Alimentação saudável
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o baixo consumo de frutos, hortaliças e legumes está e

Os benefícios do consumo de fruta e hortaliças, de preferência da época, são bem conhecidos e são vários os estudos que confirmam o seu impacto positivo na nossa saúde e bem estar.

A OMS recomenda o consumo diário, de pelo menos 400g de hortofrutícolas (frutas e legumes), ou de 5 porções por dia.

O que é uma porção?

1 peça de fruta de tamanho médio = 160g;

2 Chávenas almoçadeiras de hortícolas crus (180g);

1 Chávena almoçadeira de hortícolas cozinhados (140g)

Os benefícios para a saúde

Os hortofrutícolas, além de apresentarem um baixo teor energético (são pobres em calorias), são constituídas por uma elevada percentagem de água é são uma excelente fonte de vitaminas, minerais, fitoquímicos, antioxidantes e fibra.

A sua riqueza nutricional é essencial para a regulação e manutenção do bom funcionamento do organismo e do estado de saúde.

Podemos mesmo dizer que as frutas e as hortaliças são os fornecedores de excelência destes micronutrientes e de alguns tipos de fibras alimentares, que exercem um papel de proteção do nosso organismo.

O consumo adequado de hortofrutícolas, desempenha um papel protetor contra doenças crónicas não transmissíveis (alguns tipos de cancro, obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares…)

Além disso, o baixo consumo de frutas e legumes está também associado a carências de vitaminas e minerais e alterações do funcionamento do transito intestinal (obstipação, prisão de ventre, hemorróidas, diverticulose, …).

Ainda, o consumo regular destes alimentos, é um aliado das dietas de perda e manutenção de peso, por serem pobres em calorias e isentos de gordura, ricos em água, mas também por serem uma ótima fonte de fibras alimentares que promovem a sensação de saciedade.

Infelizmente, em Portugal o consumo de hortofrutícolas encontra-se abaixo do recomendado. Estes valores são também inferiores ao consumo destes alimentos noutros países do sul da europa e que seguem um padrão alimentar mediterrânico.

A melhor forma de comer fruta

A fruta pode apresentar-se na nossa dieta de diferentes formas, contudo não é igual comer fruta fresca, cozida, enlatada ou em sumos.

A fruta fresca e da época é que apresenta a maior concentração de nutrientes, além de ser a mais saborosa e aromática. A fruta deve ser sempre bem lavada e consumida imediatamente após a sua preparação de forma a evitar a oxidação e perda de vitaminas.

A fruta cozida pode ser uma alternativa à fruta fresca, mas é importante referir que o processo de cozedura leva à perda de alguns nutrientes. Desta forma opte por cozer ou assar a fruta esporadicamente.

Por outro lado, quando falamos em fruta enlatada, como por exemplo os pêssegos ou o ananás em calda, estamos perante um alimento processado, rico em conservantes com um elevado teor de açúcar adicionado. Consulte o rótulo destes alimentos e verifique a quantidade de açúcar adicionado presente nestes alimentos.

As compotas devem ser consumidas com moderação devido ao elevado teor de açúcar que têm. Contudo, pode ser uma alternativa interessante para conservar e aproveitar as frutas que temos disponíveis em maior quantidade e que sabemos que se vão estragar. De preferência, elabore as compotas de forma tradicional, mas reduza a quantidade de açúcar utilizada.

Relativamente aos sumos de fruta, é essencial limitar e evitar o consumo de sumos artificiasi e açucarados, pois o seu consumo excessivo está associado a um maior risco de diabetes e excesso de peso e obesidade. Os sumos devem ter um teor de fruta superior a 70%, de preferência escolha os 100% fruta ou procure preparar os sumos utilizando a peça de fruta inteira de forma a não perder as fibras.

A fruta pode ser consumida em qualquer momento do dia, ao pequeno-almoço para uma refeição completa, durante o dia nos lanches e snacks ou á refeição principal como sobremesa de eleição.

A melhor forma de comer hortícolas

A sopa de legumes é indicada para todos e é uma forma privilegiada de consumir hortaliças e legumes.

Num só prato de sopa podemos ingerir uma quantidade significativa e variada de legumes. Para uma sopa mais rica utilize pelo menos 4 variedades de legumes e de cores diferentes sem esquecer os legumes de folha verde escura (cada cor está associada a uma vitamina diferente).

Aproveite para introduzir na sopa alguns legumes, ainda que em menor quantidade, que os pequenos e graúdos não simpatizam tanto.

Outra vantagem da sopa está relacionada com o facto de também consumirmos a água onde os legumes foram confecionados e para onde são dissolvidas algumas das vitaminas hidrossolúveis (que se dissolvem na água), desta forma não ser perdem nutrientes.

No prato principal, reserve uma boa porção para as saladas cruas ou para os legumes.

Os legumes são versáteis e podem ser consumidos de diferentes formas, mas recorde-se: quando os cozemos algumas das vitaminas são perdidas para água. O truque está em cozer os legumes ao vapor. Pode ainda optar por estufar, guisar, assar ou grelhar os legumes. Quando optar pelos salteados e refogados, privilegie o azeite como gordura de eleição, e consuma-os com moderação, devido à adição de gordura.

Enriqueça todos os pratos e confeções com legumes, adicione-os às sandes, às massas, utilize-os para rechear omeletes ou um rolo de carne, junte-os aos estufados, aos guisados e aos gratinados.

Como consumir as porções adequadas de fruta e hortícolas diariamente

Ao pequeno-almoço:

Comece o dia da melhor forma e não dispense a fruta ao pequeno-almoço.

Complemente a sua refeição com 1 peça de fruta fresca, junte-a aos cereais, a um iogurte ou opte por levar a fruta consigo e ir a comer pelo caminho até a escola ou até ao local de trabalho.

Nas refeições principais:

Inicie, sempre que possível, o almoço e o jantar com um prato de sopa de legumes;

Procure ingerir sempre salada e hortícolas no prato, como acompanhamento;

Se tem por hábito comer sanduíches ao almoço, enriqueça-as com salada e/ou legumes;

Privilegie a fruta como a sua sobremesa de eleição;

Procure consumir hortícolas com cores vivas, pois estes são muito ricos em vitaminas, minerais e outros agentes protectores (ex.: brócolos, couve lombarda, couve roxa, pimentos, cenouras...);

Ao longo do dia:

Inclua a fruta fresca e/ou hortícolas crus, como tiras de cenoura, de pepino ou tomate cherry nos snacks e lanches entre as refeições principais.

 

Saiba mais em: https://amesacomcatarinaoliveira.wordpress.com/

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Reconhecimento
O Centro de Reabilitação Cardiovascular, do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN),...

