Dados Covid-19
Portugal registou ontem uma diminuição no número de doentes com COVID-19 internados em enfermaria e em unidades de Cuidados...

Segundo o relatório de situação publicado ontem pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o país contabilizava 329 pessoas em internamento (menos 7 do que no dia anterior) e 35 em Cuidados Intensivos (menos 3).

A última atualização indica que existem mais 253 casos de doença no país, dos quais 159 em Lisboa e Vale do Tejo, 65 no Norte, 17 no Centro, 7 no Alentejo e 4 no Algarve.

Por outro lado, registam-se mais dois óbitos relacionados com a pandemia, um dos quais de uma bebé com quatro meses.

Em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa de atualização dos dados, a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que se trata de uma menina de quatro meses de idade, em que a transmissão terá sido familiar, através dos seus conviventes. “Tinha uma patologia de base muito grave. Nasceu com uma cardiopatia congénita bastante grave e a situação da COVID-19 levou ao agravamento desta patologia e ao aparecimento de uma consequência cardíaca que é muito descrita internacionalmente e nacionalmente nos casos muito graves e que é uma miocardite”, referiu a especialista em saúde pública. Graça Freitas esclareceu que “a causa final da morte foi um choque sético”.

 

Balanço
A Ministra da Saúde, Marta Temido, destacou que “neste momento temos uma evolução positiva nos lares”, existindo atualmente 69...

Em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa sobre a situação da COVID-19 em Portugal, a Marta Temido lembrou que, ao longo da pandemia, houve alturas em que foram contabilizados cerca de 2.500 idosos e mais de mil funcionários infetados em 365 instituições para idosos.

Segundo a responsável, das 1.786 mortes registadas até ao momento por COVID-19, 688 foram de pessoas que residiam em lares, o que não significa que estas tenham falecido nesses locais, ressalvou.

Estas instituições residenciais para idosos estão sob vigilância através de visitas periódicas de equipas conjuntas da Saúde e da Segurança Social e, segundo Marta Temido, vão continuar a realizar-se “até se manter a situação epidemiológica, sendo um dos instrumentos fundamentais para perceber e antecipar problemas”.

“Até ao final deste mês, está prevista a visita a mais 1.000 das 2.600 instituições e já se realizaram mais de 500 visitas, tendo-se começado pelo Alentejo, Algarve, Lisboa e Vale do Tejo, região Centro e região Norte”, especificou.

A Ministra aproveitou ainda para destacar a diferença entre as Estruturas Residenciais de Idosos (lares), que não têm uma vocação de unidades de saúde e que são cerca de 2.600, e equipamentos da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, que ultrapassam as 300.

Num total de 15.000 trabalhadores desta rede já foram testados 14.700, tendo sido confirmados 168 casos positivos, dos quais seis ainda se mantêm ativos.

 

Combate à Covid-19
A Ministra da Saúde, Marta Temido, revelou ontem que o índice de transmissibilidade efetivo (o chamado Rt) da Covid-19 se situa...

Segundo o último cálculo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, apurado para os dias 10 a 14 de agosto, o índice de transmissibilidade efetivo situa-se em 1,01, “abaixo do apuramento de 1,04 de há dois dias”, esclareceu a governante na análise do boletim epidemiológico diário da Direção-geral da Saúde, apresentada na conferência de imprensa de atualização de informação sobre a pandemia.

“A persistência destes índices acima de 1 merece-nos a maior atenção e a mensagem desta conferência é a manutenção do esforço de contenção e combate da doença no contexto daquilo que é a preparação do outono e inverno e no contexto do que sabemos ser um efeito internacional de números que se tendem a agravar, por força da maior movimentação das pessoas, e que só podem ser contrariados com o esforço de cada um de nós”, apelou a Ministra da Saúde.

Acompanhada pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, a Ministra da Saúde observou também que Portugal tem atualmente 152 surtos de Covid-19. O número revelado representa uma redução em relação aos 161 surtos anunciados há uma semana. 

 

Pandemia diminuiu dádivas
No verão, as dádivas de sangue tendem a registar uma quebra, já que as férias costumam desviar os dadores frequentes dos locais...

O MAR Shopping Matosinhos volta a juntar-se ao IPST nesta causa, promovendo uma nova campanha de recolha de sangue no centro comercial. Esta realizar-se-á na próxima segunda-feira, 24 de agosto, entre as 14h00 e as 19h00, numa sala devidamente preparada e disponibilizada para o efeito no piso -1, junto ao espaço Re-food.

Este é o nono ano consecutivo em que o IPST e o MAR Shopping Matosinhos se unem no apelo às dádivas de sangue. Ao longo destes anos, são já perto de 700 os dadores inscritos na sequência desta iniciativa que integra a política de sustentabilidade do centro comercial, “AMAR”.

Em média, Portugal precisa de 1.000 unidades de sangue diárias para poder tratar dos doentes. “E, como este bem não se produz, só através da generosidade dos dadores se pode manter um banco de sangue autossuficiente. Por outro lado, doar sangue é apenas um gesto que pode alcançar um fim sem preço – salvar uma vida”, recorda Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto. “O sangue humano continua a não ter substituto, pelo que ser dador pode fazer toda a diferença na vida de alguém. E é tão simples. Basta ser uma pessoa saudável, ter mais de 18 anos e pesar mais de 50Kg”, acrescenta.

