Estudo
Cientistas dizem que geraram rins de ratos em ratazanas, numa experiência cujos resultados podem ser promissores para o...

Os rins de ratos foram gerados a partir de células estaminais (que se diferenciam noutras) transplantadas em ratazanas.

Como método, uma equipa de investigadores do Instituto Nacional para as Ciências Fisiológicas do Japão usou blastocistos, uma série de células que se formam vários dias depois da fertilização do óvulo, de animais geneticamente modificados, aos quais faltam órgãos específicos.

No caso, blastocistos de fêmeas de ratazanas foram injetados com células estaminais de ratos normais. As células estaminais diferenciaram-se dentro dos blastocistos das ratazanas, formando as estruturas de base de um rim.

Ao serem transplantados nas ratazanas, os blastocistos (que correspondem a uma fase do desenvolvimento embrionário) maturaram e deram origem a fetos normais.

Grande parte das crias de ratazana que nasceram, cujo número não é especificado pelo instituto japonês, que divulgou os resultados da experiência em comunicado, tinha um par de rins gerado a partir das células estaminais de rato.

Uma análise mais detalhada permitiu à equipa científica ver que todos os rins estavam "estruturalmente intactos" e que "pelo menos metade podia potencialmente produzir urina", refere o mesmo comunicado, sem precisar números.

Para os cientistas, os resultados podem abrir caminho para gerar rins humanos saudáveis a partir de animais, face à falta de dadores, que tem privado doentes renais de um transplante, por vezes o único e adequado tratamento para a sua situação.

Os resultados da experiência serão publicados na revista científica Nature Communications.

Perguntas e respostas
As dívidas e receitas provenientes do Estado relativas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão ser explicadas na quarta-feira no...

O que diz o relatório do Tribunal de Contas?
A auditoria do Tribunal de Contas (TdC) à Conta Consolidada do Ministério da Saúde analisou o desempenho económico-financeiro do SNS e concluiu que situação é “extraordinariamente débil”.

O Tribunal de Contas adianta, no entanto, que o aumento de capital dos hospitais do Estado no final de 2017, que só ocorreu efetivamente em 2018, melhorou o desempenho financeiro do SNS em 181,2 milhões de euros.

O que diz o TdC sobre a dívida do SNS?
Segundo a auditoria, a dívida do SNS a fornecedores e credores totalizou 2,9 mil milhões de euros em 2017, o que representa um agravamento de 51,6% face a 2014.

De acordo com o TdC houve um “forte agravamento” da dívida consolidada (que inclui a dívida em atraso) entre 2016 e 2017 (+21,4%).

A auditoria mostra que a dívida estava, em 2010, nos 3,3 mil milhões de euros, valor que cresceu para 3,6 mil milhões no ano seguinte e que desceu para 2,7 mil milhões em 2012.

O triénio 2013-2015 foi o que apresentou menor valor da dívida durante a última década, num total de 6,5 mil milhões de euros.

Em 2016 o valor da dívida do SNS era de 2,3 mil milhões de euros e no ano seguinte – o último analisado na auditoria – era de 2,9 mil milhões de euros.

O que diz o Governo?
O Governo considera que um dos mais relevantes desenvolvimentos em 2018 foi a redução da dívida a fornecedores, ficando abaixo de 500 milhões de euros, e diz que houve uma diminuição próxima de 50% face ao valor registado no final de 2017.

O que diz o TdC sobre as transferências do Estado para o SNS?
A auditoria do Tribunal de Contas refere que o Estado transferiu 8,6 mil milhões de euros em 2017 para o SNS (através do Orçamento do Estado e reforços de capital), valor um pouco superior (8,1 mil milhões de euros) a 2016 e a 2015 (7,9 mil milhões). No total, os últimos três anos analisados somaram 24,6 mil milhões de euros.

Em 2014, refere o TdC, o fluxo financeiro foi de 8,7 mil milhões de euros, mais 800 milhões do que em 2013, sendo que em 2012 o fluxo de 9,6 mil milhões.

O tribunal refere que valor transferido pelo Estado para o SNS no triénio 2012-2014 foi de 26,3 mil milhões de euros, ou seja, menos 6,15 do que entre 2015 e 2017.

O que diz o Governo?
O Governo considera que o método de análise do Tribunal de Contas não é o adequado e aponta antes para a despesa efetiva para aferir os recursos usados pelo SNS num determinado ano.

O fluxo financeiro utilizado no relatório inclui aumentos extraordinários de capital dos hospitais do SNS, aplicados em regularizações da dívida contraída, disseram os ministérios da Saúde e das Finanças, alertando que isso não reflete a despesa anual.

Os dois ministérios acrescentam que a análise das transferências em 2018 inclui 1.400 milhões de euros que o Governo canalizou para pagamentos em atraso no SNS no indicador de fluxo financeiro.

O que recomenda o Tribunal de Contas?
O Tribunal de Contas recomenda que seja feita uma recapitalização do SNS, sustentada em planos de saneamento financeiro de médio e longo prazo e de acordo com uma orçamentação por programas e plurianual.

Segundo o TdC, a recapitalização do serviço “não tem sido suficiente” e, entre 2014 e 2016, os fundos próprios do SNS caíram quase 79%, fixando-se nos 231 milhões de euros em 2016.

O que diz o Governo?
O Governo diz, por seu lado, que “o reforço da despesa no SNS tem sido a principal aposta do Estado” e que esta já representa quase 60% do aumento da despesa corrente primária da Administração Central entre 2015 e 2018 (ou seja, 1.042 milhões de euros em cerca de 1.745 milhões de euros).

O Governo refere ainda que entre 2015 e 2018 “as despesas com pessoal cresceram 597 milhões de euros, mais 17% do que em 2015”.

O que quer a comissão parlamentar saber?
A audição da ministra na Comissão Parlamentar de Saúde sobre as contas do SNS foi pedida “com urgência” pelo PSD que referiu que os dados “evidenciam a evidente e há muito denunciada degradação da situação económico-financeira do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde”.

Para o PSD, a situação “acarreta consequências nefastas sobre o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde que o SNS tem a missão de assegurar e pelos quais o Governo é politicamente responsável”.

Logo a seguir à divulgação da auditoria o caso foi abordado no debate quinzenal da Assembleia da República, tendo, na altura, o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, acusado o Governo de deixar a saúde dos portugueses ao “Deus-dará”, questionando o primeiro-ministro sobre o aumento da dívida do SNS.

