Instituto Ricardo Jorge
Na quinta semana deste ano registou-se em Portugal uma taxa de incidência de síndroma gripal de 69,5 por cada 100.000...

Os mais recentes dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), referentes ao período entre 28 de janeiro e 03 de fevereiro, indicam uma atividade gripal epidémica de "intensidade moderada" e uma "tendência estável".

Nesta semana foram predominantemente detetados em circulação os vírus da gripe dos subtipos A(H1)pdm09 e A(H3). Os vírus do tipo B foram detetados esporadicamente e em número reduzido desde o início da época de vigilância.

Segundo os dados do INSA, foram reportados 17 casos de gripe pelas 25 Unidades de Cuidados Intensivos que enviaram informação, tendo sido identificado o vírus Influenza A em todos os doentes: seis A(H1)pdm09, um A(H3) e dez não subtipados. Foram ainda reportados três casos de gripe por uma enfermaria, tendo sido identificado o vírus Influenza A(H1)pdm09 em dois casos e o A(H3) em um.

O INSA adianta ainda que a mortalidade registou valores “acima do esperado” numa semana em que "o valor médio da temperatura mínima do ar foi de 5,6°C, a que correspondeu uma anomalia de mais 1,1 °C relativamente ao valor normal 1971-2000 para o mês de janeiro".

Rutura com grupos privados
Os membros do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE reúnem-se na terça-feira, encontro onde será abordada a questão da...

O presidente do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE, João Proença, remeteu uma posição do órgão consultivo para depois da reunião marcada para terça-feira, sublinhando que, de momento “não há nada” para comentar pois “não existe a concretização de nada”.

“Não há rutura nenhuma, não se assume [uma rutura] só porque alguém acordou mal disposto”, disse o antigo líder da UGT, admitindo, no entanto, estar preocupado com os beneficiários.

João Proença referia-se ao facto de a ADSE já ter garantido, em comunicado divulgado na quarta-feira, que até ao momento não recebeu formalmente qualquer comunicação da denúncia ou a resolução das convenções em vigor por parte dos privados.

Em causa está uma notícia do semanário Expresso publicada na quarta-feira no site do jornal segundo a qual vários grupos privados, entre eles José de Mello e Luz Saúde, preparam-se para suspender as convenções com a ADSE.

Já o líder da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, que integra o CGS da ADSE, considerou que “não faz qualquer sentido o clima de ameaça permanente que acaba por recair sobre os beneficiários”.

“Tenho a expectativa de que isto não passe de mais uma ameaça”, sublinhou José Abraão.

Já no final de dezembro, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada revelou que alguns prestadores admitiam deixar de ter convenção com a ADSE, após esta ter exigido 38 milhões de euros por excessos de faturação em 2015 e 2016, pedindo a anulação desse processo ao Governo.

“Espero que se criem condições entre o conselho diretivo da ADSE, os privados e as tutelas [ministérios da Saúde e das Finanças] para que essa regularização, que é aliás habitual, seja feita porque esta situação não serve aos privados nem à ADSE e claramente nem aos beneficiários”, defendeu o sindicalista.

José Abraão acrescentou que “é necessário estabelecer novas convenções [com outros privados] para melhor servir os beneficiários da ADSE”.

Também no comunicado divulgado na quarta-feira ao final do dia, o conselho diretivo do instituto público afirmava que “a ADSE está atenta aos acontecimentos e face ao crescimento significativo da oferta privada de cuidados de saúde em Portugal irá fazer novas convenções com outros prestadores se se vier a concretizar esta ameaça”.

No parlamento, o Bloco de Esquerda requereu, entretanto, audições urgentes da ministra da Saúde e do Conselho Diretivo e do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE "sobre a chantagem dos hospitais privados e ameaça de interrupção da prestação de cuidados".

Também o CDS-PP exigiu hoje ao Governo que encontre uma solução para ultrapassar uma eventual rutura entre os prestadores de serviços médicos privados e a ADSE e alertou para uma possível sobrecarga no Serviço Nacional de Saúde.

“É uma situação muito preocupante e gostaríamos que ficasse claro que está nas mãos do Governo, que tutela a ADSE, encontrar um mecanismo negocial, definindo tabelas de preços, por forma a que esta rutura não aconteça”, afirmou a deputada centrista Ana Rita Bessa aos jornalistas no parlamento, em Lisboa.

 

Greve dos enfermeiros
Enfermeiros preparam novas formas de luta e protesto para responder à requisição civil, que podem passar por faltar ao trabalho...

A presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros, Lúcia Leite, disse que os enfermeiros se sentem "atacados nos seus direitos enquanto trabalhadores" e alertou para o risco de surgirem novas formas de luta “mais incontroláveis”, ainda que não suportadas pelos sindicatos.

Nas redes sociais há vários enfermeiros a sugerir dar faltas injustificadas ao trabalho até ao limite legal e Lúcia Leite admite que os profissionais se consigam organizar nesse sentido, lembrando que o Código do Trabalho prevê que qualquer trabalhador possa faltar cinco dias seguidos ou dez interpolados.

A presidente da Associação Sindical refere que se os enfermeiros se organizaram para recolher fundos também teriam capacidade de se organizar para um movimento desse género.

O Movimento Greve Cirúrgica, que organizou a recolha de fundos para as duas paralisações em blocos operatórios, também já admitiu avançar com outras formas de protesto, que podem passar por abandono de serviço ou greves de zelo.

Numa mensagem no Facebook após o anúncio da requisição civil, este Movimento apelou para que os enfermeiros deixem de realizar as cirurgias adicionais para recuperação das listas de espera, operações que não são obrigatórias, sendo pagas à parte e feitas fora do horário normal.

Estas cirurgias adicionais foram criadas para recuperar as listas de espera cirúrgicas, sendo de adesão voluntária por parte dos profissionais, que recebem por cirurgia além do vencimento e realizam as operações fora do seu horário normal de trabalho. Também os hospitais recebem por esta produção adicional.

Na mensagem do Facebook, o movimento de enfermeiros reagiu à requisição civil decretada pelo Governo pedindo aos enfermeiros que “deixem de ser os bonzinhos do SNS”.

Além do apelo para que não sejam feitas as cirurgias em produção adicional, o Movimento admite avançar com outras formas de protesto, não pondo de parte greves de zelo ou abandono de serviço, como disse Catarina Barbosa, representante do Movimento Greve Cirúrgica.

“Lamentamos que por parte do Governo seja mais fácil recorrer a uma requisição civil do que sentar-se à mesa para negociar com os sindicatos de enfermagem! Naturalmente que vamos cumprir o imposto, pois nós, enfermeiros, respeitamos a lei. Apelamos para que a nível nacional os enfermeiros façam cumprir os seus direitos, à risca, deixemo-nos de ser os bonzinhos do SNS”, refere a mensagem do Movimento Greve Cirúrgica, que desencadeou as greves em blocos operatórios e esteve na origem da recolha de fundos feita através da Internet para financiar os grevistas.

Os responsáveis do movimento lembram aos colegas que a realização de cirurgias em regime de produção adicional “depende de cada um”.

