos CPS.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialistas debateram o impacto da nutrição e da canábis na autoimunidade
O que é que a comida picante tem a ver com as doenças autoimunes? Ou o chocolate? Ou ainda o café? A resposta foi dada por...

De facto, o que comemos tem influência nas doenças autoimunes, reforça o especialista. “A nutrição pode ser um caminho extraordinário para sabermos lidar melhor com este tipo de doenças. Saber, por exemplo, que a comida picante, muito típica de países asiáticos, pode proteger contra as doenças autoimunes devido à capsaícina, um composto que existe em forma de uma pomada para as dores musculoesqueléticas. Também a curcumina, que existe no açafrão, é um fator protetor. Ou seja, a natureza encerra em si mecanismos claramente protetores, que nós não temos conseguido usar.”

Outros alimentos há, como o chocolate que, em pequenas quantidades, pode também ser benéfico, embora em grandes doses passe a tornar-se inimigo da balança. “Já o café, pode ser mau para a artrite reumatoide, mas pode ser bom para a esclerose múltipla. E também fumar canábis pode ter um efeito protetor, ou calmante, para as doenças autoimunes, apesar de estar bem demonstrada a associação prejudicial do tabaco a algumas destas doenças”, acrescenta o especialista.

Aquilo que falta, refere Carlos Vasconcelos, é a “aplicação da nutrição na prática clínica. As pessoas pensam que a dieta é uma coisa necessariamente difícil e aborrecida e não é; pensam que é necessariamente cara e não tem de ser. O que é preciso é que haja mais informação e nutricionistas disponíveis para isso.”

A forma como o ritmo circadiano pode influenciar este tipo de doenças foi outro dos temas do encontro. “Se pegarmos na mesma pessoa e lhe fizermos uma análise, por exemplo, aos glóbulos brancos às 8h00 e às 20h00, o número às vezes duplica e não é devido à presença de uma infeção. Outro exemplo são os corticoides, que queremos evitar mas que por vezes temos mesmo que dar nas doenças autoimunes: estes poderão funcionar melhor tomados a horas noturnas. Tem tudo a ver com o ritmo circadiano e isto é algo de que pensamos pouco e no qual deveríamos investir mais, havendo aqui um importante caminho a percorrer”, explica Carlos Vasconcelos.

“Outro tema extraordinário é o relacionado com os helmintas (parasitas onde se incluem as ‘lombrigas’, etc) e a sua importância na prevenção e tratamento das doenças autoimunes. Estes parasitas, a que já chamaram ‘velhos amigos’ do ser humano, arranjaram mecanismos para fazer com que o sistema imune não os atacassem (e assim eles podem viver ‘em paz’ nos intestinos). Existem relatos publicados de doentes autoimunes tratados com ovos desses parasitas. Ora, algumas das moléculas que são responsáveis por essa tolerância imunológica foram já identificadas e poderão vir a ser usadas como um medicamento para o tratamento destas doenças.”

O 11º Congresso Internacional de Autoimunidade, que terminou domingo, em Lisboa, é o único encontro em que se é dado destaque às mais de 100 doenças autoimunes que se conhece hoje em dia e que junta cerca de dois  mil participantes de todo o mundo em apresentações sobre as novas técnicas terapêuticas, ferramentas de diagnóstico e investigação atualizada em diferentes áreas. É presidido por um internista, Yehuda Shoenfeld, figura cimeira da autoimunidade mundial, e conta com quatro especialistas de Medicina Interna em lugares de destaque: Carlos Vasconcelos, no cargo de presidente honorário, e Jorge Martins, Carlos Dias e Luís Campos em três das cinco vice-presidências.

Universidade de Coimbra
Aumentar o leque de alternativas ao consumo de proteína animal no mercado foi o objetivo que levou quatro estudantes da...

A gama “Legutê” é composta por três variedades de patês - feijão, ervilha e tremoço - 100% naturais, ricos em proteína, fibra, vitaminas e antioxidantes e com baixo teor de gordura e zero colesterol.

A ideia surgiu na unidade curricular “Empreendedorismo: da ideia ao negócio” do mestrado em Biodiversidade e Biotecnologia Vegetal do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). Bruno Simões, Jéssica Tavares, Mariana Correia e Tércia Lopes investigaram e, “ao verificarmos que a oferta de proteína não animal no mercado é deficitária”, avançaram para o desenvolvimento de um produto inovador que tivesse por base as leguminosas familiares da dieta tradicional mediterrânica.

Após a realização de várias experiências, as leguminosas eleitas foram o feijão, a ervilha e o tremoço. É uma forma de «reinventar o consumo de leguminosas. O Legutê é um produto prático e ideal para qualquer ocasião, distingue-se pela resposta a uma oferta escassa de proteína não animal, sendo indicado para vegetarianos. Para além disto, é rico em fibras, vitaminas e sais minerais», salientam os estudantes.

Com a produção desta nova gama de patês de leguminosas, os jovens pretendem ainda contribuir para a “diminuição de desperdícios alimentares. Queremos transformar os excedentes da indústria alimentar destas leguminosas em matéria-prima.”

A próxima fase passa por «alargar o conceito a outras leguminosas e, também, pela procura de investidores junto da indústria alimentar ou, quem sabe, criar uma start-up, tendo em vista a comercialização dos novos patês de grande valor nutritivo.»