Na resposta, o primeiro-ministro admitiu que “é mau haver dívida”, mas salientou que tal significa despesa realizada com o setor da saúde e que a dívida diminuiu cerca de 40% em 2018.

Também o CDS classificou, no debate quinzenal, o Governo de António Costa como incompetente na política de saúde, tendo o primeiro-ministro alegado que a dívida está a ser reduzida.

Desde 2012
O Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto acompanha, desde 2012, 506 doentes diagnosticadas com cancro da mama, no...

As participantes no estudo, com 18 anos ou mais, foram seguidas por investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) durante o primeiro ano após o diagnóstico da doença e três e cinco anos após o diagnóstico.

Segundo o ISPUP, os resultados mostram que os tratamentos para o cancro da mama conduzem frequentemente a complicações neurológicas, nos primeiros três anos após o diagnóstico.

Em comunicado, a investigadora do ISPUP e Neurologista do IPO Porto, Susana Pereira, esclarece que as complicações mais frequentes são “a dor neuropática, descrita como uma sensação de queimadura ou choque elétrico, localizada frequentemente na mama ou região torácica, na axila ou no braço do lado que é submetido a tratamentos, e a polineuropatia periférica, induzida pela quimioterapia, com sintomas sensitivos nas mãos e pés, mas por vezes também falta de força e dor neuropática”.

Os investigadores verificaram ainda que “a dor neuropática deteriora a qualidade do sono das doentes, sendo esta deterioração mais acentuada naquelas cuja dor é mais severa e que não tinham problemas a este nível antes do início da terapia. Além disso, constatou-se que a radioterapia está associada a um maior risco de perda de qualidade do sono das participantes”.

Tendo em conta estes resultados, a investigadora do ISPUP Filipa Fontes destaca que “é importante informar as doentes acerca da possibilidade do surgimento da dor neuropática durante e após a terapia” e que algumas estratégias para diminuir o impacto da dor na qualidade do sono poderiam passar pela “criação de um ambiente acolhedor na hora de ir dormir, pela redução do consumo de bebidas estimulantes e pela prática de exercício físico regular”.

O estudo permitiu também concluir que, no que diz respeito a estilos de vida e mudanças comportamentais, uma percentagem significativa de mulheres alterou positivamente os seus comportamentos em saúde, após o diagnóstico.

Entre aquelas que não cumpriam as recomendações antes do diagnóstico da doença, viu-se que cerca de 30% deixaram de fumar e 25% diminuíram o consumo de álcool para uma unidade por dia ou menos. Além disso, quase 10% das mulheres aumentaram a sua prática de atividade física e o consumo de frutas e vegetais.

Contudo, entre as doentes que seguiam as recomendações antes do diagnóstico, mais de metade parou a sua atividade física, quase um terço ficou com excesso de peso ou obesidade e 6% reduziu o consumo de frutas e vegetais para menos de cinco porções por dia.

“Apesar de as mulheres com cancro da mama terem reportado mudanças positivas nos seus comportamentos de saúde após o diagnóstico, existe ainda uma ampla margem de intervenção, o que destaca a importância de se desenvolverem ações de promoção da saúde destinadas especificamente a esta população”, sublinham os investigadores do ISPUP.

Espera-se que os resultados provenientes da coorte (estudo longitudinal) NEON-BC ajudem a caracterizar de forma mais precisa a carga global de doença associada ao cancro da mama e ao seu tratamento e a ajudar a desenvolver estratégias que minimizem o impacto destas condições entre as sobreviventes.

A coorte esteve na base de um projeto financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), de duas teses de doutoramento e três dissertações de mestrado já concluídas, e ainda de 13 publicações em revistas científicas internacionais.

Eurostat
Portugal apresentou, em 2017, a menor percentagem de crianças até aos 16 anos em bom ou muito bom estado de saúde (90,2%) da...

Em Portugal, 1,1% das crianças e jovens até aos 16 anos estavam, em 2017, em mau ou muito mau estado de saúde (UE 0,8%), 8,7% em estado classificado como razoável (UE 3,4%) e 90,2% em bom ou muito bom (UE 95,9%), sendo este o valor mais baixo da UE.

No outro extremo da tabela está a Roménia, com a maior percentagem de crianças e jovens em boa ou muito boa saúde (99,4%), seguindo-se a Itália (98,8%) e a Bulgária (98,3%).

A Lituânia apresentava, em 2017, a segunda menor taxa de crianças e jovens em bom ou muito bom estado de saúde (90,7%) e a Estónia a terceira (91,9%).

Na faixa etária até cinco anos, Portugal tinha uma percentagem de 93,3% de crianças em boa ou muito boa saúde (UE 96,5%), com a Bulgária a apresentar a maior taxa (99,6%), seguindo-se a Roménia (99,4%).

A Estónia (92,4%) teve a pior taxa, seguida da Polónia (93,1%), da Lituânia e de Portugal (ambos com 93,3%).

Na faixa entre os cinco e os nove anos, Portugal teve uma taxa de 89,3% de crianças bem ou muito bem saudáveis (UE 95,9%), a percentagem mais baixa da UE, com a Roménia a liderar a tabela (99,8%), seguida de Chipre (98,8%) e da Itália (98,8%).

A segunda pior taxa foi registada na Lituânia (91,2%) e a terceira na Polónia (93,4%).

Entre os 10 e os 15 anos, Portugal teve a segunda mais baixa taxa (88,7%) de crianças em bom ou muito bom estado de saúde (UE 95,2%), depois da Letónia (88,0%) e seguido da Estónia (89,6%).

As melhores percentagens, por seu lado, foram observadas na Roménia (99,1%), Chipre (98,4%) e Espanha (97,4%).

No que respeita a crianças sem qualquer limitação nas atividades devido a problemas de saúde, Portugal teve, em 2017, uma percentagem de 94,8%, abaixo da média da UE (95,2%), com a Letónia a apresentar a menor percentagem (87,6%), seguida pela Dinamarca (91,1%) e Lituânia (91,3%).

As maiores percentagens de crianças sem qualquer limitação na atividade por problemas de saúde foram registadas em Itália (99,2%), seguida pelo Chipre (98,3%) e a Grécia (98,1%).

Greve dos enfermeiros
O secretário de Estado Adjunto da Saúde suspendeu relações institucionais com a Ordem dos Enfermeiros na sequência de posições...

