Programa de Desfibrilhação Automática Ativo
O Metropolitanos de Lisboa anunciou hoje que 32 das suas estações estão equipadas com aparelhos de Desfibrilhação Automática...

Em comunicado, o Metro salientou que os 300 operacionais de Desfibrilhação Automática Externa (DAE) estão disponíveis sete dias por semana nas 32 estações, cada uma utilizada diariamente por, pelo menos, 10 mil passageiros.

A implementação deste programa teve início nas estações Colégio Militar e Jardim Zoológico, sendo, agora, alargado às restantes estações.

Na Linha Azul, são 10 as estações certificadas: Pontinha, Colégio Militar, Jardim Zoológico, São Sebastião I, Marquês de Pombal I, Avenida, Restauradores, Baixa-Chiado, Terreiro do Paço e Santa Apolónia;

Na Linha Amarela estão equipadas as estações de Odivelas, Senhor Roubado, Cidade Universitária, Entrecampos, Campo Pequeno, Saldanha I, Marquês de Pombal II e Rato.

Telheiras, Campo Grande, Alvalade, Alameda I, Anjos, Martim Moniz, Rossio e Cais do Sodré são as estações equipadas na Linha Verde.

Na Linha Vermelha têm desfibrilhadores as estações de Aeroporto, Moscavide, Oriente, Alameda II, Saldanha II e São Sebastião II.

Todas as estações certificadas estão devidamente identificadas através de sinalética específica.

A aquisição destes aparelhos ocorreu no âmbito do Programa de Desfibrilhação Automática Ativo (PADE) e depois de um processo de certificação junto do INEM.

Governo
A Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica vai ter uma resposta específica para mulheres com doenças mentais,...

Em comunicado, o gabinete da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa adianta que Maria Manuel Leitão Marques vai presidir à cerimónia de apresentação da Casa de Abrigo – Acolhimento Diferenciado para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica com Doença Mental, no auditório do Centro Hospitalar Tondela-Viseu.

Trata-se de um projeto piloto pioneiro em Portugal, que tem também o apoio da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, com capacidade para acolher dez mulheres que tenham um diagnóstico de patologia psiquiátrica normalizada e sem indicação de internamento.

Através desta casa de abrigo, as mulheres “vão ser apoiadas na construção do seu projeto de vida com vista à autonomização”.

De acordo com a informação do comunicado de imprensa, a criação desta resposta específica surge da constatação, por parte do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica do Distrito de Viseu, que atendeu 1.552 pessoas mos últimos dez anos, “da existência de um público-alvo com elevada prevalência de patologia psiquiátrica”.

A casa de abrigo vai ter uma equipa com médico psiquiatra e enfermeiro da área da saúde mental, no total de cinco técnicos, aos quais se somam mais oito auxiliares em regime de continuidade.

Para operacionalizar a intervenção especializada, foi assinado um protocolo entre a entidade gestora da casa de abrigo, a Casa do Povo de Abraveses, e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu para garantir uma articulação eficaz com as valências de psiquiatria, pedopsiquiatria, pediatria, sexologia e urgência.

Parlamento
O parlamento aprovou hoje, na generalidade, dois projetos de resolução apresentados por PSD e PAN que recomendam ao Governo um...

O projeto de resolução do PAN foi aprovado com a abstenção do PS e votos favoráveis das restantes bancadas, e o documento do PSD mereceu a abstenção de PS, BE, PCP e PEV.

Já o documento apresentado pelos sociais-democratas pede ao Governo que assegure até ao próximo ano o funcionamento “de, pelo menos, 1000 camas de cuidados paliativos”, e de “100 equipas comunitárias de suporte”.

O PSD preconiza também um aumento dos “recursos humanos na área dos cuidados paliativos, em especial no que se refere a médicos e enfermeiros”, e uma maior formação nesta área, “no sentido de melhorar as práticas clínicas, humanizado a assistência aos doentes e assegurando-lhes a melhor qualidade de vida possível”.

O projeto de resolução apresentado pelo PAN recomenda ao Governo um reforço dos recursos humanos, e maior “formação de todos os profissionais de saúde em cuidados paliativos, nomeadamente na formação pré-graduada, considerando esta como uma componente essencial da formação básica destes profissionais”.

O deputado André Silva quer também que haja uma aposta “na criação de serviços de cuidados paliativos pediátricos com forte apoio domiciliário”, e um “reforço das equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos, assegurando a prestação destes no domicílio, por forma a atingir o rácio de uma equipa por 100 mil habitantes”.

PAN e PSD pedem ainda uma avaliação do funcionamento das Unidades de Cuidados Paliativos e das equipas intra-hospitalares, e um reforço dos gabinetes de apoio no luto e apoio psicológico.

Ambos os documentos pedem também a aprovação do estatuto do cuidador informal.

Na área, foi ainda aprovada por unanimidade uma resolução do CDS-PP que recomenda ao Governo que promova uma campanha informativa de divulgação e incentivo ao registo do Testamento Vital, nos principais meios de comunicação social e em todos os serviços públicos com locais de atendimento, incluindo autarquias.

Também aprovado foi o projeto de resolução do PSD que recomenda ao Governo que “conclua rapidamente o processo negocial da carreira de técnico superior de diagnóstico e terapêutica”, com os sociais-democratas a pedirem ao executivo que “honre compromissos assumidos em novembro de 2017”.

A recomendação do PSD teve votos contra do PS e do deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira, votos favoráveis de CDS e PAN – além dos sociais-democratas - e abstenção das restantes bancadas.