O projeto do CHULN engloba também a Faculdade de Medicina de Lisboa (FMUL) e a Universidade de Lisboa.

Este programa de certificação, que inclui as categorias de «Prevenção Secundária e Reabilitação Cardíaca», «Tratamento e Prevenção do Risco Cardiovascular» e «Cardiologia Desportiva», pretende “estabelecer standards para a prática da Cardiologia Preventiva na Europa, de uma forma mais uniforme, melhorando a qualidade dos cuidados em saúde cardiovascular”.

A explicação é dada pela por Ana Abreu, Coordenadora do Programa de Reabilitação Cardiovascular e anterior responsável pela Secção de Prevenção Secundária e Reabilitação Cardiovascular da EAPC, associação científica que integra a Sociedade Europeia de Cardiologia.

De acordo com a cardiologista, “este reconhecimento é um passo importante numa área-chave para o doente cardíaco. Para a equipa, a certificação representa uma maior responsabilidade, já que somos atualmente considerados Centro de Excelência, por cumprirmos os critérios definidos, mas acreditamos que alguns podem ainda ser otimizados”.

 

Lisboa
A Linde Saúde acaba de abrir um centro, em Lisboa, de apoio no tratamento de doentes com síndrome de apneia obstrutiva do sono ...

Este é um serviço complementar à terapia do sono fornecida pelo programa LISA® (Leading Independent Sleep Aide), da Linde Saúde, um programa focado no doente para o tratamento do distúrbio do sono que é a apneia obstrutiva do sono. No Centro Linde Saúde terá o acompanhamento de profissionais de saúde especializados e poderá, através de agendamento prévio, ter o atendimento personalizado para realizar os seguintes serviços: início de terapia com CPAP e Auto-CPAP; visitas de seguimento da terapia; resolução de possíveis problemas técnicos; oximetrias (apenas com indicação médica); ou fazer as leituras de cartão.

Este serviço surge como resultado de pesquisas de mercado feitas junto aos doentes e dado que estes doentes caracterizam-se por terem uma vida ativa com uma terapia com CPAP ou Auto-CPAP que apenas se realiza durante o sono, foi necessário adicionar, além do serviço domiciliário, um serviço de conveniência e que se ajusta ao doente, ao seu tempo e disponibilidade.

“Há mais de 20 anos que a Linde Saúde tem estado envolvida no diagnóstico, no tratamento e no acompanhamento de doentes afetados pela apneia obstrutiva do sono e doenças associadas. Ao longo dessa experiência identificámos que temos cada vez mais pessoas com menos de 60 anos de idade, com uma vida ativa e que necessitam de um acompanhamento flexível para que possam continuar a sua terapia. A abertura do Centro Linde Saúde surge para dar resposta a estas pessoas, trazendo conveniência e proximidade ao seu acompanhamento,” destaca João Tiago Pereira, Product & Business Development Manager da Linde Saúde.

Este é mais um serviço da Linde Saúde para dar uma resposta conveniente e individualizada a um distúrbio crónico que aumenta o risco de hipertensão e de acidente vascular cerebral, além de predispor os doentes ao risco de acidentes de viação e de trabalho, devido à sonolência diurna excessiva que pode provocar.

A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio crónico em que os colapsos intermitentes e repetidos das vias aéreas superiores, durante o sono, levam a uma respiração irregular e a repetidos momentos de despertar durante a noite. É um distúrbio grave, uma vez que a sonolência diurna resultante, prejudica a capacidade de raciocínio e de julgamento e aumenta o risco de acidentes. Há também provas de que a apneia obstrutiva do sono aumenta o risco de pressão arterial elevada, que por sua vez aumenta o risco de incidência de ataque cardíaco ou AVC.

João Tiago Pereira reforça ainda: “Estamos empenhados em garantir a continuidade da via de cuidados, e os elevados padrões de qualidade de uma forma consistente e com a máxima comodidade. Este centro é constituído pelos nossos excelentes profissionais de saúde, que estão focados em melhorar os resultados da terapia do sono, através da ventiloterapia. A Linde Saúde está onde o doente está!”.

O Centro Linde Saúde está adaptado ao contexto atual da pandemia da COVID-19 e são asseguradas as medidas de higiene, distanciamento social e segurança para todos os doentes.  

Este centro localiza-se no Parque das Nações, em frente à estação de serviço da Repsol e está aberto de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 19h. E disponibiliza os seguintes serviços para os clientes LISA®:

  • Inícios de terapia com CPAP e Auto-CPAP
  • Visitas de seguimento da terapia de CPAP e Auto-CPAP
  • Resolução de problemas técnicos
  • Oximetrias (apenas com indicação médica)
  • Leituras de cartão com envio por correio eletrónico

Os serviços necessitam de agendamento prévio através do número verde 800 22 00 22 ou através do formulário no website da Linde Saúde.

Exposição a temperaturas negativas
A Crioterapia ajuda ainda no tratamento de doenças de pele, neurológicas e do sistema musculoesquelético, bem como estéticas e...

O que é a crioterapia? Para quem não sabe este é um um sistema inovador que recorre à exposição de temperaturas extremamente baixas para tratar ou atenuar os efeitos de diversas doenças como a psoríase, a dermatite atópica, os eczemas, a artrite reumatoide, a espondilite, a osteoartrite, a lombalgia, enxaquecas e ainda distúrbios do sono. Muito utilizada também para tratamentos estéticos e terapêuticos na pele, a crioterapia pode ser aplicada através de jatos em spray ou com sondas previamente resfriadas. A palavra derivada da palavra grega ‘kryos’, que significa frio, utiliza gelo seco ou nitrogénio líquido, chegando a temperaturas de 160 graus celsius negativos.

“Este é um tratamento perfeitamente seguro e com resultados clínicos comprovados”, salienta Rachel Crivelli, responsável da Cryomed Portugal. “A crioterapia ativa as defesas naturais do nosso organismo através de uma exposição, de curta duração, a temperaturas entre os 100º e os 160º graus negativos”, explica Rachel Crivelli. A responsável da Cryomed Portugal adianta que “todo o organismo é estimulado pelo sistema nervoso, que reage ao choque térmico e leva à libertação de endorfinas, que fazem com que a crioterapia tenha efeitos analgésicos”. A crioterapia estimula ainda a produção de cortisol, uma hormona responsável pela redução do stress e que proporciona também uma ação anti-inflamatória.

