Boletim Polínico
As concentrações de pólenes vão estar com níveis muito elevados em Portugal continental e baixos na Madeira e nos Açores...

De acordo com boletim polínico hoje divulgado, os pólenes estarão em níveis muito elevados nas regiões de Trás-os-Montes e Alto Douro, Entre Douro e Minho, Beira Litoral, Beira Interior, Lisboa e Setúbal, Alentejo e Algarve.

Nestas zonas predominam os pólenes de árvores como carvalho, pinheiro, bétula, oliveira, sobreiro e de ervas como urtiga, parietária, azeda, tanchagem, quenopódio e gramíneas.

Na Madeira, apesar dos níveis baixos, os pólenes em destaque são os das árvores pinheiro, plátano, cipreste e eucalipto e das ervas parietária, gramíneas e tanchagem.

Nos Açores, também com níveis baixos, predominarão os pólenes das ervas urtiga e parietária e das árvores pinheiro, carvalho e bétula.

A alergia ao pólen causa reações do aparelho respiratório (asma e rinite alérgica), dos olhos (conjuntivite alérgica) ou da pele (urticária e eczema).

Recomendações gerais da SPAIC para estes dias

  • Consulte o Boletim Polínico, para saber as concentrações dos pólenes no ar ambiente (baixas/moderadas/elevadas).
  • Programe as suas férias, elegendo locais de baixas contagens polínicas (ex. neve, praia).
  • Evite realizar atividades ao ar livre quando as concentrações polínicas forem elevadas. Passeios no jardim, cortar a relva, campismo e a prática de desporto na rua irão aumentar a exposição aos pólenes e o risco para as alergias.
  • Mantenha as janelas fechadas sempre que viajar de carro. Assim poderá passear, reduzindo significativamente o contacto com os pólenes. Os motociclistas deverão usar capacete integral. Em casa deverá manter as janelas fechadas quando as concentrações dos pólenes forem elevadas.
  • Use óculos escuros, uma forma eficaz e prática de evitar queixas oculares, sempre que sair à rua.
  • Faça a medicação prescrita, pois esta será a forma mais eficaz de combater os sintomas de alergia. Consulte um médico especialista de imunoalergologia para o diagnóstico correto e a prescrição do medicamento mais adequado. A prevenção poderá passar pela realização de vacinas antialérgicas.
Investigação
Cientistas da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, produziram um coração vivo que palpita a partir de tecido humano com uma...

Tal Dvir, um dos cientistas envolvidos neste estudo, mostrou-se entusiasmado com o feito, admitindo que foi a primeira vez que se produziu um coração com uma impressora 3D com o tecido humano de um paciente.

O coração “está completo, vivo e palpita” e foi feito com células e biomateriais humanos. “Fizemos uma pequena biopsia do tecido adiposo, removemos todas as células e separamo-las do colagénio e outros biomateriais. De seguida reprogramamo-las para que se tornassem células-mãe e conseguimos transformá-las em células cardíacas e células de vasos sanguíneos”, explicou o investigador.

De acordo com o professor da Faculdade de Ciências Vivas George S. Wise, da Universidade de Tel-Aviv, os biomateriais foram posteriormente convertidos em biotina, para serem impressos com as células.

O coração, com cerca de três centímetros (do mesmo tamanho que o de um rato ou coelho) é, no entanto, “muito básico”, adiantou o especialista. “O próximo passo é amadurecer este coração de modo a que possa bombear”, esclareceu.

Para já, o coração apenas palpita mas não consegue exercer a sua principal função. “Precisamos desenvolvê-lo mais para conseguir um órgão que possa ser transplantado para um ser humano”, revelou Tal Dvir. “O próximo desafio é amadurecer estas células e ajuda-las a que comuniquem entre elas para que se contraiam juntas. É preciso ensinar-lhe como se comportar adequadamente”, explicou. O segundo desafio é, para o investigador, conseguir criar um coração maior, com mais células. “Temos de descobrir como criar células em número suficiente para produzir um coração humano”, acrescentou.

O cientista israelita espera que dentro de 10 ou 15 anos os hospitais tenham impressoras 3D que forneçam tecido para os pacientes.

Este estudo abre as portas para o futuro da transplantação, no qual se espera que os doentes não tenham de esperar por um transplante ou tomar remédios para evitar a sua rejeição. “Os órgãos necessários serão impressos, totalmente personalizados para cada paciente”, acreditam os autores deste estudo.

Projeto solidário e terapêutico
O projeto "Sábio Sabor", desenvolvido pela Associação de Familiares, Utentes e Amigos do Hospital Magalhães Lemos ...

Portugal é o quinto país da União Europeia com maior prevalência de problemas de saúde mental. De acordo com o relatório “Health at a Glance 2018”, 18,4% da população portuguesa sofre de ansiedade, depressão ou manifesta problemas com o consumo de álcool e drogas. O Hospital Magalhães Lemos, no Porto,  hospital de referência da região Norte em cuidados de psiquiatria e de saúde mental,  dispõe de 196 camas, mas frequentemente debate-se com um número de doentes que ultrapassa a sua capacidade. A prevenção parece ser o único caminho para contrariar a prevalência deste tipo de doenças e começa na alimentação. “Sábio Sabor” foi o projeto criado pela Associação de Familiares, Utentes e Amigos do Hospital Magalhães Lemos (AFUA-HML), que agora conhece um desenvolvimento importante: a construção da sua própria horta.

A horta, que vai nascer no Porto, tem como principal objetivo a produção de legumes e frutas destinados a suprir necessidades de alimentação saudável dos utentes da instituição e da comunidade. Simultaneamente esta horta será um espaço terapêutico, visto que a dinamização do mesmo será realizada por pessoas com doença mental, em contexto de aprendizagem, com supervisão técnica e da especialidade.

O projeto vai ser dinamizado e gerido com os utentes da AFUA-HML. Os produtos da horta destinam-se à constituição de cabazes para os utentes da AFUA-HML com parcos recursos financeiros para adquirirem alimentos frescos (hortícolas, legumes e frutas) em número desejado à promoção da sua saúde, bem como para oferecer a juntas de freguesia de Matosinhos e do Porto para estas distribuírem junto dos habitantes assinalados com necessidades semelhantes.