“Não se esqueçam do poder que têm em mãos”, dizem os responsáveis do movimento de enfermeiros aos colegas.

Desenvolvido no Porto
Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, no Porto, desenvolveram um...

Em declarações, a investigadora do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) da Universidade do Porto, Catarina Maia, contou que o projeto, denominado 'NeuroQ', visou o desenvolvimento de um dispositivo 'wearable' [tecnologia que pode ser utilizada como peça de vestuário] que avaliasse a "rigidez do pulso" do doente, durante uma operação de estimulação cerebral profunda.

"Nas cirurgias de estimulação profunda, a dada altura, o doente é acordado e é-lhe pedido que faça movimentos de flexão e extensão do pulso, e o cirurgião com a sua mão, percebe qual é a rigidez que está associada ao doente. O que o nosso 'wearable' permite, ao colocar-se no pulso do doente, é perceber qual a rigidez do movimento de flexão e distensão, podendo assim classificar e retirar a subjetividade do procedimento", esclareceu a investigadora.

Segundo Catarina Maia, o dispositivo desenvolvido, além de reduzir e auxiliar na decisão, também "reduz a responsabilidade clínica", na medida em que se os elétrodos (que encaminham uma descarga elétrica que estimula determinados neurónios) tiverem "um posicionamento incorreto", podem originar efeitos secundários no doente, que vão desde a apatia até à depressão ou euforia.

Além de abranger doentes com Parkinson que se tornaram refratários e tolerantes aos fármacos, esta cirurgia pode também ser utilizada em doentes com outros distúrbios como a perturbação obsessiva compulsiva e epilepsia, apesar de não existirem "históricos deste tipo de aplicações em Portugal".

A equipa do 'NeuroQ' - projeto que foi distinguido na segunda-feira com o Prémio de Inovação em Saúde i3S-Hovione Capital, um prémio internacional criado em 2017 pela companhia de investimentos Hovione Capital e pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), no valor de 35 mil euros - validou clinicamente o dispositivo durante os últimos quatro anos, em cerca de 80 doentes com Parkinson que estavam a ser acompanhados por uma equipa do Hospital de São João, no Porto.

"Não há assim tantas pessoas a serem sujeitas a esta cirurgia, sendo as pessoas com Parkinson, que são cerca de dez mil por ano a nível mundial. Isso significa que não temos muitos doentes disponíveis, mas estamos em contacto com centros internacionais para eles realizarem os ensaios clínicos", afirmou Catarina Maia.

A investigadora revelou que a equipa se encontra a desenvolver uma "nova versão" do dispositivo tecnológico, de modo a "aumentar o número de doentes" e alargar a "validação clínica".

"O modelo de negócio que está subjacente à comercialização desta tecnologia está dependente do licenciamento da mesma. Estamos a estruturar tudo isto para que daqui a alguns anos possamos validar a tecnologia a um dos grandes ‘players’ desta área", acrescentou.

Greve dos enfermeiros
A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros avisa o Governo para o risco de surgirem formas de luta "mais...

A presidente da ASPE, Lúcia Leite, rejeita os fundamentos para a requisição civil decidida hoje em Conselho de Ministros e considera que o Governo “optou por um caminho que parece fácil, mas que lhe pode trazer dificuldades bem maiores no futuro”.

“Não acredito que os enfermeiros, depois de verem como os governantes os desrespeitam, vão ficar serenos com esta decisão”, declarou Lúcia Leite à agência Lusa, indicando que o sindicato ainda vai analisar o alcance da requisição civil “antes de tomar decisões”.

Ainda assim, a presidente da ASPE diz que teme que “possam aparecer outras formas de luta suportadas em movimentos inorgânicos”, formas essas que possam ser “mais incontroláveis”.

“Mas estou de consciência tranquila. Avisei a senhora ministra da Saúde sobre esse risco”, disse.

A presidente da ASPE entende que a fundamentação para a requisição civil “está ferida de verdade” por se basear num incumprimento dos serviços mínimos que “não aconteceu”.

Em declarações à Lusa, Lúcia Leite considerou que “o incumprimento dos serviços mínimos é falso” e que o Governo usou estratégias para “ficcionar factos”.

O Governo decidiu hoje decretar requisição civil na greve dos enfermeiros por considerar que houve incumprimento dos serviços mínimos.

“Foram deliberadamente agendados doentes a mais do que era possível [atender] até em funcionamento normal e temos alguma demonstração disso. Há situações em que os doentes agendados ultrapassam a capacidade dessa sala mesmo não estando em greve”, referiu Lúcia Leite.

A ASPE foi um dos dois sindicatos que decretou a “greve cirúrgica” dos enfermeiros, que decorre em blocos operatórios.

Esta segunda fase de greve começou há uma semana e devia prolongar-se até final do mês. No final do ano passado, uma greve de mais de um mês nos blocos operatórios de hospitais públicos levou ao cancelamento ou adiamento de mais de 7.500 cirurgias.

Opinião
Quando se fala em mamoplastia de aumento, a escolha dos implantes é uma questão de elevada importânc

A mamoplastia de aumento é a cirurgia estética mais procurada pelas mulheres em todo o mundo. Segundo os dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery relativos a 2017, a mamoplastia de aumento foi realizada por mais de 1 milhão e 600 mil mulheres.

Uma das questões mais frequentes da mulher, é qual o tipo de implante que deve escolher. Esta dúvida coloca-se devido à grande variedade de implantes mamários existentes, mas é importante uma escolha adequada pois esta interfere no resultado final da mamoplastia de aumento e na durabilidade do resultado.

Não é à toa que a investigação médica trabalha continuamente no aperfeiçoamento dos implantes mamários, tudo para proporcionar melhores resultados e diminuir o índice de complicações a longo prazo. E o resultado foi os implantes mamários B-Lite, a mais avançada tecnologia dos últimos 30 anos. Segundo os investigadores este tipo de implante foi desenvolvido para superar as limitações dos implantes mamários convencionais no que se refere à tensão gravitacional. Ou seja, às próteses B-Lite foi aplicada tecnologia inovadora para se tornarem muito mais leves, aumentando assim a comodidade das mulheres, conseguir resultados mais duradouros e diminuir o índice de complicações a médio-longo prazo.

O que são os implantes B-Lite

Os implantes B-Lite foram desenvolvidos por uma equipa de cirurgiões plásticos, químicos, biólogos, cientistas e engenheiros que colaboraram para revolucionar a experiência da mamoplastia de aumento.

Os B-Lite são atualmente os implantes mamários mais leves que existem a nível mundial e apesar de relativamente recentes, já são utilizados em diversos países com elevado êxito e aceitação. Em Portugal, fomos dos primeiros a disponibilizar os implantes B-Lite às nossas pacientes. Conseguem ser até 30% mais leves do que os implantes convencionais, uma vez que combinam materiais clinicamente comprovados para proporcionarem resistência, um toque natural e o tamanho certo sem a carga de peso adicional.