Além da utilização na área médica, Rachel Crivelli revela que a crioterapia tem sido também muito utilizada na vertente desportiva, para acelerar a recuperação de atletas. “Esta terapia tem a vantagem de acelerar a recuperação dos treinos intensivos ou das provas, melhorando assim a performance dos atletas e auxiliando na resolução, com comprovada celeridade, de lesões ou outros problemas originários da prática desportiva e do esforço muscular”, acrescenta. A realização de sessões de crioterapia depois do exercício físico, alivia a fatiga, relaxa, alivia a dor tardia dos músculos e assegura um sono tranquilo, acrescenta a referida responsável.

Para muitas equipas profissionais de ciclismo, como a espanhola Movistar, de futebol e até seleções nacionais de várias modalidades desportivas, como a equipa de râguebi do País de Gales, o recurso a programas de sessões intensivas de crioterapia já faz parte da preparação da pré-época e muitos atletas, como Sara Moreira, especialista nos 3000 metros com obstáculos e em provas de fundo, ou o ultra maratonista Pedro Conde, incluem nas suas preparações um programa de manutenção constante durante a época desportiva.

“A crioterapia localizada tem um efeito analgésico temporário e ajuda na recuperação dos músculos, dos tendões e de lesões provocadas por esforço excessivo, especialmente quando feito em conjunto com massagem, fisioterapia ou osteopatia”, assegura a responsável da Cryomed Portugal, reforçando que a crioterapia localizada “é aconselhada a toda a população, enquanto a de corpo inteiro deve ser usada apenas por utilizadores com mais de 12 anos de idade”. Rachel Crivelli garante que “todo o processo é perfeitamente seguro e que, desde que todo o protocolo e procedimentos sejam seguidos, não há efeitos secundários negativos registados”.

Infarmed
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde divulgou uma circular com a informação que deve constar na...

De acordo com o documento, o Decreto-Lei n.º 145/2009, que transpôs para a ordem jurídica interna a diretiva dos dispositivos médicos, determina que a rotulagem e as instruções de utilização dos dispositivos médicos devem apresentar-se em língua portuguesa e devem conter as informações necessárias para a sua correta utilização e para a identificação do fabricante.

A rotulagem deve conter de modo legível e indelével as informações estritamente necessárias para que o utilizador possa identificar o dispositivo e o conteúdo da embalagem. Caso a finalidade prevista de um dispositivo não seja evidente para o utilizador, o fabricante deve especificá-la claramente na rotulagem e nas instruções de utilização.

A norma EN 14683:2019, por sua vez, apresenta uma classificação para as máscaras de uso clínico em dois tipos (I e II), tendo por base o parâmetro: eficiência de filtração bacteriana (>95% ou >98%, respetivamente). O tipo II poderá ainda ser subdividido em função de ser, ou não, resistente aos salpicos, caso em que se classifica como tipo IIR.

Apesar de a aplicação desta norma ser de carácter voluntário, a sua utilização pode ajudar o fabricante a fornecer a informação das características das máscaras, conforme requerido pela legislação.

A circular refere ainda que, tendo em consideração a necessidade do contínuo abastecimento do mercado face à situação atual de pandemia de Covid-19, para os dispositivos médicos cuja rotulagem não esteja de acordo com o acima enunciado, de forma transitória e temporária (durante um período não superior a 6 meses), será aceitável a aposição de etiqueta não facilmente destacável contendo a informação em falta.

A colocação da etiqueta na rotulagem destes dispositivos médicos não deverá ocultar a marcação CE ou pôr em causa a legibilidade de qualquer tipo de informação essencial e deverá ser efetuada pelo fabricante ou por outra entidade devidamente autorizada pelo fabricante para o efeito.

No caso das máscaras que já se encontrem na cadeia de distribuição e que não apresentem a informação referida, o fabricante ou outra entidade devidamente autorizada pelo fabricante para a colocação da etiqueta, a pedido do cliente, deverá adotar as medidas necessárias para a sua aposição.

 

Programa europeu de empreendedorismo e inovação para doentes e cuidadores
Entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro, decorre em Lisboa, No Campus da Nova SBE, a primeira semana do Patient Innovation...

Depois da fase de inscrições e seleção em que são avaliadas candidaturas de toda a Europa, 11 equipas constituídas por empreendedores de 11 países, foram selecionadas para participarem no Patient Innovation Bootcamp que envolve sempre a participação de pelo menos um paciente ou cuidador informal, que será o líder empresarial, um líder clínico e um líder técnico. Já as inovações podem incluir desde diagnósticos, dispositivos vestíveis, tele-saúde, telemedicina, big data, apps, registos eletrónicos de saúde, tecnologia da informação em saúde, medicina personalizada, entre outros. 

Durante os 3 meses em que decorre o programa e as três semanas imersivas de treino que decorrem em Lisboa, Barcelona (em e-learning) e Copenhaga, as equipas desenvolvem os seus protótipos apoiados por materiais de e-learning e mentoria especializadas dos três países de forma a que no final do programa as inovações possam ser lançadas no mercado. Durante a duração do Bootcamp as equipas serão acompanhadas por 5 mentores com conhecimentos na área de criação de soluções médicas e de introdução dessas soluções no mercado. 

Durante os 5 dias em Lisboa, a primeira de 3 semanas imersivas deste Bootcamp de inovação, os participantes são desafiados a desenvolver os aspectos médicos, regulatórios e tecnológicos das suas inovações com o apoio de especialistas da Patient Innovation, NOVA Medical School, NOVA School of Business and Economics e Glintt. Esta é a fase da validação médica e tecnológica em que é avaliada a adequação problema-solução e solução-mercado, especificamente para o mercado de saúde. 

Segue-se entre 14 e 18 de setembro, o Bootcamp em Barcelona realizado em modelo e-learning, com foco na validação do modelo de negócio. Esta é a fase em que, com o apoio do IESE e Biocat, as equipas desenvolvem o seu modelo de negócio e investigarão o potencial de mercado da sua solução. 

Por fim, em outubro, em Copenhaga, com o apoio dos especialistas da Copenhagen Business School, da Universidade de Copenhagen, da Smile Incubator (Lund) e do Walk to Path, as equipas apresentam a sua inovação num ecossistema empreendedor com o objectivo de fazer chegar os produtos ao mercado.  

Em novembro todas as equipas participarão no EIT Health Bootcamp Tour, que consiste em dois eventos onde todos os participantes do bootcamp participam em diferentes workshops e momentos de networking.  

O Patient Innovation Bootcamp é organizado por um consórcio europeu que envolve instituições portuguesas, espanholas, dinamarquesas e suecas, incluindo a NovaSBE, Copenhagen Business School, IESE Business School, Imperial College, Lund University e a Patient Innovation, entre outros.  