Numa nota, o gabinete do secretário de Estado Francisco Ramos considera “não existirem condições para dar continuidade às reuniões regulares com a Ordem dos Enfermeiros”, por entender que sua bastonária “tem extravasado as atribuições da associação profissional que representa”.

Entre essas competências, a Secretaria de Estado aponta a regulamentação e disciplina da profissão de enfermagem, a garantia do cumprimento das regras de deontologia da profissão e a regulação do exercício da profissão.

O gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Saúde frisa que a suspensão temporária de relações institucionais com a Ordem “não colocará em causa as relações entre o Ministério da Saúde e os profissionais de enfermagem”.

“A decisão tem por base as posições que têm sido tomadas pela bastonária em sucessivas ocasiões e, em particular, no que diz respeito à ‘greve cirúrgica’, que tem vindo a apoiar publicamente, incentivando à participação dos profissionais”, refere a nota.

Contactada pela Lusa, uma fonte do Ministério da Saúde disse que esta decisão vincula apenas o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

A Ordem dos Enfermeiros já reagiu a esta decisão, considerando que a suspensão de relações institucionais decidida pelo secretário de Estado da Saúde “confirma a má vontade do Governo” para com estes profissionais.

Em declarações, a bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, disse que a decisão lhe foi comunicada hoje durante uma reunião de trabalho que estava marcada, tendo outros assuntos em agenda, como a substituição de enfermeiros nos serviços.

Ana Rita Cavaco argumenta que o Governo tem “dois pesos e duas medidas” em relação ao apoio das ordens profissionais à greve e recorda que no ano passado, aquando da greve dos médicos, o bastonário dessa classe também apoiou a paralisação e chegou a prestar declarações públicas com os sindicatos na sede da Ordem.

“Não estou a ver a diferença. Há mesmo dois pesos e duas medidas”, afirmou à Lusa.

A greve dos enfermeiros decorre desde quinta-feira e estende-se até ao fim de fevereiro em blocos operatórios de sete hospitais públicos, sendo que a partir de sexta-feira passa a abranger mais três hospitais num total dez.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a greve levou ao adiamento nos dois primeiros dias de 645 cirurgias, 57% das 1.133 previstas.

Infecção no tracto respiratório
A bronquiolite é uma das doenças do foro viral que atinge sobretudo crianças.
Criança com bronquiolite a utilizar câmara expansora

A bronquiolite é uma infecção respiratória causada por um vírus que afecta as pequenas vias aéreas (bronquíolos). O vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal microrganismo envolvido nesta doença. É uma doença infecciosa própria dos lactentes e das crianças pequenas e afecta o tracto respiratório.

É uma doença frequente antes dos dois anos de idade, principalmente nos meses de Inverno e início da Primavera. As crianças que frequentam creches enfrentam um risco maior devido ao contacto com outras crianças infectadas. Isto, porque a transmissão faz-se por gotículas de saliva ou através das mãos e o contágio é muito fácil. O vírus propaga-se quando a pessoa infectada espirra ou tosse, expulsando as secreções que o vírus contém e estas entram em contacto com a criança directa ou indirectamente (por exemplo, depositam-se na superfície de uma mesa, ou em brinquedos ou outros objectos que a criança toca e depois leva as mãos à boca ou ao nariz).

O diagnóstico é feito através do exame ao doente e dos sintomas referidos por ele ou pelos seus pais. A radiografia ao tórax poderá ajudar a confirmar o diagnóstico.

Sinais e sintomas da bronquiolite

Inicialmente, os sintomas começam entre o 3º e o 7º dia depois de contrair o vírus e são semelhantes aos de uma constipação - tosse, catarro, febre baixa, obstrução do nariz e olhos vermelhos. O vírus estende-se aos brônquios e bronquíolos, causando irritação e estreitamento destas vias respiratórias, o que faz com que a criança tussa e emita uma espécie de pieira quando respira.

Além disso, a criança afectada respira mais depressa (como se tivesse um ataque de asma) e com mais dificuldade. Geralmente, nesta fase a febre já diminuiu, embora em alguns casos possa persistir. A maioria das crianças nestas condições têm pouco apetite e as mais pequenas podem ter problemas inclusive para mamar ou tomar o biberão, pois cansam-se ao não conseguirem respirar bem. Além disso, habitualmente dormem mal ou têm um sono muito leve e despertam várias vezes.

Normalmente, a pieira melhora num período que vai dos 3 aos 7 dias, mas a obstrução do nariz pode durar mais e a tosse pode persistir até 1 ou 2 semanas.

Tratamento da bronquiolite

A maioria dos lactentes com bronquiolite não necessitam de um medicamento específico, mas sim de paciência e de cuidados que lhes permitam respirar e beber de uma forma mais cómoda e fácil. Em climas muito secos, é recomendável pôr um vaporizador ou um humidificador no quarto onde a criança dorme para a ajudar a manter as fossas nasais desobstruídas. Este aparelho contribuirá para que as secreções sejam mais fluidas e fáceis de eliminar.

Para ajudá-la a respirar, pode aspirar-lhe o nariz de vez em quando (cada 2 ou 3 horas) depois de lhe administrar gotas de soro fisiológico nas fossas nasais.

Também é útil levantar-lhe um pouco a parte superior do colchão do berço e colocar algo por baixo. Assim, a mucosidade diminuirá um pouco e não se acumulará tanto no nariz enquanto dorme. Se tiver dificuldade em mamar, tomar o biberão ou comer, dê-lhe tomas mais pequenas e mais frequentes. Pense que, nestas condições, a ingestão de líquidos (água, leite ou sumos) é mais importante que a de sólidos.

Em casos graves, o bebé com bronquiolite pode necessitar de internamento para que lhe sejam administrados medicamentos que dilatem os brônquios e a ajudem a respirar.

As crianças com mais de 6 meses de idade, se existir muita obstrução bronquial que dificulte uma correcta ventilação, melhoram após a administração de alguns medicamentos adequados para a idade.

Algumas medidas importantes para reduzir o risco de infecção incluem evitar o contacto da criança com pessoas constipadas, lavar adequadamente as mãos, rejeitar os lenços de papel usados, evitar aglomerados de pessoas como reuniões familiares e centros comerciais durante os meses de maior probabilidade de infecção, evitar locais com fumo e se possível evitar os infantários.