Ana Bravo é madrinha do projeto “Sábio Sabor”

Alguns dos produtos da horta também apoiarão a marca registada “Sábio Sabor”, criada pela AFUA-HML, que tem como madrinha a nutricionista Ana Bravo, e que visa comercializar receitas (livro de receitas) e produtos saudáveis promotores de saúde mental. A receita gerada serve para criar oportunidades de emprego para os utentes da instituição, bem como para sensibilizar a comunidade sobre quais os produtos promotores de saúde mental e os seus particulares benefícios.

Susana Fernandes, responsável pelo Departamento Científico e de Desenvolvimento de Projetos da AFUA-HML, destaca que a horta Sábio Sabor, “além de ter como objetivo a produção agrícola visa ainda a promoção de bem-estar dos seus utentes. A prática de uma atividade ao ar livre, em contacto com a natureza, é potenciadora de relaxamento e de emoções estéticas, favorecendo-se assim a saúde mental de quem a pratica, prevenindo-se o acumular de ansiedade e de outros sintomas psicopatológicos”.

De referir que a AFUA-HML detém atualmente diversas estruturas na área da reabilitação psicossocial, nomeadamente uma Unidade sócio ocupacional, quatro Unidades Residenciais Protegidas, uma Unidade Residencial de Autonomia, uma Empresa Social de Restauração, uma Empresa Social de Limpeza, o Gabinete de Informação, Intervenção e Apoio Psicossocial, uma Equipa de Apoio Domiciliário e agora, mais recentemente, o Centro de Apoio à Vida Independente (CAVI). A equipa ao serviço destas estruturas é multidisciplinar, sendo constituída por dois assistentes sociais, duas terapeutas ocupacionais, uma psicóloga, um técnico de reabilitação psicossocial, 11 ajudantes de ação direta, nove funcionários de limpeza e sete funcionários de restauração. Os funcionários das empresas sociais são na sua grande maioria pessoas com doença mental.

Estudo
Investigadores portugueses advertem para a necessidade imperiosa de utilização, pelos profissionais de saúde, de garrotes...

Em causa estão os resultados de um estudo realizado no âmbito do projeto “TecPrevInf - Transferência de inovação tecnológica para as práticas dos enfermeiros: contributos para a prevenção de infeções”, que vêm mostrar que os garrotes utilizados nas unidades de saúde estão muitas vezes contaminados por microrganismos potencialmente patogénicos e resistentes a antibióticos.

De acordo com os investigadores do TecPrevInf – o projeto é liderado pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), tendo como parceiros a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC), o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e a Associação Portuguesa de Acessos Vasculares (APoAVa) –, esta realidade pode colocar em causa a saúde dos utentes e a qualidade dos cuidados prestados.

Intitulado “A disseminação microbiológica associada aos garrotes utilizados durante a punção venosa periférica: achados de uma scoping review”, o trabalho efetuado no âmbito do projeto TecPrevInf partiu da revisão científica de 20 estudos feitos em diversos países – Reino Unido (8), Brasil (2), EUA (2), Alemanha, Austrália, Coreia do Sul, Paquistão, Portugal, Nigéria, Nova Zelândia e Turquia (1 estudo em cada país) – e que foram publicados entre 1986 e 2017, num total de 1479 garrotes analisados.

De acordo com a scoping review (revisão sistematizada destinada a mapear estudos científicos relevantes em determinada área), conclui-se que «as taxas de contaminação variam entre os 10 e os 100%», sendo que «15 dos 20 estudos analisados revelam a existência de contaminação em pelo menos 70% dos garrotes observados».

De acordo com os investigadores do TecPrevInf, os resultados encontrados na scoping review são corroborados pelos resultados da investigação desenvolvida pelo projeto numa unidade hospitalar do centro de Portugal, que apresentou «uma taxa de contaminação de 86% em 35 zaragatoas» recolhidas para análise em garrotes utilizados na cateterização venosa periférica. E «os microrganismos isolados encontrados foram similares aos identificados na literatura, também no que respeita a microrganismos multirresistentes», referem os responsáveis por estes dois estudos.

Numa das fases mais avançadas desta investigação realizada no centro do país, foram introduzidos garrotes descartáveis de uso único no contexto clínico em estudo, referem os investigadores do TecPrevInf, segundo os quais «as guidelines e orientações mais recentes recomendam o uso de garrote descartável, se possível de utilização única», sendo que, «quando não for possível individualizar o garrote», se devem «cumprir os protocolos de descontaminação apropriados antes e após a sua utilização».

Coordenado pela ESEnfC, o projeto TecPrevInf tem por objetivo a implementação de tecnologias inovadoras na prática clínica dos enfermeiros com vista à prevenção de infeções associadas aos cuidados de saúde, relacionadas com o uso do cateter venoso periférico.

O projeto TecPrevInf está inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), no seu eixo estratégico TecCare, que pretende aliar o conhecimento e a prática clínica à investigação experimental desenvolvida no mundo do ensino superior no domínio das tecnologias dos cuidados de saúde, visando a inovação e a transferência de conhecimento para uma melhoria da saúde prestada às populações.

Recentemente, o estudo “A disseminação microbiológica associada aos garrotes utilizados durante a punção venosa periférica: achados de uma scoping review” foi distinguido como dos melhores trabalhos com impacto social para divulgação apresentados durante o European Congress of Clinical Microbiology & Infectious Diseases, que decorreu, entre os dias 13 e 16 de abril, em Amesterdão e que agregou mais de 12000 pessoas.

Candidaturas arrancam a 1 de Julho
Abrir portas a jovens investigadores e startups portuguesas com projetos inovadores na área das neurociências é o objetivo do ...

Trata-se da primeira iniciativa deste âmbito realizada pela multinacional suíça, com presença no nosso país que, mais do que o reconhecimento de boas ideias na área das neurociências, pretende dotar os jovens e as startups de ferramentas para a concretização dessas mesmas ideias, através de um mentoring, proporcionado pelos especialistas da Roche e da imatch, consultora de inovação parceira da iniciativa.

Numa primeira fase, serão selecionados os dez projetos com mais impacto e potencial, aos quais será oferecido um acompanhamento que culminará com a apresentação das propostas, num pitch com a duração máxima de três minutos. Segue-se a escolha dos três vencedores, que terão direito a um prémio monetário: 10.000 euros para o primeiro classificado, 5.000 euros para o segundo e 2.500 euros para o terceiro.