Igualmente aprovado, por unanimidade, foi um projeto de resolução do PAN que pede ao Governo que defina um organismo independente (existente ou novo) para regular o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde e promova a criação de uma estratégia para os recursos humanos em saúde em Portugal.

O PAN pediu que baixasse à especialidade por 60 dias, sem votação, um projeto-lei seu que pretende regulamentar a profissão dos Técnicos Auxiliares de Saúde.

Estudo
Quase metade dos estudantes universitários de Coimbra que participaram num inquérito sobre dádiva de sangue afirmam que não dão...

De 491 estudantes que responderam ao inquérito, apenas 16,5% afirmaram terem já feito pelo menos uma dádiva de sangue, sendo que uma das razões apontadas pelos inquiridos para não dar sangue foi o medo (44,9%), conclui o artigo científico "Jovens e Saudáveis mas Relutantes em Doar Sangue", publicado em dezembro de 2018 na revista "Notas Económicas" da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), que resultou de uma tese de mestrado de Tiago Henriques.

Questionados sobre as razões para não darem sangue, os estudantes inquiridos justificaram ainda a opção com indisponibilidade (51,2%) e o facto de nunca terem pensado no assunto (52,9%), conclui o estudo.

Cerca de 44% dos alunos não dadores também referiram que pensavam que havia dadores suficientes e que a sua contribuição seria dispensável.

Apesar de um baixo número de estudantes dadores no inquérito, mais de metade (55,8%) tinham ouvido falar de campanhas de dádiva nos meses prévios ao inquérito.

O número baixo de estudantes universitários que participam em dádivas de sangue "não surpreende", sendo que a percentagem de dadores jovens nos países desenvolvidos "é mais baixa, comparada com as faixas etárias mais avançadas", disse à agência Lusa a coautora do artigo e orientadora da tese de mestrado, Carlota Quintal.

Segundo a docente da FEUC, os resultados do inquérito também sugerem que os estudantes que estão envolvidos em atividades de voluntariado e associações, e que votaram nas últimas eleições, apresentam uma maior probabilidade de terem sido dadores.

Para Carlota Quintal, os jovens continuam a ter "muitos receios relativamente às agulhas e ao sangue" e é necessário refletir sobre as imagens usadas nas campanhas dirigidas a este grupo etário.

"Alguns não entendem [a dádiva] como uma responsabilidade deles e acham que já existem pessoas suficientes a dar e que não são necessários", constata, considerando que as campanhas deveriam "aumentar a consciência" de que também são precisos, já que a grande maioria dos inquiridos confia na segurança do processo de dádiva de sangue.

A docente da FEUC refere ainda que as entidades de voluntariado e associações ligadas aos jovens devem funcionar como uma espécie de intermediários nas campanhas de dádiva de sangue.

Greve dos enfermeiros
A greve dos enfermeiros aos blocos cirúrgicos que começou na quinta-feira está hoje com uma adesão quase total, com as salas...

Em declarações, Lúcia Leite, da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), um dos dois sindicatos que convocou a greve, no primeiro dia de paralisação disse que foram adiadas mais de 300 cirurgias.

“A adesão à greve é quase total”, disse Lúcia Leite, acrescentando que em apenas “uma ou outra instituição tem enfermeiros que não estão em greve”.

“Como do ponto de vista legal quem assume os serviços mínimos primeiro são os não grevistas e só depois os grevistas, neste momento todos os serviços estão a trabalhar em serviços mínimos”, explicou.

Lúcia Leite anunciou ainda que a associação sindical vai a partir de sábado passar a divulgar o número de cirurgias realizadas, e não o de adiadas.

A greve dos enfermeiros nos blocos cirúrgicos de sete centros hospitalares começou na quinta-feira e prologa-se até 28 de fevereiro, após as negociações entre as estruturas sindicais e Governo terem terminado na quarta-feira de forma inconclusiva.

Trata-se da segunda “greve cirúrgica”, como tem sido denominada pelos profissionais, depois de uma primeira paralisação idêntica em cinco grandes hospitais, que durou de 22 de novembro a 31 de dezembro e levou ao cancelamento ou adiamento de quase oito mil cirurgias.

A paralisação que arrancou na quinta-feira foi convocada pela ASPE e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) e prevê abranger sete centros hospitalares: São João e Centro Hospitalar do Porto, Centro de Entre Douro e Vouga, Gaia/Espinho, Tondela/Viseu, Braga e Garcia de Orta.

À semelhança da última paralisação, a greve será apoiada por um fundo recolhido numa plataforma ‘online” e que angariou mais de 420 mil euros.

Serviço de urgência
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (OM) denunciou hoje que o serviço de urgência do Hospital de Santo André, em...

Numa nota, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (OM) considerou que é uma "calamidade aquilo que está a assolar o serviço de urgência do Hospital de Santo André", de tal forma que está "à beira da rutura".

"Sem outra alternativa, os doentes são colocados na sala de espera sem as mínimas condições" e "muitos outros nem em 12 horas são atendidos".

Segundo a nota, "os casos são de tal forma graves que estão a chegar à Ordem dos Médicos várias dezenas de declarações de responsabilidades em que os médicos denunciam, com detalhe, as situações de extrema gravidade".

"Na especialidade de Medicina Interna, por exemplo, a Ordem dos Médicos já recebeu mais de 50 declarações. Exigimos medidas concretas ao Ministério da Saúde para sanar esta calamidade. São necessários mais recursos humanos, mais condições para a Urgência", apelou o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, citado no comunicado.