Diferenças entre bronquiolite e uma alergia

A bronquite, especialmente se for frequente, pode ser difícil de distinguir de uma alergia, pois os sintomas são idênticos. As alergias tendem a provocar uma secreção de mucosidade relacionada com as mudanças de estação ou com o contacto com o pó, a humidade, etc. A alergia é acompanhada de tosse seca com pieira, espirros muito frequentes e/ou seguidos, irritação dos olhos e lacrimejar abundante. As crianças com alergia não têm febre, rouquidão nem dores musculares. E, contrariamente à constipação, as alergias normalmente duram mais de duas semanas e podem desencadear-se mais bruscamente após a exposição ao elemento que as provoca (pó, pólen, etc.) Uma vez que o tratamento das infecções respiratórias virais e da alergia é diferente, consulte o médico em caso de dúvida.

Quando ir ao médico

Requer atenção pediátrica imediata se:

  • Respirar cada vez pior
  • Se observar um afundamento dos espaços situados entre as costelas quando respira
  • Tiver os lábios roxos ou azulados
  • Não conseguir mantê-la desperta

Requer atenção pediátrica em horas de consulta se:

  • Não quiser beber/comer como antes
  • Tiver febre alta (mais de 39°)
  • Se queixar de dores de ouvidos ou se puxar pelas orelhas e estiver irritável
  • Tiver muita tosse e mucosidade.

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A constipação comum

Bronquite

Gripes e constipações podem originar perdas auditivas

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Estudo
Atualmente, o preservativo e a vasectomia são as únicas formas de contraceção disponíveis para o público masculino.

Cientistas britânicos iniciaram um estudo para avaliar a eficácia de um novo método anticoncecional para homens, que consiste num gel que suprime a produção de espermatozoides, anunciou a Universidade de Edimburgo. Neste momento estão à procura de candidatos voluntários para testar a substância, escreve o Guardian.

O gel, segundo o Sapo, é aplicado sobre os ombros e na parte alta dos braços e os homens têm de controlar a produção de esperma uma vez por mês com especialistas.

A substância, designada NES/T, é um tratamento baseado em hormonas e projetado para reduzir a produção de esperma, mas sem afetar a libido.

Os responsáveis pelo estudo, conduzido pelo Hospital Saint Mary, Universidade de Manchester e Universidade de Edimburgo, convidam homens com idades entre os 18 e 50 anos com um relacionamento estável com mulheres entre os 18 e 34 anos.

O projeto foca-se em casais com relacionamentos mais longos, já que, ao contrário dos preservativos, o gel em estudo não confere proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Em entrevista à radiotelevisão britânica BBC, John Reynolds-Wright, diretor do estudo, disse que espera que o produto alcance uma taxa de eficácia semelhante à da pílula anticoncecional, que varia entre 97% e 99%.

Atualmente, o preservativo e a vasectomia são as únicas formas de contracepção disponíveis para homens que não desejam ter filhos.

Estudo
A falta de algumas bactérias no intestino pode afetar o equilíbrio mental e, sobretudo, a probabilidade de sofrer de depressão,...

Uma equipa de investigadores belgas analisou amostras de fezes de mais de 1.000 voluntários e, segundo o Sapo, descobriu que duas famílias de bactérias eram sistematicamente menores em pessoas depressivas, incluindo naquelas sob tratamento com antidepressivos.

O estudo, com base num grupo de controlo de 1.000 holandeses, validou essas conclusões por causa de uma ligação estatística entre o número de certas bactérias e o nível de bem-estar e saúde mental reportado, explica o artigo publicado na revista científica Nature Microbiology.

Muito por esclarecer
O estudo não estabelece uma relação de causa-efeito, diz Jeroen Raes, um dos autores, acrescentando que a compreensão das ligações entre o intestino e cérebro permanece pouco clara.

As famílias de bactérias envolvidas - Coprococcus e Dialister - são conhecidas por terem propriedades anti-inflamatórias. "Mas também sabemos que a inflamação do tecido nervoso desempenha um papel importante na depressão, por isso a nossa hipótese é que os dois estão ligados de uma forma ou de outra", disse à agência de notícias France-Presse aquele professor de Microbiologia da Universidade KU Leuven.

"A ideia de que substâncias derivadas do metabolismo de micróbios podem interagir com o nosso cérebro - e, portanto, com o nosso comportamento e sentimentos - é intrigante", comenta Jeroen Raes.

"Até agora, a maioria dos estudos concentrava-se em ratos ou em um pequeno número de pessoas e os resultados foram mistos e contraditórios", indicou à AFP.

Uma epidemia silenciosa
Cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Às vezes descrita como uma "epidemia silenciosa", a patologia é uma das principais causas dos cerca de 800.000 suicídios identificados todos os anos.

Os antidepressivos estão atualmente entre os medicamentos mais prescritos em muitos países, mas este estudo pode abrir caminho para novos tipos de tratamento para esta doença, diz Raes.

"Realmente acredito que este é um caminho a seguir: usar misturas de bactérias como tratamento", assevera.

 

Como saber se é intolerante e quais os alimentos a evitar
Há muito que falamos em intolerância à lactose e sabemos que as pessoas intolerantes melhoram signif
Mulher indisposta deitada no sofá

Então, e o que é a histamina?

É uma substância, amina biogênica, implicada na resposta imunitária localizada, na regulação da função fisiológica no intestino, na contração muscular, regulação do ácido gástrico e atua também como um neurotransmissor nas funções neurológicas. Trata-se assim de um mediador da inflamação que é produzida pelo organismo em momentos de elevado stresse e/ou alergia. A principal função da histamina é destruir substâncias estranhas, sendo essencial na defesa contra vírus, bactérias, fungos ou parasitas. Esta é libertada em reações alérgicas e responsável pelos sintomas irritantes destes quadros.

Onde existe histamina?

A histamina funciona como um mediador do sistema imunitário, sendo produzida pelo nosso corpo em situações alérgicas, mas existe também em alimentos. Existem alimentos que possuem em quantidade elevada de histamina na sua composição. Para além dos alimentos ricos em histamina, há outros que funcionam como "libertadores de histamina" e que induzem a secreção de histamina pelas células do corpo.

Esta pode também ser acumulada no nosso corpo por deficiência da enzima que a destrói e metaboliza, a diaminoxidase, conhecida pela enzima DAO.

Pode haver intolerância à histamina?

A intolerância à histamina surge devido a um desequilibro entre a acumulação de histamina e a capacidade do organismo em degradá-la.

