Estudo
Uma equipa internacional coordenada pelo cientista Lino Ferreira, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e...

Os resultados da investigação, iniciada em 2012, foram hoje publicados na revista científica Nature Communications e podem contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos para combater doenças associadas ao envelhecimento prematuro e ao envelhecimento fisiológico.

Neste projeto, foram usadas células de indivíduos com Síndrome Hutchinson-Gilford ou Progeria, uma doença muito rara, caracterizada pelo envelhecimento precoce e morte prematura, normalmente por doenças cardiovasculares, por volta dos 14 anos de idade. Esta doença, explica Patrícia Pitrez, primeira autora do artigo científico agora publicado, «é provocada por uma mutação genética rara, no gene LMNA, que resulta na acumulação de uma proteína anormal no interior das células, denominada progerina. Esta proteína é também observada no envelhecimento normal, ainda que em menor escala».

«Estando este projeto relacionado com o envelhecimento vascular patológico (progeria), o conhecimento gerado tem também grande importância no envelhecimento vascular fisiológico», sublinha.

O estudo incidiu nas células do músculo liso (células que se encontram nos vasos sanguíneos), uma vez que são as células «mais afetadas na progeria, existindo uma diminuição do seu número nas artérias envelhecidas. Mas a razão para esta perda não era ainda conhecida. Recolhemos células da pele (fibroblastos) de indivíduos com e sem progeria, reprogramámos em células estaminais e depois diferenciámos em células do músculo liso», clarifica a investigadora do CNC.

Depois, para avaliar os mecanismos envolvidos na biologia vascular, a equipa desenvolveu dois microchips vasculares – um saudável e outro envelhecido (progeria). Nestes dispositivos, relata Patrícia Pitrez, foi possível «manter as células em condições de fluxo arterial, muito semelhantes às condições existentes nas artérias, e isso permitiu-nos estudar a suscetibilidade destas células de progeria no laboratório. Após alguns dias verificámos a diminuição do número de células do músculo liso de progeria, mas não das saudáveis. E através deste sistema, foi possível analisar as diferenças entre os dois microchips, ou seja, comparar os dois tipos de células e perceber o porquê da diminuição do número de células no caso da progeria».

E foi, justamente, no processo de análise das diferenças entre as células saudáveis e de progeria que os investigadores descobriram «uma enzima, a metaloproteinase 13 (MMP13), cuja concentração está cerca de 30 vezes aumentada nas células de músculo liso de progeria em comparação com as saudáveis», salienta.


Arco da aorta de ratinhos com progeria. Núcleo das células está marcado com DAPI (azul) e células do músculo liso estão marcadas com α -SMA (vermelho).

Na tentativa de inibir a ação desta enzima, os investigadores testaram ainda um fármaco, tendo conseguido desenvolver uma terapia específica para contrariar a diminuição do número de células nas artérias que ocorre com o envelhecimento vascular.

Face aos resultados obtidos, os autores do estudo acreditam «que a administração do fármaco em estágios iniciais da doença, combinado com outros fármacos já testados e que reduzam a quantidade de progerina, pode ser de valor acrescentado para melhorar a qualidade e esperança média de vida destes indivíduos». Por outro lado, concluem, o microchip desenvolvido no âmbito desta investigação «abre, também, novas perspetivas para o desenvolvimento de outros tratamentos, não só para indivíduos com progeria, mas também para o envelhecimento vascular fisiológico».

O projeto foi cofinanciado por fundos europeus – FEDER, através do Programa COMPETE, e ERAatUC - e portugueses, através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Além da Universidade de Coimbra, participaram na investigação cientistas do Instituto de Medicina Molecular (Portugal), I-Stem (França), Universidade de Aix-Marselha (França), Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha), Laboratório de Genética Molecular (França), Instituto Francis Crick (Reino Unido), Universidade de Liverpool (Reino Unido), Instituto de Envelhecimento de Leibniz (Alemanha), AFM Telethon (França) e Parque de Ciência de Cambridge (Reino Unido).

 

Medidas mais apertadas
A Itália determinou hoje o encerramento das discotecas e tornou obrigatório o uso de máscaras à noite em locais públicos, para...

O ministro da Saúde, Roberto Speranza, assinou um decreto-lei, que entra em vigor a partir de hoje, e que torna obrigatório o uso de máscara entre as 18:00 e as 06:00 horas em locais públicos onde haja “aglomeração de pessoas”, avança a agência France Press (AFP). O decreto-lei suspende ainda a atividade nas discotecas ao ar livre e nos estabelecimentos de diversão noturna.

Apesar de o número de infeções ter diminuído no país, o Governo italiano decidiu tomar esta medida uma vez que as discotecas e os estabelecimentos de diversão noturno podem estar na origem de novos focos de infeções.

Enquanto durante a primeira onda da pandemia e nos meses de confinamento a região italiana mais afetada foi a Lombardia, nos últimos dias a maior incidência de novos casos situa-se em Véneto, uma região no norte do país, cuja capital é Veneza. Nas últimas nas últimas 24 horas, nesta região, registaram-se mais 78 casos, seguindo-se a região de Lácio, com capital em Roma, com 68 novos casos.

Segundo as autoridades italianas, a origem dos novos contágios está associada à chegada de turistas ao país, a italianos que regressam de férias no estrangeiro e a atividades de lazer noturnas.

Face ao facto, os governadores das regiões concordaram com o encerramento das discotecas e espaços de dança em todo o país, uma medida que, até agora, vigorava apenas em Calábria e Basilicata.

Entretanto, a Itália registou 479 novos casos de infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um número inferior ao dos dias anteriores, que pode ser justificado pela diminuição dos testes efetuados, avança a agência de notícias espanhola.

No sábado, após ter registado 626 novos casos de covid-19, numa semana em que se verificaram números superiores ou próximos de 500 casos por dia, a Itália denotou hoje uma diminuição do número de casos diários, com 479.