A B-Lite é uma prótese coberta de silicone, assim como ocorre com os modelos tradicionais. A diferença, porém, está no interior. Enquanto as próteses tradicionais contêm apenas gel de silicone, a B-Lite possui, além do silicone, microesferas de B-Lite, material que lhe confere a considerável redução no peso. Este gel exclusivo e patenteado B-Lite é composto por microesferas de boro silicato inerte, de elevada pureza e ocas, frequentemente usadas pela NASA como uma solução de preenchimento leve, mas muito resistente.

Diferença entre os implantes B-Lite e os implantes convencionais

Se olharmos e compararmos uma prótese B-Lite com uma prótese de silicone tradicional, é possível que não notemos grandes diferenças. No entanto, se pegarmos em cada prótese com as mãos, a coisa muda. A prótese B-Lite chega a ser até 30% mais leve. Esta leveza traduz-se num grande número de vantagens para as mulheres que decidem aumentar os seios com estes implantes de última geração. No que toca à cirurgia propriamente dita, não há diferença nas técnicas cirúrgicas utilizadas, independentemente dos implantes escolhidos. O mesmo se aplica aos cuidados pré e pós operatórios. Também ao nível de segurança, ambos os tipos de próteses são seguros, devidamente investigados e testados e disponíveis numa ampla variedade de formas, tamanhos e texturas para se adaptar às necessidades e desejos de cada paciente. A única mas grande diferença está no peso dos implantes.

Principais vantagens dos B-Lite

As vantagens destes novos implantes são várias, a começar pela leveza. Ao se tratar de uma prótese mais leve, os tecidos do peito ficam submetidos a menos stresse o que contribui para que a mama sofra menos com o peso e, consequentemente, ocorra menor grau de flacidez e descaimento com o passar dos anos. Esta é uma grande vantagem tendo em conta que o tecido mamário é similar a uma goma elástica, ou seja, uma vez distendido, já não volta à posição original. Por consequência, uma mama que não esteja sujeita a tanto peso e que a pele não sofra tanto com a flacidez, os resultados serão mais duradouros e a possibilidade de complicações a longo prazo será menor. Por outro lado, a característica da leveza permite que haja especial indicação de utilização nas mulheres que têm problemas nas costas ou ainda nas mulheres que praticam desporto com assiduidade ou de alta competição.

A reter:

  1. Última geração de implantes
  2. A mais avançada tecnologia dos últimos 30 anos
  3. 30% mais leves
  4. Menos pressão
  5. Menor flacidez e descaimento
  6. Menor índice de complicações a longo prazo
  7. Resultados mais duradouros

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
OMS
O sarampo causou a morte de 72 pessoas na Europa em 2018, sendo que o número de infetados nesse ano é o maior da década,...

De acordo com a organização, no ano passado cerca de 82.000 pessoas contraíram esta doença infecciosa em 47 dos 53 países da região.

O número de pessoas infetadas pelo vírus em 2018 "foi o maior na década", sendo que houve três vezes mais casos reportados do que em 2017 e 15 vezes mais do que no ano com o número mais baixo de pessoas afetadas (2016), informou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O número de crianças a serem vacinadas contra o sarampo na região europeia é o maior de sempre, "mas o progresso tem sido desigual entre e dentro de países", refere a OMS, acrescentando que isso tem levado a um aumento de bolsas de indivíduos suscetíveis e desprotegidos, "resultando num número recorde de pessoas afetadas pelo vírus em 2018".

No comunicado da OMS, a organização apela aos países europeus para que foquem as suas intervenções nos locais e grupos onde as falhas na imunização persistem.

"A vaga de casos de sarampo em 2018 aconteceu a seguir ao ano em que a região europeia atingiu a sua maior cobertura de sempre para a segunda dose da vacina contra o sarampo [90% em 2017]", sublinha a OMS, destacando que 2018 foi o ano em que mais crianças na região receberam a série de duas doses de vacinas no tempo devido desde que começou a recolher e analisar os dados sobre a segunda dose.

Porém, aponta a organização, o progresso na região pode disfarçar falhas a níveis subnacionais, "que normalmente não são reconhecidas até que um surto ocorra".

"O retrato de 2018 torna claro que o ritmo atual de progresso no aumento das taxas de imunização não será suficiente para parar a circulação do sarampo", nota a diretora regional da OMS na Europa, Zsuzsanna Jakab, citada na nota da organização.

Alertando para as falhas a nível local, Zsuzsanna Jakab afirmou que podem criar "uma porta aberta para o vírus".

Segundo a responsável, para se atingirem resultados é necessário olhar e trabalhar a nível local.

De acordo com a OMS, cerca de 34 países da região europeia tiveram, em 2017, uma taxa de cobertura da segunda dose de vacina contra o sarampo abaixo dos 95%, nível necessário para prevenir a circulação do vírus.

Segundo a Direção-geral da Saúde, 93% dos casos de sarampo em Portugal registados em 2018 estiveram associados a surtos, cuja origem da infeção teve início em casos importados de outros países, nomeadamente Itália, França, Uganda/EUA, República Checa e Ucrânia.

A cobertura vacinal para a primeira dose da vacina contra o sarampo, avaliada aos dois anos de idade, foi de 98% e a cobertura vacinal para a 2ª dose desta vacina, nos menores de 18 anos de idade, variou entre 96% e 98%.

Greve dos enfermeiros
A requisição civil, instrumento que está na lei desde 1974, só deve ser usada em “circunstâncias particularmente graves",...

O Governo decidiu hoje em Conselho de Ministros o recurso à requisição civil para travar a greve dos enfermeiros em blocos operatórios, que está a decorrer desde há uma semana e que se prolonga até ao fim do mês, depois de uma outra greve idêntica ter decorrido entre novembro e fim de dezembro.

O decreto-lei 637/74, que se mantém em vigor, determina que a requisição civil pode ser acionada em “circunstâncias particularmente graves” se for necessário “assegurar o regular funcionamento de serviços essenciais de interesse público ou de setores vitais da economia nacional”.

O diploma expressa, aliás, que a requisição civil tem “caráter excecional” e que pode ter como objeto “a prestação de serviços, individual ou coletiva, a cedência de bens móveis ou semoventes, a utilização temporária de quaisquer bens, os serviços públicos e as emersas públicas de economia mista ou privadas”.

No fundamento do diploma de 1974, é estabelecido que a requisição civil fica estabelecida tendo em conta “a necessidade de assegurar o regular funcionamento de certas atividades fundamentais, cuja paralisação momentânea ou contínua acarretaria perturbações graves da vida social, económica e até política”.

Contudo, o preâmbulo volta a determinar que a requisição civil só tem justificação em “casos excecionalmente graves”.

Entre a lista de serviços ou empresas que podem ser objeto de requisição civil está “a prestação de cuidados hospitalares, médicos e medicamentosos”. Acrescem vários outros, como exploração de serviço de transportes, produção e distribuição de energia ou produção e transformação de alimentos de primeira necessidade.

A requisição depende de reconhecimento de necessidade por parte do Conselho de Ministros e tem de ser efetivada pelos ministros que tutelam a área em causa.

A portaria que defina a requisição civil tem de indicar o seu objeto e duração, a autoridade responsável por executar a requisição e o regime de prestação de trabalho dos requisitados.

