Estudo
Sobreviventes adultos que foram, durante a infância, diagnosticados com tumores abdominais ou pélvicos e que receberam...

“Com este estudo, conseguimos mostrar que anomalias na composição corporal e deficiências cardiometabólicas são uma preocupação para os sobreviventes de cancro infantil e que devem ser monitorizadas pelos profissionais de saúde”, disse Carmen Wilson, autora do estudo e membro do departamento de Epidemiologia do St. Jude Children’s Research Hospital, nos Estados Unidos.

A investigadora explica que “estas condições aumentam o risco de doenças potencialmente fatais, incluindo doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2″.

Os impactos da radioterapia na saúde metabólica já haviam sido relatados anteriormente por sobreviventes de leucemia pediátrica e de tumores cerebrais, mas “os impactos em sobreviventes de tumores abdominais e pélvicos pediátricos continuavam a ser um mistério para nós”.

Na investigação, os cientistas avaliaram 431 adultos sobreviventes de tumores pediátricos abdominais ou pélvicos tinham recebido tratamento no St. Jude Children’s Research Hospital. A idade média dos participantes durante o estudo foi de 29,9 anos, sendo que a idade média dos sobreviventes na altura do diagnóstico foi de 3,6 anos.

Os tipos de cancro mais frequentemente diagnosticados entre a população analisada foram o neuroblastoma, o tumor de Wilms e tumores das células germinativas.

Aproximadamente 37% e 36% dos participantes receberam radioterapia abdominal e pélvica, respetivamente, como parte do seu tratamento.

De forma a avaliarem os impactos da radioterapia na vida dos sobreviventes, os investigadores analisaram a composição corporal, as anomalias metabólicas e a função física dos participantes tendo, de seguida, comparado esses dados com os da população em geral.

Os cientistas descobriram que, em comparação com a população em geral, “os sobreviventes de cancro infantil que participaram no estudo eram significativamente mais propensos a sofrer de resistência à insulina e a terem níveis elevados de triglicéridos”.

Por outro lado, os níveis de lipoproteínas de alta densidade, comummente referido como “colesterol bom”, eram bastante reduzidos. Não foram encontradas diferenças significativas entre os níveis de colesterol LDL, ou “colesterol mau”, entre os sobreviventes de cancro infantil analisados e a população em geral.

As análises também demonstraram que este grupo de sobreviventes tinha níveis menores de massa corporal magra do que a população em geral, o que poderá estar relacionado com as doses de radioterapia a que os sobreviventes foram sujeitos.

A massa corporal magra, que mede o conteúdo não gorduroso do corpo, “está relacionada com a taxa metabólica basal. Um indivíduo com menos massa magra queima menos calorias durante o repouso do que alguém com maiores níveis de massa magra”, explicou a investigadora.

Não se observaram diferenças significativas nos níveis de massa gorda entre os sobreviventes e a população em geral.

O estudo também observou que, entre os sobreviventes, aqueles que tinham níveis mais elevados de massa gorda tinham um pior desempenho físico e menos força do que aqueles que apresentavam níveis de massa gorda relativamente baixos.

“É possível que a radioterapia abdominal e pélvica danifique os músculos posturais ou prejudique sutilmente a produção de hormonas sexuais, o que, em última instância, afeta a massa muscular”, disse Carmen Wilson.

A investigadora explicou que, em estudos com animais, a radioterapia “já demonstrou causar lesões musculares, promovendo perda de fibra muscular e perda de células regenerativas musculares”. Ainda assim, Carmen acredita que “o estilo de vida dos sobreviventes também afeta os níveis de massa magra e a saúde cardiometabólica”.

Os resultados sugerem que pesquisas futuras devem examinar o impacto da radioterapia, e de outros tratamentos oncológicos, na distribuição de gordura pelo corpo, uma vez que o aumento da gordura abdominal demonstrou ser um melhor preditor de efeitos adversos à saúde do que a obesidade geral.

Por agora, Carmen Wilson e a sua equipa estão interessados em explorar de que forma intervenções direcionadas aos comportamentos de estilo de vida podem melhorar os níveis de massa magra e diminuir os níveis de massa gorda em sobreviventes de cancro infantil.

“Embora ainda não seja possível evitar a radioterapia, uma vez que, apesar de tudo, este continua a ser um tratamento chave para muitos tumores sólidos”, afirmou a investigadora, “já existem pesquisas que sugerem que a prática de exercício físico controlada em sobreviventes de cancro infantil pode aumentar os níveis de massa magra”.

“Resta saber se o exercício físico também tem impacto na saúde cardiometabólica destas pessoas”, conclui.

Desafios dos próximos meses
Vários especialistas da academia e da ciência estão hoje reunidos no Auditório do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento...

A Ministra da Saúde, Marta Temido, deu as boas-vindas ao grupo na sessão de abertura.

No âmbito das medidas implementadas para estabilizar a situação da pandemia Covid-19 em Portugal, é importante agora adaptar o sistema de saúde para o outono/inverno e definir uma estratégia integrada para o SNS.

Nos próximos meses, o sistema de saúde irá enfrentar um esperado aumento da procura de cuidados de saúde, decorrente da sazonalidade das infeções respiratórias causadas pela gripe e outros agentes respiratórios. Este período será, este ano, acrescido das exigências impostas pela Covid-19 e antecipação de um eventual aumento da atividade epidémica.