Sobe, assim, para 253.915 o total de infetados no país.

O número de mortes diárias, por sua vez, também diminuiu face aos últimos dias, registando-se quatro mortes, elevando para 35.396 o número total de óbitos causados pelo novo coronavírus.

Na Malásia
Numa altura em que vários laboratórios aceleram na corrida para uma vacina contra o novo coronavírus, a Malásia alerta para o...

De acordo com o Business Standard, citado pelo jornal ECO, a mutação do vírus, apelidada de D614G, foi encontrada em pelo menos três dos últimos 45 casos identificados no país, sendo todos eles resultado de infeções provocadas pelo dono de um restaurante que violou a quarentena.

Esta nova estirpe, com maior capacidade de infetar mais pessoas, pode vir a pôr em causa as vacinas em desenvolvimento, já que estas podem vir a revelar-se incompletas ou ineficazes, afirma o diretor-geral de Saúde da Malásia, Noor Hisham Abdullah. No entanto, um estudo da Cell Press afasta esse cenário, rejeitando um impacto significativo na eficácia destas vacinas.

 

Vacina está na 3ª fase de testes
O Gabinete de Propriedade Intelectual do Estado Chinês aprovou a primeira patente de uma candidata a vacina contra a covid-19,...

De acordo com a notícia avançada pelo Jornal Económico, a vacina, desenvolvida pelo Instituto Científico Militar e pela empresa biofarmacêutica chinesa CanSino Biologics, começou a ser usada no final de junho no Exército chinês, depois de uma equipa liderada pelo pesquisador Chen Wei descobrir um anticorpo monoclonal neutralizante altamente eficiente.

Está atualmente na terceira fase de testes, depois de uma investigação, publicada no final de julho, no The Lancet, vir a afirmar que os resultados da segunda fase de testes clínicos da vacina demonstraram que esta é segura e induz uma resposta imune contra o coronavírus

De acordo com a patente, a vacina mostrou uma “boa resposta imunológica em ratos e roedores, podendo induzir o organismo a produzir uma forte resposta imunitária celular e humoral em pouco tempo”, noticiou o jornal cantonês Southern Metropolis.

Por outro lado, “pode ser produzida em massa num curto período de tempo” e é “rápida e fácil de preparar”.

A segurança e eficácia devem ser comprovadas na fase três, que se vai realizar fora do país, segundo o mesmo jornal.

Por outro lado, especialistas citados pelo jornal Global Times indicaram que a concessão da patente demonstra a “originalidade e criatividade” da vacina, e que “é provável que a CanSino também solicite uma patente junto de autoridades estrangeiras para proteger os direitos de propriedade intelectual durante a cooperação internacional”.

Na investigação publicada em julho no The Lancet indicou-se que mais de 500 pessoas foram testadas após os primeiros testes publicados em maio, também com resultados positivos. Contudo, reconhece-se que são necessários mais testes em humanos na terceira fase para confirmar se esta candidata a vacina protege efetivamente contra a infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.

Os autores enfatizaram igualmente que nenhum participante nos estudos de fase dois foi exposto ao vírus após a vacinação.

No total, a segunda fase de testes da candidata a vacina, que usa um vírus enfraquecido da constipação comum (o adenovírus tipo 5, Ad5-nCoV), envolveu 508 participantes.

A CanSino Biologics desenvolveu com a Academia Militar de Ciências da China uma vacina contra o vírus Ebola que obteve licença provisória em 2017.

A empresa foi fundada em 2009 na cidade de Tianjin, no nordeste do país, e tem como foco principal o desenvolvimento e a produção de vacinas.

Conferência de imprensa de atualização da pandemia
Não existem casos de utentes com Covid-19 na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), anunciou hoje a Ministra...

Na conferência de imprensa de atualização da pandemia no país, que contou também com a presença do Subdiretor-Geral da Saúde, Rui Portugal, a Ministra referiu ainda que o número de pessoas que estão a recuperar em casa se mantém estável, situando-se nos 22,8% e que o número de doentes hospitalizados por Covid-19 representa 0,7% dos infetados.

Questionada sobre se Portugal pondera adotar a proibição de fumar ao «ar livre», a Ministra da Saúde afirmou que, «neste momento» o Governo «não está a pensar em adotar uma medida semelhante». O Governo espanhol e as autoridades regionais do país aprovaram hoje a proibição de fumar ao «ar livre como, por exemplo, em esplanadas» e sempre que não seja possível manter a distância de segurança de dois metros entre as pessoas, medida que já está em vigor em duas das 17 regiões autónomas espanholas.

«É evidente que não deixo de secundar aquilo que verifiquei serem as recomendações do meu colega, do Ministro da Saúde de Espanha, fumar é uma atividade que tem riscos para a saúde e que, portanto, é evitável em qualquer contexto», disse Marta Temido. Mas, ressalvou, «como sempre temos dito neste contexto de incerteza sobre aquilo que são as melhores estratégias para prevenir o contágio há ainda muitos aspetos em aberto e, portanto, vamos acompanhar e analisar com mais profundidade e avaliaremos se será também adequado ao nosso contexto».

«Em qualquer caso é evidente que fumar em si próprio é um risco. E, portanto, o conselho é não fumar», vincou Marta Temido.

A Ministra avançou também que o boletim epidemiológico vai passar a ter novo formato a partir de segunda-feira, dia 17 de agosto, com o objetivo de facilitar a leitura dos dados.

 

Melhora qualidade de vida
O vínculo emocional que surge entre as pessoas e os animais é incondicional e muito benéfico. De facto, inúmeros estudos...

Os terapeutas do Grupo ORPEA verificaram que os vínculos emocionais gerados nas Terapias Assistidas por Animais (TAA) oferecem uma fonte inesgotável de recursos terapêuticos para lidar com diferentes patologias. E o melhor é que eles ajudam a envolver o residente na terapia proposta de maneira subtil, mas que, em muito pouco tempo, oferece benefícios físicos, sociais, emocionais e cognitivos aos residentes.