Normalmente, a histamina é destruída no organismo pela ação de uma enzima chamada diaminoxidase (DAO). Em pessoas com intolerância à histamina, a atividade dessa enzima é reduzida. Portanto, a histamina produzida pelo corpo ou absorvida através da comida não pode ser destruída ou pode ser apenas parcialmente destruída. Isto faz com que os níveis de histamina permaneçam constantemente elevados, levando ao aparecimento de queixas alérgicas.

Também pode ocorrer uma redução da atividade da enzima pela ingestão de determinados fármacos ou álcool.

A ingestão de alimentos ricos em histamina, em pessoas intolerantes, pode causar os seguintes sintomas:

Como saber se sou intolerante à histamina

Devido à natureza muito variada dos sintomas, a intolerância à histamina é frequentemente subestimada, e os sintomas mal interpretados.

Esta ocorre sobretudo em mulheres e depois dos 40 anos. Pessoas com doença inflamatória intestinal ou alergia alimentar cruzada têm um risco maior.

Se tiver muitas queixas alérgicas, comece por relacioná-las com os alimentos constantes da lista anexa, retire-os e verifique se os sintomas desapareceram.

Junto do seu médico ou terapeuta converse e pondere fazer as seguintes provas analíticas:

  • Medir o nível de vitamina B6
  • Medir da atividade da diaminoxidase
  • Medir o nível de histamina no sangue
  • Teste de liberação de histamina por estimulação

Alimentos a eliminar

Os alimentos que estão indicados na tabela seguinte são ricos em histamina e/ou interferem no metabolismo da mesma (promovem um aumento da libertação de histamina). Deverá evitar o consumo dos mesmos, para melhoria dos sintomas ou quando surgir um episódio agudo. 

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Dra. Alexandra Vasconcelos
Farmacêutica e Naturopata
Especialista em Medicina Natural Integrativa
Pós graduada em Nutrição Oncológica, Nutrição Ortomolecular e Medicina Integrativa e Humanista
Autora do Livro “ O segredo para se manter Jovem e saudável”
Diretora técnica das Clínicas Viver

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Unidade Técnica de Apoio Orçamental
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental indicou ontem que “o reforço sistemático” das despesas na Educação e na Saúde verificado...

A conclusão integra o relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) sobre a Conta Geral do Estado de 2017 (CGE/2017), documento a que a Lusa teve acesso e sobre o qual o ministro das Finanças, Mário Centeno, será ouvido na quarta-feira no parlamento, em audição na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

“O reforço sistemático das despesas com pessoal no Ministério da Educação e a importância da utilização dos instrumentos de gestão centralizada para gerir as aquisições de bens e serviços no Ministério da Saúde sugerem situações de suborçamentação crónica que merecem um melhor enquadramento em sede de orçamentação”, lê-se no relatório da UTAO.

Segundo os técnicos do parlamento, as despesas com pessoal das administrações públicas apresentaram um desvio de 0,4 pontos percentuais, ultrapassando em 362 milhões de euros o previsto no Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), tendo sido reforçadas em 381 milhões de euros (1,9% da dotação inicial), com recurso à dotação provisional.

Este reforço representou 71,3% da dotação provisional, que é destinada a fazer face a despesas não previstas. Destes, 66,4% foram destinados ao ensino básico e secundário e administração escolar.

“Não se trata de uma situação restrita ao ano de 2017, uma vez que no ano de 2016 esta utilização ascendeu a 52,3% e em 2015 a 53,2%, o que indicia uma suborçamentação persistente das despesas com pessoal no Ministério da Educação”, sublinha a UTAO.

Já a execução da rubrica de aquisição de bens e serviços beneficiou de um reforço de 520 milhões de euros com recurso às dotações centralizadas e dotação provisional.

Este reforço representa um acréscimo de 4,3% da despesa inicialmente prevista para o universo das administrações públicas, “mas o seu peso ascende a 10% das aquisições de bens e serviços no programa da Saúde”, alertam os peritos.

Segundo a UTAO, “a dotação para aquisição de bens e serviços parece adequada no seu conjunto”, mas permanece “suborçamentada na área da Saúde, com um peso muito expressivo de recurso a verbas de gestão centralizada no Ministério das Finanças”.

Também a análise à situação da dívida não-financeira das administrações públicas em 2017 “revelou indícios da suborçamentação que atinge há vários anos o SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, alertam os técnicos do parlamento.

Esta situação afeta em particular os hospitais EPE (Entidade Pública Empresarial), que registaram um aumento no ‘stock’ total da dívida e de pagamentos em atraso, bem como uma deterioração do prazo médio de pagamento.

Em finais de 2017, o valor acumulado de dívida não-financeira da administração central, incluindo os hospitais EPE e as entidades públicas reclassificadas, ascendeu a 3.357 milhões de euros, mais 515 milhões face a 2016, diz a UTAO com base no parecer do Tribunal de Contas à CGE/2017 e no relatório e contas da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

As entidades públicas inseridas no SNS contribuíram para 82,6% (2.772 milhões de euros) da dívida não-financeira da administração central, da qual 2.366 milhões com origem nos hospitais EPE.

Já o ‘stock’ de pagamentos em atraso aumentou em 2017, invertendo a tendência decrescente de anos anteriores, já que nos hospitais EPE as dívidas em atraso cresceram 293 milhões de euros face a 2016.

Em 2017, o prazo médio de pagamento para um universo de 92% das entidades públicas foi igual ou inferior a 33 dias, contrapondo com os 140 dias no caso das entidades inseridas no SNS.

Greve dos enfermeiros
A greve dos enfermeiros, que decorre nos blocos operatórios de hospitais públicos desde 31 de janeiro, levou ao adiamento nos...

O Ministério vai divulgar semanalmente o número de cirurgias adiadas face às que estavam previstas em cada um dos sete centros hospitalares atingidos pela greve até 28 de fevereiro, data em que termina a paralisação.

A maioria de cirurgias não realizadas registou-se no Centro Hospitalar Universitário do Porto (adiadas 186 das 287 previstas - 65%), seguindo-se o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto (adiadas 178 das 263 previstas – 68%), o Centro Hospitalar Entre-Douro e Vouga (106 adiadas das 131 previstas – 81%), o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia e Espinho (65 adiadas das 177 previstas – 38%) e o Hospital de Braga (65 adiadas das 172 previstas).

Seguem-se o Hospital Garcia de Orta, com 34 das cirurgias adiadas das 68 previstas (50%) e o Centro Hospitalar de Tondela e Viseu, com 11 cirurgias adiadas das 35 previstas, segundo os números o ministério.