O projeto foi escolhido para disputar a final da fase nacional do concurso internacional Ecotrophelia, promovido pela PortugalFoods, que vai decorrer na próxima sexta-feira, 25 de maio

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões do país apresentam hoje um risco muito elevado e elevado de exposição à radiação Ultravioleta, segundo...

Todas as regiões do país apresentam risco muito elevado, com exceção de Castelo Branco, a ilha do Porto Santo e o grupo oriental dos Açores (São Miguel e Santa Maria), que estão com níveis elevados.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e ‘elevado’, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro Ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral muito nublado na faixa costeira ocidental a sul do Cabo Carvoeiro e aguaceiros nas regiões do interior, em especial durante a tarde, sendo em geral fracos e dispersos.

A previsão aponta ainda para vento fraco a moderado predominando do quadrante oeste, neblina ou nevoeiro matinal, em especial no interior da região Sul e nas regiões do litoral Norte e Centro e pequena descida da temperatura mínima na região Centro.

As temperaturas mínimas vão variar entre os 10 graus Celsius (na Guarda, Bragança e Viana do Castelo) e os 14 (em Faro) e as máximas entre os 19 (na Guarda) e os 27 (em Santarém).

Eutanásia
Os médicos favoráveis à despenalização da eutanásia não devem ser estigmatizados, alerta o oncologista Jorge Espírito Santo,...

“O pior que pode acontecer é quem entende que o doente tem direito a escolher, e se disponibiliza para o apoiar nessa escolha, ser transformado numa espécie de assassino sem escrúpulos e sem emoção”, afirmou Jorge Espírito Santo, médico que tem assumido a sua posição a favor da despenalização da morte assistida.

O clínico é perentório ao afirmar que “rejeita em absoluto” esses rótulos, sublinhando que são ainda piores quando são veiculados por médicos.

Jorge Espírito Santo participa hoje, no Porto, num debate sobre “Decisões sobre o fim de vida”, que é promovido pela Ordem dos Médicos.

O médico argumenta que a defesa da despenalização da eutanásia não vai contra a deontologia médica nem contra o juramento de Hipócrates.

“O nosso juramento não é uma tabela de lei, é um modelo de comportamento. Um modelo que tem espinhas dorsais e um ADN que não muda: pôr o interesse do doente em primeiro lugar. O interesse do meu doente é a minha primeira preocupação”, refere.

Em entrevista à agência Lusa, recorda que já foi abandonado o “modelo paternalista da prática médica” e insiste que ao colocar o interesse do doente em primeiro lugar nunca se estará a infringir o juramento médico.

“Percebo que haja médicos com interpretação diferente da minha. Ninguém pode é ser estigmatizado pela sua interpretação do código de comportamento. No essencial, no que é a determinante e a espinha dorsal da profissão, estamos todos de acordo: o médico tem de pôr o interesse do seu doente como primeiríssima das suas preocupações”, afirma.

Para o oncologista há outra questão essencial neste debate sobre a eutanásia que deve ser esclarecida: não estamos perante uma questão religiosa.

Trata-se, antes, de uma questão “de cidadania e de liberdade de escolha”.

“Quem acha que a sua doutrina o inibe de fazer essa escolha, não a fará. Não tem é a de impor. Vivemos num estado laico e de direito. Este é o nosso contexto e a questão não é e não pode ser religiosa”, argumenta.

Aliás, para o oncologista a defesa da despenalização da eutanásia existe precisamente porque as pessoas têm o direito de escolher: “Não é justo condenar alguém apenas pelas nossas convicções, a tolerar uma situação que para a própria pessoa não é tolerável. O que defendo é que haja direito de escolha”.

Jorge Espírito Santo lembra que a eutanásia não está prevista nem existirá apenas para o doente oncológico terminal, sendo abrangidas outras situações em que exista “sofrimento intolerável e irreversibilidade da situação clínica”.

Sobre o debate muitas vezes imposto “eutanásia versus cuidados paliativos”, o médico lembra que são situações que de forma alguma se excluem e que não pode ser confundida a necessidade de cuidados paliativos com a possibilidade de se optar por uma antecipação da morte.

“Todas as situações devem ter acesso a cuidados paliativos que, por definição, são os que aliviam sintomas e melhoram o bem-estar. Mas os cuidados paliativos têm o seu âmbito de ação e nem todas as situações podem ser manejadas a contento dos doentes com os cuidados paliativos”, defende.

O oncologista nota até que “dos 10 países em que a qualidade da morte é melhor, com efetivo acesso a cuidados paliativos, em cinco foi despenalizada a morte medicamente assistida”.

Espírito Santo assume que, “tal como quase todos os oncologistas”, conhece doentes que já manifestaram vontade de antecipar a sua morte.

Aliás, o médico refere que a sua posição sobre a morte assistida é muito fruto da sua experiência profissional e do contacto que foi tendo com situações “muito complicadas e que implicaram muito sofrimento”.

“Alguns doentes, mas muito poucos, foram capazes de verbalizar o pedido, que obviamente não pôde ter sequência”, indicou.

Apesar de reconhecer que o ato da eutanásia em si não é um ato médico, o especialista refere que “tudo o que está à sua volta é um ato médico”, todo o trabalho de avaliação do pedido, de acompanhamento, de preparação e até da escolha do método a utilizar para abreviar a morte.