As candidaturas, feitas pelas startups ou investigadores, devem ser submetidas, a partir de dia 01 de julho e até dia 13 de setembro, através do site www.roche.pt.  

O “Science and Innovation Congress” é um evento organizado pela Embaixada Suíça e que visa assinalar o centésimo aniversário das relações diplomáticas entre Portugal e a Suíça. Saiba mais no programa do congresso.

 

Tecnologia e Contratação Pública
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e o Observatório de Prospectiva de Engenharia e da Tecnologia (OPET)...

Maria de Belém Roseira, no discurso de abertura deste encontro, destacou a relevância das novas tecnologias e da inovação ao serviço da saúde, nomeadamente no combate à fraude nos sistemas de saúde e na reformulação dos modelos de cuidados, destacando a necessidade de redesenhar o sistema de saúde como um todo, com o objetivo de atingir o bem comum.

A reflexão sobre a forma como as novas tecnologias podem contribuir para o desenvolvimento do sistema de saúde foi também referida por José Manuel Boavida, Presidente da APDP, que destacou o aumento exponencial dos números da diabetes, que afeta atualmente uma população ativa e integrada no mundo do trabalho, e a necessidade de uma resposta global que pode ser dada através de novas tecnologias e de um novo modelo de gestão da doença, para permitir uma melhoria da qualidade de vida e bem-estar das pessoas e uma eventual diminuição de custos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Em Portugal são diagnosticadas 200 pessoas por dia com diabetes, 500 pessoas com diabetes são sujeitas a internamento e 12 pessoas morrem diariamente devido à doença, o que implica que a forma como se olha para a diabetes tem de mudar. A dificuldade ou a falta de recurso a novas tecnologias é frequentemente apontada como um fator que entrava um maior desenvolvimento do combate às doenças, nomeadamente às doenças crónicas, como a diabetes. Por isso, a pressão das novas tecnologias já é uma realidade”, referiu José Manuel Boavida.

A constatação que não é possível gerir a diabetes na próxima década com o modelo atual e demonstrar que se podem potenciar os novos meios tecnológicos para melhorar a evolução da saúde com apoio público e sem acréscimo da despesa para o SNS, foi também referido pelo Presidente da OPET, Luís Valadares Tavares, que defendeu o modelo GLICAT (Novo Modelo de Contratação Pública para a Aquisição de Meios de Monitorização Contínua da Glicose), para reinventar o sistema de saúde, onde defende a existência de redes distribuídas e domiciliadas da gestão da saúde de cada doente, em substituição da rede hospitalar centralizada.

“A conceção da centralização da saúde não é compatível com a economia digital. Um modelo em rede centrífuga, dado que a lógica da economia digital é uma economia distribuída, implica poupança para o SNS e será mais eficiente na gestão da doença e na melhoria da qualidade de vida dos doentes”, comenta o Professor Luís Valadares Tavares.

A necessidade de tecnologias inovadoras para a qualidade de vida, a integração junto de toda a comunidade envolvida na doença e a importância da humanização no tratamento da doença, esteve também em debate pelos participantes deste encontro que incluiu pessoas com diabetes, profissionais da saúde, da gestão pública, das tecnologias, dos prestadores de serviços, dos vendedores de equipamentos e das universidades.

Doença Reumática
Trata-se de uma doença inflamatória crónica que afeta sobretudo as articulações da coluna, conduzind

Mito 1: A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença rara.

Facto: A EA é muito mais comum do que se imagina. De acordo com os estudos de Elyse Rubenstein, reumatologista, a espondilite anquilosante afeta até 1,4 por cento da população. É, por isso, mais comum do que a esclerose múltipla, a fibrose cística ou a doença de Lou Gehrig combinadas, afirma a Associação de Espondilite Anquilosante dos Estados Unidos da América.

A espondilite anquilosante é a condição mais comum dentro de um grupo de várias doenças reumáticas chamadas espondiloartropatias, que causam problemas articulares crónicos.

Mito 2: A espondilite anquilosante é exclusivamente masculina.

Facto: Embora os homens jovens tenham duas a três vezes mais probabilidade de ser afetados por espondiloartropatias do que as mulheres da mesma idade, a espondilite anquilosante afeta ambos os sexos. Os sintomas da espondilite anquilosante nas mulheres podem torná-la mais difícil de diagnosticar. Algumas mulheres podem começar a ter sintomas no pescoço, em vez de na parte inferior das costas.

Mito 3: A espondilite anquilosante afeta apenas as costas.

Facto: A dor crónica nas costas é o sintoma que mais frequentemente conduz ao diagnóstico. No entanto, a espondilite anquilosante também pode afetar outras partes do corpo, incluindo a válvula aórtica do coração; os olhos, através de um processo inflamatório chamada uveíte; a pele, através da psoríase; as costelas; o sistema digestivo; e os rins.

Mito 4: O descanso é uma das melhores formas de combater a dor na espondilite anquilosante.

Facto: A atividade física é, realmente, uma das melhores coisas que o doente pode fazer para melhorar a sua condição. Um bom regime de exercícios e fisioterapia, como a ANEA oferece nos seus programas, ajuda a diminuir quer os sintomas quer a progressão da doença. De acordo com uma pesquisa publicada na edição de Março 2014 os Anais de Doenças Reumáticas, os doentes que seguem uma rotina de exercícios de força muscular postural, alongamento e exercícios respiratórios conseguem melhorar sua qualidade de vida e diminuir o stresse emocional e a fadiga associada a espondilite anquilosante.

Mito 5: Não deve tomar medicamentos anti-inflamatórios não esteróides ou AINEs, se tem espondilite anquilosante.

Facto: Algumas pessoas hesitam em tomar AINEs para a espondilite anquilosante por causa dos efeitos secundários ao longo do tempo. No entanto, os AINE são realmente o analgésico mais comum prescrito pelos médicos para as pessoas nos estágios iniciais da doença. Quando são utilizados sob supervisão de um médico podem minimizar o risco de efeitos secundários e colaterais.

Mito 6: A Espondilite Anquilosante resulta sempre na calcificação total da coluna.

Facto: A fusão total da coluna só ocorre em estágios tardios da doença. Para algumas pessoas, a doença não chega ao ponto mais extremo. Seguindo o plano de tratamento, que deve incluir tanto exercício e medicação, pode ter um prognóstico mais optimista.

Mito 7: A espondilite anquilosante é sempre diagnosticada pela dor nas costas.