A decisão da requisição deve ser dada a conhecer aos interessados através da comunicação social, produzindo efeitos imediatos.

Segundo o diploma, a requisição civil não dá direito a qualquer indemnização que não seja o salário ou vencimento decorrente do contrato de trabalho ou da categoria profissional.

Apesar do seu caráter extraordinário, a requisição civil foi já usada diversas vezes para travar greves em empresas de transportes, como CP ou TAP.

Greve dos enfermeiros
O Governo decidiu hoje decretar requisição civil na greve dos enfermeiros em curso há uma semana, por incumprimento da...

O anúncio foi feito pelo Governo no final da reunião do Conselho de Ministros de hoje, em conferência de imprensa.

“Tendo-se verificado o incumprimento da obrigação de prestação de serviços mínimos, o Governo decidiu proceder à requisição civil, de forma proporcional e na medida do necessário, de modo a assegurar a satisfação de necessidades sociais impreteríveis no setor da saúde”, considera o executivo.

A ministra da Saúde, Marta Temido, declarou que “face a situações de incumprimento dos serviços mínimos reportados em diversos hospitais” e “sem prejuízo do direito à greve”, o Governo “não teve alternativa” e optou pela requisição civil.

“Sendo uma opção de último recurso, será agora por portaria que se definirá o respetivo âmbito”, afirmou a ministra.

A possibilidade de avançar para uma requisição civil foi inicialmente rejeitada pela ministra da Saúde, considerando-a uma “opção extrema” que não podia ser usada caso os serviços mínimos estivessem a ser cumpridos.

No entanto, na terça-feira, o primeiro-ministro admitiu que o Governo tomaria todas as medidas "legalmente adequadas" para proteger os direitos dos doentes e acusou alguns sindicatos dos enfermeiros de terem uma conduta cruel em relação aos doentes.

No início desta semana, o Governo pediu ao Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República para se pronunciar sobre a greve, embora tenha garantido acreditar que os serviços mínimos estavam a ser cumpridos.

Uma segunda greve de enfermeiros dos blocos operatórios de sete hospitais públicos às cirurgias programadas começou a 31 de janeiro e foi marcada até final de fevereiro, adiando milhares de operações.

A chamada segunda “greve cirúrgica” surgiu depois de uma primeira paralisação idêntica em cinco grandes hospitais, que durou de 22 de novembro a 31 de dezembro, e que levou ao cancelamento ou adiamento de quase oito mil cirurgias.

As duas greves foram convocadas por duas estruturas sindicais, embora inicialmente o protesto tenha partido de um movimento de enfermeiros que lançou publicamente recolhas de fundos para compensar os colegas grevistas que ficam sem ordenado por aderir à paralisação. Ao todo, para as duas greves, recolheram mais de 740 mil euros.

O modelo de greve é considerado inédito em Portugal, não só devido à sua duração como pela criação de um fundo de recolha de dinheiro para financiar os grevistas.

A requisição civil, instrumento que está na lei desde 1974, só deve ser usada em “circunstâncias particularmente graves", tendo sido criada por decreto-lei em 1974 para “assegurar o regular funcionamento de serviços essenciais de interesse público ou de setores vitais da economia nacional”.

O diploma expressa, aliás, que a requisição civil tem “caráter excecional” e que pode ter como objeto “a prestação de serviços, individual ou coletiva, a cedência de bens móveis ou semoventes, a utilização temporária de quaisquer bens, os serviços públicos e as emersas públicas de economia mista ou privadas”.

Segundo o diploma, a requisição civil não dá direito a qualquer indemnização que não seja o salário ou vencimento decorrente do contrato de trabalho ou da categoria profissional.

Apesar do seu caráter extraordinário, a requisição civil foi já usada diversas vezes para travar greves em empresas de transportes, como CP ou TAP.

Relatório revela
O risco de ter um filho com paralisia cerebral é “muito superior” nas mães acima dos 39 anos e nos bebés prematuros, ainda que...

As conclusões constam do relatório do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral aos cinco anos de idade, que hoje é divulgado e que é o quarto relatório publicado em Portugal.

Estão registadas 1.719 crianças com paralisia cerebral nascidas entre 2001 e 2010 e residentes em Portugal aos cinco anos, representando 1,65% da população com cinco anos que vive no país nesse período.

Há mais rapazes registados, sendo que o risco de ter paralisia cerebral até aos cinco anos é 24% superior nos meninos do que nas raparigas.

Quanto ao risco de ter um filho com paralisia até aos cinco anos consoante a idade da mãe, apresenta-se menor nas mulheres entre os 20 e os 29 anos, sendo muito semelhante aos das mulheres até aos 34 anos.

Segundo o relatório, o risco torna-se “muito superior” no grupo de mães acima dos 39 anos.

Também a prematuridade do bebé se associa “exponencialmente” a maior risco de paralisia cerebral.

“Tendo como referência a taxa de incidência de paralisia cerebral estimadas para crianças nascidas de termo (mais de 36 semanas de gestação), o risco aumentou 4,5 vezes nos nascidos prematuros com pelo menos 32 semanas de gestação, 40 vezes nos nascidos prematuros entre as 28 e as 31 semanas e 72 vezes nas crianças nascidas com menos de 28 semanas”, refere o relatório que será hoje à tarde apresentado em Lisboa.

O documento constata que o risco de paralisia cerebral “diminui de forma clara à medida que aumenta a idade gestacional”.

Conclui-se ainda que “é evidente” a redução do risco de novos casos de paralisia cerebral até aos cinco anos nas crianças nascidas em Portugal no início deste século.

A redução do risco foi ainda mais marcante nas crianças prematuras nascidas entre as 28 e as 36 semanas de gestação, apesar de ser este um grupo de risco.

“Isto deve-se à melhoria das condições de saúda das grávidas e à elevada qualidade dos cuidados oferecidos em Portugal na gravidez, partos e cuidados neonatais”, destaca o documento.

Contudo, os autores avisam que será importante verificar nos próximos anos se as mudanças comportamentais – como a maternidade cada vez mais tardia – e a crise financeira iniciada em 2008 tiveram impacto nos indicadores da paralisia cerebral.

O relatório aponta ainda para uma “grande proporção das crianças” em Portugal com formas muito graves de paralisia cerebral.

As estimativas apontam para 30% a 40% das crianças com paralisia cerebral que têm formas muito graves, com “afetação funcional grave”.

A paralisia cerebral é uma perturbação do movimento e da postura devido a lesão cerebral. Pode ser ligeira ou grave e ter níveis de afetação diferentes.

As causas da paralisia podem ser várias, desde incidentes pós-natais, como infeções ou complicações cirúrgicas, como perinatais, como complicações durante o trabalho de parto.

O Programa de Vigilância da Paralisia Cerebral é elaborado por um conjunto de associações e sociedades clínicas e científicas.

Greve dos enfermeiros
O PS vai iniciar um processo de diálogo com outras forças políticas para a apresentação de um projeto que proíba contribuições...

Esta posição foi transmitida pelo vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia, que considerou essencial serem conhecidos "os interesses que existem" subjacentes ao financiamento da "greve cirúrgica" dos enfermeiros.