Jorge Espírito Santo reconhece que “os médicos estão treinados para curar” e que muitas vezes encaram a morte “como uma derrota”, mas rejeita que só uma “pequena minoria” de clínicos seja favorável à despenalização da morte assistida

A este propósito, recordou um inquérito feito em Portugal a oncologistas em que quase 40% dos que responderam “manifestaram abertura” em relação à eutanásia.

O médico sublinha que o cunho tão penalizador da eutanásia está ainda muito ligado a experiências feitas por médicos nazis durante a Segunda Guerra Mundial. Contudo, lembra que mesmo etimologicamente a eutanásia significa “boa morte”.

“O que se pretende é exatamente isso. É que, na sua escolha final, cada pessoa tenha o direito de partir o mais tranquila e confortavelmente que seja possível”, concluiu.

 

Registo Oncológico
O secretário regional da saúde dos Açores, Rui Luís, admitiu que anualmente "surgem cerca de 1.100 novos casos de cancro...

"O Registo Oncológico, numa série de 1997 a 2014, revela-nos que todos os anos surgem nos Açores cerca de 1.100 novos casos de cancro", informou Rui Luís citado numa nota do Gabinete de Apoio à Comunicação Social (GACS) do Governo Regional dos Açores.

Segundo a mesma nota, esse número foi revelado por Rui Luís no âmbito das Jornadas de Radioncologia, que decorreram na passada sexta-feira, em Ponta Delgada.

Rui Luís falava sobre o investimento feito pelo Governo Regional em "programas de rastreios oncológicos" como forma de "prevenção primária" adequada "à realidade arquipelágica".

"Temos quatro rastreios a funcionar nos Açores, tendo sido rastreadas cerca de 180 mil pessoas e, por essa via, já foram detetados perto de 400 cancros, o que tem sido muito positivo, porque são deteções precoces e é fundamental para a evolução no tratamento", afirmou Rui Luís.

O governante anunciou, também, a criação de uma "rede de referenciação oncológica" nos Açores, destacando a importância da prevenção, do diagnóstico, do tratamento e do acompanhamento dos doentes oncológicos da Região.

"Na última reunião do Conselho Consultivo de Combate à Doença Oncológica foi analisada uma proposta de criação de uma Rede de Referenciação Oncológica, havendo abertura por parte da Direção Regional de Saúde, pelo que penso que, muito em breve, teremos uma ferramenta importante para melhorar as condições de diagnóstico dos doentes oncológicos", revelou Rui Luís à margem de uma mesa redonda sobre 'Insularidade e Investimentos em Oncologia'.

O secretário regional da saúde referiu, ainda, que estão a ser elaborados protocolos de abordagem comum entre os três hospitais dos Açores (hospitais de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta) para o diagnóstico, tratamento e seguimento da doença oncológica.

Ministério
O Ministério da Saúde assegurou que o tempo de espera para a realização da primeira consulta hospitalar de obesidade é inferior...

O presidente da Associação de Doentes Obesos e Ex-obesos de Portugal (ADEXO), Carlos Oliveira, acusou os hospitais de controlarem as entradas nas primeiras consultas para a obesidade para não terem grandes listas de espera.

Numa resposta, o Ministério da Saúde (MS) refutou estas acusações afirmando que o tempo máximo de resposta garantido para a consulta de obesidade é inferior a outras especialidades.

"Se a ADEXO tem conhecimento de alguma situação desta natureza em algum hospital, deverá informar a ACSS [Administração Central do Sistema de Saúde] para a situação ser averiguada junto do hospital", defendeu.

Em declarações, o presidente da ADEXO afirmou que as consultas estão a ser feitas, mas "o problema é que só deixam entrar em função das [pessoas] que saem em cirurgia": "Um hospital este ano fez por exemplo 60 cirurgias, o ano passado tinha uma lista de espera, este ano tem a mesma lista de espera, alguma coisa não está bem".

"Se deixassem entrar todas as pessoas que se querem inscrever, as listas eram substancialmente superiores", sustentou.

O Ministério da Saúde disse que não emitiu qualquer orientação nesse sentido. "Pelo contrário, a orientação que existe é para que sejam inscritos em Lista de Inscritos para Cirurgia todos os utentes que tenham necessidades cirúrgicas identificadas pelos profissionais de saúde que têm competência para efetuar essa avaliação".

Lembrou ainda que os doentes inscritos no Programa de Tratamento Cirúrgico da Obesidade (PTCO) têm um plano determinado em portaria com orientações emanadas pela ACSS e pela Direção-Geral da Saúde.

O processo inicia-se com a referenciação pelos Cuidados de Saúde Primários ou por uma entidade hospitalar para tratamento cirúrgico da obesidade para um centro de tratamento autorizado pela DGS, explicou o MS.

Esse hospital dispõe de 60 dias para realizar a primeira consulta de especialidade, que é uma consulta multidisciplinar, posteriormente o Hospitalar dispõe de outros 60 dias para elaborar o plano de cuidados (proposta cirúrgica) e, a partir dessa data, um Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG) de seis meses para proceder à cirurgia.

Reforçar equipas
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, com sede em Penafiel, anunciou a contratação de 15 novos médicos, de várias...

Segundo um comunicado, foram admitidos especialistas de anestesiologia, cirurgia geral, infeciologia, medicina interna, nefrologia, otorrinolaringologia, patologia clínica, pediatria e pneumologia, áreas com carências no centro hospitalar.