Dádivas em segurança

No início de maio, vários meios de Comunicação Social noticiaram uma quebra de 40% na disponibilidade de sangue em Portugal, devido à diminuição das dádivas em altura de pandemia. Para contornar a situação, o IPST viu-se obrigado a “convocar” os dadores registados por SMS. Graças à resposta positiva de grande parte, a 15 de maio o IPST já não se encontrava em nível de alerta amarelo para nenhum grupo sanguíneo, o que significa que a Reserva Estratégica Nacional de Sangue garantia já uma atividade transfusional para sete ou mais dias.

Apesar de o país ter regressado à autossuficiência de sangue e de seus componentes, continua a ser muito importante que as dádivas se mantenham durante a pandemia, ainda mais no verão em que já se regista uma habitual diminuição das mesmas.

O IPST garante as medidas essenciais de segurança com vista a conter a propagação do novo coronavírus. À entrada da sala, no piso -1 do MAR Shopping Matosinhos, o dador é submetido à medição da temperatura e deve higienizar as mãos. A máscara é obrigatória. Caso não preencha os requisitos fundamentais à sua elegibilidade enquanto dador, este nem chega a entrar ao local destinado à colheita de sangue. Garante-se ainda o distanciamento social e o seguimento de medidas escrupulosas de desinfeção de superfícies e equipamentos, de forma periódica, tendo o IPST reforçado a divulgação da informação pós-dádiva, muito importante para certificar que o dador continua saudável após a mesma.

“Dar sangue é importante em qualquer altura, mas mais ainda em momentos em que sabemos que há quebras nas dádivas. É, por isso, que o MAR Shopping Matosinhos procura com o IPST realizar estas recolhas em períodos críticos como Páscoa, férias de verão e Natal. Depois do período de emergência criado pela pandemia, procurámos encontrar rapidamente condições para a realização desta iniciativa porque é muito importante mantermos a autossuficiência do banco de sangue nacional, sobretudo quando a saúde pública enfrenta tantos desafios”, explica Sandra Monteiro, diretora-geral do MAR Shopping Matosinhos.

“Não há razões para os dadores terem receio e deixarem de fazer as suas dádivas. É em momentos adversos como o que estamos a atravessar que é mais importante olharmos uns pelos outros”, remata Ofélia Alves.

Covid-19
Portugal tem atualmente 152 surtos de COVID-19 e um índice de transmissibilidade efetivo (o chamado Rt) de 1,01, revelou hoje a...

De acordo com Marta Temido, existem 44 surtos na região Norte, seis na região do Centro, 74 surtos na região de Lisboa e Vale do Tejo, 15 na região do Alentejo e 13 na região do Algarve. O número hoje revelado representa uma redução face aos 161 surtos anunciados há uma semana.

Em relação ao índice de transmissibilidade efetivo, segundo o último cálculo do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, apurado para os dias 10 a 14 de agosto, situa-se em 1,01, “abaixo do apuramento de 1,04 de há dois dias”, esclareceu a governante na análise do boletim epidemiológico diário da Direção-geral da Saúde.

“A persistência destes índices acima de 1 merece-nos a maior atenção e a mensagem desta conferência é a manutenção do esforço de contenção e combate da doença no contexto daquilo que é a preparação do outono e inverno e no contexto do que sabemos ser um efeito internacional de números que se tendem a agravar, por força da maior movimentação das pessoas, e que só podem ser contrariados com o esforço de cada um de nós”, declarou Marta Temido.

Portugal regista hoje mais duas mortes por COVID-19 e 253 novos casos de infeção em relação a terça-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

 

Infeçao intestinal
Segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) a diarreia do viajante afeta cerca de 50 por cento das pessoas que viajam para...

“A diarreia do viajante é, na maioria dos casos, uma infeção intestinal que altera e desequilibra temporariamente a microbiota intestinal, um conjunto de microrganismos que coloniza o nosso intestino e que tem um papel fundamental na nossa saúde e no nosso bem-estar, protegendo-nos de infeções”, afirma Vitória Rodrigues, microbiologista clínica da SYNLAB.

E continua: “Este problema de saúde está associado, sobretudo, a culturas gastronómicas e técnicas culinárias diferentes das nossas, com condições sanitárias e de higiene menos rigorosas. Surge quando as pessoas são expostas a bactérias ou, com menor frequência, a vírus ou parasitas contra os quais não desenvolveram imunidade porque nunca tiveram contacto com eles.”

Os sintomas da diarreia do viajante começam, geralmente, de forma súbita, com aumento da frequência de idas à casa de banho, com fezes líquidas, por vezes, com sangue e/ou acompanhadas de febre, cólicas abdominais, náuseas e vómitos. O maior risco associado a este problema de saúde é a desidratação, em particular, nos grupos mais vulneráveis como crianças, idosos, grávidas e doentes crónicos. Alguns sintomas são idênticos ao dos COVID-19, podendo gerar alguma preocupação, confusão e ansiedade por parte de quem os experiencia.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o risco de contrair diarreia do viajante é mais elevado nos países ou locais em vias de desenvolvimento: Ásia, Médio Oriente, África, América Latina são os destinos onde a probabilidade de ter este problema é maior. Por sua vez, a Europa de Leste, a Europa do Sul e algumas ilhas das Caraíbas são países onde o risco é moderado, sendo também necessário ter alguma precaução. Porém, pode ocorrer mesmo no nosso país.