Nas situações reportadas, referiu a Ordem, no mês de janeiro, "há casos em que três especialistas e dois médicos internos de Medicina Interna recebem, na passagem do turno da urgência, mais de 80 doentes, muitos dos quais sem avaliação médica durante mais de 12 horas, tal a avalanche de doentes e os desajustados recursos humanos".

"Mais grave ainda é que, nestes casos, a mesma equipa médica está também de apoio aos doentes internados da Medicina Interna e apoio a todas as urgências das restantes especialidades do internamento (excetuando Pediatria)".

"Por não estarem asseguradas as condições mínimas de acolhimento aos doentes no serviço de Urgência do Hospital de Santo André", a Ordem exige ao Ministério da Saúde "que possa adequar a estrutura do hospital à sua área de influência e que atribua os recursos humanos e financeiros à verdadeira realidade desta instituição vital para a região".

"Se nada for feito, a cada dia, é mais um acumular de riscos para os doentes", reiterou Carlos Cortes.

Carlos Cortes adiantou que "todos os casos que estão a chegar à Ordem dos Médicos são do conhecimento do Conselho de Administração e da Direção Clínica do Centro Hospitalar de Leiria".

"Esta situação está a passar a linha vermelha, há camas e macas por todo o lado, é desumano o que está a acontecer no Hospital de Santo André", denunciou.

Carlos Cortes lamentou ainda que os "profissionais de saúde não tenham condições para praticarem cuidados de saúde adequados aos doentes e em total segurança".

"Esta é a razão pela qual entregaram as declarações de responsabilidade. Apesar de todas as dificuldades, têm dados provas de atos de heroísmo permanentes".

Serra da Arrábida
A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal organiza, no dia 3 de fevereiro, com início às 8h00, na Serra da Arrábida, a...

O encontro está marcado no estacionamento do farol do Cabo Espichel. Os caminheiros serão desafiados a percorrer a distância de 8km, num percurso com grau de dificuldade 4 (numa escala de 1 a 5), onde poderão observar a fauna e flora de uma das mais bonitas serras de Portugal.

Esta é a primeira caminhada de 2019 organizada pela Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) no âmbito da iniciativa “Caminhar com Diabetes”, que pretende juntar todas as pessoas para caminhar uma vez por mês. Estas caminhadas abertas a toda a população são uma oportunidade para promover a saúde, prevenir a diabetes tipo 2 e, claro, incentivar o convívio e a partilha de experiências entre jovens que vivem com diabetes e as suas famílias.

Para Paula Klose, presidente da AJDP, “estas caminhadas vêm provar que a diabetes não nos impede de fazermos o que mais gostamos e que, com um estilo de vida saudável e ativo, todos os obstáculos são ultrapassáveis”.

A participação na caminhada tem o valor de 2 euros (para o seguro) e a inscrição deve ser feita por e-mail ([email protected]) ou por telefone (966 228 860), indicando o nome, número de acompanhantes e contactos. A organização aconselha os participantes a levar roupa prática e ténis confortáveis para a caminhada, assim como um almoço volante e um lanche para a manhã. Para todos os participantes que vivem com diabetes é importante irem prevenidos com um kit para hipoglicémias (sumo, açúcar ou bolachas) e o material para o controlo da diabetes.

Caixa Geral de Aposentações
Esta mudança deverá ficar operacional até ao final do primeiro trimestre do ano e integra-se num processo de digitalização dos...

A medida permitirá agilizar e encurtar os tempos dos processos de verificação de incapacidade e, consequentemente, de atribuição das pensões por invalidez

A Caixa Geral de Aposentações (CGA) vai passar, até ao final do primeiro trimestre, a convocar por SMS os funcionários públicos que necessitam de ir a juntas médicas, escreve o Observador.

Esta mudança na forma de realizar as convocatórias deverá ficar operacional até ao final do primeiro trimestre deste ano, segundo referiu Vasco Costa, diretor Central da CGA, e integra-se num processo de digitalização dos serviços desta Caixa. A medida permitirá agilizar e encurtar os tempos dos processos de verificação de incapacidade e, consequentemente, de atribuição das pensões por invalidez.

Outra das ferramentas integradas neste processo de digitalização é o novo simulador de pensões da CGA, que está disponível a partir desta sexta-feira para os funcionários públicos que entraram na administração pública até 31 de gosto de 1993.

O simulador será apresentado esta sexta-feira oficialmente numa cerimónia que contará com a presença do ministro do Trabalho, da Solidariedade e Segurança social, Vieira da Silva, e da secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim.

Para se poder usar este simulador é necessário estar registado na CGA Direta. Vasco Costa precisou que atualmente há cerca de 250 mil registos, mas admite-se que a maior parte sejam de pensionistas, uma vez que este é um passo necessário para que possam aceder ao recibo da sua pensão.

Espera-se, por isso, que os pedidos de registo na CGA Direta aumentem nestas próximas semanas já que o universo de trabalhadores que, numa primeira fase, poderá usar o simulador para calcular o valor da sua pensão e o momento a partir do qual tem direito à pensão completa supera os 200 mil.

Estudo
Um estudo publicado na revista "Nature" revelou que a genética determina se existe ou não a capacidade de os...

A investigação liderada pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, e pelo Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, analisou o funcionamento do relógio biológico humano a partir da análise genética de enormes bancos de dados.

Os especialistas relacionaram ainda a qualidade do bom despertar com a saúde mental e outras doenças, escreve o Sapo. Curiosamente não encontraram relações estatisticamente significativas com patologias crónicas como a obesidade, lê-se no estudo.