"O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) vê assim minorada a carência de especialistas e pode continuar o combate às listas de espera de cirurgia e consulta externa", assinala-se no comunicado.

Admite-se também que "subsistem ainda algumas limitações em várias especialidades", mas ressalva-se que a contratação agora anunciada "é um momento de satisfação".

No comunicado destaca-se que, pela primeira vez, foi contratado para o CHTS um especialista de infeciologia, "dando assim mais um passo na diferenciação dos cuidados prestados à população".

Especialista
O diretor do serviço de doenças infeciosas do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, admitiu que nos últimos anos...

"Nós temos tido ultimamente cerca de 10, 12, 14 casos por ano", adiantou Francisco Melo Mota aos jornalistas, à margem do curso de atualização em virologia clínica que decorreu sexta-feira no Hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

O especialista lembrou que "no início do ano 2000" já se tinham registado "números bastante elevados", tendo em conta a população nos Açores, um cenário que foi depois alterado com "um decréscimo bastante acentuado".

Porém, agora há novamente uma subida – nos últimos dois/três anos o número “aumentou ligeiramente” -, mas o responsável sublinhou também que muitos doentes de outras ilhas têm optado para ir para São Miguel (a maior ilha do arquipélago) devido ao estigma relacionado com a doença.

Francisco Melo Mota defende, por isso, uma aposta na prevenção, para contrariar o aumento de casos.

"A doença neste momento não tem cura ainda, quer dizer, por mais que se diga que as pessoas têm uma ótima qualidade de vida, nós temos doentes com mais de 20 anos em tratamento, mas não há cura, ficam presos o resto da vida, por assim dizer, à medicação", sublinhou.

Também o presidente da direção da Sociedade Portuguesa de Virologia alertou para o "pico" nas doenças sexualmente transmissíveis em Portugal, como é o caso da SIDA, associando este fenómeno ao "excesso de confiança" da população e com o aparecimento das "terapêuticas eficazes" no tratamento do VIH/SIDA.

"As pessoas acham que não têm de se proteger e aquilo que nós assistimos no nosso dia-a-dia - e eu nunca assisti a isso e já sou microbiologista há mais de 30 anos - é um recrudescimento das doenças de infeção sexual, precisamente porque as pessoas agora não se protegem, acham que já não há doenças propriamente mortais e a SIDA nalguns locais está a reaparecer", disse Paulo Paixão.

Nos Açores há ainda outro vírus que causa preocupação – o da hepatite C, que aparece sobretudo associada à toxicodependência.

"Ainda nos aparecem muitos doentes [com hepatite C], pelo que estamos a ver cada vez há mais. Deveria porventura haver uma maior incidência na prevenção do uso de drogas ilícitas, endovenosas essencialmente, claro. Números exatos não lhe consigo dizer, mas neste momento nós temos cerca de 200 doentes à espera de fazer o Fibroscan (exame ao fígado) para poderem ser propostos a tratamento", disse.

 

Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar
A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar lançou na sexta-feira uma petição pela abolição das quotas na criação...

Para 2018, o Ministério da Saúde fixou uma quota máxima de 30 USF, "o que fica muito aquém" das necessidades de Portugal, disse o presidente da direção da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), João Rodrigues.

Com o regime de quotas, “todos os anos se vão acumulando candidaturas para novas USF que não evoluem”, adiantou o também coordenador da USF Serra da Lousã, neste município do distrito de Coimbra.

“Não podemos continuar com um país a duas velocidades. Neste momento, já temos 66 candidaturas acumuladas, algumas já do ano passado, e haverá ainda mais” até dezembro, sublinhou.

Ao avançar com a petição ‘online’, sob o lema “USF para todos – saúde para todos os portugueses”, a associação liderada pelo médico João Rodrigues realça que a aposta nas USF “tem demonstrado, ao longo destes 10 anos, a sua mais-valia para o cidadão” e para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“A implementação do modelo USF produziu uma notável alteração na realidade dos cuidados de saúde primários (CSP) em Portugal, com um impacto que transcende as próprias USF e a população nelas inscritas, pelo efeito catalisador que teve sobre todas as unidades prestadoras de cuidados de saúde”, refere.

Os resultados obtidos pelas USF nas diferentes áreas contratualizadas e “todos os estudos que têm vindo a ser realizados demonstram” que, com este modelo, os utentes e profissionais estão “mais satisfeitos” e o SNS assegura “mais e melhores cuidados e mais eficiência”.

“No entanto, esta realidade não é ainda a realidade do país, dado que 40% dos portugueses não usufrui deste modelo de prestação de cuidados, facto gerador de iniquidades importantes e desigualdades”, segundo o texto da petição.

É igualmente salientado o “forte desinvestimento verificado nos últimos anos na implementação do modelo”, cuja “face mais visível” é não terem sido criadas USF de modelo B em 2017 e 2018.

“Pela saúde dos portugueses e pela sustentabilidade do SNS, urgem medidas legislativas que acabem com as quotas para novas USF, apoiem a criação de novas USF e eliminem as quotas à evolução para USF de modelo B”, defende a USF-NA.

A petição cita um estudo da Coordenação Nacional para a Reforma do SNS - Área dos Cuidados de Saúde Primários (CNCSP), divulgado em janeiro, segundo o qual as USF têm permitido “uma redução significativa dos custos globais” dos CSP.