"Todos os portugueses querem saber se algo ou alguém quer atingir o Serviço Nacional de Saúde (SNS). A grande questão é quem está e como está a pagar esta greve cirúrgica", justificou João Paulo Correia.

Interrogado se admite que o setor privado da saúde possa estar a financiar esta greve, o vice-presidente da bancada do PS respondeu: "Essa é uma interrogação que está na cabeça de todos os portugueses".

"Mas, para podermos responder a isso, temos de avançar no nosso propósito de tornar o sistema mais transparente. E vamos fazê-lo, em primeiro lugar em diálogo com os outros partidos com assento parlamentar", completou.

De acordo com a informação disponível na plataforma de financiamento colaborativo usada pelos enfermeiros para o 'crowdfunding' da sua segunda greve, foram angariados mais de 423.000 euros. Na primeira greve, entre 22 de novembro e o final de dezembro, angariaram mais de 360.000 euros.

De acordo com o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, neste momento "estão a ser estudadas as vias legislativas que confiram total transparência no que respeita ao financiamento desta greve dos enfermeiros".

No plano político, justificou João Paulo Correia, a iniciativa legislativa "não pode ficar só à mercê da vontade do PS", tendo de reunir uma maioria de apoio político na Assembleia da República.

"Temos de ter um diálogo com outros grupos parlamentares, quer à esquerda, quer à direita. Devemos encontrar um mecanismo de que permita maior transparência", acentuou.

João Paulo Correia referiu ainda que é do conhecimento público que a entidade que fiscaliza o 'crowdfunding', a plataforma que está a ser usada para pagar aos enfermeiros que neste momento se encontram em greve, é fiscalizada pela ASAE (Autoridade de Segurança Económica).

No entanto, como noticiado hoje, a ASAE não fez qualquer inspeção às plataformas de 'crowdfunding' desde que estas plataformas foram criadas há quase quatro anos, porque a legislação não está ainda uniformizada com as medidas de combate ao branqueamento de capitais.

Neste ponto, o vice-presidente da bancada socialista observou que a lei em vigor "não determina a obrigatoriedade de se divulgar quem paga e como se procede ao pagamento".

"Neste caso, há múltiplas questões que têm de ser respondidas. E a questão maior é saber que interesses é que estão subjacentes ao financiamento desta greve cirúrgica", acentuou João Paulo Correia.

O regime de sanções a aplicar ao sistema de financiamento colaborativo só ficou definido em fevereiro de 2018, três anos e meio depois da lei que criou o chamado 'crowdfunding', através do qual os enfermeiros angariaram mais de 423.000 euros para a segunda greve às cirurgias programadas, que decorre até final do mês.

A lei, na altura, definiu que a entidade responsável pela fiscalização e aplicação de coimas e sanções é a ASAE, mas a falta de um conjunto de normas de funcionamento tem impedido as fiscalizações.

As novas regras para o financiamento colaborativo (‘crowdfunding’), para combater o terrorismo e o branqueamento de capitais, que entraram em vigor em 2018, só exigem identificação a quem doar mais de 100 euros.

Estudo
Num estudo publicado na revista “Journal of Parkinson's Disease”, uma equipa de especialistas apresentou vários argumentos...

Cientistas holandeses e dos Estados Unidos discutiram os desafios necessários para prevenir aquilo a que chamam de "pandemia" que continua a estender-se a várias regiões do mundo e que pode tomar proporções enormes nos próximos anos.

O que é a Doença de Parkinson?
A Doença de Parkinson é uma perturbação cerebral progressiva para a qual têm surgido tratamentos promissores. A patologia caracteriza-se pela presença de tremores, rigidez do tronco e dos membros e lentidão dos movimentos.

Esta doença resulta da redução dos níveis de dopamina, uma substância que funciona como um mensageiro químico cerebral nos centros que comandam os movimentos.

Estima-se que cerca de 20 mil portugueses sofram da doença de Parkinson, escreve o Sapo.

Segundo a equipa, as doenças neurológicas são atualmente a principal causa de incapacidade a nível global. No entanto, a doença de Parkinson era até há poucas décadas uma doença considerada rara.

Em 1855, 40 anos após James Parkinson ter descrito a doença, morreram cerca de 22 pessoas em 15 milhões em Inglaterra e País de Gales; em 2014, o número subiu para 5.000 a 10.000 pessoas em 65 milhões. Entre 1990 e 2015, o número de doentes com Parkinson duplicou globalmente, tendo ascendido a mais de seis milhões, asseveraram os investigadores no relatório agora publicado. Estima-se que este número duplique de novo em 2040, para 12 milhões.

"Até 2040, poderemos falar sobre uma pandemia que resultará num aumento do sofrimento humano, assim como no aumento dos custos sociais e médicos", comenta Patrik Brundin, médico e editor-chefe do Journal of Parkinson's Disease.

Outros fatores de risco
Os cientistas frisam ainda que a crescente longevidade, a menor taxa de fumadores e os subprodutos da industrialização poderão elevar o número para mais de 17 milhões.

A esperança de vida global aumentou seis anos nos últimos 20 anos. Isto só por si irá provavelmente aumentar o número de casos avançados de Parkinson, que são mais difíceis de tratar, por serem diagnosticados geralmente tarde demais.

Fumadores protegidos?
Segundo estudos já publicados, os fumadores têm 40% menos riscos de desenvolver Parkinson. Se esta associação for causal, a redução na taxa de fumadores poderá fazer aumentar os casos da doença. Por outro lado, a exposição aos subprodutos da industrialização como certos pesticidas, solventes e metais pesados foram já associados a um aumento na taxa de casos da doença de Parkinson.

"No século passado, a sociedade conseguiu confrontar-se, com sucesso, com pandemias de poliomielite, cancro da mama e VIH/SIDa", comentou Ray Dorsey, autor que liderou o debate, da Faculdade de Medicina da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, que frisou que a pandemia de Parkinson "é evitável e não inevitável".

Por isso, o cientista propõe a formação de um "PACT": as iniciais de "prevent, advocate for, care and treat", o que significa prevenir, defender-se, cuidar e tratar.

Aquecimento global
Os últimos cinco anos foram os mais quentes da história moderna, desde 1880, segundo dados divulgados ontem pela NASA e pela...

Segundo as duas entidades, a temperatura mundial em 2018 foi a quarta mais quente jamais registada, atrás das temperaturas de 2016 (o ano mais quente), 2015 e 2017. A temperatura na Europa foi a mais alta de sempre em 2018.

No ano passado, ainda segundo os mesmos dados, a temperatura global foi 0,83 graus celsius acima da média do século XX, o que significa que 2018 foi o 42.º ano consecutivo, desde 1977, com uma temperatura mundial superior à média.

A NOAA salienta que nove dos 10 anos mais quentes de sempre (desde que há registos) aconteceram depois de 2005, escreve o Sapo.

O aumento da temperatura dos últimos anos também foi ontem objeto de um comunicado da Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU, que destaca que os últimos quatro anos foram os mais quentes até hoje registados.

No comunicado a OMM diz que a temperatura média da superfície do planeta foi no ano passado cerca de um grau acima dos níveis pré-industriais, um número ligeiramente acima do apresentado pela NASA e NOAA.