A investigação publicada na revista Nature destacou o papel que a retina desempenha no organismo ao controlar os ritmos circadianos. Por ouro lado, a análise aumenta o número de áreas do genoma que influenciam essa disposição genética.

Notívago ou diurno?
"Este trabalho expõe um grande número de genes que pode ser estudado mais detalhadamente para entender como diferentes pessoas podem ter diferentes relógios biológicos", resumiu em comunicado Mike Weedon, da Escola de Medicina da Universidade Exeter.

A grande quantidade de indivíduos envolvidos no estudo deu, segundo Weedon, "provas mais claras" sobre as pessoas notívagas terem "um risco maior de ter doenças mentais".

No total, foram analisados os genomas de 250 mil indivíduos de uma base de dados dos Estados Unidos e de 450 mil pessoas de uma base do Reino Unido.

Os especialistas tentaram identificar que genes tinham em comum e como isso poderia influenciar padrões de sono, ao mesmo tempo que contrastaram essa informação com dados de outros 85 mil indivíduos controlados por uma pulseira de atividade. Os cientistas conseguiram observar que algumas variantes genéticas identificadas podem modificar em até 25 minutos a hora em que uma pessoa acorda de maneira natural, o que poderá influenciar a produtividade da mesma.

Entre as regiões genómicas identificadas estão aquelas que influenciam os nossos relógios corporais, conhecidos como "ritmos circadianos", nas quais também detetaram a presença de genes expressados no cérebro e no tecido retinal do olho.

O ciclo do relógio biológico, de acordo com os cientistas, é ligeiramente mais longo do que o diário de 24 horas e por isso, as conexões do tecido ocular explicam como o cérebro deteta a luz para reiniciar esse relógio todos dias, sincronizando-o com o ciclo diário. Os funcionamento do relógio biológico humano, conforme o estudo, é influenciado pelos genes e pelo nosso estilo de vida, como alimentação, exposição à luz artificial, trabalho e atividade física.

"O nosso trabalho indica que, em parte, os motivos pelos quais algumas pessoas estão mais dispostas a acordar cedo e outras são mais noturnas se devem às diferenças que existem entre a maneira com que os nossos cérebros reagem aos sinais da luz externa e ao funcionamento normal dos nossos relógios internos", disse Samuel E. Jones, da Universidade de Exeter. E essa resposta está codificada no ADN.

Segundo ele, estas pequenas diferenças poderiam ter "efeitos significativos" na capacidade dos nossos relógios biológicos "controlarem o tempo eficazmente", o que "poderia alterar os riscos associados às doenças e transtornos mentais", à produtividade e à eficácia.

Estudo
Segundo uma nova meta-análise divulgada ontem pela publicação especializada The BMJ, que reúne informações de 13 investigações,...

Afinal, o pequeno-almoço não é a refeição mais importante do dia. De acordo com uma nova meta-análise divulgada ontem online pela publicação especializada The BMJ, um documento que reúne informações de 13 investigações internacionais, a primeira pausa alimentar da manhã não deve ser saltada nem menosprezada, mas pode estar a ser sobrevalorizada por nutricionistas, dietistas, médicos e especialistas.

Segundo o relatório que sintetiza as conclusões, escreve o Sapo, não está cientificamente comprovado que tomar o pequeno-almoço melhore o funcionamento do metabolismo ao longo do dia ou facilite a perda de peso, como muitos profissionais de saúde defendem. Num estudo que avaliou dois grupos de voluntários, os investigadores concluíram que os que não falhavam a primeira refeição do dia ingeriam, em média, mais 260 calorias.

E pesavam mais 440 gramas. "Apesar de, ingerido com regularidade, poder ter outros efeitos importantes, como o aumento dos níveis de atenção e de concentração na infância, há que ter cuidado quando se recomenda aos adultos que andam a fazer dieta que tomem o pequeno-almoço, uma vez que [tomá-lo] pode ter o efeito contrário", assegura o documento. Levada a cabo pelos investigadores Katherine Sievert, Sultana Monira Hussain, Matthew J. Page, Yuanyuan Wang, Harrison J. Hughes, Mary Maleke e Flavia M. Cicuttini.

Tim Spector, professor de epidemiologia genética do King's College London, já analisou o novo estudo. "As pessoas que não tomam o pequeno-almoço tendem a ser mais pobres, menos educadas, menos saudáveis e, de um modo geral, alimentam-se pior", escreveu o docente num artigo de opinião no The BMJ. "Um terço dos habitantes dos países desenvolvidos falha regularmente o pequeno-almoço. Eu sou um deles", admite.

Alguns dos estudos internacionais analisados sugerem ainda que ir para a cama de barriga cheia também não é bom. A ingestão excessiva de calorias ao jantar é, assim, desaconselhada pelos autores da nova investigação. "Algumas pessoas estão [naturalmente] programadas para preferir comer mais cedo e outras para o fazer mais tarde, o que torna o nosso metabolismo pessoal único", defende, no entanto, Tim Spector.

Universidade do Minho
Portugal surge em 24ª posição no novo 'ranking' coordenado pela Universidade do Minho que avalia a qualidade de 110...

Em comunicado, a Universidade do Minho (UMinho) explica que o “World State of Quality” (WSQ) surgiu no seguimento de um projeto-piloto elaborado há três anos junto dos 28 países da União Europeia.

Segundo a instituição, escreve o Sapo, o ranking deve “ser encarado como uma ferramenta que permite identificar áreas de melhoria, ajudando os governos e as organizações na definição de políticas e estratégias capazes de aumentar o nível de qualidade dos países e, por conseguinte, o bem-estar das pessoas”.