“A maior parte dos casos de diarreia do viajante não são graves e os sintomas desaparecem num curto espaço de tempo (3 a 5 dias), sem ser necessário tratamento. No entanto, devem ser realizadas análises clínicas ao sangue e às fezes nos casos de diarreia persistente ou aguda acompanhada de febre e/ou fezes com sangue, e ainda em indivíduos mais suscetíveis ou que estiveram numa região geográfica onde se verificou a presença de cólera”, refere a especialista.

As análises clínicas que efetuam o Estudo Funcional da Microbiota Intestinal e os agentes patogénicos, incluindo vírus e parasitas, permitem a identificação do agente infetante conduzindo ao tratamento específico e personalizado, e a identificação dos agentes infeciosos circulantes em determinado local, bem como a presença de surtos.

Para prevenir este tipo de situações são necessários cuidados de higiene pessoal, que passam por lavar as mãos antes de comer e numa seleção e escolha de certos tipos de bebidas e alimentos, bem como os locais onde vamos comer: “Prevenir significa nem sempre comer quando, onde e o que se quer. Mesmo os viajantes que evitam beber a água local podem infetar-se ao escovar os dentes com a água da torneira, sendo recomendado utilizar água engarrafada para esse efeito. Colocar gelo feito com água local em qualquer bebida, ou ingerir alimentos crus, manuseados incorretamente ou lavados com a água local também constitui um risco”, conclui.

DGS, INSA e Infarmed com responsabilidades
O Governo avança com o reforço dos stocks de medicamentos e de diversos equipamentos médicos, bem como da reserva estratégica...

De acordo com o Despacho n.º 8057/2020, publicado hoje, dia 19 de agosto os stocks de medicamentos, dispositivos médicos, equipamentos de proteção individual, reagentes e outros materiais de laboratório devem ser reforçados em, no mínimo, 20%, relativamente ao consumo registado no segundo semestre de 2019 quanto aos medicamentos, e relativamente ao consumo registado no primeiro semestre do ano em curso quanto aos demais produtos.

O diploma, elaborado a partir das orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, assinala que o esforço de assegurar as condições do Serviço Nacional de Saúde para responder à Covid-19 tem de ser mantido, num quadro de imprevisibilidade da evolução da pandemia e do respetivo impacto nos mercados dos diferentes produtos médicos.

O despacho, assinado em 13 de agosto pela Ministra da Saúde, Marta Temido, delega na DGS, no INSA e no Infarmed o reforço da reserva estratégica nacional de medicamentos e dispositivos, mediante a aquisição imediata dos medicamentos, dispositivos médicos, equipamentos de proteção individual, desinfetantes e material para testes laboratoriais, nomeadamente zaragatoas e reagentes de extração e diagnóstico.

As quantidades a reforçar em cada produto – cuja lista apresentada no despacho inclui o medicamento Remdesivir, autorizado pela Comissão Europeia para o uso no tratamento de doentes infetados pelo novo coronavírus – serão determinadas pelas três entidades do Serviço Nacional de Saúde acima identificadas.

O armazenamento e a distribuição da reserva estratégica nacional de medicamentos e dispositivos ficam a cargo do Laboratório Militar, com a colaboração do Infarmed e das empresas fornecedoras. O INSA fica responsável pelo armazenamento dos reagentes necessários para os testes.

 

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais dois óbitos relacionados com a covid-19. De acordo com o boletim da Direção-Geral...

De realçar que uma das vítimas mortais registadas nas últimas 24 horas é a mais nova vítima mortal de sempre em Portugal. A DGS revelou em conferência de imprensa que se trata de uma bebé de quatro meses que, segundo a ministra da saúde, Marta Temido, tinha "outras patologias associadas". A outra vítima mortal tinha mais de 80 anos. Os dois óbitos registaram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Nas últimas 24 horas foram ainda diagnosticados 253 novos casos, aumentando para 54.701 o total de casos confirmados. Dos novos casos, 159 foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo. 65 novos casos foram diagnosticados no Norte, 17 no Centro, sete no Alentejo, quatro no Algarve e um na Madeira.

Do total de infetados, 30.152 são mulheres e 24.549 são homens.

Segundo o boletim da DGS, foram dadas como recuperadas da doença mais 193 pessoas nas últimas 24 horas. No total, 40.129 pacientes já recuperaram. Estão agora internados 329 doentes, menos sete do que ontem, dos quais 35 se encontram em Unidades de Cuidados Intensivos, menos três face ao último balanço.

As autoridades de saúde têm ainda sob vigilância 34.772 contactos. Há atualmente 12.786 casos ativos.

 

Dados oficiais
Os quatro Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) atenderam, durante...

