Obesidade é um problema de Saúde Publica
A obesidade é uma doença crónica muito complexa e atinge todas as faixas etárias.

A obesidade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é definida como a acumulação anormal ou excessiva de gordura corporal, que pode atingir graus capazes de afetar a saúde.

Esta é o resultado de insuficientes níveis de atividade física associados a uma alimentação inadequada, caracterizado por um consumo excessivo de calorias, maioritariamente provenientes de açúcar e gordura. Para além de ser uma doença por si só, a obesidade constitui um fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças crónicas, como doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, diabetes mellitus, entre outras.

É atualmente um dos mais sérios problemas de Saúde Pública, na Europa e em todo o mundo, superando outras questões clássicas como a subnutrição e as doenças infeciosas.

Os dados mais recentes, relativos a Portugal, segundo um estudo realizado por investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, referem que a prevalência da obesidade é de 22,3% (superior a estudos realizados em 2014 e 2016). Este problema é mais prevalente nas mulheres, nos idosos e nos indivíduos com menor nível educacional.

A obesidade é uma doença crónica muito complexa e atinge todas as faixas etárias. A obesidade infantil, é atualmente um problema em Portugal, sendo que 25% das crianças e 32,3% dos adolescentes têm excesso de peso (pré obesidade e obesidade).

Para diminuirmos esta epidemia, tenha em consideração as medidas abaixo indicadas:

1.      Alimente-se de uma forma saudável e equilibrada! Tenha uma alimentação variada, fazendo pequenas refeições, várias vezes ao dia. Evite o consumo de açúcares, gorduras saturadas e gorduras trans.

2.      Mantenha-se ativo! Opte pelas escadas ao invés do elevador, vá a pé para o trabalho, caminhe no mínimo 30 minutos por dia.

3.      Mantenha-se hidratado! Beba no mínimo 8 copos (1,5L) de água ou infusões de ervas sem adição de açúcar, por dia. Esta ajuda na sensação de saciedade e na desintoxicação do organismo.

4.      Faça as compras certas! Na hora de escolher o que levar para casa, evite levar alimentos processados ricos em açúcar e gorduras saturadas. Opte por alimentos frescos não embalados.

5.      Tenha uma boa noite de sono! Durante o sono, para além de não comermos, este ajuda a regular os níveis de leptina e grelina, duas hormonas que ajudam no controlo da fome.

6.      Tome o pequeno almoço! Saltar o pequeno-almoço parece uma forma fácil de cortar nas calorias, mas pode levar ao aumento da ingestão calórica ao almoço e durante o resto do dia.

7.      Encha o seu prato de cor! Acompanhe sempre as suas refeições com uma boa porção de vegetais, diminuindo o consumo de hidratos de carbono.

8.      Não viva obcecado com a balança. Mais que um número, devemo-nos concentrar nos hábitos que adotamos.

Referências:
Oliveira, A. et al., Prevalence of general and abdominal obesity in Portugal: comprehensive results from the National Food, nutrition and physical activity survey 2015 – 2016. BMC Public Health, 2018, pp.1–9.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é cada vez mais uma realidade na nossa sociedade.

No sentido de assegurar uma melhor qualidade de vida às pessoas que sofrem desta doença, muitos familiares, principalmente filhos e/ou cônjuges, acabam por abdicar da sua rotina para cuidar do seu ente querido. Contudo, esta não é uma tarefa fácil: primeiro porque o agravamento dos sintomas requer uma responsabilidade acrescida ao nível da prestação de cuidados; e segundo porque é preciso que um cuidador perceba, momento a momento, quais são as necessidades da pessoa de quem cuida e quais as estratégias adequadas para lhes dar resposta, o que implica formação nesta área, algo que a maioria não possui.

Além destas dificuldades, existem outras que acabam por ter um impacto mais expressivo na vida do familiar cuidador, nomeadamente as dificuldades emocionais. Cuidar de alguém com demência pode ser muito gratificante, mas também pode ser muito difícil, desgastante, solitário, e às vezes avassalador. À medida que as necessidades destas pessoas se alteram, os familiares cuidadores sofrem e experienciam algumas emoções que podem incluir sentimentos de tristeza, culpa, raiva e frustração.

Desta forma, torna-se importante que os cuidadores e familiares se consciencializem de que não será fácil continuar a equilibrar as suas necessidades com as da sua família e da pessoa com demência e, por conseguinte, de que vão precisar de ajuda para cuidar da pessoa.

Importa destacar que os familiares de pessoas com doença de Alzheimer e outras demências não estão sozinhos e que existem imensos apoios aos quais poderão recorrer. Exemplo disso é a linha telefónica Informar e Apoiar Mais (213 610 465), uma iniciativa da Alzheimer Portugal que tem como objetivo prestar informações e esclarecimentos imediatos sobre questões gerais relacionadas com a demência e sobre como lidar com as pessoas com demência.

No entanto, mais do que saber como agir com um familiar com demência, é também possível recorrer a cuidados prestados por profissionais especializados. Estes poderão assegurar uma alternativa de cuidados mais completa e adequada, o que acaba por ser benéfico tanto para a pessoa com a doença de Alzheimer, como para o familiar cuidador, que a partir daí consegue obter uma maior paz de espírito, e inclusive ter mais tempo para cuidar do seu bem-estar, sabendo sempre que a pessoa que ama estará em boas mãos.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialista
O pediatra Israel Macedo, responsável pelo único Banco de Leite Humano no país, denunciou hoje que há leite materno a ser...

“Através das redes sociais e da internet, há pessoas que disponibilizam o seu leite para outras mães que procuram o leite. Há estudos da academia americana, recomendações da Associação Europeia de Bancos de Leite Humano (…) que demonstram que as pessoas correm um enorme risco ao entrarem por essa via. É o equivalente a responder a uma proposta de sexo não seguro pela internet”, alertou o especialista, que falava a propósito do Dia Mundial de Doação de Leite Humano, que se assinala no sábado.

“As pessoas podem receber leite de uma mãe VIH positiva, de uma mãe toxicodependente que vai vender leite que devia ser para o próprio bebé ou que até nem devia ser dado ao bebé”, afirmou.

Além do desconhecimento da existência doenças que podem ser transmitidas aos bebés através do leite, Israel Macedo alerta também para “condições nada controladas” na conservação do leite que fazem “crescer bactérias”.

“É um leite perigosíssimo e isso infelizmente estendeu-se à Europa e a Portugal. (…) É extremamente perigoso porque a pessoa está a receber um leite que não sabe de onde vem. É uma lotaria, pode vir contaminado com bactérias intestinais, com bactérias de todo o tipo de feitio, vírus. É uma lotaria, uma perfeita lotaria”, advertiu.

Especialista
A região do Porto está a “trabalhar arduamente” para reunir condições para abrir um Banco de Leite Humano até ao final do ano e...

O pediatra Israel Macedo, responsável pelo Banco de Leite Humano do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Maternidade Alfredo da Costa (CHLC – MAC), o único banco de leite no país, disse que a necessidade de um banco de leite no Porto é “clara” e que já “estão na fase de arranjar meios financeiros”.