Facto: A espondilite anquilosante pode afetar outras partes do corpo e o diagnóstico pode realmente vir de um outro problema identificado pelos médicos.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Cerca de 80% dos doentes com Espondilite Anquilosante têm mobilidade reduzida, metade não se consegue lavar ou vestir sem ajuda...

O estudo debatido no XXI Congresso Português de Reumatologia , realizado pela NOVA IMS,  adianta que as crises desta doença comprometem seriamente o desempenho dos doentes no dia-a-dia, particularmente no que respeita às limpezas domésticas (55,5%), à prática de exercício físico (46,5%), que encontra na caminhada, natação/hidroginástica e nos exercícios de alongamento o maior número de praticantes. Estas dificuldades alargam-se ainda ao deitar e levantar da cama (45,6%), subir e descer escadas, atar os sapatos ou conduzir, entre outras. O estudo revela ainda que os doentes não são os únicos afetados pela doença; os familiares e amigos veem também as suas vidas comprometidas devido aos dias em que têm de faltar ao trabalho para poderem prestar assistência – 13 dias em média no ano anterior.

“Os primeiros sintomas (dores, inflamação, rigidez) surgem predominantemente na faixa etária dos 25 aos 34 anos, seguida da dos 20 aos 24 e dos 15 aos 19 anos”, revela Luís Cunha Miranda, presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR). A partir dos 45 anos, regista-se um decréscimo contínuo dos primeiros sintomas – na faixa dos 64 anos ou mais, a incidência é de 0,3%. Daí à consulta médica vão, no entanto, cerca de quatro anos em média – apesar de 24,3% dos inquiridos procurar um médico entre um e seis meses após os sintomas iniciais e 12,9% num espaço de um mês, muitos revelaram ter esperado vários anos, alguns mesmo mais de dez (14,6%).

“É também nos 25-34 anos que se regista o maior número de diagnósticos, a maioria (65,6%) feita por um especialista em Reumatologia”, refere o presidente da SPR. De acordo com as respostas dos participantes as articulações sacroilíacas (77,4%), coluna cervical (74,3%), quadris (71,5%), coluna dorsal e lombar (47,5%), joelhos (43,2%), ombros (42,4%) e articulações da mão (40,1%) são as partes do corpo afetadas que mais se destacam.

O score de BASDAI, que mede a rigidez matinal que vai de 0 (=bom) a 10 (=mau) é de 5,5, com uma média de rigidez matinal desde que o acordar de 50 minutos (7,3% refere não sentir nada; os demais variam entre 1-30 minutos e 2 horas ou mais).

Entre os medicamentos tomados pelos inquiridos, apontam-se os anti-inflamatórios (65%), os antirreumáticos (35,3%) e os biológicos/biossimilares (22,9%), revelando estes últimos os melhores efeitos na melhoria da qualidade de vida (trabalho, estado anímico, atividades de lazer e tempo livre, relações sociais, desporto e atividade física, independência, atividade sexual – numa escala de 0 a 10, situam-se entre os 5,3 e 6,4). Os anti-inflamatórios e antirreumáticos situam-se respetivamente entre os 3,5-4,6 e os 3,5-4,4). Os inquiridos revelaram ainda ter recorrido grandemente ao Serviço Nacional de Saúde devido à EA: 85% para consultas, 74% para exames, 48% para o serviço de urgência e 8% estiveram hospitalizados. Na sua maioria, 43,2%, estes doentes não tinham subsistema de saúde, 29,7% possuíam seguro de saúde e 16,1%, ADSE – uma minoria possuía SAMS, ADM ou outros.

O estudo revela ainda que muitos dos doentes com EA padece em simultâneo de outras doenças, como ansiedade, depressão, fibromialgia, transtornos do sono e hipertensão arterial, principalmente. No caso da ansiedade e depressão, 54,4% revelaram terem estado moderadamente ansiosos ou deprimidos no ano anterior como consequência da Espondilite Anquilosante.

 

Menos sal, açúcar e gordura trans
Reduzir o teor de sal, açúcar e gorduras transgénica na indústria alimentar é o principal objetivo da Direção Geral de Saúde...

Mais de 2.000 produtos alimentares, entre refrigerantes, cereais de pequeno almoço, leites com chocolate e batatas fritas vão ser reformulados para reduzir os teores de açúcar, sal e ácidos gordos até 2022.

O Ministério da Saúde assina hoje, dia 2 de maio, protocolos com sete associações da indústria alimentar e distribuição para garantir a produção de alimentos mais saudáveis e serão, igualmente entregues os «Selos Pão: Menos Sal, Mesmo Sabor».

Os acordos prevêem uma redução de 10% no teor de açúcar dos cereais de pequeno almoço, iogurtes, leites fermentados, leite com chocolate e refrigerantes e uma redução de 7% para os néctares de fruta.

«Pretende-se que as pessoas tenham acesso a alimentos saudáveis de uma forma mais facilitada», afirmou em declarações à Lusa a Secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, explicando que os alimentos a reformular foram selecionados através dos inquéritos alimentares nacionais e com a Comissão Europeia.

Raquel Duarte explicou também que foram identificados «não só os alimentos que mais contribuem para a ingestão de açúcar, sal e ácidos gordos, mas também os que eram maioritariamente consumidos pelos grupos mais vulneráveis como crianças e adolescentes».

A Secretária de Estado da Saúde acrescentou que a redução no teor de sal, que abrange batatas fritas e outros snacks, pão, cereais de pequeno almoço, sopas prontas, refeições prontas e pizzas, atinge os 10%, mas há valores específicos: «No sal pretende-se atingir um grama de sal por 100 gramas de pão e nos cereais de pequeno almoço os 10% de redução».

A redução dos teores de ácidos gordos trans abrange as gorduras industriais utilizadas para o fabrico de produtos alimentares.

Os protocolos incluiem a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição e associações nacionais da indústria de laticínios, de comerciantes de produtos alimentares, a associação portuguesa de produtores de cereais, de óleos alimentares, margarinas e derivados, entre outras.

A modificação dos teores de sal, açúcar e gorduras trans dos produtos alimentares é uma medida da estratégia Integrada para a promoção da Alimentação Saudável.

Risco de infeção
O simples ato de lavarmos as mãos reduz em 40 por cento a incidência de infeções responsáveis por diarreias, gripe, doenças de...