Nesse sentido, importa definir uma estratégia que permita uma adequada preparação e reposta do Serviço Nacional de Saúde. Atendendo ao nível de incerteza desta nova doença, a discussão técnica promovida por peritos de reconhecido mérito é uma boa metodologia para gerar consensos alargados e adaptados às realidades regionais e locais.

A sessão será encerrada pelo Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.

 

 

Infeção nos folículos pilosos
Considerada uma das infeções bacterianas da pele mais frequentes, a foliculite pode, no entanto, est

A foliculite é nada mais nada menos que uma infeção da pele que se inicia nos folículos pilosos. Embora, na maioria dos casos, de deve à ação de bactérias, a verdade é que a foliculite pode ser provocada por vírus, fungos ou resultar de pelos encravados. Quase sempre esta condição resolve-se por si só, no entanto, há casos em que merece a intervenção de um especialista em dermatologia.

Fatores de risco

Um dos agentes mais comuns de foliculite é o estafilococo que existe em condições normais na pele. Habitualmente, esta pode ocorrer espontaneamente ou ser favorecida por outros fatores, sendo os mais comuns:

  • O excesso de humidade ou suor, fricção ao barbear ou depilação
  • A utilização de jacuzzi e de piscinas
  • O uso de roupas apertadas
  • A ingestão de antibióticos ou corticoides durante longos períodos de tempo;
  • O contacto com substâncias que irritam ou bloqueiam os folículos (maquilhagem, manteiga de cacau, óleo de motor, entre outros)
  • As lesões da pele ou as doenças como a diabetes ou o VIH/SIDA que reduzem as defesas do organismo, são também fatores de risco.

Sintomas

De um modo geral, a foliculite caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas espinhas, de ponta branca, em torno de um ou mais folículos pilosos. A pele pode ficar avermelhada e inflamada; surgir prurido ou dor leve.

Quando a inflamação atinge áreas mais profundas da pele, pode haver a formação de furúnculos. Nestes casos, podem surgir grandes áreas avermelhadas; lesões elevadas com pus amarelado e dor intensa. Podem surgir cicatrizes e haver destruição do folículo piloso.

Deste modo, e quanto à sua gravidade podem distinguir-se dois tipos de Foliculite: a foliculite superficial e a foliculite profunda.

Nas foliculites superficiais estão:

Foliculite Estafilocócica - é tipo mais comum. Ocorre quando os folículos pilosos são infetados por bactérias, mais comumente pela Staphylococcus aureus. É caracterizada por prurido, vermelhidão local e pus, podendo ocorrer em qualquer região do corpo que possua pelos.

Foliculite por pseudomonas - as bactérias Pseudomonas aeruginosa proliferam em ambientes aquáticos como banheiras de hidromassagem e piscinas aquecidas. A infeção aparece entre oito horas e cinco dias após a exposição à bactéria.

Pseudofoliculite da barba – caracterizada pela inflamação dos folículos pilosos na área da barba. Habitualmente ocorrer devido ao encravamento do pelo, podendo surgir na face ou no pescoço.

Também as pessoas que fazem depilação com cera na área do biquíni, podem desenvolver pseudofoliculite na virilha. Este processo leva à inflamação e, às vezes, provoca cicatrizes.

Foliculite Ptirospórica - comum em adolescentes e homens adultos, é causada por um fungo que causa espinhas, pápulas avermelhadas e prurido. Pode acometer o dorso, tórax anterior, o pescoço, ombros, braços e face.

Quanto às foliculites profundas, distinguem-se:

Sicose Vulgar (da barba) – caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas inflamações, que se apresentam como pústulas, surgindo primeiro no lábio superior, queixo e mandíbula. Podem tornar-se recorrentes, surgindo com o barbear diário. Em casos mais graves, podem deixar cicatrizes.

Foliculite por bactéria gram-negativa - este tipo de foliculite costuma estar associada ao uso prolongado antibióticos para tratar acne. Esses medicamentos alteram o equilíbrio normal da pele, fazendo com que as bactérias gram-negativas se desenvolvam.

Furúnculos e carbúnculos - ocorrem quando os folículos pilosos são profundamente infetados por bactérias estafilocócicas. Geralmente, surgem repentinamente apresentando pápulas vermelhas e que causam dor. A pele circundante também pode estar vermelha e inchada.

Estas pápulas podem evoluir e encherem-se de pus, acabando por romper e drenar o conteúdo purulento.

Os carbúnculos correspondem a um aglomerado de furúnculos que, muitas vezes, se desenvolvem na parte de trás do pescoço, ombros, costas e coxas. Geralmente, deixam cicatrizes.

Foliculite eosinofílica – atinge sobretudo doentes infetados pelo vírus HIV. É caracterizada por manchas avermelhadas e feridas com pus que podem dar comichão, sobretudo na face e nos braços. As feridas costumam espalhar-se e deixar a pele das áreas afetadas mais escuras do que a cor normal. A causa exata da foliculite eosinofílica não é conhecida, embora possa envolver o mesmo fungo responsável pela foliculite ptirospórica. 

Tratamento

Como já foi referido, a maioria dos casos de foliculite curam-se sozinhos.

Já os casos persistentes, recorrentes ou mais graves podem exigir tratamento que depende do tipo da infeção. Habitualmente, é necessária a utilização de antibióticos aplicados localmente, por via oral ou pela sua combinação.