As terapias com animais são intervenções diretas com objetivos definidos, das quais participam animais que atendem a critérios específicos. Nesse sentido, é importante ter um planeamento prévio e um programa terapêutico estruturado, além de se monitorizar, registar e avaliar os resultados. E o mais importante, a participação controlada de um animal, que funciona como um facilitador para alcançar os objetivos. Embora cães e gatos sejam os animais mais comuns nesse tipo de terapia, aves, furões etc. também podem intervir.

As terapias com animais tornaram-se, portanto, em mais uma alternativa para trabalhar com os residentes para melhorar a sua qualidade de vida. Na ORPEA terapias saudáveis ​​e benéficas são promovidas e motivadas. Os profissionais do Grupo tentam tornar as sessões divertidas e tentam criar uma ligação especial entre os animais e os residentes.

Resposta de residentes com demência
A resposta física e cognitiva às terapias com animais é especialmente positiva em pessoas com Alzheimer ou demência avançada. Muitos residentes demonstraram um forte vínculo emocional com os cães e gatos que visitam as residências. Os moradores transmitem as boas lembranças que tiveram na juventude com um animal, e esse vínculo é inato, e é comum que os residentes com demência se lembrem do nome do animal de estimação.

Além disso, os terapeutas garantem que essa relação de afinidade é tão forte que consegue, em poucas sessões, gerar um nível de estímulo tão alto que se observam resultados em pouco tempo. Essas conexões geram sentimentos, lembranças e carinho, que mais tarde são refletidos noutras atividades com outros profissionais.

Principais benefícios das terapias com animais:
Praticamente todos os residentes podem participar na terapia assistida por animais, pois os seus propósitos e benefícios terapêuticos são imensos:

  • Aumenta a mobilidade e melhora os recursos funcionais. Por exemplo, quando um residente acaricia um gato, a recuperação funcional das mãos está a funcionar;
  • Melhora as funções cognitivas, através de exercícios que geram uma ligação emocional com os residentes que são afetados cognitivamente. O contato com cães e gatos permite-lhes recordar e estimular a memória;
  • Durante a terapia, os residentes expressam emoções: recebem e dão carinho, o que permite aprimorar as habilidades sociais e de comunicação do residente, bem como a interação com o meio ambiente;
  • Passear com cães, alimentá-los ou escovar o pelo faz com que as pessoas dependentes se tornem cuidadoras, melhorando a sua autoestima;
  • Reduz a sensação de solidão. Os níveis de stress e os quadros de depressão diminuem. Isso permite a redução do uso de medicamentos;

Para além disso essas atividades são muito divertidas e por isso são muito bem recebidas pelos residentes o que permite criar um reforço positivo no sénior, que deseja repetir a atividade e, dessa forma, é possível atingir os objetivos relacionados com a reabilitação física e cognitiva. Todas as atividades são adaptadas às capacidades e ao grau de dependência do residente.

Estudo
Sobreviventes adultos que foram, durante a infância, diagnosticados com tumores abdominais ou pélvicos e que receberam...

“Com este estudo, conseguimos mostrar que anomalias na composição corporal e deficiências cardiometabólicas são uma preocupação para os sobreviventes de cancro infantil e que devem ser monitorizadas pelos profissionais de saúde”, disse Carmen Wilson, autora do estudo e membro do departamento de Epidemiologia do St. Jude Children’s Research Hospital, nos Estados Unidos.

A investigadora explica que “estas condições aumentam o risco de doenças potencialmente fatais, incluindo doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2″.

Os impactos da radioterapia na saúde metabólica já haviam sido relatados anteriormente por sobreviventes de leucemia pediátrica e de tumores cerebrais, mas “os impactos em sobreviventes de tumores abdominais e pélvicos pediátricos continuavam a ser um mistério para nós”.

Na investigação, os cientistas avaliaram 431 adultos sobreviventes de tumores pediátricos abdominais ou pélvicos tinham recebido tratamento no St. Jude Children’s Research Hospital. A idade média dos participantes durante o estudo foi de 29,9 anos, sendo que a idade média dos sobreviventes na altura do diagnóstico foi de 3,6 anos.

Os tipos de cancro mais frequentemente diagnosticados entre a população analisada foram o neuroblastoma, o tumor de Wilms e tumores das células germinativas.

Aproximadamente 37% e 36% dos participantes receberam radioterapia abdominal e pélvica, respetivamente, como parte do seu tratamento.

De forma a avaliarem os impactos da radioterapia na vida dos sobreviventes, os investigadores analisaram a composição corporal, as anomalias metabólicas e a função física dos participantes tendo, de seguida, comparado esses dados com os da população em geral.

Os cientistas descobriram que, em comparação com a população em geral, “os sobreviventes de cancro infantil que participaram no estudo eram significativamente mais propensos a sofrer de resistência à insulina e a terem níveis elevados de triglicéridos”.

Por outro lado, os níveis de lipoproteínas de alta densidade, comummente referido como “colesterol bom”, eram bastante reduzidos. Não foram encontradas diferenças significativas entre os níveis de colesterol LDL, ou “colesterol mau”, entre os sobreviventes de cancro infantil analisados e a população em geral.

As análises também demonstraram que este grupo de sobreviventes tinha níveis menores de massa corporal magra do que a população em geral, o que poderá estar relacionado com as doses de radioterapia a que os sobreviventes foram sujeitos.

A massa corporal magra, que mede o conteúdo não gorduroso do corpo, “está relacionada com a taxa metabólica basal. Um indivíduo com menos massa magra queima menos calorias durante o repouso do que alguém com maiores níveis de massa magra”, explicou a investigadora.

Não se observaram diferenças significativas nos níveis de massa gorda entre os sobreviventes e a população em geral.