Com o objetivo de consciencializar os profissionais de saúde e a população em geral para a importância da higiene da Mãos e outras precauções básicas na prevenção e controlo de infeções, o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira promove no próximo dia 8 de maio às 11h30, uma iniciativa de larga escala que pretende refletir a mensagem da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o ano de 2019, designada “Cuidados Seguros para TODOS – Está nas Tuas Mãos”.

Esta atividade consistirá na formação de uma mão gigante preenchida por profissionais de saúde e utentes, numa área da instituição ao ar livre e será divulgada em Portugal com o apoio da DGS e internacionalmente pela OMS.

São parceiros desta iniciativa do CHUCB a Escola Secundária Campos Melo, o MedUBI, o Grupo de Voluntariado da Liga dos Amigos, a Câmara Municipal da Covilhã e a empresa BMDrones.

Evidenciar ainda que a prevenção e controlo de infeções, na qual se inclui a higiene das mãos é uma abordagem prática e baseada em evidências, com impacto comprovado na qualidade do atendimento e na segurança do doente em todos os níveis do sistema de saúde.

O Dia Mundial da Higiene das Mãos comemora-se anualmente a 5 de maio.

 

Estudo
Cerca de 400 mil crianças de 21 países europeus estarão com obesidade severa, de acordo um estudo da Organização Mundial da...

O estudo da Organização Mundial da Saúde para a Europa estima que 398 mil crianças entre os seis e os nove anos estariam com obesidade severa entre 2007 e 2013.

Portugal surge como o quinto país com maior prevalência de excesso de peso em crianças no período analisado, mas em relação à obesidade severa surge em sétimo lugar.

Segundo os dados do estudo, 3,4% das crianças analisadas em Portugal apresentam obesidade severa, 10,5% apresentam obesidade e 21% têm excesso de peso.

O valor mais baixo na obesidade severa regista-se na Suécia e na Moldávia, com 1% de prevalência, enquanto os valores mais elevados se encontram em Malta e Grécia, com uma prevalência de 5,5% e 4,8%.

Portugal e Itália foram alguns dos países onde se registou um decréscimo da obesidade severa ao longo do tempo, comparando 2007/2008 com 2012/2013.

Nos outros países, a diferença registada não foi significativa.

A prevalência da obesidade severa, mais grave, é superior nos rapazes do que nas raparigas e o estudo conclui também que é mais comum entre as crianças cujas mães têm níveis de escolaridade mais baixos.

O estudo da OMS Europa analisou dados de mais de 630 mil crianças de seis a nove anos de 21 países, investigando três períodos distintos: 2007/2008, 2009/2010 e 2012/2013.

 

Administração Regional de Saúde do Centro
O Plano de Contingência Saúde Sazonal, Módulo Verão - Região Centro 2019 da Região, entrou em vigor ontem e prolonga-se até dia...

O Plano de Contingência Saúde Sazonal, Módulo Verão - Região Centro 2019 entra quarta-feira em vigor, prolongando-se até dia 30 de setembro, anunciou hoje a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

Este plano contém as "orientações estratégicas e referenciais que permitem comunicar o risco, e a gestão desse risco, à população e aos parceiros do setor da saúde, bem como capacitar os cidadãos para a sua proteção individual e a adequação dos serviços de saúde para uma resposta pronta e eficaz ao aumento da procura ou a uma procura diferente da esperada".

"O objetivo principal consiste em prevenir e minimizar os efeitos negativos do calor extremo na saúde da população em geral e dos grupos de risco em particular - idosos, crianças, pessoas com doenças crónicas e pessoas que trabalham ao ar livre, por exemplo", refere o comunicado da ARSC.

Por outro lado, pretende-se  "minorar outros fenómenos com impacto na saúde cuja frequência pode aumentar no verão, como os incêndios, afogamentos, acidentes ou toxi-infeções alimentares coletivas".

"A hidratação e a manutenção do conforto térmico são medidas/recomendações a implementar, em particular junto das populações mais vulneráveis e dos referidos grupos de risco", lê-se na nota.

"Portugal tem sido afetado, ao longo dos últimos anos, por fenómenos climáticos extremos e, decorrente da sua localização geográfica, pode considerar-se um dos países europeus mais vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos climáticos extremos", recorda a Administração Regional de Saúde do Centro.

"Estas alterações de frequência e intensidade dos fenómenos climáticos extremos, que ocorrem com frequência na primavera/verão, sendo uma ameaça para a saúde pública, podem produzir efeitos graves na saúde humana, com um potencial aumento da morbilidade e aumento da procura dos serviços de saúde", chama à atenção esta entidade.

Para mais informações pode consultar este plano na página oficial da ARSC (www.arscentro.min-saude.pt).

Estudo OMS
O alerta chega por parte da OMS. De acordo com um estudo divulgado por esta organização, as crianças que nunca foram...

Coordenado pela investigadora portuguesa Ana Rito, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, este estudo fez a análise de dados de 22 países da região europeia da Organização Mundial de Saúde, entre 2015 e 2017, com amostras representativas da população infantil de cada país, integrando mais de 100 mil crianças entre os seis e os nove anos.

De acordo com esta análise, as crianças que nunca foram amamentadas têm mais 22% de probabilidade de virem a ser obesas e as que foram amamentadas por um período curto têm mais 12% de probabilidade, quando comparadas com as que foram amamentadas em exclusivo por pelo menos seis meses.

Apesar de Portugal apresentar uma taxa de amamentação superior a 85%, apenas 21% das crianças foram amamentadas em exclusivo pelo menos durante seis meses. Ainda assim mais de metade das crianças portuguesas analisadas foi amamentada durante pelo menos seis meses, ainda que nem todas em exclusividade.

As taxas de obesidade mais elevadas foram observadas em Espanha, Malta e Itália, com maior prevalência de obesidade entre as crianças nunca amamentadas.

O peso elevado à nascença também parece estar associado a um maior risco de obesidade.

O estudo permitiu concluir que, sendo a promoção da amamentação uma “janela de oportunidade” para a prevenção da obesidade, as políticas de cada país devem promover e apoiar medidas de promoção da amamentação.

Num comentário à agência Lusa, o coordenador do departamento europeu de prevenção e controlo de doenças não transmissíveis da OMS, João Breda, destaca que este estudo é “um dos maiores de sempre”.