Destas 97.955 chamadas de emergência 10% foram consideradas como emergentes, levando ao acionamento de meios de socorro mais diferenciados. 74% destas chamadas levaram ao acionamento de uma, ou mais, Ambulâncias de Emergência Médica (AEM) ou Postos de Emergência Médica (PEM). Houve 10.368 chamadas, cerca de 11% do total de chamadas recebidas em junho, que foram consideradas como não urgentes, logo foram transferidas para o centro de contacto SNS24.

Os CODU acionaram os quatros helicópteros do Serviço de Helicópteros de Emergência do INEM por 80 ocasiões, uma média de 20 serviços em junho para cada aeronave. As 44 Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) foram acionadas 5.624 vezes, uma média de 4 saídas por dia para cada VMER. As 40 ambulâncias de Suporte Imediato de Vida foram acionadas 2.127 vezes e as 56 AEM do INEM foram chamadas a intervir por 8.837 ocasiões. Já os 364 PEM localizados em Corpos de Bombeiros e Delegações da Cruz Vermelha Portuguesa tiveram 58.531 ocorrências.

Os 85.578 acionamentos do mês de junho correspondem a uma média diária de 2.853 acionamentos. O Sistema Integrado de Emergência Médica é composto por um total de 666 meios de emergência pré-hospitalar. Este sistema é gerido pelo INEM para dar resposta a situações emergentes de doença súbita e acidentes que ocorram em Portugal Continental.

 

Guia disponível no website da Ordem
A Ordem dos Nutricionistas acaba de lançar um guia orientador para auxiliar os nutricionistas no contexto da alimentação...

Para a Ordem dos Nutricionistas, as cantinas são locais que apresentam um elevado potencial de transmissão pelo facto de serem frequentados por uma grande quantidade de pessoas da comunidade escolar durante um longo período de tempo e, por isso, requerem medidas de prevenção excecionais.

A distribuição de alunos/turmas por diferentes horários; o alargamento do período de almoço; a disponibilização de talheres e guardanapos de papel em saquetas individuais; a eliminação de jarros com água; ou o desaconselhamento do uso de micro-ondas partilhados são algumas das medidas que poderão ser aplicadas.

Por outro lado, um estudo promovido pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) em junho mostra que um em cada três portugueses reporta preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos por dificuldades económicas, no contexto da COVID-19, motivo pelo qual a Ordem dos Nutricionistas considera que as escolas têm um papel imprescindível no fornecimento de uma alimentação adequada para as crianças e jovens em idade escolar.

“Poderemos passar por um período de grande instabilidade económica e financeira, que se pode traduzir em carência alimentar, pelo que a escola deve ter um papel ativo na identificação e controlo destas situações. Temos a obrigação de, agora mais do que nunca, cuidar das nossas crianças”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

“É urgente a presença de nutricionistas nas escolas, nomeadamente para a implementação de mecanismos que permitam a identificação de alunos em situação de insegurança alimentar, bem como para a intervenção necessária para mitigar este problema e o seu impacto na saúde” reforça Alexandra Bento.

O guia, intitulado “Alimentação escolar em tempos de COVID-19”, prevê, ainda, um conjunto de medidas que poderão ser implementadas independentemente de os estabelecimentos permanecerem abertos ou ser decretado o seu encerramento, uma vez que o fornecimento de refeições escolares deverá ser assegurado, prevenindo o surgimento e agravamento de situações de insegurança alimentar.

A Ordem dos Nutricionistas sublinha que as refeições escolares devem ser completas, variadas, equilibradas e seguras ajudando a satisfazer as necessidades energéticas e nutricionais dos alunos, bem como respeitar as prescrições clínicas, alergias, intolerâncias e hábitos culturais.

Alexandra Bento refere ainda “Fizemos a nossa a parte, elaborando orientações para auxiliar os nutricionistas na sua prática profissional. Agora esperamos que o Governo faça a sua parte, desenvolvendo uma estratégia para a alimentação escolar nesta fase de pandemia, contratando os nutricionistas previstos no Orçamento de Estado para 2020, para que estes a possam por em ação”.

O manual, disponível no website da Ordem dos Nutricionistas, está dividido em três partes, focando-se nos procedimentos a ter em conta no fornecimento das refeições escolares, desde a gestão de equipas, higiene pessoal e das instalações, até à preparação e confeção das refeições; nas diretrizes do fornecimento de fruta, hortícolas e laticínios; bem como na educação e a literacia alimentar em contexto escolar.

Contra a Covid-19
A empresa biotecnológica polaca Biomed anunciou esta terça-feira o lançamento da primeira fase de produção de um medicamento...

Espera-se que o fármaco comece a ser testado no fim de outubro em vários hospitais, disse em conferência de imprensa um dos administradores da empresa, Piotr Fic, citado pela agência noticiosa AFP. Os ensaios clínicos vão ter a duração de quatro meses antes de o medicamento ser aprovado para uso hospitalar.

O processo de homologação típico de um medicamento foi encurtado na Polónia de sete para cinco meses por causa da pandemia. Numa primeira fase, a empresa Biomed terá capacidade para fabricar cerca de 3.000 doses do medicamento experimental injetável, que poderá ser administrado a qualquer doente, seja qual for o seu grupo sanguíneo.