Quando a foliculite evolui para formação de furúnculos, pode ser necessária uma drenagem cirúrgica, de modo a aliviar a dor e debelar mais rapidamente a inflamação. Na presença de prurido é intenso, é útil o uso de água tépida, bem como o recurso a medicação específica. Nalguns casos, pode-se utilizar corticosteroides locais ou orais.

Medidas preventivas

  • Manter a pele limpa, seca e livre de escoriações ou irritações pode ajudar a prevenir a foliculite;
  • Evite lavagens antissépticas rotineiramente, pois deixam a pele seca e eliminam as bactérias protetoras;
  • Mantenha a pele hidratada;
  • Ao barbear, evite os cortes utilizando gel, espuma ou sabão para lubrificar as lâminas. As zonas com foliculite não devem ser barbeadas, sendo preferível utilizar um creme depilatório
  • Na presença de lesões da pele, é importante não as coçar, de modo a não agravar o quadro clínico;
  • Se utilizar saunas ou jacuzzis públicos, deve tomar banho com gel ou sabonete imediatamente após a sua utilização;
  • Não partilhe toalhas de banho.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Comunidade científica preocupada
A vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela Rússia e anunciada por Vladimir Putin foi testada em apenas 38 pessoas e foram...

O fármaco foi registado após apenas 42 dias de pesquisa, segundo a imprensa internacional, e a sua eficácia é considerada “desconhecida”. Um dos documentos apresentados revela que “não foi realizado nenhum estudo clínico para testar a eficácia epidemiológica”, apesar das alegações de Putin de que a vacina foi aprovada em “todos os testes necessários”.

Também há dúvidas sobre a capacidade do fármaco de criar anticorpos suficientes, depois de Putin ter dito que a sua própria filha já os tinha desenvolvido, na sequência da administração da vacina.

A Rússia tornou a corrida da vacina uma questão de prestígio nacional e deu ao produto o nome de ‘Sputnik V’ em homenagem aos antigos satélites espaciais soviéticos, gerando temores de que a segurança seja comprometida em prol da imagem do país.

A comunidade científica tem criticado Putin pelo movimento “imprudente e tolo”, que pode mesmo agravar a pandemia se a vacina se mostrar perigosa ou ineficaz.

Embora Putin tenha dito que a sua filha não sofreu efeitos secundários graves, a não ser uma febre alta, a agência de notícias russa revela a existência de uma longa lista de 144 “efeitos adversos”, nos 38 pacientes testados, que ocorriam “com muita frequência”.

A maioria passou “sem consequências”, mas no 42º dia do estudo, 31 desses efeitos secundários ainda estavam em desenvolvimento. Entre os efeitos estão inchaço, dor, hipertermia – temperatura corporal elevada – e comichão no local da injeção.

Os sintomas mais comuns foram fraqueza física ou falta de energia, mal-estar, febre, diminuição do apetite, dores de cabeça, diarreia, congestão nasal e dor de garganta.

“Não é possível determinar com mais precisão a incidência dos efeitos devido à amostra limitada de participantes do estudo”, disse o Instituto de Pesquisa Gamaleya, que produziu a vacina

Por mais 15 dias
O Conselho de Ministros aprovou a resolução que prorroga a declaração da situação de contingência na Área Metropolitana de...

Contudo, o Executivo introduziu algumas alterações às regras em vigor, nomeadamente a possibilidade dos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais da AML poderem ser alterados por decisão dos presidentes dos municípios, deixando de vigorar a obrigatoriedade de abertura às 10h00 e encerramento às 20h00.

Assim, Portugal continental (com exceção da AML) permanecerá em estado de alerta, vigorando o confinamento obrigatório domiciliário ou hospitalar para pessoas infetadas com Covid-19 ou sujeitas a vigilância ativa; a manutenção das regras de distanciamento físico, uso de máscara, lotação, horários e higienização.

Os ajuntamentos continuam limitados a 20 pessoas e é proibido o consumo de  álcool na via pública.

Os Estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços podem passar a abrir antes das 10h00. Quanto à restauração, mantém-se as regras de funcionamento dos restaurantes, existindo a possibilidade de acesso ao público para novas admissões até à meia-noite, tendo os estabelecimentos de encerrar à 01h00.

Permanecem encerrados os bares, outros estabelecimentos de bebidas sem espetáculos e os estabelecimentos de bebidas com espaço de dança, embora possam funcionar como cafés ou pastelarias, sem necessidade de alteração da respetiva classificação de atividade económica, se cumpridas as regras da Direção-Geral da Saúde e os espaços destinados a dança permaneçam inutilizáveis para o efeito.

Serviços públicos mantêm, preferencialmente, o atendimento presencial por marcação, determinando-se que o atendimento prioritário possa ser realizado sem marcação prévia.

A AML, que engloba os municípios de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira, permanece em estado de contingência e com medidas mais restritivas de confinamento:

  1. Confinamento obrigatório domiciliário ou hospitalar para pessoas infetadas com Covid-19 ou sujeitas a vigilância ativa;
  2. Limitação de 10 pessoas nos ajuntamentos;
  3. Proibição de consumo de bebidas alcoólicas em espaços ao ar livre.;
  4. Proibição de venda de bebidas alcoólicas em áreas de serviço e postos de combustíveis;
  5. Horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais podem ser alterados por decisão dos presidentes dos municípios, deixando de vigorar a obrigatoriedade de abertura às 10h00 e encerramento às 20:00;
  6. Não é imposta hora de fecho para os serviços de abastecimento de combustível (podem funcionar 24 horas por dia exclusivamente para venda de combustíveis), farmácias, funerárias, equipamentos desportivos, clínicas, consultórios e veterinários.
"A curto e médio prazo"
Nove sociedades científicas e de saúde já alertaram para o facto de que os profissionais de saúde de Espanha têm registado um...