“No Porto é preciso um banco de leite. Temos [nos hospitais] unidades tipo 3, muitos bebés prematuros, claramente aí é necessário. Há muitos bebés imaturos. (…) Portanto, claramente no norte é preciso”, disse.

O especialista, que falava a propósito do Dia Mundial de Doação de Leite Humano, que se assinala no sábado, explicou que estão a decorrer reuniões na Direção-Geral da Saúde (DGS) no âmbito da alimentação de crianças onde “entra o problema do número de bancos de leite a nível nacional”.

Israel Macedo deixou também em aberto a hipótese da criação de um banco de leite que sirva a zona norte e centro, onde se inserem os hospitais de Coimbra que “registam um grande número de cirurgias a crianças” que podiam beneficiar também do “leite de dadora” na recuperação.

“Vamos ter de fazer contas também em relação à possibilidade de, do Porto, fornecerem a Coimbra, porque pode dar-se o caso uma vez que geograficamente são mais próximas (…) Um a dois bancos de leite mais no país acho que faz todo o sentido. Se só no Porto ou numa zona intermédia, se no Porto e Coimbra, ainda temos de ver”, disse.

Em relação à expansão do serviço já existente a mais hospitais na área de Lisboa, o especialista explicou que, desde a sua criação, o banco fornece leite materno ao Hospital Dona Estefânia e ao Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) estando a dar-se “passos sólidos” para que o fornecimento seja alargado ao Hospital Santa Maria, ao Hospital Garcia de Orta e ao Hospital São Francisco Xavier.

O pediatra referiu ainda ter recebido recentemente um pedido do Hospital de Cascais, que “tem bebés com menos de 32 semanas”, a população alvo do banco de leite.

Desde a criação do Banco de Leite Humano CHLC – MAC em 2009 “mais de 200 mulheres foram dadoras”, estando atualmente ativas cerca de 15. O banco processa “em média 200 litros de leite” que permite alimentar “uma média de 150 bebés por ano”, adiantou Israel Macedo.

“As dadoras ficam ativas cerca de três a seis meses. Quando começam a trabalhar normalmente é um problema, o problema da amamentação é que a partir dos cinco ou seis meses a nossa legislação não permite que as pessoas consigam nos seus locais de trabalho recolher o leite e, portanto, normalmente perdemos as dadoras quando começam a trabalhar”, afirmou.

O leite materno permite “diminuir as infeções intestinais graves”, fornecer gorduras e proteínas mais adequadas que fazem com que “o cérebro se desenvolva melhor” e tem também um “papel anti-inflamatório”.

“Quando se faz ressonância magnética a estas crianças encontram-se cérebros mais desenvolvidos do que os das crianças que são alimentados com leite artificial”, exemplificou o especialista.

Eutanásia
O bastonário da Ordem dos Médicos afirma que a despenalização da eutanásia não obrigaria a mudar o código deontológico dos...

Em declarações a menos de duas semanas da discussão parlamentar sobre a eutanásia, Miguel Guimarães diz que “o código deontológico dos médicos não é mudado porque muda a lei” e rejeita a ideia da necessidade de um referendo interno sobre este assunto.

A questão do referendo à classe médica tinha sido defendida nomeadamente pelo anterior bastonário, José Manuel Silva.

“Os princípios éticos e deontológicos que norteiam a atividade médica, que estão expressos em vários documentos internacionais e nacionais, não têm que mudar quando uma determinada situação, como a despenalização da eutanásia, é aprovada em lei”, argumenta o atual bastonário da Ordem.

Segundo Miguel Guimarães, a Ordem não fará qualquer referendo interno, sublinhando que no código deontológico ficam expressos os mesmos princípios éticos universais que não têm a ver apenas com a lei portuguesa.

“Se for despenalizada e porventura um médico praticar a eutanásia, o que há a fazer é despenalizá-lo da parte disciplinar. Passa a ser despenalizado disciplinarmente porque é despenalizado pela lei”, reiterou.

O bastonário considera que a despenalização da eutanásia “não é uma questão essencial no momento” e que há muitas outras matérias que deviam preocupar de forma prioritária a sociedade, como “as desigualdades sociais em saúde”, ou as “insuficiências no Serviço Nacional de Saúde”, bem como “a rede de cuidados paliativos medíocre, que apenas chega a um quinto das pessoas”.

Ainda assim, a Ordem dos Médicos vai na segunda-feira promover um debate relacionado com "Decisões sobre o fim de vida”, onde serão debatidos temas como a eutanásia, a distanásia (prolongamento da vida por meios artificiais e desproporcionais) ou o testamento vital.

Sobre a posição da Ordem relativamente à eutanásia, Miguel Guimarães frisa que como bastonário “tem de defender o código deontológico, que expressamente proíbe a eutanásia”.

Contudo, indica que ainda este mês o Conselho Nacional da Ordem vai analisar e debater um parecer do Conselho Nacional de Ética e Deontologia Médica sobre o assunto.

O parlamento vai discutir a 29 de maio quatro projetos de lei sobre a morte medicamente assistida ou a despenalização da eutanásia, projetos do PAN, Bloco de Esquerda, PS e Partido Ecologista Os Verdes.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões do continente, Açores e Madeira apresentam hoje um risco muito elevado e elevado de exposição à radiação...

As regiões da Guarda, Santarém, Portalegre, Évora, Beja e Faro, a Madeira e a ilha das Flores, no grupo ocidental dos Açores estão com risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV).

As restantes regiões do país estão em risco elevado, com exceção da ilha Terceira, grupo central dos Açores, que está com níveis moderados.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente céu em geral pouco nublado, aumentando temporariamente de nebulosidade a partir do início da tarde e condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros, que poderão ser por vezes fortes, de granizo e acompanhados de trovoada, em especial durante a tarde e nas regiões do interior.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco predominando do quadrante leste, sendo temporariamente do quadrante sul na região Sul e de noroeste no litoral Norte e Centro, e soprando moderado nas terras altas até meio da manhã e para o final do dia.

Está também prevista neblina ou nevoeiro matinal, em especial no litoral oeste a sul do Cabo Mondego e pequena descida da temperatura máxima.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 09 graus Celsius (na Guarda) e os 16 (no Porto) e as máximas entre os 17 (na Guarda) e os 28 (em Santarém).

Para a Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul da ilha, aguaceiros fracos nas vertentes norte e nas zonas montanhosas e vento moderado de norte, soprando por vezes forte nas zonas montanhosas.

No Funchal as temperaturas vão variar entre 17 e 21 graus.

Para os Açores, o IPMA prevê períodos de céu muito nublado com abertas para a tarde, possibilidade de chuvisco para a noite e vento bonançoso a moderado.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão oscilar entre os 17 e os 23 graus Celsius, na Horta entre 16 e 23, em Angra do Heroísmo e em Ponta Delgada entre os 15 e os 22.

“Lisbon, Fast Track City”
A Câmara de Lisboa e a Secretaria de Estado da Saúde assinaram ontem o protocolo “Lisbon, Fast Track City”, com o objetivo “de...

O protocolo, visa “atingir as metas 90-90-90 até 2020”, ou seja, fazer com que 90% das pessoas infetadas com o VIH saibam que são portadoras, que 90% da população que vive com o vírus tenha acesso a tratamento e também que 90% das pessoas em tratamento tenham “carga viral indetetável”.