Na semana passada, numa entrevista à RTP, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse estar a equacionar usar meios jurídicos face à nova greve, por entender que levanta “um aspeto muito sério sobre questões éticas e deontológicas”.

Na altura, o MS disse estar a avaliar juridicamente as várias ações que poderia desenvolver, designadamente a análise pelo Conselho Consultivo da PGR do exercício do direito à greve e licitude do financiamento colaborativo, entre outras questões relacionadas com a paralisação em causa, além de estar igualmente a avaliar a possibilidade de recurso à requisição civil.

Esta segunda greve dos enfermeiros dos blocos operatórios abrange até ao dia 07 de fevereiro sete centros hospitalares: Centro Hospitalar S. João (Porto), Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, Gaia/Espinho, Tondela/Viseu, Braga e Garcia de Orta.

Entre 08 e 28 de fevereiro decorre também no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar Lisboa Norte e Centro Hospitalar de Setúbal.

Há serviços mínimos decretados para esta greve, como qualquer outra no setor da saúde. Na primeira greve cirúrgica, os enfermeiros foram até além do que está estabelecido nos serviços mínimos, por acordo com os hospitais.

Os serviços mínimos estabelecidos para estas greves prolongadas às cirurgias foram já criticados pela Ordem dos Médicos e pela Associação dos Administradores Hospitalares, que os consideram insuficientes.

A primeira greve, que durou mais de um mês e decorreu em cinco hospitais, levou ao cancelamento de quase 8.000 cirurgias. Das cirurgias que foram adiadas, o Ministério da Saúde diz que foi possível realizar já 45% até ao final deste mês.

Greve dos enfermeiros
A requisição civil, instrumento que está na lei desde 1974, só deve ser usada em “circunstâncias particularmente graves",...

O Governo admitiu o recurso à requisição civil para tentar travar a greve dos enfermeiros em blocos operatórios, que está a decorrer desde quinta-feira e que se prolonga até ao fim do mês, depois de uma outra greve idêntica ter decorrido entre novembro e fim de dezembro.

O decreto-lei 637/74, que se mantém em vigor, determina que a requisição civil pode ser acionada em “circunstâncias particularmente graves” se for necessário “assegurar o regular funcionamento de serviços essenciais de interesse público ou de setores vitais da economia nacional”.

O diploma expressa, aliás, que a requisição civil tem “caráter excecional” e que pode ter como objeto “a prestação de serviços, individual ou coletiva, a cedência de bens móveis ou semoventes, a utilização temporária de quaisquer bens, os serviços públicos e as emersas públicas de economia mista ou privadas”.

No fundamento do diploma de 1974, é estabelecido que a requisição civil fica estabelecida tendo em conta “a necessidade de assegurar o regular funcionamento de certas atividades fundamentais, cuja paralisação momentânea ou contínua acarretaria perturbações graves da vida social, económica e até política”.

Contudo, o preâmbulo volta a determinar que a requisição civil só tem justificação em “casos excecionalmente graves”.

Entre a lista de serviços ou empresas que podem ser objeto de requisição civil está “a prestação de cuidados hospitalares, médicos e medicamentosos”. Acrescem vários outros, como exploração de serviço de transportes, produção e distribuição de energia ou produção e transformação de alimentos de primeira necessidade.

A requisição depende de reconhecimento de necessidade por parte do Conselho de Ministros e tem de ser efetivada pelos ministros que tutelam a área em causa.

A portaria que defina a requisição civil tem de indicar o seu objeto e duração, a autoridade responsável por executar a requisição e o regime de prestação de trabalho dos requisitados.

A decisão da requisição deve ser dada a conhecer aos interessados através da comunicação social, produzindo efeitos imediatos.

Segundo o diploma, a requisição civil não dá direito a qualquer indemnização que não seja o salário ou vencimento decorrente do contrato de trabalho ou da categoria profissional.

Apesar do seu caráter extraordinário, a requisição civil foi já usada diversas vezes para travar greves em empresas de transportes, como CP ou TAP.

Estudo
Os efeitos negativos da poluição atmosférica, sonora e das grandes variações de temperatura afetam mais as populações mais...

No documento, divulgado ontem em Bruxelas, apontam-se os grupos de população com menos rendimentos ou com menos habilitações como mais sujeitos aos riscos para a saúde colocados pelos problemas ambientais e pelas variações extremas de temperatura.

"Em muitos países europeus, a exposição desproporcionada dos grupos socioeconómicos mais baixos à poluição atmosférica, sonora ou às altas temperaturas acontece em áreas urbanas", refere-se no documento.

Em países da Europa de leste, como a Polónia, Hungria, Roménia ou Bulgária, ou em nações do sul como Portugal, Itália, Espanha ou Grécia, com taxas de desemprego mais elevadas e menos escolarização, as populações estão mais expostas a poluentes como poeiras, fumos ou pólenes e ozono.

De 33 países analisados, Portugal está nos lugares de cima no que toca ao número de lares que não se conseguem aquecer durante o inverno, uma lista liderada pela Bulgária e Lituânia em que Portugal surge no quinto lugar.

Por outro lado, Portugal é o segundo país onde mais pessoas vivem em casas sem conforto térmico no Verão: cerca de 40% da população, só atrás da Bulgária.

"De um modo geral, quanto mais pobre se é na Europa, maiores os riscos de viver numa zona com má qualidade do ar", afirmou o diretor da agência, Hans Bruyninckx na apresentação do relatório.

"As políticas da União Europeia não exigem claramente ações específicas por parte dos Estados membros para reduzir as desigualdades na exposição aos riscos", assinalam os autores do relatório.

No Porto
O Tribunal de Instrução Criminal do Porto decretou hoje prisão preventiva para a mulher suspeita de tentar raptar um recém...

No sábado, ao princípio da noite, uma mulher envergando uma bata de profissional de saúde tentou raptar um recém-nascido do berçário do Hospital de São João.

Contactada domingo pela agência Lusa, uma fonte do Comando Metropolitano da PSP do Porto adiantou que a mulher, de 48 anos, entrou no quarto onde estava o bebé e familiares.

A mulher "chegou a pegar na criança ao colo", mas o pai estranhou a situação e decidiu chamar a polícia às 19:22 de sábado, tendo a suspeita acabado por ficar detida, disse a mesma fonte da PSP.