Estas organizações espanholas têm manifestado a sua preocupação com “o aumento contínuo dos casos de Covid-19” e consideram que as medidas que estão a ser tomadas contra os surtos “não são suficientes para controlar a transmissão da infeção”, pelo que é “imprescindível que sejam postas em prática novas medidas coordenadas, rápidas e eficazes entre a administração central de saúde e as Administrações autónomas de saúde.”

“Se a situação continuar assim e não forem adotadas novas medidas para combatê-la, é grande a probabilidade de voltarmos a enfrentar situações de saúde tão graves como as vividas durante o estado de emergência, há poucas semanas”, alertam.

Da mesma forma, os profissionais de saúde deixam um alerta aos cidadãos, “sobretudo aos jovens”: é “da ​​maior importância cumprir rigorosamente as medidas de prevenção ditadas pelas autoridades sanitárias: usar sempre máscaras, manter a distância de segurança, lavar as mãos com frequência e evitar aglomerações; bem como cumprir os períodos de quarentena indicados”.

“Queremos também alertar as autoridades sanitárias que os profissionais de saúde têm de ter stocks adequados de equipamentos de proteção individual, testes, medicamentos, ventiladores, bem como recursos humanos necessários, para que a escassez vivida durante a primeira vaga da pandemia não se repita”, afirmam.

 

Ecologia
A pandemia da Covid-19 levou os portugueses a fazer a reciclar mais. De acordo com os dados da Sociedade Ponto Verde, no...

“Estes resultados de recolha seletiva e o crescimento que revelam, mostram os bons hábitos de reciclagem cada vez mais intrínsecos nos portugueses, mas também aquilo que tem sido o trabalho da Sociedade Ponto Verde em matéria de educação e sensibilização para a reciclagem. Agora, é preciso que todos continuem a acreditar e a empenhar-se na reciclagem das embalagens para que estes valores mantenham uma tendência positiva que nos permita alcançar as importantes metas que se avizinham”, refere Ana Isabel Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, em comunicado.

Em termos de materiais, foram as embalagens de cartão para alimentos líquidos que representaram um maior crescimento (41%) na recolha seletiva, em comparação ao mesmo período de 2019. A reciclagem de alumínio e aço também registou um aumento de 27% e 18%, respetivamente. Já o papel/cartão aumentou 7%, enquanto o vidro e plástico aumentaram 4% e 3%, respetivamente.

A CEO da Sociedade Ponto Verde agradece o esforço dos portugueses: “um agradecimento aos portugueses que continuaram a reciclar” e relembra ainda que “mesmo nesta altura de férias e de maior descontração é importante manter este comportamento”.

Em pouco mais de duas décadas, Portugal separou e enviou para reciclagem mais de 7 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, o equivalente ao peso de três Pontes Vasco da Gama, contabiliza a Sociedade Ponto Verde.

 

No contexto da pandemia
Entre 19 de março e 5 de agosto, as autoridades portuguesas detiveram 535 pessoas por crime de desobediência, no contexto da...

Os dados disponibilizados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), relativos ao período entre 19 de março e 5 de agosto, mostram que a grande maioria das detenções por desobediência (345 casos, equivalentes a 64% do total) visou indivíduos que estavam fora de casa e em alegado desrespeito pelas regras de confinamento, divulga hoje o Jornal de Notícias.

No entanto, estas detenções ficaram a dever-se a dois cenários diferentes: 157 pessoas estavam infetadas ou eram suspeitas de infeção e não permaneceram em casa e 188 não estavam doentes nem tinham qualquer sintoma, embora devessem cumprir o recolhimento domiciliário, explica o MAI.

Sobre estas últimas, diz o JN que ocorrem entre 22 de março e 2 de maio, suscitando "questões de legalidade", uma vez que "o Governo referiu que as pessoas infetadas que desrespeitassem o confinamento obrigatório incorriam num "crime de desobediência", mas não foram disponibilizados quaisquer dados sobre um eventual sancionamento de pessoas não infetadas que ignorassem o "dever geral de recolhimento domiciliário".

Sobre este assunto, o MAI garante que tal não voltou a acontecer depois do estado de emergência — segundo os dados, 80% (428 em 535 casos) das detenções por alegada desobediência se registaram-se durante esse primeiro período.

Desinfecção de espaços contaminados
O RADAR (Robô Autónomo para Desinfecção em Ambiente hospitalar) começou a ser usado no Hospital de São Martinho (Valongo). Este...

Criado em conjunto pelo INESC TEC, pela FEUP, pelo Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) e pelo próprio Hospital de São Martinho, o RADAR foi testado esta semana e “navegou de forma autónoma em salas e corredores do bloco operatório do hospital, monitorizando a presença de pessoas no ambiente”.

Segundo os responsáveis, o RADAR consegue fazer a desinfecção do ar e de superfícies com eficiência de até 99,9%, “prevenindo e reduzindo a transmissão de doenças infecciosas causadas por microrganismo”. No entanto, nestes testes, foram usadas lâmpadas fluorescentes em vez de ultravioletas, por razões de “segurança”.