“Evidencia de forma clara o efeito protetor do aleitamento materno contra a obesidade, sendo que crianças amamentadas ao peito podem chegar a ter um risco de obesidade 25% inferior ao de crianças que foram alimentadas com substitutos de leite materno”, referiu João Breda à Lusa.

O perito recorda que a OMS continua a recomendar o aleitamento materno exclusivo até pelo menos aos seis meses.

Mas, para o atingir, João Breda defende como essencial controlar o ‘marketing’ de substitutos de leite materno, “que continua a ser excessivo”, bem como que os hospitais e centros de saúde sejam promotores do aleitamento.

Considera também necessário que as licenças de maternidade e paternidade tenham em conta as necessidades das mães e das famílias que optam pelo aleitamento materno.

Absentismo laboral
Transportar materiais pesados ou passar demasiado tempo sentado ao computador são requisitos de várias profissões dos dias de...

Em Portugal, as dores nas costas levam aproximadamente 400 mil portugueses por ano a faltar ao trabalho, um problema grave quer para empresas quer para as pessoas que sofrem, com sérias implicações do ponto de vista socioeconómico.

As dores nas costas já são consideradas como uma das principais causas de ida ao médico, acabando também por contribuir para o aumento das reformas antecipadas e para o crescimento do absentismo laboral, que se poderiam evitar com uma maior consciência do que é possível fazer para proteger a coluna vertebral.

 “Trabalhamos oito ou mais horas por dia e é na atividade laboral que somos mais descuidados com as nossas posturas e esforços. Ao contrário do que se possa pensar, estes problemas não são apenas desencadeados por trabalhos pesados. Na verdade, as profissões mais sedentárias também contribuem para lesões na coluna, bem como as atividades que implicam repetição de movimentos”, explica Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador nacional da Campanha Olhe Pelas Suas Costas.

“Atualmente as dores das costas são uma das principais causas de absentismo laboral e é por isso que queremos alertar a população para os cuidados necessários quanto à saúde das suas costas”, remata o especialista, acrescentando que as dores nas costas já “são responsáveis por 50% dos casos de incapacidade física na população adulta”.

Segundo um estudo da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, de 2014, mais de 50% dos portugueses, de diferentes setores de atividade, admitem passar muito tempo em posições dolorosas, transportar materiais pesados e realizar movimentos repetitivos.

Bruno Santiago deixa alguns conselhos para protegermos as nossas costas na nossa atividade laboral. “Quando se passa muito tempo sentado deve colocar-se os joelhos mais altos que as ancas e o monitor do computador devem estar à altura dos olhos. Ao transportar materiais pesados deve ter-se o cuidado de não flectir o tronco, mas sim as pernas, segurar os objetos perto do corpo e pedir ajuda sempre que necessário. Em qualquer trabalho é ainda importante que se façam periodicamente pausas que permitam mudar de posição com frequência ou exercitar os músculos. O exercício físico é fundamental para prolongar a saúde da coluna e deve ser incluído na rotina semanal, o que por vezes é difícil num contexto de jornadas de trabalho longas e tempo perdido em transportes” conclui o neurocirurgião.

DGS
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, insistiu hoje na importância de vacinar todos os cidadãos residentes em Portugal,...

“Em Portugal, desde 1965, quando foi criado o Programa Nacional de Vacinação, que foi tomada a decisão de que o programa era para qualquer pessoa presente em Portugal, independentemente da sua condição e é assim. Qualquer pessoa em Portugal tem direito a ter uma vacina, independentemente da sua nacionalidade, se está ou não está legal, se está ou não está de passagem”, reforçou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A responsável falava aos jornalistas por ocasião da assinatura da carta de compromisso “Rede de Municípios Embaixadores da Vacinação”, esta manhã na Amadora, no distrito de Lisboa, realçando ainda a importância do trabalho dos municípios na vacinação.

“A vacinação tem vários níveis de governação e o nível se calhar mais importante é aquele onde estão mesmo as pessoas e, portanto, isso depende dos centros de saúde, das comunidades locais, das escolas e, obviamente, das autarquias”, afirmou Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde destacou ainda o papel importante das carrinhas móveis de vacinação, em vários concelhos do país, que permitem uma maior proximidade à população e melhorar as taxas de vacinação em zonas do país com taxas tradicionalmente mais baixas.

“As carrinhas, ou vacinar fora das unidades de saúde, são estratégias complementares de vacinação para atingir determinadas populações que por qualquer motivo frequentam menos os serviços de saúde e um dos motivos pode ser com receio, infundado, de que por não estarem, por exemplo, legalizados não devam ir à vacinação devem e podem”, disse.

Para a presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, a “proximidade” é um dos fatores chave na responsabilização e vacinação da população.

“O gerar proximidade é muito importante também nestas temáticas, muitas das pessoas que não têm a situação documental toda ela regular e têm receio de se aproximar dos organismos públicos e nesses casos, em particular, compete aos organismos públicos fazer o inverso do percurso e aproximarem-se das pessoas naturalmente”, afirmou Carla Tavares.

Para a autarca a vacinação deve ir além da área da saúde e depende “de cada um de nós enquanto indivíduos e entidades”.

“Não pode ficar só centrado na saúde, esta responsabilidade [da vacinação] não deve ser só cometida aos profissionais de saúde. Há as autarquias, instituições e escolas que têm aqui um papel muito importante na sensibilização em passar a mensagem, não podemos achar que só os profissionais de saúde têm essa responsabilidade, a missão terá seguramente muito menos sucesso”, disse Carla Tavares.

A “Rede de Municípios Embaixadores da Vacinação” teve hoje início, numa parceria da Direção-Geral da Saúde com a Câmara Municipal da Amadora e com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Amadora “com o objetivo de articular e otimizar a colaboração dos municípios na promoção da literacia para a vacinação”.

Lotação aumenta depois de obras
O Serviço de Hematologia Clínica do Hospital São João, no Porto, aumentou hoje a lotação e duplicou a capacidade de...

Em comunicado, o hospital referiu que o Serviço de Hematologia Clínica concentra-se agora no piso 8, depois de as obras de união das duas vertentes, que estavam divididas há dez anos, terem terminado na segunda-feira.

Esta empreitada, com uma duração de um ano, teve um custo de 2,1 milhões de euros e envolveu uma “intervenção mais abrangente e estruturante para todo o internamento central-sul do hospital”, explicou.