O Dean da NovaSBE Daniel Traça e o Presidente da Copenhagen Business School Nikolaj Malchow-Møller dão início aos trabalhos no próximo dia 31 Agosto na NovaSBE. 

Boletim Epidemiológico
Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 339 novos casos de infeção, elevando para 56.673 o total de casos confirmados de Covid...

Segundoo  boletim epidemiológico divulgado esta quinta-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) há ainda mais duas vítimas mortais a assinalar em território nacional, elevando para 1.809 o número de óbitos associados à pandemia.

As mortes registadas nas últimas 24 horas ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, que concentrou mais de 50% dos novos casos de Covid-19 no país.

Os números registaram, também, uma subida acentuada a norte do país, com mais 161 novas infeções detetadas, para um total de 20291.

Até agora conseguiram recuperar da doença 41357 pessoas.

Conselho de Ministros
Durante a próxima quinzena, a generalidade de Portugal continental vai manter-se em estado de alerta e a Área Metropolitana de...

“Os números do último dia e aquilo que sabemos dos números de hoje mostram um aumento do número de casos e, por isso, apesar desta tendência decrescente na região de Lisboa e Vale do Tejo e da tendência relativamente constante ao longo da última quinzena, o Governo considera que aquilo que deve é continuar exatamente com as mesmas medidas que existiam até aqui na próxima quinzena”, afirmou a Ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final da reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira, dia 27 de agosto.

Na quinzena seguinte, a partir de 15 de setembro, “todo o país ficará em estado de contingência” para que se possam definir as medidas necessárias “em cada área para preparar o regresso às aulas e o regresso de muitos portugueses ao seu local de trabalho”, acrescentou ainda a Ministra da Presidência.

 

Saúde Cardiovascular
A estenose aórtica é uma doença que afeta cerca de 32 mil portugueses, maioritariamente pessoas acim

Considerada uma doença de avós por afetar maioritariamente a pessoas acima dos 70 anos, a Estenose Aórtica é uma doença que resulta na degeneração da válvula aórtica e que se não for detetada a tempo pode ter um desfecho fatal.  

Segundo o cardiologista Lino Patrício, a “estenose aórtica degenerativa é um processo que conduz ao encerramento progressivo da válvula, que se encontra à saída do coração, com redução da quantidade de sangue “bombeada” para todo o corpo. Fácil é perceber, que, se chega menos sangue aos órgãos, o doente terá cansaço progressivo; ao próprio coração o doente terá dor no peito; e ao cérebro poderá ter perda de conhecimento”. Estes são, então, os principais sinais a que devemos estar atentos.

Para além da idade ser um importante fator de risco, ou seja, quanto mais se viver maiores as probabilidades de a desenvolver, também as alterações de nascença – como as “válvulas bicúspides” – podem evoluir mais rapidamente para esta condição.

O seu diagnóstico é clínico, realizado pela auscultação, no entanto, explica o médico cardiologista, “a medição do aperto da válvula é feita por Ecocardiograma”.

Não existindo medicamentos para o seu tratamento, a Estenose Aórtica só pode ser resolvida através de uma intervenção cirúrgica com o objetivo de substituir a válvula degenerada.

A grande novidade é que, se até aqui esta cirurgia era feita de peito aberto, hoje em dia, mesmo nos casos de risco acrescido, é possível recorrer a uma técnica minimamente invasiva para a sua substituição. “A técnica percutânea consiste na realização de um cateterismo terapêutico, com a colocação dum cateter através da artéria femoral que leva uma válvula biológica até ao coração. Esta é colocada em cima da válvula degenerada substituindo-a”, explica Lino Patrício. A grande vantagem, para além da diminuição dos riscos associados a uma intervenção cirúrgica, a TAVI, como é designada, reduz o tempo de internamento e recuperação mesmo nos doentes mais idosos. “Sendo uma técnica que não exige anestesia geral, abertura do esterno e paragem circulatória é obvio que a recuperação e o tempo de internamento é menor do que o da cirurgia. Estamos a evoluir para tempos de internamento de cerca de 48 horas”, afirma o especialista acrescentado que “recuperação destes doentes é impressionante!”.

Não obstante, Lino Patrício adverte: “tratando-se de doentes muito idosos, o estado cognitivo e a esperança de vida por outras patologias são os limites para que se possa fazer a intervenção”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Covid-19
A União Europeia (UE), Reino Unido e restantes parceiros do bloco concordaram com um plano de vacinação contra a Covid-19, que...

O objetivo da UE para a vacinação precoce é duas vezes mais elevado do que aquele estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que visa adquirir vacinas inicialmente para 20% da população mais vulnerável ​​do mundo, através de uma estratégia global.

A UE estima que a percentagem da sua população que necessita de vacinação inicial, caso seja desenvolvida uma vacina, seja de pelo menos 40%, reduzindo efetivamente a disponibilidade de possíveis doses para os países menos desenvolvidos.

Até ao momento, não existe uma vacina aprovada, exceto uma autorizada na Rússia ainda antes dos testes em larga escala. O fornecimento das vacinas potencialmente eficazes deve ser limitado durante um longo período de tempo, visto que as capacidades de produção também são limitadas.

“Somando todos os grupos de risco atualmente conhecidos (a vacina) vai abranger provavelmente 40% da população, dependendo da situação e demografia dos países”, pode ler-se no documento, adotado no final de julho por especialistas de saúde do bloco e estados-membros.

O documento classifica como membros de “grupos prioritários” mais de 200 milhões da população da UE de um total de 450 milhões, incluindo pessoas com doenças crónicas, idosos e profissionais de saúde. Pessoas saudáveis ​​que trabalham em serviços públicos essenciais, como educação e transportes públicos, também estão incluídas no grupo prioritário.

 

Balanço
Entre os dias entre 17 e 23 de agosto, O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) transportou 1.906 utentes com suspeita...

Na terceira semana do mês de agosto o INEM transportou 1.906 utentes com sintomas compatíveis de infeção por SARS-CoV-2, mais 74 transportes que na semana anterior. Os meios afetos à área da Delegação Regional do Norte efetuaram 722 transportes, os da Delegação Regional do Sul 697. Na Delegação Regional do Centro foram transportados 373 utentes e na Delegação Regional do Sul – Algarve, 114.

Desde o dia 1 de março foram transportados 38.455 utentes com suspeita de infeção com o novo coronavírus. A definição de caso suspeito de Covid-19 é, entre outros e de acordo com as normas em vigor¸ qualquer situação de falta de ar triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes.