“Com 1,2 graus mais do que nos tempos pré-industriais, o ano de 2016, marcado pela influência de um poderoso ´el nino´ (alteração cíclica da temperatura no mar) mantém-se como o ano mais quente. Em 2015 e 2017 a diferença na temperatura média dos valores pré-industriais foi de 1,1º”, precisa o comunicado.

Citado no documento, o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, lembrou que nos últimos 22 anos se registaram os 20 anos mais quentes de sempre.

“Os fenómenos meteorológicos extremos tiveram um forte impacto ao atingir muitos países e milhões de pessoas, no ano passado”, disse. E 2019, advertiu a organização, também não começou da melhor forma, com a Austrália a ter o janeiro mais quente de sempre e partes dos Estados Unidos com frio extremo.

“O frio no leste dos Estados Unidos não vem certamente contradizer a realidade das alterações climáticas”, frisou Taalas, referindo que o Ártico está a aquecer a uma velocidade duas vezes mais rápida do que a média global.

Ainda sobre o ano passado, no balanço da NASA e da NOAA destaca-se que grande parte da Europa, Nova Zelândia, e regiões do Médio Oriente e Rússia tiveram altas temperaturas terrestres, enquanto zonas do sul do oceano Pacífico e do norte do oceano Atlântico também tiveram altas temperaturas na superfície do mar.

A temperatura de 2018 na Europa foi a mais alta registada nas análises das duas instituições, com 1,78 graus celsius acima da média.

A temperatura anual do continente aumentou a uma média de 0,12 graus por década, desde 1910. Esse valor quase quadruplicou, para 0,43 graus, desde 1981.

Nos primeiros 100 anos de registos da NOAA, de 1880 a 1980 houve um novo recorde de temperatura no planeta, em média, a cada 13 anos. De 1981 a 2018 registou-se um novo recorde a cada três anos.

Efeito da medicação
Em Portugal, cerca de 50 mil pessoas sofrem de epilepsia, a doença neurológica mais comum no mundo. Um problema que, explica...

A propósito do Dia Internacional da Epilepsia, que se assinala a 11 de fevereiro, o especialista salienta o “risco aumentado de cáries, aumento do volume do tecido gengival (hiperplasia gengival), sangramento gengival, sensação de boca seca, aumento da incidência de úlceras e aftas e cicatrização mais demorada”, que são as implicações orais mais comuns que decorrem do tratamento feito por quem vive com epilepsia.

Ainda que cerca de dois terços destes doentes tenham as suas crises bem controladas, resultado do cumprimento diário da sua medicação, estas acontecem e com elas “traumatismos faciais, lacerações da língua e lábios devido a mordeduras, deslocação do disco da articulação temporomandibular, o que pode implicar incapacidade de fechar a boca e até perda dos dentes anteriores”, reforça o médico, resultantes de “possíveis quedas durante um ataque epilético”.

É, por isso, importante “uma vigilância regular no médico dentista”, uma vez que, reforça João Braga, “todos estes problemas são detetados com um bom exame intraoral e possuem tratamento”.

 

Conheça os seus direitos e deveres
A diabetes é uma doença crónica.

Sempre que esteja em causa prejuízo para a sua saúde ou segurança no trabalho, o trabalhador com diabetes é dispensado de prestar trabalho em horário organizado de acordo com o regime de adaptabilidade, de banco de horas ou horário concentrado. É igualmente dispensado de prestar trabalho noturno, mais concretamente entre as 20 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte, e não é obrigado a prestar trabalho suplementar – cfr. artigo 87.º, n.º 1, alíneas a) e b) do Código do Trabalho.

Tal como acontece com os demais trabalhadores em geral, sempre que o trabalhador com doença crónica deixe de prestar trabalho por motivo de doença as suas faltas consideram-se justificadas – cfr. artigo 249.º, n.º 2, alínea d) do Código do Trabalho.

A ausência ao trabalho, quando previsível, deve ser comunicada ao empregador com uma antecedência mínima de 5 dias, acompanhada da indicação do motivo justificativo – cfr. artigo 253.º, n.º 1 do Código do Trabalho.

Quando a falta não seja previsível o trabalhador deve comunicar o motivo ao empregador logo que possível – cfr. artigo 253.º, n.º 1 do Código do Trabalho.

A prova da situação de doença é feita através de declaração de estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde ou ainda por atestado médico – cfr. artigo 254.º, n.º 2 do Código do Trabalho.

A falta justificada por motivo de doença não afeta qualquer direito do trabalhador e apenas determinará a perda de retribuição quando o trabalhador beneficie de um regime de segurança social de proteção na doença – cfr. artigo 255.º, n.º 1 e n.º 2, alínea a) do Código do Trabalho.

O trabalhador que tenha um filho com diabetes pode faltar ao trabalho até 30 dias por ano, ou durante todo o período de eventual hospitalização – cfr. artigo 49.º, n.º 1 do Código do Trabalho.

Este direito não pode ser exercido simultaneamente pelo pai e pela mãe e o empregador poderá exigir ao trabalhador prova de que o outro progenitor tem atividade profissional e não falta pelo mesmo motivo ou, então, que está impossibilitado de prestar a assistência – cfr. artigo 49.º, n.º 4 e n.º 5, alínea b) do Código do Trabalho.

No caso de hospitalização o empregador pode exigir declaração comprovativa emitida pelo estabelecimento hospitalar – cfr. artigo 49.º, n.º 5, alínea c) do Código do Trabalho.

Em geral, um qualquer trabalhador tem direito a faltar ao trabalho até 15 dias por ano para prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente, a cônjuge ou pessoa que viva em união de facto ou economia comum, parente ou afim (familiar do cônjuge) na linha reta ascendente (1.º grau serão os pais, em 2.º grau serão os avós e em 3.º grau serão os bisavós) ou no 2º grau da linha colateral (irmão, cunhado) – cfr. artigo 252.º, n.º 1 do Código do Trabalho.

No caso de prestação de assistência inadiável e imprescindível a pessoa com doença crónica que seja cônjuge ou viva em união de facto com o trabalhador aos 15 dias de faltas justificadas por ano acrescem outros 15 dias – cfr. artigo 252.º, n.º 2 do Código do Trabalho.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ordem dos Nutricionistas e FAO
A Ordem dos Nutricionistas e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação remeteram uma carta a todos os...

O Projeto de Lei de Bases do Direito Humano à Alimentação Adequada estará, esta tarde, em discussão na Assembleia da República, e deverá materializar os compromissos internacionais assumidos por Portugal para garantir o acesso a uma alimentação adequada para todos os portugueses, como direito humano fundamental.

“No nosso país, coexistem situações de alimentação insuficiente e de alimentação excessiva, o que se repercute em sérios problemas na saúde dos portugueses. Este cenário preocupante deve ser motivo de mobilização e o Estado tem o dever de garantir o direito humano a uma alimentação adequada traçando políticas intersectoriais que o assegurem”, salienta Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

A Ordem dos Nutricionistas recorda os dados conhecidos recentemente que mostram que 10% dos portugueses tiveram dificuldade em fornecer alimentos suficientes a toda a família e que 2,6% das famílias experimentaram situação de insegurança alimentar moderada ou grave, ou seja, alteraram os seus hábitos alimentares habituais e reduziram o consumo de alimentos. Por outro lado, mais de metade da população tem peso a mais.