“Apesar do aumento do custo com os recursos humanos”, esta opção política na área dos CSP gerou uma poupança superior a 103 milhões de euros, 2015, de acordo com o estudo.

Para João Rodrigues, “isto é extremamente contraditório”.

“Há quotas porquê?”, perguntou o presidente da USF-AN.

A petição deverá reunir pelo menos 5.000 subscritores, para que o documento venha a ser discutido em plenário da Assembleia da República.

Estudo
Resultados preliminares de um estudo nacional sobre a Doença Venosa Crónica realizado pela Faculdade de Medicina do Porto...

"É alarmante que a enorme maioria das pessoas que responderam ao questionário, e que apresentavam sintomas característicos da doença, tenham referido nunca terem sido tratadas ou referenciadas e não tinham qualquer informação sobre o assunto", disse o docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Armando Mansilha, responsável pelo trabalho.

Nesta primeira fase do estudo REVEAL-CEAP, que envolveu 1.333 utentes dos Cuidados de Saúde Primários nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, verificou-se que 60% dos doentes sofre de sinais de Doença Venosa Crónica (DVC), desde as pequenas varizes às úlceras venosas e que a esmagadora maioria queixa-se de sintomas associados à patologia.

Segundo indicou, os dados preliminares deste estudo indicam igualmente que a Doença Venosa Crónica, que tem como fatores principais o sedentarismo, a obesidade e os antecedentes familiares, é mais prevalente em mulheres, com mais de 50 anos.

Este trabalho, cujos primeiros resultados foram apresentados sexta-feira na Porto Vascular Conference, na FMUP, tem como objetivo determinar a prevalência e caracterizar epidemiologicamente aqueles que têm DVC, nos cuidados de saúde primários.

"Do ponto de vista clínico, percebemos, agora factualmente, que esta é uma doença subestimada e, por isso, subtratada levando a que a doença progrida. Aquilo que hoje é uma variz com indicação para operar, amanhã é uma pele com infeção ou úlcera aberta", explicou o docente.

Na sua opinião, é necessário dar uma maior atenção a estes doentes com DVC, disponibilizar mais informação sobre a patologia, efetuar um melhor diagnóstico e promover o tratamento.

Dessa forma, é possível evitar a progressão da doença para estádios mais avançados ou crónicos, nos quais "já não há possibilidade de reverter na totalidade o quadro clínico, apesar do fortíssimo impacto que tem na qualidade de vida das pessoas", referiu o docente.

O docente acrescentou ainda que a modificação de alguns hábitos de vida para contrariar o sedentarismo e o excesso de peso - como uma alimentação adequada, a prática de exercício físico e cuidados posturais - são determinantes para controlar a patologia.

De acordo com o responsável, além das direções-gerais de saúde da Madeira e dos Açores, o estudo REVEAL-CEAP vai envolver todas as Administrações Regionais de Saúde (ARS) do continente.

Pretende-se que, no fim do estudo, tenham sido incluídos no projeto seis mil utentes, "tornando este num dos maiores estudos epidemiológicos efetuados a nível europeu e internacional", acrescentou Armando Mansilha.

Para a realização deste estudo, a FMUP conta com a parceria da Escola Nacional de Saúde Pública, da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.

Especialista
Os doentes hemato-oncológicos no regresso a casa, após internamento, podem gradualmente retomar a anterior dieta alimentar,...

O tema marca a reunião da primavera da Associação de Apoio aos Doentes com Leucemia e Linfoma (ADL), dia 22 de maio, no Porto, e que é promovida duas vezes por ano (primavera e outono) para “partilha de experiências e testemunhos e boas práticas no tratamento e acompanhamento da doença oncológica”.

Segundo a presidente da associação sediada no Porto, a reunião de terça-feira pretende “esclarecer um aspeto fundamental e que, por vezes, por falta de tempo dos médicos, acaba por não ser transmitido”.

Segundo Fátima Ferreira, “os doentes, quando estão internados e em regime de isolamento, em terapias intensivas e agressivas, não podem comer nada cru, nomeadamente iogurtes, frutas cruas, frutos secos”, num conjunto de restrições que chega também aos familiares “proibidos de levar alimentação de casa”.

E se no hospital o controlo da alimentação se verifica, as confusões surgem “quando os doentes voltam para casa, achando que a dieta vai ser sempre assim”, alertou a responsável da ADL, atribuindo essa “falha, talvez por falta de tempo, aos médicos, a quem cabe fazer essa comunicação”.

“É possível ao doente, após o regresso a casa, de forma gradual, retomar a sua alimentação”, numa dieta, ainda assim, com algumas exceções, indicando a responsável, por exemplo, “os alimentos ricos em fungos, os frutos secos, que são proibidos no mês a seguir o regresso a casa”, bem como os “alimentos preparados e guardados mais do que cinco ou seis horas e os alimentos processados”.

No encontro agendado para o auditório do CIM - Centro de Investigação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto será também abordado o impacto da quimioterapia e da radioterapia nas funções cognitivas: memória, aprendizagem e raciocínio.

De entrada gratuita, a reunião destina-se a “todos os portadores de cancro, particularmente do sangue: leucemias, linfomas e mielomas a todos os seus familiares, amigos e profissionais de saúde que com eles trabalham e convivem, bem como publico em geral”, refere o comunicado.