As equipas de recolha de colheitas de material biológico para análise à Covid-19 do INEM realizaram entre os dias 17 e 23 de agosto 116 colheitas. Houve uma diminuição de 29 colheitas efetuadas por estas equipas neste período em comparação com a semana anterior.

Estas equipas são constituídas por dois enfermeiros que efetuam a recolha de material biológico no local onde se encontram os utentes, reduzindo as deslocações e, consequentemente, a possibilidade de novos contágios. Trabalham em colaboração com as Autoridades de Saúde e são ativadas através da Sala de Situação Nacional do INEM, que se encontra a trabalhar desde o início de março e a acompanhar e coordenar a atividade do INEM na resposta à Covid-19.

No dia 23 de agosto havia registo de um trabalhador ou colaborador diagnosticado com Covid-19, dois profissionais em isolamento profilático e três sob vigilância da Comissão de Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos do INEM.

 

Estudo
Cerca de 40% dos técnicos e diretores técnicos das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) de Portugal sofrem...

A avaliação multidimensional revela que a grande maioria dos trabalhadores inquiridos (73,7%) sente-se satisfeito com a sua vida, mas somente 59,9% “perceciona a sua saúde física e psicológica como razoável”.

Ricardo Pocinho, coordenador deste estudo, revelou que os trabalhadores que trabalham por turnos apresentam valores de burnout mais elevados, sobretudo os que fazem horários noturnos.

Segundo o investigador, nos casos em que existe maior envolvimento das chefias os níveis de cansaço extremo baixam e regista-se também um comprometimento laboral mais elevado.

Por outro lado, a formação profissional dos inquiridos ajuda a diminuir os índices de burnout, que no caso de auxiliares e ajudantes atinge os 87%, de acordo com um outro estudo realizado há dois anos.

O estudo revela também que 80,5% dos inquiridos considera o seu salário injusto, embora a esmagadora maioria (95,3%) refira estar satisfeito com as suas funções profissionais.

Cerca de uma centena dos trabalhadores respondeu ao inquérito do estudo já depois de declarada a COVID-19 e, segundo Ricardo Pocinho, “não houve alterações significativas”.

“A pandemia agora serve de desculpa para muita coisa, mas antes as organizações sociais já tinham elevados problemas”, salientou.

A «Avaliação Multidimensional dos Trabalhadores das Organizações Sociais em Portugal – Burnout e Engagement» teve como objetivo analisar os fatores de risco para o desenvolvimento de esgotamento físico e mental nos trabalhadores e nos responsáveis de cargos diretivos.

Além do coordenador Ricardo Pocinho, a equipa de investigadores contou com a participação de Pedro Carrana, Bruno Trindade, Cristóvão Margarido, Rui Santos e Gisela Santos.

O estudo da ANGES, sediada em Coimbra, que teve início em setembro de 2019 e terminou este mês, foi dirigido a meio milhar de trabalhadores, tendo respondido 339, “valor acima das expectativas, já que metade era suficiente para medir a amostra”, frisou o coordenador.

Tratou-se de um estudo piloto que vai ser alargado a todas as IPSS portuguesas a partir de setembro, “de preferência” com o apoio do ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Investigação
Ser obeso duplica o risco de tratamento hospitalar da Covid-19 e aumenta o risco de morte em quase 50%, sugere uma análise...

Segundo a investigação, a obesidade torna mais prováveis ​​outras doenças, como diabetes e hipertensão que ao enfraquecer o sistema imunitário, torna estes pacientes mais vulneráveis a uma infeção por Covid-19 mais grave.

Por outro lado, a investigação defende que uma vacina contra o coronavírus pode ser menos eficaz em pessoas obesas, pelo simples facto de que também as vacinas contra a gripe não funcionarem tão bem em pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 30.

A equipa, da Universidade da Carolina do Norte, analisou dados de 75 estudos de todo o mundo, incluindo cerca de 400.000 doentes, descobrindo que pessoas com obesidade e Covid-19 têm maiores probabilidade de acabar no hospital e 74% de hipóteses de serem admitidas em cuidados intensivos. Estes doentes correm ainda maior risco de morrer da doença causada pelo coronavírus.

Estudos do Reino Unido mostraram riscos semelhantes para pessoas com excesso de peso, levando o governo a introduzir novas medidas para conter a obesidade.

Barry Popkin, que liderou o estudo do departamento de nutrição da Universidade da Carolina do Norte, disse que os riscos aumentados de ser obeso e ter Covid-19 são "muito maiores do que o esperado".

Ele afirmou ainda que uma alimentação mais saudável deve ser uma prioridade em muitos países, com menos bebidas açucaradas e muito menos alimentos processados ​​na dieta das pessoas.

A obesidade está associada a uma série de doenças que também colocam as pessoas em maior risco de adoecer com Covid-19.

Também pode causar mais inflamação no corpo, reduzir a capacidade do corpo de combater infeções e colocar mais pressão em outros órgãos, bem como na respiração.

"Os investigadores de vacinas devem observar como isso afeta indivíduos obesos", acrescenta Popkin, temendo que uma vacina contra a Covid-19, quando pronta para ser usada, possa ser menos eficaz em uma população com alta percentagem de obesos.

Com a obesidade a aumentar em todo o mundo, entender como os tratamentos e vacinas funcionam neste grupo é "crítico", diz a pesquisa.

Alimentação e Cancro
A alimentação tem uma grande influência na nossa saúde, na prevenção do cancro em geral e também do

O aumento de incidência de cancro da pele ou cutâneo nas últimas décadas está relacionado, como é já do conhecimento geral, com a exposição solar exagerada. Assim sendo, a prevenção do cancro da pele consiste em contrariar este hábito prejudicial. Mas, devemos entender que o sol é indispensável à nossa saúde, particularmente para a produção de Vitamina D. Contudo, cerca de 20 minutos diários em pequenas áreas da pele são suficientes. Além disso, a discreta exposição solar ao longo do ano previne o cancro da pele pois permite a acomodação e adaptação da pele ao clima. Ou seja, uma grande exposição ao sol é prejudicial, mas pequena uma exposição é benéfica.

A alimentação tem uma grande influência na nossa saúde, na prevenção do cancro em geral e também do cancro cutâneo. A ciência tem fornecido preciosas informações que nos orientam para o que hoje chamamos de Alimentação Saudável.

Por outro lado, o excesso alimentar e de açúcar, a ingestão de gorduras saturadas e alimentos industrializados são prejudiciais e favorecem o desenvolvimento do cancro.
O álcool intensifica a sensibilidade ao sol, diminuindo as defesas imunológicas. Uma cerveja ou um copo de vinho por dia associados a forte exposição solar aumenta 20% o risco de Melanoma Maligno.