O documento assinado tem também o objetivo de “abordar as causas de risco, vulnerabilidades e transmissão do VIH” e ainda “das hepatites virais, tuberculose e outras infeções sexualmente transmissíveis”.

Para tal, o município da capital quer “construir e acelerar respostas adequadas às necessidades locais” e “mobilizar recursos para a saúde pública e um desenvolvimento integrado”.

Em declarações, o vereador dos Direitos Sociais, Ricardo Robles (BE), que tem um acordo de governação da cidade com o PS, disse que este é um “projeto muito importante no sentido de caminhar para a eliminação da epidemia do VIH”.

Apontando que “Lisboa ainda é a cidade do país com mais incidência”, o autarca falou em “250 a 300 novas infeções todos os anos”.

A par da assinatura do protocolo, o município organizou também uma iniciativa que juntou “os maiores especialistas nesta área das respostas ao VIH, ativistas, academia, responsáveis políticos e técnicos”.

“E quisemos fazê-lo na rua porque estas respostas têm de ser dadas envolvendo as pessoas”, salientou Robles.

O “Lisbon, Fast Track City/Lisboa, cidade sem Sida” pretende ainda criar “estratégias para suprir as necessidades preventivas na transmissão sexual e parentérica” e colaborar para introduzir “a profilaxia pré-exposição (PrEP) na comunidade” de acordo com as orientações dadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Para tal, o projeto visa a distribuição de “material de prevenção da transmissão do VIH, em locais acessíveis” e haverá também “material seguro de consumo de drogas e naloxona na comunidade, de acordo com as orientações da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED)”.

A Câmara Municipal de Lisboa vai implementar, até ao início 2019, duas salas de consumo assistido na Avenida de Ceuta e Lumiar e uma estação móvel.

Em 18 de abril, o vereador Ricardo Robles, avançou que a Câmara irá “iniciar já os procedimentos para poder avançar”, prevendo que “no final do ano, início do próximo”, as salas de consumo assistido possam abrir.

Em declarações, Robles precisou que uma das salas ficará localizada “na zona do Vale de Alcântara, mais concretamente nas traseiras da estação de tratamento de águas, e a outra na zona do Lumiar, numa área não habitacional, junto do eixo norte-sul”.

O projeto para livrar Lisboa do VIH e da sida estabelece também a implementação de um plano de atividades até novembro de 2020.

Este protocolo também será constituído por um comissão deliberativa, uma executiva e uma consultiva e que se prevê que estejam constituídas até 30 de setembro.

A “Lisbon, Fast Track City/Lisboa, cidade sem Sida” também estabelece que não está prevista a "assunção de quaisquer encargos financeiros diretos ou indiretos” por parte da Câmara ou do Governo.

O acordo tem ainda a colaboração da DGS, da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e do Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT).

Direção-Geral da Saúde
Imagens de crianças com doenças graves, como sarampo, poliomielite e tosse convulsa, fazem parte de uma campanha nacional que a...

“Vale a pena vacinar!” é o conceito que preside à campanha de sensibilização do Programa Nacional de Vacinação apresentada ontem em conferência de imprensa, em Lisboa, pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, com o objetivo reforçar a mensagem de que só a vacinação pode proteger contra doenças.

“Estamos aqui porque acreditamos e os portugueses acreditam que vale a pena vacinarem-se porque as vacinas evitam doenças, sofrimento e nalgumas circunstâncias até evitam a morte”, disse Graça Freitas, lembrando “o êxito” do Programa Nacional de vacinação.

Ao longo de mais de 50 anos, adiantou, “os portugueses vacinaram-se e vacinaram os seus filhos e praticamente não há ninguém em Portugal que nunca tenha sido alguma vez vacinado e com isso desapareceram muitas doenças”.

Contudo, esse desaparecimento levou “a alguma tolerância em relação às doenças, porque não se conhecem, e levou a alguma complacência em relação à vacinação”.

“Os portugueses até se vacinam. Não se vacinam é às vezes na altura certa e, portanto, não se protegem, às vezes, atempadamente. É para essa franja que nós estamos aqui a falar hoje”, sublinhou Graça Freitas.

Foi nesse sentido que foi desenvolvida a campanha “Não arrisque. Vacine-se a si e aos seus filhos”, que decorre até 24 de maio e recorda os efeitos de doenças como o tétano, a poliomielite, o sarampo e a tosse convulsa, que graças às vacinas estão controladas ou eliminadas.

A campanha visa alertar os portugueses de que “se não se vacinarem podem estar novamente em risco” e explicar que “aquele atraso pequenino” de que em vez de vacinar o filho aos 12 meses contra o sarampo, o faz um mês depois porque “dá mais jeito”, é um mês que “a criança está desprotegida e que se encontra o vírus terá a doença”.

“É um apelo à proteção precoce e na altura ideal que estamos a fazer porque de facto a vacina salva vidas e a grande mensagem é não arrisque e vacine-se a si e aos seus filhos”, disse, rematando: “Os resultados têm sido muitos bons, mas não podemos voltar para trás. As vacinas são um dever, mas também são um ato de responsabilidade social e são um enorme ato de solidariedade para com aqueles que não se podem vacinar por qualquer motivo”.

Cristina Monteiro, executiva de conta da BBZ, empresa que realizou a campanha, adiantou, por seu turno, que “a noção da gravidade e dos malefícios em causa pela não vacinação, hoje em dia, não são conhecidos ou não são experimentados”.

Para elucidar a população, foram utilizadas na campanha imagens de crianças com doenças graves de que alguns já não se lembram e que as gerações mais novas nunca viram.

“Se as imagens são impactantes, o texto também não fica atrás porque nós lembramos aos pais que imagine se era o seu filho nestas condições, com esta doença. Vale a pena vacinar”, disse Cristina Monteiro.

Além dos canais televisivos, a campanha marcará também presença na imprensa ‘online’ e ‘mupi’ nas próximas duas semanas.

Segundo o Boletim do PNV, registaram-se em 2017 elevadas coberturas vacinais (iguais ou superiores a 95% para as vacinas em geral e igual ou superior a 85% para a vacina HPV).

Ministro
O Serviço Nacional de Saúde vai ser “100% autónomo” em matéria de radioterapia no final desta legislatura, sem necessidade de...

Adalberto Campos Fernandes disse ontem no parlamento que os investimentos autorizados e em fase de lançamento de aceleradores lineares vão permitir que no final desta legislatura o SNS seja “100% autónomo” em matéria de radioterapia.

O ministro da Saúde esteve ontem a ser ouvido pelos deputados na comissão eventual de acompanhamento da estratégia Portugal 2030.

Campos Fernandes lembrou que a necessidade de equipamentos pesados na saúde é permanente, com máquinas de TAC ou ressonância magnética a terem uma semivida que anda em torno se seis a oito anos.

“Há uma rotina de necessidade de substituição de equipamentos que é permanente”, afirmou.

Segundo o ministro, “o ‘stock’ de necessidade de tecnologia mais diferenciada e de construção de novos equipamentos” significa, em seis ou sete anos, um investimento de 1,5 a 1,7 mil milhões de euros.