E numa sessão em que se falará da influência da Ayurveda (sistema milenar hindu de medicina tradicional indiana) na promoção da saúde e bem-estar, será feito o ponto de situação das atividades desenvolvidas pela associação junto dos doentes e familiares “como as sessões de reiki, o apoio domiciliário, a psicoterapia, a acupuntura e os benefícios destas práticas nos doentes oncológicos”, lê-se ainda na nota de imprensa.

A abertura do evento será feita pelo Diretor do Serviço de Hematologia do Centro Hospitalar S. João, José Eduardo Guimarães, estando a moderação a cargo da presidente da associação Fátima Ferreira, hematologista no mesmo hospital.

Programa Nacional de Diagnóstico Precoce
Nos primeiros quatro meses deste ano nasceram pelo menos 27.157 bebés, mais 198 do que no mesmo período do ano passado, segundo...

Coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, este programa cobre a quase totalidade de nascimentos.

O teste não é obrigatório e pode haver sempre mais nascimento do que testes, mas continua a ser um indicador relativo à natalidade em Portugal, tendo em conta uma taxa de quase 100% de cobertura do programa.

Nos primeiros quatro meses de 2018 foram estudados 27.157 recém-nascidos, mais 198 do que face ao período homólogo de 2017, em que se estudaram 26.959.

O maior número de testes foi realizado em Lisboa, com 8.085 testes, seguido pelo Porto, com 4.786 testes e por Braga, com 2.062. O local com menos nascimentos terá sido Bragança, com apenas 191 testes realizados.

No ano passado, o “teste do pezinho” permitiu aferir uma diminuição de nascimentos em relação a 2016.

Pelo menos 86.180 crianças nasceram em 2017, menos 1.397 do que em 2016, uma diminuição que ocorre após três anos consecutivos do aumento de nascimentos, segundo os “testes do pezinho” então realizados.

O “teste do pezinho” é realizado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.

As causas são desconhecidas
A doença inflamatória intestinal afecta em Portugal entre 7000 a 15000 portugueses.

Colite ulcerosa e Doença de Crohn - são estas as duas patologias a que nos referimos quando falamos de doenças inflamatórias intestinais.

São doenças de causa ainda desconhecida e têm em comum a presença de inflamação de gravidade variável e em maior ou menor extensão do tubo digestivo. Não são doenças com manifestações contínuas podendo evoluir por surtos e com períodos de remissão que podem ser mais ou menos longos.

No caso da colite ulcerosa atinge somente o cólon (intestino grosso) e sempre o recto e uma parte mais ou menos extensa do restante intestino mas unicamente a parede interna deste (mucosa).

A doença de Crohn pode atingir qualquer segmento do tubo digestivo, desde a boca ao ânus, e a inflamação atravessa toda a parede do tubo digestivo, mais frequentemente da parte terminal do intestino delgado (íleo) e do cólon.

Tem havido um aumento de incidência destas doenças a nível mundial sobretudo nos países desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Em Portugal a prevalência é intermédia e estima-se que existam cerca de 150 doentes por cada 100000 habitantes para ambas as doenças, com predomínio do sexo feminino na D. Crohn e do masculino na colite ulcerosa. Há um pico de incidência entre os 15-40 anos e um segundo pico entre os 50-80 anos.

Os sintomas são mais variáveis na D. Crohn do que na colite ulcerosa e por vezes passam anos antes de se fazer o diagnóstico. Fadiga, diarreia prolongada com dor abdominal, presença de sangue e muco nas fezes, perda de peso e febre são sintomas frequentes. Também pode haver manifestações extraintestinais que podem envolver ossos e articulações, pele, olhos e o sistema hepato-biliar.

O diagnóstico é habitualmente estabelecido, perante uma história clinica sugestiva, por estudo imagiológico (Tac, ressonância magnética, ultrassonografia) ou endoscópico. A colonoscopia com observação da parte terminal do intestino delgado(íleo) é assim, nestas doenças, de importância major.

Na colite ulcerosa observa-se sempre inflamação da mucosa do recto com maior ou menor extensão aos restantes segmentos do cólon e o envolvimento é contínuo. Na D. Crohn existem áreas afectadas alternando com áreas livres de doença podendo haver ulcerações, formação de lesões semelhantes a pólipos e, por intensa inflamação, pode mesmo haver zonas de estreitamento do intestino(estenoses) e formação de fístulas para outros órgãos ou mesmo abcessos. A área peri-anal pode ser particularmente afectada nesta doença. Durante os exames endoscópicos são colhidos pequenos fragmentos (biopsias) da parede interna do intestino(mucosa) que após observação ao microscópio contribuem para  melhor orientar um diagnóstico final.

A endoscopia digestiva alta que observa o esófago, estômago e a primeira parte do intestino delgado (duodeno) e a cápsula endoscópica que após deglutida tem a capacidade de filmar todo o trajecto do intestino delgado, detectando assim as áreas abrangidas pela doença, são também exames importantes no estudo da D. Crohn.

Não estando a dieta implicada no aparecimento ou agravamento destas doenças é no entanto importante restringir a ingestão de alimentos com alto teor de fibra em períodos de diarreia ou em doentes em que se saiba que há zonas do intestino já estreitadas (estenoses).

Os hábitos tabágicos são fortemente desaconselhados na D. Crohn e o uso de fármacos como a aspirina e os chamados anti-inflamatórios não esteroides (ex. brufen, voltaren) são interditos nestas doenças.