O lançamento da produção do novo fármaco foi possível graças à colheita de 150 a 200 litros de plasma sanguíneo, em particular de mineiros da região da Silésia, fortemente atingida pela pandemia. No limite, a companhia biotecnológica polaca, especialista em medicamentos à base de plasma sanguíneo, terá capacidade para fabricar entre 30.000 a 40.000 doses do fármaco se tiver as quantidades de plasma necessárias.

O tratamento experimental do coronavírus com plasma de doentes recuperados — que contém anticorpos neutralizadores do coronavírus que causa a doença — tem sido aplicado em situações muito específicas e graves, mas, de acordo com especialistas, não é isento de riscos como a intolerância.

Por cá, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação anunciou, no passado mês de maio,  o arranque da recolha de plasma sanguíneo de doentes recuperados para ensaios clínicos.

 

 

Causas e medidas preventivas
Estima-se que 5% da população mundial viva com deficiência auditiva. Quase 32 milhões são crianças.

Em todo o mundo, existem hoje cerca de 360 milhões de pessoas com perda moderada a profunda de audição.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as causas são variadas, como condições genéticas, complicações de nascimento, algumas doenças infecciosas,  barulho, uso de drogas e a velhice.

Instituído por esta entidade, o Dia Mundial da Audição tem como objetivo alertar e despertar consciências quanto à necessidade de prevenir e controlar a perda de audição, sobretudo nas crianças.

Estima-se que a grande maioria das crianças com problemas de audição vive em países subdesenvolvidos, de baixo e médio rendimento. 1,9% vive na região africana onde os acessos aos cuidados básicos de saúde e vacinação são limitados.

A OMS estima que 75% da perda auditiva em crianças com menos de 15 anos, nestes países, seja evitável, uma vez que quase metade dos casos de surdez são consequência direta de doenças como o sarampo, a rubéola, e meningite e infeções nos ouvidos.

As complicações no parto, incluindo a prematuridade, o baixo peso, a asfixia perinatal e icterícia neonatal são apontadas como causa de 17% dos casos de perda auditiva.

A prevenção é, neste aspeto, apontada como crucial, pelo que a Organização Mundial de Saúde apela ao reforço da vacinação, à melhoria da divulgação da práticas de boa higiéne e à prestação de serviços de saúde materno-infantil mais rubostos.

A deteção precoce, através de programas de rastreio auditivo, bem como a prestação de serviços de reabilitação são essenciais para a redução do impacto da deficiência auditiva, facilitando a educação e o desenvolvimento social.

Na realidade, sabe-se que, num contexto mais geral, a perda auditiva não tratada pode afetar o desenvolvimento social e económico da comunidade.

Por outro lado, a exposição a som muito alto ou o uso incorreto de dispositivos de audio são apontados como fatores de risco em crescimento nos países desenvolvidos.

Atualmente, cerca de 1 bilhão de adolescentes e jovens  correm o risco de perda de audição devido à exposição a um volume prejudicial para a saúde.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o nível seguro de som para a audição humana não pode ascender os 60 décibeis. No entanto, a verdade é que esse valor é facilmente ultrapassado, trazendo prejuízo à saúde auditiva.

Som de buzinas, o trânsito nas grandes cidades, os aparelhos eletrónicos são uma “ameaça” constante.

Para evitar problemas futuros de audição, a OMS propõe uma série de medidas. Algumas tão simples como manter o volume dos aparelhos baixo ou usar auriculares apropriados.

Como proteger a audição

  • Evite ouvir música alta por período prolongado. De acordo com os especialistas, ouvir música num volume muito alto  pode prejudicar a membrana dos tímpanos.
  • Máximo de 60 décibeis. O volume dos aparelhos de som não deve passar os 60 décibeis. A recomendação é da Organização Mundial de Saúde.
  • Use protetores de ouvidos. Se no trabalho está exposto, de forma permanente ou constante, a som muito alto, use protetores auditivos.
  • Use auriculares adequados. Dê preferência aos auriculares em forma de concha que distribuem melhor o som e prejudicam menos a audição.
  • Não ligue vários aparelhos eletrónicos ao mesmo tempo. Ligar mais do que um aparelho ao mesmo tempo pode ser prejudicial aos ouvidos.
  • Cuidado com o trânsito. Sempre que possível, circule com as janelas do carro fechadas. Sobretudo em dias de muito trânsito. O barulho das buzinas e os ruídos automóveis, para além de causarem stress, podem danificar a audição.
  • Dê silêncio aos ouvidos. Sempre que possível, fique em silêncio. Dê descanso aos seus ouvidos.
  • Fique atento aos sintomas da perda de audição. Os sintomas de perda de audição são quase imperceptíveis. Fique atento aos “zumbidos” e faça rastreios regularmente. 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
«Juntos Vamos Dar Rosto à Sépsis»
No âmbito do Dia Mundial da Sépsis, que se assinala no dia 13 de setembro, bioMérieux, empresa líder em soluções de diagnóstico...