Também Francisco Sarmento, representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Portugal, sublinha que “é preciso de forma consensual garantir o acesso a uma alimentação adequada para todos os portugueses. O facto de ainda existirem portugueses que não têm garantido este requisito essencial que é a alimentação e a nutrição, significa que temos um sistema alimentar desadequado, o que é sinal de um insucesso coletivo.”

A Ordem dos Nutricionistas e a FAO há muito que têm vindo a defender a criação da Lei de Bases do Direito Humano à Alimentação Adequada, tendo inclusive, em 2017, reunido todos os Grupos Parlamentares na Assembleia da República para sensibilizar para iniciativas legislativas que consagrassem este direito que, até à data, não é reconhecido em Portugal.

Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental
Os cuidados de pedopsiquiatria em Portugal estão muito abaixo dos países europeus por falta de investimento governamental,...

"Portugal está muito, muito abaixo dos outros países europeus e do mundo ao nível dos cuidados da pedopsiquiatria, ou seja, da saúde mental das crianças e adolescentes", disse Pedro Varandas.

O especialista, que integra a comissão organizadora do Encontro Nacional da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, que se realiza em Coimbra de hoje a sábado, considera que o país "está muito abaixo dos recursos e das políticas públicas que pôs e ainda coloca na ajuda dessas pessoas".

Para Pedro Varandas, o futuro vai ter de determinar uma prioridade," que é dita sempre como prioridade, mas que nunca é implementada, com forte investimento financeiro na área da saúde mental da infância e da adolescência".

"Aqui, estamos abaixo de tudo", sublinhou o médico, salientando que se chegou a este ponto porque "não houve investimento, e quando não há investimento não há recursos, e quando não há recursos não se faz, e, portanto, há aqui um ciclo negativo".

Segundo o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), "tudo, mas tudo o que não foi feito determinou que tenha havido um certo abandono dos cuidados de saúde mental ao nível da criança e do adolescente".

"Isso vai ter de ser prioritário, porque a recuperação destes jovens e adolescentes significará adultos melhores, mais capazes, e adultos socialmente produtivos e não adultos que são depois onerosos para a própria sociedade e que vivem em sofrimento sem que lhes tenha sido dado a chance de terem os cuidados que necessitavam na fase em que lhes podiam ser úteis", frisou.

De acordo com Pedro Varandas, Portugal tem poucos pedopsiquiatras, insuficiência de instalações para receber as crianças e adolescentes mais graves e poucos enfermeiros para o fazer.

"Tudo isto tem de partir desta base muito pequena para uma mais alargada para podermos oferecer os cuidados que estas pessoas precisam na hora certa, para que depois as coisas não descambem para um desfecho que depois não tem recuperação", sublinhou.

O Encontro Nacional da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Menta, que tem início hoje numa unidade hoteleira de Coimbra, é subordinado ao tema "Psiquiatria e Neurociências: O corpo, a pessoa e o cérebro. Dualidades e reducionismos".

Segundo o vice-presidente da SPPSM, o evento conta com a participação de 450 a 500 especialistas e vários oradores internacionais e inclui um curso sobre a nova legislação de interdição e inabilitação de pessoas.

Estudo
Investigadores afirmam que são necessárias mais investigações sobre os efeitos dos adoçantes não calóricos na composição da...

Não há evidências suficientes para que se possa associar os adoçantes não calóricos ao aumento do apetite, ingestão a curto prazo ou risco de desenvolver diabetes ou cancro. A garantia é dada por um estudo publicado recentemente na revista científica Advances in Nutrition, que fez uma revisão das evidências fornecidas através de estudos experimentais e análises clínicas sobre os efeitos dos adoçantes na microbiota intestinal.

“São necessárias mais investigações sobre os efeitos dos adoçantes na composição da microbiota intestinal dos seres humanos para, assim, confirmar qualquer efeito que possa ter sido encontrado em estudos experimentais em animais”, afirma Ángel Gil, Presidente da Fundação Ibero-Americana de Nutrição (FINUT) e Professor de Bioquímica e Biologia Molecular na Universidade de Granada.

Por isso, acrescenta o especialista, “todos os adoçantes aprovados na União Europeia são seguros e o seu impacto na microbiota é insignificante, desde que a ingestão diária seja inferior à dose diária admissível. Para além disso, os adoçantes de baixas calorias parecem ter efeitos benéficos por se comportarem como autênticos prébióticos”.

O consumo de açúcares, especialmente sacarose, xaropes de frutose-glucose, tem vindo a aumentar em todo o mundo, o que tem causado preocupação quanto aos possíveis efeitos adversos para a saúde e ao desenvolvimento de doenças crónicas, como síndrome metabólica, doenças cardiovasculares ou diabetes tipo 2. Tanto é assim, que instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendaram a redução do consumo de açúcares livres.

Desta forma, os adoçantes podem substituir os açúcares porque imitam o seu sabor doce, mas têm pouco ou nenhum impacto na ingestão diária de energia e são frequentemente mais doces do que a sacarose.

Análise crítica das evidências

O principal objetivo desta revisão foi sintetizar e analisar, de uma forma crítica, as evidências que sobre os efeitos dos adoçantes não nutritivos, os sintéticos (acessulfame K, aspartame, ciclamato, sacarose, neotame, advantame e sucralose), os naturais (taumina, glicosídeos de esteviol, monelin, neohesperidina e glicirrizina) e nutrientes de baixas calorias, tais como polióis ou álcoois de açúcar, na composição da microbiota no intestino humano.

Uma análise que permitiu observar que, “entre os adoçantes não nutritivos e não calóricos, apenas a sacarina e a sucralose provocam mudanças significativas na microbiota, embora o seu impacto na saúde humana seja desconhecido, sendo necessário a realização de mais estudos para confirmar essas mudanças”, explica o Ángel Gil. “O mesmo acontece com os glicosídeos de esteviol, mas em grandes doses, que sejam superiores à Dose Diária Admissível (DDA).”

“Neste sentido, os adoçantes à base de derivados de aminoácidos não exercem mudanças na microbiota intestinal devido à sua baixa concentração e porque esses aminoácidos são absorvidos pelo duodeno e pelo íleo”, continua o Presidente da FINUT. “No que diz respeito aos adoçantes do tipo poliol (como isomaltose, maltitol, lactitol ou xilitol), que não são absorvidos ou o são muito reduzidamente, comportam-se como verdadeiros prebióticos, podendo alcançar o intestino, o que aumenta o número de bifidobactérias em animais e em seres humanos.”

Para além deste estudo, foi também publicada recentemente outra revisão a este respeito na revista Food and Chemical Toxicology, na qual foram apenas incluídos ensaios in vivo. Da mesma forma, “esta publicação científica também concluiu que não há evidência de efeitos adversos dos adoçantes sem ou de baixas calorias na microbiota intestinal”, indica o especialista.