Relativamente a outras bebidas e ao contrário do álcool, o café e o chá verde parece terem um efeito benéfico preventivo do cancro de Pele. Um estudo recente do National Cancer Institute nos Estados Unidos da América refere que 4 chávenas de café por dia reduzem 25% a probabilidade de Melanoma Maligno nos 10 anos seguintes. Idêntico benefício tem o chá verde. Os dois têm na sua composição xantinas (cafeína e teofilina) e polifenóis, potentes antioxidantes conhecidos pela sua capacidade de prevenir o cancro de pele. O cacau (chocolate) contem também uma xantina, (a teobromina) – que parece ter idênticos resultados. Mas evidentemente o exagero destas bebidas, de benéfico torna-se pernicioso, pois são fortes excitantes do sistema nervoso.

Mas, efetivamente, os principais alimentos na prevenção do cancro de pele são as frutas e legumes pois contêm macronutrientes essenciais (hidratos de carbono e lipídeos) bem como micronutrientes (vitaminas e sais minerais). Têm igualmente fitoquímicos que são substâncias produzidas pelas plantas para sua proteção que, embora desnecessárias na nossa alimentação, parece terem também um grande efeito protetor. É o caso dos licopenos (no tomate) das isoflavonas (na soja) e dos flavonoides (na fruta).

As vitaminas são indispensáveis ao organismo e é principalmente nos alimentos que as vamos procurar. As vitaminas mais importantes na prevenção do cancro de pele são a Vitamina A, a Vitamina C, a Vitamina D e a Vitamina E.

No caso da Vitamina A (cenouras, frutas e legumes coloridos), têm efeito antienvelhecimento e protetor das células da epiderme.

A Vitamina C dos citrinos (laranjas), consumidos moderadamente têm efeito benéfico, mas, em doses exageras têm efeito pro-oxidante, prejudicial.

Relativamente à Vitamina D (sardinha e salmão) a alimentação não fornece as doses diárias necessárias. Só o Sol (ultravioletas) consegue colmatar esse défice. Previne igualmente o cancro da mama e o cancro do colon.

A Vitamina E contida no azeite, também ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e cancro da próstata.

O Ómega 3 das castanhas e do azeite fortalece o sistema imunológico.

Por outro lado, os folatos (alface, couve, folhas verdes, etc.) em excesso favorecem o cancro de pele não Melanoma.

Alguns elementos como o Zinco e o Selénio contido no arroz integral, aveia, nozes, carnes vermelhas, são indispensáveis como todos os outros alimentos, mas parecem ter um efeito acrescido na prevenção do cancro de pele. Mas não existe prova científica que os suplementos de vitaminas e minerais possam reduzir o cancro de pele.
É importante termos em atenção que estamos a falar em PREVENÇÃO e não cura.

Além disso, os estudos científicos em seres humanos ainda não permitem tirar conclusões seguras sobre este caso específico da prevenção do cancro de pele através da alimentação. O que parece ser já um dado universalmente aceite é que a dieta mediterrânica, associada a doses moderadas de café e chá verde é um modelo de prevenção dietética anti cancro cutâneo.

Saiba mais aqui.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Covid-19
O número de novos casos de Covid-19 divulgado esta quarta-feira, que se encontra acima do verificado nos últimos dias, pode...

Na conferência de imprensa de hoje, a Ministra referiu ainda que este aumento estará também associado aos novos surtos identificados.

“Esperamos que sejam números que se esbatam nos próximos dias, o que só com o passar do tempo poderemos confirmar”, afirmou Marta Temido, que considera os números de hoje e os anteriores sublinham “a fragilidade” das conquistas alcançadas na luta contra a pandemia de Covid-19.

“Temos tido uma situação epidemiológica que tem sido acomodável sob o ponto de vista da resposta do sistema de saúde português, e concretamente do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e isso decorre de um esforço enorme não só dos profissionais de saúde, mas também de um conjunto de outras estruturas”, entre as quais equipamentos socais, de autarquias, da Proteção Civil e outros organismos, referiu a Ministra.

“Temos a obrigação de manter comportamentos que honrem este esforço, em nome daquilo que queremos que seja o próximo regresso à escola e da retoma da atividade assistencial normal no SNS”, defendeu Marta Temido.

 

Investigação
Testar os níveis de certas proteínas em amostras de sangue pode prever se uma pessoa em risco de psicose tem probabilidade de...

O estudo foi publicado na edição atual da JAMA Psychiatry e foi liderado por investigadores da RCSI University of Medicine and Health Sciences.

Com base em certos critérios, como sintomas psicóticos leves ou breves, algumas pessoas são consideradas clinicamente em alto risco de desenvolver um transtorno psicótico, como a esquizofrenia. No entanto, apenas 20% a 30% dessas pessoas irão realmente desenvolver um transtorno psicótico.

Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de pessoas com alto risco clínico de psicose. Esses indivíduos foram acompanhados por vários anos para ver quem desenvolveu ou não um transtorno psicótico.

Depois de avaliar as proteínas no sangue, os cientistas foram capazes de encontrar padrões de proteínas nas primeiras amostras que poderiam prever quem desenvolveu ou não um transtorno psicótico no acompanhamento.

Muitas dessas proteínas estão envolvidas na inflamação, sugerindo que há mudanças precoces no sistema imunológico em pessoas que desenvolvem um transtorno psicótico. As descobertas também sugerem que é possível prever os resultados usando amostras de sangue colhidas com vários anos de antecedência.

O teste mais preciso foi baseado nas 10 proteínas mais preditivas. Ele identificou corretamente aqueles que desenvolveriam um transtorno psicótico em 93% dos casos de alto risco e identificou corretamente aqueles que não desenvolveriam em 80% dos casos.

“Idealmente, gostaríamos de prevenir transtornos psicóticos, mas isso requer ser capaz de identificar com precisão quem está em maior risco”, disse o professor David Cotter, autor do estudo e professor de psiquiatria molecular no RCSI.

“A nossa pesquisa mostrou que a análise dos níveis de proteína em amostras de sangue pode prever quem está realmente em risco e possivelmente beneficiar de tratamentos preventivos. Agora precisamos estudar esses marcadores em outras pessoas com alto risco de psicose para confirmar essas descobertas”, afirmou.

Boletim Epidemiológico
De acordo com o Boletim epidemiológico, divulgado hoje pela DGS, nas últimas 24 horas os novos casos contágios dispararam,...

O número de óbitos associados à covid-19 em Portugal subiu para 1.807, depois de terem sido registados mais duas mortes nas últimas 24 horas.