110 países em análise
O novo ‘ranking’ avalia a qualidade de 110 países em vários domínios, estando na base da classificação a avaliação da taxa de desemprego, da felicidade, da inovação, da facilidade em fazer negócios, da pegada ecológica, do bem-estar ambiental, da distribuição dos rendimentos e do Produto Interno Bruto.

Outras das áreas avaliadas são a competitividade, mortalidade infantil, esperança média de vida, educação, além do número de universidades em rankings internacionais, artigos sobre qualidade publicados em revistas conceituadas, organizações com certificação IS0 9001 e membros da International Academy for Quality (IAQ).

Dia Mundial da Luta Contra o Cancro assinala-se a 4 de fevereiro
Um quarto da população portuguesa está em risco de desenvolver cancro até aos 75 anos e 10% corre ri

4 de fevereiro, Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, é um dia de reflexão em que devemos fazer um balanço da batalha que temos estado a travar há décadas contra o flagelo das doenças oncológicas.

O número de novos doentes não para de aumentar e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um quarto da população portuguesa está em risco de desenvolver cancro até aos 75 anos e 10% corre risco de morrer desta doença. Felizmente, a sobrevivência também está aumentar, muito graças à determinação dos profissionais de saúde e investigadores que trabalham com novas ferramentas para combater o cancro, quase sempre direcionadas para a oncologia de precisão.

Por exemplo: há poucos dias realizou-se em Santiago de Compostela, Galiza, o IV Simpósio sobre Biópsia Líquida, que contou com a presença de mais de 350 oncologistas de todo o mundo e no qual a OncoDNA esteve presente. Esta técnica revolucionária e minimamente invasiva (semelhante a um exame de sangue) pr

oporciona aos especialistas informações concretas sobre a evolução do tumor, bem como informação sobre as respetivas alterações genéticas. O objetivo último é poder dar um tratamento mais personalizado e preciso, adaptando-o às necessidades do doente em qualquer fase da terapia oncológica.

Junto com a imunoterapia esta ferramenta de diagnóstico está a revolucionar a oncologia médica, servindo para melhorar o prognóstico de doentes com diferentes tipologias de cancro, como cólon, melanoma, próstata, pulmão ou mama.

Da mesma forma que as aplicações da biópsia líquida estão a aumentar, as possibilidades de análise genómica às amostras de tecido que são extraídas de um tumor também crescem. A leitura do ADN dos genes envolvidos na doença oncológica está cada vez mais presente na prática clínica e é extremamente útil para o oncologista saber o que tem à sua frente, como tratar esse cancro e a possível resistência terapêutica que será encontrada durante o tratamento.

Nesse sentido, o papel dos imunogramas é decisivo para se prever se um doente responderá ou não à imunoterapia. Modelos como o da OncoDNA são capazes de analisar vários biomarcadores, como por exemplo, os níveis de expressão de PD-L1 e CD8 nos linfócitos, a carga mutacional do tumor, a instabilidade dos microssatélites ou a presença de mutações associadas à resistência ou sensibilidade a este tipo de tratamento.

Outros avanços

Além dessas técnicas, que já são uma realidade no quotidiano do oncologista, estão a surgir, com cada vez mais frequência, dados de investigações e ensaios sobre o que poderá vir a ser o futuro a médio prazo. Como exemplo temos a terapia capaz de prevenir a formação de metástases e que está a ser investigada por um grupo de trabalho multidisciplinar do Hospital Universitário de Basileia, Suíça. Nesta investigação, recentemente publicada pela revista Cell, foi detetada uma substância que suprime a disseminação de células cancerígenas malignas.

Devemos ainda lembrar-nos da recente investigação sobre células T com recetores de antígeno quiméricos. Este tratamento é mais conhecido como Célula CAR-T, de administração única, e é projetado individualmente para cada doente, modificando geneticamente os seus linfócitos T.

Também vimos no final do ano passado como o Hospital Universitário Vall d'Hebrón (Barcelona) usou uma técnica pioneira, ainda sob investigação, para travar o cancro pancreático avançado, o pior prognóstico que existe nos nossos dias. Enquadrado no ensaio clínico Pelican, esta técnica consiste em puncionar o tumor com uma agulha que queima e destrói as células cancerosas.

Estamos conscientes de que ainda temos muitos anos para conseguir que esta doença seja apenas uma má recordação em todas as suas formas e diversidades. Mas estamos no caminho certo, se continuarmos no caminho da investigação e da inovação vamos ganhar. Pouco a pouco, vamos superar não só uma batalha, mas a guerra contra o cancro.

Adriana Terrádez
Diretora Geral da OncoDNA para Espanha e Portugal

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Infarmed vai fornecer informação específica
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde vai ter uma página especial com informação sobre a canábis medicinal,...

Fonte da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) disse que a entrada em vigor da lei não vai, em termos práticos, ter grande repercussão, e acrescentou que a Autoridade Nacional do Medicamento não recebeu ainda qualquer pedido para analisar um produto com vista a ser colocado no mercado.

O Infarmed vai a partir de agora, disse a mesma fonte, ter na página oficial informação específica sobre a canábis para fins medicinais.

A legalização do uso de canábis para fins medicinais foi aprovada em junho de 2018 e a regulamentação foi publicada em Diário da República no passado dia 15.

A regulamentação estabelece que o cultivo, fabrico e comércio da canábis para fins medicinais só pode ser feito depois de autorização do Infarmed, que deve ser atualizada todos os anos.