Controlo rigoroso da segurança

Como todos os outros aditivos alimentares, os adoçantes não calóricos estão sujeitos a um controlo rigoroso de segurança realizado pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), a agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA), bem como outras instituições internacionais, como o Comité Misto FAO/OMS de Peritos no domínio dos Aditivos Alimentares (JECFA) e a Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC).

Assim, “a utilização de adoçantes, que passa por controlos rigorosos por parte destes organismos, é segura dentro dos níveis da Dose Diária Admissível”, conclui Ángel Gil.

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
A Autoridade de Segurança Económica não fez qualquer inspeção às plataformas de ‘crowdfunding’ desde que foram criadas, há...

“Havendo necessidade de serem estabelecidas regras para esta atividade, não foram até à data desenvolvidas ações de inspeção”, disse a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

O regime de sanções a aplicar ao sistema de financiamento colaborativo só ficou definido em fevereiro de 2018, três anos e meio depois da lei que criou o chamado ‘crowdfunding’, através do qual os enfermeiros angariaram mais de 423.000 euros para a segunda greve às cirurgias programadas, que decorre até final do mês.

A lei, na altura, definiu que a entidade responsável pela fiscalização e aplicação de coimas e sanções é a ASAE, mas a falta de um conjunto de normas de funcionamento tem impedido as fiscalizações.

Entre a lei que regula o funcionamento das plataformas de ‘crowdfunding’ e o regime de sanções, definido três anos e meio depois, foram elaboradas – em agosto de 2017 - medidas preventivas de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

Estas medidas equipararam as entidades gestoras das plataformas de financiamento colaborativo a “entidades obrigadas”, submetendo-as a determinadas regras, entre elas a obrigatoriedade de assegurar o registo da identificação completa dos beneficiários e dos apoiantes e os limites dos apoios concedidos.

No entanto, tudo isto deve ser concretizado num regulamento a ser elaborado pela ASAE, que já esteve em consulta pública há seis meses mas ainda não foi publicado, o que tem impedido as ações de fiscalização.

Questionada, a ASAE diz que estas normas estiveram em consulta pública até final de julho do ano passado e que estão em “fase de conclusão”.

Sobre o porquê de tal documento ainda não ter sido publicado, a ASAE disse que irá “diligenciar para ser publicado com a brevidade possível”, alegando que os comentários recebidos na fase de consulta pública e a avaliação técnico-jurídica necessária atrasaram o processo.

"Tendo a ASAE recebido cerca de seis contributos para o Regulamento provenientes de várias entidades (em especial das organizações sem fins lucrativos, uma vez que o Regulamento colige a realidade das plataformas colaborativas e das organizações sem fins lucrativos), encontra-se atualmente em fase de análise das várias propostas e comentários, para ultimar o texto final", refere a autoridade.

O financiamento colaborativo, ou ‘crowdfunding’, é o tipo de financiamento de entidades, nomeadamente pessoas coletivas (nas quais se incluem os sindicatos), das suas atividades e projetos, através do registo em plataformas eletrónicas acessíveis na Internet, com o objetivo de angariar investimento proveniente de investidores individuais.

Especialistas ouvidos aquando da primeira greve dos enfermeiros às cirurgias programadas - em novembro e dezembro – admitiram que o ‘crowdfunding’ usado em greves pode ter um “efeito perverso” se os fundos tiverem origem em concorrentes das entidades empregadoras atingidas pelo protesto.

Defenderam que a forma de financiamento da greve dos enfermeiros pode mesmo colocar questões de concorrência desleal e ser um sintoma de que os tradicionais fundos de greves já não se adequam ao novo perfil de paralisações, em relação ao qual o atual ordenamento jurídico laboral ainda não consegue dar resposta.

António Monteiro Fernandes, professor do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, afirmou que “se terceiros (por exemplo, um partido político ou uma empresa concorrente) se aproveitam dessas greves, no sentido de promoverem a greve ou o seu prolongamento, como será o caso da participação no ‘crowdfunding’, isso implica a possibilidade de investigação da identidade dos contribuintes” participantes na recolha de fundos.

“Imagine-se que as empresas detentoras de hospitais e clínicas privados aderiam maciçamente ao ‘crowdfunding’. Haveria, sem dúvida, ilegalidade, mas não do lado da greve – do lado das empresas, pela prática de concorrência desleal”, exemplificou.

Já no início deste mês, aquando do início da segunda greve dos enfermeiros dos blocos operatórios, o primeiro-ministro admitiu que terá de haver uma clarificação sobre a forma de financiamento das greves, numa alusão ao recurso ao financiamento dos sindicatos através de 'crowdfunding', e disse que "não pode haver qualquer dúvida que manche a dignidade do movimento sindical".

De acordo com a informação disponível na plataforma de financiamento colaborativo usada pelos enfermeiros para o crowdfunding da segunda greve, foram angariados mais de 423.000 euros. Na primeira greve, entre 22 de novembro de final de dezembro, tinham angariado mais de 360.000 euros.

Estudo
Portugal ocupa o quinto lugar de uma lista de 46 países, a maioria europeus, sobre o acesso a métodos contracetivos, por os...

A lista consta do “Atlas da Contraceção 2019”, ontem divulgado em Bruxelas, uma iniciativa do Fórum Parlamentar Europeu sobre População e Desenvolvimento - que reúne vários Estados-membros da União Europeia (UE) -, e de vários especialistas em educação sexual e saúde reprodutiva criada para monitorizar a aposta dos países nesta área.

De um total de 46 países da UE e outros (como a Rússia, Turquia, Bielorrússia, entre outros), Portugal ocupa a quinta posição com uma avaliação de 78,1%.

À frente fica a Bélgica (90,1%), França (90,1%) e Reino Unido (87,6%) – países que assumem a liderança pelo terceiro ano consecutivo –, e a Holanda (81,1%).

Dos países com melhores resultados fazem ainda parte o Luxemburgo (75,3%) e a Alemanha (75,1%).

Segundo o Atlas, que é atualizado anualmente, estes países têm medidas para comparticipar métodos contracetivos, disponibilizam este apoio principalmente à população mais vulnerável – como jovens e carenciados – e prestam ainda planeamento familiar gratuito.

Acresce que divulgam informação sobre este assunto na internet.

Apesar de reconhecerem melhorias na aposta dos países na área da contraceção, nomeadamente na Albânia, Andorra, Finlândia e Grécia, os promotores sublinham que os governos, nomeadamente os europeus, “têm de fazer mais para melhorar o acesso a métodos contracetivos”.

Entre os países piores classificados no ‘ranking’ está a Bielorrússia (44,3%), a Rússia (42,8%) e a Polónia (31,5%), sendo que este ocupa o último lugar na lista.

O estudo demonstra ainda que 43% das gravidezes na Europa não são planeadas, apesar de 69% das mulheres europeias usarem métodos contracetivos.

Para realizar o estudo, são tidas em conta as medidas adotadas por cada país, bem como a informação disponibilizada.

Em Portugal, faz parte do Fórum Parlamentar Europeu sobre População e Desenvolvimento a Associação para o Planeamento da Família.

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