O responsável pela pasta da saúde assumiu que “há um ‘gap’ de falta de investimento” que ocorreu nos últimos anos e que “a saúde não tem esgotada a sua necessidade de equipamentos e infraestruturas”, várias delas “básicas”.

Há também “prioridades a nível da rede hospitalar que não estão satisfeitas”, reconheceu, dando como exemplos o Hospital Central do Algarve ou o Centro Hospitalar do Oeste.

Adalberto Campos Fernandes considerou ainda que “o que tem falhado ao sistema de saúde português na vertente pública” é o “’hospitalocentrismo’ excessivo em detrimento de uma política de proximidade”.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde decidiu que as competências do centro de conferência de faturas passam para os Serviços Partilhados do...

O Conselho de Ministros aprovou hoje o decreto-lei que transfere para os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde as atribuições de gestão e exploração direta do centro de conferência de faturas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo um comunicado divulgado após a reunião.

Fonte oficial do Ministério da Saúde explicou que passou a haver competência e capacidade no Ministério, através dos Serviços Partilhados, para “internalizar o serviço” que estava entregue a uma entidade externa.

“A SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde tem experiência adquirida ao longo dos últimos anos no exercício das suas competências de gestão dos sistemas de informação da saúde, compras públicas no setor da saúde, e desmaterialização de processos”, refere o comunicado do Conselho de Ministros.

O centro passa a denominar-se Centro de Controlo e Monitorização do SNS.

O centro de conferência de faturas do Serviço Nacional de Saúde, que estava entregue a uma entidade externa, é sediado no distrito do Porto, e estava responsável por gerir e assegurar todas as atividades relacionadas com o processamento de conferência de faturas, desde a receção dos ficheiros e documentos de prescrição e prestação até ao correto apuramento dos valores devidos pelo SNS a um determinado prestador.

Federação dos Médicos
A Federação Nacional dos Médicos avisa que a violência e a coação sobre médicos têm “vindo a crescer ano após ano”,...

A propósito do caso de agressão física a um médico de família na Chamusca que se recusou a passar uma baixa, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) manifesta “o seu apoio e solidariedade com o colega agredido”.

“Infelizmente, não é um caso isolado. No mesmo concelho, na Extensão de Saúde do Chouto, uma médica de família foi insultada por alguns utentes, tendo, consequentemente, recusado trabalhar naquela unidade de saúde durante algumas semanas”, refere o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, integrado na FNAM.

Para a FNAM, “o crescente aumento da violência contra médicos no exercício de funções não é alheio à forma como o anterior e o atual Governo e os respetivos ministérios da Saúde têm vindo a desprestigiar a profissão”.

“Os médicos exigem avaliação das condições de trabalho e a sua melhoria, garantindo a segurança dos médicos no exercício das suas funções e investindo na prevenção. Exigimos como medidas imediatas o reconhecimento à profissão médica do estatuto de risco e penosidade acrescida”, afirma uma nota hoje divulgada.

Um médico de família do centro de saúde da Chamusca foi agredido por recusar passar uma baixa a uma utente, situação que está a indignar a Ordem dos Médicos, que vai avançar para o tribunal.

O médico, recém-especialista, contou à agência Lusa que foi agredido fisicamente pelo companheiro de uma utente que lhe tinha solicitado uma renovação de baixa médica, após ter recusado passá-la.

O clínico, que pediu para não ser identificado pelo nome, tentou procurar junto da utente dados clínicos para a baixa e percebeu que não havia motivos para a passar.

"A utente mostrou-se desagradada e saiu do consultório. Quando eu estava ainda a escrever os dados no processo, entrou no gabinete o companheiro que me agrediu a murro na face esquerda e continuou depois a bater-me até que um grupo de pessoas entrou no consultório e nos separou", contou.

O episódio aconteceu esta semana numa extensão do centro de saúde da Chamusca, que não tem nenhum segurança.

O médico acabou por chamar a GNR, que tomou conta da ocorrência e o escoltou depois à saída.

Segundo o profissional, o ministro da Saúde soube da situação e já lhe telefonou.

A Ordem dos Médicos teve também conhecimento do caso através de um grupo numa rede social.

O bastonário considera este caso uma "indignidade terrível" e promete apoiar juridicamente este médico.

"Espero que o ministro da Saúde se empenhe neste caso e que o tome como exemplo para o futuro. Se o Ministério não o fizer, vamos avançar com o caso para tribunal", disse Miguel Guimarães.

Para o bastonário, a situação é grave, mas não única, sendo que este médico teve coragem de a denunciar.

Em Coimbra
A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Coimbra está a apostar cada vez mais na tecnologia e...

“Temos vindo a perceber que o uso da tecnologia tem sido um fator de motivação, capaz de nos permitir intervir ao nível das atividades diárias”, disse Ana Mendes, terapeuta ocupacional da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra.

Esta responsável diz notar que com o uso da tecnologia há um aumento de autonomia por parte destes cidadãos, assim como uma melhoria na qualidade de vida ou um incremento nas competências cognitivas e motoras, entre outras.

“Mas também muito a questão social. Por exemplo, uso das redes sociais, nomeadamente para comunicar com outras pessoas que já não veem há algum tempo. Nota-se muito bem a evolução. A primeira vez é sempre uma surpresa, mas aderiram muito facilmente e vão avançando nos jogos com naturalidade. É um projeto para continuar”, garantiu.

Como exemplo deste novo projeto surge o Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) de S. Silvestre, no qual é possível ver os utentes a utilizarem ‘tablets’ e aplicações móveis, o computador SiosLife, entre outros.

“Ao mesmo tempo, esta Unidade Funcional alberga a mais recente ferramenta tecnológica: uma impressora 3D. O objetivo desta nova tecnologia é a criação de ajudas técnicas para utilização dos utentes no seu dia-a-dia”, diz a APPACDM.

A SiosLife, por outro lado, explica a APPACDM, é uma “plataforma interativa de fácil utilização, que permite o acesso a novas tecnologias com soluções adaptadas às suas características e necessidades dos clientes, possibilitando a manutenção e aquisição de competências cognitivas e motoras relacionadas com as atividades que podem ser desenvolvidas”.

“Para tal, tem um ecrã de toque, sensores de movimento numa câmara para realização de atividades motoras, comandos de voz e gestos. O ecrã é ergonómico, pois a posição do equipamento é ajustável consoante as características físicas dos utilizadores”.

Tem disponível várias aplicações que permitem a intervenção ao nível das competências cognitivas (memória, atenção, velocidade de processamento da informação) e motoras (coordenação motora, utilização dos membros superiores, conseguindo em algumas atividades coordenar com os membros inferiores), por exemplo, 'puzzles', jogos de tocar nas formas/insetos que aparecem, jogos de palavras, jogos de números, jogo da memória, jogos de apanhar fruta/obstáculos onde se conseguem visualizar a si e aos objetos que vão surgindo no ecrã e que devem alcançar/tocar.

A APPACDM lembra também que lançou em dezembro de 2017 a aplicação móvel Explor’House: “Trata-se de uma aplicação para telemóvel e/ou ‘tablet’ na qual são realizadas tarefas do quotidiano nas diferentes divisões de uma casa, com a possibilidade de explorar outras atividades, como jogos e 'puzzles'”.