A iniciativa “Juntos Vamos Dar Rosto à Sépsis” pretende reunir testemunhos reais e envolver a sociedade, ao contribuir para aumentar o conhecimento sobre esta infeção potencialmente fatal que afeta cerca de 49 milhões de pessoas em todo o mundo. As histórias podem ser submetidas através da Internet, no seguinte formulário https://biomerieux.wufoo.com/forms/z107n6kz0wzxbxw/

Eleonora Bunsow, Medical Advisor da bioMérieux Iberia, refere que “Apesar dos avanços clínicos, a incidência de sépsis está a aumentar. O diagnóstico atempado é fundamental para a recuperação dos doentes. As hipóteses de sobrevivência rondam os 80% num doente que inicia uma terapêutica antimicrobiana na primeira hora de diagnóstico, mas esta percentagem desce 7,6% por cada hora seguinte. Por outro lado, se um doente receber inicialmente um tratamento antimicrobiano inadequado, tem cinco vezes menos probabilidades de sobreviver.”

A sépsis afeta milhões de pessoas todos os anos, estimando-se que seja responsável por 20 por cento das mortes por ano em todo o mundo. De acordo com um estudo publicado na revista Lancet, em 2017, morreram 11 milhões de pessoas com sépsis. Em Portugal, segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS), 22% dos internamentos em unidade de cuidados intensivos são devidos à sépsis e 40% destes doentes acabam por morrer. Apesar de ser uma infeção ainda desconhecida para grande parte dos portugueses, causa mais mortes a nível hospitalar do que o acidente vascular cerebral (AVC). Os efeitos a longo prazo para os sobreviventes da sépsis incluem danos permanentes nos órgãos, assim como incapacidade física e cognitiva.

 

 

 

Cientistas deixam alerta
Segundo o Centro de Oceanografia Nacional do Reino Unido, a quantidade de plástico depositado no Atlântico é 10 vezes superior...

As novas medições aos 200 metros superiores do Atlântico encontraram entre 12 e 21 milhões de toneladas de partículas microscópicas de três dos tipos mais comuns de plástico, em cerca de 5% do oceano. O que representa uma concentração no Atlântico de cerca de 200 milhões de toneladas dos plásticos comuns.

As estimativas anteriores, com base em cálculos da quantidade de resíduos urbanos geridos nas áreas costeiras, apontavam para uma quantidade entre os 17 milhões e 47 milhões de toneladas de plástico lançadas no Atlântico, ao longo de 65 anos compreendidos entre 1950 a 2015.

Segundo Katsiaryna Pabortsava, do Centro de Oceanografia Nacional do Reino Unido, principal autora do estudo citada pelo ‘The Guardian’, a principal descoberta “é que há uma quantidade enorme de partículas microplásticas, mesmo muito pequenas, no oceano Atlântico superior, numa quantidade muito superior à estimativa anterior. A quantidade de plástico foi enormemente subestimada”.

Com esta descoberta, os especialistas esperam estimular os legisladores a reforçarem as suas apostas no que ainda pode ser feito para impedir que tanto plástico chegue aos mares, colocando a vida marinha em grande risco.

“A sociedade está muito preocupada com o plástico, com a saúde dos oceanos e com a saúde humana”, disse Pabortsava, alertando para a urgência de “responder a perguntas fundamentais sobre os efeitos deste plástico e aferir se prejudica a saúde do oceano. Os efeitos podem ser sérios, mas podem demorar algum tempo a atingir níveis subletais”.

 

Investigação
De acordo com um estudo publicado hoje no ‘European Respiratory Journal’, a forte presença de uma enzima específica na zona do...

Investigadores que estão a estudar tecidos removidos no decurso de cirurgias de narizes de pacientes acreditam ter descoberto a razão para tantos infetados com covid-19 perderem o olfato, mesmo quando não apresentam quaisquer outros sintomas.

As conclusões deste estudo, podem também ajudar a explicar a razão de a covid-19 ser tão infeciosa, sugerindo que concentrar a atenção nesta zona do corpo pode traduzir-se em encontrar tratamentos mais eficazes.

As experiências revelaram a presença de níveis muito elevados da enzima ACE-2 na zona do nariz responsável pelo olfato e acredita-se que essa enzima é o “ponto de entrada” do novo coronavírus nas células, provocando a infeção.

O estudo foi conduzido por Andrew P. Lane, diretor do departamento de otorrinolaringologia, e pelo investigador Mengfei Chen, ambos da Universidade de Medicina Johns Hopkins, nos EUA.

“Enquanto outros vírus respiratórios regra geral causam perda de olfato através da obstrução dos canais de circulação de ar, que inflamam, este vírus por vezes causa a perda de olfato na ausência de qualquer outro sintoma nasal”, disse Andrew Lane, citado em comunicado de imprensa.

A equipa de investigadores usou amostras de tecido retiradas da parte de trás do nariz de 23 pacientes em cirurgias para tratar tumores e outras doenças, tendo ainda estudado biopsias da traqueia de sete pacientes. Nenhum dos pacientes que fez parte do estudo foi diagnosticado com o novo coronavírus que provoca a doença covid-19.

Em laboratório, os investigadores usaram tintas fluorescentes nas amostras de tecido para detetar e visualizar a presença da enzima e comparar os níveis de presença em diferentes tipos de células e partes do nariz e trato respiratório superior.