Como em todas as doenças, mas particularmente nestas, a relação do doente com o seu médico, neste caso o Gastroenterologista, é fundamental e o controlo de estados de ansiedade e de grande stress emocional devem ser controlados pois, ao poderem diminuir a imunidade, podem contribuir para o agravamento  das doenças com episódios de exacerbação.

Sendo doenças benignas podem, no entanto, interferir bastante com a qualidade de vida dos doentes. O tratamento não podendo ser curativo porque não se conhece a causa, tem como objectivo controlar a inflamação, evitar episódios agudos, possíveis complicações, tentando manter os doentes em remissão por períodos de tempo que se desejam longos. Uma actividade inflamatória continuada e não controlada aumenta o risco oncológico e a vigilância endoscópica é essencial após 8 a 10 anos de duração destas doenças.

O tratamento, com o aparecimento de novos fármacos nos últimos anos, tem tido grande evolução. Os chamados tratamentos biológicos são agora utilizados em casos de doenças mais agressivas ou em que haja habituação a tratamentos anteriores. No entanto, nas doenças ligeiras a moderadas, continuam a ser administrados anti-inflamatórios específicos destas doenças (ex: mesalazina) e medicamentos imunosupressores. A cirurgia fica reservada para tratar as complicações ou para situações de intractabilidade médica.

A realidade actual é francamente mais risonha para os nossos doentes, conseguindo-se com consultas programadas e vigilância, um dia a dia mais normalizado. Felizmente, a enorme estigmatização social e profissional que sofriam, num passado ainda recente, parece estar a ser progressivamente ultrapassada.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
EUA
Engenheiros da Universidade norte-americana Rutgers-New Brunswick, em Nova Jérsia, criaram um gel inteligente impresso em 3D...

Segundo um trabalho divulgado hoje na publicação científica “ACS Applied Materials & Interface” o hidrogel impresso em 3D move-se e muda de forma quando ativado por eletricidade, podendo andar para a frente e recuar e agarrar e mover objetos, disse um dos autores da investigação.

Howon Lee adiantou que a criação aquosa pode levar à criação de robots flexíveis, imitando animais marinhos como o polvo, que podem andar debaixo de água e movimentar objetos sem os danificar. O novo material pode também impulsionar a criação de corações artificiais, estômagos artificias e outros órgãos e músculos, bem como dispositivos para diagnosticar doenças, detetar e distribuir drogas e fazer inspeções subaquáticas.

“O nosso gel inteligente impresso em 3D tem um grande potencial em engenharia biomédica porque se assemelha a tecidos do corpo humano que também contém muita água e são muito moles”, disse Howon Lee, autor sénior do estudo e professor do departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial.

Materiais moles como o gel inteligente são flexíveis, muitas vezes mais baratos de produzir que materiais duros e podem ser miniaturizados, adiantou.

Os hidrogéis, que se mantêm sólidos apesar de conterem 70% de água, são encontrados no corpo humano e, por exemplo, em fraldas, lentes de contacto ou gelatina.

O processo de criação do gel inclui a projeção de luz numa solução sensível à luz e a imersão em água salgada. Segundo os responsáveis a velocidade de reação do hidrogel é controlada alterando as dimensões (fino é mais rápido do que grosso) e o gel dobra-se ou muda de forma conforme a força da solução de água salgada e do campo elétrico.

Serviço Nacional de Saúde
A Ordem dos Nutricionistas afirmou hoje que o Orçamento do Estado para 2018 prevê um reforço de 40 nutricionistas no Serviço...

A posição da Ordem surge no dia em que a Assembleia da República aprovou os projetos de resolução do PSD e do PAN para recomendar ao governo a obrigatoriedade de nutricionistas nas instituições do setor social que cuidam de idosos, medida com que estes profissionais se congratulam.

Para a Ordem dos Nutricionistas é fundamental a adoção de medidas que “revertam o atual cenário alimentar nas instituições do setor social”.

“Só com a presença de nutricionistas nestas instituições é possível definir uma alimentação adequada aos utentes, tendo em conta as necessidades e características individuais de cada um”, defende a Ordem em comunicado.

Os nutricionistas frisam que o retrato nacional da alimentação nas instituições do setor social e solidário é “alarmante” e dizem que é urgente garantir a intervenção de nutricionistas junto da população mais vulnerável, como é o caso dos idosos”.

“De acordo com o relatório do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável 2017, com os resultados do Projeto Nutrition UP 65 e com o Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF 2015-2016), 15% dos idosos está em risco de desnutrição e 7 em cada 10 idosos portugueses apresentam carências de vitamina D”, sustenta a Ordem.

Os nutricionistas sublinham ainda que 21% da população portuguesa tem mais de 65 anos de idade, mais de metade ingere menos cálcio do que é adequado e 85% consome mais do que os cinco gramas de sal recomendados.

Estudo
Cerca de 1,9 milhões de portugueses sofriam em 2015 de obesidade, uma doença mais prevalente nas mulheres, nos idosos e nas...

Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o inquérito analisou o estado de saúde da população residente em Portugal, em 2015, com idade entre os 25 e os 74 anos, tendo concluído que 28,7% dos portugueses eram obesos e 126 mil tinham obesidade mórbida.