O estudo também observou que, entre os sobreviventes, aqueles que tinham níveis mais elevados de massa gorda tinham um pior desempenho físico e menos força do que aqueles que apresentavam níveis de massa gorda relativamente baixos.

“É possível que a radioterapia abdominal e pélvica danifique os músculos posturais ou prejudique sutilmente a produção de hormonas sexuais, o que, em última instância, afeta a massa muscular”, disse Carmen Wilson.

A investigadora explicou que, em estudos com animais, a radioterapia “já demonstrou causar lesões musculares, promovendo perda de fibra muscular e perda de células regenerativas musculares”. Ainda assim, Carmen acredita que “o estilo de vida dos sobreviventes também afeta os níveis de massa magra e a saúde cardiometabólica”.

Os resultados sugerem que pesquisas futuras devem examinar o impacto da radioterapia, e de outros tratamentos oncológicos, na distribuição de gordura pelo corpo, uma vez que o aumento da gordura abdominal demonstrou ser um melhor preditor de efeitos adversos à saúde do que a obesidade geral.

Por agora, Carmen Wilson e a sua equipa estão interessados em explorar de que forma intervenções direcionadas aos comportamentos de estilo de vida podem melhorar os níveis de massa magra e diminuir os níveis de massa gorda em sobreviventes de cancro infantil.

“Embora ainda não seja possível evitar a radioterapia, uma vez que, apesar de tudo, este continua a ser um tratamento chave para muitos tumores sólidos”, afirmou a investigadora, “já existem pesquisas que sugerem que a prática de exercício físico controlada em sobreviventes de cancro infantil pode aumentar os níveis de massa magra”.

“Resta saber se o exercício físico também tem impacto na saúde cardiometabólica destas pessoas”, conclui.

Desafios dos próximos meses
Vários especialistas da academia e da ciência estão hoje reunidos no Auditório do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento...

A Ministra da Saúde, Marta Temido, deu as boas-vindas ao grupo na sessão de abertura.

No âmbito das medidas implementadas para estabilizar a situação da pandemia Covid-19 em Portugal, é importante agora adaptar o sistema de saúde para o outono/inverno e definir uma estratégia integrada para o SNS.

Nos próximos meses, o sistema de saúde irá enfrentar um esperado aumento da procura de cuidados de saúde, decorrente da sazonalidade das infeções respiratórias causadas pela gripe e outros agentes respiratórios. Este período será, este ano, acrescido das exigências impostas pela Covid-19 e antecipação de um eventual aumento da atividade epidémica.

Nesse sentido, importa definir uma estratégia que permita uma adequada preparação e reposta do Serviço Nacional de Saúde. Atendendo ao nível de incerteza desta nova doença, a discussão técnica promovida por peritos de reconhecido mérito é uma boa metodologia para gerar consensos alargados e adaptados às realidades regionais e locais.

A sessão será encerrada pelo Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.

 

 

Infeção nos folículos pilosos
Considerada uma das infeções bacterianas da pele mais frequentes, a foliculite pode, no entanto, est

A foliculite é nada mais nada menos que uma infeção da pele que se inicia nos folículos pilosos. Embora, na maioria dos casos, de deve à ação de bactérias, a verdade é que a foliculite pode ser provocada por vírus, fungos ou resultar de pelos encravados. Quase sempre esta condição resolve-se por si só, no entanto, há casos em que merece a intervenção de um especialista em dermatologia.

Fatores de risco

Um dos agentes mais comuns de foliculite é o estafilococo que existe em condições normais na pele. Habitualmente, esta pode ocorrer espontaneamente ou ser favorecida por outros fatores, sendo os mais comuns:

  • O excesso de humidade ou suor, fricção ao barbear ou depilação
  • A utilização de jacuzzi e de piscinas
  • O uso de roupas apertadas
  • A ingestão de antibióticos ou corticoides durante longos períodos de tempo;
  • O contacto com substâncias que irritam ou bloqueiam os folículos (maquilhagem, manteiga de cacau, óleo de motor, entre outros)
  • As lesões da pele ou as doenças como a diabetes ou o VIH/SIDA que reduzem as defesas do organismo, são também fatores de risco.

Sintomas

De um modo geral, a foliculite caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas espinhas, de ponta branca, em torno de um ou mais folículos pilosos. A pele pode ficar avermelhada e inflamada; surgir prurido ou dor leve.

Quando a inflamação atinge áreas mais profundas da pele, pode haver a formação de furúnculos. Nestes casos, podem surgir grandes áreas avermelhadas; lesões elevadas com pus amarelado e dor intensa. Podem surgir cicatrizes e haver destruição do folículo piloso.

Deste modo, e quanto à sua gravidade podem distinguir-se dois tipos de Foliculite: a foliculite superficial e a foliculite profunda.

Nas foliculites superficiais estão:

Foliculite Estafilocócica - é tipo mais comum. Ocorre quando os folículos pilosos são infetados por bactérias, mais comumente pela Staphylococcus aureus. É caracterizada por prurido, vermelhidão local e pus, podendo ocorrer em qualquer região do corpo que possua pelos.

Foliculite por pseudomonas - as bactérias Pseudomonas aeruginosa proliferam em ambientes aquáticos como banheiras de hidromassagem e piscinas aquecidas. A infeção aparece entre oito horas e cinco dias após a exposição à bactéria.

Pseudofoliculite da barba – caracterizada pela inflamação dos folículos pilosos na área da barba. Habitualmente ocorrer devido ao encravamento do pelo, podendo surgir na face ou no pescoço.

Também as pessoas que fazem depilação com cera na área do biquíni, podem desenvolver pseudofoliculite na virilha. Este processo leva à inflamação e, às vezes, provoca cicatrizes.

Foliculite Ptirospórica - comum em adolescentes e homens adultos, é causada por um fungo que causa espinhas, pápulas avermelhadas e prurido. Pode acometer o dorso, tórax anterior, o pescoço, ombros, braços e face.