Entre as vantagens do RADAR, face a uma desinfeção comum, explicam,  está a “redução da exposição dos prestadores de serviços a produtos tóxicos e corrosivos e não deixar resíduos químicos”. O robot também não precisa de “entrar em contacto com objetos e não acelera o processo de corrosão em metais”.

 

Opinião
A sexualidade, quando relacionada ao envelhecimento, remete a mitos e estereótipos, levando os integ

O envelhecimento é um processo natural da vida que traz tanto vantagens como algumas desvantagens.

O ser humano evolui constantemente, tanto as condições de vida como o próprio desenvolvimento, passam por muitas mudanças. Esta é uma fase em que se amadurece, onde se ganha sabedoria, consciência de comportamento, é uma conquista de cada um, onde a maturidade faz a diferença. No que diz respeito à sexualidade, ainda existe dificuldade em falar sobre este tema, estando ainda presente a educação duma época em que a sexualidade era algo terrível, impróprio, imoral, algo que a igreja colocava como pecado mortal, impuro, a depender da linha religiosa.

As crenças existentes, bem como uma sociedade em que olha para o idoso como incapacitado, inativo, algo preocupante, como se pudesse ser evitado ou mudado, são um dos factores que podem afectar o comportamento e a resposta sexual.

É natural que com o avançar da idade se sofra transformações, promovendo limitações físicas ou estéticas.

Os atrativos físicos nem sempre chamam à atenção e muitas pessoas pensam que as pessoas idosas são menos sedutores e sensuais, e por esse mesmo motivo, eles tenham dificuldades de expressar a sua sexualidade.

A sexualidade, quando relacionada ao envelhecimento, remete a mitos e estereótipos, levando os integrantes da terceira idade à condição de pessoas assexuadas, o que consequentemente, representa um tabu.

No entanto, a expectativa de vida da população aumentou e existe uma maior atenção ao envelhecer, ou seja, um processo complexo que ultrapassa a divisão etária, envolvendo aspectos relacionados à saúde, entre eles a sexualidade como variável que interfere na qualidade de vida do ser humano.

Portanto, a sexualidade nunca esteve tão viva, tão presente, afinal está cientificamente comprovado que o sexo, a sexualidade, a sensualidade são inerentes ao ser humano, pois contribui para a saúde, bem estar e equilíbrio emocional.

Desta forma, é importante definir que a sexualidade não se limita somente à junção dos órgão sexuais nem ao acto sexual em si, mas todo um envolvimento de carícias, sentimentos, cumplicidade, partilha, expressões de diferentes formas. Cada pessoa tem seu potencial determinado de diferentes condições e fatores, e dever-se-á ter em conta que o tema sexualidade traduz diversos significados para cada pessoa.

Apesar do envelhecimento tender à diminuição da vitalidade, da força, da exuberância do corpo, dos reflexos, também possui inúmeros benefícios, como a experiencia, a sabedoria, a confiança, o conhecimento, a paciência, capacidade para resolver problemas, determinação, maturidade e consciência de obrigação.

É importante saber que o envelhecimento não compromete necessariamente a sexualidade. 

Estas respostas sexuais só ficarão comprometidas se estiverem perante um bloqueio físico ou psicossocial, como por exemplo as doenças crónicas, os efeitos secundários de alguns medicamentos, a monotonia sexual, a depressão, o excesso de preocupações, a ausência de parceiro (por morte ou por separação), desmotivação de um dos parceiros. É também referido por algumas mulheres  o aumento da actividade sexual na menopausa que pode, entre outros factores, estar ligado ao desaparecimento do medo de engravidar, contudo outras mulheres divergem e verificam diminuição do desejo e até mesmo ausência do mesmo.

A sexualidade não tem prazo de validade e tem que ser visto de uma forma muito mais abrangente.  Inclusive , a tendência é para que seja melhor com a idade, pois as pessoas tem mais disponibilidade, compreendem melhor o corpo e pode ser mais gratificante. E mesmo que diminua com a idade por questões hormonais ou outras circunstância da vida, pode-se sempre investir na cumplicidade, nos afectos e no companheirismo.  

Dra. Sílvia Botelho
Psicóloga Clínica/Diretora Geral
Academia de Psicologia da Criança e da Família

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Especialista em Cirurgia do Pé
Foi realizada no Hospital de Santa Maria – Porto, através de uma parceria com a Clínica Paincare e o seu cirurgião ortopédico...

A paciente foi submetida a várias intervenções cirúrgicas ao pé direito, nomeadamente aos quatro dedos menores do pé, com recurso a anestesia loco-regional do pé e sedação. O objetivo da cirurgia foi corrigir a postura dos quatro dedos que se encontravam em garra, consequência neurológica devido à situação cerebral conhecida. Pretendia-se que a doente pudesse ganhar mais equilíbrio nos pés, pois apenas consegue andar com apoio de canadianas, e, consequentemente, ganhar mais autonomia.

“As técnicas cirúrgicas passaram por artroplastias de ressecção, artrodeses interfalângicas e transferências dos tendões flexores de quatro dedos do pé. A cirurgia ao pé direito correu bem, como previsto, e a Marta terá ainda de passar por fisioterapia a iniciar cerca de quatro a seis semanas após a cirurgia. Em novembro, prevemos realizar a cirurgia ao pé esquerdo”, o especialista Franz Walter Boensch.