“Com o recurso a esta aplicação, existe intervenção ao nível das funções cognitivas, com repercussões na autonomia em atividades da vida diária, bem como na qualidade de vida de jovens/adultos com deficiência intelectual, nos vários contextos de vida", acrescenta a associação.

"Criar uma aplicação com o cenário virtual de uma casa para realização de diferentes tarefas em cada divisão, onde o indivíduo participa nas rotinas diárias de uma família, foi o motor impulsionador do projeto”, reforça a APPACDM.

Boletim
Concentrações muito elevadas no ar de pólenes de carvalhos e oliveira são esperadas nos próximos sete dias em Portugal...

De acordo com o Boletim Polínico, preveem-se para a semana de 18 a 24 de maio concentrações muito elevadas de pólen no ar em todo o continente, nomeadamente de carvalhos, oliveira e das ervas gramíneas, parietária, tanchagem, urtiga e quenopódio, este último nas regiões do Alentejo e Algarve.

Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira são esperados níveos baixos de pólen, com destaque para os pólenes do pinheiro e das ervas gramíneas, parietária e urtiga e de bétula, refere o boletim semanal da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) que visa informar a população sobre as concentrações polínicas no ar em todo o país, para permitir a quem sofre de alergias agir preventivamente.

Risco Cardiovascular
A hipertensão arterial é considerada, atualmente, um dos mais importantes fatores de risco para doen

A Hipertensão Arterial constitui um fator importante para aparecimento de múltiplas doenças do sistema cardio-circulatório, contribuindo globalmente para um impacto significativo na mortalidade global com relevância nas variáveis de saúde pública.

Trata-se de uma doença cuja presença aumenta a morbilidade e mortalidade global traduzida no aumento da morte súbita, acidente vascular cerebral, enfarte agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, doença arterial periférica e insuficiência renal crónica. Estima-se que cerca de 40% da população portuguesa seja afectada por esta doença.

Como se deve medir?

A pressão arterial (PA) mede-se mediante um aparelho que se designa por “esfignomanómetro”, que deve estar obrigatoriamente homologado (pode conferir na internet pelo nome do aparelho). Para que a medição obtida seja correta, deve seguir uma serie de indicações:

Como a PA tem variações ao longo do dia e da noite, fazer a medição sempre à mesma hora.

  • Procurar uma zona calma, sem ruídos, com uma temperatura amena.
  • Não deve beber, comer, fumar nem fazer exercício físico nos 30 minutos anteriores.
  • Posição de sentado
  • Colocar a braçadeira 3 centímetros por cima da prega da flexura do cotovelo com a palma da mão virada para cima à altura do coração.
  • A medição no punho ou nos dedos, ainda que colocados junto ao coração, fornecem valores tensionais pouco credíveis.
  • Realizar várias medições separadas por 1 a 2 minutos e regista o resultado da média entre as várias medições.
  • Insuflar a braçadeira rapidamente 30mmHg acima do desaparecimento do pulso radial e proceder à sua desinsuflação à velocidade aproximada de 2mmHg/batimento. A PAS (máxima) será determinada pela auscultação do primeiro som e a PAD (mínima) pelo desaparecimento dos sons.
  • Deve‐se descartar a primeira medição, fazer duas medidas sequenciais nos dois membros e registar‐se a de maior valor. Na presença de arritmia, o número de medições deverá ser maior para calcular a média da PA.
  • Registar durante 1 a 2 semanas e mostrar ao seu médico

Automedição da pressão arterial (AMPA)

Quando é realizada por doentes ou familiares, não profissionais de saúde, fora do consultório, geralmente no domicílio, representando uma importante fonte de informação adicional. A principal vantagem da AMPA é a possibilidade de obter uma estimativa mais real dessa variável, tendo em vista que os valores são obtidos no ambiente onde os doentes passam a maior parte do dia.

Em determinadas situações o seu médico pode sugerir a realização de um exame designado por:

Monitorização ambulatória da pressão arterial (MAPA)

Este método diagnóstico complementar que permite o registo indireto e intermitente da PA durante 24h ou mais, durante os períodos de vigília e sono. Permite identificar alterações do ritmo circadiano, sobretudo durante o sono, que têm implicações prognósticas consideráveis.

Deve ser considerada em que situações:

  • suspeita de hipertensão do “bata branca” ou “falsa hipertensão”;
  • avaliação de eficácia terapêutica antihipertensiva;
  • quando a PA permanecer elevada, apesar da optimização do tratamento antihipertensivo
  • quando a PA aparentemente está controlada e houver indícios de lesão de órgãos-alvo;
  • avaliação de normotensos com lesão de órgãos–alvo;
  • avaliação de sintomas, principalmente hipotensão devido ao uso de  medicamentos

Quais são os sintomas desta doença

Existe um falso mito generalizado na população portuguesa que a PA elevada provoca determinados sintomas ou sinais clínicos. A grande maioria dos doentes não têm qualquer manifestação da doença e podem nalguns casos pontuais ter sintomas muito inespecificos e comuns a outras doenças (alterações da visão, dores de cabeça, cansaço, etc.)

Uns anos mais tarde surge toda a panóplia de sintomas e sinais resultantes das manifestações clinicas dos órgãos alvos lesados, como seja o caso do coração, rins e sistema nervoso central.

Como por norma a HTA não causa sintomas, o seu diagnóstico é difícil e passa obrigatoriamente pela necessidade da medição dos valores de PA e pela verificação de que os mesmos estão acima do limite normal.

Fatores que aumentam a probabilidade de HTA:

Idade

O envelhecimento populacional é um fenómeno Europeu e Portugal não foge á regra e vem ocorrendo de forma bastante acelerada. Com o evoluir da idade, aumenta a incidência de doenças crónicas, e, destas, a mais prevalente é a hipertensão arterial. Um sub-estudo derivado do Framingham Heart Study demonstrou que indivíduos normotensos com idade entre 55 e 65 anos tiveram 90% de risco de se tornarem hipertensos a longo prazo.

Há deste modo uma associação direta e linear entre envelhecimento populacional e prevalência de HTA.

Ingestão de sal

A ingestão de sal (sódio) contribui para o estabelecimento de valores quer sistólicos (máximo) quer diastólicos (mínimos) aumentados.

O consumo excessivo de sal pela população é um dos maiores riscos de saúde pública em Portugal. De acordo com os dados do último Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física IAN-AF (2015-2016), a população portuguesa apresenta um consumo médio de sal de 7,3 g (2848 mg/dia de sódio), superior ao valor recomendado pela Organização Mundial da Saúde (não superior a 5g de sal por pessoa, por dia). A ingestão de sódio acima do valor máximo recomendado verificou-se em 65,5% das mulheres e 85,9% dos homens. Portugal, apresenta já desde 2009, legislação que estabelece o limite máximo para o teor de sal no pão (1,4g de sal por 100g de pão).