Quanto às foliculites profundas, distinguem-se:

Sicose Vulgar (da barba) – caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas inflamações, que se apresentam como pústulas, surgindo primeiro no lábio superior, queixo e mandíbula. Podem tornar-se recorrentes, surgindo com o barbear diário. Em casos mais graves, podem deixar cicatrizes.

Foliculite por bactéria gram-negativa - este tipo de foliculite costuma estar associada ao uso prolongado antibióticos para tratar acne. Esses medicamentos alteram o equilíbrio normal da pele, fazendo com que as bactérias gram-negativas se desenvolvam.

Furúnculos e carbúnculos - ocorrem quando os folículos pilosos são profundamente infetados por bactérias estafilocócicas. Geralmente, surgem repentinamente apresentando pápulas vermelhas e que causam dor. A pele circundante também pode estar vermelha e inchada.

Estas pápulas podem evoluir e encherem-se de pus, acabando por romper e drenar o conteúdo purulento.

Os carbúnculos correspondem a um aglomerado de furúnculos que, muitas vezes, se desenvolvem na parte de trás do pescoço, ombros, costas e coxas. Geralmente, deixam cicatrizes.

Foliculite eosinofílica – atinge sobretudo doentes infetados pelo vírus HIV. É caracterizada por manchas avermelhadas e feridas com pus que podem dar comichão, sobretudo na face e nos braços. As feridas costumam espalhar-se e deixar a pele das áreas afetadas mais escuras do que a cor normal. A causa exata da foliculite eosinofílica não é conhecida, embora possa envolver o mesmo fungo responsável pela foliculite ptirospórica. 

Tratamento

Como já foi referido, a maioria dos casos de foliculite curam-se sozinhos.

Já os casos persistentes, recorrentes ou mais graves podem exigir tratamento que depende do tipo da infeção. Habitualmente, é necessária a utilização de antibióticos aplicados localmente, por via oral ou pela sua combinação.

Quando a foliculite evolui para formação de furúnculos, pode ser necessária uma drenagem cirúrgica, de modo a aliviar a dor e debelar mais rapidamente a inflamação. Na presença de prurido é intenso, é útil o uso de água tépida, bem como o recurso a medicação específica. Nalguns casos, pode-se utilizar corticosteroides locais ou orais.

Medidas preventivas

  • Manter a pele limpa, seca e livre de escoriações ou irritações pode ajudar a prevenir a foliculite;
  • Evite lavagens antissépticas rotineiramente, pois deixam a pele seca e eliminam as bactérias protetoras;
  • Mantenha a pele hidratada;
  • Ao barbear, evite os cortes utilizando gel, espuma ou sabão para lubrificar as lâminas. As zonas com foliculite não devem ser barbeadas, sendo preferível utilizar um creme depilatório
  • Na presença de lesões da pele, é importante não as coçar, de modo a não agravar o quadro clínico;
  • Se utilizar saunas ou jacuzzis públicos, deve tomar banho com gel ou sabonete imediatamente após a sua utilização;
  • Não partilhe toalhas de banho.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Comunidade científica preocupada
A vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela Rússia e anunciada por Vladimir Putin foi testada em apenas 38 pessoas e foram...

O fármaco foi registado após apenas 42 dias de pesquisa, segundo a imprensa internacional, e a sua eficácia é considerada “desconhecida”. Um dos documentos apresentados revela que “não foi realizado nenhum estudo clínico para testar a eficácia epidemiológica”, apesar das alegações de Putin de que a vacina foi aprovada em “todos os testes necessários”.

Também há dúvidas sobre a capacidade do fármaco de criar anticorpos suficientes, depois de Putin ter dito que a sua própria filha já os tinha desenvolvido, na sequência da administração da vacina.

A Rússia tornou a corrida da vacina uma questão de prestígio nacional e deu ao produto o nome de ‘Sputnik V’ em homenagem aos antigos satélites espaciais soviéticos, gerando temores de que a segurança seja comprometida em prol da imagem do país.

A comunidade científica tem criticado Putin pelo movimento “imprudente e tolo”, que pode mesmo agravar a pandemia se a vacina se mostrar perigosa ou ineficaz.

Embora Putin tenha dito que a sua filha não sofreu efeitos secundários graves, a não ser uma febre alta, a agência de notícias russa revela a existência de uma longa lista de 144 “efeitos adversos”, nos 38 pacientes testados, que ocorriam “com muita frequência”.

A maioria passou “sem consequências”, mas no 42º dia do estudo, 31 desses efeitos secundários ainda estavam em desenvolvimento. Entre os efeitos estão inchaço, dor, hipertermia – temperatura corporal elevada – e comichão no local da injeção.

Os sintomas mais comuns foram fraqueza física ou falta de energia, mal-estar, febre, diminuição do apetite, dores de cabeça, diarreia, congestão nasal e dor de garganta.

“Não é possível determinar com mais precisão a incidência dos efeitos devido à amostra limitada de participantes do estudo”, disse o Instituto de Pesquisa Gamaleya, que produziu a vacina

Por mais 15 dias
O Conselho de Ministros aprovou a resolução que prorroga a declaração da situação de contingência na Área Metropolitana de...

Contudo, o Executivo introduziu algumas alterações às regras em vigor, nomeadamente a possibilidade dos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais da AML poderem ser alterados por decisão dos presidentes dos municípios, deixando de vigorar a obrigatoriedade de abertura às 10h00 e encerramento às 20h00.

Assim, Portugal continental (com exceção da AML) permanecerá em estado de alerta, vigorando o confinamento obrigatório domiciliário ou hospitalar para pessoas infetadas com Covid-19 ou sujeitas a vigilância ativa; a manutenção das regras de distanciamento físico, uso de máscara, lotação, horários e higienização.

Os ajuntamentos continuam limitados a 20 pessoas e é proibido o consumo de  álcool na via pública.