Divulgados a propósito do Dia Nacional e Europeu da Obesidade, que se assinala no sábado, os dados indicam que três em cada dez mulheres (32,1%) eram obesas, contra 24,9% dos homens.

Os portugueses sem qualquer nível de escolaridade ou apenas com o primeiro ciclo apresentavam maior prevalência de obesidade (43,1%), seguidas das que têm o segundo ou terceiro ciclo (28,7%).

Já na população com o ensino secundário, a prevalência da obesidade situava-se nos 22,7% e nos 14,7% nas que têm o ensino superior.

Também se verificou níveis maiores de obesidade na população sem atividade profissional (reformados, domésticos ou estudantes) (40%), uma situação que também afetava 29,4% dos desempregados e 23,7% dos empregados.

Contactada, a presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), Paula Freitas, salientou a importância do Dia Nacional e Europeu da Obesidade, para “colocar a população portuguesa a pensar na obesidade como doença”.

“O nosso objetivo primário é que as pessoas entendam que a obesidade é uma doença crónica, complexa e multifatorial que está associada a múltiplas outras patologias”, como a diabetes, hipertensão ou cancro, que podem ser evitadas se as pessoas perderem peso.

As pessoas que têm diabetes, aumento do colesterol e do ácido úrico, problemas cardíacos, respiratórios, como a asma, apneia de sono, muitas vezes basta perderem peso para que todas estas doenças melhorem ou desapareçam.

“Nós olhamos um bocadinho para a obesidade como fator para o aumento do risco cardiovascular, como a hipertensão, a insuficiência cardíaca, doença coronária ou o aumento do risco tromboembólico, mas hoje também cada vez mais se sabe que a obesidade está associada a uma série de cancros na mulher, como o cancro da mama, dos ovários, do colo do útero, do endométrio, e nos homens, o cancro na próstata”, salientou.

Mas a obesidade também pode estar associada a outros cancros, como o colorretal, da vesícula biliar, do pâncreas ou do fígado, disse Paula Freitas, defendendo que “é importante travar a obesidade para que todas as complicações associadas não venham a surgir a longo prazo”.

A SPEO defende a necessidade de criar respostas mais eficientes e rápidas, quer seja através de um diagnóstico mais precoce, um melhor encaminhamento e gestão dos doentes nos cuidados primários, bem como possibilitar o tratamento necessário aos doentes.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a incidência de cancros associada ao excesso de peso e obesidade aumentou 7% na última década.

May Measurement Month
Sociedade Portuguesa de Hipertensão associa-se pela primeira vez num registo mundial da pressão arterial coordenado pela...

No Dia Mundial da Hipertensão (DMH) que se celebrou ontem, em Almada, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) registou a pressão arterial a mais de 800 pessoas.

No sentido de dar continuidade ao objectivo de conhecer os valores de pressão arterial (PA) dos portugueses, a SPH associou-se pela primeira vez, ao maior registo mundial de hipertensão arterial (HTA), o May Measurement Month (MMM – Maio, o mês da medição).

O MMM é o nome da iniciativa da International Society of Hypertension (ISH), apoiada pela World Hypertension League (WHL), que tem como objectivo continuar a sensibilizar a população para a necessidade de medir a sua pressão arterial. Para o presidente da SPH, Dr. Carvalho Rodrigues, “é um privilégio poder participar num programa desta dimensão que vai com certeza estabelecer bases sólidas para aumentar significativamente o entendimento e a consciencialização dos portugueses sobre a HTA.”

De acordo com a SPH os centros envolvidos nesta iniciativa são: o Centro de Saúde São João da Madeira, Hospital Egas Moniz do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Hospital Garcia da Orta, Hospital Pêro da Covilhã do Centro Hospitalar Cova da Beira, Hospital São Sebastião do Centro Hospitalar Entre Vouga e Douro.

Esta campanha surge no âmbito das comemorações do DMH cujo lema é “Conheça os seus valores. Controle a sua pressão arterial”. É uma iniciativa da WHL, à qual a SPH se associa, que tem como objectivo alertar a população para a HTA, doença silenciosa que afeta 42% de portugueses.

Especialmente neste dia, a SPH relembra a importância de medir a PA frequentemente, cujos valores devem ser inferiores a 14/9. Praticar exercício físico regular, adoptar uma alimentação saudável com baixo teor de sal e cumprir a toma da medicação prescrita fazem também parte das mensagens que a SPH quer transmitir neste dia.

“Em Portugal, apesar de quase 75% dos doentes estarem medicados, ainda só se atingiu 42% do controlo da doença, facto que se deve sobretudo ao não cumprimento rigoroso da medicação” refere o presidente da SPH e explica “o controlo da HTA faz-se através da medição da PA, mas também através do cumprimento rigoroso da medicação prescrita pelo médico. Infelizmente, muitos doentes não cumprem a medicação ou abandonam a mesma o que, por conseguinte, vai dificultar o controlo da doença. Largar a medicação porque já se está bem ou porque não se sentiu bem com os comprimidos ou ainda porque se sente bem com a tensão alta são alguns do mitos e equívocos responsáveis pelo abandono do tratamento para a HTA. Deve existir, cada vez mais, a preocupação de promover terapêuticas e posologias simples e, simultaneamente eficazes, para aumentar a taxa de adesão ao tratamento. Nunca é demais reforçar a velha máxima de que um comprimido só faz efeito quando é tomado.

Páginas