 

Medicamentos de utilização em meio hospitalar
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde anunciou que estão disponíveis novos medicamentos de...

De acordo com o Infarmed, o medicamento Dovato (Lamivudina + Dolutegravir) obteve autorização para ser utilizado em meio hospitalar na indicação tratamento da infeção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (VIH1) em adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade e que pesem pelo menos 40 kg, sem resistência conhecida ou suspeita à classe de inibidores da integrase, ou à lamivudina.

Na avaliação económica, foi realizada uma análise de minimização de custos para a demonstração da vantagem económica em relação ao respetivo comparador selecionado, traduzida numa redução do custo de tratamento em conformidade com a legislação, lê-se no «Relatório público de avaliação».  

O Infarmed também fez uma análise de minimização de custos entre o medicamento em avaliação e as alternativas terapêuticas consideradas na avaliação Farmacoterapêutica e concluiu que «o custo da terapêutica com o medicamento Dovato é inferior ao custo da terapêutica alternativa».  

O número de novos casos de infeção por VIH diminuiu 46% e o de novos casos de sida 67%, entre 2008 e 2017, segundo o relatório «Infeção VIH e sida – situação em Portugal em 2019», que indicava que se encontravam registados cumulativamente 59.913 casos de infeção. 

Também obteve autorização do Infarmed para ser utilizado em meio hospitalar o medicamento Stelara (ustecinumab), para tratamento de doentes adultos com doença de Crohn ativa, moderada a grave, que apresentaram uma resposta inadequada, deixaram de responder ou demonstraram ser intolerantes à terapêutica convencional ou a um antagonista do TNFα ou têm contraindicações médicas para essas terapêuticas.  

Em Portugal, os medicamentos biológicos anti-TNF (Anticorpos anti-Factor Necrose Tumoral) financiados no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para o tratamento desta doença são os fármacos infliximab e adalimumab. Estes medicamentos biológicos são comparticipados a 100% pelo SNS e são apenas de prescrição hospitalar e cedidos pelas farmácias dos hospitais.

Segundo o relatório público de avaliação, «estes medicamentos, em utilização há vários anos, têm demonstrado em estudos prospetivos, redução das hospitalizações e cirurgias». O custo da terapêutica com Stelara (ustecinumab) é também inferior ao custo da terapêutica com adalimumab.

Os sintomas e sinais clínicos da doença de Crohn são frequentemente inespecíficos e incluem diarreia, dor abdominal, febre, perda de apetite, anorexia, perda de peso e emagrecimento.

 

 

Plano de Contingência
As visitas a doentes internados no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) retomam no próximo dia 15 de agosto, de acordo com as...

Ficam excluídos desta retoma as áreas de prestação de cuidados dedicadas à Covid-19, onde não serão permitidas visitas. Também nos serviços de urgência não são permitidos acompanhantes e visitas, exceto em situações muito excecionais e devidamente autorizadas. Relativamente a serviços com especificidades próprias, como os Cuidados Intensivos, Obstetrícia, Pediatria, entre outros, serão emitidas orientações mais concretas.

De acordo com o CHMT, vai ser permitida uma visita diária por doente internado, com duração máxima de 30 minutos. As visitas estão sujeitas a horário fixo, pré-definido consoante o quarto de internamento e o número da respetiva cama. As visitas têm início nos seguintes horários: 14h30, 15h30, 16h30 e 17h30, todos os dias da semana, incluindo fins-de-semana.

Ainda no âmbito do Plano de Contingência à Covid-19, só são permitidas visitas de maiores de 18 anos.

Os visitantes têm que cumprir com todas as normas de segurança e higienização em vigor, nomeadamente a higienização das mãos e a utilização de máscara cirúrgica, e devem garantir o distanciamento necessário dos doentes a visitar. No final de cada visita o quarto será devidamente higienizado e arejado.

O CHMT lembra que os visitantes não devem levar objetos pessoais ou alimentos para entregar ao doente e não devem sentar-se ou colocar objetos pessoais sobre a cama do doente ou de qualquer cama da enfermaria.

 

Área Metropolitana de Lisboa
Mais de 9.200 pessoas em cinco concelhos da Área Metropolitana da Lisboa (AML) foram contactadas, entre 30 de junho e 12 de...

Em comunicado, a ARSLVT adiantou que, no total, foram intervencionadas 9.215 pessoas, nos concelhos da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra.

“Entre 30 de junho e 12 de agosto, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora, Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas e Sintra realizaram ações de rua e visitaram agregados familiares”, referiu.

Segundo a ARSLVT, desde o fim de junho, foram intervencionadas 1.214 pessoas no concelho da Amadora, 2.444 em Lisboa, 1.506 em Loures, 1.382 em Odivelas e 2.669 em Sintra.

As intervenções estiveram a cargo de 18 equipas e 39 elementos de saúde.

De acordo com os dados da ARSLVT, estiveram ativas duas equipas e oito elementos de saúde na Amadora, oito equipas e 11 elementos de saúde em Lisboa, duas equipas e quatro elementos de saúde em Loures, duas equipas e quatro elementos de saúde em Odivelas e seis equipas e 12 elementos de saúde em Sintra.

“Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da covid-19 – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizados ações de sensibilização à população”, pode ler-se no comunicado.

Segundo a ARSLVT, profissionais da saúde, Segurança Social, Proteção Civil, municípios e forças de segurança têm sensibilizado a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento.