O novo serviço, com uma área de 870 metros quadrados, integra a Unidade de Transplantação com oito quartos de isolamento, uma área de tratamento de doentes leucémicos e hemato-oncológicos com 10 quartos de isolamento e 14 camas de enfermaria.

“A construção do serviço de hematologia integrado permitiu-nos concentrar toda a atividade clínica do internamento do Serviço de Hematologia constituindo uma melhoria relevante que se reflete num aumento de 30% na atual lotação do serviço, passando para 32 camas”, afirmou o diretor do Serviço de Hematologia Clínica, Fernando Príncipe, citado na nota.

Este aumento do número de camas irá processar-se de forma gradual, ajustando a atividade às necessidades identificadas, adiantou.

O clínico estima que com esta “melhoria infraestrutural” o serviço consolide anualmente o seu programa de transplantação (auto e alo) duplicando o número de alotransplantes, permitindo o desenvolvimento de quimioterapias intensivas e imunossupressoras para um maior número de doentes oncológicos, nomeadamente leucemias, linfomas Hodgkin e não-Hodgkin e mielomas múltiplos.

O centro hospitalar fica “dimensionado e com características únicas” para prestar um “serviço de excelência” na área da hemato-oncologia na região Norte, vincou.

Diz Governo
O secretário de Estado da Valorização do Interior considerou hoje “importante” a produção de canábis para fins medicinais e...

“É importante a produção, mas mais do que a produção o que interessa realmente ao país é a industrialização e a investigação que se pode fazer à volta desta nova cultura”, afirmou João Paulo Catarino.

O governante falava aos jornalistas em Campo Maior, no distrito de Portalegre, após a apresentação da empresa Sababa Portugal, que projeta instalar uma produção de canábis para fins medicinais e uma unidade fabril para a produção de medicamentos nesta vila raiana.

João Paulo Catarino destacou a linha de investigação que está a ser desenvolvida nesta área pela empresa, que opera na indústria de canábis para fins medicinais e científicos.

"É um grupo com uma dimensão internacional e que tem já uma linha de investigação a nível internacional e que, juntando-se aos nossos centros de investigação, aos nossos institutos politécnicos, à Fundação Champalimaud, mostra-nos como é que nós podemos aqui ter uma nova linha de investigação e produção de conhecimento”, declarou.

Para o secretário de Estado da Valorização do Interior, o investimento que vai surgir em Campo Maior constitui “um privilégio” e um “sinal” para a valorização dos territórios do interior.

Hoje, no final da cerimónia de apresentação do projeto, realizada à porta fechada aos jornalistas, a Lusa tentou obter mais informações sobre o investimento, mas a empresa promotora e o presidente do município escusaram-se a prestar esclarecimentos.

Em fevereiro deste ano, o presidente da Câmara de Campo Maior, Ricardo Pinheiro, disse à Lusa que o projeto de exploração de canábis para fins medicinais naquela vila alentejana prevê um investimento de 16 milhões de euros.

O projeto vai arrancar numa área de quatro hectares e prevê criar, numa primeira fase, 50 postos de trabalho.

Segundo declarações anteriores do autarca, o projeto será depois completado com a instalação de um centro de extração de óleo de canábis na vila.

Projeto pratrocinado pela LPCC
A Unidade de Saúde Pública da Unidade Local de Saúde da Guarda está a desenvolver um programa de educação alimentar junto dos...

O Programa de Educação Alimentar na Comunidade Escolar (PEACE) da responsabilidade da Unidade de Saúde Pública da Guarda pretende "melhorar os hábitos alimentares dos alunos" abrangidos.

Segundo uma nota da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, no âmbito do programa PEACE, está a ser desenvolvido o jogo "Os Super Saudáveis", dirigido aos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico dos três municípios abrangidos pela iniciativa.

O projeto, patrocinado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, começou em março e prolonga-se até ao mês de maio.

O jogo "Os Super Saudáveis" consta de um pequeno baralho de cartas colecionáveis "para cada criança jogar e aprender".

"No total, são 15 cartas colecionáveis que representam 15 alimentos com diferentes níveis de superpoderes. Todos os alimentos são saudáveis e foram escolhidos com base nos grupos da roda dos alimentos", sublinha a ULS da Guarda no comunicado enviado à agência Lusa.

De acordo com a fonte, durante as cinco semanas de execução do projeto são realizados um almoço e um lanche por semana, "acompanhados de um alimento com um poder super saudável".

"Com a ingestão desses alimentos na escola serão entregues, pelo(a) professor(a), as cartas respetivas", acrescenta.

A Unidade de Saúde Pública e a Liga Portuguesa Contra o Cancro estão muito satisfeitas com o projeto e pretendem, no próximo ano letivo, lançar o desafio aos restantes concelhos do distrito da Guarda, para implementação de "Os Super Saudáveis" "como ferramenta de educação alimentar prioritária no âmbito da aplicação de PEACE", segundo a fonte.

A ULS/Guarda abrange dois hospitais (Hospital Sousa Martins, na Guarda, e Hospital Nossa Senhora da Assunção, em Seia) e 13 centros de saúde do distrito (exceto o de Aguiar da Beira).

Asma afeta quase 700 mil portugueses
Dos cerca de 695 mil portugueses com asma, pouco mais de metade tem a doença controlada. Entre os que não controlam a doença,...

Para inverter esta tendência, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Asma, o Projeto CAPA – Cuidados Adequados à Pessoa com Asma organizou um evento de sensibilização à população, em antecipação. Realizar-se-á na Casa da Cultura da Sertã no próximo dia 04 de maio e está aberto a toda a população.

Em antecipação ao Dia Mundial da Asma, que se assinala no dia 7 de maio, a Sertã vai receber, no próximo dia 4 de maio, um evento de sensibilização organizado pelo Projeto CAPA. Com início às 10.00, esta iniciativa terá o envolvimento dos recursos de saúde locais. Dirigido à população, terá lugar na Casa da Cultura da Sertã.

"É nosso objetivo demonstrar que a asma pode ser controlada, explicar quais os recursos disponíveis e demonstrar importância da técnica inalatória", explicam os responsáveis pelo CAPA. "O recurso a medicação de alívio de forma recorrente significa uma doença mal controlada e pode ser perigoso para o doente. A asma é uma doença crónica que pode ser controlada com o tratamento correto, vivendo o doente asmático sem sintomas, ou com sintomas mínimos. Obriga ao acompanhamento regular e ao cumprimento da medicação prescrita".