Estabelece também que os produtos à base de plantas de canábis só podem ser vendidos através de prescrição médica, e que as entidades que tiverem autorização para o cultivo, o fabrico, comercialização ou importação de medicamentos à base da planta de canábis devem renovar o pedido de autorização todos os anos.

Para introdução no mercado das substâncias à base de canábis é necessária uma autorização de colocação no mercado, que deve ser requerida ao Infarmed.

Fonte do Infarmed ouvida pela Lusa salientou que “hoje pouca coisa muda” e lembrou que é o Infarmed que vai receber os dossiers de entidades que queiram submeter medicamentos com um valor terapêutico acrescentado, para serem comercializados, sendo que até agora não foi submetido qualquer pedido.

Governo
O Presidente da República vetou ontem o diploma do Governo que procede ao reconhecimento de interesse público da Escola...

Numa nota publicada no portal da Presidência da República na internet, Marcelo Rebelo de Sousa refere que "as ordens profissionais competentes não aprovam o ensino de terapêuticas não convencionais, por não haver validade cientificamente comprovada, mais sublinhando os recuos nesta matéria em países onde o seu ensino tinha sido liberalizado".

"Em Portugal apenas foram autorizados cursos públicos deste tipo em dois politécnicos, mas a título experimental e temporário, tendo sido recusados a outras universidades privadas", acrescenta.

O chefe de Estado considera que se verifica uma "ausência de garantias de futuro reconhecimento profissional" e conclui que, "neste momento, não há condições para a sua aprovação".

Marcelo Rebelo de Sousa devolve, por isso, ao executivo, sem promulgação, "o diploma que procede ao reconhecimento de interesse público da Escola Superior de Terapêuticas Não Convencionais", aprovado em Conselho de Ministros no dia 08 de novembro.

O comunicado dessa reunião do Conselho de Ministros dá conta da aprovação de um "decreto-lei que procede ao reconhecimento de interesse público de três instituições de ensino superior privadas" que, "são, assim, integradas no sistema de ensino superior": a Escola Superior de Saúde Atlântica, a Escola Superior de Terapêuticas não Convencionais e o Instituto Politécnico Jean Piaget Sul.

Este é o décimo segundo diploma vetado por Marcelo Rebelo de Sousa desde que assumiu as funções de Presidente da República, em 09 de março de 2016, e o quarto do Governo.

Proteção e saúde animal
Os presidentes de câmara podem autorizar alojamentos para reprodução e criação de animais potencialmente perigosos ou verificar...

O decreto-lei 20/2019, publicado na quarta-feira em Diário da República, concretiza a transferência de competências para os órgãos municipais nos domínios da proteção e saúde animal e da segurança dos alimentos.

Na proteção e saúde animal, as competências a transferir repartem-se nas que dizem respeito aos animais de companhia ou de produção.

Os autarcas passam a autorizar os centros de recolha e alojamento para hospedagem de animais de companhia, bem como “os alojamentos para hospedagem com fins lucrativos destinados à reprodução e criação de animais potencialmente perigosos”.

As autorizações para a realização de concursos e exposições, detenção de animais de companhia em prédios urbanos e a “promoção de ações ou campanhas públicas de profilaxia médica e sanitária e combate a zoonoses” também serão transferidas.

Nos animais de produção, são transferidas competências para o presidente da câmara no âmbito do regime de exercício da atividade pecuária, quando “estejam em causa as explorações da classe 3 e a detenção caseira”, áreas em que o diploma salienta que “a proximidade com o órgão decisor resulta em evidentes ganhos de eficiência”.

Na segurança dos alimentos figuram “a verificação das condições hígio-sanitárias dos estabelecimentos industriais que explorem atividades agroalimentares, que utilizem matéria-prima de origem animal não transformada” ou atividades que envolvam manipulação de subprodutos de origem animal ou de fabrico de alimentos para animais.

Os municípios passam a realizar controlos oficiais, tanto nos estabelecimentos sujeitos ao Sistema da Indústria Responsável (SIR), quando a câmara é a entidade coordenadora, incluindo a inspeção sanitária nos estabelecimentos de abate, como nos estabelecimentos cuja atividade requer parecer da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

Ao médico veterinário municipal caberá assegurar a efetivação das competências transferidas, nos setores da proteção e saúde animal e da segurança dos alimentos, mas também assumir-se como “expressão local da Autoridade Veterinária Nacional”.

“O médico veterinário municipal, sempre que desempenhar funções no âmbito dos controlos oficiais, assumirá a qualidade de médico veterinário oficial, devidamente habilitado por despacho do diretor-geral de Alimentação e Veterinária”, determina-se no diploma.

Entre as diversas competências confiadas ao presidente de câmara está a execução dos “controlos aos estabelecimentos de distribuição e venda de carnes e seus produtos”, sem prejuízo das competências atribuídas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

A autorização para detenção de animais de companhia em prédios urbanos em número superior a três cães e quatro gatos adultos por cada fogo, ou até ao máximo de seis animais adultos, será regulada nos termos legais e mediante parecer vinculativo do médico veterinário e delegado de saúde.

Além da fixação do valor das taxas pela prestação de vários serviços, os municípios ficarão também, no todo ou em parte, com o produto de coimas de processos contraordenacionais instaurados em diversas áreas da sua atuação.

Uma comissão de acompanhamento, composta por representantes governamentais das áreas da alimentação e veterinária, autarquias locais e finanças e da Associação Nacional de Municípios Portugueses, avaliará a evolução do exercício das competências transferidas.