 

Estudo
Segundo um estudo da UK Sepsis Trust, um em cada cinco sobreviventes da covid-19, que necessitaram de tratamento hospitalar ou...

Esta associação prevê que morram cerca de 20 mil pessoas recuperadas da covid-19 apenas no Reino Unido no próximo ano devido a sépsis. Disso mesmo deu conta ao governo do Reino Unido, apelando que o Executivo lance uma campanha para educar para este problema.

A imprensa inglesa recorda o caso de Cristopher Lazar, de 44 anos, um homem inglês, pai de seis filhos, que sobreviveu ao coronavírus e logo depois desenvolveu um caso de sépsis grave que quase se revelou fatal. Cristopher tinha vários órgãos em falência (coração, rins, pulmões) e foi-lhe dada uma hipótese de sobrevivência de 5%, mas contra todas as probabilidades, acabou por recuperar.

Refira-se que a sépsis ocorre quando as bactérias ou outros organismos que causam uma infeção originam uma resposta exagerada do organismo na sua defesa, provocando uma inflamação sistémica que pode afetar vários órgãos e fazer com que entrem em falência.

Quanto aos sintomas, a sépsis provoca, inicialmente, febre acima dos 38º, respiração ofegante, ritmo cardíaco acelerado e calafrios, manifestando-se posteriormente através de náuseas e vómitos, diminuição da quantidade de urina e frequência da micção, estado de confusão mental, pequenas pintas ou manchas vermelhas na pele e tensão arterial mais baixa do que os valores normais.

 

Covid-19
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) realizou, entre 3 e 9 de agosto, 1.984 transportes de utentes com suspeita de...

Entre 3 e 9 de agosto, o INEM transportou 1.984 utentes com sintomas compatíveis de infeção por SARS-CoV-2, mais 130 transportes que na semana anterior. Os meios afetos à área da Delegação Regional do Norte efetuaram 791 transportes, os da Delegação Regional do Sul 688. Na Delegação Regional do Centro foram transportados 414 utentes e na Delegação Regional do Sul – Algarve 91.

Desde o dia 1 de março foram transportados 34.717 utentes com suspeita de infeção com o novo coronavírus. A definição de caso suspeito de Covid-19 é, entre outros e de acordo com as normas em vigor¸ qualquer situação de falta de ar triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes.

As equipas de recolha de colheitas de material biológico para análise à Covid-19 do INEM realizaram, entre 3 e 9 de agosto, 147 colheitas. Houve uma diminuição de 94 colheitas efetuadas por estas equipas neste período, em comparação com a semana anterior.

Estas equipas são constituídas por dois enfermeiros que efetuam a recolha de material biológico no local onde se encontram os utentes, reduzindo as deslocações e a possibilidade de novos contágios. Trabalham em colaboração com as autoridades de saúde e são ativadas através da Sala de Situação Nacional do INEM, que se encontra a trabalhar desde o início de março e a acompanhar e a coordenar a atividade do INEM na resposta à Covid-19.

No dia 9 de agosto não havia registo de qualquer trabalhador ou colaborador diagnosticado com Covid-19. A 9 de agosto havia seis profissionais em isolamento profilático e 14 sob vigilância da Comissão de Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos do INEM.

Balanço oficial
Portugal tem registado uma evolução positiva relativamente a casos de Covid-19 em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI),...

Na conferência de imprensa de atualização dos dados epidemiológicos, Marta Temido adiantou que existem, atualmente, 69 casos de Covid-19 em ERPI. Em abril, eram 360 os casos de doença por Covid-19 nas ERPI.

“As estruturas residenciais para idosos são em Portugal uma das maiores preocupações face a sua vulnerabilidade especial. Desde o primeiro momento estabelecemos um conjunto de regras de articulação de diversos atores porque se tratam de estruturas com tutela própria e com enquadramento privado ou social”, afirmo.

Existem em Portugal 2.526 lares para idosos nos quais estão institucionalizadas 99.234 pessoas e onde trabalham 60 mil profissionais.

 

 

Apelo
Em período de férias, e apesar da contingência devido à pandemia, o Serviço de Sangue do Centro Hospitalar Universitário do...

“O verão é particularmente exigente do ponto de vista da mobilização das reservas de sangue, fazendo baixar os stocks disponíveis, ao mesmo tempo em que o período de férias, e agora a pandemia, têm levado a que alguns dos dadores frequentes protelem a sua dádiva para mais tarde” explica José Marquez, Diretor do Serviço de Imuno-Hemoterapia.

Esta situação pode, eventualmente, comprometer a capacidade de resposta dos serviços de saúde, pelo que a instituição apela à dádiva, recordando todos os potenciais dadores, residentes ou visitantes, que podem realizar a sua dádiva com toda a segurança, quer nos dias úteis, quer nas colheitas extraordinárias que se realizam ao fim de semana.

A dádiva de sangue é essencial para a atividade dos hospitais.

 

Recolha voluntária
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde alertou, através de circular informativa, para a suspensão...

De acordo com o documento, o titular da Autorização de Introdução no Mercado, o laboratório Sandoz GmbH, irá proceder à recolha voluntária do lote 2003020058 do medicamento Binocrit, epoetina alfa, 30000 U.I./0.75 ml, solução injetável (6 seringas pré-cheias), com o número de registo 5374228, por terem sido detetados resultados fora da especificação para um parâmetro de impureza.