As autoridades de saúde revelaram também que no mesmo período tinham sido confirmados mais 362 casos de infeção, pelo que o total de contágios no país é agora de 56.274. Os novos dados traduzem assim um significativo aumento. Ontem tinham sido registadas 192 novas infeções, desde 15 de julho - em que houve 375 infetados – que não se contabilizava um número tão alto.

A região de Lisboa e Vale do Tejo volta a concentrar a maioria dos novos contágios, 214, o Norte registou 109, no Centro foram mais 25 as pessoas infetadas, mais oito no Alentejo, cinco no Algarve, e uma nos Açores. Na Madeira não se registou qualquer novo caso.

Do total de infetados, 25.276 são homens e 30.998 são mulheres. No que diz respeito aos óbitos, morreram 911 homens e 896 mulheres.

Segundo o boletim da DGS, foram dadas como recuperadas da doença mais 163 pessoas nas últimas 24 horas. No total, 41.174 pacientes já recuperaram.

Estão agora internados 311 doentes, menos 14 do que na terça-feira, entre os quais há 38 – menos três do que ontem - em Unidades de Cuidados Intensivos.

 

Transplante
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) é o primeiro centro de transplantação português a utilizar um equipamento...

O equipamento, apresentado ontem, em conferência de imprensa, permite melhorar a qualidade dos enxertos, a função hepática pós-transplante, a sobrevivência de enxertos e recetores e a segurança da transplantação, explicou a coordenadora da Unidade de Transplantação Hepática do CHUC, Dulce Diogo.

“Este dispositivo permite maximizar a utilização de órgãos para transplante, utilizar órgãos que habitualmente até podem ser recusados por serem de dadores marginais ou critérios expandidos, como é o caso de dadores idosos, de coração parado ou com muitas comorbilidades ou até com algumas alterações analíticas”, sublinhou Dulce Diogo.

A responsável salientou ainda que, no pós-transplante, a técnica de perfusão hipotérmica oxigenada permite reduzir as taxas de retransplante na primeira semana, além de que “o fígado começa logo a funcionar após o transplante e isso, por vezes, é determinante, principalmente nos doentes com situações mais graves”.

O dispositivo permite ainda reduzir significativamente a taxa de complicações biliares, que são, atualmente, “uma das principais complicações tardias do pós-transplante hepático e que conduzem a um aumento da morbimortalidade dos recetores”.

Para o diretor clínico, Nuno Devesa, o novo equipamento, que já foi utilizado em duas situações, vai possibilitar “melhorar as transplantações e os números muitíssimo bons do CHUC”, numa área que “é uma bandeira”.

O CHUC, que lidera nas doações em Portugal, pretende assim “aumentar a taxa de aproveitamento dos órgãos”, cujos dadores têm, atualmente, uma média de 60 anos, quando há duas décadas era de 32 anos, o que aumenta os riscos das condições ideais para transplantação., explicou o diretor clínico.

 

Programa CaixaImpulse
Selecionados 23 projetos de investigação e inovação biomédica no âmbito do programa CaixaImpulse, entre os quais três...

A Fundação ”la Caixa” deu a conhecer os 23 projetos, três dos quais portugueses, selecionados no programa CaixaImpulse, nas suas duas linhas de atuação. A primeira delas, CaixaImpulse Validate, nasceu há cinco anos para apoiar projetos incipientes no processo de transferência de tecnologia. E, no ano passado, foi lançada uma nova linha, CaixaImpulse Consolidate, com o objetivo de oferecer acompanhamento aos projetos em estados posteriores de desenvolvimento, contribuindo, assim, para transpor o “vale da morte”, atrair financiamento de investidores privados e, por último, chegar ao mercado.

 Desta forma, o programa CaixaImpulse ampliou o alcance da sua influência, acompanhando os projetos de inovação durante mais etapas do processo de transferência de tecnologia. O derradeiro objetivo é conseguir que estas iniciativas, saídas do laboratório, acabem por melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Vinte novas iniciativas biomédicas, das 109 apresentadas, foram as escolhidas na convocatória do CaixaImpulse Validate. Do total de iniciativas apresentadas, 95 têm origem em centros de investigação, universidades e hospitais de Espanha, nove de Portugal, uma da Alemanha, uma da Croácia, uma de França, uma de Itália e uma da Suécia.

Depois de avaliados os projetos, a comissão de especialistas selecionou 20 projetos. Dez deles inserem-se na área das terapias e do desenvolvimento de medicamentos, e os dez restantes são projetos MedTech, que incluem técnicas de diagnóstico, dispositivos médicos e projetos de saúde digital. A nível territorial, os projetos provêm de diferentes comunidades autónomas de Espanha. A eles somam-se duas iniciativas propostas em Portugal.

Na convocatória do CaixaImpulse Consolidate, foram apresentados 40 projetos, dos quais foram selecionadas três iniciativas: duas de Espanha e uma de Portugal. As duas primeiras, inseridas na área dos dispositivos médicos, incluem um exoesqueleto leve para a reabilitação neurológica de doentes que sofreram um AVC e um adesivo bioabsorvível que promove a regeneração em casos de dissecção da aorta. Estes projetos já foram selecionados na convocatória do CaixaImpulse Validate, o que reforça ainda mais a solidez das iniciativas para se constituírem em empresas.

Processo de seleção e painel de especialistas

Os projetos apresentados passaram por um processo de seleção constituído por duas fases. Na primeira, todas as propostas recebidas são avaliadas em formato de peer review por especialistas e profissionais do ramo das ciências da vida e da saúde, assim como do mundo empresarial.

Na segunda fase, os líderes dos projetos com melhor pontuação defendem a sua proposta numa entrevista presencial perante um painel formado por especialistas europeus de diferentes áreas (companhias farmacêuticas, Business Schools, e empresas de saúde e biotecnológicas).

No painel de especialistas participaram, entre outros: Andrés G. Fernández, diretor da Ferrer Advanced Biotherapeutics, Yolanda Casas, Enterprise Sales Manager da Abbott, José Luis Cabero, CEO da Aelix Therapeutics, Laura Sampietro, subdiretora de Inovação do Hospital Clínic de Barcelona, Ricardo Perdigão, International Business Analyst da BIAL e Ian Cotgreave, diretor de Desenvolvimento Científico Estratégico da Swetox (Suécia). Para contribuir para o sucesso das 23 iniciativas selecionadas, o CaixaImpulse oferece:

  • Apoio financeiro. Uma ajuda que ascende a 100 000 €, no caso do Validate, e que vai até aos 300 000 €, no do Consolidate, para cada um dos projetos, destinada à execução dos planos de valorização e de negócio do ativo.
  • Programa de acompanhamento. Os participantes têm acesso a um programa de oito meses constituído por ações de orientação (mentoring), formação, aconselhamento especializado e oportunidades para criação de contactos importantes para o seu projeto. No caso do Consolidate, o acompanhamento é totalmente ad hoc, conforme as necessidades de cada projeto.
  • Feedback sobre cada projeto por parte da indústria, do mercado e dos especialistas de referência, com um plano de valorização e de comercialização validado por mentores e especialistas.
  • Imersão na realidade do mercado. Uma das características distintivas do programa é que oferece às equipas dos projetos participantes, nascidos e desenvolvidos num ambiente académico e de investigação, uma imersão na realidade do mercado que lhes permitirá comparar a sua proposta de valor do ativo, adaptá-la e maximizar, assim, as probabilidades de sucesso da transferência.