Ingestão de álcool

O consumo crónico e de grande volume de bebidas alcoólicas aumenta a pressão arterial de forma consistente. Aconselha-se habitualmente moderar o consumo: no homem não ingerir mais de 2 bebidas por dia (por exemplo 3,0 dl de vinho) e na mulher não mais de 1 bebida por dia (por exemplo 1,5 dl de vinho). No entanto um estudo recente publicado no Lancet sugere limites inferiores de segurança, tendo em conta impacto ao nível do sistema cardiovascular, limitando ao máximo o consumo a 100 gramas por semana, o equivalente a 4 copos de vinho semanais.

Sedentarismo

A realização de um exercício físico provoca uma série de respostas fisiológicas nos sistemas corporais e em particular no sistema cardiovascular.

O exercício contribui tanto na prevenção de HTA em pacientes normotensos como no controlo da PA em indivíduos hipertensos. Contribuindo para a redução da pressão arterial em hipertensos, tanto por um componente agudo tardio como quer pelo efeito crónico da repetição periódica e frequente do exercício físico. Além dos benefícios na PA, o exercício físico aeróbio, afecta favoravelmente a ficha lipídica (diminui os triglicerídeos e o mau colesterol (LDL) e aumenta o bom colesterol (HDL).

Obesidade

Existem vários estudos mostrando a associação entre obesidade e a presença de hipertensão arterial, mas esta relação ainda não está completamente explicada. Estimativas indicam que 20 a 30% dos casos de hipertensão estejam diretamente associados ao excesso de peso e que 75% dos homens e 65% das mulheres apresentem hipertensão diretamente atribuível ao sobrepeso ou obesidade.

Tabagismo

O tabagismo é um dos principais fatores causais das doenças cardiovasculares, como a hipertensão, é um dos maiores causadores de mortes súbita. O tabagismo aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca 15 minutos após o ato de fumar apenas 1 cigarro.

É um dos fatores  de risco cardiovascular mais importantes, sendo a incidência de doença das artérias coronárias três vezes maior nos fumadores que no resto da população. A probabilidade é proporcional à quantidade de cigarros fumados por dia e o número de anos que se mantem o vício.

Além do impacto cardiovascular, está associado a múltiplas doenças respiratórias e a cerca de 30 tipos diferentes de doenças oncológicas.

Tratamento

1) Medidas gerais

  • Dieta equilibrada com redução de gorduras e sal e açúcar;
  • Redução de peso corporal e manutenção do peso ideal;
  • Redução do consumo de álcool;
  • Não fumar;
  • Maior consumo de frutas e vegetais;
  • Prática regular de exercícios físicos, pelo menos 30 minutos diários;
  • Mais atenção ao lazer para prevenir o stress.

2) Tratamento farmacológico:

Os principais benefícios da terapêutica anti-hipertensiva devem-se à redução da PA per si, e parecem ser independentes de cada classe de medicamentos.

A escolha do fármaco: deve ser influenciada pela etnia, idade e outras características de cada doente. A escolha também deve considerar condições médicas concomitantes como a presença de diabetes e doença das artérias coronárias, bem como a gravidez.

Todas as principais classes de agentes anti-hipertensivos – diuréticos, inibidores da ECA, bloqueadores dos canais de cálcio, antagonistas do receptor da angiotensina II, betabloqueantes – demonstraram alterar o prognóstico desta doença através do controle tensional, embora na maioria dos estudos, utilizaram-se associação fixa de 2 ou mais antihipertensores (mais de um principio activo no mesmo comprimido).

Deve ser dada atenção aos efeitos adversos, pois é a principal causa de não adesão ao tratamento numa doença crónica e com necessidade na maior parte das vezes de administração ad eternum.

Os medicamentos de ação prolongada (24h) devem ser preferidos, sempre que possível, pois facilitam a adesão terapêutica por parte do doente, devido a comodidade de administração de apenas 1 vez ao dia.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Desde 2012
Cientistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) detetaram um aumento nas emissões de...

Este estudo, publicado na revista científica "Nature", faz uma reflexão sobre o aumento nas emissões de CFCs - gases contaminantes utilizados na indústria da refrigeração e aerossóis - provocado por "novas fontes de produção".

A emissão destes gases afeta o aumento do buraco da camada de ozono e, consequentemente, ajuda à aceleração das alterações climáticas, escreve o Sapo.

A extensão máxima do buraco em 2017, atingida em setembro, foi de 19,6 milhões de quilómetros quadrados - 2,5 vezes a superfície dos Estados Unidos -, segundo os cálculos da Nasa, corroborados pela NOAA, enquanto a média desde 1991 foi de 26 milhões de quilómetros quadrados.

Para evitar o aumento do buraco, foi criado o protocolo de Montreal, mediante o qual foram estabelecidos mecanismos para reduzir a abundância de gases prejudiciais para a atmosfera como os CFCs.

O estudo, liderado pelo pesquisador Stephen Montzka, demonstra que a taxa de diminuição da concentração de CFC na atmosfera se reduziu em 50% a partir de 2012, enquanto, no período compreendido entre 2002 e 2012, se manteve constante.

"Este aumento não está relacionado com os trabalhos de produção passados, mas sugere que está relacionada com uma nova produção que não foi reportada e que não está de acordo com o protocolo de Montreal", afirmou o estudo.

Há 31 anos, a importância da camada de ozono levou a comunidade internacional a assinar este acordo sobre as substâncias prejudiciais, com objeto de regular este tipo de compostos. Espera-se que em 2070 o buraco tenha recuperado os níveis de 1980.

O ozono atua como um elemento essencial na atmosfera, uma camada protetora natural perante as radiações ultravioleta prejudiciais para humanos e plantas.

 

No Japão
O governo do Japão aprovou esta quarta-feira o uso de células estaminais pluripotentes induzidas (iPS) numa cirurgia ao coração...

A operação consistirá em colar ao coração de um paciente com insuficiência cardíaca grave uma lâmina de músculo criada a partir deste tipo de células-estaminais para que o órgão recupere corretamente o funcionamento, de acordo com o professor Yoshiki Sawa.

Este será o primeiro ensaio clínico do mundo sobre o uso de iPS no coração, escreve o Sapo. Em 2014, uma equipa dirigida pelo centro de investigação estatal Riken realizou com sucesso a primeira intervenção em humanos com estas células, um transplante de retina numa paciente de idade avançada e com degeneração macular.

Ao contrário dessa primeira vez, quando foram usadas células iPS da própria paciente, nesta operação serão usadas as de um dador.

O volume requerido de células será maior, o que aumenta o risco de rejeição e outras complicações. Os investigadores da Universidade de Osaka devem realizar a operação até ao fim do ano. Após a cirurgia, a equipa fará o acompanhamento da paciente por um ano para avaliar possíveis efeitos secundários.

As iPS são um tipo de célula que se transforma em qualquer tipo de tecido mediante um processo de reprogramação genética. O uso deste tipo de célula resolve, em princípio, o dilema ético de trabalhar com células-estaminais de embriões que, como as iPS, possuem a mesma capacidade de transformação celular.

Entre outros campos, diversas instituições estão já a estudar o uso de células iPS em imunoterapias contra o cancro, para tratar o Parkinson e até mesmo lesões da medula espinhal.