No âmbito da transferência de competências de forma gradual até 2021, altura em que se tornam efetivas, os municípios que não pretendam assumir as competências em 2019 devem comunicar à Direção-Geral das Autarquias Locais, após prévia deliberação dos seus órgãos, até 60 dias corridos após entrada em vigor do decreto-lei, contados a partir de hoje.

A publicação na quarta-feira dos decretos setoriais da educação, da saúde, da cultura e da proteção animal e segurança alimentar elevou para 15 os diplomas já publicados, de um total de 21 aprovados pelo Governo, faltando o das novas atribuições das freguesias.

Greve dos enfermeiros
O Ministério da Saúde esclareceu ontem, que a requisição civil é uma das possibilidades a ser avaliada como forma de travar a...

Questionado a propósito da entrevista da ministra da Saúde, Marta Temido, à RTP na quarta-feira na qual a governante admitiu equacionar meios jurídicos para combater a nova greve dos enfermeiros nos blocos operatórios, o Ministério da Saúde (MS) adiantou que os referidos meios jurídicos podem passar por uma requisição civil.

A hipótese de recorrer à requisição civil vinha a ser afastada por Marta Temido, que a considera uma “opção extrema” e que só se usa quando não há cumprimento de serviços mínimos.

Na entrevista à RTP, Marta Temido foi confrontada com a greve dos enfermeiros nos blocos cirúrgicos de sete centros hospitalares, que ontem começou e que se prolonga até 28 de fevereiro, após as negociações com as estruturas sindicais terem terminado na quarta-feira de forma inconclusiva.

Questionada sobre a possibilidade de uma requisição civil, a ministra afirmou que, na atual lei da greve, essa solução não é possível se estiverem a ser cumpridos os serviços mínimos, mas advertiu para um “aspeto absolutamente incomum”, que é a duração da greve e para os serviços em causa, que merecem “serviços máximos”.

Marta Temido admitiu, sem detalhes, “equacionar outras alternativas de resposta e, eventualmente, meios de reação jurídicos” em relação a esta nova greve, que replica o modelo de uma paralisação de enfermeiros que decorreu no final do ano passado.

“Em última instância, esta greve, que já enfrentámos antes e que nos preparamos para enfrentar outra vez, convoca para uma reflexão sobre questões éticas, deontológicas e sobre o exercício do direito à greve”, observou, ressalvando que não está em causa a legitimidade das reivindicações.

A outra possibilidade de recurso a meios jurídicos apontada pela tutela, é a análise pelo Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República “do exercício do direito à greve e licitude do financiamento colaborativo, entre outras questões relacionadas com a greve em causa”.

Sobre a diferença nos números relativa ao impacto da subida do salário no escalão base da carreira dos enfermeiros de 1.200 euros brutos para os 1.600 euros reivindicados pelos sindicatos, o MS reiterou as suas contas, afirmando que o custo é de 216 milhões de euros, e não os 120 milhões de euros apontados pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco.

“Este cálculo teve em conta o número de enfermeiros que à data da análise (janeiro de 2019) auferiam remuneração compreendida entre 1201,48 euros e 1613,42 euros. Neste sentido, atendendo ao diferencial encontrado, multiplicado por 14 meses e com encargos sociais incluídos, a estimativa corresponde efetivamente a 216 milhões”, defendeu a tutela.

Segundo a Ordem, esse valor dirá respeito a aumentos de salários nas várias categorias, sendo que o aumento do salário base no início de carreira significaria um impacto de 120 milhões de euros.

DGS
A Direção-Geral da Saúde justificou a mortalidade com valores acima do esperado em janeiro, apesar da intensidade moderada da...

De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), que deu ontem uma conferência de imprensa com outras entidades do setor da saúde, durante o mês de janeiro até quarta-feira, dia 30, houve 12.380 óbitos, mais 660 mortes face à média do mês de janeiro dos últimos cinco anos.

O boletim semanal da gripe, ontem divulgado, revela que, na semana passada, a atividade gripal voltou a ter uma intensidade moderada, com tendência para crescer, e mortalidade "por todas as causas" com valores acima do esperado.

A diretora-geral da Saúde, Graça Feitas, explicou que janeiro, por regra, é o mês do ano em que "ocorre mais frio" e circulam mais vírus respiratórios, não só o da gripe, mas outros.

Graça Freitas esclareceu que a mortalidade "por todas as causas" tem valores acima do esperado, apesar da intensidade moderada da gripe, devido aos "dias extremamente frios" que ocorreram em janeiro.

"Mesmo na ausência de atividade gripal, o frio é fator de morte, de descompensação", disse a diretora-geral da Saúde, assinalando que são os idosos e com doenças crónicas os mais atingidos.

Apesar da "forte pressão" sobre os serviços de saúde, incluindo urgências de hospitais, a DGS considera que têm conseguido, "de um modo geral", dar resposta.

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a atividade gripal vai continuar "nas próximas semanas".

Parlamento
Os partidos com assento parlamentar concordaram ontem com a criação de uma carreira de técnicos auxiliares de saúde, apoiando...

A petição foi debatida ao mesmo tempo que um projeto de lei do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) que cria a carreira de técnico auxiliar de saúde (ou auxiliar de ação médica), tendo o Bloco de Esquerda anunciado que também já apresentou um projeto de lei nesse sentido.

No plenário o PCP a anunciou também que entregou outra iniciativa que propõe ao Governo que diligencie no sentido da criação de carreiras na administração pública, incluindo a de auxiliar de ação médica.