Segundo esta fonte, a mulher ficou detida devido à “gravidade da situação” e vai ser presente na segunda-feira de manhã ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

Também no domingo, o Hospital de São João revelou que vai abrir um inquérito interno para “esclarecimento completo” da tentativa de rapto de um recém-nascido na maternidade daquela unidade, avançou hoje à Lusa fonte da instituição.

 

Após tentativa de rapto
O Hospital de São João, no Porto, de onde no sábado uma mulher tentou raptar um recém-nascido, garantiu hoje que todas as...

“Todos os recém-nascidos no Serviço de Obstetrícia têm uma pulseira eletrónica que dispara o alarme sempre que a criança sai fora de um perímetro predefinido no interior do serviço”, disse o hospital, em comunicado.

Apesar de ter instaurado um inquérito interno, o centro hospitalar assegura que os dispositivos de segurança dos nascituros “estiveram e estão permanentemente ativos”, reafirmando que todas as crianças internadas dispõem de uma pulseira eletrónica, não sendo possível sair do serviço com um recém-nascido sem o competente processo estar clinicamente encerrado.

Este sistema de segurança implica que a entrada e saída do Serviço de Obstetrícia seja feita exclusivamente através de porta com dispositivo eletrónico de acesso com cartão de profissional daquele serviço, possuindo videovigilância no corredor de acesso ao mesmo, explicou.

O hospital adiantou ainda que o serviço dispõe de um posto de segurança/portaria, sendo que todas as visitas são identificadas à entrada do serviço com o registo dos dados do cartão de cidadão de cada familiar/visita e número da cama do familiar que vem visitar.

Nunca houve um caso de rapto consumado no Serviço de Obstetrícia, desde que, há mais de dez anos, foi instalado o sistema de segurança atual, referiu.

“A segurança das pessoas internadas no Centro Hospitalar Universitário de São João é uma preocupação constante do seu Conselho de Administração e dos seus profissionais”, vincou.

A unidade de saúde salientou ainda que as conclusões do inquérito serão “tornadas públicas e totalmente respeitadas”.

No sábado, ao princípio da noite, uma mulher envergando uma bata de profissional de saúde tentou raptar um recém-nascido do berçário do Hospital de São João.

Contactada pela agência Lusa, uma fonte do Comando Metropolitano da PSP do Porto adiantou que a mulher, de 48 anos, apresentava-se como uma profissional de saúde, vestindo uma bata e usando um estetoscópio, quando entrou no quarto onde estava o bebé e familiares.

A mulher "chegou a pegar na criança ao colo", mas o pai estranhou a situação e decidiu chamar a polícia às 19:22 de sábado, tendo a suspeita acabado por ficar detida, disse.

A suspeita, que ficou detida desde esse dia dado a “gravidade dos factos”, está agora a ser ouvida no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.

Ministra
A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, defendeu hoje que só apostando na...

Em declaração a jornalistas em Viseu, a governante disse que deve haver formação ao nível das forças de segurança, do sistema judicial e de todas os portugueses, em especial os jovens, prevenindo a violência no namoro.

Segundo Maria Manuel Leitão Marques, é no namoro que, “às vezes, começa uma situação que mais tarde se transforma em violência doméstica”.

“É uma luta em muitas frentes, mas que todos temos que travar. Um crime de violência não deixa ninguém dormir descansado”, afirmou a ministra no final da apresentação de uma casa abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica com doença mental, que começa hoje a funcionar em Viseu.

A ministra explicou que a violência doméstica tem sido uma área de trabalho na qual o Governo está a investir, financiando vários projetos. Esta casa abrigo de Viseu, com capacidade para acolher dez mulheres, contará com 112 mil euros por ano de financiamento direto.

“É uma área em que só conseguiremos resultados cooperando: entre várias áreas do Governo, entre Governo e autarquias locais, incluindo as freguesias, e entre o Governo e a sociedade civil”, frisou.

A casa abrigo destinada a mulheres vítimas de violência doméstica com doença mental é um projeto piloto e pioneiro, a nível nacional, apoiado pela secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro.

Segundo Maria Manuel Leitão Marques, esta casa abrigo dará uma resposta nacional, não estando ainda prevista a abertura de outras do género.

“Temos que experimentar, avaliar, corrigir se necessário e depois estender”, justificou a governante.

Entidades alertam
A Ordem dos Médicos Dentistas e o Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço juntam-se, no âmbito do Dia Mundial da Luta...

Portugal tem uma das taxas de incidência e mortalidade mais elevadas a nível europeu, surgem 15 casos de cancro oral por cada 100.000 habitantes. No entanto quando o diagnóstico é feito precocemente e tratado atempadamente a taxa de sucesso é elevada.

Os fatores de risco associados ao aparecimento do cancro oral para além do tabaco, álcool e mais recentemente o HPV, são também as próteses dentárias pois podem provocar um traumatismo crónico na boca por ficarem mal adaptadas.

Os médicos dentistas pelo contacto regular com os seus pacientes, encontram-se numa posição privilegiada para contribuir no rastreio precoce e prevenção do cancro oral e no encaminhamento do doente que possa estar em risco.

O Dr. Jaime Alberich Mota, da Direção da Ordem dos Médicos Dentistas afirma “a população portuguesa precisa de estar mais desperta para a importância dos cuidados de saúde oral e das visitas regulares ao médico dentista. Acreditamos que ao melhorar o acesso dos portugueses às consultas de medicina dentária assim como a melhoria dos hábitos de higiene oral, serão fundamentais  para diminuir o número de mortes por cancro da cavidade oral ou de cabeça e pescoço".

A Dra. Ana Castro Presidente do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP) alerta que “é fundamental diminuir o tempo de espera do doente entre a deteção dos sinais e sintomas, o diagnóstico e os cuidados de saúde primários. Este é um fator crucial e prioritário para aumentar as taxas de sobrevivência e consequentemente diminuir o número de mortes em Portugal com este cancro.”

A importância do apoio psicológico
Para qualquer um de nós, só a simples ideia de nos imaginarmos sentados num consultório médico e ouv

O Cancro é uma das doenças mais temidas por estar fortemente associada à ideia da morte, sendo mesmo uma das principais causas de mortalidade em Portugal. Para qualquer um de nós, só a simples ideia de nos imaginarmos sentados num consultório médico e ouvir a palavra cancro, desperta-nos, inconscientemente, sensações de medo e de repulsa. Infelizmente, esta situação é bem real para uma grande parte da população portuguesa.