Artigo de Opinião
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de mortalidade entre os portugueses, sendo a

Em Portugal, cerca de dois milhões de adultos são hipertensos, dos quais apenas metade sabe que sofre desta doença e só 11% têm a sua tensão arterial devidamente controlada. Além da medicação com um anti-hipertensor (que poderá ser necessária), são primordiais as recomendações para os hábitos e estilos de vida saudáveis: aumentar o consumo diário de frutas, hortaliças e legumes (nomeadamente a sopa), praticar mais atividade física e regularmente, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, perder peso (caso tenha excesso de peso ou mesmo obesidade), reduzir o stress e diminuir o consumo de sal.

É sobre o sal, este inimigo da tensão arterial, que debruçamos hoje a nossa atenção, a propósito do Dia Mundial da Hipertensão, que se assinala anualmente a 17 de maio.

O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), recentemente elogiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) pela sua adoção estratégica integrada, apresenta como uma das metas para a saúde da população até 2020 a redução do consumo de sal entre 3 a 4% ao ano.

Sabia que apenas precisamos de um grama de sal por dia para viver?

A OMS recomenda a ingestão máxima de 5 gramas por dia. Em Portugal, o consumo de sal é de cerca de 10,7g por dia, portanto mais do dobro da quantidade máxima recomendada.

A redução do consumo de sal é um dos fatores que mais contribui para ganhos na saúde das populações, em termos de custo-eficiência. Neste sentido, promovem-se estratégias como aumentar o conhecimento da população sobre sal e o seu teor nos alimentos, bem como intervenções de incentivo à sua redução junto da indústria alimentar.

A taxa sobre o sal nos produtos alimentares, à semelhança da medida já preconizada para o açúcar com elevado sucesso na redução do consumo deste, poderá contribuir significativamente para a reformulação dos produtos junto da indústria alimentar.

Saberá Portugal como reduzir o sal? Deixo aqui algumas sugestões práticas para reduzir o sal na sua mesa:

Diminua a quantidade de sal que adiciona para tempero ou confeção dos alimentos;

Use e abuse das ervas aromáticas, especiarias ou sumo de limão para substituir o sal;

Não coloque o saleiro para a mesa;

Demolhe muito bem o bacalhau seco. Não sabe bem como o fazer? Primeiro passe as postas de bacalhau por água corrente para remover a maior quantidade de sal. Em seguida coloque as postas com a pele virada para cima num recipiente com água fria e mantenha-o dentro do frigorífico. Certifique-se que muda a água 3 a 5 vezes por dia. Quantas horas se deve demolhar? Depende do peso de bacalhau: acima de 3 kg, deve demolhar cerca 48 a 60 horas; entre 2 a 3 kg, cerca de 40 a 48 horas; e entre 1 a 2 kg, cerca de 30 a 40 horas.

Evite o consumo de alimentos ricos em sal: batatas fritas de pacote, enchidos e fumados, aperitivos salgados, conservas e enlatados, determinados tipos de queijo, sobretudo os mais curados, azeitonas, alguns molhos, alimentos pré-confecionados (aqueles que se compram pré-cozinhados e só precisam de ir ao forno ou microondas), sopas instantâneas, bolachas e biscoitos, caldos concentrados de gorduras (aqueles “cubinhos amarelinhos” que se usam para cozinhar e que estão repletos de sal e gordura de má qualidade).

Leia muito bem os rótulos dos alimentos. Evite alimentos que, por 100 g, possuem mais de 1,5 g de sal e modere a ingestão dos que têm entre 0,3 e 1,5 g de sal. Alimentos que, por 100 g, possuem valores de sal inferiores a 0,3 g são mais benéficos.

Dra. Sandra Alves
Médica e Nutricionista
Membro da Sociedade Portuguesa do AVC

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Internacional da Reciclagem – 17 de maio
No Dia Internacional da Reciclagem, que se assinala a 17 de maio, a Sociedade Ponto Verde, vem destacar o empenho dos...

Os portugueses não só têm respondido positivamente às campanhas de sensibilização levadas a cabo pela Sociedade Ponto Verde (SPV), como graças a esse empenho, e ao ato de separar as embalagens usadas em casa, encaminhando-as para reciclagem, tornam possível que a cada hora que passa uma quantidade de resíduos, equivalente ao do peso de 12 elefantes, seja desviado de aterro. Um gesto simples que permite que os resíduos sejam transformados em matéria-prima secundária, que volta a integrar novos ciclos produtivos, representando um uso mais eficiente de recursos naturais nem sempre renováveis, numa lógica de economia circular. Cada 100 toneladas de plástico reciclado, por exemplo, evitam a extração de 1 tonelada de petróleo.

Graças ao investimento realizado pela SPV em campanhas de educação e sensibilização ambientais, o País já contribuiu para a reciclagem de 7,5 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, em resultado dos sete em cada dez lares que já fazem a separação das embalagens.

Apesar dos resultados positivos alcançados, existe ainda um considerável potencial de crescimento ao nível da adoção do hábito de separação em casa e fora de casa, resultando em maiores quantidades de embalagens usadas a encaminhar e que por si só representam um importante contributo para a desejável transição para um modelo económico circular, em detrimento do modelo assente no princípio de extrair-usar-descartar.

Adicionalmente, as novas metas de reciclagem – que irão passar dos atuais 44% para 65% até 2030 e, em 2035, para 70% -  trazem com elas desafios acrescidos e, como tal, a necessidade de um ainda maior compromisso para com esta causa. É, em face deste objetivo, que a atuação da Sociedade Ponto Verde continuará alinhada e, em proximidade estreita com os portugueses, a informar, a comunicar e a sensibilizar para que o gesto da separação de resíduos se repita multiplique e face parte da rotina dentro e fora de portas.

A Sociedade Ponto Verde lembra que se trata de uma responsabilidade partilhada por todos, e acredita que se cada um cumprir com a sua parte, não só teremos um uso mais eficiente dos recursos, como daqui surgirão modelos de negócio inovadores, em linha com os princípios da economia circular, colocando a economia mundial num caminho de crescimento sustentável. Estima-se que as medidas de prevenção dos resíduos, conceção ecológica, reutilização e outras ações “circulares” poderão gerar poupanças líquidas de cerca de 600 mil milhões de euros às empresas da UE (cerca de 8% do total do seu volume de negócios anual), criando 170.000 empregos diretos no sector da gestão de resíduos e, ao mesmo tempo, viabilizando uma redução de 2 a 4% das emissões totais anuais de gases de efeito de estufa.

Reciclagem, como contribuir

Mas o que significa afinal Reciclagem?
Reciclar é o processo que tem como objetivo transformar materiais usados em novos produtos. Esta otimização de recursos, vai ao encontro da definição de Economia Circular, um conceito estratégico e tão atual, que assenta em princípios de redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia.

A reciclagem de embalagens traz consigo inúmeras vantagens ambientais e económicas. A partir do simples gesto de separar as embalagens por material e colocá-las no contentor com a cor certa, estamos a ter um papel ativo na poupança ambiental uma vez que estamos a contribuir para a minimização da extração de recursos, a economizar água e energia e gerar postos de trabalho inerentes a esta área de atividade.