Os Estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços podem passar a abrir antes das 10h00. Quanto à restauração, mantém-se as regras de funcionamento dos restaurantes, existindo a possibilidade de acesso ao público para novas admissões até à meia-noite, tendo os estabelecimentos de encerrar à 01h00.

Permanecem encerrados os bares, outros estabelecimentos de bebidas sem espetáculos e os estabelecimentos de bebidas com espaço de dança, embora possam funcionar como cafés ou pastelarias, sem necessidade de alteração da respetiva classificação de atividade económica, se cumpridas as regras da Direção-Geral da Saúde e os espaços destinados a dança permaneçam inutilizáveis para o efeito.

Serviços públicos mantêm, preferencialmente, o atendimento presencial por marcação, determinando-se que o atendimento prioritário possa ser realizado sem marcação prévia.

A AML, que engloba os municípios de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira, permanece em estado de contingência e com medidas mais restritivas de confinamento:

  1. Confinamento obrigatório domiciliário ou hospitalar para pessoas infetadas com Covid-19 ou sujeitas a vigilância ativa;
  2. Limitação de 10 pessoas nos ajuntamentos;
  3. Proibição de consumo de bebidas alcoólicas em espaços ao ar livre.;
  4. Proibição de venda de bebidas alcoólicas em áreas de serviço e postos de combustíveis;
  5. Horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais podem ser alterados por decisão dos presidentes dos municípios, deixando de vigorar a obrigatoriedade de abertura às 10h00 e encerramento às 20:00;
  6. Não é imposta hora de fecho para os serviços de abastecimento de combustível (podem funcionar 24 horas por dia exclusivamente para venda de combustíveis), farmácias, funerárias, equipamentos desportivos, clínicas, consultórios e veterinários.
"A curto e médio prazo"
Nove sociedades científicas e de saúde já alertaram para o facto de que os profissionais de saúde de Espanha têm registado um...

Estas organizações espanholas têm manifestado a sua preocupação com “o aumento contínuo dos casos de Covid-19” e consideram que as medidas que estão a ser tomadas contra os surtos “não são suficientes para controlar a transmissão da infeção”, pelo que é “imprescindível que sejam postas em prática novas medidas coordenadas, rápidas e eficazes entre a administração central de saúde e as Administrações autónomas de saúde.”

“Se a situação continuar assim e não forem adotadas novas medidas para combatê-la, é grande a probabilidade de voltarmos a enfrentar situações de saúde tão graves como as vividas durante o estado de emergência, há poucas semanas”, alertam.

Da mesma forma, os profissionais de saúde deixam um alerta aos cidadãos, “sobretudo aos jovens”: é “da ​​maior importância cumprir rigorosamente as medidas de prevenção ditadas pelas autoridades sanitárias: usar sempre máscaras, manter a distância de segurança, lavar as mãos com frequência e evitar aglomerações; bem como cumprir os períodos de quarentena indicados”.

“Queremos também alertar as autoridades sanitárias que os profissionais de saúde têm de ter stocks adequados de equipamentos de proteção individual, testes, medicamentos, ventiladores, bem como recursos humanos necessários, para que a escassez vivida durante a primeira vaga da pandemia não se repita”, afirmam.

 

Ecologia
A pandemia da Covid-19 levou os portugueses a fazer a reciclar mais. De acordo com os dados da Sociedade Ponto Verde, no...

“Estes resultados de recolha seletiva e o crescimento que revelam, mostram os bons hábitos de reciclagem cada vez mais intrínsecos nos portugueses, mas também aquilo que tem sido o trabalho da Sociedade Ponto Verde em matéria de educação e sensibilização para a reciclagem. Agora, é preciso que todos continuem a acreditar e a empenhar-se na reciclagem das embalagens para que estes valores mantenham uma tendência positiva que nos permita alcançar as importantes metas que se avizinham”, refere Ana Isabel Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, em comunicado.

Em termos de materiais, foram as embalagens de cartão para alimentos líquidos que representaram um maior crescimento (41%) na recolha seletiva, em comparação ao mesmo período de 2019. A reciclagem de alumínio e aço também registou um aumento de 27% e 18%, respetivamente. Já o papel/cartão aumentou 7%, enquanto o vidro e plástico aumentaram 4% e 3%, respetivamente.

A CEO da Sociedade Ponto Verde agradece o esforço dos portugueses: “um agradecimento aos portugueses que continuaram a reciclar” e relembra ainda que “mesmo nesta altura de férias e de maior descontração é importante manter este comportamento”.

Em pouco mais de duas décadas, Portugal separou e enviou para reciclagem mais de 7 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, o equivalente ao peso de três Pontes Vasco da Gama, contabiliza a Sociedade Ponto Verde.

 

No contexto da pandemia
Entre 19 de março e 5 de agosto, as autoridades portuguesas detiveram 535 pessoas por crime de desobediência, no contexto da...

Os dados disponibilizados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), relativos ao período entre 19 de março e 5 de agosto, mostram que a grande maioria das detenções por desobediência (345 casos, equivalentes a 64% do total) visou indivíduos que estavam fora de casa e em alegado desrespeito pelas regras de confinamento, divulga hoje o Jornal de Notícias.

No entanto, estas detenções ficaram a dever-se a dois cenários diferentes: 157 pessoas estavam infetadas ou eram suspeitas de infeção e não permaneceram em casa e 188 não estavam doentes nem tinham qualquer sintoma, embora devessem cumprir o recolhimento domiciliário, explica o MAI.

Sobre estas últimas, diz o JN que ocorrem entre 22 de março e 2 de maio, suscitando "questões de legalidade", uma vez que "o Governo referiu que as pessoas infetadas que desrespeitassem o confinamento obrigatório incorriam num "crime de desobediência", mas não foram disponibilizados quaisquer dados sobre um eventual sancionamento de pessoas não infetadas que ignorassem o "dever geral de recolhimento domiciliário".