Em ambas as convocatórias, os critérios de seleção dos projetos baseiam-se em quatro requisitos:

  • Qualidade da ciência e viabilidade técnica do ativo: nível de inovação e desenvolvimento do ativo, e estado de proteção da propriedade intelectual.
  • Potencial de transferência: identificação da oportunidade de mercado e da necessidade que é suprida.
  • Implementação, execução e plano de desenvolvimento: ações de valorização que contribuem para o avanço do projeto no sentido da comercialização, capacidades da equipa do projeto e envolvimento do líder do projeto.
  • Impacto social e inovação responsável: envolvimento de agentes sociais e grau de contribuição para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Êxito das convocatórias anteriores

Os avanços dos 102 projetos participantes nas edições anteriores do programa atestam a iniciativa. Desde o início do programa, as equipas dos projetos participantes beneficiaram de mais de 2000 horas de mentoring e aconselhamento, mais de 700 horas de formação e mais de 1000 reuniões com especialistas. Foram igualmente constituídas 26 spin-offs e angariados 8,7 milhões de euros provenientes de outras fontes de financiamento.

Os projetos participantes na edição anterior destacam-se pelo envolvimento de toda a indústria, que nos seus diferentes papéis, forneceu conhecimento e experiência a todas as atividades incluídas na iniciativa. Também foi avaliada de forma muito positiva a orientação para o mercado proporcionada pelo programa, que permite maximizar as possibilidades de sucesso, assim como a flexibilidade e a personalização para adaptação às necessidades de cada projeto.

Projetos portugueses selecionados na convocatória de 2019 do programa CaixaImpulse Validate

Biossensor portátil para o diagnóstico e controlo da insuficiência cardíaca Investigadora: Inês Mendes Pinto. Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia. Braga, Portugal

A insuficiência cardíaca (IC) afeta, pelo menos, 26 milhões de pessoas em todo o mundo, que necessitarão de se dirigir a um hospital com frequência para a colheita de uma amostra de sangue venoso para controlar a sua doença. A deteção de biomarcadores noutros fluidos e secreções disponíveis permite facilmente um diagnóstico mais precoce e um controlo mais frequente da IC. O biossensor “Heart Failure-Chip” portátil permite detetar biomarcadores de IC em lágrimas, e outros fluidos e secreções corporais facilmente disponíveis. Este chip melhorará o diagnóstico e o controlo da progressão da doença, o que permitirá intervenções terapêuticas atempadas e personalizadas.

Terapia genética para lesões da medula espinal Investigadora: Diana Machado. i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto – Associação.

Portugal Todos os anos, entre 250 000 e 500 000 pessoas sofrem uma lesão na medula espinal em todo o mundo. Os doentes podem apresentar uma grande variedade de sintomas incapacitantes, como a perda da função motora, a perda de controlo dos esfíncteres e a incapacidade de regular a pressão sanguínea. Até à data, não existem tratamentos eficazes, porque os nervos espinhais não se conseguem regenerar. Agora, foi identificada uma proteína que potencia a regeneração neuronal após uma lesão no nervo ciático e na medula espinal. O objetivo é criar uma terapia genética para transferir estas descobertas para as lesões da medula espinal humana.

Estudo das células tumorais circulantes para monitorizar a dinâmica do cancro. Investigadora: Lorena Diéguez. Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia. Portugal

As células tumorais circulantes (CTC) libertam-se do tumor primário no sangue periférico e são responsáveis pela propagação do cancro a outras partes do corpo (metástases). A análise de CTC (biópsia líquida) permite um seguimento contínuo não invasivo do cancro através de uma análise de sangue. Este projeto tem como objetivo testar esta tecnologia de microfluídica numa coorte de 70 doentes com cancro para avaliar o valor prognóstico da caracterização de células como CTC. Desta forma, será proporcionada aos oncologistas uma ferramenta capaz de oferecer informações personalizadas para o tratamento dos seus doentes.

“Cook&Live4H3: Health, Heritage and Humanity"
Um grupo de alunos da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC) e da Escola de Turismo e Hotelaria de Coimbra ...

Com o nome “Cook&Live4H3: Health, Heritage and Humanity”, o projeto – galardoado com o Selo Nacional de Qualidade eTwinning – envolveu jovens de três níveis de ensino distintos: dos cursos de Técnico de Cozinha Pastelaria (nível IV) e de Gestão e Produção de Cozinha (Nível V) da ETHC e da licenciatura em Dietética e Nutrição (nível VI) da ESTeSC. Os alunos da ETHC fizeram a recolha e as fichas técnicas de receitas tradicionais portuguesas. Aos estudantes da ESTeSC coube fazer a “valorização nutricional, interpretação, e desenvolvimento de propostas de melhoria destas receitas, salvaguardando sempre a identidade cultural dos pratos”, explica João Lima, docente que coordenou a equipa da ESTeSC no âmbito do projeto.

Além da colaboração entre as duas escolas de Coimbra, o projeto promoveu ainda troca de experiências com jovens italianos e espanhóis que, através de uma plataforma online criada para o efeito, partilharam conhecimento acerca da Dieta Mediterrânica e da gastronomia local de cada país.

A parceria entre a ESTeSC e a ETHC surge em vésperas de Coimbra se assumir como Região Europeia de Gastronomia em 2021, após uma candidatura promovida pela CIM Região de Coimbra e que – além do Instituto Politécnico de Coimbra e da ETHC – conta com o apoio da Universidade de Coimbra, do Turismo do Centro e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

Note-se ainda que a partilha de conhecimento entre nutricionistas e profissionais de hotelaria vai ao encontro das recomendações da Direção Geral de Saúde no âmbito da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável, que prevê a “qualificação dos profissionais da área do turismo e restauração na área dos hábitos alimentares saudáveis”.

 

 

 

 

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