Por muito cuidado que possa ter o profissional de saúde, a notícia é sempre recebida de forma cataclísmica, como se tudo o que uma pessoa considerou estável ao longo da vida, se estivesse a desmoronar em segundos. Naquele momento, surge a sensação de se estar completamente alienada do mundo. Imerge-se numa intensa solidão, tem se a consciência que o mundo continua igual, que as pessoas têm as suas próprias rotinas e preocupações diárias que também faziam parte do próprio dia a dia, mas que a partir daquele momento, tudo mudou. “Tenho cancro”. A partir daí é fácil perceber o turbilhão emocional em que a pessoa se encontra, medo, pânico, angústia, revolta e injustiça são algumas das emoções sentidas interiormente. No entanto, depois do choque emocional começar a diluir, tenta-se racionalizar, e surge a preocupação “tenho que me manter forte”.

É sabido que as nossas emoções se refletem no nosso organismo e que ter um pensamento positivo relativamente à doença influencia a evolução dos tratamentos. A questão é que, por muito que a pessoa saiba que tem que se manter optimista, é sempre uma luta constante entre o que se deveria sentir e o que efetivamente se sente.

Neste sentido, é necessário realizar um trabalho emocional, para que a pessoa se consiga dissociar das emoções que estão a bloquear o pensamento positivo. O acompanhamento psicoterapêutico ajuda o doente no processo de dissociação emocional. Esta libertação deve ser feita de forma progressiva, passando por uma fase de identificação das emoções que se estão a sentir, para depois permitir-se aceitá-las, sem fugir ou camuflá-las, e por fim deixá-las ir.

Todo este processo de digestão emocional não é fácil, não vai curar a doença, nem vai deixar a pessoa num estado de plena felicidade. Contudo, representa uma ferramenta valiosa para combater o impacto emocional e psicológico que o cancro provoca. Compreende-se que, frequentemente, o apoio psicológico seja descurado em prole dos tratamentos médicos. No entanto, tendo em conta a abrangência do estigma associado à doença, a frequente fragmentação do ambiente familiar, as alterações físicas provocadas pelos tratamentos, as alterações da rotina pessoal e profissional, tudo isto acarreta um enorme peso emocional sobre o doente que não deve ser ignorado.

A todos aqueles que, direta ou indiretamente, se encontram neste turbilhão, usem todas as armas ao vosso dispor para apoiar ou serem apoiados, dando sempre o vosso melhor para manter este equilíbrio entre a mente e o corpo. Lutem sempre! Sejam guerreiros!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Governo
Vinte novas unidades de saúde familiar vão ser criadas este ano e até 20 outras podem passar de modelo A para modelo B, segundo...

O diploma, publicado no final da semana passada em Diário da República, estabelece que, até ao fim do ano, sejam constituídas 20 novas unidades de saúde familiar (USF) e que durante o último trimestre do ano transitem outras 20 USF do modelo A para o B, que é um modelo mais exigente, com maior autonomia e com mais incentivos financeiros.

No ano passado, foram criadas 30 novas unidades de saúde familiar e 20 já criadas transitaram para o modelo mais avançado.

Em comunicado, a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) considera que o Governo continua a desconfiar “de um modelo inovador” que são as USF e que, dessa forma, “limita o acesso de milhares de portugueses a cuidados de saúde mais próximos e de qualidade”, mostrando-se contra a imposição de um limite para a transição entre USF de modelo A para B.

A associação relata que há USF de modelo A há mais de nove meses à espera de passarem para modelo B, o mais avançado.

No ano passado, um estudo promovido pelo Ministério da Saúde mostrava que o Estado pouparia mais de 100 milhões de euros num ano se todos os centros de saúde fossem transformados em USF de modelo B, com maiores incentivos financeiros.

A coordenação nacional para a reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na área dos cuidados de saúde primários, nomeada pelo Ministério da Saúde, realizou uma avaliação de custos e das consequências das USF e dos tradicionais centros de saúde.

O estudo foi baseado nas unidades de cuidados primários de saúde existentes em 2015, ano em que havia 370 centros de saúde tradicionais, 207 USF de modelo A e 193 USF de modelo B.

Criadas em 2005, as USF foram fundadas como uma forma alternativa ao habitual centro de saúde, prestando também cuidados primários de saúde, mas com autonomia de funcionamento e sujeitas a regras de financiamento próprias, baseados também em incentivos financeiros a profissionais e à própria organização.

Governo
O Governo compromete-se a abrir ainda este ano concurso para as duas categorias do topo da carreira de técnico de diagnóstico e...

O Presidente da República promulgou domingo o diploma do Governo que estabelece o regime remuneratório da carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica (TSDT), que tem sido contestado pelos sindicatos.

Hoje, em comunicado, o Ministério da Saúde estima que as novas tabelas salariais dos técnicos de diagnóstico e terapêutica tenham um impacto financeiro anual de 7,5 milhões de euros e que o reposicionamento salarial estará concluído até 1 de setembro.

Os sindicatos alegam que o diploma colocou 90% dos trabalhadores na base da carreira, “apagando anos de serviço” e que em mais de 8.000 profissionais não chega a três centenas o número de trabalhadores que ficam em posição intermédia, sendo que ninguém fica no topo da carreira.

O Ministério da Saúde admite que o diploma não prevê a transição para as categorias de topo, mas indica que prevê a abertura de um procedimento concursal para as duas categorias de topo da carreira, “a concretizar em 2019”.

O diploma vai permitir que cerca de 5.500 profissionais passem a ter uma remuneração base de 1.201,48 euros, quando a remuneração mínima era de 1.020,06 euros.

“Este reposicionamento será faseado e estará concluído até 1 de setembro de 2019, representando um impacto financeiro anual de 7,5 milhões de euros”, indica a nota.

Com o diploma que foi no domingo promulgado pelo Presidente da República, cerca de 8.100 trabalhadores passam a integrar a carreira de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica.

"Permitirá que, 20 anos depois, a carreira dos TSDT seja reconhecida e equiparada à dos restantes licenciados da administração pública", indica a nota hoje divulgada.

Este decreto-lei, que foi aprovado há menos de duas semanas em Conselho de Ministros, tem sido contestado pelos sindicatos, que já anunciaram até uma greve e uma manifestação a realizar este mês, ainda dia marcado.

Os TSDT são um grupo profissional que abrange 18 profissões de saúde, como analistas clínicos, técnicos de radiologia ou fisioterapia.

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