Descobriram que a maior concentração da enzima se encontra, de longe, na área da parte de trás do nariz responsável pelo olfato. O nível de concentração da enzima nessas células era 200 a 700 vezes superior à encontrada em outros tecidos retirados do nariz ou da traqueia. A enzima não foi detetada nos neurónios olfativos, as células nervosas que passam a informação dos cheiros para o cérebro.

“Os resultados sugerem que esta zona do nariz pode ser a porta de entrada do novo coronavírus no corpo”, disse Chen, acrescentando que esta é uma zona do corpo de fácil acesso para um vírus, podendo ser a explicação de ser tão fácil contrair covid-19.

“Estamos agora a realizar mais experiências em laboratório para perceber se o vírus está, ou não, a usar estas células para entrar e infetar o corpo. Se for esse o caso, poderemos combater a infeção com tratamentos antivirais aplicados diretamente no nariz”, acrescentou Lane.

Investigação
Na luta contra o coronavírus, investigadores de várias instituições na Alemanha reuniram os seus recursos para estudar a...

No início de uma infeção covid-19, o coronavírus SARS-CoV-2 fica ancorado na superfície das células humanas usando proteínas espinhosas. Esta proteína está no centro do desenvolvimento de vacinas porque desencadeia uma resposta imune em humanos. Um grupo de cientistas alemães, incluindo membros da EMBL em Heidelberg, o Instituto Max Planck de Biofísica, o Instituto Paul Ehrlich e a Universidade Goethe Frankfurt, estudaram a estrutura superficial do vírus para obter insights que podem ser usados para o desenvolvimento de vacinas e terapêuticas eficazes para o tratamento de pacientes infetados.

A equipa combinou tomografia crio-elétron, média de subtomogramas e simulações de dinâmica molecular para analisar a estrutura molecular da proteína de pico em seu ambiente natural, vírus intactos e com resolução quase atômica. Com a ajuda do sistema de imagens de microscopia crio-elétron da emBL, foram produzidos 266 criotomogramas de cerca de 1000 vírus diferentes, cada um deles carrega uma média de 40 proteínas de pico na sua superfície. A média do subtomograma e o processamento de imagens, combinados com simulações de dinâmica molecular, finalmente forneceram novas informações estruturais importantes sobre essas espinhas.

Os resultados foram surpreendentes: os dados mostraram que a parte esférica da proteína do pico, que contém a região de ligação recetora e o maquinário necessário para fusão com a célula alvo, está conectada a uma haste flexível. "A parte superior esférica da proteína do pico tem uma estrutura bem reproduzida por proteínas recombinantes usadas para o desenvolvimento de vacinas", explica Martin Beck, líder do grupo na EMBL e diretor do Instituto Max Planck (MPI) para biofísica.

"Esperava-se que a haste fosse bastante rígida", acrescenta Gerhard Hummer, do MPI de Biofísica e do Instituto de Biofísica da Universidade Goethe de Frankfurt. "Mas nos nossos modelos de computador e nas imagens reais, descobrimos que as hastes são extremamente flexíveis. Ao combinar simulações de dinâmica molecular com tomografia crio-elétron, a equipa de investigação identificou as três articulações – quadris, joelhos e tornozelos – que dão flexibilidade ao caule. "Como um balão em uma corda, as hastes parecem mover-se sobre a superfície do vírus, permitindo que eles procurem o recetor para acoplar à célula alvo", explica Jacomine Krijnse Locker, líder do grupo no Instituto Paul Ehrlich. Para prevenir infeções, essas espinhas são atacadas por anticorpos. Mas as imagens e modelos também mostraram que toda a proteína do pico, incluindo o caule, está coberta com cadeias de glicanos - moléculas semelhantes ao açúcar. Essas cadeias formam uma espécie de manto protetor que esconde as espinhas de anticorpos neutralizantes: outro importante achado no caminho para vacinas e fármacos eficazes.

Lar de idosos
Segundo um relatório da Ordem dos Médicos (OM) a maioria não das mortes, no lar de Reguengos de Monsaraz, onde ocorreu um surto...

“A maioria das mortes não ocorreu por pneumonia covid-19, mas sim por outras causas, nomeadamente falência renal, provavelmente por impossibilidade de uma monitorização contínua clínica e laboratorial adequada”, pode ler-se no relatório com as conclusões médicas sobre o lar, onde morreram 16 utentes, uma funcionária e um motorista da Câmara Municipal de Reguengos.

No relatório foi feita uma “marcha cronológica”, na qual foi possível identificar diversos atrasos no tratamento da doença viral que foi diagnosticada pela primeira vez a 18 de junho, resultando na morte de uma funcionária já no hospital de Évora.

A autoridade de saúde pública e a segurança social só visitaram o lar a 23 de junho e, “só no dia 26” foram “desenhados os circuitos dos doentes para separação dos circuitos. A 2 de julho, os doentes infetados são finalmente transferidos para o pavilhão multiusos do Parque de Feiras do município, que acabou por ser um «alojamento sanitário”.