Por esse motivo, o Infarmed determina a suspensão imediata da distribuição desse lote e informa que as entidades que possuam este lote em stock não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

O Infarmed informa ainda que os doentes que estejam a utilizar medicamentos pertencentes a este lote não devem interromper o tratamento, sugerindo que seja contactado o médico para substituir por outro lote ou um medicamento alternativo.

 

Tudo o que precisa saber
Sabia que o stress, a dieta desequilibrada, o sedentarismo, bem como algumas doenças e seus tratamen

O que são probióticos?

De acordo com a Organização Mundial de Gastrenterologia, “os probióticos são micróbios vivos que podem ser incluídos na preparação de uma ampla gama de produtos, incluindo alimentos, medicamentos, e suplementos dietéticos. As espécies de Lactobacillus e Bifidobactérias são as mais comumente usadas como probióticos, mas o fermento Saccharomyces cerevisiae, e algumas espécies de E. coli e Bacillus, também são utilizadas como probióticos. As bactérias ácido-lácticas, entre as quais se encontra a espécie Lactobacillus que fora utilizada para a conservação de alimentos por fermentação durante milhares de anos, podem exercer uma função dupla, atuar como agentes fermentadores dos alimentos e também gerar efeitos benéficos à saúde. Em termos estritos, no entanto, o termo “probiótico” deveria ser reservado para os micróbios vivos que, em estudos humanos controlados, demonstraram produzir benefícios à saúde”.

Onde os podemos encontrar?

Os probióticos podem-se encontrar em vários tipos de alimentos fermentados, como é o caso dos leites fermentados, o iogurte e outras bebidas lácteas acidificadas e o kefir. Estes são por excelência a fonte de probióticos. No entanto, também os queijos de pasta dura (que apresentam maior grau de fermentação) e preparações culinárias onde a fermentação natural é utilizada, são boas fontes de probiótico. É o caso dos pickles fermentados em água e sal marinho, chucrute fermentada não pasteurizada ou soja fermentada que se encontra na sopa de miso ou no tempeh.

Quais os principais benefícios?

A sua presença contribui para a modulação da microbiota intestinal, através do desenvolvimento das bactérias benéficas, que atuam impedindo a proliferação das bactérias patogénicas (prejudiciais). Este processo promove a natural barreira defensiva intestinal.

  • Contribuem para o reequilíbrio intestinal após a toma de alguns medicamentos, tais como antibióticos;
  • Contribuem para o controlo da diarreia causada por vírus e bactérias;
  • Contribuem para a diminuição da atividade da Helicobacter pilori (bactéria responsável por doenças gástricas, tais como gastrite, úlceras e cancro);
  • Diminuem a ação das bactérias prejudiciais através da produção de substâncias protetoras, de que são exemplo as infeções urogenitais femininas;
  • Melhoram a digestão da lactose e promovem a absorção nutricional;
  • Aumentam a imunidade, podendo estar associados a diminuição de reações alérgicas;
  • Previnem/controlam a obstipação.

Quais os cuidados a ter?

Os probióticos, naturalmente presentes nos alimentos devem fazer parte da alimentação equilibrada de crianças e adultos, no entanto o aumento da sua ingestão ou suplementação, podem temporariamente provocar sinais de desconforto abdominal associado à produção de gás, distensão abdominal e flatulência. Em algumas situações, antes de se identificarem os seus benefícios, podem ser identificados os seus efeitos secundários.

Estes efeitos secundários têm maior expressão quanto menor for a imunidade do organismo hospedeiro. Assim crianças pequenas e idosos, bem como doentes oncológicos sob tratamentos agressivos, doentes com infeções graves ou doenças terminais, só devem utilizar probióticos sob a forma de suplementos, quando recomendados ou prescritos.

O que são prebióticos?

Os prebióticos são substâncias alimentares (consistem fundamentalmente em polissacarídeos não-amido e oligossacarídeos mal digeridos pelas enzimas humanas) que nutrem um grupo seleto de microorganismos que povoam o intestino. Favorecem mais a multiplicação das bactérias benéficas do que das prejudiciais.

Os prebióticos mais conhecidos são:

  • Oligofrutose
  • Inulina
  • Galactooligossacarídeos
  • Lactulose
  • Oligossacarídeos do leite de peito

Quais os principais benefícios?

Os prebióticos devem fazer parte da alimentação diária, por terem efeitos benéficos locais (no cólon e também no intestino delgado) e sistémicos (no organismo de forma geral). Entre os benefícios destacam-se o alívio dos sintomas de obstipação, a diminuição do risco de doenças do cólon, o aumento da imunidade do organismo, contribuindo ainda para a absorção de cálcio e para a regulação da produção e absorção de triglicerídeos.

Onde se encontram?

Os prebióticos podem ser encontrados em cereais, tais como centeio, cevada, trigo e em legumes e frutas, entre os quais alcachofra, alho, alho-francês, banana, cebola, chicória, espargo, tomate. Também podem ser encontrados isoladamente sob a forma de suplementos alimentares.

Quais os cuidados a ter?

Antes de serem fermentados, mobilizam água para o intestino, podendo causar diarreia, tal como podem ser causadores de flatulência e distensão abdominal pela produção de gás na zona do intestino onde exercem o seu efeito prebiótico. Assim aconselha-se que sejam integrados na alimentação de forma gradual. Adverte-se ainda que estes podem não ser bem tolerados por pessoas com síndrome de intestino irritável.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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