O PS disse acompanhar as pretensões dos peticionários e que reconhece a especificidade da carreira, acrescentando que o Governo tem feito ações concretas na defesa desses profissionais.

Na semana passada os auxiliares de ação médica fizeram uma greve e uma concentração, em protesto por não terem uma carreira específica e exigindo a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde.

Segundo o sindicato do setor são cerca de 30 mil os profissionais com funções de auxiliar de ação médica, depois de há 10 anos a carreira ter sido extinta.

Em 2008 a categoria de auxiliar de ação médica foi incluída nas carreiras gerais do Estado com o nome de Assistente Operacional.

Ontem, no plenário da Assembleia da República, André Silva, do PAN, disse ao apresentar o projeto de lei que é necessário valorizar e dignificar os profissionais que representam 20% do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no que foi secundado por Moisés Ferreira, do BE, que disse que sem os técnicos auxiliares de saúde o SNS não funciona e nem se fazem cirurgias.

“São profissionais de saúde e por isso devem ter uma carreira que reconheça a especificidade do seu trabalho”, disse o deputado, quando referiu que o partido apresentou também já um projeto de lei para criar a carreira.

Teresa Caeiro, do CDS-PP, disse que o partido reconhece “a relevância dos técnicos auxiliares de saúde” e que “regulamentar a profissão é fundamental”, concluindo que a iniciativa do PAN deve ser trabalhada “em sede de especialidade”.

Miguel Santos, pelo PSD, disse também que se justifica a existência de uma carreira própria, que os profissionais já tiveram.

Greve dos enfermeiros
A greve dos enfermeiros nos blocos cirúrgicos que começou ontem obrigou ao adiamento de pelo menos 261 cirurgias marcadas para...

De acordo com a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), no Hospital de Braga, durante o período da manhã foram canceladas 36 cirurgias, já no Centro Hospital do Porto a greve obrigou ao adiamento de 54 cirurgias.

Já no Centro Hospitalar Gaia/Espinho, foram adiadas 52 cirurgias, um número bastante superior ao registado no Centro Hospitalar de entre Douro e Vouga onde foram canceladas 23 cirurgias.

O Centro Hospitalar São João foi a unidade de saúde onde, de acordo com os dados provisórios da ASPE, o impacto da greve dos enfermeiros nos blocos cirúrgicos foi maior.

Segundo a mesma fonte, só durante o período da manhã, foram canceladas 96 cirurgias.

A greve dos enfermeiros em blocos operatórios de sete hospitais públicos arrancou ontem, estendendo-se até ao final de fevereiro, tendo sido convocada pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor).

A greve abrange sete centros hospitalares: São João e Centro Hospitalar do Porto, Centro de Entre Douro e Vouga, Gaia/Espinho, Tondela/Viseu, Braga e Garcia de Orta.

No final da semana passada o Sindepor lançou um novo pré-aviso para alargar a greve a mais três centros hospitalares entre 08 e 28 de fevereiro: Centro Hospitalar de Coimbra, Centro Hospitalar Lisboa Norte e Centro Hospitalar de Setúbal.

Segundo os presidentes da ASPE e do Sindepor, os principais pontos que separam o Governo e os sindicatos e que não permitiram consenso nas negociações são o descongelamento das progressões na carreira e o aumento do salário base dos enfermeiros.

Comissão de Saúde
A Comissão de Saúde do parlamento da Madeira vai preparar um relatório sobre a ictioterapia - tratamento de pele com recurso a...

"É coisa rara vermos petições públicas, é sempre de louvar esta participação cívica", disse o presidente da Comissão de Saúde e Assuntos Sociais, João Paulo Marques, após uma audição com o primeiro subscritor do documento, designado "Para que a Assembleia Legislativa da Madeira recomende ao Governo da República que torne as diligências necessárias para o reconhecimento da ictioterapia como medicina complementar".

O impulsionador da petição, João Abel Gonçalves, iniciou a atividade há cinco anos e hoje explicou aos deputados que esta é a primeira iniciativa ao nível nacional para que a ictioterapia obtenha o reconhecimento do Estado.

Como argumentos de defesa, indicou o contributo que a terapia pode dar para "aliviar" o sistema regional de saúde, para complementar a medicina convencional e, por outro lado, para potenciar o turismo de saúde.

João Abel Gonçalves disse, a propósito, a que ictioperatia é particularmente eficaz no tratamento da psoríase, uma dermatose que afeta 2,2 milhões de pessoas no Reino Unido, um dos principais mercados emissores de turismo para a Madeira.

Em Portugal, a doença afeta cerca de 200 mil pessoas.

"Em cinco anos de atividade já tive resultados que mais parecem milagres", garantiu o primeiro subscritor da petição, vincando que o tratamento não tem quaisquer contraindicações.

A ictioterapia recorre ao peixe ‘garra rufa', que não tem dentes e, sendo um necrófago, alimenta-se de células mortas, segregando também uma enzima coagulante. O seu método de alimentação proporciona também micro massagens.

"Os resultados são fantásticos e tenho já visitas de fora da ilha devido ao sucesso do tratamento", disse João Abel Gonçalves aos deputados da Comissão de Saúde e Assuntos Sociais, indicando ainda que dispõe de um tanque com "dimensões únicas" na Europa e que os peixes estão devidamente certificados.

João Abel Gonçalves iniciou a atividade na sequência da crise de 2012 e contou com apoio do Instituto de Emprego para criar o negócio, onde, segundo disse, o maior desafio é manter os peixes vivos, sendo por isso um investimento com um certo grau de risco.

Páginas