Para além deste evento, o CAPA tem previstas outras iniciativas como formações para profissionais, produção e distribuição de materiais educativos, intervenção nas escolas e sessões dirigidas à população

O CAPA é um movimento social dinamizado pelo GRESP/APMGF – Grupo de Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar que tem como parceiros a Associação Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), a Associação Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), a Associação Portuguesa de Pneumologia Pediátrica (SPP), a Associação Portuguesa de Pneumologia (SPP), a Associação Nacional de Farmácias (ANF), a Direcção Geral da Saúde (DGS), as Farmácias Holon, a Associação de Farmácias de Portugal (AFP), a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP), a Associação Portuguesa de Asmáticos de Portugal (APA) e a Associação dos Enfermeiros de Reabilitação – APER, bem como de outros enfermeiros com experiência nos Cuidados Primários e Hospitalares e Técnicos de Cardiopneumologia. Entre outros objetivos, pretende consciencializar profissionais, doentes, cuidadores e associações para o correto diagnóstico, para o controlo e para o seguimento da Asma, e criar sinergias entre os grupos profissionais para a educação da doença e seu tratamento, através de ações conjuntas para profissionais de saúde, educação nas escolas, distribuição de informação e divulgação.

Tumores
O medicamento está agora aprovado no tratamento em primeira linha de doentes com carcinoma do pulmão de células não-pequenas ...

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou a extensão da utilização de pembrolizumab em monoterapia para o tratamento em primeira linha de doentes com CPCNP estadio III não candidatos a ressecação cirúrgica ou quimio-radioterapia definitiva, ou doentes com CPCNP metastático cujos tumores expressam PD-L1 (TPS≥1%), sem mutações tumorais EGFR ou ALK. Esta aprovação foi baseada nos resultados do ensaio KEYNOTE-042, um estudo da fase 3, no qual a sobrevivência global (OS) foi avaliada sequencialmente como parte de um plano de análise pré-especificado. No ensaio, a monoterapia com pembrolizumab demonstrou uma melhoria estatisticamente significativa na OS em comparação com a quimioterapia isolada em doentes cujos tumores expressaram PD-L1 com TPS≥50%, com TPS ≥20% e, posteriormente, na população total do ensaio (TPS≥1%).

"Esta expansão da indicação em primeira linha torna a monoterapia com pembrolizumab uma opção para mais doentes com CPCNP, incluindo aqueles para os quais a terapêutica combinada pode não ser apropriada", disse Jonathan Cheng, vice-presidente de investigação clínica em oncologia da MSD Research Laboratories.

Reações adversas imunomediadas, que podem ser graves ou fatais, podem ocorrer com pembrolizumab, incluindo pneumonite, colite, hepatite, endocrinopatias, nefrite, reações cutâneas graves, rejeição de transplante de órgãos sólidos e complicações no transplante alogénico de células-tronco hematopoiéticas (TCTH). Com base na gravidade da reação adversa, pembrolizumab deve ser suspenso ou descontinuado e, se apropriado, administrados corticosteroide. Pembrolizumab pode também causar reações graves ou potencialmente fatais associadas à perfusão intravenosa. Com base no seu mecanismo de ação, pembrolizumab pode causar danos fetais quando administrado a uma mulher grávida. Para mais informações, consulte “Informação de segurança” abaixo.

"O ensaio KEYNOTE-042 demonstrou um benefício de sobrevivência com pembrolizumab em monoterapia nas diversas histologias, em doentes com CPCNP estadio III ou metastático cujos tumores expressassem PD-L1 em pelo menos 1% das células tumorais", disse o Dr. Gilberto Lopes, diretor associado de oncologia global no Sylvester Comprehensive Cancer Center da Universidade de Miami. "Como oncologista, ter opções adicionais disponíveis para os doentes é importante num cenário de tratamento em rápida evolução como o do cancro de pulmão, que continua a ser a principal causa de morte por cancro nos Estados Unidos."

Pembrolizumab é o primeiro anti-PD-1 aprovado no tratamento em primeira linha de doentes com CPCNP metastático em combinação e monoterapia.

Sobre o KEYNOTE-042

A aprovação teve por base dados do ensaio KEYNOTE-042, um estudo de fase III, aleatorizado, multicêntrico e aberto (ClinicalTrials.gov, NCT02220894) que avalia pembrolizumab em monoterapia em comparação com o tratamento padrão com quimioterapia contendo platina em doentes com CPCNP localmente avançado ou metastático, PD-L1 positivos (TPS≥1%). Doentes com mutações tumorais EGFR ou ALK; doença autoimune com terapêutica sistémica há, pelo menos, 2 anos; imunossuprimidos; ou que receberam mais de 30 Gy de radiação na região torácica nas 26 semanas antes do início do tratamento, eram inelegíveis.

O estudo envolveu 1.274 doentes aleatorizados de 1:1 para receber pembrolizumab em monoterapia, 200 mg a cada três semanas (n=637), ou um dos seguintes esquemas de quimioterapia à escolha do investigador (n=637):

AUC 5 ou 6 mg/ml/min de carboplatina + paclitaxel 200 mg/m2 a cada três semanas (Q3W) durante um máximo de seis ciclos para doentes com CPNPC escamoso; ou

AUC 5 ou 6 mg/ml/min de carboplatina + 500 mg/m2 de pemetrexedo Q3W durante um máximo de seis ciclos, seguido de pemetrexedo opcional de 500 mg/m2 para doentes com CPNPC não-escamoso.

O tratamento com pembrolizumab continuou até progressão da doença, toxicidade inaceitável ou um máximo de 24 meses. O principal endpoint de eficácia foi a OS no subgrupo de doentes com TPS≥50%, no subgrupo de doentes com TPS≥20% e na população total com TPS≥1% CPCNP. Outros endpoints de eficácia adicionais foram a sobrevivência livre de progressão (PFS) e a taxa de resposta global (ORR) no subgrupo de doentes com TPS≥50%, no subgrupo de doentes com TPS≥20% e na população total com TPS≥1%, como avaliado por revisão de radiologistas centrais independentes (BICR) de acordo com RECIST v1.1, modificada para seguir um máximo de 10 lesões alvo e um máximo de cinco lesões alvo por órgão.

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