Basta colocar as embalagens de plástico e de metal no ecoponto amarelo; as garrafas, boiões e frascos de vidro deverão ter como destino o ecoponto verde; já o ecoponto azul deve receber as embalagens de papel cartão, bem como jornais e revistas.

Números da reciclagem de embalagens em Portugal

  • Em duas décadas, Portugal enviou para reciclagem 7,5 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, o equivalente ao peso de 3 Pontes Vasco da Gama;
  • Existem mais de 43 mil ecopontos espalhados pelo território nacional, o triplo das caixas multibanco;
  • 71% dos portugueses fazem diariamente a separação das suas embalagens (ou seja, 7 em 10 lares já envia os seus resíduos para reciclagem);
  • 100% da população tem acesso à recolha seletiva;
  • Ao longo de 20 anos foram investidos pela SPV mais de 50 milhões de euros em ações de comunicação e sensibilização, 1M€ em projetos de responsabilidade social e mais de 2 M€ em investigação e desenvolvimento.

Algumas dicas para reciclar mais e melhor

- Não precisa de lavar as embalagens antes de as colocar no ecoponto;

- Deve espalmar as embalagens para otimizar espaço no seu ecoponto;

- As latas de conserva devem ser colocadas no ecoponto amarelo;

- Os guardanapos e papel de cozinha devem ser colocados no lixo indiferenciado;

- Não precisa de retirar os rótulos das suas embalagens quando as coloca no ecoponto;

- Os pacotes de bebidas devem ir para o ecoponto amarelo;

- Se uma embalagem for constituída por vários materiais e não for possível separá-los, pode colocar no ecoponto do material predominante;

- Os copos de vidro partidos devem ser depositados no lixo indiferenciado;

- O esferovite deve ser colocado no ecoponto amarelo.

Após 75 fiscalizações
Duas cantinas escolares foram encerradas nos primeiros quatro meses do ano pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica,...

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) diz que instaurou, entre janeiro e o final de abril, 15 processos de contraordenação nas ações que desenvolveu na área da restauração em escolas.

Os espaços fechados já regularizaram a situação, o que permitiu a sua reabertura, acrescentou a ASAE, sem especificar a que áreas do país pertencem estas duas cantinas.

Dos 15 processos de contraordenação instaurados nos primeiros quatro meses deste ano, as principais infrações detetadas foram o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta de processo ou processos baseados nos princípios do processo de certificação (HACCP) e a não atualização dos documentos que descrevem estes processos.

A ASAE tinha anunciado no final de dezembro a suspensão de uma cantina escolar e a instauração de 23 processos de contraordenação no âmbito de ações de fiscalização de restauração em escolas realizadas nas últimas semanas do primeiro período letivo.

Na altura, a autoridade de segurança alimentar explicou que tinha fiscalizado 129 operadores económicos, tendo sido determinada a suspensão de atividade de uma cantina escolar por falta de higiene.

A qualidade da comida servida nas cantinas e refeitório escolares foi questionada pelos pais e alunos de alguns estabelecimentos de ensino no início do ano escolar e, na altura, foram apresentadas dezenas de queixas.

Questionado, o Ministério da Educação (ME) garantiu que tem acompanhado a questão da qualidade das refeições escolares “com trabalho realizado a montante e a jusante do fornecimento, procedendo à sua regulação, monitorização e controlo”.

“As empresas têm de cumprir regras, cabendo à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) o acompanhamento das escolas com técnicos, que dão apoio e fazem visitas-surpresa, tendo o ministério vindo a reforçar as ações de fiscalização”, acrescentou.

Sublinhando o acompanhamento constante do fornecimento das refeições escolares, “segundo princípios dietéticos de quantidade, qualidade e variedade e com observância das normas de higiene e segurança alimentar”, o ministério recorda que foi criado no final do ano passado o Plano Integrado de Controlo da Qualidade e Quantidade das Refeições Servidas nos Estabelecimentos de Educação e Ensino Públicos.

Este plano, acrescenta, “prevê uma maior monitorização e o cumprimento de todas as normas legais e regulamentares aplicáveis, bem como as obrigações resultantes dos contratos de fornecimento de refeições em vigor”.

Diz igualmente que as reclamações relativas às refeições servidas nas escolas públicas têm diminuído desde o início da fiscalização levada a cabo pela DGEstE.

De acordo com o ME, a quantidade de refeições servidas diariamente nas escolas deverá rondar o meio milhão nos estabelecimentos do 2.º, 3.º ciclos e secundário, uma vez que nos jardins de infância e no 1.º ciclo esta matéria é da competência das autarquias.

Desde o início do ano letivo, as escolas têm de disponibilizar pelo menos uma opção diária de refeições vegetarianas, que se têm revelado residuais segundo os dados recolhidos pela Lusa.

Desde Janeiro, a UNISELF, a única das cinco empresas que fornecem refeições escolares que respondeu aos dados solicitados há um mês pela agência Lusa e que abrange 600 escolas, serviu um total de 3,4 milhões de refeições por mês e, em média, 170 mil refeições por dia. As refeições vegetarianas representam apenas 1,77% deste consumo.

“Nas escolas onde a procura da opção vegetariana é reduzida, poderá existir, de acordo com a lei, um regime de inscrição prévio”, acrescenta a UNISELF.

Num levantamento feito em outubro do ano passado, as opções vegetarianas nas escolas não representavam mais de 1% do total.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões do continente, Açores e Madeira apresentam hoje um risco muito elevado e elevado de exposição à radiação...

Todas as regiões do país estão com risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), com exceção de Braga, Viana do Castelo e o arquipélago da Madeira, que estão com níveis elevados.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade a partir da tarde e em especial nas regiões do interior, possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoada a partir da tarde nas regiões do interior, em especial do Norte e Centro.

Está também previsto vento fraco a moderado do quadrante leste, rodando para o quadrante oeste a partir da tarde, e soprando moderado de nordeste nas terras altas até meio da manhã e para o final do dia.

A previsão aponta ainda para a possibilidade de neblina ou nevoeiro matinal no litoral Centro, pequena subida da temperatura mínima e descida da máxima na região Sul.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 10 graus Celsius (em Bragança e na Guarda) e os 17 (em Lisboa e Portalegre) e as máximas entre os 22 (na Guarda) e os 29 (em Coimbra e Braga).

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul da ilha, aguaceiros fracos, mais prováveis nas vertentes norte e nas zonas montanhosas e vento moderado de norte, soprando forte e com rajadas até 65 quilómetros por hora nas zonas montanhosas e no extremo leste até ao início da tarde.

No Funchal as temperaturas vão variar entre 16 e 21 graus.

No grupo ocidental dos Açores (Corvo e Flores) prevê-se céu geralmente pouco nublado e vento oeste bonançoso.

No grupo central (S. Jorge, Terceira, Graciosa, Pico e Faial) prevê-se períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento fraco a bonançoso de noroeste.

O IPMA prevê para hoje no grupo oriental (São Miguel e Santa Maria) períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos durante a madrugada e manhã e vento norte bonançoso a moderado, rodando para nordeste.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão variar entre 14 e os 23, na Horta entre os 14 e os 22, em Angra do Heroísmo entre 13 e os 22 e em Ponta Delgada entre os 13 e os 21 graus.

Páginas