Enquanto aguardavam pelo resultado dos testes (processo que durou três dias), todos os doentes “coabitam nos quartos, nos corredores, nos espaços comuns, partilham casas-de-banho” e “nunca usam máscara”, alerta o documento, apontando aqui algumas falhas.

O cenário descrito pela OM é assustador: “Quartos de quatro ou cinco camas numa parte do edifício antigo, degradado, com calor extremo, cheiro horrível, lixo no chão, vestígios de urina seca no pavimento. Vemos doentes acamados, desidratados, desnutridos, alguns com escaras e com pensos repassados, alguns só usando uma fralda, completamente desorientados”.

Médicos que denunciaram falta de condições terão sido ameaçados

O documento revela ainda que inicialmente o lar recebeu uma equipa não especializada para lidar com o surto do novo coronavírus, equipa essa que denunciou a falta de condições a que os utentes estavam sujeitos, mas foi ameaçada com um processo disciplinar por parte do presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, caso desistisse do lar.

Importa referir que o lar não tinha qualquer plano de contingência para tratar a doença, nem sequer havia a possibilidade de os pacientes ficarem em isolamento ou até cumprirem com a regra da “distância social exigida”.

Os pacientes “estiveram alguns dias sem fazer a terapêutica habitual por não haver ninguém que a preparasse ou administrasse” e não puderam receber alguns medicamentos “importantes”, uma vez que não existiam “processos clínicos organizados e atualizados”, ou “insulina por falta de canetas”.

1º Hospital público no norte com consulta de Artrite Reumatoide
A Unidade de Reumatologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) iniciou, recentemente, duas consultas diferenciadas: a...

A consulta dedicada à Artrite Reumatoide coloca o CHTS como "o primeiro hospital público do Norte a disponibilizar uma consulta inteiramente dedicada a esta patologia", destaca o centro hospitalar.

A Artrite Reumatóide é uma doença reumática inflamatória crónica, autoimune, que atinge cerca de 1% da população portuguesa, afetando mais mulheres que homens.

A doença tem como características principais a dor, inchaço e rigidez articular. Contudo, é uma doença sistémica que pode envolver diversos órgãos do corpo humano, tais como os olhos, pulmões, pele, vasos sanguíneos ou glândulas salivares.

De causa ainda é desconhecida, Artrite Reumatóide é uma doença crónica porque não tem cura, mas, "se eficazmente tratada, tem bom prognóstico vital e funcional, sendo muito importante o diagnóstico precoce e a rápida instituição de tratamento modificador da doença",  revela o centro hospitalar. 

De acordo com o CHTS, a consulta de Técnicas Reumatológicas abrange áreas como infiltrações intra-articulares, biopsias e ecografia músculo-esquelética.

No âmbito desta consulta, "foi realizada pela Unidade de Reumatologia, a semana passada, a primeira biópsia sinoval, uma técnica ecoguiada",  informa o centro hospitalar.

Criada em 2019, a Unidade de Reumatologia do CHTS é composta por dois médicos reumatologistas, Tiago Meirinhos, coordenador da unidade, e João Lagoas Gomes.

O Presidente do Conselho de Administração do CHTS, Carlos Alberto, refere a unidade “como mais uma das especialidades novas que foram incorporadas, nestes últimos 3 anos, na lista de serviços que esta unidade hospitalar presta à enorme população desta região”.

Em relação a toda a atividade assistencial, o CHTS recorda que, logo em maio, “iniciou a retoma progressiva da atividade, prevendo-se, em 31 de dezembro, listas de espera a não ultrapassar os 9 meses, tanto para consulta como para cirurgia”

Balanço
As equipas multidisciplinares, criadas no âmbito do combate à Covid-19 na área Metropolitana de Lisboa, contactaram, entre o...

Profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil / Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença.

Entre os dias 30 de junho e 14 de agosto, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde da Amadora, Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas e Sintra realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares. No total, 9.493 pessoas foram alvo desta intervenção.

Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid-19 – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizados ações de sensibilização à população.

 

Boas Práticas em Contexto Covid-19
Decorrem, até ao dia 20 de setembro, as candidaturas ao Prémio Saúde Sustentável 2020, este ano dedicado à partilha das «Boas...

Podem candidatar-se a esta iniciativa qualquer entidade ou área funcional, prestadoras de cuidados de saúde, dos setores público, privado ou social.

De acordo com o regulamento do Prémio, as candidaturas podem ser submetidas em nome da instituição ou área funcional de uma forma global ou de uma iniciativa concreta.

Nesta edição especial, pretende-se destacar iniciativas que tenham surgido durante a pandemia Covid-19, como resposta ou adaptação do sistema de saúde, mas também serão aceites projetos que, não estando diretamente ligados à doença Covid-19, tenham decorrido no contexto da pandemia.

Os Prémios Saúde Sustentável são atribuídos em dois âmbitos: institucional e personalidade. Tendo em conta o seu caráter extraordinário, a edição de 2020 estará particularmente direcionada para projetos que tenham sido implementados em contexto de Covid-19.

Promovida pelo Jornal de Negócios e pela Sanofi, a iniciativa conta, entre outros, com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, como parceiro institucional.

 

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