Sobre este assunto, o MAI garante que tal não voltou a acontecer depois do estado de emergência — segundo os dados, 80% (428 em 535 casos) das detenções por alegada desobediência se registaram-se durante esse primeiro período.

Desinfecção de espaços contaminados
O RADAR (Robô Autónomo para Desinfecção em Ambiente hospitalar) começou a ser usado no Hospital de São Martinho (Valongo). Este...

Criado em conjunto pelo INESC TEC, pela FEUP, pelo Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) e pelo próprio Hospital de São Martinho, o RADAR foi testado esta semana e “navegou de forma autónoma em salas e corredores do bloco operatório do hospital, monitorizando a presença de pessoas no ambiente”.

Segundo os responsáveis, o RADAR consegue fazer a desinfecção do ar e de superfícies com eficiência de até 99,9%, “prevenindo e reduzindo a transmissão de doenças infecciosas causadas por microrganismo”. No entanto, nestes testes, foram usadas lâmpadas fluorescentes em vez de ultravioletas, por razões de “segurança”.

Entre as vantagens do RADAR, face a uma desinfeção comum, explicam,  está a “redução da exposição dos prestadores de serviços a produtos tóxicos e corrosivos e não deixar resíduos químicos”. O robot também não precisa de “entrar em contacto com objetos e não acelera o processo de corrosão em metais”.

 

Opinião
A sexualidade, quando relacionada ao envelhecimento, remete a mitos e estereótipos, levando os integ

O envelhecimento é um processo natural da vida que traz tanto vantagens como algumas desvantagens.

O ser humano evolui constantemente, tanto as condições de vida como o próprio desenvolvimento, passam por muitas mudanças. Esta é uma fase em que se amadurece, onde se ganha sabedoria, consciência de comportamento, é uma conquista de cada um, onde a maturidade faz a diferença. No que diz respeito à sexualidade, ainda existe dificuldade em falar sobre este tema, estando ainda presente a educação duma época em que a sexualidade era algo terrível, impróprio, imoral, algo que a igreja colocava como pecado mortal, impuro, a depender da linha religiosa.

As crenças existentes, bem como uma sociedade em que olha para o idoso como incapacitado, inativo, algo preocupante, como se pudesse ser evitado ou mudado, são um dos factores que podem afectar o comportamento e a resposta sexual.

É natural que com o avançar da idade se sofra transformações, promovendo limitações físicas ou estéticas.

Os atrativos físicos nem sempre chamam à atenção e muitas pessoas pensam que as pessoas idosas são menos sedutores e sensuais, e por esse mesmo motivo, eles tenham dificuldades de expressar a sua sexualidade.

A sexualidade, quando relacionada ao envelhecimento, remete a mitos e estereótipos, levando os integrantes da terceira idade à condição de pessoas assexuadas, o que consequentemente, representa um tabu.

No entanto, a expectativa de vida da população aumentou e existe uma maior atenção ao envelhecer, ou seja, um processo complexo que ultrapassa a divisão etária, envolvendo aspectos relacionados à saúde, entre eles a sexualidade como variável que interfere na qualidade de vida do ser humano.

Portanto, a sexualidade nunca esteve tão viva, tão presente, afinal está cientificamente comprovado que o sexo, a sexualidade, a sensualidade são inerentes ao ser humano, pois contribui para a saúde, bem estar e equilíbrio emocional.

Desta forma, é importante definir que a sexualidade não se limita somente à junção dos órgão sexuais nem ao acto sexual em si, mas todo um envolvimento de carícias, sentimentos, cumplicidade, partilha, expressões de diferentes formas. Cada pessoa tem seu potencial determinado de diferentes condições e fatores, e dever-se-á ter em conta que o tema sexualidade traduz diversos significados para cada pessoa.

Apesar do envelhecimento tender à diminuição da vitalidade, da força, da exuberância do corpo, dos reflexos, também possui inúmeros benefícios, como a experiencia, a sabedoria, a confiança, o conhecimento, a paciência, capacidade para resolver problemas, determinação, maturidade e consciência de obrigação.

É importante saber que o envelhecimento não compromete necessariamente a sexualidade. 

Estas respostas sexuais só ficarão comprometidas se estiverem perante um bloqueio físico ou psicossocial, como por exemplo as doenças crónicas, os efeitos secundários de alguns medicamentos, a monotonia sexual, a depressão, o excesso de preocupações, a ausência de parceiro (por morte ou por separação), desmotivação de um dos parceiros. É também referido por algumas mulheres  o aumento da actividade sexual na menopausa que pode, entre outros factores, estar ligado ao desaparecimento do medo de engravidar, contudo outras mulheres divergem e verificam diminuição do desejo e até mesmo ausência do mesmo.

A sexualidade não tem prazo de validade e tem que ser visto de uma forma muito mais abrangente.  Inclusive , a tendência é para que seja melhor com a idade, pois as pessoas tem mais disponibilidade, compreendem melhor o corpo e pode ser mais gratificante. E mesmo que diminua com a idade por questões hormonais ou outras circunstância da vida, pode-se sempre investir na cumplicidade, nos afectos e no companheirismo.  

Dra. Sílvia Botelho
Psicóloga Clínica/Diretora Geral
Academia de Psicologia da Criança e da Família

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialista em Cirurgia do Pé
Foi realizada no Hospital de Santa Maria – Porto, através de uma parceria com a Clínica Paincare e o seu cirurgião ortopédico...

A paciente foi submetida a várias intervenções cirúrgicas ao pé direito, nomeadamente aos quatro dedos menores do pé, com recurso a anestesia loco-regional do pé e sedação. O objetivo da cirurgia foi corrigir a postura dos quatro dedos que se encontravam em garra, consequência neurológica devido à situação cerebral conhecida. Pretendia-se que a doente pudesse ganhar mais equilíbrio nos pés, pois apenas consegue andar com apoio de canadianas, e, consequentemente, ganhar mais autonomia.

“As técnicas cirúrgicas passaram por artroplastias de ressecção, artrodeses interfalângicas e transferências dos tendões flexores de quatro dedos do pé. A cirurgia ao pé direito correu bem, como previsto, e a Marta terá ainda de passar por fisioterapia a iniciar cerca de quatro a seis semanas após a cirurgia. Em novembro, prevemos realizar a cirurgia ao pé esquerdo”, o especialista Franz Walter Boensch.

 

Medicamentos de utilização em meio hospitalar
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde anunciou que estão disponíveis novos medicamentos de...

De acordo com o Infarmed, o medicamento Dovato (Lamivudina + Dolutegravir) obteve autorização para ser utilizado em meio hospitalar na indicação tratamento da infeção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (VIH1) em adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade e que pesem pelo menos 40 kg, sem resistência conhecida ou suspeita à classe de inibidores da integrase, ou à lamivudina.

Na avaliação económica, foi realizada uma análise de minimização de custos para a demonstração da vantagem económica em relação ao respetivo comparador selecionado, traduzida numa redução do custo de tratamento em conformidade com a legislação, lê-se no «Relatório público de avaliação».  

O Infarmed também fez uma análise de minimização de custos entre o medicamento em avaliação e as alternativas terapêuticas consideradas na avaliação Farmacoterapêutica e concluiu que «o custo da terapêutica com o medicamento Dovato é inferior ao custo da terapêutica alternativa».  

O número de novos casos de infeção por VIH diminuiu 46% e o de novos casos de sida 67%, entre 2008 e 2017, segundo o relatório «Infeção VIH e sida – situação em Portugal em 2019», que indicava que se encontravam registados cumulativamente 59.913 casos de infeção. 

Também obteve autorização do Infarmed para ser utilizado em meio hospitalar o medicamento Stelara (ustecinumab), para tratamento de doentes adultos com doença de Crohn ativa, moderada a grave, que apresentaram uma resposta inadequada, deixaram de responder ou demonstraram ser intolerantes à terapêutica convencional ou a um antagonista do TNFα ou têm contraindicações médicas para essas terapêuticas.  

Em Portugal, os medicamentos biológicos anti-TNF (Anticorpos anti-Factor Necrose Tumoral) financiados no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para o tratamento desta doença são os fármacos infliximab e adalimumab. Estes medicamentos biológicos são comparticipados a 100% pelo SNS e são apenas de prescrição hospitalar e cedidos pelas farmácias dos hospitais.

Segundo o relatório público de avaliação, «estes medicamentos, em utilização há vários anos, têm demonstrado em estudos prospetivos, redução das hospitalizações e cirurgias». O custo da terapêutica com Stelara (ustecinumab) é também inferior ao custo da terapêutica com adalimumab.

Os sintomas e sinais clínicos da doença de Crohn são frequentemente inespecíficos e incluem diarreia, dor abdominal, febre, perda de apetite, anorexia, perda de peso e emagrecimento.

 

 

Plano de Contingência
As visitas a doentes internados no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) retomam no próximo dia 15 de agosto, de acordo com as...

Ficam excluídos desta retoma as áreas de prestação de cuidados dedicadas à Covid-19, onde não serão permitidas visitas. Também nos serviços de urgência não são permitidos acompanhantes e visitas, exceto em situações muito excecionais e devidamente autorizadas. Relativamente a serviços com especificidades próprias, como os Cuidados Intensivos, Obstetrícia, Pediatria, entre outros, serão emitidas orientações mais concretas.

De acordo com o CHMT, vai ser permitida uma visita diária por doente internado, com duração máxima de 30 minutos. As visitas estão sujeitas a horário fixo, pré-definido consoante o quarto de internamento e o número da respetiva cama. As visitas têm início nos seguintes horários: 14h30, 15h30, 16h30 e 17h30, todos os dias da semana, incluindo fins-de-semana.

Ainda no âmbito do Plano de Contingência à Covid-19, só são permitidas visitas de maiores de 18 anos.

Os visitantes têm que cumprir com todas as normas de segurança e higienização em vigor, nomeadamente a higienização das mãos e a utilização de máscara cirúrgica, e devem garantir o distanciamento necessário dos doentes a visitar. No final de cada visita o quarto será devidamente higienizado e arejado.

O CHMT lembra que os visitantes não devem levar objetos pessoais ou alimentos para entregar ao doente e não devem sentar-se ou colocar objetos pessoais sobre a cama do doente ou de qualquer cama da enfermaria.

 

Área Metropolitana de Lisboa
Mais de 9.200 pessoas em cinco concelhos da Área Metropolitana da Lisboa (AML) foram contactadas, entre 30 de junho e 12 de...

Em comunicado, a ARSLVT adiantou que, no total, foram intervencionadas 9.215 pessoas, nos concelhos da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra.

“Entre 30 de junho e 12 de agosto, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora, Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas e Sintra realizaram ações de rua e visitaram agregados familiares”, referiu.

Segundo a ARSLVT, desde o fim de junho, foram intervencionadas 1.214 pessoas no concelho da Amadora, 2.444 em Lisboa, 1.506 em Loures, 1.382 em Odivelas e 2.669 em Sintra.

As intervenções estiveram a cargo de 18 equipas e 39 elementos de saúde.

De acordo com os dados da ARSLVT, estiveram ativas duas equipas e oito elementos de saúde na Amadora, oito equipas e 11 elementos de saúde em Lisboa, duas equipas e quatro elementos de saúde em Loures, duas equipas e quatro elementos de saúde em Odivelas e seis equipas e 12 elementos de saúde em Sintra.

“Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da covid-19 – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizados ações de sensibilização à população”, pode ler-se no comunicado.

Segundo a ARSLVT, profissionais da saúde, Segurança Social, Proteção Civil, municípios e forças de segurança têm sensibilizado a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento.

 

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